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Lei de Drogas /06

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Apresentação

Lei de Drogas – 11.343/06

Da Instrução Criminal

Prof. Antonio Pequeno

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Veja o exemplo abaixo:

APRESENTAÇÃO

Salve, salve concurseiro e concurseira!

Meu nome é ANTONIO PEQUENO, sou natural do Rio de Janeiro e sou professor de Direito Penal e Legislação Penal, atuando como Agente Federal de Execução Penal desde 2009.

Como servidor público, atuei nos seguintes órgãos:

- Aeronáutica como soldado de 2ª classe;

- Agente de Inspeção de controle Urbano do Rio de Janeiro;

- Estagiário da Procuradoria Geral do Município do Rio de Janeiro.

Além dos cargos que tomei posse, fui aprovado nos concursos de Oficial de Cartório

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da Polícia Civil do Estado Rio de Janeiro e 19º lugar como Técnico Administrativo da ANVISA.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Apresentação ... 2

Da Instrução Criminal ... 3

Da Apreensão, Arrecadação E Destinação De Bens Do Acusado... 6

Da Cooperação Internacional ... 16

Disposições Finais e Transitórias ... 17

DA INSTRUÇÃO CRIMINAL

Nesta aula daremos continuidade para o artigo 57, acompanha com a leitura.

Art. 57. Na audiência de instrução e julgamento, após o interrogatório do acusado e a inquirição das testemunhas, será dada a palavra, sucessivamente, ao representante do Ministério Público e ao defensor do acusado, para sustentação oral, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por mais 10 (dez), a critério do juiz.

Então, com base no art. 57, tem uma discussão referente a parte do interrogatório, porque? Pela Lei de Drogas, ela traz o interrogatório como se fosse inicialmente ali. E com base na alteração que teve no Código do Processo Penal, o interrogatório passou seu último ato. Então, começou a doutrina a se posicionar. A jurisprudência hoje, tem um posicionamento do Supremo Tribunal Federal que é para ser aplicado o art. 400 do Código Processo Penal, que fala que o interrogatório figura como a última fase, é o posicionamento do Supremo Tribunal Federal.

Tem julgado mais recente ainda, mais direitos de passagem do STF, divergindo desse

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Mas de antemão, acredito muito que a banca não deva trabalhar em cima dessa divergência, mas você tem que saber o seguinte, em termos de garantia para o acusado, é melhor que é a fase do interrogatório seja realizada por último, porque ele consegue pegar todos os depoimentos de testemunhas, até mesmo da acusação, para formar sua tese de defesa do interrogatório.

Então, você vai carregar como se fosse o interrogatório previsto na Lei de Drogas, aplicando-se o Código de Processo Penal como última fase. Tudo depende também denunciado, a questão, porque se a questão trouxe o texto legal do art. 57, você vai ter que se adequar. Porque novamente o art. 57, afirma que: “na audiência de instrução e julgamento, após o interrogatório do acusado e a inquirição das testemunhas, será dada a palavra sucessivamente”. Ou seja, o magistrado interrogar em primeiro, o acusado, depois vai ter inquirição das testemunhas e o interrogatório vem como ato primeiro, isso previsto na Lei de Drogas. Usa o posicionamento do STF para aplicar o Código do Processo Penal e colocar o interrogatório como se fosse o último ato até o juiz se posicionar.

Parágrafo único. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante.

Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz sentença de imediato, ou o fará em 10 (dez) dias, ordenando que os autos para isso lhe sejam conclusos.

Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei, o réu não poderá apelar sem recolher-se à prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes, assim reconhecido na sentença condenatória.

Art. 33, o Tráfico por Equiparação; o art. 34, Tráfico de Maquinários; o art. 35, Associação para o tráfico; art. 36 financiamento e custeamento para o tráfico; e art. 37, a colaboração para o tráfico. O réu não poderá apelar sem recolher se à prisão,

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Da Instrução Criminal

salvo se for primário e de bons antecedentes, assim reconhecida na sentença condenatória.

O posicionamento, mais condizente com a Constituição Federal, a interpretação vai se dá da seguinte forma, que a doutrina vai trazer. Se o réu estiver preso, se ele está preso aqui, está preso preventivamente, correto? Quando foi preso preventivamente, vai ter que recorrer preso. No caso, está preso preventivamente, o juiz proferiu a decisão, mas ele quer apelar esta decisão. Ele quer recorrer, vai ter que recorrer preso.

Exceto se desaparecerem, os motivos determinantes para a prisão preventiva.

Então, esse é raciocínio que vai carregar, fazendo uma interpretação constitucional.

Porque seria incoerente, se está respondendo o processo em liberdade, ou seja, o réu está solto, e ele para recorrer da decisão vai apelar para o cárcere? Não, ele só vai para o cárcere, se tiver o motivo para ser decretada a prisão preventiva dele, mas se ele está solto, recorre solto. Exceto se desaparecerem motivos para decretação da prisão preventiva. O raciocínio inverso, é que se ele está preso, ele vai recorrer preso, exceto se desaparecer de motivos determinantes para a prisão preventiva. Agora, se o réu está solto, ele vai recorrer solto, exceto se aparecer motivo para decretação ou motivos para decretação da prisão preventiva. Por tanto, o raciocínio condizente com a interpretação, analisando com base na Constituição Federal.

Esse é o posicionamento da parte processual penal da maior parte da doutrina, analisando o art. 59, inclusive tem esse rastro, assim, também com base na Lei 8.760 e 2.990, a Lei dos Crimes Hediondos não está preso, recorre preso. Exceto se aparecer os motivos que decretaram a prisão preventiva. Está solto, recorre solto, exceto se aparecer motivos para decretação da prisão preventiva.

Não é todos os crimes por cinquenta e nove trouxe expressamente. Faltando um suporte para consumo próprio, faltando o art. 33, parágrafo 2º. Para acontecer, está faltando os arts. 38 e 39. Obviamente, porque não há motivos para ir para o caso, nessas situações que não foram mencionados nos itens do art. 59.

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DA APREENSÃO,ARRECADAÇÃO EDESTINAÇÃO DE BENS DO ACUSADO

Art. 60. O juiz, a requerimento do Ministério Público ou do assistente de acusação, ou mediante representação da autoridade de polícia judiciária, poderá decretar, no curso do inquérito ou da ação penal, a apreensão e outras medidas assecuratórias nos casos em que haja suspeita de que os bens, direitos ou valores sejam produto do crime ou constituam proveito dos crimes previstos nesta Lei, procedendo-se na forma dos arts. 125 e seguintes do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)

Por tanto, o juiz pode tomar essa postura, determinando uma medida assecuratória à apreensão dos bens, caso, os bens, direitos ou valores, sejam produtos do crime ou constitui proveito dos crimes previstos na Lei de Drogas. Citou o art. 125 do Código do Processo Penal e seguinte, tramite circulatória do sequestro, do arresto e, também da hipoteca. Não fazendo essa combinação com Código de Processo Penal, esses institutos servem para ser aplicados, tendo em vista as medidas assegurar vitórias.

§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)

§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)

§ 3º Na hipótese do art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal, o juiz poderá determinar a prática de atos necessários à conservação dos bens, direitos ou valores. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)

O que se fala art. 366 do Código de Processo Penal é que o acusado não foi encontrado para ser citado. A partir disso, ocorreu a citação por edital, pela citação por edital, ele não comparecendo, nem constituindo o advogado, o juiz vai suspender o processo e, também o prazo prescricional. Então houve a citação por edital, o acusado não compareceu, não constituiu o advogado, o juiz suspende o passo processual, a câmara, o processo, o prazo prescricional e vai praticar as medidas que não podem ser postergadas, e uma delas é citada nesse parágrafo terceiro, porque se esperar até o indivíduo voltar, se é que volte, pode acontecer desses bens irem se depreciando, então, aplicar essas medidas circulatórias para a conservação dos bens, direitos ou valores.

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Da Apreensão, Arrecadação E Destinação De Bens Do Acusado Note que são alterações novas, então vai colocar um asterisco, porque quando tem alteração nova as bancas gosto de perguntar.

§ 4º A ordem de apreensão ou sequestro de bens, direitos ou valores poderá ser suspensa pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução imediata puder comprometer as investigações. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)

Art. 60-A. Quando as medidas assecuratórias de que trata o art. 60 recaírem sobre moeda estrangeira, títulos, valores mobiliários ou cheques emitidos como ordem de pagamento, será determinada, imediatamente, a conversão em moeda nacional. (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

§ 1º A moeda estrangeira apreendida em espécie será encaminhada a instituição financeira ou equiparada para alienação na forma prevista pelo Conselho Monetário Nacional. (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

§ 2º Em caso de impossibilidade da alienação a que se refere o § 1º, a moeda estrangeira será custodiada pela instituição financeira até decisão sobre o seu destino. (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

§ 3º Após a decisão sobre o destino da moeda estrangeira, caso seja verificada a inexistência de valor de mercado, a moeda poderá ser doada à representação diplomática do seu país de origem ou destruída. (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

§ 4º Os valores relativos às apreensões feitas antes da data de entrada em vigor da Medida Provisória nº 885, de 17 de junho de 2019, e que estejam custodiados nas dependências do Banco Central do Brasil serão transferidos, no prazo de trezentos e sessenta dias, à Caixa Econômica Federal para que se proceda à alienação ou custódia, de acordo com o previsto nesta Lei. (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

O art. 61 já tem a redação dada por uma lei, a Lei 13.840 de 2019. Seus parágrafos também foram incluídos através de seu advento a essa nova lei.

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Art. 61. A apreensão de veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte e dos maquinários, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza utilizados para a prática dos crimes definidos nesta Lei será imediatamente comunicada pela autoridade de polícia judiciária responsável pela investigação ao juízo competente. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019) Então, ocorreu durante as investigações apreensões desses bens, com relação a obrigação que o art. 61 da Lei de Drogas exerce, leva para a autoridade policial, faz uma comunicação imediata ao juízo competente para o juízo fazer o controle, a fiscalização.

§ 1º O juiz, no prazo de 30 (trinta) dias contado da comunicação de que trata o caput, determinará a alienação dos bens apreendidos, excetuadas as armas, que serão recolhidas na forma da legislação específica. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

Então, a lei traz de forma taxativa, que é o juiz terá 30 dias a contar pela data da comunicação, determinará a alienação dos bens apreendidos. Porque dependendo do bem, vai ter depreciação.

Exemplo: Imagine a seguinte situação, ocorreu a prática do tráfico. Foi apreendida uma Ferrari, obviamente, passou um ano, o valor desse automóvel vai cair. Se o automóvel ficar parado vai se depreciando. Então, para assegurar pelo menos aquele valor faz a alienação antecipada desse bem apreendido, coloca esse valor em conta judicial.

Já no caso das armas, a própria Lei de Drogas afirma que serão recolhidos da forma de legislações específica, tem que seguir o Estatuto do Desarmamento para verificar, depois que ficar concluído, obviamente, se o indivíduo não tiver porte, essa arma não vai retornar para ele. Mas por não mais interessante, a causa com base no Estatuto do desarmamento, em 48 horas o juiz vai fazer essa remessa das armas para o comando do Exército. Chegando no comando do Exército tem duas opções, vai ocorrer a destruição dessas armas ou a doação para os órgãos de segurança pública ou também para forças armadas. Mas vai seguir conforme o Estatuto do Desarmamento.

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Da Apreensão, Arrecadação E Destinação De Bens Do Acusado

§ 2º A alienação será realizada em autos apartados, dos quais constará a exposição sucinta do nexo de instrumentalidade entre o delito e os bens apreendidos, a descrição e especificação dos objetos, as informações sobre quem os tiver sob custódia e o local em que se encontrem. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

A alienação será realizada em altos apartados, ou seja, em alto separados, nos quais constará a exposição sucinta do nexo de instrumentalidade entre o delito e os bens apreendidos. Então, é importante porque tem que ter uma exposição sucinta do nexo instrumentalidade entre o delito e os bens apreendidos. Por tanto, tem que ter nexo com a prática dos crimes, porque, se não tiver, não pode ser feita alienação só pelo fato de vida ser traficante.

§ 3º O juiz determinará a avaliação dos bens apreendidos, que será realizada por oficial de justiça, no prazo de 5 (cinco) dias a contar da autuação, ou, caso sejam necessários conhecimentos especializados, por avaliador nomeado pelo juiz, em prazo não superior a 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

§ 4º Feita a avaliação, o juiz intimará o órgão gestor do Funad, o Ministério Público e o interessado para se manifestarem no prazo de 5 (cinco) dias e, dirimidas eventuais divergências, homologará o valor atribuído aos bens.

(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

Art. 62. Comprovado o interesse público na utilização de quaisquer dos bens de que trata o art. 61, os órgãos de polícia judiciária, militar e rodoviária poderão deles fazer uso, sob sua responsabilidade e com o objetivo de sua conservação, mediante autorização judicial, ouvido o Ministério Público e garantida a prévia avaliação dos respectivos bens. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)

Então teve apreensão, e o art. 62 fala em veículos, embarcações, aeronaves, qualquer outro meio de transporte, maquinário, tem se instrumentos e objetos. Então teve

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apreensão, os órgãos Judiciário, tanto a Polícia Judiciária, Policia Militar e Policia Rodoviária poderão deles fazer o uso, mas a responsabilidade fica com o órgão, sendo que para ter autorização de forma completa, dentro da lei tendo a Lei de Drogas, vai ter que ser mediante autorização judicial. Por tanto, o próprio órgão faz o pedido, preenchido isso tem a autorização especial, pode utilizar normalmente.

Exemplo 1: Se for um policial, rodoviário federal, federal, civil ou militar, já deve ter se deparado com essa situação. Em alguns casos, o indivíduo faz uma abordagem, não tem documento ainda do carro, e tem uma determinação judicial falando que aquele bem foi apreendido e que a polícia poderia usar, claro vinculadas ao art. 62.

Exemplo 2: Outra situação, teve a apreensão de arma, uma arma de fogo. Foi pedido pela Polícia Civil a utilização dessa arma de fogo apreendida, com base no tráfico. alegou que foi praticado tráfico foi apreendida a arma. Obviamente não vai ter de imediato o porte, de forma como expedido pelo Senado, nesse caso, a comprovação da decisão judicial, essa autorização prova a legitimidade do porte dessa arma apreendida. Em muitos casos, que vai ser utilizado até o linguajar, as autoridades policiais, dependendo da estrutura da polícia, faz esse pedido para que venham utilizar carros apreendidos e armas de fogo.

§ 2º A autorização judicial de uso de bens deverá conter a descrição do bem e

a respectiva avaliação e indicar o órgão responsável por sua utilização.

(Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)

Isso que o parágrafo 2º descreve da autorização judicial, deve descrever o bem, a avaliação desse bem e qual é o órgão responsável para utilizar.

§ 3º O órgão responsável pela utilização do bem deverá enviar ao juiz periodicamente, ou a qualquer momento quando por este solicitado, informações sobre seu estado de conservação. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)

§ 4º Quando a autorização judicial recair sobre veículos, embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade ou ao órgão de registro e controle a

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Da Apreensão, Arrecadação E Destinação De Bens Do Acusado expedição de certificado provisório de registro e licenciamento em favor do órgão ao qual tenha deferido o uso ou custódia, ficando este livre do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores à decisão de utilização do bem até o trânsito em julgado da decisão que decretar o seu perdimento em favor da União. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019) Então, está utilizando o veículo, automotor, embarcação, aeronave, apreendida com base nos crimes praticados na Lei de Drogas. O que é que o juiz faz? Autorizou judicialmente esse órgão a utilizar, ele vai fazer a comunicação, órgão de registro e controle, para expedir o documento certificado provisório de registro e licenciamento, para que os órgãos possam utilizar, e se caso tiver uma abordagem, apresentar essa documentação. Isso, da forma que é o certificado provisório de registro e licenciamento, porque não houve ainda o impedimento de bens. Não ocorreu impedimentos bem em favor da União, deixa de ser provisório e passa a ser definitiva, se caso ocorreu essa doação.

§ 5º Na hipótese de levantamento, se houver indicação de que os bens utilizados na forma deste artigo sofreram depreciação superior àquela esperada em razão do transcurso do tempo e do uso, poderá o interessado requerer nova avaliação judicial. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)

§ 6º Constatada a depreciação de que trata o § 5º, o ente federado ou a

entidade que utilizou o bem indenizará o detentor ou proprietário dos bens.

(Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)

§ 12. Na alienação de veículos, embarcações ou aeronaves, a autoridade de trânsito ou o órgão de registro equivalente procederá à regularização dos bens no prazo de trinta dias, de modo que o arrematante ficará livre do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores, sem prejuízo de execução fiscal em relação ao antigo proprietário. (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

Então, teve a alienação do veículo, obviamente, toda aqueles débitos anteriores. Será retirado para esse arremate para essa pessoa que fez a compra do veículo, embarcação.

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§ 13. Na hipótese de que trata o § 12, a autoridade de trânsito ou o órgão de

registro equivalente poderá emitir novos identificadores dos bens.

(Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

Art. 62-A. O depósito, em dinheiro, de valores referentes ao produto da alienação ou relacionados a numerários apreendidos ou que tenham sido convertidos, serão efetuados na Caixa Econômica Federal, por meio de documento de arrecadação destinado a essa finalidade. (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

§ 1º Os depósitos a que se refere o caput serão repassados pela Caixa Econômica Federal para a Conta Única do Tesouro Nacional, independentemente de qualquer formalidade, no prazo de vinte e quatro horas, contado do momento da realização do depósito. (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

Além da pena que o indivíduo pode sofrer pela privativa de liberdade, a pena de multa, ele pode ser determinado impedimento. O impedimento não é a pena, é uma consequência da condenação, então, o efeito da condenação, o impedimento de bens em favor da União, trata-se de crime previsto na Lei de Drogas. Então, foi determinado impedimentos de bens, esses bens vão para a União, a não ser que ocorreu mais a hipótese em relação a antecipada, veio recolher o dinheiro que será depositado na Caixa, mas determinado, trânsito julgado, vai ser pedido em favor da União, por isso, que o Tesouro Nacional.

§ 2º Na hipótese de absolvição do acusado em decisão judicial, o valor do depósito será devolvido ao acusado pela Caixa Econômica Federal no prazo de até três dias úteis, acrescido de juros, na forma estabelecida pelo § 4º do art. 39 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995. (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

§ 3º Na hipótese de decretação do seu perdimento em favor da União, o valor do depósito será transformado em pagamento definitivo, respeitados os direitos de eventuais lesados e de terceiros de boa-fé. (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

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Da Apreensão, Arrecadação E Destinação De Bens Do Acusado

§ 4º Os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal, por decisão judicial, serão efetuados como anulação de receita do Fundo Nacional Antidrogas no exercício em que ocorrer a devolução. (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

§ 5º A Caixa Econômica Federal manterá o controle dos valores depositados ou devolvidos. (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

Um detalhe importante é que esses artigos do texto legal, não tem muita incidência em concurso. É apenas para você prestar atenção, porque a redação da lei, é a nova, é de 2019. Pode ser que uma banca que queira testar o conhecimento do candidato, para ver se o candidato está atualizado, mas não tem costume de cair.

Art. 63. Ao proferir a sentença, o juiz decidirá sobre: (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)

I - o perdimento do produto, bem, direito ou valor apreendido ou objeto de medidas assecuratórias; e (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

Lembrando que isso vem a proferir a sentença que venha a decidir, e vem o efeito da coordenação que seriam o entendimento do produto, do bem, direito ao valor apreendido, objeto de medida seus circulatória, uma sentença que seriam o sequestro, arresto da hipoteca legal.

II - o levantamento dos valores depositados em conta remunerada e a liberação dos bens utilizados nos termos do art. 62. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

§ 1º Os bens, direitos ou valores apreendidos em decorrência dos crimes tipificados nesta Lei ou objeto de medidas assecuratórias, após decretado seu

perdimento em favor da União, serão revertidos diretamente ao Funad.

(Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)

Quando o juiz determina o impedimento, ele determina em favor da União. Então esses bens serão revertidos diretamente ao Fundo Nacional Antidrogas, mas a

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§ 2º O juiz remeterá ao órgão gestor do Funad relação dos bens, direitos e valores declarados perdidos, indicando o local em que se encontram e a entidade ou o órgão em cujo poder estejam, para os fins de sua destinação nos termos da legislação vigente. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)

§ 4º Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz do processo, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, remeterá à Senad relação dos bens, direitos e valores declarados perdidos em favor da União, indicando, quanto aos bens, o local em que se encontram e a entidade ou o órgão em cujo poder estejam, para os fins de sua destinação nos termos da legislação vigente.

§ 6º Na hipótese do inciso II do caput, decorridos 360 (trezentos e sessenta) dias do trânsito em julgado e do conhecimento da sentença pelo interessado, os bens apreendidos, os que tenham sido objeto de medidas assecuratórias ou

os valores depositados que não forem reclamados serão revertidos ao Funad.

(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

Preste atenção aqui, depois de decorrido 360 dias do levantamento, não teve reclamação, esses bens são revertidos para o Fundo Nacional de Drogas.

Art. 63-A. Nenhum pedido de restituição será conhecido sem o comparecimento pessoal do acusado, podendo o juiz determinar a prática de atos necessários à conservação de bens, direitos ou valores. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

Por tanto, ele pode fazer o pedido de restituição, conforme seu direito, no entanto, vai ter que comparecer, o acusado em pessoa. Se ele não comparecer, não vai ser analisado esse pedido é uma obrigação que traz o art. 63-A.

Art. 63-B. O juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens, direitos e objeto de medidas assecuratórias quando comprovada a licitude de sua origem, mantendo-se a constrição dos bens, direitos e valores necessários e suficientes à reparação dos danos e ao pagamento de prestações pecuniárias, multas e custas decorrentes da infração penal. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

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Da Apreensão, Arrecadação E Destinação De Bens Do Acusado Se foi comprovada a licitude do bem, a origem dele. O juiz não pode ficar com tudo, mas pode segurar o bem, suficiente para ter reparação dos danos advindos da prática do início do penal, previsto na Lei de Drogas e também para pagamento de prestação pecuniária, pagamento da pena de multa, que a pena de multa prevista das drogas é altíssima e, dependendo do crime, ela passa a ser muito alta. Por exemplo, o crime de financiamento, o fichamento para o tráfico, a pena de multa passa de 2 mil. Então, se fizer o cálculo com base na própria Lei de drogas e dependendo da situação econômica, vai ser um valor monstruoso. Logo, a fixação dessa pena de multa vai segurar com base no crime praticado, justamente para que tenta compensar os danos advindos da prática de infração penal. Mas foi comprovada a licitude, porque se ficar comprovado que os bens que foram apreendidos têm relação com a prática delituosa, todos os bens terão que ser apreendidos, porque não tem licitude, na aquisição, no aferimento desses bens.

Art. 63-C. Compete à Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça e Segurança Pública proceder à destinação dos bens apreendidos e não leiloados em caráter cautelar, cujo perdimento seja

decretado em favor da União, por meio das seguintes modalidades:

(Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

I - alienação, mediante: (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019) a) licitação; (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

b) doação com encargo a entidades ou órgãos públicos que contribuam para o alcance das finalidades do Fundo Nacional Antidrogas; ou (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

c) venda direta, observado o disposto no inciso II do caput do art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993; (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019) II - incorporação ao patrimônio de órgão da administração pública, observadas as finalidades do Fundo Nacional Antidrogas; (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

III - destruição; ou (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019) IV - inutilização. (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

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móveis e imóveis, independentemente do valor de avaliação, isolado ou global, de bem ou de lotes, assegurada a venda pelo maior lance, por preço que não seja inferior a cinquenta por cento do valor da avaliação. (Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

Art. 63-D. Compete ao Ministério da Justiça e Segurança Pública regulamentar os procedimentos relativos à administração, à preservação e à destinação dos recursos provenientes de delitos e atos ilícitos e estabelecer os valores abaixo dos quais se deve proceder à sua destruição ou inutilização.

(Incluído pela Medida Provisória nº 885, de 2019)

Art. 64. A União, por intermédio da Senad, poderá firmar convênio com os Estados, com o Distrito Federal e com organismos orientados para a prevenção do uso indevido de drogas, a atenção e a reinserção social de usuários ou dependentes e a atuação na repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, com vistas na liberação de equipamentos e de recursos por ela arrecadados, para a implantação e execução de programas relacionados à questão das drogas.

DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

Art. 65. De conformidade com os princípios da não-intervenção em assuntos internos, da igualdade jurídica e do respeito à integridade territorial dos Estados e às leis e aos regulamentos nacionais em vigor, e observado o espírito das Convenções das Nações Unidas e outros instrumentos jurídicos internacionais relacionados à questão das drogas, de que o Brasil é parte, o governo brasileiro prestará, quando solicitado, cooperação a outros países e organismos internacionais e, quando necessário, deles solicitará a colaboração, nas áreas de:

Faz-se uma reciprocidade, de fornece as informações. uma coisa feita quando o Brasil faz o próprio pedido.

I - intercâmbio de informações sobre legislações, experiências, projetos e programas voltados para atividades de prevenção do uso indevido, de atenção e de reinserção social de usuários e dependentes de drogas;

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Disposições Finais e Transitórias II - intercâmbio de inteligência policial sobre produção e tráfico de drogas e delitos conexos, em especial o tráfico de armas, a lavagem de dinheiro e o desvio de precursores químicos;

III - intercâmbio de informações policiais e judiciais sobre produtores e traficantes de drogas e seus precursores químicos.

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1º desta Lei, até que seja atualizada a terminologia da lista mencionada no preceito, denominam-se drogas substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998.

É representada pela Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, como mencionado nas aulas anteriores.

Já falei que a lei de Drogas é um manual em branco heterogênea, com base no artigo primeiro, parágrafo único, faz a reemissão pelo art. 66 e o comprimento dos tipos penais previstos na Lei de Drogas. Para saber o que é droga, tem que com base na portaria 344 da Anvisa, que traz o princípio ativo.

E é bom ressaltar, claro que em termos de concursos, não cai de forma tão aprofundado, é bom analisar essa portaria porque ela vai dividir substâncias consideradas entorpecentes, o princípio ativo de substâncias que podem ser consideradas entorpecentes, produtos que pode ser destinada à produção de drogas, vai separando produtos que geram anabolizantes, ou seja, vai separado o princípio ativo de cada droga. Ou seja, vai ter situações que o anabolizante pode se configurar no tráfico de drogas, tendo em vista que o princípio ativo é considerado uma droga, porque tem previsão da Portaria 344 da Anvisa. Mas não é, por exemplo, correto falar que todos os princípios ativos, com base em um anabolizante que vai ser configurado o tráfico, pode ser um crime contra a saúde pública, com base no 273 do Código Penal.

Exemplo: O curso tem que ter na 344, que é considerado um anabolizante, tem o princípio ativo o stanozolol, dessa forma é considerado um anabolizante com

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Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado ilícito transnacional, são da competência da Justiça Federal.

Se tem nacionalidade, vai atrair a competência para a Justiça federal, isso tem como referência a própria Constituição Federal. Análise no art. 109 da Constituição, na íntegra para entender aquilo que compete à Justiça Federal julgar. Não só na parte criminal, todo o artigo109, vai chegar à sociedade, por exemplo, a Justiça Federal não pode julgar contravenções penais, porque na própria Constituição Federal proíbe essa situação específica. Ela julga crimes, por exemplo, com base no art. 109, inciso 4 seis da Constituição, crimes que vem a tentar contra o interesse, bem, serviço da União, autarquias federais, fundações públicas federais. Foi praticado uma contravenção penal, competência do crime estadual. Essa regra, excepcionalmente, vai ser competência da Justiça Federal, se quem praticou o fato tiver fórum prerrogativa de função. Mas é uma situação excepcional, porque a regra, a Justiça Federal não julga contravenção penal. Então teve três nacionalidades no início praticado, competência da Justiça Federal.

É importante você também analisar depois, a súmula 522 do STF. O atendimento do STJ também fala o seguinte, o crime, praticado em conexão, a conexão significa a ligação, união, portanto, se o crime que foi praticado, que seja da competência da Justiça Federal e teve conexão com outro que de regra geral, da competência da Justiça Estadual, a Justiça Federal, de acordo com o STJ, vai puxar a competência desse crime estadual porque ela atrai a competência do crime federa. Puxa os crimes conexos, o atendimento do STJ sendo que os previstos em regra geral são da competência da Justiça Estadual. O art. 70 falou, que o processo julgamento os crimes previstos nos arts. 33 e 37 desta lei se caracterizado ilícito transnacional, vai ser a competir na Justiça Federal. Uma regra geral, a competência da Justiça Estadual, por exemplo, que poderia atrair a competência da Justiça Federal. O tráfico, para elas importou e exportou drogas, vai atrair a competência da Justiça Federal.

Parágrafo único. Os crimes praticados nos Municípios que não sejam sede de vara federal serão processados e julgados na vara federal da circunscrição

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Disposições Finais e Transitórias respectiva.

Exemplo: Poderia ter uma situação bem peculiar do crime, que foi praticado no município que não tinha sede na Vara Federal. Havia antigamente, o entendimento de que a Vara estadual poderia atuar nesse caso específico de competência federal. No entanto, na Lei de drogas, deixa bem claro que para os crimes praticados no município, que não sejam sede da Vara Federal, serão processados e julgados na Vara Federal de circunscrição respectivo. Por tanto, não vai para a competência da Justiça Estadual.

Se é da competência da Justiça Federal e no município que foi praticado, não tem a Justiça Federal, vai para a Vara Federal da circunscrição perspectiva, vai para outra, se não tem ali, não vai ser julgado pela Justiça Estadual.

Art. 72. Encerrado o processo criminal ou arquivado o inquérito policial, o juiz, de ofício, mediante representação da autoridade de polícia judiciária, ou a requerimento do Ministério Público, determinará a destruição das amostras guardadas para contraprova, certificando nos autos. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)

Ou seja, determinada instituição das amostras guardadas, contraprova. Aquelas drogas que foram apreendidas, o processo criminal foi encerrado, teve o arquivamento do inquérito policial. Não precisa mais ter a guarda dessas amostras, por isso, faz a destruição dessa contraprova, e vai certificar nos autos.

Art. 73. A União poderá estabelecer convênios com os Estados e o com o Distrito Federal, visando à prevenção e repressão do tráfico ilícito e do uso indevido de drogas, e com os Municípios, com o objetivo de prevenir o uso indevido delas e de possibilitar a atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas. (Redação dada pela Lei nº 12.219, de 2010)

Exemplo: O município poderia participar, fomentando, repassando a verba municipal para uma entidade que atua em atenção à reinserção social de usuários dependentes de drogas, faz-se o repasse da verba pública.

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Art. 75. Revogam-se a Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976, e a Lei nº 10.409, de 11 de janeiro de 2002.

A Lei nº 6.368 é a antiga Lei de Drogas e, também a Lei 10.409 de 2002, que fez alterações bem peculiares, alterações específicas em cima da lei 6.368, que deixou de existir, a partir do momento que entrou em vigor a lei 11.343 de 2006. E o que ocorreu foi uma revogação expressa. Pode observar que o art. 75 está revogando expressamente a Lei nº 6.368 de 1976 e a Lei 10.409 de 2002.

Tudo que eu tinha que passar a respeitar das drogas, está nas nossas aulas. Fico feliz pela aula da Lei de Drogas que está de forma completa. Espero que você tenha gostado, porque nós do Focus concursos temos esse compromisso com você. Aguardo você e até a próxima!

Referências

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