• Nenhum resultado encontrado

P4 DIAGNÓSTICO SETORIAL

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "P4 DIAGNÓSTICO SETORIAL"

Copied!
181
0
0

Texto

(1)

Projeto: Elaboração do PMSB dos Municípios inseridos na Bacia do Rio Paraíba do Sul:

Carangola, Divinésia, Divino, Guiricema, Miradouro, Orizânia, Pedra Dourada, Rodeiro, São Geraldo, Tocantins, Tombos.

Cliente: AGEVAP

P4 – DIAGNÓSTICO SETORIAL

Serviços de Abastecimento de Água Potável, Esgotamento Sanitário, Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas e Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos.

Carangola

Revisão Data Responsável Descrição

0 18/03/2014 AHA Emissão Inicial

1 23/06/2014 AHA Revisão Geral

2 11/07/2014 AHA Revisão Geral

3 15/10/2014 AHA Emissão Final

(2)

Sumário

1. Apresentação 9

2. Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água Potável 10

2.1. Situação dos Serviços de Abastecimento de Água 10

2.2. Cobertura e Atendimento dos Serviços de Abastecimento de Água Potável 10 2.3. Estrutura Existente do Sistema de Abastecimento de Água Potável 11

2.3.1. Manancial e Captação 13

2.3.2. Tratamento 17

2.3.3. Reservação 21

2.3.4. Distribuição 23

2.4. Levantamento de Estudos, Planos e Projetos 24

2.5. Informações da Gestão dos Serviços de Abastecimento de Água Potável 24 2.6. Regulação e Gestão da Qualidade dos Serviços de Abastecimento de Água Potável

25

2.7. Legislação específica 25

2.7.1. Legislação Federal 25

2.7.2. Legislação Estadual 29

2.7.3. Legislação Municipal 32

2.8. Estrutura Financeira e Tarifária 33

2.9. Estrutura Orçamentária e Capacidade de Investimento 33

2.10. Recomendações 34

3. Diagnóstico dos Serviços de Esgotamento Sanitário 35

3.1. Situação dos Serviços de Esgotamento Sanitário 35

3.2. Cobertura e Atendimento dos Serviços de Esgotamento Sanitário 36 3.3. Estrutura Existente do Sistema de Esgotamento Sanitário 36

3.3.1. Coleta e Transporte 37

3.3.2. Tratamento 37

3.3.3. Lançamento e Corpo Receptor 39

3.4. Levantamento de Estudos, Planos e Projetos 41

3.5. Informações da Gestão dos Serviços de Esgotamento Sanitário 41 3.6. Regulação e Gestão da Qualidade dos Serviços de Esgotamento Sanitário 41

3.7. Legislação Específica 41

3.7.1. Legislação Federal 41

3.7.2. Legislação Estadual 42

3.7.3. Legislação Municipal 43

3.8. Estrutura Financeira e Tarifária 43

3.9. Estrutura Orçamentária e Capacidade de Investimento 43

3.10. Recomendações 44

4. Diagnóstico do Sistema de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas 45

4.1. Bacia Hidrográfica e Condições Hidrológicas 45

4.2. Urbanização e Drenagem 47

4.3. Situação dos Serviços de Drenagem Pluvial 50

4.4. Estrutura Existente do Sistema de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais 51

4.4.1. Dados e parâmetros 51

4.4.2. Macrodrenagem 57

4.4.3. Microdrenagem 59

4.4.4. Pontos de interesse 59

4.5. Levantamento de Projetos, Estudos e Planos 60

4.6. Informações da Gestão do Serviço de Drenagem Pluvial 60

4.7. Indicadores de Saúde Associados a Doenças de Veiculação Hídrica 60

4.8. Áreas de Risco e Planos de Emergência 61

4.8.1. Áreas de Risco 61

(3)

4.8.2. Plano de Emergência e Contingência 63

4.9. Regionalização 64

4.10. Recomendações 65

5. Diagnóstico dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos 67 5.1. Situação dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos no

Município 68

5.2. Cobertura e Atendimento dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos

Sólidos no Município 69

5.2.1. Organização e Competências 70

5.2.2. Gerenciamento de Resíduos Sólidos 72

5.2.3. Composição Gravimétrica dos Resíduos Sólidos 72

5.2.4. Estrutura existente dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos 74 5.2.5. Diagnóstico Econômico-Financeiro para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo

dos Resíduos Sólidos 99

5.2.6. Avaliação do Cenário dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos

Sólidos 104

5.3. Regulação e Gestão da Qualidade dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejos dos

Resíduos Sólidos 106

5.4. Legislação Específica 106

5.4.1. Municipais 106

5.4.2. Estaduais 107

5.4.3. Federais 108

5.4.4. Análise Crítica da Legislação e Contratos 109

5.5. Considerações Finais 112

5.6. Recomendações Finais 115

6. Saneamento Básico, Meio Ambiente e Saúde Pública - Intersetorialidade e

interrelação 117

7. Considerações Finais 125

8. Bibliografia 127

9. Anexo 1– Relatório Fotográfico 148

10. Anexo 2– Relatório do Seminário local para consolidação do Diagnóstico 149

(4)

Lista de Figuras

Figura 1: Sistema Carangola 11

Figura 2: Diagrama do sistema de abastecimento de água potável da Sede de Lacerdina 12 Figura 3: Diagrama do sistema de abastecimento de Água de Alvorada 12 Figura 4: Diagrama do sistema de abastecimento de água potável de Ponte Alta de Minas 13 Figura 5: Diagrama do sistema de abastecimento de água potável de São Manuel do Boi 13 Figura 6: Mapa qualidade das águas superficiais Bacia do Rio Paraíba do Sul 14

Figura 7: Rio Carangola (manancial) 15

Figura 8: Captação no Rio Carangola 15

Figura 9: Acesso a captação 15

Figura 10: Presença de animais silvestres na captação 15

Figura 11: Trecho da adutora - travessia na MG 111 16

Figura 12: Mapa identificação das captações 17

Figura 13: ETA Carangola 18

Figura 14: ETA Carangola – medidor de vazão Fonte: Conen 19

Figura 15: ETA Carangola – floculadores 19

Figura 16: ETA Carangola – decantadores 19

Figura 17: ETA Carangola – filtros 19

Figura 18: ETA Carangola – Filtros 20

Figura 19: ETA Carangola – laboratório 20

Figura 20: ETA Carangola – medidor de vazão Fonte: Conen 20

Figura 21: ETA Carangola – laboratório 20

Figura 22: ETA Alvorada 21

Figura 23: Reservatório de água tratada 22

Figura 24: Mapa de equipamentos Carangola (Sede) 23

Figura 25: Esquema do sistema de esgotamento sanitário de Carangola 36

Figura 26: Estação elevatória de esgoto (EEE) 37

Figura 27: ETE Carangola 38

Figura 28: Tratamento preliminar – grelha e desarenador 38

Figura 29: Tratamento preliminar - calha Parshall 38

Figura 30: ETA Carangola – RAFAs 38

Figura 31: Mapa das estruturas vinculadas ao esgoto de Carangola 39

Figura 32: Lançamentos de esgoto no Rio Carangola 40

Figura 33: Lançamentos de esgoto no Rio Carangola 40

Figura 34: Lançamentos de esgoto no Rio Carangola 40

(5)

Figura 35: Lançamentos de esgoto no Rio Carangola 40 Figura 36: Lançamento de esgoto in natura no Distrito de Alvorada 40 Figura 37: Topos de morro parcialmente desmatados no entorno da área urbana 46 Figura 38: Indicação das áreas não pavimentadas na Sede Municipal de Carangola 48 Figura 39: Praça no Distrito Sede; edificações uni e multifamiliares 48 Figura 40: Praça no Distrito de Alvorada; edificações unifamiliares e calçamento em

paralelepípedo 48

Figura 41: Representação das áreas com problemas de drenagem indicadas em amarelo ao

longo do seminário realizado. 50

Figura 42: Localização das estações selecionadas 52

Figura 43: Identificação das bacias hidrográficas nos limites do Município de Carangola 58 Figura 44: Identificação do curso de água utilizado para levantamento da Q95 59 Figura 45: Margem de rio ocupada e lançamento de esgoto in natura 60 Figura 46: Áreas de influência dos cursos hídricos do município 63 Figura 47: Informação presente nos relatórios diários desenvolvidos pelo SIMGE 65

Figura 48: Manejo dos resíduos sólidos domiciliares 68

Figura 49: Reprodução com adaptação do gráfico: caracterização gravimétrica para cidades

mineiras com menos de 20 mil habitantes 73

Figura 50: Caracterização gravimétrica para o Brasil e estado de Minas Gerais em cidades

diante o número de habitantes 73

Figura 51: Papeleiras encontradas na Praça da Matriz, em frente ao Fórum 81 Figura 52: Papeleiras encontradas na região central da cidade, Praça da Matriz – Carangola 81

Figura 53: Papeleiras encontradas 82

Figura 54: Lixeiras para disposição de lixo para coleta 82

Figura 55: Veículo de coleta de RDO 83

Figura 56: Coleta noturna com caminhão compactador sendo realizada no centro do Município

de Carangola, Rua Pedro de Oliveira 83

Figura 57: Coleta noturna no centro do Município de Carangola 83 Figura 58: Diferença entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário 93

Figura 59: Entrada do aterro controlado de Carangola 95

Figura 60: Aterramento de resíduos no aterro de Carangola 95 Figura 61: Aterro controlado de Carangola, Distrito de Lacerdina 95

(6)

Figura 65: Fardos de recicláveis 97

Figura 66: Prensa e fardos de recicláveis 97

Figura 67: Leiras 97

Figura 68: Identificação das estruturas vinculadas ao tema resíduos no Município de Carangola 98

Lista de Tabelas

Tabela 1: Nível de atendimento de abastecimento de água 10

Tabela 2: Cobertura do abastecimento de água – continua 11

Tabela 3: Cobertura do abastecimento de água potável 24

Tabela 4: Informações financeiras do abastecimento de água potável – continua 33 Tabela 5: Informações financeiras do abastecimento de água potável - conclusão 33

Tabela 6: Destino dos esgotos sanitários 35

Tabela 7: Bacias hidrográficas – unidades de planejamento e gestão de recursos hídricos 45 Tabela 8: Normais climatológicas das estações: Viçosa, João Monlevade, Caratinga, Itaperuna e Cachoeiro do Itapemirim; 1961-1990 precipitação acumulada mensal e anual (mm) 52 Tabela 9: Domicílios particulares permanentes – destino do lixo 69 Tabela 10: Cobertura dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos - Município

de Carangola 69

Tabela 11: Atendimento dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos -

Município de Carangola 70

Tabela 12: Tipo de resíduo e responsabilidades 70

Tabela 13: Serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e respectivos executores 71 Tabela 14: Prestação serviços de coleta, transporte, tratamento e disposição final de RSS 88 Tabela 15: Sugestão de custos dos serviços referentes ao sistema de limpeza urbana e manejo

dos resíduos sólidos. 101

Tabela 16: Sugestão de arrecadação e taxas 102

Tabela 17: Plano Plurianual – PPA, Lei Municipal N° 4.599 de 2013, para os anos de 2014 a

2017 104

(7)

Lista de Esquemas

Esquema 1: Organograma da estrutura administrativa do poder executivo municipal com destaque ao órgão responsável pelos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos no município. Legenda: SEMASA - Serviço Municipal de Saneamento Básico e Infraestrutura.

74

Esquema 2: Hierarquia das atividades da SEMASA 76

Esquema 3: Esquema dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e os respectivos entes responsáveis pela realização dos mesmos 78 Esquema 4: Fluxograma de gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos adaptado para o

Município de Carangola 79

Esquema 5: Formas de Implantação da coleta seletiva 85

Esquema 6: Aspectos positivos e negativos dos PEVs 85

Esquema 7: Aspectos positivos e negativos do serviço porta a porta 85

Esquema 8: Fluxograma para o PGRSS em 3 fases 87

Esquema 9: Problemas sociais, ambientais e sanitários 89

Esquema 10: Diferença entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário 94

Esquema 11: Resíduos sólidos: coleta e destinação final 100

Esquema 12: Objetivos da PNRS na gestão compartilhada 111

Esquema 13: Hierarquização dos Planos PMSB e de PMRS, o obtém-se cada vez uma

abordagem mais restritivo e detalhado. 113

Esquema 14: Prazo e diretriz permanente PNRS – Lei 12.305/10 114

(8)

Lista de Gráficos

Gráfico 1: Atendimento de abastecimento de água – Censo 2010 10

Gráfico 2 Atendimento de esgotamento sanitário 35

Gráfico 3: Precipitação acumulada mensal e anual (mm) 52

Gráfico 4: Mortalidade proporcional - todas idades 61

Gráfico 5: Domicílios particulares permanentes – Censo 2010 69

Lista de Quadros

Quadro 1: Inter-relações entre os sistemas de saneamento básico e a saúde pública ... 122

(9)

1. Apresentação

Este documento sistematiza as informações básicas de diagnósticos setoriais acerca de cada município, integrante do processo para a Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico dos seguintes municípios inseridos na Bacia do Rio Paraíba do Sul: Carangola, Divinésia, Divino, Guiricema, Miradouro, Orizânia, Pedra Dourada, Rodeiro, São Geraldo, Tocantins, Tombos, conforme prevê a Lei Nacional de Saneamento Básico - Lei 11.445/2007 e o Decreto nº 7.217, de 21 de Junho de 2010, nos termos das funções do Poder Público Municipal, no exercício da titularidade dos serviços de saneamento básico.

O Diagnóstico é fundamental para subsidiar o planejamento e decisões dos Planos Municipais de Saneamento Básico, neste documento em específico, o PMSB do Município de Carangola.

Desta forma, se destaca para esta Etapa o levantamento dos elementos apresentados no Termo de Referência do contrato nº 12/2013/AGEVAP assinado em 26 de agosto de 2013.

Entre os grandes desafios postos à sociedade brasileira, o acesso universal ao saneamento básico com qualidade, equidade e continuidade pode ser considerado como uma das questões fundamentais do momento atual das políticas sociais. Desafio que coloca a necessidade de buscar as condições adequadas de gestão dos serviços.

Como ocorre na maioria das cidades brasileiras, o tratamento das questões relativas ao saneamento básico na Região, tem ocorrido sem uma integração mais efetiva de toda a administração municipal, principalmente em se tratando de planejamento, gestão e controle dos serviços prestados. Neste sentido, as cidades em estudo, necessitam de um rearranjo institucional integrado na área de saneamento básico que estabeleça os instrumentos de gestão financeira, operacional e administrativa, de planejamento, de regulação e controle e de participação social, assim como a definição das atribuições e responsabilidades de cada entidade e agentes públicos envolvidos no processo.

(10)

2. Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água Potável

2.1. Situação dos Serviços de Abastecimento de Água

De acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, a situação dos serviços de abastecimento de água do Município de Carangola está descrita na Tabela 1 e no Gráfico 1, onde se observa que aproximadamente 84% dos domicílios são atendidos por rede geral de distribuição.

Tabela 1: Nível de atendimento de abastecimento de água

Descrição Domicílios

Abastecimento de água da rede geral 9.172

Abastecimento de água de poço ou nascente fora da propriedade 441 Abastecimento de água de poço ou nascente na propriedade 1.286

Outra forma de abastecimento de água 37

Fonte: IBGE 2010

Gráfico 1: Atendimento de abastecimento de água – Censo 2010

2.2. Cobertura e Atendimento dos Serviços de Abastecimento de Água Potável

Segundo o Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento de 2011, os serviços de água do Município de Carangola estão sob a responsabilidade do Serviço Municipal de Saneamento Básico e Infraestrutura (SEMASA) e o percentual da população total abastecida pela autarquia municipal é de 80,6%. Esta e demais informações a respeito da cobertura e atendimento dos serviços de abastecimento de água potável, estão disponíveis na Tabela 2.

(11)

Tabela 2: Cobertura do abastecimento de água – continua

Município Prestadora Pop. urbana

atendida

Pop. total atendida Carangola Serviço Municipal de Saneamento Básico e Infraestrutura 26.059 26.059 Fonte: Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto 2011 (SNIS - Ministério das Cidades)

Tabela 2: Cobertura do abastecimento de água - conclusão Município Quant. de

ligações ativas

Quant. de economias ativas

Atendimento urbano [%]

Atendimento total [%]

Carangola 8.412 10.725 100 80,6

Fonte: Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto 2011 (SNIS - Ministério das Cidades)

2.3. Estrutura Existente do Sistema de Abastecimento de Água Potável

De acordo com o Atlas do Abastecimento de Água da Agência Nacional de Águas – ANA, o sistema de abastecimento de água potável é composto pela captação no Rio Carangola (200,0 L/s), seguida de 250m de adutora por gravidade em manilhas de concreto de diâmetro 800mm até a Caixa de Passagem. Posteriormente a água bruta segue em duas adutoras.

Uma de dois trechos (ainda que com materiais distintos) de diâmetro 250 mm, com o primeiro trecho em PVC com 1968 m e o segundo trecho de ferro fundido de comprimento 5890 m.

A segunda adutora possui quatro trechos. O primeiro de diâmetro 500mm em manilhas de concreto em um comprimento de 5131m. O segundo trecho em ferro fundido de diâmetro 200mm possui um comprimento de 2083m. O terceiro trecho é um tunel revestido de 246 metros e seção transversal de 40 cm x 60 cm. Por fim, o trecho final é em canaletas de concreto com a mesma seção do tunel em um comprimento de 144 m.

Estas duas adutoras levam a água bruta até a estação de tratamento convencional e posterior armazenagem em um reservatório de 2000 m³ antes da distribuição para o município (Figura 1).

Figura 1: Sistema Carangola Fonte: ANA

Porém, em visita ao Município de Carangola em 19 de novembro de 2013 e 20 de fevereiro de 2014, se observou que além da estrutura existente no Distrito Sede, semelhante a

(12)

Assim, na sede o sistema é constituído pela captação do Rio Carangola, seguindo pelas adutoras de água bruta por gravidade até a estação de tratamento a partir da qual a água é tratada e posteriormente enviada a um reservatório onde se distribui para o centro e para o Distrito de Lacerdina (Figura 2).

Figura 2: Diagrama do sistema de abastecimento de água potável da Sede de Lacerdina Fonte: Conen

O sistema de abastecimento de água do Distrito de Alvorada é composto pela captação no Ribeirão Maranhão, um booster para bombear a água bruta para a ETA e armazenamento em um reservatório de 30 m³ antes da distribuição (Figura 3). Ainda existe, conforme demonstra a figura a seguir uma outra captação utilizada nos meses chuvosos, a montante da ETA, aduzindo desta maneira por gravidade. Durante os períodos de estiagem a vazão deste manancial diminui, tornando-se necessário acionar a bomba instalada no Ribeirão Maranhão.

Figura 3: Diagrama do sistema de abastecimento de Água de Alvorada Fonte: Conen

(13)

Já o sistema de abastecimento de água do Distrito Ponte Alta de Minas possui um poço artesiano profundo com tratamento (através de cloração) e posteriormente é encaminhado para um reservatório de 30 m³.

Figura 4: Diagrama do sistema de abastecimento de água potável de Ponte Alta de Minas Fonte: Conen

Por fim, o sistema de abastecimento de água do Distrito de São Manuel do Boi é composto pela captação em poço subterrâneo, seguido de cloração, antes da distribuição para a rede do distrito (Figura 5).

Figura 5: Diagrama do sistema de abastecimento de água potável de São Manuel do Boi Fonte: Conen

2.3.1. Manancial e Captação 2.3.1.1. Distrito Sede

O manancial que atende o Distrito Sede de Carangola é o Rio Carangola, componente da sub- bacia do Rio Pomba e Muriaé (UPGRH PS2) e da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.

Sua localização se encontra apresentada no Mapa Identificação das Captações (Figura 12) e no Anexo 1– Relatório Fotográfico.

Não há estação de amostragem para a qualidade da água do manancial, mas segundo o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), o Rio Carangola apresenta índice de qualidade

(14)

Figura 6: Mapa qualidade das águas superficiais Bacia do Rio Paraíba do Sul Fonte: IGAM, 2013

A captação do tipo superficial de 150 L/s outorgados se dá no Rio Carangola (Figura 7) a montante da cidade, onde foi construída uma caixa com gradeamento e decantação junto à barragem da PCH que regulariza o nível de água para a captação.

A captação é de fácil acesso (Figura 9) e apesar de ter em seu entorno a mata ciliar protegida, verificou-se a existência de animais silvestres como Capivaras (Figura 8) no entorno do manancial, podendo esta situação representar um risco de contaminação ao mesmo. Além disso, também foi observada proteção da área de captação com cercas e avisos a fim de manter afastados curiosos e aventureiros.

A equipe técnica visitante ainda foi informada da existência de vegetações flutuantes que são presentes no curso d’água (Figura 9). Elas entram no canal de captação (Figura 8) e precisam ser retiradas por meio de limpeza regular.

(15)

Figura 7: Rio Carangola (manancial) Fonte: Conen

Figura 8: Captação no Rio Carangola Fonte: Conen

Figura 9: Acesso a captação Fonte: Conen

Figura 10: Presença de animais silvestres na captação

Fonte: Conen

A adutora que encaminha a água até a ETA cruza a rodovia MG111 por meio de uma estrutura que apoia a tubulação acima do leito da estrada (Figura 11).

(16)

Figura 11: Trecho da adutora - travessia na MG 111 Fonte: Conen

2.3.1.2. Demais Distritos

O Distrito de Alvorada é atendido pelo Ribeirão Maranhão e por uma captação em nascente, enquanto que Ponte Alta de Minas, a captação é um aquífero subterrâneo através de poços localizados próximos ao Córrego Ponte Alta e ao próprio Ribeirão Maranhão (UPGRH PS2), componente da Bacia Hidrográfica do dos Rios Pomba e Muriaé. Sua localização se encontra apresentada no Mapa Identificação das Captações (Figura 12) e no Anexo 1– Relatório Fotográfico. A qualidade das águas superficiais desta sub-bacia (UPGRH PS2) está discutida em 2.3.1.1.

Apesar da relação entre os aquíferos e as bacias hidrográficas ser estreita, a relação entre elas se altera dependendo de períodos de cheias ou de estiagem. Ou seja, em período de chuvas e cheias os rios e cursos d’água superficiais contribuem para os aquíferos através da infiltração e percolação de água no solo, ao passo que nos períodos de seca, os rios recebem água do lençol freático através do solo garantindo sua perenidade. É importante que se frise que aos limites dos aquíferos e das bacias hidrográficas não são necessariamente coincidentes apesar da troca de água entre os elementos.

(17)

Figura 12: Mapa identificação das captações

2.3.2. Tratamento 2.3.2.1. Distrito Sede

O tratamento da água que atende o Distrito Sede e Lacerdina em Carangola ocorre na Estação de Tratamento de Água (ETA) Carangola que possui capacidade de tratamento de água nominal de 150 L/s. Sua localização, em área cercada, com mourões de concreto e arame farpado, e devidamente identificada com placas, fica a jusante da captação próxima ao Rio Carangola, próximo ao centro urbano (Figura 14). Sua localização exata está no Mapa de Equipamentos (Figura 24) e no Anexo 1– Relatório Fotográfico.

A ETA Carangola é uma estação construída em concreto e apresenta bom estado de conservação.

(18)

Figura 13: ETA Carangola Fonte: Conen

A ETA possui um canal de entrada com calha Parshall (Figura 14), floculadores (Figura 15), decantadores (Figura 16) e filtros (Figura 17 e Figura 18). O sistema para a remoção de impurezas da água bruta se dá por processos físico-químicos, com lançamento de produtos químicos no canal de entrada por dosadores automáticos. Todos os produtos encontram-se identificados por rótulos e cores, tanto na armazenagem, preparo e dosagem: o sulfato de alumínio líquido (marrom), o hipoclorito de cálcio (amarelo) e o ácido fluossilícico (laranja).

A estação possui produção média de 8812,8 m3/dia, funcionando normalmente 10 horas por dia, alcançando nos finais de semana, devido ao maior consumo, 12 horas de funcionamento.

Ao final do processo a água tratada é encaminhada para o reservatório principal (Figura 23) de onde é distribuída à cidade.

A ETA possui uma construção adjacente onde se tem a sala do operador com laboratório completo para todas as análises necessárias a operação (Figura 21) e ao controle de qualidade da água tratada. Em outra sala há o preparo e a dosagem dos produtos químicos. No mesmo prédio também há uma área separada para o depósito e armazenamento de produtos químicos e instalações de apoio ao operador.

(19)

Figura 14: ETA Carangola – medidor de vazão Fonte: Conen

Figura 15: ETA Carangola – floculadores Fonte: Conen

Figura 16: ETA Carangola – decantadores

Fonte: Conen Figura 17: ETA Carangola – filtros

Fonte: Conen

(20)

Figura 18: ETA Carangola – Filtros Fonte: Conen

Figura 19: ETA Carangola – laboratório Fonte: Conen

Figura 20: ETA Carangola – medidor de vazão Fonte: Conen

Figura 21: ETA Carangola – laboratório Fonte: Conen

(21)

2.3.2.2. Demais Distritos

No Distrito de Ponte Alta de Minas a água captada utilizando-se um poço profundo, que funciona aproximadamente 16 horas/dia e depois passa por uma Unidade de Tratamento (UT), garantindo o tratamento primário. Já no Distrito de São Manoel do Boi o tratamento da água proveniente da captação por poço profundo dá através de uma casa de química. Em Alvorada, após a captação no Ribeirão Maranhão, essa água é aduzida para uma estação de tratamento convencional de filtros lentos (Figura 22), que funciona aproximadamente 16 horas/dia. Assim como a estação de tratamento da sede, todas as unidades de tratamento de Carangola são operadas pela SEMASA.

Figura 22: ETA Alvorada Fonte: Conen

Foi informado pela população durante visita técnica, que já houve cursos informando sobre como deve ser escolhido o manancial e feito o tratamento de água para a população rural que não tem acesso a água tratada, bem como a importância da cloração da água, mas que esses cuidados não são comuns na população rural.

2.3.3. Reservação 2.3.3.1. Distrito Sede

A Sede de Carangola possui um reservatório principal apoiado de água tratada (2.000 m³) que atende o centro da sede e o Distrito de Lacerdina. Deve-se destacar no entanto que no Distrito de Lacerdina existe um reservatório apoiado do tipo metálico com capacidade de 50m³. Este reservatório por sua vez contribui para atender ao bairro a jusante.

(22)

Figura 23: Reservatório de água tratada Fonte: Conen

Foi informado em visita técnica que há outros reservatórios de menor volume que são responsáveis para atender áreas mais altas de Carangola.

2.3.3.2. Demais distritos

Além do reservatório principal supracitado, que abastece a Sede de Carangola e o Distrito de Lacerdina, o município ainda possui outros reservatórios responsáveis por abastecer os demais distritos de Carangola e alguns bairros. Foram levantados em visita técnica em 20 de fevereiro de 2014, o Reservatório de Alvorada, que após o tratamento na ETA de mesmo nome, recebe está água tratada para posteriormente ser distribuída para o Distrito de Alvorada (30 m³) e o Reservatório de Ponte Alta de Minas (30 m³), que recebe a água tratada após captação em poço e tratamento secundário (cloração) e é então conduzida para a localidade de mesmo nome. Para a região de São Manoel do Boi foi identificado um reservatório com capacidade de 50 m³.

(23)

Figura 24: Mapa de equipamentos Carangola (Sede)

2.3.4. Distribuição

As redes de distribuição de água no Município de Carangola possuem mais de 67,84km de extensão (SNIS 2011) atendendo 80,6% dos domicílios, sendo que todas as ligações (100%) são cadastradas e hidrometradas. O abastecimento se mostrou regular não sendo detectadas, nem informadas nas entrevistas com moradores, a falta, a interrupção ou a intermitência do abastecimento aos habitantes.

Segundo o Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento de 2010 (SNIS-2011), são consumidos no Município de Carangola, sob a responsabilidade da SEMASA, 1.691,40 mil m3 por ano que representa um consumo per capita de 177,8 L/hab/dia. Comparados com os valores informados de produção e disponibilizados a distribuição resulta em um índice de perdas de 40,8%, valor estão disponíveis na Tabela 3.

.

(24)

Tabela 3: Cobertura do abastecimento de água potável

Município Prestadora Consumo per

capita (L/hb/dia)

Índice de Perdas (L/dia/ligação)

Índice de Perdas (%) Carangola Serviço Municipal de Saneamento

Básico e Infraestrutura 177,8 385,97 40,8

Fonte: Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto 2011 (SNIS - Ministério das Cidades)

Já no Distrito de Alvorada a distribuição pública é feita posterior ao tratamento na ETA Alvorada e reservação, após captação realizada no Ribeirão Maranhão e uma nascente na região. Dois poços atendem por fim, o Distrito de Ponte Alta de Minas e o povoado de São Manoel do Boi. Também não foram obtidas informações sobre a rede de distribuição.

2.4. Levantamento de Estudos, Planos e Projetos

O Município de Carangola possui o Projeto Preparatório para o Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Paraíba do Sul elaborado pelo Programa de Investimentos de Minas Gerais em Saneamento Básico (BRASIL, 2009). Neste documento, foram levantados os sistemas responsáveis pelo saneamento do município e as obras que estavam sendo executadas para a melhoria do abastecimento de água potável, como a ampliação da ETA.

Apesar de não disponibilizado nenhum projeto de ampliação do sistema de abastecimento d’água. O representante local da autarquia municipal, que acompanhou a visita, informou a necessidade de ampliação da rede de abastecimento para atendimento a bairros novos que estão sendo criados.

Foi informado em visita técnica em 20 de fevereiro, que há a intenção de se construir um novo poço, próximo ao já existente em Alvorada. Além disso, foi informado a construção de reservatório de concreto armado com capacidade de 600 m³, na área da ETA, bem como construção de rede adutora de abastecimento de água para os bairros: Vale dos Ipés, estrada Estrada Real, Coroado, Eldorado, Village do campo, Mirante do Vale, Coroado, Vitória, Floresta e Armindo Cunha.

2.5. Informações da Gestão dos Serviços de Abastecimento de Água Potável

O Serviço Municipal de Saneamento Básico e Infraestrutura - SEMASA, autarquia municipal criada pela Lei nº 734 de 10 de setembro de 1968, alterada pela Lei Municipal nº 3.941 de 19 de dezembro de 2008, conta com uma agência localizada na Rua Divino, no centro, possui 70 (setenta) funcionários no total, sendo que 50 deles são contratados pela prefeitura e trabalham na varrição, coleta de lixo e capina.

(25)

2.6. Regulação e Gestão da Qualidade dos Serviços de Abastecimento de Água Potável

Não foi indicado nenhum órgão ou agência reguladora dos serviços de abastecimento de água potável no nível de administração pública.

Por outro lado, a sociedade civil também tem seus próprios meios de contribuir na gestão da qualidade através do Controle Social por meio de conselhos e associações específicas no tema e correlatos.

É importante citar, que mesmo que o município não seja conveniado, o estado de Minas Gerais conta desde 2009 com a ARSAE-MG Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do estado de Minas Gerais, criada pela Lei Estadual no.

18.309 de 3 de agosto de 2009. A Agência Reguladora é uma autarquia com autonomia administrativa, financeira, técnica e patrimonial, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana – SEDRU, com a competência de regular e fiscalizar os serviços de abastecimento de água potável e de esgotamento sanitário nas concessões da COPASA e nos demais municípios consorciados ou não que assinaram convênio com a ARSAE com tal objetivo. Para a regulação a ARSAE-MG estabelece as condições da prestação e da utilização dos serviços de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário através da Resolução Normativa no. 003, de 07 de outubro de 2010, entre outras resoluções e notas técnicas nas quais os seus regulados tem as diretrizes para a prestação dos serviços, otimização dos custos, a segurança das instalações, o atendimento ao usuário, as tarifas a serem aplicadas, etc. Ainda cabe a agência a supervisão, controle, avaliação, fiscalização e a aplicação de sanções em caso de descumprimento das diretrizes técnicas ou econômicas.

2.7. Legislação específica

Neste tópico são abordadas as principais legislações que tem influência direta sobre o abastecimento de água potável nas esferas federal, estadual e municipal.

2.7.1. Legislação Federal

• CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Artigos: 21; 23, caput e incisos VI, IX e parágrafo único; 30; 182;196;200, IV, 225, caput e § 1° inciso IV.

• DECRETO FEDERAL Nº 1842, de 22 de março de 1996 - Institui o Comitê de Integração da Bacia – Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – CEIVAP, e dá outras providências.

(26)

• DECRETO FEDERAL Nº 3.692, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000 - Dispõe sobre a instalação, aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos Comissionados e dos Cargos Comissionados Técnicos da Agência Nacional de Águas - ANA, e dá outras providências.

• DECRETO FEDERAL Nº 7.217, DE JUNHO DE 2010 - Regulamenta a Lei nº 11.445, de 5 janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico.

• DECRETO Nº 49.974-A, DE 21 DE JANEIRO DE 1961 - Código Nacional de Saúde. Artigo 32 a 44 dispõe sobre Saneamento

• LEI FEDERAL Nº 11.445, DE 5 DE JANEIRO DE 2007 - A Lei referida estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico bem como as diretrizes para a política federal de saneamento. Define a titularidade dos serviços de água e esgoto, o ente responsável pela regulação e fiscalização, fixam direitos e deveres dos usuários, incentiva a eficiência dos prestadores, possibilita e é clara quanto à obrigatoriedade de conexão às redes de abastecimento de água e de esgoto, de acordo com o artigo 45.

• LEI FEDERAL Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997 - Política Nacional de Recursos Hídricos.

• LEI FEDERAL Nº 9.984, DE 17 DE JULHO DE 2000 - Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas - ANA, entidade federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências.

• LEI Nº 5.318, DE 26 DE SETEMBRO DE 1967 - Dispõe sobre a Política Nacional de Saneamento.

• RESOLUÇÃO CNRH Nº 32, DE 15 DE OUTUBRO DE 2003 - Institui a Divisão Hidrográfica Nacional, em regiões hidrográficas, nos termos dos Anexos I e II desta Resolução, com a finalidade de orientar, fundamentar e implementar o Plano Nacional de Recursos Hídricos.

• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 1, de 23 de janeiro de 1986 - Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental.

• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 1, de 23 de janeiro de 1986 - Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental - Alterada pela Resolução nº 11/86 (alterado o art. 2o)

• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 1, de 23 de janeiro de 1986 - Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental - Alterada pela Resolução no 5/87 (acrescentado o inciso XVIII)

(27)

• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 1, de 23 de janeiro de 1986 - Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental - Alterada pela Resolução nº 237/97 (revogados os art. 3o e 7o)

• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 396, de 3 de abril de 2008 - Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências.

• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 397, de 3 de abril de 2008 - Alterada pela Resolução 410/09. - Altera o inciso II do § 4o e a Tabela X do § 5º, ambos do art. 34 da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente- CONAMA nº 357, de 2005, que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes.

• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430, DE 13 DE MAIO DE 2011 - Complementa e altera a Resolução nº 357/2006. - Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA.

• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 5, de 15 de junho de 1988 - Dispõe sobre o licenciamento ambiental de obras de Saneamento.

• RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 102 DE 25 MAIO DE 2009 - Estabelece as prioridades para aplicação dos recursos provenientes da cobrança pelo uso de recursos hídricos, referidos no inc. II do § 1º do art. 17 da Lei no 9.648, de 1998, com a redação dada pelo art. 28 da Lei no 9.984, de 2000, para o exercício orçamentário de 2010/2011.

• RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 17, DE 29 DE MAIO DE 2001 - Determina à elaboração de Planos de Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas, instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, será elaborado em conformidade com o disposto na Lei nº 9.433, de 1997, que serão elaborados pelas competentes Agências de Água, supervisionados e aprovados pelos respectivos Comitês de Bacia.

• RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 21, de 14 de março de 2002 - Institui a Câmara Técnica Permanente de Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos, de acordo com os critérios estabelecidos no Regimento Interno do Conselho Nacional de Recursos Hídricos.

(28)

Paraíba do Sul-CEIVAP a criar a sua Agência de Água, nos termos da Deliberação CEIVAP nº 12, de 20 de junho de 2002.

• RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 27, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2002 - Define os valores e estabelece os critérios de cobrança pelo uso de recursos hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, conforme proposto e isentar da obrigatoriedade de outorga de direito de usos de recursos hídricos na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, os usos considerados insignificantes, nos termos estabelecidos pela Deliberação nº 15, de 2002, do CEIVAP.

• RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 38, de 26 de março de 2004 - Delegar competência à Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul para o exercício de funções e atividades inerentes à Agência de Água da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.

• RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 59, DE 2 DE JUNHO DE 2006 - Prorrogar o prazo da delegação de competência à Associação Pró- Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, para o exercício de funções e atividades inerentes à Agência de Água da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.

• RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 91, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2008 - Dispõe sobre procedimentos gerais para o enquadramento dos corpos de água superficiais e subterrâneos.

• RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 98, DE 26 DE MARÇO DE 2009 - Estabelece princípios, fundamentos e diretrizes para a educação, o desenvolvimento de capacidades, a mobilização social e a informação para a Gestão Integrada de Recursos Hídricos no Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

• RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA Nº 413, DE 26 DE JUNHO DE 2009 - Dispõe sobre o licenciamento ambiental da aquicultura, e dá outras providências.

• RESOLUÇÃO Nº 5, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, DE 10 DE ABRIL DE 2000 - Alterada pela Resolução nº18, de 20 de dezembro de 2001, e pela Resolução nº 24, de 24 de maio de 2002 - Estabelece diretrizes para a formação e funcionamento dos Comitês de Bacias Hidrográficas, de forma a implementar o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, conforme estabelecido pela Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997.

(29)

• RESOLUÇÃO Nº 58 do CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS, DE 30 DE JANEIRO DE 2006 – APROVA O PNRH - Aprova o Plano Nacional de Recursos Hídricos e dá outras providências.

• RESOLUÇÃO Nº357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 - Alterada pela Resolução 410/2009 e pela 430/2011 - Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.

2.7.2. Legislação Estadual

 Lei Estadual no. 18.309 de 3 de agosto de 2009 – Criação da ARSAE-MG

 Decreto Estadual 45.226/2009 – Regulamentação da ARSAE-MG

 COMPETÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE RECURSOS HÍDRICOS DAS BACIAS

 CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - Art. 249; 250; I,II, § 1º e § 2º; Art.

251.

 DECRETO ESTADUAL Nº 36.892, DE 23 DE MAIO DE 1995 - Regulamentou totalmente a Lei 11.720/94.

 DECRETO ESTADUAL Nº 41.578, de 08 de março de 2001 - Regulamenta a Lei nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999, que dispõe sobre Política Estadual de Recursos Hídricos.

 DECRETO ESTADUAL Nº 41.578/2001, 08 de março 2001 - Regulamenta a Lei nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999, que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos.

 DECRETO ESTADUAL Nº 44.046, de 13 de junho de 2005 - Regulamenta a cobrança pelo uso de recursos hídricos de domínio do Estado.

 DECRETO ESTADUAL Nº 44.547, DE 22 DE JUNHO DE 2007 - Altera o Decreto nº 44.046, de 13 de junho de 2005, que regulamenta a cobrança pelo uso de recursos hídricos de domínio do Estado.

 DECRETO ESTADUAL Nº 44.844, de 25 de junho de 2008 - Estabelece normas para licenciamento ambiental e autorização ambiental de funcionamento, tipifica e classifica infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos hídricos e estabelece procedimentos administrativos de fiscalização e aplicação das penalidades.

(30)

Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais - ARSAE-MG, e dá outras providências

 DECRETO Nº 37.191, de 28 de agosto de 1995 - Dispõe sobre o Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERH-MG - e dá outras providências.

 DECRETO Nº 45.137, DE 16 DE JULHO DE 2009 - Cria o Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento - SEIS, e dá outras providências.

 DELIBERAÇÃO CEIVAP Nº 03/2001 - Aprova a Implantação da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos de Domínio da União na Bacia do Rio Paraíba do Sul a partir de 2002 e estabelece as condições para a sua participação no Programa Nacional de Despoluição de Bacias Hidrográficas.

 DELIBERAÇÃO CEIVAP Nº 65/2006 DE 28 DE SETEMBRO DE 2006 - Estabelece mecanismos e propõe valores para a cobrança pelo uso de recursos hídricos na bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul, a partir de 2007

 DELIBERAÇÃO CEIVAP Nº 70/2006 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006 - Estabelece mecanismo diferenciado de pagamento pelo uso de recursos hídricos na bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul

 DELIBERAÇÃO CEIVAP Nº08 DE 6 DE DEZEMBRO DE 2001 - Dispõe sobre a Implantação da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos na Bacia do Rio Paraíba do Sul a partir de 2002.

 DELIBERAÇÃO CERH/MG Nº 260, de 26 de Novembro de 2010 - Aprova o Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado de Minas Gerais.

 Deliberação Normativa CERH - MG Nº 04, de 18 de fevereiro de 2002 - Estabelece diretrizes para a formação e funcionamento de Comitês de Bacia Hidrográfica, e dá outras providências.

 DELIBERAÇÃO NORMATIVA CERH - MG Nº 07, de 4 Novembro de 2002 - Estabelece a classificação dos empreendimentos quanto ao porte e potencial poluidor, tendo em vista a legislação de recursos hídricos do Estado de Minas Gerais, e dá outras providências.

 DELIBERAÇÃO NORMATIVA CERH - MG Nº 09, de 16 de junho de 2004 - Define os usos insignificantes para as circunscrições hidrográficas no Estado de Minas Gerais.

 DELIBERAÇÃO NORMATIVA CERH - MG Nº 3, de 10 de abril de 2001 - Estabelece os critérios e valores para indenização dos custos de análise, publicações e vistoria dos processos de outorga de direito de uso de recursos hídricos no Estado de Minas Gerais e dá outras providências.

(31)

 Deliberação Normativa CERH Nº 19, de 28 de junho de 2006 - Alterada pela Deliberação Normativa CERH nº 39, de 19 de outubro de 2011. Regulamenta o art. 19, do Decreto 41.578/2001 que dispõe sobre as agências de bacia hidrográfica e entidades a elas equiparadas e dá outras providências.

 Deliberação Normativa CERH-MG Nº 30, de 26 de agosto de 2009 - Altera a Deliberação Normativa CERH/MG n.º 04, de 18 de fevereiro de 2002, que estabelece diretrizes para a formação e funcionamento de Comitês de Bacia Hidrográfica.

 DELIBERAÇÃO NORMATIVA CERH-MG Nº 35, de 13 de outubro de 2010 - Dispõe sobre a criação da Comissão Permanente de Fiscalização e Acompanhamento dos Recursos da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos no Estado de Minas Gerais, e dá outras providências.

 DELIBERAÇÃO NORMATIVA CONJUNTA - COPAM/CERH-MG Nº 01, de 05 de maio de 2008. - Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para seu enquadramento, bem como estabelece condições e padrões de efluentes e dá outras providências.

 DELIBERAÇÃO NORMATIVA CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS - MG Nº 27, de 18 de dezembro de 2008 - Dispõe sobre os procedimentos para arrecadação das receitas oriundas da cobrança pelo uso de recursos hídricos de domínio do Estado de Minas Gerais.

 DELIBERAÇÃO NORMATIVA CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 24, de 27 de Outubro de 2008 - Dispõe sobre procedimentos gerais de natureza técnica e administrativa a serem observados no exame de pedidos de outorga para o lançamento de efluentes em corpos de água superficiais no domínio do Estado de Minas Gerais.

 LEI ESTADUAL Nº 11.720, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1994 - Dispõe Sobre a Política Estadual de Saneamento Básico.

 LEI ESTADUAL Nº 12.503/97 - Cria o Programa Estadual de Conservação da Água.

 LEI ESTADUAL Nº 13.199 DE 29 DE JANEIRO DE 1999 - Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos.

 LEI ESTADUAL Nº 13.771/2000 - Dispõe sobre a administração, a proteção e a conservação das águas subterrâneas de domínio do Estado e dá outras providências.

 RESOLUÇÃO CONJUNTA ANA E IGAM Nº 779, DE 20 DE OUTUBRO DE 2009 -

(32)

e o IGAM, prioritariamente nas bacias em que a cobrança pelo uso de recursos hídricos estiver implementada.

2.7.3. Legislação Municipal

O município não dispõe de Plano Diretor Municipal, com isso foi observada apenas a Lei orgânica de Carangola, de 22 de março de 1990, podendo se destacar os aspectos abaixo, relativos à Água.

Capítulo VII

DO MEIO AMBIENTE [...]

Art. 211 - Cabe ao Poder Público, através de seus órgãos de administração direta, indireta e fundacional:

[...]

IX - definir o uso e ocupação do solo, subsolo e águas através de planejamento que englobe diagnóstico, análise técnica e definição de diretrizes de gestão dos espaços com participação popular e socialmente negociadas, respeitando a conservação de qualidade ambiental.

[...]

Art. 219 - São áreas de proteção permanente:

I - as áreas de proteção das nascentes de rios;

[...]

Art. 223 - Fica proibido o garimpo no rio Carangola, salvo nos casos em que tal prática não traga prejuízo para a vida do mesmo e das espécimes animais nele existentes.

[...]

Capítulo XIII

DO SANEAMENTO BÁSICO

Art. 272 - O saneamento básico é uma ação de saúde pública, implicando o seu direito na garantia inalienável ao cidadão, de:

I - abastecimento de água, em quantidade suficiente para assegurar adequada higiene e conforto, e com qualidade compatível com os padrões de potabilidade.

[...]

Art. 278 - O Município deverá garantir para os sistemas públicos de água e esgoto, a participação com um percentual definido em lei, nos recursos destinados ao saneamento básico do município oriundos da esfera estadual e federal.

(33)

2.8. Estrutura Financeira e Tarifária

Segundo o Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento de 2011, os serviços de água do Município de Carangola sob a responsabilidade da SEMASA apresentam as seguintes informações financeiras, disponíveis na Tabela 4, donde se percebe que a inadimplência é insignificante com valores de arrecadação e receita muito próximos. Também, verifica-se que os valores de investimentos anuais foram da ordem de R$113 mil.

Tabela 4: Informações financeiras do abastecimento de água potável – continua Município Prestadora

Receita operacional total

(R$/ano)

Arrecadação total (R$/ano)

Despesa total com os serviços

(R$/ano) Carangola Serviço Municipal de Saneamento

Básico e Infraestrutura 4.078.416 3.951.063 3.343.888 Fonte: Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto 2011 (SNIS - Ministério das Cidades)

Tabela 5: Informações financeiras do abastecimento de água potável - conclusão Município Investimentos

realizados (R$/ano)

Despesa total média (R$/m3)

Tarifa média praticada (R$/m3)

Índice de suficiência de caixa (%)

Carangola 113.764 0,84 1,00 117,1

Fonte: Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto 2011 (SNIS - Ministério das Cidades)

Não foram disponibilizadas as tarifas cobradas pela SEMASA para o abastecimento de água potável de Carangola.

2.9. Estrutura Orçamentária e Capacidade de Investimento

O Plano Plurianual do Governo do Município de Carangola para o quadriênio de 2014-2017 (Lei no. 4.599 de 05 de dezembro de 2013) apresenta os programas a serem aplicados a fim de “realizar o conjunto de ações que visam a construção/ampliação do sistema de abastecimento de água potável, construção de fossas sépticas e construção/ampliação do sistema de esgoto” Anexos do PPA.

Segundo a LDO (Lei no. 4.548 de 24 de junho de 2013) sobre as diretrizes para a elaboração da lei orçamentária, esta destinará em suas unidades e sub-unidades orçamentárias, as dotações específicas para a execução de ações que como construção de fossas sépticas, ampliação do sistema de abastecimento de água potável, ampliação do sistema de esgoto.

Assim a LO para 2014 (Lei no. 4.601 de 05 de dezembro de 2013) apresenta a despesa de R$6.442.250,00 para o saneamento e 436.090,00 para a gestão ambiental.

(34)

As receitas e fontes do município são fundamentalmente baseadas nas transferências, sendo sua capacidade de investimento na área de saneamento baseada em convênios com entes federais e estaduais, como a Funasa e a SEMAD entre outros.

Também vinculado ao saneamento se tem o ICMS Ecológico que representa critérios de distribuição e repasse dos recursos de ICMS arrecadados em função da preservação e conservação de áreas naturais e de mananciais e do tratamento e disposição final de lixo ou de esgoto sanitário, atendendo, no mínimo, 70% e 50% da população urbana respectivamente.

Por fim, ainda como fonte de financiamento para os investimentos na área se tem o Programa Saneamento para Todos da Caixa com recursos oriundos do FGTS e o PAC2 Saneamento do Governo Federal, que para municípios até 50mil habitantes é coordenado pela Funasa.

Salienta-se ainda que atualmente existe em vigor um Decreto Municipal (Nº 5030/2014 de 29 de Janeiro de 2014) que apresenta o esquema tarifário do SEMASA a ser utilizado pelo município. Nele estão tabelados todos os valores referentes aos serviços de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário.

2.10. Recomendações

Em função do diagnóstico da situação existente no abastecimento de água potável no município observa-se que um dos principais pontos com demanda de atenção de forma geral, tanto na área urbana como na rural, é a proteção dos mananciais, com cercamento, reflorestamento e o controle da qualidade das águas, evitando-se as contaminações de origem doméstica (esgotos), agrícola (animais e agrotóxicos) ou industrial (efluentes), pois apesar da conservação da mata ciliar, há a presença de animais silvestres na captação.

Ainda, para o planejamento e gestão dos serviços da forma mais eficiente é necessária a elaboração e implementação do Plano Diretor, norteador das ações de ocupação e uso do solo, a fim de se garantir o crescimento saneado do município.

(35)

3. Diagnóstico dos Serviços de Esgotamento Sanitário

3.1. Situação dos Serviços de Esgotamento Sanitário

De acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, a situação dos serviços de esgotamento sanitário do Município de Carangola está descrita na Tabela 6 e no Gráfico 2, onde se observa que aproximadamente 70% dos domicílios são atendidos por rede geral de esgoto ou pluvial.

Tabela 6: Destino dos esgotos sanitários

Descrição Domicílios

Rede Geral de Esgoto ou Pluvial 7.615

Fossa Rudimentar 467

Fossa Séptica 191

Rio, lago ou mar 2.221

Vala 303

Não tinham banheiro nem sanitário 11

Outro 128

Fonte: IBGE 2010

Gráfico 2 Atendimento de esgotamento sanitário

(36)

3.2. Cobertura e Atendimento dos Serviços de Esgotamento Sanitário

Segundo o Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento de 2011, os serviços de esgotamento sanitário do Município de Carangola estão sob a responsabilidade do Serviço Municipal de Saneamento Básico e Infraestrutura (SEMASA) e o percentual da população total com coleta do esgotamento pela autarquia municipal é de 58%, enquanto que apenas 6,1% deste esgoto coletado recebe tratamento, porém de acordo com informações levantadas em visita técnica em 20 de fevereiro de 2014, 18% do esgoto produzido é tratado.

3.3. Estrutura Existente do Sistema de Esgotamento Sanitário

O sistema de tratamento dos esgotos sanitários de Carangola possui uma Elevatória de Esgoto Bruto (EEB) e uma ETE que faz o tratamento primário de esgoto. A coleta de esgotos na área urbana encontra-se parcialmente resolvida com o afastamento dos efluentes pelas redes de esgoto. Verifica-se em Carangola o direcionamento de parte do efluente a uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) como forma de evitar o lançamento nos rios, córregos e ribeirões da região. Outra parte é lançada sem tratamento em cursos d’água da região como o Rio Carangola, como no Distrito de Alvorada. Áreas mais afastadas utilizam as fossas como soluções individuais. Não foi constatada na visita de campo nenhuma vala negra. O esquema geral dos efluentes no Município de Carangola com os equipamentos responsáveis pode ser compreendido pela Figura 25.

Figura 25: Esquema do sistema de esgotamento sanitário de Carangola Fonte: Conen

(37)

3.3.1. Coleta e Transporte

No Município de Carangola foi verificada a existência de rede coletora do tipo separador absoluto, em concordância com as diretrizes de saneamento básico. O transporte se dá em sua maioria por gravidade, havendo uma estação elevatória de esgoto (Figura 26).

Figura 26: Estação elevatória de esgoto (EEE) Fonte: Conen

Foram relatadas dificuldades com a manutenção frequente das redes de esgotos, possivelmente devido à utilização inadequada dos sanitários com a disposição de lixo e outros materiais por parte da população.

3.3.2. Tratamento

O Município de Carangola possui em seu sistema de esgotamento sanitário uma ETE que faz o tratamento primário de 30 L/s de efluente com uma eficiência de 86%. A ETE possui 02 reatores e um queimador de gás desativado. As análises de DBO/DQO são feitas mensalmente no laboratório adjacente à ETE.

A estrutura da ETE conta com o tratamento preliminar pela grelha e desarenador. Nesta fase os sólidos em maior dimensão carregados pelo esgoto são retidos pela grade e os detritos minerais inertes ficam depositados na caixa de areia, chamada de desarenador.

(38)

bactérias contidas no tanque possam estabilizar a matéria orgânica. As reações químicas e biológicas no efluente possibilitam a separação de gases que são enviados ao queimador de gás e a sedimentação dos sólidos (biomassa). O processo no RAFA permite o descarte do lodo e a retirada da escuma.

O processo seguinte na ETE é a disposição do resíduo no leito de secagem. A exposição ao ambiente fara com o sólido se separe da parte líquida, fazendo diminuir o volume de sólidos. O lodo seco ao final do processo é enterrado em uma área adjacente à ETE. Sua localização se encontra apresentada no Mapa Identificação da ETE.

Figura 27: ETE Carangola Fonte: Conen

Figura 28: Tratamento preliminar – grelha e desarenador

Fonte: Conen

Figura 29: Tratamento preliminar - calha Parshall Fonte: Conen

Figura 30: ETA Carangola – RAFAs Fonte: Conen

(39)

Figura 31: Mapa das estruturas vinculadas ao esgoto de Carangola

3.3.3. Lançamento e Corpo Receptor

Embora Carangola possua a ETE como destinação do efluente da cidade, a equipe técnica de visita pode observar lançamentos de esgotos in natura que ocorrem de forma individual ou coletiva em praticamente todos os cursos d’água do município, conforme pode ser observado nos registros de campo (Figura 38 a Figura 41). No Distrito de Alvorada também há lançamento de esgoto in natura nos corpos hídricos da localidade (Figura 36).

(40)

Figura 32: Lançamentos de esgoto no Rio

Carangola Fonte: Conen

Figura 33: Lançamentos de esgoto no Rio

Carangola Fonte: Conen

Figura 34: Lançamentos de esgoto no Rio

Carangola Fonte: Conen

Figura 35: Lançamentos de esgoto no Rio

Carangola Fonte: Conen

Figura 36: Lançamento de esgoto in natura no Distrito de Alvorada Fonte: Conen

(41)

3.4. Levantamento de Estudos, Planos e Projetos

Foi relatado à equipe técnica durante a visita a campo que há um projeto aprovado pela FUNASA de expansão do sistema de esgotamento sanitário. Este projeto conta com a construção de mais dois RAFAs na área da ETE e 1,5 km de interceptores e o valor de projeto aprovado seria de R$2,884 milhões. O projeto não foi disponibilizado pela prefeitura. Além disso, planeja-se a construção de estação elevatória de esgoto bruto, com vazão de 65 L/s e construção do sistema de esgotamento sanitário para bairro Vitória.

De acordo com a FUNASA, há o projeto (MG1507112202) de melhorias sanitárias domiciliares em fase de licitação que foi aprovado com o valor de R$500.000,00.

3.5. Informações da Gestão dos Serviços de Esgotamento Sanitário

O órgão municipal responsável pela gestão dos serviços esgotamento sanitário é a própria prefeitura pela autarquia municipal SEMASA, representada durante o levantamento de informações pelo engenheiro responsável Eduardo Nunes da Rosa.

De acordo com informações do CISAB1 (Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico da Zona da Mata de Minas Gerais), atualmente o município conta com um quadro de 68 funcionários para os serviços de água e esgoto.

3.6. Regulação e Gestão da Qualidade dos Serviços de Esgotamento Sanitário

Não foi indicado nenhum órgão ou agência reguladora dos serviços de esgotamento sanitário no nível de administração pública.

Por outro lado, a sociedade civil também tem seus próprios meios de contribuir na gestão da qualidade através do controle social por meio de conselhos e associações específicas no tema e correlatos.

3.7. Legislação Específica

Neste tópico são abordadas as principais legislações que tem influência direta sobre o esgotamento sanitário nas esferas federal, estadual e municipal.

3.7.1. Legislação Federal

• DECRETO FEDERAL Nº 7.217, DE JUNHO DE 2010 - Regulamenta a Lei nº 11.445, de 5

(42)

• LEI FEDERAL Nº 11.445, DE 5 DE JANEIRO DE 2007 - A Lei referida estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico bem como as diretrizes para a política federal de saneamento. Define a titularidade dos serviços de água e esgoto, o ente responsável pela regulação e fiscalização, fixa direitos e deveres dos usuários, incentiva a eficiência dos prestadores, possibilita e é clara quanto à obrigatoriedade de conexão às redes de abastecimento de água e de esgoto, de acordo com o artigo 45.

• LEI Nº 5.318, DE 26 DE SETEMBRO DE 1967 - Dispõe sobre a Política Nacional de Saneamento.

• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 375, de 29 de agosto de 2006 - Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências.

• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 377, DE 9 DE OUTUBRO DE 2006 - Dispõe sobre licenciamento ambiental simplificado de Sistemas de Esgotamento Sanitário.

• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 380, de 31 de outubro de 2006 - Retifica a Resolução CONAMA no 375/06 – Define critérios e procedimentos para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências.

• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 5, de 15 de junho de 1988 - Dispõe sobre o licenciamento ambiental de obras de Saneamento.

3.7.2. Legislação Estadual

• DECRETO ESTADUAL Nº 45.871, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2011 - Contém o Regulamento da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais - ARSAE-MG, e dá outras providências.

• DECRETO Nº 45.137, DE 16 DE JULHO DE 2009 - Cria o Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento - SEIS, e dá outras providências.

• DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM Nº 128, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2008 - Altera prazos estabelecidos pela Deliberação Normativa COPAM 96/2006 que convoca municípios para o licenciamento ambiental de sistema de tratamento de esgotos.

• DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM Nº 96, DE 12 DE ABRIL DE 2006 - Convoca municípios para o licenciamento ambiental de sistema de tratamento de esgotos.

Referências

Documentos relacionados

insights into the effects of small obstacles on riverine habitat and fish community structure of two Iberian streams with different levels of impact from the

teories conseqüencialistes egoisme ètic ètica de deures prima facie ètica kantiana Teories ètiques normatives teories de deures utilitarisme teories imperatives teories de

Como afirmado em nosso resumo, um time de futebol da dimensão do Flamengo, com cerca de 42 milhões de torcedores (Datafolha, 2019), espalhados pelo Brasil e também

Assim sendo, a organização, quando opta por uma política de redução de custos com mão-de-obra via adesão a processos de terceirização, reduz consequentemente

Una educación establecida y controlada por el Estado no debería existir, y en caso de existir, más que como uno de tantos experimentos, entre muchos otros, hecho solamente

After analyzing all the procedures involved in the production process of GFRP profiles, it was concluded that it would be possible to improve the sustainability and

Esse pessimismo parte do princípio segundo o qual não adianta entender a mecânica quântica (Feynman, na verdade, segue Bohr), bastaria instrumentalizá-la. Na última citação de

Este questionário tem o objetivo de conhecer sua opinião sobre o processo de codificação no preenchimento do RP1. Nossa intenção é conhecer a sua visão sobre as dificuldades e