• Nenhum resultado encontrado

BOAS PRÁTICAS AGROPECUÁRIAS NA ORDENHA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "BOAS PRÁTICAS AGROPECUÁRIAS NA ORDENHA"

Copied!
45
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS CÂMPUS SÃO LUÍS DE MONTES BELOS

CURSO DE ZOOTECNIA

BOAS PRÁTICAS AGROPECUÁRIAS NA ORDENHA

Acadêmico: Ramon Cardoso de Oliveira Orientador: Prof. MSc. Rafael Alves da Costa Ferro

São Luís de Montes Belos

Agosto de 2015

(2)

RAMON CARDOSO DE OLIVEIRA

BOAS PRÁTICAS AGROPECUÁRIAS NA ORDENHA

São Luís de Montes Belos Agosto de 2015

Monografia apresentada ao

Curso de Zootecnia do

Câmpus São Luís de Montes

Belos, Universidade Estadual

de Goiás, para obtenção do

grau de Bacharel em

Zootecnia.

(3)

iii

FOLHA DE APROVAÇÃO

(4)

DEDICATÓRIA

À Deus pelo dom da vida, saúde, e tudo que tem me proporcionado.

À minha família e amigos que sempre estiveram do meu lado.

(5)

v

AGRADECIMENTOS

A Universidade Estadual de Goiás, Câmpus São Luís de Montes Belos, pela oportunidade de realização do curso de Zootecnia.

Aos meus pais, Valdeci Cardoso da Silva e Dalguirene Almeida de Oliveira Silva que sempre me apoiaram.

Ao meu irmão Romário Cardoso de Oliveira que sempre esteve do meu lado.

A todos meus amigos e companheiros de faculdade.

A todos professores do curso de Zootecnia pela paciência e compreensão para nos fornecer o conhecimento.

Ao meu orientador Rafael Alves da Costa Ferro, pela orientação, paciência e ensinamentos.

Ao meu supervisor de campo, médico veterinário Eduardo Ferreira Borges, pelo conhecimento, pela paciência, e ter contribuído para ser um bom profissional.

A Loja de Rações Ltda, e ao senhor Divino Borges, Fabio Dias, Renato Antônio, pela paciência e por acreditarem no meu potencial.

Aos meus amigos Rafael Lennini Lemes de Queiroz e Renata Vaz Ribeiro,

pela paciência por me acolherem na sua casa durante o período de estágio.

(6)

SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS... viii

LISTA DE FIGURAS... ix

LISTA DE TABELA... x

RESUMO... xi

ABSTRACT... xii

1 INTRODUÇÃO... 1

2 REVISÃO DA LITERATURA... 2

2.1 Caracterização do Leite... 2

2.2 Ordenha Manual e Mecânica... 4

2.3 Boas Práticas Agropecuárias na Ordenha... 6

2.3.1 Rotina de ordenha... 7

2.3.2 Linha de ordenha... 8

2.3.3 Manejo correto na ordenha... 9

2.3.4 Importância da saúde das vacas para a produção de leite... 11

2.3.5 Papel do ordenhador... 13

2.3.6 Refrigeração do leite... 14

2.3.7 Limpeza e desinfecção da sala de ordenha e dos equipamentos... 14

2.3.8 Qualidade da água... 16

3 RELATÓRIO DE ESTÁGIO... 17

3.1 Caracterização da Empresa... 17

3.2 Atividades Realizadas Durante o Estágio... 17

3.2.1 Treinamento sobre o funcionamento das peças e equipamentos que compõem a ordenhadeira mecânica... 18

3.2.2 Limpeza e consertos de pulsadores, bombas de vácuo, medidores e transferidores de leite... 19

3.2.3 Acompanhamento a campo das assistências técnicas,

montagem e manutenções das ordenhadeiras mecânicas... 21

3.2.4 Acompanhamento a campo de implantações de técnicas de

(7)

vii

BPA em propriedades do Estado de Goiás... 22

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 27

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 29

(8)

LISTA DE ABREVIATURAS

BPA - Boas Práticas Agropecuárias CBT - Contagem Bacteriana Total CCS - Contagem de Células Somáticas

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Kg - Quilogramas

L - Litros

MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

% - Porcentagem

IN - Instrução Normativa

g - Gramas

°C - Grau Celsius

Nº - Número

pH - Potencial Hidrogeniônico

PRÓ-BPA - Programa Nacional de Fomento às Boas Práticas Agropecuárias

(9)

ix

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Materiais utilizados durante o curso ministrado na empresa para o aprendizado sobre o funcionamento de peças e equipamentos de uma ordenhadeira mecânica... 19 Figura 2 Equipamentos de ordenha apresentando sujidades visíveis

provocadas devido à presença de leite residual na linha de ordenha. A- Pulsador; B- Válvula de repercussão C- Assento do pulsador... 20 Figura 3 Ordenha em fase de montagem na cidade de Edéia/GO

pelo técnico da empresa... 22 Figura 4 Ordenhador realizando a secagem dos tetos de forma

correta, utilizando papel toalha descartável, sendo um para cada teto de forma independente... 23 Figura 5 Manejo incorreto do ordenhador durante a ordenha,

proporcionando pressão no teto na vaca no momento de descida do leite. A- Pedra fazendo peso no copo coletor para ocasionar pressão. B- Mão do ordenhador ocasionando pressão excessiva nas teteiras... 24 Figura 6 Sala de ordenha antes (A) e depois (B) da limpeza e

desinfecção... 25

(10)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Atividades realizadas e número de casos acompanhados durante o estágio supervisionado, no período de dezembro

de 2014 a março de 2015... 18

(11)

xi

RESUMO

Qualidade e segurança são componentes, hoje, indispensáveis para produtos alimentares. A qualidade do leite é influenciada diretamente pelas condições de higiene na ordenha e armazenamento, bem como sanidade dos animais. Isso determina que a adoção de boas práticas agropecuárias deve ser fundamental para obtenção de produtos final com baixas contagens microbianas, característica indicativa de boa qualidade. A pecuária leiteira nacional sofre ainda hoje com uma produção em grande quantidade, mas de qualidade inferior à preconizada, sendo, as más condições de higiene e a falta de procedimentos adequados na produção e manipulação do produto, desde sua obtenção como matéria-prima para indústria láctea até a comercialização dos produtos finais, os fatores primordiais para esse caso. Objetivou-se discorrer sobre a adoção de boas práticas agropecuárias durante a ordenha para a obtenção de leite de qualidade.

PALAVRAS-CHAVE: CCS, CBT, ordenhadeira, produção de leite, qualidade

(12)

ABSTRACT

Quality and safety components are today indispensable for food. Milk quality is directly influenced by the hygienic conditions for milking and storage as well as health of animals. This requires the adoption of Good Agricultural Practices should be fundamental to obtain final products with low microbial counts, indicative characteristic of good quality. The national dairy farming suffers today with a production in large quantity, but quality lower than recommended, and the poor hygiene and lack of proper procedures in the production and handling of the product, since its achievement as a raw material for industry milk to marketing of the end products, the main factors for this case. The objective was to discuss the adoption of good agricultural practices during milking to obtain quality milk.

KEYWORDS: CCS, CBT, milking, milk yield, quality

(13)

1 INTRODUÇÃO

A importância da pecuária de leite no desempenho econômico e na geração de empregos no país é incontestável. No ano de 2014 a produção brasileira foi estimada em 24,7 bilhões de litros, gerando um valor bruto da produção de aproximadamente 15 bilhões de reais (IBGE, 2015).

Entre as características da pecuária leiteira nacional, encontra-se que: a produção ocorre em todo o território nacional; e não existe padrão de produção, existe desde propriedades de subsistência, sem técnica e produção diária menor do que dez litros, até produtores com tecnologias avançadas e produção diária superior a 60 mil litros (ZOCCAL et al., 2011).

A cadeia produtiva do leite passou por mudanças nos últimos anos, sendo a partir do início dos anos 90 (IBGE, 2015), houve um maior incentivo para produtores rurais, aumento do mercado lácteo e incentivo de pagamentos quanto à qualidade do leite de laticínios para os produtores.

A produção de leite de alta qualidade implica na necessidade de um manejo que reduza a contaminação microbiana, química e física do leite. Tais medidas de manejo envolvem todos os aspectos da obtenção do leite de forma rápida, eficiente e sem riscos para a saúde da vaca e a qualidade do leite.

Para garantir a qualidade (microbiológica e higiênica) e a segurança do alimento, vários programas são indicados, sendo as Boas Práticas, o mais indicado. A aplicação de Boas Práticas de Produção (BPP) na bovinocultura de leite é uma alternativa para minimizar os riscos de contaminação (microbiana e/

ou física) nas diferentes etapas do processo de produção. BPP fundamentam-se na exclusão, remoção, eliminação, inibição da multiplicação de microrganismos indesejáveis e/ou corpos estranhos e devem ser implantadas em toda cadeia produtiva (LIMA et al., 2008).

Devido a dificuldade dos produtores em implementar e executar programas

de controle de qualidade em fazendas produtoras de leite, objetivou-se descrever

a importância da adoção do programa de qualidade, boas práticas agropecuária,

na produção de leite, a fim de garantir uma produção com boa qualidade

higiênico-sanitária.

(14)

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Caracterização do Leite

Leite é o produto oriundo da ordenha completa e sem interrupções em boas condições higiênicas, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas (BRASIL, 2002).

O leite é um produto com sabor suave e próprio, agradável e ligeiramente adocicado, mas possui características adsorventes, ou seja, podem absorver facilmente odores e de sabores estranhos. É composto por constituintes opacos em suspensão, conferindo a sua coloração branca por meio da reflexão da luz. A existência de poucas partículas de grande tamanho em suspensão faz com que o leite adquira tonalidade azulada, que é mascarada pela presença de pigmentos carotenoides (DURR, 2005).

De acordo com a Instrução Normativa (IN) 51 (BRASIL, 2002), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) estabeleceu o padrão utilizado para avaliar o leite cru refrigerado, sendo eles:

 Acidez titulável: de 0,14 a 0,18 g de ácido lático por 100 mL;

 Densidade relativa a 15°C: entre 1,028 e 1,034 g/cm³;

 Índice crioscópio máximo: -0,512°C;

 Matéria gorda: mínimo de 3,0 g/100g;

 Proteína: mínimo de 2,9 g/100g;

 Extrato seco desengordurado ou sólidos não gordurosos: mínimo 8,4 g/100g;

 Contagem de células somáticas: máximo de 4,0 x 10

5

células/mL;

 Embora se considere a variação de pH entre 6,2 e 6,8 como normal, a maioria das amostras de leite recentes ou bem conservadas têm pH entre 6,5 e 6,7.

Além da análise físico-química do leite, é indicado que se analise os

resíduos de antibióticos no leite quando se monitora a qualidade desse alimento,

(15)

3

sendo os limites máximos de resíduos de antibióticos de < 0,005 UI penicilina/mL (ANVISA, 2009).

Em condições adequadas, o leite sai sadio do úbere da vaca, devendo manter esta qualidade após a ordenha. Os principais fatores que alteram a qualidade do leite são a presença de colostro; falta de higiene na ordenha e nos equipamentos usados; leite de vaca com mastite; demora no processo de resfriamento do leite; e alimentação da vaca em produção (CANI & FRANGILO, 2008).

Segundo a IN 51, posteriormente complementada pela IN 62 descrito pelo MAPA (BRASIL, 2011a), a qualidade do leite pode ser avaliada pela qualidade composicional (gordura, proteína, extrato seco desengordurado e sólidos totais), e também pela qualidade higiênico-sanitário (Contagem Bacteriana Total – CBT, Contagem de Células Somáticas – CCS e resíduos químicos contaminantes no leite) (SOUZA et al., 2011).

O leite pode ser classificado em leite tipo A, B e C. O leite pasteurizado tipo A é o leite classificado quanto ao teor de gordura em integral, padronizado, semidesnatado ou desnatado, produzido, beneficiado e envasado em estabelecimento denominado Granja Leiteira. Já o leite Cru Refrigerado tipo B seria o leite integral quanto ao teor de gordura, refrigerado em propriedade rural produtora de leite e nela mantido pelo período máximo de 48 horas, em temperatura igual ou inferior a 4ºC, que deve ser atingida no máximo três horas após o término da ordenha, transportado para estabelecimento industrial, para ser processado, onde deve apresentar, no momento do seu recebimento, temperatura igual ou inferior a 7ºC (BRASIL, 2002).

O leite cru tipo C é o leite que não é submetido a qualquer tipo de tratamento térmico na fazenda leiteira onde foi produzido e integral quanto ao teor de gordura, transportado em vasilhame adequado e individual de capacidade até 50 litros e entregue em estabelecimento industrial adequado até no máximo duas horas após o término da ordenha. Admite-se a manutenção do leite cru refrigerado tipo C em uma determinada indústria por no máximo 12 horas, até ser transportado para outra indústria, visando processamento final, onde deve apresentar, no momento do seu recebimento, temperatura igual ou inferior a 7ºC.

Em se tratando de leite cru tipo C, obtido em segunda ordenha, deve o mesmo

(16)

sofrer refrigeração na propriedade rural e ser entregue no estabelecimento beneficiador até às dez horas do dia seguinte à sua obtenção, na temperatura máxima de 10ºC, enquanto perdurar a produção desse tipo de leite (BRASIL, 2011a).

O leite para consumo humano deve apresentar o aspecto líquido de cor branco opalescente homogêneo, sabor e odor característicos, isento de sabores e odores estranhos. Deve apresentar ausência de neutralizantes da acidez e reconstituintes da densidade e ausência de qualquer tipo de impurezas ou elementos estranhos. Não pode existir nenhum tipo de aditivo ou contaminante (AMARAL et al., 2004; NETTO et al., 2006).

A IN 51 determina que, pelo menos uma vez por mês, amostras do leite de cada propriedade devem ser enviadas pela indústria para serem analisadas na Rede Brasileira de Laboratórios de Controle de Qualidade do Leite (RBQL). As análises realizadas no leite são: CBT; CCS; determinação dos teores de gordura, lactose, proteína, sólidos totais e sólidos desengordurados; pesquisa de resíduos de antibióticos e de indicadores de fraudes e adulterações (BRASIL, 2002).

Em 29 de dezembro de 2011, devido ao não enquadramento dos produtores as regras da IN 51, foi criada a IN 62, que define que o produtor tenha mais tempo para se enquadrar nas reduções da Contagem Bacteriana Total e a Contagem de Células Somáticas no leite cru refrigerado (BRASIL, 2011a).

2.2 Ordenha Manual e Mecânica

A ordenha manual ainda é um processo de extração de leite muito utilizado nas explorações leiteira do país, sendo essa atividade a que mais ocupa mão de obra em uma propriedade leiteira (NEIVA, 2000).

O investimento em equipamentos é baixo, mas exige maior esforço do

ordenhador. A estrutura para realizar a ordenha manual geralmente é bastante

simples, podendo ser feita em um piquete, no curral ou em um galpão. Há

situações em que as vacas ficam soltas, sem nenhum tipo de contenção e, outras,

em que as vacas ficam presas com correntes ou com canzis (ROSA et al., 2009).

(17)

5

COELHO & SOUSA (2009) citam que as principais considerações sobre ordenha manual são: ordenha sem altos custos de instalação; geralmente utilizada em rebanhos pequenos (em média 50 vacas em lactação); permite uma média de ordenha de sete a dez vacas/homem/hora, com capacidade média de 18 a 25 vacas/homem/dia; os animais são manejados individualmente durante a ordenha; permite o arraçoamento no momento da ordenha. Sua maior desvantagem é ser considerada ordenha menos higiênica.

É um sistema de escolha para pequenos rebanhos, além de ser ideal nas condições de dificuldade de manutenção das maquinas, reposição de partes da ordenha mecânica e suprimento intermitente de eletricidade (FONSECA &

SANTOS, 2000).

Já a ordenha mecânica, pode ser classificada em balde ao pé (móvel ou fixo) ou circuito fechado (canalizada). No sistema balde ao pé (fixo ou móvel), o leite, ao ser extraído do úbere, é imediatamente coletado no balde ou latão sob vácuo, no local da ordenha, sendo levado ao tanque de refrigeração após a ordenha. Esse tipo de ordenhadeira geralmente é recomendado a pequenos e médios produtores, pois possui como vantagem o investimento financeiro menor, se comparado ao da ordenha canalizada, e a desvantagem seria que o leite é transferido primeiro para o latão, para depois, ser transferido para o tanque de resfriamento, sendo que se houver demora nessa etapa pode ocorrer perdas de qualidade do leite (SOUZA et al., 2011).

Na ordenha canalizada, o leite ao ser extraído é conduzido sob vácuo por meio de uma tubulação em aço inoxidável até a unidade final da linha e bombeado para o tanque de refrigeração, possibilitando assim, a obtenção de um leite de melhor qualidade, pois além de não possuir contato com equipamentos diversos e nem com o ordenhador, ainda é refrigerado imediatamente após sua retirada (SOUZA et al., 2011).

De acordo com KNAPPSTEIN & REICHMUTH (2002), a ordenha mecânica

quando comparada com a manual leva vantagem em relação à saúde do úbere,

no que diz respeito à velocidade e diminuição do tempo de operação, porém, as

falhas no controle das máquinas ordenhadeiras, no que diz respeito à pulsação e

linha de vácuo, podem trazer sérios danos à glândula mamária, principalmente

leite residual e lesões de tetas. O tipo de ordenha não é necessariamente o

(18)

responsável pela infecção da glândula mamária e sim o nível de higiene e o manejo da propriedade, estando diretamente relacionados com a CCS, cujos valores aumentam quando ocorrem estas irregularidades.

Em pesquisa realizada por CASSIANO et al. (2007) com diferentes tipos de ordenha no município de Catalão-GO, não foi encontrada relação significativa (p>0,05) entre CCS e os componentes do leite (gordura, proteína, lactose e extrato seco total).

NETTO et al. (2009) afirmam que a ordenha manual assim como a ordenha mecânica mostrou-se igualmente viável para obtenção dos parâmetros de qualidade. A associação de altas contaminações em leite ordenhado manualmente não foi verificada mostrando a facilidade da obtenção de leite com boa qualidade microbiológica quando observados princípios básicos de higiene. A ordenha mecânica quando bem calibrada é uma alternativa rápida e viável para a produção de leite sem danos ao animal. Entretanto, altas CBT são decorrentes de falhas na higienização do equipamento, devendo dar atenção ao manejo dos equipamentos de ordenha, pois estes podem reduzir a qualidade do leite produzido.

2.3 Boas Práticas Agropecuárias na Ordenha

O Programa de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) é definido como um conjunto de diversas atividades, procedimentos e ações adotadas na propriedade rural com a finalidade de obter o produto final de qualidade e seguro ao consumidor, respeitando o meio ambiente, animais e produtores. Essas atividades incluem adoções que vão desde a organização da propriedade, instalações, equipamentos e ações realizadas envolvendo o homem e os animais (LIMA et al., 2008).

Esse programa possui como objetivos a garantia da saúde e a segurança

do consumidor quando consumir o alimento produzido na propriedade rural; a

saúde e a segurança dos trabalhadores rurais; a saúde e o bem-estar dos

animais; a qualidade e segurança do leite; a rentabilidade na produção do leite; e

a sustentabilidade do meio ambiente (LIMA et al., 2008).

(19)

7

A BPA vem sendo discutida desde a década de 70, época em que os produtores rurais, após o uso intensivo de agroquímicos, observaram problemas tanto ambientais quanto para saúde humana. A fim de melhorar esse quesito da saúde e meio ambiente, diversas práticas foram propostas para que a produção não fosse afetada de forma negativa (ZÜGE, 2011).

O MAPA publicou a PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 36, DE 25 DE JANEIRO DE 2011, a fim de instituir o Programa Nacional de Fomento às Boas Práticas Agropecuárias - PRÓ-BPA, com o objetivo de desenvolver e promover a inclusão das BPA’s nas propriedades rurais das diversas cadeias pecuárias do país (BRASIL, 2011b).

Diversos trabalhos demonstram a melhoria microbiológica do leite após a implantação de técnicas de BPA (LEITE JÚNIOR et al., 2011; SILVA et al., 2011;

FOLMER & SOUTO, 2010; BRITO et al., 2004; SANTANA et al., 2001). Segundo VALLIN et al. (2009), os procedimentos de BPA adotados em uma fazenda produtoras de leite, foram capazes de reduzir em 87,90% e 86,99% a CBT em propriedades com ordenha mecânica e manual, respectivamente.

Mesmo devido a grande importância da BPA nas fazendas produtoras de leite, nota-se que ainda existe grandes dificuldades para implementação do sistema, sendo de forma geral, a falta de organização das fazendas o responsável, pois é necessário desde simples organizações com anotações até um completo programa de limpeza, higienização e saúde dos animais (SILVA &

SANCHES, 2010).

2.3.1 Rotina de ordenha

Uma das práticas de rotina de ordenha é de certificar se as instalações estão prontas para receber os animais, antes de conduzi-los até a sala de ordenha, pois essa prática garante que ao chegarem para serem ordenhados, os animais permanecerão um menor tempo aguardando, o que diminui a ansiedade e incômodos nos animais (ROSA et al., 2009).

No momento de conduzir os animais, é importante que seja realizado sem

agressões, de forma calma, respeitando o tempo do animal, sendo indicado a

(20)

condução dos animais em lotes, de forma que permaneçam no máximo uma hora na sala de espera (SANTOS & FONSECA, 2007).

Uma boa rotina de ordenha aumentará a produção de leite e a eficiência do trabalho, diminuindo o número de novas infecções mamárias (mastite) no rebanho. Assim, seu principal objetivo é garantir a saúde do úbere, por meio de procedimentos operacionais que garantem o acoplamento da unidade de ordenha em vacas sadias, e com os tetos limpos e secos. A rotina de ordenha deve ser realizada de forma sequenciada, obedecendo ao mesmo horário todos os dias (NEIVA, 2000).

2.3.2 Linha de ordenha

NEIVA (2000) descreve como linha de ordenha, a ordem com que as vacas são ordenhadas, sendo esta definida geralmente com base no diagnóstico de mastite. Esse método tem como objetivo evitar a transmissão da mastite contagiosa no momento da ordenha. De acordo com SOUZA et al. (2011), a linha de ordenha deve ser realizada obedecendo a ordem:

 1º serão ordenhadas as vacas primíparas, sem mastite;

 2º as vacas pluríparas que nunca tiveram mastite;

 3º vacas que já tiveram mastite, mas que foram curadas;

 4º as vacas com mastite subclínica;

 5º lugar, ordenhar as vacas com mastite clínica.

A linha de ordenha é um manejo relativamente fácil de se instalar na propriedade que além do beneficio de evitar contaminação cruzada dos animais pela mastite, também não causa danos ao bem estar animal no momento de sua implantação, se realizada de forma calma e tranquila (COSTA & BROOM, 2001;

ROSA, 2002).

ROMANO (2013) em estudo com 199 produtores rurais de leite, de 116

municípios do Estado de São Paulo, relatou que apenas 50,7% dos produtores

realizavam linha de ordenha estabelecendo critérios de seleção de forma correta,

estudo esse que demonstra que boa parte dos produtores de leite não adotam

(21)

9

essa prática em suas propriedades, devido a falta de conhecimento e dificuldade em se adotar novas práticas, devido a crenças e cultura.

2.3.3 Manejo correto na ordenha

A ordenha significa tirar o leite, ou seja, é o lucro da atividade leiteira, devendo ser realizado sem paradas, com os tetos limpos e secos em um ambiente asseado, tranquilo, sem umidade e longe de outros animais (WIKIPÉDIA, 2013).

Para que a ordenha ocorra de forma tranquila, são necessárias certas habilidades, práticas e paciência, sobretudo com as vacas de primeira cria, pois estão geralmente amedrontadas, nervosas e com o úbere dolorido (RIBEIRO &

BRITO, 2007).

A ordenha é uma atividade que exige cuidado e atenção devido à sua influência na produção e qualidade do leite e na saúde dos animais. Os cuidados tomados durante a ordenha envolvem a higiene do local, animais, utensílios e ordenhador (RIBEIRO & BRITO, 2007).

A ordenha é um processo de suma importância tanto no ponto de vista fisiológico como econômico. Pode ser considerada como a colheita de um processo de secreção contínua, a qual demanda aproximadamente 60-80% de mão de obra necessária nos serviços de uma fazenda, tornando-se dessa maneira, essencial à maximização de sua eficiência para a obtenção de um rendimento adequado na exploração leiteira (NEIVA, 2000).

Os processos artificiais de extração do leite (ordenha manual e mecânica) baseiam-se nos princípios da mamada do bezerro, por pressão negativa. A observação destes princípios e rígidas normas de higiene são essenciais uma maior eficiência do processo e preservação da sanidade do úbere (NEIVA, 2000).

Para que ocorra a descida do leite de forma adequada, é necessário um

ambiente tranquilo no momento da ordenha e que os animais sejam tratados sem

estresse. O estresse libera a substância adrenalina que dificulta a ação da

ocitocina. São fatores estressantes para a vaca no momento da ordenha: bater

nas vacas; usar cachorros para conduzi-las; usar choques e ferrões, gritar; correr;

(22)

uma sala de espera pequena e abafada, com pouco espaço; falta de bebedouros e sombra na sala de espera. Esses fatores estressantes no momento da ordenha provocam a redução na descida do leite e, consequentemente, queda na produção e aumento do leite retido no úbere depois da ordenha (leite residual), sendo este uma das causas de ocorrência da mastite (SOUZA et al., 2011).

Os conhecimentos sobre o comportamento das vacas leiteiras e das técnicas corretas para a realização da ordenha são pontos chave para a implantação de boas práticas de manejo na ordenha e para a obtenção de leite com alta qualidade (ROSA et al., 2009).

O manejo correto durante todo o período da ordenha é extremamente importante para o controle dos contaminantes do leite, além da saúde do rebanho, evitando assim o aparecimento de doenças como a mastite, o que gera percas econômicas (BRITO & BRITO, 2000; FONSECA & SANTOS, 2000).

O intervalo ideal entre ordenhas é de 12 horas, promovendo assim duas ordenhas por dia, mas o que se vê em pequenas fazendas é a adoção de apenas uma ordenha ao dia, no período da manhã. Normalmente, a adoção de duas ordenhas diárias pode aumentar a produção de leite em até 30% (RIBEIRO &

BRITO, 2007).

De acordo com DURR (2010), os cuidados básicos durante a ordenha são:

manter as mãos limpas durante toda a ordenha; utilizar de uma solução desinfetante nas tetas, pré-dipping antes da ordenha; depois fazer a limpeza e secagem dos tetos que estavam com a solução; fazer o teste de mastite, usando a “caneca telada”; a ordenha deve ser realizada rapidamente, porém, com bastante tranquilidade; após a ordenha, desinfetar as tetas da vaca com solução desinfetante, pós-dipping.

O pré-dipping tem como objetivo eliminar as bactérias que vieram do

ambiente e que estão na pele dos tetos na chegada das vacas ao local da

ordenha. As principais soluções para desinfecção pré-ordenha são à base de

hipoclorito de sódio, clorexidina e iodo, consistindo na imersão dos tetos nessa

solução anti-séptica por 30 segundos, posteriormente os tetos devem ser secos

com papel toalha descartável. Esta etapa é de extrema importância na

higienização dos tetos já que associada à lavagem (apenas quando os tetos

(23)

11

apresentarem muitas sujidades) pode reduzir em 50 a 85% os índices de novas infecções (SOUZA et al., 2011).

Depois de ordenhado, o canal da teta permanece aberto por 15 a 30 minutos, por isso, terminada a ordenha, deve-se efetuar a desinfecção das tetas com anti-séptico (pós-dipping). Tal procedimento ajuda a manter a pele das tetas suave, além de afastar o perigo de infecção enquanto o canal da teta permanece aberto. A desinfecção dos tetos pós-ordenha tem como objetivo eliminar as bactérias que vieram das mãos do ordenhador, do equipamento de ordenha e/ou do ambiente e que podem ter contaminado a pele dos tetos. As soluções desinfetantes mais usadas são à base de iodo e clorexidina, sendo que geralmente esses produtos já vêm pronto para o uso, não precisando ser preparado (FONSECA & SANTOS, 2001).

2.3.4 Importância da saúde das vacas para a produção de leite

O controle sanitário está intimamente ligado à produtividade e lucratividade do rebanho, bem como é ponto fundamental para o controle efetivo da saúde pública (PANETTA, 2004).

A qualidade do leite cru é influenciada por múltiplos fatores, entre os quais destacam-se os zootécnicos, associados ao manejo, saúde da glândula mamária, alimentação, fatores associados à ordenha, armazenamento do leite e potencial genético dos rebanhos (GUERREIRO et al., 2005).

Quando o leite é produzido pelas glândulas mamárias, é considerado estéril, ou seja, livre de microrganismos, mas ao ser expelido através das tetas se contamina com um pequeno grupo de microrganismos provenientes de canais excretores, que constituem parte do úbere. Entretanto, esses microrganismos não representam problemas significativos para o produto nem são nocivos ao ser humano. Somente quando a vaca está doente, há a passagem de microrganismos do sangue do animal para o leite. No caso de doenças ou infecção do úbere, mesmo o leite obtido higienicamente pode conter microrganismos patogênicos, ou seja, nocivos à saúde humana (SILVA &

SANCHES, 2010).

(24)

Os alimentos representam uma via altamente eficiente para a transmissão de enfermidades ao homem e, no caso dos alimentos de origem animal, algumas destas doenças são naturalmente transmissíveis entre a população animal e humana, sendo estas doenças chamadas de zoonoses, cujo ciclo biológico é cumprido entre as duas populações (PANETTA, 2004).

Como zoonoses de maior importância para a produção de leite, pode-se citar a brucelose e a tuberculose. A mastite, apesar de não ser uma zoonose, é considerada uma das principais causas da queda da qualidade do leite e das perdas quantitativas na produção, sendo que essa doença provoca grande prejuízo à pecuária leiteira no Brasil e no mundo. Estima-se que no Brasil possam ocorrer perdas de produção entre 12 a 15% e ainda perdas econômicas significativas para as indústrias de laticínios devido à baixa qualidade do leite (ANDRADE et al., 2007).

A mastite clinica é de fácil percepção, pois a vaca pode parar de comer, tem febre e reduzir muito a produção de leite, o úbere fica inchado e avermelhado, e o leite apresenta grumos, pus e outras alterações. Os animais com mastite devem ser tratados, pois pode ocorrer à transmissão a outros animais ou, mesmo, correr risco de morte. Podendo ser detectada pela eliminação dos primeiros jatos de leite de cada teta em caneca telada ou de fundo escuro. Se assim mesmo houver dúvidas, deve ser feito o teste do CMT, sigla de “California Mastitis Test”, para posteriormente realizar o tratamento dos animais (SENAR, 2010).

No entanto, o leite deve ser um alimento isento de qualquer resíduo, seja ele provindo de sujidades e/ou drogas veterinárias como antibióticos. No caso de sujidades, técnicas de higiene e cuidados devem ser aplicadas desde o momento da ejeção do leite pela teta até seu correto armazenamento. Quando se trata de resíduos de drogas veterinárias, é necessário um cuidado tão intenso quanto os demais, pois os efeitos sobre a saúde do ser humano, em longo prazo, podem provocar fortes reações alérgicas em pessoas sensíveis e resistência a antibióticos, tornando mais difícil o tratamento da infecção no ser humano (ADAMS & MOTARSEMI, 2002).

Os resíduos de antibióticos no leite que é utilizado para desenvolver

produtos fermentados podem interferir no processo de fermentação pela inibição

(25)

13

das bactérias ácido-lácticas. Normalmente, isso é apenas um problema técnico que resulta em perda econômica, mas, quando ocorre, os agentes patogênicos presentes no leite podem crescer e representar, posteriormente um perigo para a saúde. Por essas razões, muitos países possuem regulamentações que proíbem a venda de leite de vacas que foram tratadas de mastite, e o leite é rotineiramente testado para verificar a presença de resíduos de antibióticos (ADAMS &

MOTARSEMI, 2002).

Um rebanho em bom estado de saúde permite que não haja perca na produtividade, tornando-se, portanto, um fator decisivo e determinante na viabilidade econômica da exploração, como no caso, a leiteira. Um rebanho com presença de enfermidades não é vantajoso nem para o produtor nem para a saúde pública, transformando lucros em prejuízos e despesas no controle das zoonoses (KRUG et al., 1992).

2.3.5 Papel do ordenhador

Para obtenção de um leite saudável e de boa qualidade, é necessário que o ordenhador tenha sempre cuidado com sua higiene pessoal e sua saúde, realizando exames de rotina, com atenção especial para brucelose e tuberculose (ROSA et al., 2009).

As pessoas que colhem, manipulam, armazenam, transportam, processam o leite são muitas vezes responsáveis por sua contaminação. O ordenhador pode ser um grande veículo de transmissão de microrganismos para o leite em virtude de seu estado de saúde e de hábitos higiênicos e de trabalho incorretos (DURR, 2010).

A adoção de procedimentos básicos de higiene é fundamental, devendo-se lavar as mãos antes e durante as ordenhas, lavar as mãos após ir ao banheiro, manter cabelo preso e unhas cortadas e usar roupas, aventais e botas limpos (ROSA et al., 2009).

O ordenhador ou manipulador do leite deve possuir hábito de lavagem das

mãos, pois sabe-se que os patógenos transmitidos pela mão são geralmente

(26)

oriundos de contaminação fecal, ou seja, hábitos higiênicos inadequados (MARTINS et al., 2008).

2.3.6 Refrigeração do leite

A refrigeração do leite, por si só, não é garantia de sua qualidade, ou seja, é necessário que o leite seja produzido em condições higiênico-sanitárias adequadas para tentar minimizar qualquer contaminação. A utilização de temperaturas reduzidas apenas mantem a contagem microbiana estável. Quanto maior o tempo de estocagem do leite com alta carga microbiana, mesmo sob refrigeração, maiores serão as possibilidades de alterações no produto final (FAGUNDES et al., 2006).

No processo de conservação do leite pelo frio, recomenda-se que, na segunda hora após a ordenha, a temperatura atinja 4ºC, condição esta que não impede a proliferação de microrganismo psicrotróficos (BRASIL, 2011a). Na grande maioria das propriedades leiteiras, a temperatura de refrigeração oscila entre cinco a 10ºC, o que configura, um “resfriamento marginal do leite” (SANTOS

& LARANJA, 2001), contribuindo para multiplicação de microrganismos psicrotróficos, resultando na queda de qualidade de leite e derivados.

Segundo BRAMLEY & MCKINNON (1990), no leite refrigerado em temperatura menor ou igual a 4ºC, a multiplicação da microbiota total permanece controlada por no mínimo 24 horas, mantendo uma microbiota semelhante a do leite recém ordenhado.

2.3.7 Limpeza e desinfecção da sala de ordenha e dos equipamentos

A limpeza dos utensílios e instalações são fundamentais para reduzir a contaminação de bactérias do ambiente no qual o leite é retirado (SOUZA et al.

2011). Imediatamente após a ordenha, deve-se realizar a limpeza das instalações

e dos equipamentos (ROSA et al., 2009).

(27)

15

A limpeza e desinfecção da sala de ordenha, de todos os utensílios e equipamentos usados na produção de leite, bem como a higiene pessoal do ordenhador, deverão ser realizadas criteriosamente. Os equipamentos devem ser limpos e desinfetados imediatamente após o término da ordenha. Quanto mais tempo demorar, mais difícil fica remover os restos de leite (CANI & FRANGILO, 2008).

Após cada ordenha, as instalações e todos os equipamentos, materiais e utensílios devem ficar preparados para o início da próxima ordenha (ROSA et al., 2009).

O leite pode ser contaminado quando entra em contato com a superfície do equipamento e/ou utensílios de ordenha, assim como no próprio tanque de refrigeração do leite. A contagem bacteriana total do leite pode aumentar significativamente quando em contato com equipamentos nos quais a limpeza e sanitização são deficientes, pois os microrganismos proliferam nos resíduos de leite presentes em recipientes, borrachas, junções e qualquer outro local onde ocorra acúmulo de resíduos de leite (GUERREIRO et al., 2005).

Com a ordenha mecânica, a limpeza de utensílios deve ocorrer de acordo com o fabricante da ordenhadeira, respeitando a concentração dos detergentes e desinfetantes. No caso da ordenha manual, os principais utensílios a serem higienizados são: balde de leite, latão de leite, coador/peneira, caneca de fundo preto e frascos de desinfecção de tetos. A higienização desses utensílios ao final de cada ordenha é obrigatório, já que estes entram em contato direto com as vacas e/ou com o leite. Deve ser utilizado detergentes apropriados, alcalino e ácido, pois são capazes de retirar resíduos de proteína, gordura e minerais do leite que se acumulam nos utensílios (NEIVA, 2000).

A caneca de fundo preto ou telado e os frascos para desinfecção dos tetos

podem ser lavados com água e detergente neutro. Depois de lavados, devem

coloca-los virados para baixo em local limpo, para secarem naturalmente. Depois

de limpos e secos, os utensílios devem ser guardados em local próprio e limpos,

livres de contato com qualquer animal e sem ter contato com o chão. A limpeza

da sala de ordenha também deve ser diária, ao final de cada ordenha, sendo

necessário primeiro a remoção de fezes com uma enxada, e depois lavada com

(28)

água e sabão e realizada a desinfecção (pelo menos uma vez ao mês) com desinfetantes apropriados vendidos no mercado (NEIVA, 2000).

2.3.8 Qualidade da água

A qualidade físico-química da água pode afetar a qualidade do leite, pois pode reduzir a eficiência da limpeza e desinfecção dos utensílios e equipamentos da ordenha e tanques resfriadores. Já a qualidade microbiológica da água afeta a qualidade final do leite elevando principalmente os níveis de CBT, pois sabe-se que a água é um ótimo veiculador de microrganismos patógenos ou não, como coliformes, Pseudomas spp., Listeria monocytogenes, Salmonella spp, Staphylococcus spp, entre outros (CERQUEIRA et al., 2006).

A grande maioria das fazendas leiteira utiliza fontes de água, durante o processo de produção leiteira, que não sofram nenhum tipo de tratamento prévio.

Estas fontes podem estar contaminadas com microrganismos de origem fecal e

de uma ampla variedade de fontes como solo e vegetação (NETTO et al., 2009).

(29)

17

3 RELATÓRIO DE ESTÁGIO

3.1 Caracterização da Empresa

O estágio curricular foi realizado em uma empresa privada especializada em assistência técnica à ordenhadeiras mecanizadas e nas diversas áreas ligadas a bovinocultura leiteira, situada na Avenida Anhanguera, nº 7.558, Setor dos Funcionários, Goiânia - Goiás, no período de 15 de dezembro de 2014 a 07 de março de 2015, perfazendo 300 horas, sob a supervisão do Médico Veterinário Eduardo Ferreira Borges.

A empresa possui como nome de registro (Razão Social) - Loja de Rações Ltda, conhecida como Casa da Ordenha, atuando na área da bovinocultura leiteira em seus diversos ramos, com destaque na assistência técnica e vendas de ordenhadeiras mecanizadas e resfriadores de leite, além da venda de sêmen e material para inseminação. Outro foco da empresa, recém implantado, é a assistência técnica as fazendas cadastradas como clientes, em todos os segmentos da bovinocultura leiteira, a fim de garantir o aumento da produtividade e qualidade do leite.

A empresa contava com um quadro de quatro funcionários, sendo dois vendedores e dois técnicos, responsáveis por todas as assistências realizadas nos Estados de Goiás, Tocantins, Bahia e Mato Grosso.

Inserida no mercado da bovinocultura de leite há 20 anos, possui como norma de qualidade a excelência na assistência e venda de produtos para ordenhadeiras, além da garantia dos produtos vendidos.

3.2 Atividades Realizadas Durante o Estágio

Durante o estágio curricular foram realizadas diversas atividades como

treinamento sobre o funcionamento das peças e equipamentos que compõem a

ordenhadeira mecânica e suas diversas marcas de mercado; consertos de

(30)

pulsadores, bombas de vácuo, medidores e transferidores de leite;

acompanhamento a campo das assistências técnicas, montagem e manutenções das ordenhadeiras mecânicas e das implantações de BPA em algumas propriedades visitadas, que não possuíam nenhum tipo de controle da produção (Tabela 1).

Tabela 1. Atividades realizadas e número de casos acompanhados durante o estágio supervisionado, no período de dezembro de 2014 a março de 2015.

Atividades desenvolvidas Número de casos

acompanhados Minicurso na empresa sobre o funcionamento de peças e

equipamentos de ordenhadeira mecânica 7 dias

Consertos de pulsadores, bombas de vácuo, medidores e

transferidores de leite 75

Acompanhamento a campo de assistências técnicas,

montagem e manutenções das ordenhadeiras mecânica 18 Acompanhamento a campo de implantações de BPA 10

3.2.1 Treinamento sobre o funcionamento das peças e equipamentos que compõem a ordenhadeira mecânica

No início do estágio foi feito um treinamento sobre o funcionamento de peças e equipamentos de uma ordenhadeira mecânica, ministrado pelo Zootecnista Rafael Lennini Lemes de Queiroz.

Durante o curso, foi possível conhecer e entender a forma que funciona a

ordenhadeira, além do conhecimento dos produtos utilizados antes e após a

ordenha, como por exemplo, os detergentes ideais para cada momento da

limpeza, soluções para uso nos animais (pré e pós dipping), dentre outros (Figura

1).

(31)

19

Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

Figura 1. Materiais utilizados durante o curso ministrado na empresa para o aprendizado sobre o funcionamento de peças e equipamentos de uma ordenhadeira mecânica

3.2.2 Limpeza e consertos de pulsadores, bombas de vácuo, medidores e transferidores de leite

A limpeza e o conserto de pulsadores, medidores e transferidores de leite

eram realizados na empresa. A limpeza era realizada com o auxilio de materiais

próprios para essa finalidade, sendo comum, as peças das ordenhadeiras

chegarem à empresa repleta de sujidades visíveis e até mesmo com presença de

larvas e/ou vermes, em virtude do leite residual deixado pelo responsável da

lavagem na propriedade (Figura 2).

(32)

Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

Figura 2. Equipamentos de ordenha apresentando sujidades visíveis provocadas devido à presença de leite residual na linha de ordenha. A- Pulsador; B- Válvula de repercussão C- Assento do pulsador.

Após a limpeza dos equipamentos, no momento da entrega aos seus donos, o técnico informava o procedimento realizado e posteriormente aconselhava o produtor a realizar uma manutenção constante no equipamento, além da limpeza diária correta, a fim de evitar novas presenças de leite residual e novas sujidades no equipamento, para não prejudica a qualidade do leite.

Durante o estágio foi constatado que a falta de higiene com os equipamentos de ordenhadeiras mecânicas eram constantes, sendo o principal responsável pelos casos de concertos, demonstrando que a falta de limpeza correta gera gastos excedentes com reparos de peças. Segundo MATSUBARA et al. (2011), a sujidade tem uma grande influência na queda de qualidade do leite, o que geralmente leva ao aumento de CBT no leite.

A B

C

(33)

21

3.2.3 Acompanhamento a campo das assistências técnicas, montagem e manutenções das ordenhadeiras mecânicas

O objetivo das assistências técnicas era manter as máquinas em perfeito estado de funcionamento, garantindo uma longevidade ao aparelho, além da garantia do correto funcionamento.

A empresa prezava pela excelência nessa prestação de serviço, sendo a principal atividade oferecida. Toda parte de assistência, montagem ou manutenções eram realizadas por dois técnicos capacitados para tal atividade, com amplo conhecimento sobre ordenhadeiras de diversas marcas e modelos.

Durante o estágio foi possível realizar 18 visitas a diferentes fazendas do Estado de Goiás, realizando o acompanhamento de assistências, montagens e manutenções de ordenhadeiras, realizando a detecção, análise e resolução do problema encontrado no funcionamento destas.

Os técnicos responsáveis já levavam consigo diferentes peças para a ordenha em questão, já que ao solicitarem o técnico em suas propriedades, o produtor devia passar a marca, o modelo e os sintomas do problema ocorrido.

Em caso de montagem de nova ordenhadeira, o técnico era responsável

por indicar ao produtor como deveria ser construída a contenção dos animais,

parte elétrica e hidráulica necessária para o bom funcionamento dos

equipamentos. Após a construção dos quesitos exigidos pelo técnico, a ordenha

era montada e posteriormente realizava-se o treinamento dos produtores e

funcionários (Figura 3).

(34)

Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

Figura 3. Ordenha em fase de montagem na cidade de Edéia/GO pelo técnico da empresa

3.2.4 Acompanhamento a campo de implantações de técnicas de BPA em propriedades do estado de Goiás

A implementação de técnicas de BPA ocorriam em propriedades que não possuíam esse controle e era solicitado pelo produtor assistência para melhoria da qualidade do leite da fazenda em questão.

Como a empresa iniciou recentemente essa atividade, ainda não era cobrado por esse serviço. As propriedades visitadas durante o estágio serviram de “fazendas testes” e nelas foram realizadas a implantação de técnicas simples para observação da melhoria da qualidade do leite.

Inicialmente o técnico fazia uma visita a fim de conhecer a fazenda e

diagnosticar possíveis problemas que contribuíam para a falta de qualidade no

produto final, o leite. Era realizada a observação dos animais, estado da

(35)

23

ordenhadeira (quando possuía, quando não, era indicado o melhor local e como deveria ser colocada), estado de limpeza e higiene de instalações.

O técnico então, juntamente com o produtor, realizam anotações a fim de se ter um controle sobre a propriedade, sendo aconselhada a coleta de dados referente ao rebanho (estado de saúde, uso de medicamentos, idade de nascimento, peso a desmama, dentre outros critérios zootécnicos) e sobre a qualidade do leite (inicialmente era indicado ao produtor a realização de uma análise do leite para posteriormente analisar as melhorias).

Era realizado um treinamento com funcionários, a fim de explicar de forma rápida e simples, a importância de medidas de higiene com o local e com o próprio ordenhador, ensinado as técnicas de pré e pós-dipping, os melhores produtos a serem utilizados e sua real importância. Também era indicado ao produtor a realização de testes de sanidade no rebanho (exames de brucelose, tuberculose e presença de mastite) (Figura 4).

Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

Figura 4. Ordenhador realizando a secagem dos tetos de forma correta, utilizando

papel toalha descartável, sendo um para cada teto de forma

independente.

(36)

No momento da ordenha, o técnico ensinava ao ordenhador a importância de manter os animais calmos e caso houvesse algum erro durante a ordenha, esse era solucionado. O erro mais encontrado durante o estágio foi a pressão exercida no copo coletor da ordenha, considerada maléfica a saúde do úbere da vaca, pois, segundo RADOSTITS et al. (2007), acarreta em lesões nos tetos e flacidez no canal esfíncter do teto, que por sua vez predispõem a mastite (Figura 5).

Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

Figura 5. Manejo incorreto do ordenhador durante a ordenha, proporcionando pressão no teto na vaca no momento de descida do leite. A- Pedra fazendo peso no copo coletor para ocasionar pressão. B- Mão do ordenhador ocasionando pressão excessiva nas teteiras

A

B

(37)

25

Após a finalização da ordenha, o técnico repassava todas as instruções para realização da limpeza e higienização correta da ordenhadeira e do local ao funcionário responsável, ensinando-o a utilização correta do produto químico ideal para cada momento da limpeza (Figura 6).

Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

Figura 6. Sala de ordenha antes (A) e depois (B) da limpeza e desinfecção.

A

B

(38)

Para a implantação das técnicas de BPA na ordenha, era ensinado ao ordenhador a importância de se adotar a linha de ordenha e se manter uma rotina com os animais.

Para a linha de ordenha ser estabelecida, era realizado o teste da caneca nos animais antes da ordenha e anotado o nome do animal e se esse animal apresentava ou não sintomas de mastite. No momento da anotação, também era anotado qual número de parição o animal estava e se já havia sido tratada para mastite. Posteriormente o técnico estabelecia a ordem em que cada animal deveria ser ordenhado.

Em relação a higiene do ordenhador, o técnico explicava a importância de se adotar técnicas simples de higiene, como corte de unhas, lavagem das mãos, uso de toucas ou bonés no momento da ordenha, uso de roupas e botas limpas.

Quanto a higiene do local, após a ordenha, o técnico mostrava na prática como a

ordenha deveria ser limpa, demonstrando a quantidade ideal de cada produto e

como esses produtos deveriam ser diluídos.

(39)

27

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As Boas Práticas Agropecuárias na ordenha demonstram ser eficientes para a adequação do leite produzido aos parâmetros estabelecidos pela IN 51/IN 62.

As técnicas de BPA na ordenha recomendadas geralmente são técnicas simples, eficientes, de fácil incorporação na rotina de ordenha em qualquer situação de tecnificação das propriedades e não requerem gastos com instalações.

O estágio foi de grande importância para o crescimento, aprendizado e

profissionalização, pois por meio dele pode haver conhecimento prático de tudo já

estudado no âmbito acadêmico.

(40)

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ADAMS, M.; MOTARSEMI, Y. Segurança básica dos alimentos para

profissionais de saúde. Organização Mundial da Saúde Genebra/ Suíça: Editora Roca, 2002.

AMARAL, L. A.; DIAS, H. I. L. T.; ROSSI, O. D.; NADER FILHO, A. Avaliação da eficiência da desinfecção de teteiras e dos tetos no processo de ordenha

mecânica de vacas. Pesq. Vet. Bras. 24(4):173-177, out./dez. 2004.

ANDRADE, L.M.; EL FARO, L.; CARDOSO, V.L.; ALBUQUERQUE, L.G.;

CASSOLI, L.D.; MACHADO, P.F. Efeitos genéticos e de ambiente sobre a produção de leite e a contagem de células somáticas em vacas holandesas. R.

Bras. Zootec., v.36, n.2, p.343-349, 2007.

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Programa de Análise de Resíduos de Medicamentos Veterinários em Alimentos de Origem Animal (PAMVet). Relatório 2006-2007. Brasília, 76 p. 2009.

BRAMLEY, A. J.; MCKINNON, C. H. The microbiology of raw milk. In:______.

Dairy microbiology. 2. ed. England: Elsevier Science, 1990. v. 1, p. 163-208.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 62, de 29 de dezembro de 2011. Aprova o Regulamento Técnico de Produção, Identidade e Qualidade do Leite tipo A, o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Leite Cru Refrigerado, o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Leite Pasteurizado e o Regulamento Técnico da Coleta de Leite Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel, em conformidade com os Anexos desta Instrução Normativa. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 31 dez. de 2011a. Seção 1, p. 6.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria

Interministerial Mapa/Ma/Mte Nº 36, De 25 de Janeiro De 201. Institui o Programa Nacional de Fomento às Boas Práticas Agropecuárias - PRÓ-BPA. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 26 de Janeiro de 2011b.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Departamento de

Inspeção de Produtos de Origem Animal. Instrução Normativa nº 51, de 18 de

setembro de 2002. Aprova os Regulamentos Técnicos de Produção, Identidade e

Qualidade do Leite tipo A, do Leite tipo B, do Leite tipo C, do Leite Pasteurizado e

do Leite Cru Refrigerado e o Regulamento Técnico da Coleta de Leite Cru

(41)

29

Refrigerado e seu Transporte a Granel, em conformidade com os Anexos a esta Instrução Normativa. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 21 set. de 2002. Seção 1, p. 13.

BRITO, J.R.F; BRITO, M. A.V.P. Mastite bovina, São Paulo: Manole, 2000, p.

114- 129.

BRITO, J. R. F.; PINTO, S.M.; SOUZA, G.N.; ARCURI, E.F; BRITO, M. A.V.P.;

SILVA, M.R. Adoção de boas práticas agropecuárias em propriedades leiteiras da Região Sudeste do Brasil como um passo para a produção de leite seguro. Acta Scientiae Veterinariae. 32(2): 125 - 131, 2004.

CANI, Pedro Carlos; FRANGILO, Rosane Freitas. Como Produzir Leite de Qualidade. Vitória: ACPGLES, 2008. 36 p.

CASSIANO, J.S. BENEDETTI, E. TETZNER, T.A.D. Contagem de células

somáticas em amostras de leite cru na região de Catalão, GO. Hig Aliment. v.21, n.142, p.73-81, 2007.

CERQUEIRA, M.M.O.P., PICINI, L.C.A., SOUZA, M.R., LEITE, M.O., PENNA, C.F.A.M. Qualidade da água e seu impacto na qualidade microbiológica do leite.

In: MESQUITA, A.J., DURR, J.W., COELHO, K.O. Perspectivas e avanços da qualidade do leite no Brasil. Goiânia: Talento, 2006, v.1, p. 273-290.

COELHO, Sandra Gesteira; SOUZA, Breno Mourão de. Manejo de Ordenha. In:

SILVA, José Carlos Peixoto Modesto da; OLIVEIRA, André Soares de; VELOSO, Cristina Mattos. Manejo e Administração na Bovinocultura Leiteira. Viçosa:

UFV, 2009. p 111-128.

COSTA, M.J.R.P.; BROOM, D. M. Consistency of side choice in the milking parlour by HolsteinFriesian cows and its relationship with their reactivity and milk yield. Appl. Anim. Behav. Sci., v.70, p.177-186, 2001.

DÜRR, J.W. Estratégias para a melhoria da qualidade do leite. In:

CARVALHO, L.A.; ZOCCAL, R.; MARTINS, P. C.; ARCURI, P.B.; MOREIRA, M.S.P. Tecnologia e gestão na atividade leiteira. Juiz de Fora, MG: Editora Embrapa, 2005. p. 89-97.

DURR, João Walter. Como produzir leite de qualidade. 3. ed. Brasília: SENAR,

2010.

(42)

FAGUNDE S, C.M.; FISCHER, V.; SILVA, W.P.; CARBONERA, N.; ARAÚJO, M.R. Presença de Pseudomonas spp. em função de diferentes etapas da ordenha com distintos manejos higiênicos e no leite refrigerado. Ciência Rural, n. 2, v. 36, p.568-572, mar./abr. 2006.

FOLMER, D.M; SOUTO, L.I.M. Avaliação das condições de boas práticas na coleta e transporte de leite cru a granel. Vet. e Zootec. V.17, n.3, p.386-393, 2010.

FONSECA, L. F. L.; SANTOS, M. V. Qualidade do Leite e Controle de Mastite.

São Paulo: Editorial, 2000.

FONSECA, L.F.L.; SANTOS, M.V. Qualidade do leite e controle da mastite.

São Paulo: Lemos, 2001.

GUERREIRO, P. K.; MACHADO, M. R. F.; BRAGA, G. C.; GASPARINO, E.;

FRANZENER, A. S. M. Qualidade microbiológica de leite em função de técnicas profiláticas no manejo de produção. Ciências Agrotécnicas, Lavras, v. 29, n. 1, p. 216-222, jan./fev. 2005.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Indicadores IBGE - Estatística da Produção Pecuária. CEPAGRO - Comissão Especial De Planejamento, Controle E Avaliação Das Estatísticas Agropecuárias. Março de 2015.

KNAPPSTEIN, K.; REICHMUTH, J. Udder health situation in selected dairy farms after introduction of an automatic milking system. IN: WORLD BUIATRICS

CONGRESS, 22., 2002, Hannover. Abstracts... Hannover: Proceedings, 2002. p.

2.

KRUG, ERNESTO ENIO BUDKE et al. Manual de produção leiteira. Porto Alegre, RS: Cooperativa Central Gaúcha de Leite LTDA, 1992.

LEITE JÚNIOR, B.R.C.; OLIVEIRA, P.M.; MARTINS, M.L.; PINTO, C.L.O.;

MARTINS, E.M.F.; SOUZA, G.H. Aplicação das boas práticas agropecuárias

no processo de ordenha em uma propriedade rural do município de Rio

Pomba, Minas Gerais. Rev. Inst. Latic. “Cândido Tostes”, v.66, n. 380, p. 31-

39, 2011.

(43)

31

LIMA, C.G.; POSSA, C.; HELOU, C.; COSTA, E.B.; HELOU, M.; CARNEVALLI, R., NEO, S.A.N. Boas Práticas Agropecuárias –BPA. Goiânia: Sindileite-GO, 2008.

MARTINS, M.E.P.; NICOLAU, E.S.; MESQUITA, A.J.; NEVES, R.B.S.; ARRUDA, M.T. Qualidade de leite cru produzido e armazenado em tanques de expansão no estado de Goiás. R. Ciência Animal Brasileira, v. 9, n. 4, p. 1152-1158,

out./dez. 2008.

MATSUBARA, M.T.; BELOTI, V.; TAMANINI, R.; FAGNANI, R.; SILVA, L.C.C.;

MONTEIRO, A.A.; BATTAGLINI, A.P.P.; ORTALANI, M.B.T.; BARROS, M.A.F.

Boas práticas de ordenha para redução da contaminação microbiológica do leite no agreste Pernambucano. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 32, n. 1, p.

277-286, jan./mar. 2011.

NEIVA, Rogério Santoro. Produção de Bovinos Leiteiros. 2. ed. Lavras: UFLA, 2000. p.137.

NETTO, A.S.; FERNANDES, R.H.R.; AZZI, R.; LIMA, Y.V.R. Estudo comparativo da qualidade do leite em ordenha manual e mecânica. Rev. Inst. Ciênc Saúde, v.27, n.4, p.345-349, 2009.

NETTO, F. G. S.; BRITO, L. G.; FIGUEIRÓ, M. R. A ordenha da vaca leiteira.

Comunicado Técnico 319 – EMBRAPA. Porto Velho – RO. Novembro de 2006.

PANETTA, JOSÉ CÉZAR. Zoonoses de origem alimentar: motivos para preocupação. Revista Higiene Alimentar, v.18, n.123. agosto, 2004.p 3.

RADOSTITS, O. M. et al. Diseases of the mammary gland. In: RADOSTITIS, O.

M. et al. (Ed.). Veterinary medicine: a textbook of the diseases of cattle, sheep, pigs, goats ad horses. 10

th

ed. St. Louis: Mosby/Elsevier, 2007. cap. 15.

p. 728-749.

RIBEIRO, Paulo Roberto Chaltein de Almeida. Mecanismo de interação teórico e prático no ensino de preparo da ordenha e seus efeitos sobre o

desempenho de vacas leiteiras. 2005. Disponível em:

http://www.ia.ufrrj.br/ppgea/dissertacao/Paulo%20Roberto%20Chaltein%20de%20

Almeida%20Ribeiro.pdf. Acessado em: 02 ago 2015.

(44)

RIBEIRO, Marlice Teixeira; BRITO, José Renaldi Feitosa. Manejo correto da ordenha manual. 2007. Disponível em:

http://www.cileite.com.br/sites/default/files/10Instrucao.pdf. Acessado em: 02 agos 2015.

ROMANO, MARINA SANCHES. Práticas higiênico-sanitárias na ordenha de vacas e percepção de risco de produtores rurais no estado de São Paulo.

Universidade Estadual Paulista “Júlio De Mesquita Filho”, 2013. 34p. Monografia (Graduação Medicina Veterinária) – Faculdade de Medicina Veterinária -

Universidade Estadual Paulista, 2013.

ROSA, M. S. A Interação entre retireiros e vacas leiteiras na ordenha.

Jaboticabal, SP: Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP, 2002.

52p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias- Universidade Estadual Paulista, 2002.

ROSA, M.S.; COSTA, M.J.R.P.; SANT`ANNA, A.C.; MADUREIRA, A.P. Boas Práticas de Manejo – Ordenha. Jaboticabal: FUNEP, 2009. 43 p. Disponível em:

http://www.fortdodge.com.br/pdf/manual_de_ordenha.pdf. Acesso em 05 maio de 2015.

SANTANA, E. H. W.; BELOTI, V.; BARROS, M. A. F. Microrganismos

psicrotróficos em leite. Revista Higiene Alimentar, São Paulo, v. 15, n. 88, p.

27-33, set. 2001.

SANTOS, M. V.; FONSECA, L. F. L. Estratégias para controle de mastite e melhoria da qualidade do leite. São Paulo: Manole, 2007.

SANTOS, M. V.; LARANJA, L. F. Importância e efeito de bactérias psicrotróficas sobre a qualidade do leite. Higiene Alimentar, v.15, n.82, março/ 2001, p.13-19.

SENAR. Criação de bezerras e novilhas para produção de leite. 3 ed. Brasília.

: SENAR, 2010.

SILVA, A. F.; SANCHES, W. Boas práticas agropecuárias em ordenha na região de São José do Rio Preto. 2010. Trabalho de conclusão curso (Tecnólogo em Agronegócios). Faculdade de Tecnologia de São José do Rio Preto, São Paulo, 2010. Disponível em:

http://docslide.com.br/documents/junho2010-boas-praticas-agropecuarias-em-

ordenha-mecanica-na-regiao-de-sao-jose-do-rio-preto-sp-discentes-aline-feitosa-

silva-wladimir-sanches-orientadora.html. Acesso em: 20 julho 2015.

(45)

33

SILVA, L.C.C.; BELOTI, V.; TAMANINI, R.; D’OVIDIO, L.; MATTOS, M. R.;

ARRUDA, A.M.C.T.; PIRES, E.M.F. Rastreamento de fontes da contaminação microbiológica do leite cru durante a ordenha em propriedades leiteiras do Agreste Pernambucano. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 32, n. 1, p.

267-276, jan./mar. 2011.

SOUZA, G.N.; CARVALHO, A.C.; MENDONÇA, L.C. Qualidade do Leite. In : Alexandre Machado Auad et. al. Manual de Bovinocultura de Leite – Brasília : LK Editora. Embrapa Gado de leite, 2011.p. 541-607.

VALLIN, V. M. et al. Melhoria da qualidade do leite a partir da implantação de boas práticas de higiene na ordenha em 19 municípios da região central do Paraná. Revista SEMINA: Ciências Agrárias, Londrina, v. 30, n. 1, p. 181 - 188, jan./mar. 2009.

ZOCCAL, R., ALVES, E.R., GASQUES, J.G. Diagnóstico da Pecuária Leiteira Nacional. 10 p. 2011.

ZÜGE, R. Programa Nacional de Fomento às Boas Práticas Agropecuárias - PRÓ-BPA, 2011. Disponível em: http://www.milkpoint.com.br/seu-

espaco/espaco-aberto/programa-nacional-de-fomento-as-boas-praticas-

agropecuarias-probpa-69263n.aspx. Acesso em: 05 julho 2015.

Referências

Documentos relacionados

Š Transporte do leite: após a ordenha, o leite deve ser imediatamente transportado, do local de produção ao tanque comunitário, em latões com identificação do produtor e

Boas práticas agropecuárias como o treinamento de mão de obra, higiene na área de permanência das vacas, limpeza da sala de ordenha, limpeza do teto para ordenhar,

Certificamos que JULIANNA BORGES GUIMARÃES apresentou o trabalho intitulado SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NA ESCOLA: ADAPTAÇÕES NECESSÁRIAS, na forma Pôster, com a

Em outras palavras, podemos dizer que, independentemente da natureza do sólido estudado, o calor especíco molar (medido em J/K.mol) é igual a 3 R (aproximadamente 25 J/K.mol ou

diferen~a que, aqui, a voz, sem nunca se interromper, subdivide com diferentes repercuss5es aquela nota que, no primeiro caso, seria sustentada. Ar!icula-se cada uma

Distribuição dos implantes de acordo com a relação de proximidade com o seio maxilar, tecido ósseo de fixação e alterações sinusais em função do sítio de

Ciclos de estudos Nome Número Programa de Doutoramento em Ciências da Saúde Daniela Costa Batista de Almeida 2013130443 Programa de Doutoramento em Ciências da Saúde Daniela

Local : Atividades Internacionais Fukui Plaza 2º andar (1º do Brasil) Sala de estudo de línguas 1 Taxa : Gratuita (Sob reserva) Intérpretes : inglês・chinês・português etc