Osmar Reis Azevedo
Pós-graduação nas áreas tributária e contábil,
professor-palestrante e consultor tributário, co-autor dos livros: Manual Prático de Retenções na Fonte e
Sociedades Cooperativas/Entidades sem fi ns lucrativos.
MANUAL DO
SIMPLES NACIONAL
ME – EPP
Leis Complementares nº 123/06 e nº 127/07 – comentários práticos
Seção II. Das Responsabilidades do Banco Central do Brasil 226 Seção III. Das Condições de Acesso aos Depósitos Especiais do
Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT 227
Capítulo X. Do Estímulo à Inovação 227
Seção I. Disposições Gerais 227
Seção II. Do Apoio à Inovação 228
Capítulo XI. Das Regras Civis e Empresariais 229
Seção I. Das Regras Civis 229
Subseção I. Do Pequeno Empresário 229
Seção II. Das Deliberações Sociais e da Estrutura Organizacional 232
Seção III. Do Nome Empresarial 233
Seção IV. Do Protesto de Títulos 234
Capítulo XII. Do Acesso À Justiça 235
Seção I. Do Acesso aos Juizados Especiais 235 Seção II. Da Conciliação Prévia, Mediação e Arbitragem 237 Capítulo XIII. Do Apoio e da Representação 238 Capítulo XIV. Disposições Finais e Transitórias 238 Anexos da Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006 254 PARTE III. TABELA DE ATIVIDADES IMPEDIDAS AO SIMPLES
NACIONAL 263
PARTE IV. TABELA DE ATIVIDADES PERMITIDAS AO SIMPLES
NACIONAL 281
PARTE V. LUCRO PRESUMIDO x SIMPLES NACIONAL 293
PARTE VI. TRATAMENTO ICMS, ISS, TRABALHISTA,
PREVI-DENCIÁRIO 309
PARTE VII. ÍNDICE REMISSIVO DOS ARTIGOS – ORDEM
ALFA-BÉTICA 343
PARTE VIII. LEGISLAÇÃO (ÍNTEGRA DAS NORMAS) 359
Mensagem nº 1.098, de 14.12.2006 363 Decreto nº 6.038, de 07.2.2007 372 Lei Complementar nº 127, de 14.8.2007 376 Resolução CGSN nº 1, de 19.3.2007 381 Resolução CGSN nº 2, de 25.4.2007 389 Resolução CGSN nº 3, de 28.5.2007 390 Resolução CGSN nº 4, de 30.5.2007 391 Resolução CGSN nº 5, de 30.5.2007 407 Resolução CGSN nº 6, de 18.6.2007 468 Resolução CGSN nº 7, de 18.6.2007 482 Resolução CGSN nº 8, de 18.6.2007 484 Resolução CGSN nº 9, de 18.6.2007 485 Resolução CGSN nº 10, de 28.6.2007 487 Resolução CGSN nº 11, de 23.7.2007 492 Resolução CGSN nº 12, de 23.7.2007 498 Resolução CGSN nº 13, de 23.7.2007 499 Resolução CGSN nº 14, de 23.7.2007 501 Resolução CGSN nº 15, de 23.7.2007 504 Resolução CGSN nº 16, de 30.7.2007 510 Resolução CGSN nº 17, de 08.8.2007 512 Resolução CGSN nº 18, de 10.8.2007 513 Resolução CGSN nº 19, de 13.8.2007 515 Resolução CGSN nº 20, de 15.8.2007 517 Resolução CGSN nº 21, de 17.8.2007 532 Resolução CGSN nº 22, de 23.8.2007 533 Resolução CGSN nº 23, de 13.11.2007 534 Resolução CGSN nº 24, de 20.12.2007 535 Resolução CGSN nº 25, de 20.12.2007 537 Resolução CGSN nº 26, de 20.12.2007 538 Resolução CGSN nº 27, de 28.12.2007 542
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Revisão Augusto Iriarte e Fábio Luiz de Carvalho Capa Deborah Mattos
Diretor responsável Marcelo Magalhães Peixoto
A988m A988m
Azevedo, Osmar Reis Azevedo, Osmar Reis
Manual do Simples Nacional ME - EPP: Lei Com-plementar nº 123/06 e 127/07: comentários práticos / Osmar Reis Azevedo. - São Paulo : MP Ed., 2007. Inclui bibliografi a
ISBN 978-85-98848-68-6 ISBN 978-85-98848-68-6
1. Brasil. [Lei n. 123, de 14 de dezembro de 2006]. 2. Brasil. [Lei n. 127, de 14 de agosto de 2007]. 3. Pequenas e médias empresas - Impostos - Legislação. 4. Simples (Imposto) - Manuais, guias, etc. I. Título.
07-3833. CDU: 34:336.22:65.017.3/.32
AGRADECIMENTOS
Ao plano espiritual por tornar realidade uma obra ao alcance dos profi ssionais.
Ao Dr. Marcelo Magalhães Peixoto, presidente da Associação Paulista de Estudos Tributários (APET), que acreditou e possibili-tou que essa obra fosse colocada à disposição dos profi ssionais.
A minha esposa Cibelê, meus fi lhos, Cliciê e Reinan, minha ne-tinha, Maria Luisa, que unifi cam a razão do meu viver e minha felicidade.
Aos meus pais e sogros, que me incentivaram durante minha caminhada.
Aos meus diretores, gerentes, chefes e colegas profi ssionais, que viabilizaram o meu desenvolvimento profi ssional.
À equipe de profi ssionais da área editorial da MP Editora e APET.
SUMÁRIO
PARTE I - INTRODUÇÃO 7
PARTE II. COMENTÁRIOS 13
Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006 – DOU 1 de 15.12.2006 13
Capítulo I. Disposições Preliminares 13
Capítulo II. Da Defi nição de Microempresa e de Empresa de
Pequeno Porte 16
Capítulo III. Da Inscrição e da Baixa 36
Capítulo IV. Dos Tributos e Contribuições 43
Seção I. Da Instituição e Abrangência 43
Seção II. Das Vedações ao Ingresso no Simples Nacional 78 Seção III. Das Alíquotas e Base de Cálculo 109 Seção IV. Do Recolhimento dos Tributos Devidos 166 Seção V. Do Repasse do Produto da Arrecadação 174
Seção VI. Dos Créditos 175
Seção VII. Das Obrigações Fiscais Acessórias 176 Seção VIII. Da Exclusão do Simples Nacional 187
Seção IX. Da Fiscalização 201
Seção X. Da Omissão de Receita 205
Seção XI. Dos Acréscimos Legais 205
Seção XII. Do Processo Administrativo Fiscal 209
Seção XIII. Do Processo Judicial 210
Capítulo V. Do Acesso aos Mercados 211
Seção Unica. Das Aquisições Públicas 211
Capítulo VI. Da Simplifi cação das Relações de Trabalho 220 Seção I. Da Segurança e da Medicina do Trabalho 220
Seção II. Das Obrigações Trabalhistas 220
Seção III. Do Acesso à Justiça do Trabalho 221
Capítulo VII. Da Fiscalização Orientadora 222
Capítulo VIII. Do Associativismo 224
Seção Única. Do Consórcio Simples 224
Capítulo IX. Do Estímulo ao Crédito e à Capitalização 225
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PARTE I INTRODUÇÃO
Inicialmente, cumpre esclarecer que o presente trabalho tem por objetivo orientar o profi ssional e empresário sobre aplicação operacional da legislação que rege o Estatuto da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, utilizando, na medida do possível, uma linguagem não-técnica, para melhor compreensão do leitor. Passamos longe de tecer qualquer crítica, ainda que construtiva, sobre o Estatuto, pois a experiência demonstra três aspectos:
a) o tempo dirá quem está falando a verdade sobre o novo sistema tributário unifi cado.
b) convivemos dez anos com a Lei nº 9.317/96 (Simples Federal) e acabamos por nos habituar e adaptar a esse sistema, mas, infelizmente, sem avan-çar nele ou aperfeiçoá-lo. Se existem algumas não-conformidades no novo Estatuto, sejamos pró-ativos e procedamos às devidas alterações junto ao órgão maior que as aprovou. Será que “veremos novamente a banda passar” e esperaremos mais dez anos para aperfeiçoar esse sistema? Ou será que por meio do Comitê Gestor e Fórum Permanente, os quais foram criados justa-mente para não cairmos na inércia, “daqui para frente tudo será diferente”? Recentemente, o governo vem sinalizando que está atento e produzindo signifi cativos aperfeiçoamentos ao regime, a exemplo da publicação da LC nº 127/2007 e das Resoluções do Comitê Gestor.
c) importantíssimo lembrar que a LC nº 123/2006 não se resume ao campo tributário, contém avanços que merecem a atenção das ME’s e EPP’s, prin-cipalmente nos campos societário, licitação, crédito, trabalhistas, acesso à justiça, abertura e fechamento de empresa etc. Se por acaso, na esfera tribu-tária, fi car fi nanceiramente inviável, o profi ssional deverá verifi car e analisar se não é interessante adentrar ao regime da ME e EPP somente para gozar dos benefícios sociais.
Já passamos por algumas normas legais para a microempresa e empresa de pequeno porte: Lei nº 7.256/84, Lei nº 8.864/94, Lei nº 9.317/96 (Simples), Lei nº 9.841/99 e, recentemente, a LC nº 123, em dezembro de 2006.
A LC nº 123/06 consolidou duas disciplinas jurídicas anteriormente dispos-tas na Lei nº 9.317/96 (tratou dos aspectos tributários do Simples Federal) e a Lei nº 9.841/99 (anterior Estatuto da ME e da EPP, que cuidava do tratamento jurídico diferenciado e simplifi cado nos campos administrativo, tributário, pre-videnciário, trabalhista, creditício e de desenvolvimento empresarial).
Assim, o novo estatuto funde num só instrumento jurídico as regras dispostas em duas legislações (Leis nº 9.317/96 e nº 9.841/99), no âmbito da União, dos
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11 - Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sendo mais abrangente, porque,
além de oferecer um tratamento especial na apuração e recolhimento dos im-postos e contribuições, também trouxe tratamento diferenciado e favorecido na abertura e fechamento de empresa, no cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias e no acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associa-tivismo e às regras de inclusão, porém inegavelmente muito mais complexo.
Embora o estatuto seja único, vale lembrar que o Simples Nacional é regime tributário, enquanto o Estatuto da ME e da EPP é mais amplo, abrangendo facilidades não só tributárias, como também nas esferas societárias e de crédito, entre outros aspectos, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Doravante, passaremos a conviver com dois tipos de ME e EPP devidamente inscritas:
1. Aquela que goza de dois benefícios cumulativamente (benefício tributário e social):
1.1. Social: tratamento diferenciado nos aspectos societários, abertura e fecha-mento de empresa, acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à prefe-rência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão, dispensa de algumas burocracias trabalhistas (arts. 51 e 52); acesso à justiça do trabalho (art. 54); fi scalização orientadora (art. 55); acesso a crédito e ao mercado (art. 57); estímulo à inovação de um novo produto (art. 64); nome empresarial – ME e EPP (art. 72); protestos de títulos (art. 73); acesso à justiça – facilidade e agili-dade (arts. 74 e 75); baixa nos órgãos públicos (art. 78); parcelamento de débitos (art. 79) etc.
1.2. Tributário: regime unifi cado de pagamento de tributos e contribuições (Simples Nacional).
2. Aquela que goza somente dos benefícios listados no subitem 1.1, sem aces-so ao Simples Nacional (sistema de recolhimento unifi cado de tributos e contribuições).
Pode ocorrer de uma ME ou EPP gozar de um tratamento diferenciado e favorecido no campo não tributário (esferas societárias, inscrição de crédito, bu-rocracia, entre outros aspectos), sem estar inscrita no Simples Nacional. Nesse caso, recolherá todos os tributos e contribuições individualizados e normalmen-te, como faz uma pessoa jurídica com fi ns lucrativos, enquanto outras empresas gozam de duplos benefícios, alcançando os favorecimentos societários e o reco-lhimento unifi cado dos impostos e contribuições.
VIGÊNCIA
A atual legislação (LC nº 123/06) aplica-se imediatamente, desde 15.12.2006, a todos os aspectos gerais, exceto tributários. Para o campo tributário, esta en-trou em vigor desde 01.7.2007. Alerte-se, contudo, que, mesmo naqueles dispo-sitivos que têm vigência imediata, muitos temas por eles abrangidos dependem de disciplinamento por parte do Comitê Gestor das ME e EPP, que dispõem de seis meses para expedir instruções necessárias à execução da lei (LC 123/06, art. 77). A Lei Complementar nº 127/07 promoveu diversas alterações na Lei Com-plementar nº 123/06, que instituiu o Regime Especial Unifi cado de Arrecadação de Tributos e Contribuições (Simples Nacional), entre as quais destacam-se:
1. “Transporte Municipal de Passageiros” e “Demais Serviços” - INSS/Pa-tronal: passa a tributar pelo Anexo III, desde 01. 7.2007; por conseguinte, o INSS/Patronal fi ca unifi cado no regime do Simples Nacional para a atividade de Transporte Municipal de Passageiros, bem como para os demais serviços não
su-jeitos à vedação expressa (§ 2º do art. 17 da LC nº 123/2006), que anteriormente
deveriam contribuir com o INSS/patronal, em guia à parte.
2. Demais serviços não impedidos: em relação aos demais serviços não sujeitos
à vedação expressa não mais se exige que se trate de sociedades que se dediquem
exclusivamente à prestação do serviço. Assim, desde que o serviço não esteja expressamente vedado, a empresa poderá praticá-lo concomitantemente com o comércio ou a atividade industrial, sem prejudicar sua opção pelo regime tribu-tário. Os “demais serviços” passam a ser tributados pelo Anexo III da LC nº 123 (antes Anexo V).
3. Vedações ao Simples Nacional: continuam proibidas de optar pelo Simples Nacional a produção ou venda no atacado de bebidas alcoólicas, bebidas tribu-tadas pelo IPI com alíquota específi ca, cigarros, cigarrilhas, charutos, fi ltros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes.
A vedação referente à produção ou venda no atacado de outros produtos tri-butados pelo IPI com alíquota ad valorem superior a 20% (vinte por cento) ou com alíquota específi ca foi excluída do inciso X do art. 17 da LC 123 de 2006.
4. Transporte Intermunicipal e Interestadual de Cargas: a atividade de presta-ção de serviços de transportes intermunicipais e interestaduais até 31.12.2007 é tributada pelo Anexo V, recolhendo à parte a contribuição do INSS/patronal. A partir de 01.1.2008, passará a ser tributada pelo Anexo III, onde o INSS/patronal
já está unifi cado no sistema, deduzida a parcela correspondente ao ISS e acrescida a parcela correspondente ao ICMS prevista no Anexo I.
5. Exclusão de ofício – novas situações: foram acrescidas à lista de exclusões de ofício do Simples Nacional mais duas hipóteses: a) a falta de emissão de do-cumento fi scal em conformidade com as normas expedidas pelo Comitê Gestor e b) a omissão da folha de pagamento da empresa ou de documento de informa-ções previsto pela legislação previdenciária, trabalhista ou tributária, segurado
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13 empregado, trabalhador avulso ou contribuinte individual que lhe preste serviço.
Para ambos os casos, a exclusão produzirá efeitos a partir do próprio mês em que incorridas, impedindo a opção pelo Simples Nacional pelos próximos 3 (três) anos-calendário seguintes.
6. Parcelamento de débitos: ampliação da abrangência dos débitos passíveis de inclusão no parcelamento especial, em até 120 prestações mensais, para fa-tos geradores ocorridos até 31.5.2007. Anteriormente, a LC nº 123/06, art. 79, permitia somente para os débitos relativos aos fatos geradores ocorridos até 31.1.2006.
7. Prorrogação do pagamento: prorrogação, excepcionalmente para os fatos geradores ocorridos em julho de 2007, do vencimento do Documento de Arre-cadação do Simples Nacional (DAS) para 31.8.2007 (anteriormente esse prazo era 15.8.2007).
8. Empresas excluídas do Simples Federal: as microempresas e empresas de pequeno porte que em 30.6.2007 se enquadravam no regime do Simples (Lei nº 9.317/96) e não ingressaram no Simples Nacional terão que optar pelo recolhi-mento do IRPJ e da CSL na forma do lucro real, trimestral ou anual, ou do lucro presumido. A opção pela tributação com base no lucro presumido dar-se-á pelo pagamento, no vencimento, do IRPJ e da CSL devidos, correspondente ao 3º trimestre de 2007 e, no caso do lucro real anual, com o pagamento do IRPJ e da CSLL relativos ao mês de julho de 2007 com base na estimativa mensal.
9. Empresário individual: revogado o art. 53 da LC nº 123/06, que tratava de tratamento diferenciado relativo à contribuição sindical, a contribuições des-tinadas a terceiros, contribuição social do salário-educação, contribuição previ-denciária do empresário individual e contribuições sociais instituídas pelos arts. 1º e 2º da Lei Complementar nº 110/01.
10. Códigos Específi cos: revogada disposição que tratava do recolhimento do Simples Nacional em códigos específi cos de acordo com o tipo da receita.
O Ministério do Trabalho, a SRF, a Secretaria da Receita Previdenciária, Estados e Municípios implementarão os demais atos necessários à integral aplica-ção da LC 123/06, até 15.12.2007 (art. 77, § 1º).
As pessoas jurídicas que estiverem, em 01.7.2007, regularmente inscritas no Simples e não exercerem atividade vedada pela legislação do Simples Nacional se-rão consideradas inscritas no Simples Nacional automaticamente (art. 16, § 4º). A SRF informa que a opção pelo atual sistema (Simples Federal) só valerá até 30.6.2007. A partir de 01.7.2007, entrará em vigor a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas (Simples Nacional).
Foi publicado no DOU de 15.8.2007 a Lei Complementar nº 127 que altera o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, trazendo avanço e aperfeiçoamento nos campos tributário e social.
PARTE II COMENTÁRIOS
(comentado por artigo, com indicação dos artigos correlacionados e legislação)
LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14.12.2006 – DOU 1 DE 15.12.2006
Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis nos 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, da Lei no 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis nos 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei Complementar:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento di-ferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-pios, especialmente no que se refere:
I – à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias;
II – ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obriga-ções acessórias;
III – ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão.
§ 1º Cabe ao Comitê Gestor de que trata o inciso I do caput do art. 2º desta Lei Com-plementar apreciar a necessidade de revisão dos valores expressos em moeda nesta Lei Complementar.