COMUNICAÇÃO
ORGANIZACIONAL
AULA 2
Profª Cláudia Osna Geber
CONVERSA INICIAL
Agora que você já tem clareza do que é a comunicação organizacional, como ela surgiu e evoluiu no decorrer da história e sua fundamental importância para o mundo em que vivemos, abordaremos nesta aula os principais tipos de comunicação organizacional, assim como a definição e a importância de cada um deles:
Comunicação interna;
Comunicação institucional;
Comunicação administrativa;
Comunicação mercadológica;
Comunicação organizacional integrada.
CONTEXTUALIZANDO
Quando falamos de comunicação organizacional, é muito importante entendê-la como um fenômeno envolvendo diferentes tipos de comunicação que estabelecem fluxos diversos dos quais participam toda a equipe. Essas modalidades de comunicação são a comunicação institucional, a comunicação interna, a comunicação administrativa e a comunicação mercadológica (Pimentel, 2017).
Essas diferentes formas de comunicação surgiram, no Brasil, a partir de 1990, quando as empresas perceberam que o interesse do público ia além apenas de produtos e serviços, mas também comportava objetivos de diálogo, e por isso começaram a ser propostos diferentes programas de comunicação (Matos, 2014).
Além da classificação dos tipos de comunicação, apresenta-se, também, o conceito de comunicação organizacional integrada, tema que abordaremos com detalhes no último tópico desta aula, mas já destaco se tratar de uma comunicação em que as diferentes modalidades – institucional, interna, administrativa e mercadológica, sobre as quais também falaremos detalhadamente nos próximos tópicos – atuem de forma harmoniosa, apesar de suas diferenças e particularidades, em busca de uma atuação eficaz que auxilie as empresas a alcançar os objetivos da organização (Abbud; Lima, 2015).
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Saiba mais
Leia a reportagem disponível no link a seguir da Revista Exame que, apesar de escrita em 2009, continua bastante atual e com informações relevantes sobre a importância da comunicação e suas ferramentas no mundo globalizado (o destaque da reportagem é para os depoimentos de Rodolfo Witzig Guttilla, Diretor de assuntos corporativos da Natura e presidente da Aberje – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial) e da Vera Dias (gerente de comunicação da IBM) sobre a importância da comunicação organizacional.
AIELLO, T. Quem não se comunica… Revista Exame, 9 out. 2008.
Disponível em: <https://exame.abril.com.br/carreira/quem-nao-se-comunica- m0042463/>. Acesso em: 30 jan. 2019.
TEMA 1 – COMUNICAÇÃO INTERNA
A comunicação interna envolve os diferentes setores da organização, proporcionando uma interação entre todas as áreas (Pimentel, 2017), sendo esse tipo de comunicação direcionada a funcionários e colaboradores diretamente vinculados a empresa (Matos, 2014).
Podendo ser realizada por vários setores e canais, a comunicação interna deve focar em:
Comunicar da forma certa;
Comunicar no momento certo;
Comunicar de forma a atingir a todos.
Afinal, um funcionário que saiba das notícias de sua própria empresa por outros canais externos provavelmente se sentirá esquecido (Pimentel, 2017).
Para a eficácia desse tipo de comunicação, é fundamental que todos os departamentos estejam dispostos a ouvir e a falar (Pimentel, 2017).
Buscando auxiliar nessa abertura, é indicado que a empresa crie um espaço para a troca de conhecimentos entre os colaboradores, utilizando de diferentes ferramentas que devem ser planejadas e estruturadas pela organização e apresentadas para a equipe, assim deixando todos os funcionários cientes dos acontecimentos (Legieri, 2018).
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Esse tipo de comunicação deve estar integrado à cultura da empresa e demanda um planejamento para garantir que esteja de acordo com os objetivos empresariais, dessa forma consolidando sua imagem e ampliando suas ações (Pimentel, 2017).
A comunicação interna se divide em três etapas: nível estratégico, que é a comunicação direta sobre os valores missão e visão da empresa; a comunicação tática, que se relaciona com a estratégia da empresa; e a comunicação operacional, que é aquela rotineira, que traduz as ações diárias (Pontes, 2018).
No meio dinâmico em que vivemos, a estrutura da comunicação interna que se praticava anteriormente não é mais eficiente. As organizações que buscam um programa de comunicação interna adequado à nova realidade devem estruturá-lo e fundamentá-lo por meio de pesquisa de campo e participação da equipe. A pesquisa de campo deve ser composta por diagnóstico realizado por meio de entrevistas com os funcionários. Já a participação da equipe pode ocorrer por núcleos de comunicação e comitês (Matos, 2014).
Além da pesquisa de campo, outras etapas envolvidas no processo de comunicação interna são o levantamento e a leitura dos dados, a elaboração das estratégias efetivas de comunicação e o treinamento para utilização das plataformas (Pimentel, 2017).
Para garantir uma comunicação eficaz, Pimentel (2017) apresenta algumas diretrizes que ela recomenda serem seguidas. São elas as seguintes:
Escutar antes de falar: entender a fundamental importância de ouvir o público interno e escutar suas críticas e sugestões;
Comunicar de forma direta e de fácil compreensão: não adianta comunicar algo que os funcionários não estejam aptos a entender, ou que seja confuso, pois a mensagem não será eficaz;
O público interno deve ser o primeiro a receber as notícias: os funcionários devem se sentir importantes, e isso é reforçado quando eles ficam sabendo as notícias “em primeira mão”;
Manter os canais de comunicação sempre abertos: dar espaço, constantemente, para os funcionários interagirem com o processo;
Evitar a repetição: dar a devida importância às mensagens, explorando- as, e não as repetindo até se tornarem irrelevantes;
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Adaptar a mensagem à mídia em que ela será comunicada: de nada adianta a mensagem ter lindas imagens se a comunicação para os funcionários for feita pela rádio interna da empresa;
Investir em treinamento dos funcionários, para que eles saibam lidar com as plataformas de comunicação disponíveis;
Revisão constante: gerenciar e acompanhar de perto os processos para fazer constantes melhorias.
Destaco, por fim, que um programa de comunicação interna eficiente pode motivar os funcionários a se comprometerem com a empresa, já que, por meio da comunicação interna, é possível conhecer as opiniões dos funcionários, seus sentimentos e desejos, e assim abrir caminho para que eles compartilhem suas informações. Nesse sentido, a comunicação interna funciona como um “agente humanizador” das relações de trabalho (Matos, 2014).
Saiba mais
Leia, no link a seguir, a reportagem da Revista Exame que aborda a importância de os funcionários saberem o que acontece na empresa e de a empresa ter canais eficazes para essa comunicação e aprimore seus conhecimentos sobre o assunto.
ABATTI, C. Os funcionários precisam ser bem informados. Revista Exame, 29 mar. 2011. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/pme/para- que-todo-mundo-saiba/>. Acesso em: 31 jan. 2019.
TEMA 2 – COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
A comunicação institucional objetiva, em síntese, edificar e ratificar a imagem e a identidade corporativa (Felizola et al, 2008).
Essa comunicação tem a intenção de, entre outros, melhorar a imagem da empresa na sociedade em que ela está inserida, focando principalmente nos consumidores e acionistas (Vivo Empresas, 2018).
O principal objetivo da comunicação, entretanto, é conquistar a confiança do seu público-alvo, comunicando a filosofia, os valores, a missão e os princípios da organização (Bortoli, 2017), buscando estabelecer relações duradouras com ele, desenvolvendo, além da comunicação básica, ações personalizadas e
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segmentadas para estarem sempre próximos desses públicos (Cavalcante, 2009)
Responsável por construir e manter a identidade corporativa da organização, a comunicação institucional deve ir além de divulgar a marca, divulgando também a identificação da marca com seu público, criando assim engajamento (Pimentel, 2017) e possibilitando a criação de uma marca forte e positiva frente aos públicos e concorrentes da empresa (Felizola et al, 2008).
Essa comunicação é formada, entre outros, pelos assessores de imprensa, profissionais de relações públicas e profissionais de marketing (Pimentel, 2017). A equipe responsável por essa comunicação deve atuar adotando uma estratégia eficaz que auxilie na construção da imagem e da identidade empresarial (Vivo Empresas, 2018).
Vamos então falar um pouco sobre cada uma dessas equipes.
A Assessoria de Imprensa tem como principais funções (Cavalcante, 2009):
Relacionamento com os veículos de comunicação social, transmitindo as mensagens a serem comunicadas;
Gerenciamento das informações sobre as notícias divulgadas, assim como seus resultados;
Gerenciamento da base de dados dos veículos de comunicação com os quais se tem relacionamento;
Edição dos veículos de comunicação para os públicos externos e internos;
Criação dos materiais jornalísticos de divulgação;
Participação nas definições envolvendo as estratégias de comunicação.
Em se tratando de relações públicas, as principais atividades desta equipe são as seguintes (Cavalcante, 2009):
Prover a organização e o público das informações de caráter institucional;
Coordenar e planejar as pesquisas de opinião pública com objetivos institucionais;
Planejar e supervisionar a utilização dos meios audiovisuais com objetivos institucionais;
Planejar e executar as campanhas de opinião pública.
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Em relação à equipe de marketing, ela apresenta diferentes divisões, dentre as quais destaca-se o marketing social pela importância que vem ganhando diariamente nas empresas (Cavalcante, 2009).
Esse formato de marketing se refere ao projeto, implementação e gerenciamento de planos que buscam o aumento a aceitação de uma prática ou ideia relacionada à questão social. Para tanto, o marketing social aplica conceitos relacionados à segmentação de mercado, às pesquisas de consumidores, entre outros, e busca os veículos de comunicação mais adequados para o que se pretende comunicar (Cavalcante, 2009).
Ainda, para desenvolver uma boa comunicação institucional, a organização deve desempenhar as funções de planejamento, pesquisa, execução da comunicação propriamente dita e avaliação das iniciativas (Felizola et al, 2008).
Ao abordar a pesquisa, fica claro que só com pleno conhecimento do que se está comunicando e do público da empresa é possível desenvolver uma comunicação eficaz, em especial quando o objetivo é manter a empresa competitiva no mercado (Felizola et al, 2008).
O processo da comunicação institucional vem sendo estudado há algum tempo por diferentes pesquisadores da área de comunicação (Cavalcante, 2009)
Destaca-se, por fim, a importância desse tipo de comunicação por ser um dos pilares de sustentação da empresa, relacionando o discurso e a prática organizacional (Kunsch, 2016).
Saiba mais
Leia, no link a seguir, a reportagem do Canal Tecnológica, e aprofunde seus conhecimentos sobre comunicação institucional:
5 DICAS para uma comunicação institucional de sucesso. Teclógica, 20 fev. 2017. Disponível em: <https://blog.teclogica.com.br/5-dicas-para-uma- comunicacao-institucional-de-sucesso/>. Acesso em: 31 jan. 2019.
TEMA 3 – COMUNICAÇÃO ADMINISTRATIVA
A comunicação administrativa nada mais é do que a tomada de decisão sobre os diversos assuntos que dizem respeito à organização (Felizola et al, 2008). É por meio da comunicação administrativa que as ações dos processos
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empresarias convergem e transformam os recursos em produtos, serviços e resultados (Azevedo, 2011).
Essa modalidade de comunicação se aproxima da comunicação institucional por ter o objetivo de comunicar a mensagem no âmbito administrativo da organização (Pimentel, 2017).
Pode, ainda, ser considerada semelhante à comunicação interna, porém enquanto esta, sobre a qual recém falamos, tem um caráter de persuasão, buscando convencer e motivar a equipe, a comunicação administrativa tem caráter informativo, buscando informar as normas e regras da empresa para orientar e direcionar os funcionários (Comuniqueiro, 2016).
Tendo como principal responsabilidade transmitir os dados e informações dentro da organização para todos os setores cujos dados são relevantes (Vivo Empresas, 2018), dando fluidez aos processos e procedimentos da organização (Comunicação..., 2018).
Destacam-se como principais canais de comunicação da comunicação administrativa o fluxo de serviços da empresa, os níveis hierárquicos e as redes formais e informais de comunicação (Bortoli, 2017).
A comunicação administrativa é formada, basicamente, por cinco elementos: o comunicador (ex.: o remetente), o transmissor (ex.: quem edita), a mensagem (ex.: o relatório) e um destinatário (ex.: o público) (Azevedo, 2011).
Assim como a comunicação interna, a comunicação administrativa está bastante relacionada à área de recursos humanos, podendo ser considerada a comunicação do dia a dia empresarial (Comunicação..., 2018).
Reforça-se a importância da integração entre as comunicações, já que, quando a comunicação interna reconhece as necessidades da empresa, facilita para a comunicação administrativa ser mais eficiente (Felizola et al., 2008)
O fluxo da comunicação administrativa é composto pelo planejamento, administração, gerenciamento e controle dos mecanismos da empresa, sendo seu foco principal na produtividade e nos resultados da organização (Pimentel, 2018), já que, se não ocorre um fluxo eficaz entre os colaboradores envolvidos nas ações, torna-se muito mais difícil atingir os objetivos organizacionais (Vivo Empresas, 2018).
Sendo uma forma de comunicação impositiva e disciplinar, a comunicação administrativa tem como principais características (Comunicação..., 2018):
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Hierarquia: comunicação fundamenta pelos níveis hierárquicos, vindo de cima para baixo;
Legislativa: deixa claro para os colaboradores os seus deveres;
Normativa: apresenta o conjunto de normas e regras;
Impessoal: tom informativo, sem aproximação.
Essa comunicação, por ter a responsabilidade de guiar os funcionários em relação aos processos da empresa e também `+as suas funções, envolve as normas, regulamentos e políticas empresariais, tendo essa documentação o importante papel de ser o parâmetro de comportamento e tomada de decisões, influenciando todas as etapas empresariais, desde a produção até a entrega final (Pimentel, 2017). Quando a empresa tem uma falta de normas, ou as normas não estão claras, impactando na comunicação administrativa, podem acontecer conflitos e insatisfação por parte dos funcionários (Comunicação..., 2018).
Para auxiliar nesse gerenciamento, existem atualmente diversos softwares, como o IBM Notus, que substituem as complexas planilhas de gestão de tarefas de processos (Pimentel, 2017).
Na empresa em que trabalho como brand manager (gerente de marca), tenho dois funcionários diretos e seis indiretos (que se reportam para mim e também para outras pessoas por serem de diferentes setores), o que dificulta o gerenciamento das atividades. Para facilitar e conseguir controlar as diferentes atividades, garantindo que nenhum setor tenha atrasos, utilizo o software Trello, que permite a todos os membros salvarem atividades e acompanharem o andamento, assim como incluírem outros responsáveis nas atividades em questão.
Saiba mais
Leia, no link a seguir, o trabalho desenvolvido na UFSC, o qual, por meio de um estudo de caso, aplica os conceitos e conhecimentos da comunicação administrativa.
XAVIER NETO, P. O processo de comunicação administrativa: um estudo de caso na empresa familiar Canasvieiras Praia Hotel. TCC (Administração) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2006.
Disponível em:
<https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/130116?show=full>. Acesso em: 31 jan. 2019.
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TEMA 4 – COMUNICAÇÃO MERCADOLÓGICA
Essa comunicação, como o nome já induz, está diretamente ligada à área de marketing (Pimentel, 2017) e tem como objetivo aumentar as vendas por meio da melhoria da imagem dos produtos ou serviços da empresa (Vivo Empresas, 2018).
Tendo seu foco voltado para as vendas, esse tipo de comunicação deve buscar o correto posicionamento e valorização da marca em questão (Comunicação..., 2018).
Esse setor se utiliza do marketing para realizar suas ações e gerenciar seus negócios, mas se diferencia desse setor, pois busca ajudar na realização das atividades que melhoram (ou mantêm) a imagem da empresa no segmento em que ela se posiciona (Toralvo, 2009).
Além disso, enquanto essa comunicação é, em síntese, uma comunicação comercial que reforça a imagem da marca, o marketing é um estudo do produto e do seu mercado, que busca analisar e planejar formas de aumentar as vendas dos produtos da empresa, além de auxiliar no reconhecimento da organização para os seus públicos-alvo (Almeida, 2009).
Esse tipo de comunicação é formado por uma mensagem que tem como base a análise do conjunto sociocultural e os canais que formam essa análise – isso quer dizer que esse tipo de comunicação tem um mix de ferramentas de comunicação que devem ser persuasivos para conquistar o público que deseja (Almeida, 2009) e utiliza de diferentes pesquisas e análises de mercado para tomar as decisões (Pimentel, 2017).
Dentre as principais estratégias desse tipo de comunicação, destacam-se (Vivo Empresas, 2018; Comunicação..., 2018):
Estudos e pesquisas sobre o comportamento do consumidor;
Ações estratégias de marketing, comerciais e de vendas;
Propaganda: formato pago que tem diferentes canais, como a TV, e se utiliza da lógica da repetição para fazer o consumidor se lembrar da marca;
Publicidade: é a divulgação espontânea, ou seja, gratuita, por exemplo, o
“boca a boca”;
Promoção de vendas: ações com prazos para começar e terminar, geralmente com foco no aumento de vendas;
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Eventos: propiciam oportunidades de os consumidores conhecerem e interagirem com a marca e produtos/serviços;
Merchandising: Inserido no ponto de venda, busca diferenciar a marca dos concorrentes atraindo a atenção do consumidor;
Marketing direto: busca estreitar e tornar duradouro o relacionamento com o cliente, tendo um baixo custo para a empresa; um exemplo são os emails marketings.
Diferentes canais para atendimento: têm como objetivo esclarecer as dúvidas dos consumidores ao mesmo tempo em que se pode observar como ele se comporta.
Uma das ferramentas consideradas como comunicação mercadológica é o endomarketing, ou seja, as ações de marketing realizadas e comunicadas para os funcionários da empresa (Pimentel, 2017), buscando, ao estimular o desenvolvimento e o bem-estar do funcionário, fazer com que ele goste de trabalhar na empresa, sinta-se engajado com ela e isso reflita no atendimento aos clientes (Vivo Empresas, 2018).
Nesse caso do endomarketing, a comunicação é considerada mercadológica, pois entende-se que os colaboradores da empresa não deixam de ser seus consumidores (Pimentel, 2017).
Utilizando de ferramentas de endomarketing, as empresas podem oferecer qualidade de vida para seus funcionários, valorizá-los e criar uma integração permanente (Pimentel, 2017).
Este tipo de comunicação difere da comunicação interna, previamente explicada, pois enquanto a comunicação interna trata o funcionário como uma relação trabalhista, o endomarketing o enxerga como um cliente (Pimentel, 2017).
Nos últimos anos, com a revolução digital, a comunicação Mercadológica tem passado por diversas mudanças, estando cada vez mais relacionada ao compromisso com os clientes (Giacomini Filho, 2018).
Saiba mais
Leia, o artigo do link a seguir e entenda ainda mais sobre esse tipo de comunicação e também mais motivos que a diferenciam da comunicação institucional.
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PEREIRA, C. Como diferenciar a comunicação mercadológica da institucional. Administradores, 21 set. 2010. Disponível em:
<http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/como-diferenciar-a-
comunicacao-mercadologica-da-institucional/38168/>. Acesso em: 31 jan. 2019.
TEMA 5 – COMUNICAÇÃO INTEGRADA
A comunicação integrada é formada pelo conjunto de estratégias, planejamento e canais de comunicação interna e externa que, juntos, buscam alcançar os objetivos da organização (Bortoli, 2017).
De forma geral, a comunicação integrada pode também ser compreendida como uma elo que liga a empresa aos seus clientes e potenciais clientes (Miguel, 2018)
Essa comunicação tem como principal objetivo agregar valor à marca da empresa ou consolidar essa imagem para os públicos aos quais se destina (Giacomini Filho, 2018).
Esse tipo de comunicação surgiu como uma necessidade de aproximar os diversos setores da empresa (Pereira, 2011), sendo o termo comunicação integrada utilizado mais frequentemente a partir da segunda metade do século XX para descrever o conjunto das ações de propaganda, marketing e relações públicas das empresas, incorporando, mais recentemente, a comunicação virtual a esse universo (Bortoli, 2017).
A comunicação integrada abrange todos os demais tipos de comunicação de que falamos durante a aula (institucional, mercadológica, interna e administrativa) para formar o composto da comunicação organizacional (Kunsch, 2016).
Esse compilado das diferentes comunicações implica reunir diferentes equipes para se chegar a conclusões comuns, o que, muitas vezes, é uma tarefa um tanto quanto difícil, porém necessária, já que a comunicação integrada busca não somente um diálogo conjunto mas também um planejamento conjunto (Giacomini Filho, 2018).
A comunicação integrada tem um alcance bastante amplo e incorpora diversos conceitos e tendências, buscando, entre outros, unir as diferentes áreas de comunicação, transformando-se em uma eficiente ferramenta de marketing (Miguel, 2018).
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Para que ocorra essa modalidade de comunicação, as funções estratégicas das atividades de comunicação na empresa devem estar, continuamente, alinhadas e integradas para resultar em uma mensagem clara e única (Partners, 2018).
Por exemplo, não adianta a empresa veicular campanhas divertidas e descontraídas e ter uma comunicação interna cheia de barreiras e autoritária, já que, nesse caso, a imagem para os clientes é uma e para os funcionários seria outra (Partners, 2018).
Frente à competitividade e novas tecnologias do mercado em que vivemos, as organizações vêm buscando cada vez mais incorporar a comunicação integrada às suas estratégias, já que atualmente não é mais possível a organização pensar e comunicar de forma isolada, sendo necessário que a mensagem esteja integrada em todas as formas de comunicação e para todos os públicos (Bortoli, 2017).
Destacam-se, entre os principais benefícios da comunicação integrada (Partners, 2018):
Aumento da eficácia promocional: uma única mensagem é capaz de promover mais impacto do que diversas mensagens que não se conectam;
Fortalecimento da marca: ao reforçar a imagem transmitida ao público tendo uma consistência nas mensagens, a comunicação integrada fortalece a marca;
Economia: ao alinhar a mensagem, evita-se retrabalho, estresse e duplicidade, reduzindo também os gastos;
Integração da equipe: ao unir todos para transmitir uma única mensagem, a comunicação integrada auxilia a integrar a equipe.
Existem, atualmente, diversas maneiras de praticar a comunicação integrada, sendo de responsabilidade da empresa implementar as formas de comunicação que mais se adequam aos públicos desejados e que mais auxiliarão no alcance dos seus objetivos (Bortoli, 2017).
Ainda em se tratando da comunicação integrada, é importante atenção redobrada para não incorrer nos erros mais comuns dessa área, que podem ser os seguintes (Miguel, 2018):
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Começar e não continuar o processo de comunicação integrada, abandonando suas revisões e planejamentos;
Não planejar este tipo de comunicação;
Não envolver as diferentes áreas e setores da empresa;
Não pensar na comunicação interna e externa ao desenvolver o plano da comunicação integrada.
Apresento, por fim, que o ideal para a organização alcançar o sucesso é aplicar todo o composto da comunicação, ou seja, utilizar da comunicação integrada, mas, em casos em que isso não é possível, é fundamental saber em que momentos usar cada tipo de comunicação. Por exemplo, se a organização busca aumentar as vendas de seus produtos o ideal é que ela aposte na comunicação mercadológica; já se ela busca integrar seu público interno, o aconselhável é que ela adote a comunicação interna (Pereira, 2011).
Saiba mais
Termine esta aula com a reportagem “Em tempos difíceis, é preciso se reinventar”, da Revista Sucesso, uma influente revista do segmento empresarial, e avalie, tendo em mente os conhecimentos desta aula e esse artigo, como você acredita que uma empresa pode se reinventar utilizando da comunicação nos dias em que vivemos.
EM TEMPOS difíceis, é preciso se reinventar. Revista Sucesso, 22 jun.
2016. Disponível em: <http://revistasucesso.com.br/colunista-post/em-tempos- dificeis-e-preciso-se-reinventar>. Acesso em: 31 jan. 2019.
TROCANDO IDEIAS
Nesta aula foram debatidos os diferentes tipos de comunicação organizacional e sua importância para a organização, já que a comunicação organizacional é um dos processos mais importantes na dinâmica das empresas, sejam elas públicas ou privadas (Vivo Empresas, 2018).
Considerando que as empresas se comunicam com consumidores, funcionários, acionistas, fornecedores e opinião pública em geral, pense, com base nos conhecimentos de sala de aula, qual é a forma de comunicação que melhor se adapta a cada público e por qual(is) motivo(s).
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NA PRÁTICA
Assista ao vídeo “O que é comunicação integrada?”, que apresenta diversos estudantes de comunicação dando a sua definição do que é comunicação integrada. No mesmo vídeo, após essas respostas, uma das maiores especialistas do assunto, Margarida Kunsch, explica o que significa realmente esse conceito. Em seguida, faça as seguintes reflexões:
Antes de começar o vídeo, pense sobre o que você aprendeu nesta aula e busque definir, sem olhar para os materiais da aula, o que é comunicação integrada e qual é sua importância para as organizações;
A cada reposta de um aluno, pause o vídeo e avalie se você considera a resposta como certa ou errada, e por quais motivos;
Por fim, escute a definição correta de Kunsch e compare com a sua definição inicial, antes de iniciar o vídeo, para ver o que você acertou e o que errou.
Saiba mais
O QUE É comunicação integrada? Nós da Comunicação, 2 jul. 2008.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=XysYeQQ0xAg>. Acesso em: 31 jan. 2019.
FINALIZANDO
Nesta aula, exploramos as diferentes formas de comunicação organizacional, concluindo apresentando a comunicação organizacional integrada.
Começamos debatendo sobre a comunicação interna, um dos tipos de comunicação organizacional, dando destaque para a importância de se comunicar da forma certa, no momento certo e buscando atingir a todos, dando preferência para o funcionário da empresa e fazendo com que ele se sinta valorizado.
Falamos então sobre a comunicação institucional, que, ao relacionar o discurso com a prática organizacional, é um dos pilares de sustentação da empresa, composto por diferentes equipes como a assessoria de imprensa e
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relações públicas, visando fortalecer a imagem da marca e a identidade corporativa para os diferentes públicos.
Semelhante à comunicação institucional, mas tendo caráter impositivo e disciplinar, abordamos a comunicação administrativa, que envolve as tomadas de decisões dos diferentes assuntos relacionados à organização.
Abordamos, depois, a comunicação mercadológica, setor diretamente ligado ao marketing, que tem foco nas vendas e busca divulgar os produtos e serviços da empresa, utilizando de um mix de ferramentas como a propaganda e o marketing direto.
Finalizamos a aula com o último tipo de comunicação, que relaciona todas as demais que aprendemos: a comunicação integrada, formada por diferentes estratégias, como planejamento e canais de comunicação, em busca de alcançar os objetivos organizacionais.
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REFERÊNCIAS
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CAVALCANTE, S. A Comunicação Institucional na Gestão da Comunicação Organizacional. Administradores, 20 maio 2009. Disponível em:
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VIVO Empresas. Os principais tipos de comunicação organizacional. Vivo
Empresas, 22 dez. 2018. Disponível em:
<http://consultoresvivo.com.br/index.php/os-principais-tipos-de-comunicacao- organizacional/>. Acesso em: 31 jan. 2019.
