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NOTA CIENTÍFICA. TOLERÂNCIA DE MUDAS DE CAFÉ CONILLON (Coffea canephora) A HERBICIDAS APLICADOS EM PÓS-EMERGÊNCIA

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NOTA CIENTÍFICA

TOLERÂNCIA DE MUDAS DE CAFÉ CONILLON (Coffea canephora) A

HERBICIDAS APLICADOS EM PÓS-EMERGÊNCIA

TOLERANCE OF COFFEE CONILLON SEEDLINGS (Coffea canephora) TO

HERBICIDES APPLIED IN POST-EMERGENCY

Oscar Mitsuo YAMASHITA

1

João Vítor Nogueira ORSI

2

Ostenildo Ribeiro CAMPOS

3

Frederico da Silva MENDONÇA

2

Dennis Daniel RESENDE

2

Claudinei KAPPES

2

Sebastião Carneiro GUIMARÃES

4

RESUMO

São poucos os herbicidas à disposição dos cafeicultores para a aplicação de pós-emergência em cafezais em formação. O presente trabalho foi realizado com objetivo de avaliar a tolerância de mudas de cafeeiro a herbicidas aplicados em pós-emergência. Os herbicidas bentazon, oxyfluorfen, haloxyfop-methyl, imazethapyr, fomesafen e lactofen, foram aplicados sobre as plantas. Foram utilizadas 35 mudas de Coffea canephora, da variedade conillon, acondicionadas em vasos plásticos de 3,5 dm3, com cinco pares de folhas definitivas. Realizou-se a aplicação dos herbicidas diretamente sobre

as mudas, em ambiente protegido. As avaliações foram realizadas semanalmente até os 49 dias após a aplicação. Foram realizadas avaliações visuais de fitointoxicação dos herbicidas às plantas de café e, também, avaliações de altura, número de folhas, diâmetro de caule, massa verde e seca da parte aérea e do sistema radicular, além do comprimento do sistema radicular dessas plantas. Todos os herbicidas testados provocaram sintomas de fitointoxicação considerados como leves a moderados, com visual recuperação das plantas até os 49 dias após a aplicação. Os herbicidas que apresentaram maior seletividade para aplicação foram haloxyfop-methyl e imazethapyr, assim como também, o oxyfluorfen. Não houve redução da altura, massa seca de raízes e parte aérea, quando comparadas à testemunha.

Palavras-chave: fitointoxicação; seletividade; desenvolvimento.

ABSTRACT

There are few herbicides available to the coffee grower for the post-emergency application in plants of coffee in formation. The present work was accomplished with the objective of evaluating the coffee plant seedlings phytointoxication to herbicides application in post-emergency. The herbicides bentazon, oxyfluorfen, haloxyfop-methyl, imazethapyr, fomesafen and lactofen were applied on the coffee plants. Thirty five Coffea canephora cv. conillon seedlings were used, conditioned in plastic pots of 3,5 dm3, from 5 pairs of leaves stage and accomplished herbicides application straight on the seedlings. The

evaluations were accomplished weekly until 49 days after application (DAA). Visual evaluations were made of herbicides toxicity to coffee plants, also height evaluations, number of leaves, stem diameter, green and dry mass from radicular system, besides length of radicular plants system. For all of the tested herbicides, pronounced phytointoxication symptoms considered light to moderate was observed, with visual plants recovery after 49 days of application. The herbicides that presented larger selectivity for application were haloxyfop-methyl and imazethapyr, as also, oxyfluorfen. There was no reduction of roots dry mass and air part and nor plant height when it’s compared to the witness.

Key-words: phytointoxication; selectivity; development.

1 Eng. Agr. M.Sc. Professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) – Campus Universitário de Alta Floresta, Rod. MT 208, km 147, Jd. Tropical, 78580-000, Alta Floresta – MT, Brasil. E-mail: yama@unemat.br. Autor para correspondência.

2 Estudante de Agronomia da UNEMAT – Campus Universitário de Alta Floresta, Alta Floresta – MT, Brasil. E-mail: jvorsi@hotmail.com, frede.agro@hotmail.com, dennis_agronomo@hotmail.com, code.agro@hotmail.com.

3 Eng. Agr. D.Sc. Professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) – Alta Floresta – MT, Brasil. E-mail: campos@unemat.br. 4 Eng. Agr. D.Sc. Professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – Cuiabá – MT, Brasil. E-mail: sheep@ufmt.br.

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INTRODUÇÃO

A cultura do café teve grande influência na colonização e no desenvolvimento do Brasil e, atualmente, continua ocupando posição de destaque no cenário econômico e social do país. Seu cultivo, processamento e comercialização demandam milhares de empregos em diversas regiões do Brasil. Com produção estimada de 45 milhões de sacas beneficiadas em 2008 (CONAB, 2008). As espécies mais cultivadas no Brasil são Coffea arabica e C. canephora (Matiello, 1998).

A produção de café conillon (C. canephora) representa 23% da produção nacional (CONAB, 2008). Segundo Matiello (1998), essa espécie é cultivada em regiões quentes do Brasil, como os estados de Rondônia, Mato Grosso, Pará, Acre e as regiões baixas do Espírito Santo (o maior produtor basileiro).

Dentre as limitações da exploração cafeeira que contribuem para o aumento do custo da produção, destaca-se a competição das plantas daninhas (Briguenti, 1995; Staver et al., 2001; López, 2004; Sánchez & Gamboa, 2004; Ronchi & Silva, 2006).

A competição por plantas daninhas é grande no cafeeiro, pois as raízes absorventes do cafeeiro crescem superficialmente no solo, onde a maioria das raízes das plantas daninhas ocorre (Njoroge, 1994). Diversos trabalhos retratam efeitos negativos de competição por plantas daninhas em cafeeiros (Blanco et al., 1982; Alcântara, 2002; Oliveira et al., 2002; Ronchi et al., 2003; Staver et al., 2007). Essa competição tem provocado reduções significativas na produção de café, variando entre 24 e 77% (Oliveira et al., 1979; Blanco et al., 1982; Garcia et al., 2000; Eshetu, 2001).

Em lavouras em formação, a competição é ainda maior, pois as plantas de café ainda jovens deixam grande área de solo livre, favorecendo, assim, a infestação e o crescimento das espécies infestantes (Blanco et al., 1982).

A aplicação de herbicidas tem sido feita nas entre linhas da lavoura e capina manual na linha de plantio, pelo fato de existirem poucos produtos recomendados para a aplicação em área total em cafeeiros jovens (Briguenti, 1995; Foloni & Fustaino, 1997; Alcântara, 2000). Alguns trabalhos tem avaliado o efeito de herbicidas pós emergentes quanto a sua seletividade quando aplicados sobre cafeeiros jovens de C. arabica (Oliveira & Begazo, 1989; Adegas, 2000; Ronchi & Silva, 2003; 2004; 2006).

Objetivou-se neste trabalho avaliar a seletividade de mudas de café conillon (C. canephora) submetidos à aplicação de herbicidas em pós-emergência.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no período de abril a junho de 2006 em viveiro de mudas de área experimental da Fazenda Yamashita, localizada no

município de Alta Floresta - MT, nas coordenadas geográficas 09°56’34" de latitude Sul, 55°56’11" longitude Oeste, e altitude de 384 m. O clima é do tipo Awi segundo a classificação de Köppen, clima tropical chuvoso com nítida estação seca e com temperaturas entre 20 °C a 38 °C e com pluviosidade média anual de 2.500 mm.

Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com seis herbicidas aplicados em pós-emergência com cinco repetições. Cada unidade experimental foi constituída por uma muda de café, plantada em vaso de polietileno com capacidade de 3,5 dm3 de

substrato.

Para a formação das mudas, seguiu recomendação técnica para a cultura do café (Bragança et al., 1995; Matiello, 1998). Para a preparação de mudas foram utilizadas apenas sementes de frutos maduros, no estádio de cereja e provenientes de plantas selecionadas. Após a lavagem dos frutos, realizou-se o despolpamento e degomagem das sementes. A semeadura foi realizada em caixas de areia. Quando as plântulas atingiram estágio de orelha de onça, as mesmas foram transplantadas para os vasos de polietileno. Os vasos foram preenchidos com composto constituído por 800 dm3 de solo peneirado retirado

de área de mata (Tabela 1) + 200 dm3 de esterco de

curral + 5 kg de superfosfato simples + 1 kg de cloreto de potássio + 2 kg de calcário dolomítico. Essa adubação foi estabelecida, conforma recomendação de Matiello (1998). Na condução das mudas no viveiro, foram realizadas irrigações periódicas, visando a manutenção da umidade no substrato de cada vaso e o controle de plantas daninhas foi realizado manualmente. Semanalmente, aplicou-se nas mudas uma solução de uréia diluída em água (0,2%), visando o fornecimento de N para plantas.

Os herbicidas foram aplicados aos 120 dias após a emergência (DAE), quando as plantas se encontravam em média com cinco pares de folhas definitivas, através de um pulverizador costal pressurizado a CO2, mantido à pressão constante de 0,2 MPa, munido de ponta de jato plano APG110.02, calibrado para 200 dm3 ha-1. No

momento da aplicação, a temperatura se encontrava em 27 ºC e umidade relativa do ar em 81%, sendo estas mensuradas com um termohigrômetro digital Instrutherm HT210.

As aplicações foram realizadas diretamente sobre as mudas de café, cujas doses de herbicidas são apresentadas na Tabela 2.

Foram realizadas avaliações semanais até os 49 dias após aplicação (DAA) dos herbicidas. As avaliações foram feitas sempre no mesmo horário, visando à redução do efeito da luminosidade sobre a avaliação visual de fitointoxicação, atribuindo-se notas percentuais em relação à testemunha (Tabela 3), sendo considerada zero a ausência de sintomas e 100 a morte da planta (SBCPD, 1995).

Na última avaliação, realizada aos 49 DAA, determinou-se a altura de plantas, medindo-se a região compreendida entre o colo e a gema apical da haste principal das plantas; foi determinado o diâmetro do caule ao nível do solo (com auxílio de

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TABELA 1 – Características químicas do substrato da área experimental. Alta Floresta – MT. 20061 MO P K Ca Mg Al pH H2O g dm-3 --- mg dm-3--- --- cmolc dm-3 --- V% 5,4 29 0,71 13 1,40 0,60 0,10 27,54 (1)

Análise realizada no Laboratório MT Solos Análises Agronômicas S/C Ltda. - Sorriso, MT.

TABELA 2 – Herbicidas aplicados sobre as mudas de café, aos 120 dias após a emergência. Alta Floresta – MT. 2006.

Tratamento Ingrediente Ativo (i.a.) Produto comercial (p.c.) (dmDose p.c. 3

ha-1) Dose i.a. (g ha-1) 1 bentazon Basagran® 1,20 720 2 oxyfluorfen Goal® 3,50 840 3 haloxyfop-methyl Verdict® 0,50 62,5 4 imazethapyr Pivot® 1,00 100 5 fomesafen Flex® 1,00 250 6 lactofen Cobra® 0,75 180

paquímetro digital) e a contagem do número de folhas por plantas. Procedeu-se também a colheita do experimento, separando-se a parte aérea e sistema radicular, que foram colocadas em estufa de circulação forçada de ar (70 °C) até atingir peso constante.

Os dados obtidos, após atenderem as pressuposições de normalidade e homocedasticidade, foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para as variáveis fitointoxicação e número de folhas, houve diferença significativa (p<0,05) quando se comparou os herbicidas aplicados em pós-emergência diretamente sobre as mudas de café.

Todos os herbicidas provocaram fitointoxicação, sendo, entretanto caracterizados como de baixa intensidade (reduzido efeito fitotóxico provocado pelo herbicida). Para todos os herbicidas, observou-se um acréscimo na fitointoxicação até os 21 DAA. Logo após essa avaliação, as plantas de café conseguiram recuperar-se dos efeitos fitotóxicos dos herbicidas aplicados. Aos 21 DAA, os

TABELA 3 – Escala de notas para avaliação visual de fitointoxicação sobre as plantas de café (C. canephora), após tratamento com herbicidas. Alta Floresta – MT. 2006.

CONCEITO NOTAS OBSERVAÇÃO

Muito leve 0 – 5 Sintomas fracos ou pouco evidentes. Nota zero quando não se observam quaisquer alterações na planta Leve 6 – 10 Sintomas nítidos, de baixa intensidade

Moderada 11 – 20 Sintomas nítidos, mais intensos que na classe anterior Aceitável 21 – 35 Sintomas pronunciados, mas totalmente tolerados pela planta Preocupante 36 - 45 Sintomas mais drásticos que na categoria anterior, mas ainda passíveis de recuperação

Alta 46 – 60 Danos irreversíveis, com redução drástica no desenvolvimento da planta

Muito alta 61 - 100 Danos irreversíveis muito severos. Nota cem para morte da planta

Adaptado de SBCPD (1995)

herbicidas bentazon, fomesafen, lactofen e oxyfluorfen promoveram os maiores efeitos fitotóxicos sobre as plantas de café, diferenciando dos demais herbicidas utilizados (Tabela 4).

Os sintomas de fitointoxicação das plantas tratadas com bentazon e lactofen foram caracterizados pela formação de manchas cloróticas nas folhas, que provocaram sua queda. Em plantas tratadas com o herbicida bentazon, observou-se recuperação e recomposição do número de folhas até o final do período de avaliação (Tabela 5), concordando com os dados obtidos por Ronchi & Silva (2003), que observaram leve fitointoxicação das mudas de C. arabica, utilizando esse mesmo herbicida. Entretanto, os mesmos autores relatam forte injúria em mudas tratadas com lactofen, divergindo dos resultados obtidos no presente trabalho.

O herbicida oxyufluorfen provocou clorose e deformações leves nas folhas das mudas de café. Resultados semelhantes foram observados por Alcântara (2000) e Ronchi & Silva (2004), que relatam leve fitointoxicação de plantas de café tratadas com o herbicida.

O herbicida fomesafen provocou injúrias que, apesar de serem caracterizadas como de baixa intensidade, manifestou-se pela clorose nas folhas

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TABELA 4 – Notas de fitointoxicação em mudas de café (C. canephora) submetidas à aplicação de herbicidas. Alta Floresta – MT. 2006.

Dias após aplicação (DAA) Tratamentos

7 14 21 28 35 42 49

Bentazon 9,2d 11,8d 12,4d 11,8d 11,4c 7,8c 6,4c

Oxyfluorfen 9,4d 9,0c 9,0c 7,4c 5,8b 5,2b 5,0b

Haloxyfop-methyl 2,6b 3,4b 7,4c 5,0b 3,4a 1,6a 0,4a

Imazethapyr 1,2a 2,2b 5,4b 3,8b 2,8a 1,2a 0,6a

Fomesafen 4,4c 8,4c 10,6d 8,0c 5,6b 4,6b 4,2b

Lactofen 1,8a 4,0b 11,8d 8,0c 6,8b 4,8b 3,4b

Testemunha 0,0a 0,0a 0,0a 0,0a 0,0a 0,0a 0,0a

C.V. (%) 16,33 17,32 17,83 19,95 24,08 24,54 16,88

*Médias seguidas por mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste Scott-Knott a 5% de probabilidade.

TABELA 5 – Média da altura de plantas (ALT), número de folhas (NFL) e diâmetro do caule (DIC) de mudas de café (C. canephora) submetidas à aplicação de herbicidas. Alta Floresta – MT. 2006.

Variáveis analisadas Tratamentos

ALT (cm) NFL DIC (cm)

Bentazon 25,60a 10,2a 0,43a

Oxyfluorfen 28,10a 10,0a 0,46a

Haloxyfop-methyl 30,44a 10,0a 0,44a

Imazethapyr 24,94a 11,2a 0,42a

Fomesafen 28,46a 8,2b 0,43a

Lactofen 25,14a 7,6b 0,47a

Testemunha 24,11a 8,4b 0,43a

C.V. (%) 20,32 16,48 11,16

*Médias seguidas por mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste Scott-Knott a 5% de probabilidade

que foram aumentando até a terceira semana após a aplicação, havendo a recuperação das plantas após esse período. Resultados semelhantes foram observados por Ronchi & Silva (2003 e 2004), que relatam maior seletividade de fomesafen para C. arabica, podendo ser utilizado em área total.

Os herbicidas haloxyfop-methyl e imazethapyr causaram reduzidos sintomas visuais de fitointoxicação nas plantas de café. Os sintomas foram caracterizados por leve clorose nas folhas de algumas plantas. As plantas tratadas com ambos os herbicidas recuperaram-se e após 35 DAA, não havia diferença em relação à testemunha.

Quanto a altura, não se observou qualquer diferença entre os tratamentos (Tabela 5). Resultados similares foram encontrados por Ronchi & Silva (2003), que não observaram redução na altura de planta quando C. arabica foi tratado com herbicidas como fomesafen, bentazon e lactofen, evidenciando a seletividade desses herbicidas tanto para C. arábica como C. canephora.

Não foi observada qualquer alteração entre os tratamentos sobre o diâmetro de caule (Tabela 5). Ronchi & Silva (2004), avaliando o efeito dos herbicidas oxyfluorfen e fomesafen (480 e 375 g i.a. ha-1, respectivamente), também observaram que os

mesmos não influenciaram no diâmetro do caule de C. arabica, em avaliação realizada quatro meses após a aplicação.

Quanto ao comprimento do sistema radicular, não foi observada diferença entre os herbicidas utilizados. O mesmo resultado foi observado para massa seca do sistema radicular e parte aérea, onde os tratamentos com herbicidas não provocaram redução no acúmulo de massa seca (Tabela 6).

A ação fitotóxica de herbicidas aplicados em C. canephora foi similar aos efeitos observados em trabalhos desenvolvidos com os mesmos herbicidas em C. arabica (Adegas, 2000; Alcântara, 2000; 2002; Ronchi & Silva, 2003; 2004). Esses dados mostram que ambas as espécies respondem de forma similar a aplicação direta de herbicidas.

Com base nos resultados obtidos, levando em consideração as doses de herbicidas e o estádio de desenvolvimento das plantas, nenhum tratamento apresentou forte efeito fitotóxico às plantas de C. canephora, entretanto é possível que os sintomas observados inicialmente podem incorrer em retardamento no desenvolvimento das plantas no campo e consequente redução na produtividade.

CONCLUSÃO

Todos os herbicidas avaliados apresentaram seletividade satisfatória as mudas de café conillon.

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TABELA 6 – Média do comprimento da raiz principal (COR), massa seca de raiz (MSR) e massa seca da parte aérea (MSC) de mudas de café (C. canephora) submetidas à aplicação de herbicidas. Alta Floresta – MT. 2006.

Variáveis analisadas Tratamentos

COR (cm) MSR (g) MSC (g)

Bentazon 17,8a 2,60a 1,22a

Oxyfluorfen 20,4a 2,98a 1,63a

Haloxyfop-methyl 16,5a 3,17a 1,59a

Imazethapyr 15,8a 3,25a 1,28a

Fomesafen 16,8a 2,43a 1,25a

Lactofen 19,1a 2,89a 1,74a

Testemunha 17,5a 2,69a 1,32a

C.V. (%) 21,04 26,87 16,08

* Médias seguidas por mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste Scott-Knott a 5% de probabilidade.

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Recebido em 21/07/2008 Aceito em 13/01/2009

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