• Nenhum resultado encontrado

pt 0100 3984 rb 47 01 V

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "pt 0100 3984 rb 47 01 V"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

V

Radiol Bras. 2014 Jan/Fev;47(1):V

Devido aos crescentes avanços científico-tecnológicos, o uso da ressonância magnética cardíaca (RMC) continua aumentando exponencialmente ao longo de pelo menos 30 anos, sendo há muitos anos utilizada de forma rotineira na prática clínica ambulatorial e emergencial, principalmente nos centros onde o corpo clínico pôde se manter atualizado e acompanhar os avanços da tecnologia aplicada à imagem cardíaca.

Mesmo sendo um método diagnóstico mais recente em termos de imagem cardíaca, quando comparada à cintilo-grafia e à ecocardiocintilo-grafia, a RMC tem seu alto valor demons-trado como um método de imagem one stop shop e apre-senta inúmeras vantagens sobre os demais métodos, em virtude da sua grande resolução espacial associada à capa-cidade de caracterização tecidual através das sequências convencionais da RM e sequências após a injeção do meio de contraste. Tais características permitem a avaliação, em apenas um exame, da morfologia, função biventricular, per-fusão em repouso ou stress farmacológico para pesquisa de isquemia, de áreas de injúria e da viabilidade miocárdica. Além disso, a avaliação coronariana pela RMC é cada vez mais promissora.

Os novos equipamentos de alto campo de 3T acrescen-taram a este método de excelência ainda maior resolução espacial e contraste tecidual, melhorando a qualidade de exames como a perfusão miocárdica, tornando inevitável a inclusão definitiva deste método no algoritmo de avaliação cardíaca, mesmo pelos clínicos mais resistentes.

A RMC é considerada, atualmente, método referência (gold standard) para quantificação de massa e volumes cardíacos, em virtude de sua baixa variabilidade, alta repro-dutibilidade e melhor acurácia quando comparada com outros métodos utilizados na cardiologia(1,2).

0100-3984 © Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem

Ressonância magnética cardíaca na prática atual

Cardiac magnetic resonance imaging in the current practice

Flávia Pegado Junqueira1

No Brasil, a primeira diretriz sobre a utilização do mé-todo foi publicada no ano de 2006(3) e o número de cen-tros capacitados no território nacional vem aumentando nos últimos anos. No entanto, pouco ou quase nenhum dado científico sobre sua utilização clínica em território nacional está disponível. Encontra-se em curso um extenso trial(4)

que ajuda a definir os padrões de função ventricular a serem considerados normais para nossa população latino-ameri-cana e não mais apenas se basear em padrões norte-ame-ricanos ou europeus.

Nesta edição da Radiologia Brasileira os leitores en-contrarão um interessante estudo de Barranhas et al.(5), cujo objetivo foi descrever o perfil da população estudada pela RMC, de acordo com indicações e origem dos exames re-quisitados, sendo verificado, ao final do trabalho, que a população estudada pela RMC é bem heterogênea e abrange todas as faixas etárias e uma ampla gama de indicações clínicas. Dentre as indicações mais prevalentes estavam a pesquisa de isquemia miocárdica, seguida de avaliação de miocardite, displasia arritmogênica do ventrículo esquerdo e viabilidade miocárdica. No entanto, e não menos impor-tante, observaram grande número de avaliações dos diver-sos tipos de cardiomiopatias, como as dilatadas e hipertró-ficas, estudo das arritmias e doenças congênitas, além dos tumores cardíacos.

REFERÊNCIAS

1. Nacif MS, Marchiori E, Rochitte CE. Ressonância magnética cardíaca para radio-ablação de fibrilação atrial: protocolo e técnicas de quantificação do volume atrial esquerdo. Radiol Bras. 2009;42:370.

2. Omoumi P, Métais JP, Bertrand P, et al. Left and right ventricular volumetry and ejection fraction with MRI: segmentation criteria and interobserver reproducibility. J Radiol. 2010;91:769–78.

3. Rochitte CE, Pinto IM, Fernandes JL, et al. I cardiovascular magnetic resonance and computed tomography guidelines of the Brazilian Society of Cardiologia – Executive summary. Arq Bras Cardiol. 2006;87:e48–59.

4. Latin American Multicenter Cardiovascular Magnetic Resonance Reference Study. [acessado em 16 de janeiro de 2014]. Disponível em: http://www.clinicaltrials.gov/ ct2/show/record/NCT01030549.

5. Barranhas AD, Santos AASMD, Coelho-Filho OR, et al. Ressonância magnética cardíaca na prática clínica. Radiol Bras. 2014;47:1–8.

1. Doutoranda do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), Radio-logista da Delboni-Auriemo e Lavoisier – DASA-SP e Pró-Laudo Telerradiologia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: junqueira.fp@gmail.com.

Referências

Documentos relacionados

Este projeto teve como base facilitar e estimular o ensino da ciência da computação para crianças naquele país, uma ciência que estuda técnicas, métodos e instru-

Considerando a experiência adquirida nestes mais de 20 anos de ensino da Radiologia, acho que é preciso repensar as “tais” reformas curriculares, as modernas formas de atuação

A deficiência dos anéis de carti- lagem nos brônquios de quarta a sexta ordem resulta em bronquiectasias distais, com preservação da traqueia e brôn- quios principais (3).. A

Os principais objetivos dos exames de imagem para o estadiamento dos tumores de Wilms são: 1) identificar a origem do tumor; 2) avaliar a extensão do tumor; 3) avaliar o envolvimento

Nos dois casos o gama- probe demonstrou bem o foco epileptogênico quando com- parado à eletrocorticografia, bem como foi útil no controle da ressecção da área epileptogênica em um

Os autores do artigo “Avaliação do complexo médio-intimal nas artérias carótidas, femorais e subclávia direita para investiga- ção precoce de aterosclerose em pacientes

Os achados mais comuns na TC são opacidades em vidro fosco, consolidação, nódulos peque- nos ou grandes, massas, escavação, espessamento dos sep- tos interlobulares, enfisema e

O Editor e a Diretoria do CBR contam e precisam da ajuda de todos para que consigamos tornar a revista não só adequada às normas necessárias para a indexação, mas, e muito mais