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PROSPECTO COMPLETO FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CAIXAGEST ESTRATÉGIAS ALTERNATIVAS. 29 de Outubro de 2004

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PROSPECTO COMPLETO

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO

CAIXAGEST ESTRATÉGIAS ALTERNATIVAS

29 de Outubro de 2004

A autorização do Fundo significa que a CMVM considera a sua constituição conforme com a legislação aplicável, mas não envolve da sua parte qualquer garantia ou responsabilidade quanto à suficiência, veracidade, objectividade ou actualidade da informação prestada pela entidade gestora neste prospecto, nem qualquer juízo sobre a qualidade dos valores mobiliários que integram o património do Fundo.

Aconselha-se a que a leitura do presente Prospecto seja acompanhada do Glossário que se encontra em Anexo no final deste documento.

(2)

INDICE

PARTE I

REGULAMENTO DE GESTÃO DO FUNDO

3

CAPÍTULO I INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O FUNDO, A ENTIDADE GESTORA E

OUTRAS ENTIDADES 3 1. O Fundo 3 2. A Entidade gestora 3 3. Entidades Subcontratadas 4 4. O Depositário 4 5. A Entidade Colocadora 4

CAPÍTULO II POLÍTICA DE INVESTIMENTO DO PATRIMÓNIO DO FUNDO / POLÍTICA

DE RENDIMENTOS 5

1. Política de investimento do Fundo 5

2. Derivados, Reportes e Empréstimos 9

3. Valorização dos activos 9

4. Exercício dos Direitos de Voto 10

5. Comissões e encargos a suportar pelo Fundo 10

6. Política de rendimentos 11

CAPÍTULO III UNIDADES DE PARTICIPAÇÃO E CONDIÇÕES DE SUBSCRIÇÃO E DE

RESGATE 12

1. Características gerais das unidades de participação 12

2. Valor da unidade de participação 12

4. Condições de subscrição e de resgate 13

5. Condições de resgate 14

CAPÍTULO IV DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS PARTICIPANTES 15

CAPÍTULO V CONDIÇÕES DE LIQUIDAÇÃO DO FUNDO E DE SUSPENSÃO DA EMISSÃO

E RESGATE DE UNIDADES DE PARTICIPAÇÃO 16

1. Liquidação do Fundo 16

2. Suspensão da emissão e do resgate das unidades de participação 16

PARTE II

INFORMAÇÃO EXIGIDA NOS TERMOS DO ANEXO II

PREVISTO NO ARTIGO 64º DO REGIME JURÍDICO DOS

FUNDOS APROVADO PELO DECRETO-LEI 252/2003, DE 17 DE

OUTUBRO

17

CAPÍTULO I OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE A ENTIDADE GESTORA E OUTRAS

ENTIDADES 17

1. Outras informações sobre a Entidade gestora 17

2. Consultores de Investimento 19

3. Auditor do Fundo 19

4. Autoridade de Supervisão do Fundo 19

CAPÍTULO II DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO 20

1. Valor da unidade de participação 20

2. Admissão à negociação 20

3. Consulta da Carteira do Fundo 20

4. Documentação do Fundo 20

5. Contas do Fundo 20

CAPÍTULO III EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS RESULTADOS DO FUNDO 21

CAPÍTULO IV PERFIL DO INVESTIDOR A QUE SE DIRIGE O FUNDO 21

CAPÍTULO V REGIME FISCAL 22

1. No que ao Fundo respeita 22

2. No que ao participante respeita 22

(3)

PARTE I

REGULAMENTO DE GESTÃO DO FUNDO

CAPÍTULO I

INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O FUNDO, A ENTIDADE

GESTORA E OUTRAS ENTIDADES

1. O Fundo

O Fundo, denomina-se Fundo Especial de Investimento Caixagest Estratégias Alternativas e constitui-se como Fundo Especial de Investimento (OEI) aberto de duração indeterminada e com subscrições e resgates com periodicidade mensal.

A constituição do Fundo foi autorizada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários em 29 de Outubro de 2004 e inicia a sua actividade em 22 de Novembro de 2004.

2. A Entidade gestora

O Fundo é administrado pela CAIXAGEST - Técnicas de Gestão de Fundos S.A., com sede em Av. João XXI, nº 63, 2º, 1000-300 Lisboa.

A entidade gestora é uma sociedade anónima, cujo capital social, inteiramente realizado é de 9.300.000 Euros.

A entidade gestora constituiu-se em 23 de Outubro de 1990 e encontra-se registada na CMVM como intermediário financeiro autorizado desde 29 de Junho de 1991. A entidade gestora integrou a INVESTIL - Sociedade Gestora de Fundos, S.A., em 28 de Junho de 2001.

No exercício da sua actividade, enquanto representante legal dos participantes, a entidade gestora actua no interesse exclusivo dos participantes de acordo com critérios de elevada diligência e competência profissional e responde solidariamente com o depositário perante os participantes pelo cumprimento das obrigações contraídas nos termos da lei e deste prospecto.

No exercício das suas funções, compete à entidade gestora, designadamente:

a) Praticar os actos e operações necessárias à boa concretização da política de investimento, em especial:

- Seleccionar os activos para integrar o Fundo;

- Adquirir e alienar os activos do Fundo, cumprindo as formalidades necessárias para a válida e regular transmissão dos mesmos;

- Exercer os direitos relacionados com os activos do Fundo; b) Administrar os activos do Fundo, em especial:

- Prestar os serviços jurídicos e de contabilidade necessários à gestão do Fundo, sem prejuízo da legislação específica aplicável a estas actividades;

- Esclarecer e analisar as reclamações dos participantes;

- Avaliar a carteira e determinar o valor das unidades de participação e emitir declarações fiscais;

- Observar e controlar a observância das normas aplicáveis, dos documentos constitutivos do Fundo e dos contratos celebrados no âmbito do Fundo;

- Proceder ao registo dos participantes; - Distribuir rendimentos;

(4)

- Emitir e resgatar unidades de participação;

- Efectuar os procedimentos de liquidação e compensação, incluindo enviar certificados; - Conservar os documentos.

c) Comercializar as unidades de participação dos Fundos que gere.

3. Entidades Subcontratadas Não aplicável

4. O Depositário

A entidade depositária dos valores mobiliários do Fundo é a Caixa Geral de Depósitos, com sede Av. João XXI, nº 63, 1000-300 Lisboa e encontrado-se registada na CMVM como intermediário financeiro desde 29 Junho de 1991.

Obrigações/funções da entidade depositária:

- Guardar os activos do Fundo;

- Receber em depósito ou inscrever em registo os activos do Fundo;

- Efectuar todas as aquisições, alienações ou exercício de direitos relacionados com os activos do Fundo de que a entidade gestora o incumba, salvo se forem contrários à lei, aos regulamentos ou documentos constitutivos;

- Assegurar que nas operações relativas aos activos que integram o Fundo a contrapartida lhe seja entregue nos prazos conformes à prática do mercado;

- Verificar a conformidade da situação e de todas as operações sobre os activos do Fundo com a lei, os regulamentos e os documentos constitutivos;

- Pagar aos participantes os rendimentos das unidades de participação e o valor do resgate; Elaborar e manter actualizada a relação cronológica de todas as operações realizadas para o Fundo;

- Elaborar mensalmente o inventário discriminado dos valores à sua guarda e dos passivos do Fundo;

- Fiscalizar e garantir perante os participantes o cumprimento da lei, dos regulamentos e dos documentos constitutivos do Fundo, designadamente no que se refere à política de investimentos, à aplicação dos rendimentos do Fundo e, ao cálculo do valor, à emissão, ao resgate e ao reembolso das unidades de participação.

5. A Entidade Colocadora

A entidade responsável pela colocação das unidades de participação do Fundo junto dos participantes é a Caixa Geral de Depósitos S.A., com sede Av. João XXI, nº 63, 1000-300 Lisboa;

O Fundo é comercializado em todas as agências da Caixa Geral de Depósitos e através da Internet, nos sites https://caixadirecta.cgd.pt para os clientes que tenham aderido a este serviço.

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CAPÍTULO II

POLÍTICA DE INVESTIMENTO DO PATRIMÓNIO DO FUNDO /

POLÍTICA DE RENDIMENTOS

1. Política de investimento do Fundo

1.1 Política de Investimento

Sendo um Fundo Especial de Investimento o seu património será composto por valores mobiliários, nomeadamente, fundos imobiliários, hedge funds (fundos singlemanager e single strategy) e fundos de hedge funds (fundos multimanager e multiestratégia). A política de gestão do Fundo está orientada para a obtenção de rendibilidades independentes da evolução dos principais mercados financeiros, através de uma carteira de investimentos alternativos.

O Fundo tem uma política de investimento flexível, em função da análise dos mercados, a sociedade gestora determinará em cada momento, o peso do investimento nos fundos imobiliários, hedge funds e fundos de hedge funds seleccionados, por forma a prosseguir os objectivos definidos.

Os hedge funds e fundos de hedge funds não representarão mais de 60% do valor líquido global do Fundo. Em média, a carteira terá um padrão de investimento repartido entre:

- Fundos imobiliários 50%

- Hedge funds 45%

- Liquidez 5%

Processo de selecção dos fundos

O processo de selecção dinâmica dos activos que compõem a carteira do Fundo tem início na escolha das entidades gestoras com base nos seguintes critérios:

- Entidade gestora: prestígio, reputação, acessibilidade e estrutura accionista. - Equipa de gestão: organização, dimensão, especialização e experiência.

- Activos geridos : tipologia de produtos e de estratégias, montantes e respectiva evolução. - Avaliação de desempenho: track record de rendibilidade e da rendibilidade ajustada ao risco. - Reporting: periodicidade e profundidade da informação prestada aos clientes.

- Processo de investimento: qualidade, experiência acumulada, sistematização e consistência. - Gestão do risco: qualidade, mecanismos de controlo e actuação, segregação e autonomia de

funções e risco operacional.

- Condições de comercialização: custos de gestão, mínimos de investimento e grau de liquidez. Em seguida, é efectuada a escolha dos valores mobiliários que optimizam a rendibilidade e o risco da carteira para o horizonte temporal pretendido.

A título acessório, o Fundo pode ainda investir em Bilhetes do Tesouro, Papel Comercial, Certificados de Depósito e Depósitos Bancários denominados em euros, na medida adequada para fazer face ao movimento normal de resgate de unidades de participação e a uma gestão eficiente do Fundo.

hedge funds

hedge funds são fundos cujas carteiras podem ser constituídas por acções, obrigações (de taxa fixa e

taxa variável), obrigações convertíveis, unidades de participação de fundos, opções, futuros financeiros e de commodities, warrants, forwards cambiais, instrumentos derivados OTC, acções

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preferenciais, entre outros, geridos por entidades gestoras, que se diferenciam pelo estilo de gestão alternativa que adoptam e pelo nível de risco que assumem.

Essas estratégias de gestão alternativa podem ser divididas em quatro grandes categorias (ver Glossário):

- Estratégias de Tendência de Mercado/Oportunista; - Event-Driven;

- Estratégias de Arbitragem;

- Multi estratégia - utilização simultânea das diversas estratégias.

Fundos imobiliários

No que respeita ao segmento imobiliário, o Fundo investirá maioritariamente em unidades de participação, ou outros valores mobiliários, cujo património reflicta a evolução do mercado imobiliário doméstico ou europeu. O investimento em mercados distintos do europeu terá sempre um carácter residual (ex.: América do Norte e Ásia).

Os valores mobiliários, em que o Fundo aplica o seu património, investem em imóveis com três finalidades principais:

- compra e venda;

- desenvolvimento de projectos de construção; - arrendamento.

A selecção dos fundos que poderão integrar a carteira de aplicações do Fundo procurará a combinação óptima das finalidades de investimentos ora expressas, visando diversificar o risco da carteira.

Os valores mobiliários, em que o Fundo aplica o seu património, investem em imóveis quer de uma forma diversificada entre segmentos (escritórios, retalho/comércio, armazéns/logística ou habitação) quer de uma forma concentrada - “mono-segmento” (ex: fundos de Escritórios). A selecção dos fundos que poderão integrar a carteira do Fundo procurará optimizar o binómio rendibilidade e risco entre os vários segmentos, evitando a excessiva concentração do Fundo num determinado segmento.

1.2. Mercados

O Fundo investirá o seu património em:

- fundos expostos ao mercado imobiliário, registados e supervisionados por entidades tutelares com sede na U.E.;

- hedge funds, prefencialmente sedeados na U.E. (Irlanda, Luxemburgo e França) e

acessoriamente, sedeados off-shore.

Na concretização da política de investimento, o Fundo pode subscrever fundos geridos pela própria entidade gestora ou por entidades em relação de domínio ou de Grupo com a entidade gestora, sem encargos adicionais para o participante, conforme disposto no ponto 5 do capítulo II.

Informa-se que o Fundo poderá investir, ainda que parcialmente, noutros fundos geridos pela entidade gestora e por outras entidades do Grupo (sem encargos adicionais para o participante, conforme disposto na Tabela de Custos) tornando-se devidas àquelas sociedades gestoras, por esse facto, comissões de gestão associadas ao volume de subscrições dos referidos fundos. Sendo a selecção de fundos motivada em exclusivo, pelo objectivo de obtenção do melhor desempenho do Fundo, atenta a sua política de investimentos, ficam por esta via salvaguardados os legítimos interesses dos investidores, afastando-se potenciais conflitos de interesses associados às relações de Grupo estabelecidas.

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1.3. Benchmark (Parâmetro de Referência)

Não aplicável.

1.4. Limites ao Investimento

- O Fundo não pode investir mais de 20% do seu valor líquido global em unidades de participação de um único Fundo;

- O Fundo não pode aplicar mais de 30% do seu valor líquido global em fundos geridos pela mesma sociedade gestora;

- O Fundo não pode aplicar mais de 20% do seu valor líquido global em hedge funds com mesmo tipo de estratégia;

- O Fundo não pode aplicar mais de 20% do seu valor líquido global em fundos de investimento imobiliário mono segmento;

- O Fundo não pode aplicar mais de 50% do seu valor líquido global em unidades de participação de fundos de investimento imobiliário fechados.

1.5. Características especiais do Fundo

O Fundo deve ser considerado como de elevado risco pelo facto de concentrar os investimentos num limitado número de activos e por investir em fundos com carácter fortemente especulativo: hedge

funds. Não é, por natureza, correlacionado com os tradicionais mercados de acções ou de obrigações,

pelo que pode registar perdas em momentos de valorização dos mercados accionistas e ganhos nos cenários contrários. O Fundo assume também os riscos associados ao investimento em mercados imobiliários.

O facto dos investimentos efectuados pelos fundos em que o Fundo investe serem muitas vezes pouco líquidos, de complexa avaliação e não se encontrarem admitidos à negociação em bolsa, leva a que o valor da unidade de participação apurado e utilizado para efeitos de subscrição e resgate pelos participantes possa comportar algum desfasamento face ao valor justo.

Os participantes não podem desmobilizar a qualquer altura o seu investimento no Fundo, podendo o prazo que medeia entre o pedido de resgate dirigido às entidades colocadoras e a correspondente disponibilização dos montantes devidos ir até a um máximo de dois meses.

A) Riscos Genéricos aos Fundos Imobiliários e Hedge Funds

Risco de Capital: Não existe qualquer garantia para o participante quanto à preservação do capital investido ou em relação à rendibilidade do seu investimento, pelo que existe um risco de perda de parte do investimento. Como forma de mitigação de parte deste risco, a sociedade gestora efectua uma rigorosa análise de cada um dos investimentos efectuados conforme descrito na política de investimentos, e diversifica as suas aplicações por diversos fundos e entidades gestoras.

Risco de Liquidez: Os fundos em que o Fundo investe caracterizam-se assim por terem liquidez reduzida, o que dificulta a desmobilização do investimento em qualquer altura e poderem, nos casos previstos nos respectivos prospectos mandar suspender as operações de resgate. Adicionalmente, o facto de Fundo poder investir em fundos fechados com horizontes temporais de investimento de longo prazo incrementa o risco de liquidez. Para mitigar ainda este risco, o Fundo possui um prazo de pré-aviso de resgate de um a dois meses, uma reserva de liquidez, a possibilidade de financiar-se no mercado ou suspender temporariamente os resgates de unidades de participação.

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Cambial: O Fundo investe indirectamente em alguns activos não denominados em Euro, expondo-se deste modo ao risco de flutuações nas taxas de câmbio. Porém, dado que os investimentos serão maioritariamente efectuados na Zona Euro, o risco cambial é muito reduzido no total da carteira. Concentração de Investimentos: Ao concentrar os investimentos num limitado número de activos, o Fundo pode assumir algum risco de concentração de investimentos, contudo, a diversificação do risco é obtida indirectamente através dos investimentos efectuados pelos fundos subjacentes.

Político e Fiscal: O Fundo poderá estar indirectamente exposto ao risco de instabilidade política ou de alteração das condições fiscais.

B) Riscos Específicos dos hedge funds

Os hedge funds caracterizam-se por seguirem estratégias de investimento muito específicas nos mercados financeiros, utilizando instrumentos e técnicas financeiras complexas e pouco acessíveis aos investidores individuais. Para além dos riscos anteriormente referidos, estes fundos poderão estar ainda expostos aos riscos de venda a descoberto (short selling), de alavancagem (leverage), aos riscos de taxa de juro e de crédito e ao risco regulamentar.

Regulamentar: Alguns dos hedge funds encontram-se sediados em zonas geográficas onde a regulamentação é menos exigente do que na U.E., resultando daqui uma muito menor protecção dos investidores. Essa menor protecção traduz-se, por exemplo:

- na falta de controle sobre as actividades dos gestores desses fundos, nomeadamente em termos da conformidade dos investimentos com a política de investimentos definida; - na falta de supervisão prudencial e de monitorização dos riscos potenciais que, em caso de

evolução adversa dos mercados, podem resultar para os investidores e para os mercados em geral;

- na impossibilidade de prevenir fraudes e outros actos ilícitos.

Alavancagem (Leverage): Os hedge funds podem recorrer à alavancagem para potenciar eventuais ganhos, numa percentagem superior a 100%. A técnica de alavancagem das posições assumidas por cada um dos fundos, tendem a ampliar os ganhos, mas também as perdas, no caso de evolução adversa dos mercados relevantes. Essa alavancagem pode ser conseguida:

- através do recurso a empréstimos junto de instituições de crédito para aquisição dos instrumentos financeiros;

- através da utilização de instrumentos derivados;

- utilizando vendas a descoberto, que permitem registar ganhos quando os mercados financeiros se desvalorizam e perdas que podem ser significativas, caso esses mercados apresentem uma evolução posit iva.

Venda a descoberto (Short Selling): Alguns dos hedge funds poderão recorrer à técnica de venda a descoberto. Neste caso, o Fundo fica indirectamente exposto ao risco dos activos sobre os quais foi efectuada uma venda a descoberto, subirem em preço, resultando em perdas para o Fundo.

Taxa de Juro: Os hedge funds podem comprar obrigações ou outros instrumentos de dívida de taxa fixa. O valor destes instrumentos varia positiva ou negativamente consoante os níveis e a evolução das taxa de juro de mercado.

Crédito: Os hedge funds não impõem uma notação de risco de credito mínima para os seus investimentos, podendo comprar instrumentos de entidades com menor capacidade de cumprir com as suas responsabilidades e operar em mercados OTC, nos quais tipicamente não existe uma avaliação da qualidade do risco de contraparte.

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O risco associado ao investimento em mercados imobiliários resulta de vários factores, tais como: - variação dos preços dos imóveis que integram aqueles;

- qualidade e diversificação da carteira de imóveis; - sectores de actividade económica;

- localização geográfica;

- qualidade dos inquilinos, quando se tratar de investimento para arrendamento.

Todos os riscos enunciados são mitigados pelo elevado grau de diversificação atingido através do investimento em outros fundos, já por si diversificados e pela prática de uma rigorosa análise de cada um dos investimentos efectuados, conforme descrito detalhadamente no ponto referente à política de investimento do presente Prospecto.

2. Derivados, Reportes e Empréstimos

O Fundo não utilizará futuros ou derivados, na implementação da sua estratégia de investimento. No entanto, o Fundo poderá efectuar swaps cambiais para efeitos de cobertura de risco cambial, dentro das condições e limites definidos em Regulamento pela CMVM.

O Fundo por princípio não se endividará, excepto para efeitos de gestão de tesouraria, podendo, nesse caso, a sociedade gestora contrair empréstimos por conta do Fundo, pelo prazo máximo de 240 dias, seguidos ou interpolados, num período de 1 ano e até ao limite de 20% do valor global do Fundo.

3. Valorização dos activos

3.1. Momento de referência da valorização

O valor da unidade de participação é calculado mensalmente ao dia 21 (ou no dia útil anterior, no caso de não ser um dia útil) e determina-se pela divisão do valor líquido global do Fundo pelo número de unidades de participação em circulação. O valor líquido global do Fundo é apurado deduzindo à soma dos valores que o integram, o montante de comissões e encargos suportados até ao momento da valorização da carteira.

O momento de referência para a determinação dos preços aplicáveis e da composição da carteira, tendo em vista o cálculo do valor da unidade de participação a divulgar no dia útil seguinte, ocorrerá às 17 horas (hora de Portugal continental).

3.2. Regras de valorimetria e cálculo do valor da UP

A valorização dos activos integrantes do património do Fundo e o cálculo do valor da unidade de participação são efectuados de acordo com as normas legalmente estabelecidas, observando-se o seguinte:

a) Os hedge funds e os fundos imobiliários são ambos valorizados ao valor da unidade de participação difundido através da Reuters, Bloomberg ou Euronext.

b) Na impossibilidade de aplicação do referido na alínea anterior, a entidade gestora recorre à valorização divulgada pelas respectivas sociedades gestoras das unidades de participação dos fundos integrantes, através de correio electrónico, fax ou carta, consoante o meio estabelecido com cada uma delas.

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c) Para a valorização de contratos forwards cambiais, serão considerados para o apuramento do seu valor, a respectiva taxa de câmbio spot, as taxas de juro a prazo das respectivas moedas e o prazo remanescente do contrato.

d) Os outros valores representativos de dívida, incluindo bilhetes de tesouro, papel comercial, certificados de depósito e depósitos bancários emitidos por prazos inferiores a um ano, na falta de preços de mercado, serão valorizados com base no reconhecimento diário do juro inerente à operação. § Considerando que uma parte dos fundos em que o Fundo investe também divulgam, em regra, mensalmente, o valor das respectivas unidades de participação, tal poderá implicar, relativamente ao último valor disponibilizado, um desfasamento não superior a aproximadamente 20 dias.

4. Exercício dos Direitos de Voto Não aplicável

5. Comissões e encargos a suportar pelo Fundo

Custos % da Comissão

Imputáveis directamente ao participante:

Comissão de Subscrição 0%

Comissão de Resgate prazo superior a 365 dias 0% prazo inferior a 365 dias 1,5% Imputáveis directamente ao Fundo:

Comissão de Gestão fixa 0.90% / ano

Comissão de Depósito fixa 0.60% / ano

Taxa de Supervisão 0.03‰ / mês

5.1. Comissão de gestão

A título de remuneração de serviços a si prestados, o Fundo pagará à entidade gestora, uma comissão nominal fixa anual de 0,90%, calculada mensalmente, calculada mensalmente na data de valorização do Fundo, sobre o valor do património líquido do Fundo (excluindo o valor investido em unidades de participação de fundos geridos pela entidade gestora ou por outras entidades em relação de domínio ou de Grupo), sendo liquidada mensal e postecipadamente.

§ Durante o período compreendido entre a data de constituição do Fundo e o dia 22 de Dezembro de 2004, o fundo não pagará comissão de gestão.

5.2 Comissão de depósito

A título de remuneração de serviços a si prestados, o Fundo pagará à entidade depositária, uma comissão nominal fixa anual de 0,60%, calculada mensalmente na data de valorização do Fundo, sobre o valor do património líquido do Fundo (excluindo o valor investido em unidades de

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participação de fundos geridos pela entidade gestora ou por outras entidades em relação de domínio ou de Grupo), sendo liquidada mensal e postecipadamente.

§ Durante o período compreendido entre a data de constituição do Fundo e o dia 22 de Dezembro de 2004, o fundo não pagará comissão de depósito.

5.3 Outros encargos

Para além dos encargos de gestão e de depósito, o Fundo suportará os encargos decorrentes das transacções de valores efectuadas por sua conta, no quadro da política de investimentos estabelecida no presente Prospecto, designadamente: taxas de corretagem, de realização de operações de Bolsa ou fora de Bolsa, encargos fiscais, bem como os custos de auditoria obrigatórios.

O Fundo suportará ainda, caso sejam devidas, as comissões de subscrição e de resgate das unidades de participação dos fundos seleccionados para o investimento.

O Fundo pagará à CMVM, uma taxa mensal, liquidada mensal e postecipadamente. Esta taxa é calculada sobre o mais recente valor líquido global apurado antes do final de cada mês.

Para além das comissões cobradas no âmbito do Fundo são cobradas ainda as comissões de gestão fixas nos fundos participados. A comissão máxima total cobrada ao Fundo é de 6,5% ao ano.

As comissões de gestão da maioria dos fundos integrantes da carteira do Fundo, tem uma componente fixa (variando entre 0% e 5% sobre o valor do património líquido, e em média 2%) e uma componente variável (variando entre 0% e 50% sobre a rendibilidade positiva anual, e em média 20%).

§ Não serão cobradas comissões, no caso de subscrições ou de resgates a efectuar pelo Fundo em fundos geridos por entidades que se encontrem em rela ção de domínio ou de Grupo com a entidade gestora, e, eventuais acordos sobre outros ganhos de natureza pecuniária, distintos dos ganhos decorrentes da política de investimentos do Fundo revertem obrigatoriamente para o Fundo.

6. Política de rendimentos

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CAPÍTULO III

UNIDADES DE PARTICIPAÇÃO E CONDIÇÕES DE

SUBSCRIÇÃO E DE RESGATE

1. Características gerais das unidades de participação

1.1 Definição

O património do Fundo é representado por partes, sem valor nominal, que se designam unidades de participação, as quais conferem direitos idênticos aos seus detentores.

1.2 Forma de representação

As unidades de participação revestem a forma escritural e não são fraccionadas para efeitos de subscrição e de resgate.

2. Valor da unidade de participação

2.1 Valor inicial

O valor da unidade de participação, para efeitos de constituição do Fundo foi de 5,00 €.

2.2 Valor para efeitos de subscrição

Os pedidos de subscrição recebidos durante o período de subscrição mensal são processados ao valor da unidade de participação conhecido e divulgado no dia 22 (ou no dia útil seguinte) do mês subsequente ao do pedido.

Os pedidos de subscrição recebidos após o período de subscrição mensal são processados ao valor da unidade de participação conhecido e divulgado no dia 22 (ou no dia útil seguinte) do 2º mês subsequente ao do pedido.

O pedido de subscrição é, portanto, efectuado a preço desconhecido podendo o subscritor ter de aguardar um ou dois meses, consoante os casos, para conhecer o valor da unidade de participação pelo qual foi efectuada a subscrição.

Cronograma:

Dia 22 de cada mês (ou dia útil anterior)

üFim da recolha dos pedidos de subscrição

Dia 23 de cada mês (ou dia útil seguinte)

üInício da recolha dos pedidos de subscrição para o próximo período subscrição

Dia 22 do mês seguinte (ou dia útil seguinte)

üLiquidação financeira e atribuição do nº de up’s aos clientes que agendaram subscrição até dia 22 do mês anterior

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Exemplos:

1. O cliente que solicitar a subscrição no dia 22 de Julho - terá o montante de subscrição debitado e efectivamente subscrito no dia 22 de Agosto, à cotação divulgada neste dia.

2. O cliente que solicitar a subscrição no dia 23 de Julho - terá o montante de subscrição debitado e efectivamente subscrito no dia 22 de Setembro, à cotação divulgada neste dia.

2.3 Valor para efeitos de resgate

Os pedidos de resgate recebidos durante o período de resgate mensal são processados ao valor da unidade de participação conhecido e divulgado no dia 22 (ou no dia útil seguinte) do mês subsequente ao do pedido, deduzido da comissão de resgate referida no ponto 5.1.

Os pedidos de resgate recebidos após o período de resgate mensal são processados ao valor da unidade de participação conhecido e divulgado no dia 22 (ou no dia útil seguinte) do 2º mês subsequente ao do pedido.

O pedido de resgate é, portanto, efectuado a preço desconhecido podendo o subscritor ter de aguardar um ou dois meses, consoante os casos, para conhecer o valor da unidade de participação pelo qual foi efectuado o resgate.

Cronograma:

Exemplos:

3. O cliente que solicitar o resgate no dia 22 de Julho - terá o montante de resgate creditado na sua conta bancária no dia 22 de Agosto, à cotação divulgada neste dia.

4. O cliente solicita o resgate no dia 23 de Julho - o montante de resgate creditado sua conta bancária no dia 22 de Setembro, à cotação divulgada neste dia.

3. Período mensal de agendamento de subscrições e resgates

O período de subscrição e de resgate mensal em todos os canais de comercialização decorre até às 16h30m (hora de Portugal Continental) do dia 22 de cada mês.

4. Condições de subscrição e de resgate Dia 22 de cada mês

(ou dia útil anterior)

üFim da recolha dos pedidos de resgate

Dia 23 de cada mês (ou dia útil seguinte)

üInício da recolha dos pedidos de resgate para o próximo período de resgate

Dia 22 do mês seguinte (ou dia útil seguinte)

üLiquidação do resgate aos clientes ao valor da UP desse dia, dos pedidos recolhidos até dia 22 do mês anterior

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4.1. Mínimos de subscrição

O número mínimo de unidades de participação estabelecido para a subscrição é o correspondente ao maior número inteiro resultante da divisão de 15.000 Euros pelo preço de subscrição unitário. Subscrições subsequentes poderão ser efectuadas por um valor mínimo correspondente ao maior número inteiro resultante da divisão de 500 Euros pelo preço de subscrição unitário. O saldo mínimo de unidades de participação deverá ser sempre superior ao mínimo de subscrição inicial.

4.2. Comissões de subscrição

Não existem comissões de subscrição.

4.3. Data da subscrição efectiva

A emissão de unidades de participação subscritas durante o período de subscrição mensal realiza-se no dia 22 (ou no dia útil seguinte) do mês subsequente ao do pedido.

§ As subscrições efectuadas no período compreendido entre o início de comercialização do Fundo e o dia 21 de Novembro de 2004 serão realizadas em 22 de Novembro.

5. Condições de resgate

5.1 Comissões de resgate

No resgate de unidades de participação será cobrada ao participante uma comissão destinada a cobrir os custos de resgate. Esta comissão será deduzida do montante resgatado, variando em função dos prazos de detenção das unidades de participação, nos termos seguintes:

- 1,5% até 365 dias;

- 0,0% para prazos iguais ou superiores a 365 dias.

Quando o participante fôr um Fundo de Fundos administrado pela mesma entidade gestora não há lugar ao pagamento desta comissão.

Para efeitos de apuramento da comissão de resgate, é utilizado o método contabilístico FIFO (First In, First Out), ou seja, as unidades de participação subscritas em primeiro lugar são as primeiras a serem consideradas para efeitos de resgate.

O eventual aumento das comissões de resgate ou o agravamento das condições de cálculo da mesma só se aplicará aos participantes que adquiram essa qualidade após a sua autorização.

5.2. Pré -aviso de Resgate

O reembolso de unidades de participação resgatadas durante o período de resgate mensal realiza-se no dia 22 (ou no dia útil seguinte) do mês subsequente ao do pedido.

(15)

CAPÍTULO IV DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS PARTICIPANTES

Os participantes têm direito, nomeadamente a:

a) Receber o prospecto simplificado antes da subscrição do Fundo, qualquer que seja a modalidade de comercialização do Fundo;

b) Obter o prospecto completo, sem qualquer encargo, junto da entidade gestora, do depositário e das entidades colocadoras, qualquer que seja a modalidade de comercialização do Fundo;

c) Consultar os documentos de prestação de contas do Fundo, que serão enviados sem encargos aos participantes que o requeiram;

d) Subscrever e resgatar as unidades de participação nos termos da Lei e das condições constantes dos documentos constitutivos do Fundo;

e) Receber a sua quota parte do Fundo em caso de liquidação do mesmo;

f) Serem ressarcidos pela entidade gestora dos prejuízos sofridos, sem prejuízo do exercício do direito de indemnização que lhe seja reconhecido, nos termos gerais de direito, sempre que em consequência de erros imputáveis àquela ocorridos no processo de valorização e divulgação do valor da unidade de participação:

- a diferença entre o valor que deveria ter sido apurado de acordo com as normas aplicáveis no momento de cálculo do valor da unidade de participação e o valor efectivamente utilizado nas subscrições e resgates seja igual ou superior, em valor absoluto, a 0,5% do valor corrigido da unidade de participação e o prejuízo sofrido, por participante, seja superior a 5 Euros.

- o valor acumulado do erro fôr , em termos absolutos, igual ou superior a 0,5% do valor corrigido da unidade de participação apurado no dia da respectiva regularização e o prejuízo sofrido, por participante, seja superior a 5 Euros.

- que ocorram erros de imputação das operações de subscrição e resgate ao património do Fundos, designadamente pelo intempestivo processamento das mesmas.

g) Serem informados individualmente pela entidade gestora, no prazo máximo de 30 dias a contar da data da autorização da CMVM, das alterações ao regulamento gestão das quais resulte:

- Um aumento global de comissões de gestão e de depósito suportados pelo Fundo;

- A modificação significativa da política de investimentos como tal considerada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários;

- A modificação da polític a de distribuição de rendimentos;

- A substituição da entidade gestora, depositário ou alteração dos titulares da maioria do capital da entidade gestora;

h) Serem informados individualmente pela entidade gestora, com uma antecedência mínima de 30 dias, no caso de fusão por incorporação do Fundo;

i) Serem informados individualmente pela entidade gestora, imediatamente, no caso de dissolução do Fundo.

j) Resgatar as unidades de participação sem pagar a respectiva comissão, no caso de aumento global de comissões de gestão e de depósito suportados pelo Fundo ou no caso de modificação significativa da política de investimentos, até um mês após a entrada em vigor das alterações.

A subscrição de unidades de participação implica para os participantes a aceitação dos documentos constitutivos do Fundo e confere à entidade gestora os poderes necessários para realizar os actos de administração do Fundo.

(16)

CAPÍTULO V

CONDIÇÕES DE LIQUIDAÇÃO DO FUNDO E DE SUSPENSÃO

DA EMISSÃO E RESGATE DE UNIDADES DE PARTICIPAÇÃO

1. Liquidação do Fundo

Quando o interesse dos participantes o recomendar e caso o Fundo se encontre em actividade há mais de um ano, poderá a entidade gestora proceder à dissolução do Fundo. Esta decisão será imediatamente comunicada à CMVM, publicada e comunicada individualmente a cada participante, com a indicação do prazo previsto para a conclusão do processo de liquidação. O prazo de liquidação e pagamento aos participantes não poderá exceder em quinze dias úteis o prazo de resgate, salvo se a CMVM autorizar um prazo superior.

A decisão de liquidação determina a imediata suspensão das subscrições e resgates das unidades de participação do Fundo.

Os participantes não poderão exigir a liquidação ou partilha do Fundo.

2. Suspensão da emissão e do resgate das unidades de participação

1 – Esgotados os meios líquidos detidos pelo Fundo e o recurso ao endividamento, nos termos legal e regulamentarmente estabelecidos, quando os pedidos de resgate de unidades participação excederem, num período não superior a 5 dias, 10% do valor líquido global do Fundo, a entidade gestora pode suspender as operações de resgate.

2 – A suspensão do resgate pelo motivo previsto no número anterior não determina a suspensão simultânea da subscrição, mas a subscrição de unidades de participação só pode efectuar-se mediante declaração escrita do participante de que tomou conhecimento prévio da suspensão do resgate.

3 – Nos casos em que, por motivos de ordem técnica, não seja possível a uma entidade comercializadora assegurar o regular processamento de ordens de subscrição e resgate, efectuará todas as diligências conducentes ao processamento das mesmas, designadamente, canalizando as intenções de investimento para a entidade gestora ou para as outras entidades comercializadoras.

4 – Para além do estabelecido no n.º 1 e uma vez obtido o acordo do depositário, a entidade gestora comunica justificadamente à CMVM a decisão de suspensão das operações de emissão ou de resgate de unidades de participação quando ocorram situações excepcionais susceptíveis de porem em risco os legítimos interesses dos investidores, podendo a CMVM determinar o período dessa suspensão nas 48 horas seguintes.

5 – Caso seja autorizada a suspensão e fixado um prazo máximo para a sua duração, a entidade gestora divulga de imediato um aviso, em todos locais e meios utilizados para a comercialização e divulgação do valor das unidades de participação, informando o público sobre os motivos da suspensão e a sua duração.

6 – Sem prejuízo do disposto no n.º 8, a suspensão da emissão ou do resgate não abrange os pedidos que tenham sido apresentados até ao fim do dia anterior ao da entrada na CMVM do pedido a que se refere o n.º 4.

7 – A CMVM pode por sua iniciativa determinar a suspensão da emissão ou do resgate das respectivas unidades de participação nos termos previstos no artigo 77.º do Regime Jurídico dos Fundos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 252/2003, de 17 de Outubro, bem como determinar o respectivo levantamento da suspensão.

8 – A suspensão e o seu levantamento, determinada nos termos do número anterior, tem efeitos imediatos, aplicando-se a todos os pedidos de emissão e de resgate que no momento da notificação da CMVM à entidade gestora não tenham sido satisfeitos.

9 – O disposto no n.º 5 aplica-se, com as devidas adaptações, à suspensão determinada pela CMVM nos termos do n.º 7.

(17)

PARTE II

INFORMAÇÃO EXIGIDA NOS TERMOS DO ANEXO II PREVISTO

NO ARTIGO 64º DO REGIME JURÍDICO DOS FUNDOS APROVADO

PELO DECRETO-LEI 252/2003, DE 17 DE OUTUBRO

CAPÍTULO I

OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE A ENTIDADE GESTORA E

OUTRAS ENTIDADES

1. Outras informações sobre a Entidade gestora

Orgãos sociais:

Conselho de Administração

Presidente Caixa Geral de Depósitos S.A.

representada por João Eduardo de Noronha Gamito Faria

Administrador da Compª de Seguros Fidelidade Mundial S.A. Administrador da Caixa Gestão de Activos S.A.

Administrador da CGD Pensões S.G.F.P. S.A. Administrador Caixa Participações, S.G.P.S.

representada por Luis Miguel Saraiva Lopes Martins

Administrador da Caixa Gestão de Activos S.A. Administrador da CGD Pensões S.G.F.P. S.A. Administrador Caixa Gestão de Activos, S.A.

representada por Fernando Manuel Domingos Maximiano

Administrador da Fundimo S.G.F.I.I. S.A. Administrador António Francisco Araújo Pontes

Administrador da Caixa Gestão de Activos S.A. Administrador da CGD Pensões S.G.F.P. S.A. Administrador Vítor José Lilaia da Silva

Director da Caixa Geral de Depósitos S.A. Administrador Paulo Alexandre Ramos Vasconcelos

Director Financeiro da Compª de Seguros Fidelidade Mundial S.A. Administrador Jorge Humberto Correia Tomé

Administrador da Caixa – Banco de Investimento S.A. Orgão de Fiscalização

Fiscal Único Oliveira Rego & Associados S.R.O.C.

representada por Manuel Oliveira Rego – ROC

(18)

Mesa da Assembleia Geral

Presidente Caixa Geral de Depósitos S.A.

representada por Hernâni da Costa Loureiro

Vice-presidente Caixa Gestão de Activos, S.G.P.S., S.A.

representada por Salomão Jorge Barbosa Ribeiro

Secretário Caixa Participações S.G.P.S.

representada por António Pereira Grada Ferreira

Auditores

Deloitte & Touche Quality Firm – Serviços Profissionais de Auditoria e Consultoria S.A.

1.2 Accionistas

A CAIXA Gestão de Activos, S.G.P.S., S.A. é detentora de 100% do capital da entidade gestora, sendo aquela, por sua vez, detida a 100% pela Caixa Geral de Depósitos S.A..

1.3 Fundo Geridos

A Entidade gestora era responsável pela gestão dos seguintes Fundos em 30 de Junho de 2004:

Denominação Tipo VLGF em

106euros

Nº de participantes

CAIXAGEST TESOURARIA Tesouraria Euro 1.103,8 27.272

CAIXAGEST CURTO PRAZO Tesouraria Euro 357,5 45.987

CAIXAGEST MOEDA Tesouraria Euro 584,3 1.757

CAIXAGEST GESTÃO MONETÁRIA* Tesouraria Euro 24,1 126

POSTAL TESOURARIA Tesouraria Euro 10,2 1.379

CAIXAGEST RENDIMENTO Obrigações de Taxa Indexada Euro 1.035,0 53.999 CAIXAGEST RENDA MENSAL Obrigações de Taxa Indexada Euro 346,8 13.251 POSTAL RENDIMENTO Obrigações de Taxa Indexada Euro 1,7 342 CAIXAGEST OBRIGAÇÕES EURO Obrigações Taxa Fixa Euro 46,7 3.055 CAIXAGEST GESTÃO EUROBRIGAÇÕES* Obrigações Taxa Fixa Euro 30,1 153 POSTAL CAPITALIZAÇÃO Obrigações Taxa Fixa Euro 10,7 1.305

CAIXAGEST MULTIVALOR Misto 27,4 2.622

CAIXAGEST MAXIVALOR Misto 11,9 1.491

CAIXAGEST INVESTIMENTO Fundo de Fundos 59,7 3.990

CAIXAGEST INVESTIMENTO II Fundo de Fundos 50,9 3.023

POSTAL GESTÃO GLOBAL Fundo de Fundos 0,6 99

CAIXAGEST ACÇÕES PORTUGAL Acções Nacionais 84,7 7.917 CAIXAGEST GESTÃO LUSOACÇÕES* Acções Nacionais 3,3 68

POSTAL ACÇÕES Acções Nacionais 6,0 755

CAIXAGEST ACÇÕES EUROPA Acções da União Europeia 84,4 5.611 CAIXAGEST GESTÃO EUROACÇÕES* Acções da União Europeia 26,7 191 CAIXAGEST ACÇÕES EUA Acções Norte-americanas 45,1 4.048 CAIXAGEST GESTÃO ACÇÕES EUA* Acções Norte-americanas 11,6 45 CAIXAGEST ACÇÕES JAPÃO Acções Internacionais 52,4 725 CAIXAGEST ACÇÕES ORIENTE Acções Internacionais 28,6 595 CAIXAGEST MAXIMIZER 2008 Capital Garantido 54,1 3.123

CAIXAGEST PREMIUM 2008 Capital Garantido 24,7 1.991

CAIXAGEST PREMIUM II 2008 Capital Garantido 26,0 1.954 CAIXAGEST SELECÇÃO 2006 Capital Garantido 30,3 2.484 CAIXAGEST MAXIMIZER II 2008 Capital Garantido 47,1 2.281 CAIXAGEST SELECÇÃO 2007 Capital Garantido 30,5 2.414

CAIXAGEST OPTIMIZER Capital Garantido 34,7 2.500

CAIXAGEST SELECÇÃO 2008 Capital Garantido 29,3 2.132 CAIXAGEST MULTI-ACTIVOS Capital Garantido 34,9 1.074

CAIXAGEST PPA Poupança em Acções 96,5 12.392

Nº Total de Fundos: 35 4.452,2 212.151

(19)

1.4 Contacto

Dr. Fernando Maximiano, Vogal do Conselho de Administração da entidade gestora. Endereço: Av. João XXI, 63 – 2º 1000-300 Lisboa

Telefone: 21 790 5457 Fax: 21 790 5765

E-mail: caixagest@caixagest.pt

2. Consultores de Investimento

O Fundo não recorre à subcontratação de serviços junto de entidades externas.

3. Auditor do Fundo

As contas do Fundo são auditadas pela Deloitte & Associados, SROC S.A., com sede nas Amoreiras, Torre 1 7º, 1070-101 Lisboa, registada na CMVM com o nº 231 e representada pelo Dr. Luís Augusto Gonçalves Magalhães.

4. Autoridade de Supervisão do Fundo Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

(20)

CAPÍTULO II

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO

1. Valor da unidade de participação

O valor mensal das unidades de participação é divulgado em todos os locais e através dos meios utilizados para a comercialização à distância do Fundo:

- nas agências da Caixa Geral de Depósitos; - no site https://caixadirecta.cgd.pt,.

É ainda publicado mensalmente no sistema de difusão de informação da CMVM (www.cmvm.pt) e no da site da CAIXAGEST (www.CAIXAGEST.pt).

2. Admissão à negociação Não aplicável

3. Consulta da Carteira do Fundo

A composição da carteira do Fundo é publicada mensalmente no sistema de difusão de informação da CMVM.

4. Documentação do Fundo

O Prospecto Completo e o Prospecto Simplificado do Fundo encontram-se à disposição dos interessados na sede da entidade gestora, Av. João XXI, 63, 2º, Lisboa e em todos os locais e meios de comercialização do Fundo .

Quanto aos documentos de prestação de contas, anual e semestral, dos Fundos será publicado um anúncio no sistema de difusão de informação da CMVM, dando conta de que se encontram à disposição para consulta em todos os locais e meios de comercialização e que os mesmos poderão ser enviados sem encargos aos participantes que o requeiram.

5. Contas do Fundo

As contas anuais e semestrais do Fundo são encerradas, respectivamente, com referência a 31 de Dezembro e a 30 de Junho e serão disponibilizadas, no primeiro caso, nos três meses seguintes e, no segundo, nos dois meses seguintes à data da sua realização.

(21)

CAPÍTULO III EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS RESULTADOS DO FUNDO

Fundo recente, dados ainda não disponíveis.

CAPÍTULO IV PERFIL DO INVESTIDOR A QUE SE DIRIGE O FUNDO

O Fundo destina-se ao segmento de investidores não institucionais:

- com conhecimento médio dos mercados financeiros e dos principais riscos envolvidos. - com apetência para activos não correlacionados com os mercados tradicionais de acções e

obrigações.

- em busca de retorno absoluto.

- preparados para suportar eventuais perdas de capital.

- sem grandes necessidades de liquidez imediata, de modo a que assumam uma perspectiva de valorização do seu capital no médio prazo, e como tal, estejam na disposição de imobilizar as suas poupanças por um período mínimo recomendado de 3 anos.

Atendendo à especificidade do Fundo e aos riscos em que o mesmo pode incorrer, considera-se que a percentagem máxima de investimento aconselhável neste Fundo não deverá ultrapassar 20% da totalidade da carteira de investimentos de cada investidor. Fazendo particular sentido para combinar com carteiras expostas aos mercados accionistas e de obrigações.

(22)

CAPÍTULO V

REGIME FISCAL

1. No que ao Fundo respeita

Rendimentos obtidos em território português

Rendimentos de unidades de participação em fundos constituídos de acordo com a legislação nacional estão isentos de tributação.

Os juros das obrigações e dos depósitos bancários estão sujeitos a retenção na fonte, à taxa de 20% e os dividendos estão sujeitos a retenção na fonte, à taxa de 15%.

Nos casos de rendimentos não sujeitos a retenção na fonte, a tributação é autónoma, à taxa de 25%, incidente sobre o respectivo valor líquido obtido em cada ano. Os ganhos decorrentes de swaps cambiais são tributados, por retenção na fonte, à taxa de 20%.

Rendimentos obtidos fora do território português

Rendimentos de unidades de participação em fundos constituídos de acordo com a legislação estrangeira são sujeitos a tributação, autonomamente, à taxa de 20%.

Rendimentos de outra natureza aplica-se a taxa de 25%.

Mais-valias obtidas em território português ou fora dele

A diferença positiva entre as mais e menos-valias obtidas em cada ano é tributada, autonomamente, à taxa de 10%, encontrando-se excluídas de tributação as mais-valias provenientes da alienação de acções detidas pelo Fundo durante mais de 12 meses.

2. No que ao participante respeita

Sujeitos passivos de IRS, fora do âmbito de uma actividade comercial, industrial ou agrícola

Os rendimentos respeitantes a unidades de participação estão isentos de tributação, podendo, no entanto ser englobados, caso em que o imposto retido ou devido ao próprio Fundo tem a natureza de imposto por conta.

A transmissão gratuita (heranças e doações) de valores aplicados em Fundos não se encontra sujeita a tributação em sede de Imposto do Selo.

Sujeitos passivos de IRC e sujeitos passivos de IRS, no âmbito de uma actividade comercial, industrial ou agrícola

Os rendimentos respeitantes a unidades de participação são considerados como proveitos ou ganhos para efeitos do apuramento do lucro tributável e o montante de imposto retido ou devido na esfera do Fundo tem a natureza de imposto por conta.

A transmissão gratuita (heranças e doações) de valores aplicados em Fundos encontra-se sujeita a tributação em sede de IRC.

Sujeitos passivos de IRC isentos

O imposto retido ou devido na esfera do Fundo, correspondente aos rendimentos das unidades de participação que aqueles tenham subscrito é restituído pela entidade gestora do Fundo, e pago conjuntamente com os rendimentos respeitantes a essas unidades.

(23)

CAPÍTULO VI GLOSSÁRIO

Alavancagem (Leverage): Instrumento de gestão que consiste no endividamento da carteira ou através da utilização de derivados, com o objectivo de aumentar o montante disponível para investimento em determinados activos, potenciando, consequentemente, eventuais ganhos ou perdas de investimento nesses activos. Recorre-se à alavancagem, quando a expectativa de ganho com esse dinheiro emprestado é superior à taxa de juro a que o Fundo se endivida.

Benchmark: Índice de referência do mercado.

Commodities: Mercadorias/matérias primas/metais preciosos (ex.: petróleo, ouro, prata, etc)

susceptíveis de serem transaccionados.

Due Diligence: Acção de investigação desenvolvida junto de determinada entidade, através da

recolha e análise de informação sobre diversos aspectos da sua organização e funcionamento, com vista à avaliação da situação da mesma.

Estratégias Direccionais: Estratégias que dependem da do movimento geral do próprio mercado (ver últimas páginas).

Estratégias Não -Direccionais: Estratégias de retorno absoluto, isto é, estratégias dirigidas para gerar retornos (ver últimas páginas).

FEI/OEI: Fundo Especial de Investimento / Organismo Especial de Investimento que permite uma combinação diferenciada das diversas regras, técnicas e limites aplicáveis aos Fundos de Investimento Mobiliário. Desta forma, é conferida aos FEI maior liberdade na definição e prossecução das suas políticas de investimento em valores mobiliários, instrumentos financeiros derivados e liquidez, prevendo-se igualmente a possib ilidade de investimento em activos diferentes destes, reunidos que estejam determinados requisitos.

Fundo de Fundos: Fundo que investe os seus capitais exclusivamente noutros fundos de investimento.

Fundo Harmonizado: Fundo de investimento que obedece à le gislação nacional sujeita às regras definidas pela Directiva Comunitária n.º 85/611/CEE de 20 de Dezembro, alterada pelas Directivas 107/2001/CE e 108/2001/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de Janeiro de 2002.

Fundo Imobiliário Mono Segmento: Fundo imobiliário que concretiza as suas aplicações num único segmento do mercado imobiliário, nomeadamente escritórios, retalho/comércio, armazéns/logística ou habitação.

Fundo Imobiliário: Fundo que aplica primordialmente em valores imóveis de raiz ou em valores mobiliários de sociedades cujo objecto específico seja a transacção, mediação, desenvolvimento ou exploração imobiliária.

Fundo Multi-Manager: Fundo que investe em outros fundos, geridos por diferentes entidades, seguindo, normalmente, diferentes estratégias.

Fundo Não-Harmonizado: Fundo de investimento que, embora possa encontrar-se autorizado e constituído pela respectiva autoridade de supervisão, não respeita os requisitos definidos pela Directiva Comunitária n.º 85/611/CEE de 20 de Dezembro, alterada pelas Directivas 107/2001/CE e 108/2001/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de Janeiro de 2002.

Fundo Off-Shore: Fundo de investimento domiciliado fora do espaço da União Europeia, em jurisdições com regimes fiscais, legais e regulamentares muito menos exigentes e ausência de supervisão.

Fundo Single Manager: Fundo que investe directamente nos mercados mobiliários, sem ser através de unidades de participação de outros fundos, seguindo, normalmente, uma estratégia específica, implementada por um único gestor.

(24)

Fundo Single Strategy: Fundo que investe directamente nos mercados mobiliários, sem ser através de unidades de participação de outros fundos, seguindo, uma única estratégia conforme tipologia de Estratégias de Hedge Funds descrita neste Glossário.

Fusão: processo através do qual duas empresas, normalmente de dimensão equivalente, se juntam, desaparecendo as empresas originais e dando lugar a uma nova empresa.

Hedge Fund: Este termo geralmente identifica uma instituição de investimento cole ctivo que investe

em diversos activos, podendo ou não estar registada nas autoridades de supervisão ou reguladoras dos mercados financeiros. No entanto, tipicamente são fundos de investimento sem restrições e pouco regulados com os quais os gestores qualif icados procuram retornos absolutos, aproveitando oportunidades de investimento ao mesmo tempo em que tentam preservar o capital independentemente da direcção do mercado.

Hedge funds - Objectivos: Os objectivos de investimento dos hedge funds variam de fundo para

fundo. No entanto, a maioria dos hedge funds procura obter retornos positivos absolutos, com baixa volatilidade, não medindo a sua performance contra um índice de referência. Para alcançar os seus objectivos, os hedge funds recorrem a um leque varia do de estilos de investimento e estratégias, investindo numa vasta gama de instrumentos financeiros, tais como, acções, obrigações (de taxa fixa e taxa variável), divisas, instrumentos derivados, futuros, entre outros. Alguns hedge funds, na prossecução dos seus objectivos de investimento, recorrem à alavancagem e à venda a descoberto de activos, utilizando também estratégias de arbitragem e hedging (cobertura). Um dos principais benefícios do tipo de gestão e objectivos implementados pelos hedge funds, consiste na baixa correlação que estes fundos têm apresentado com os mercados mais tradicionais (nomeadamente acções e taxa de juro). Desta forma, estes fundos apresentam-se geralmente como um bom diversificador de carteira e instrumento de gestão de volatilidade (risco).

Investimentos Alternativos: Estilo de investimento que se caracteriza por procurar obter retornos absolutos, independentemente das condições dos principais mercados financeiros. A gestão alternativa não está orientada para um índice de referência (ao contrário da gestão tradicional), permitindo a sua política de investimento maior liberdade na construção da carteira de investimento.

Posições curtas/ Venda a descoberto (Short selling): Venda de um título que o vendedor ainda não possui. Caso o título vendido baixe de preço, de acordo com as expectativas do vendedor, este terá que adquiri-lo (ao novo preço) e entregá-lo ao comprador. Deste modo, é possível obter retornos positivos em momentos em que se assiste a uma desvalorização de determinados activos. Existe, no entanto, o risco de os activos, sobre os quais foi efectuada uma venda a descoberto, subirem em preço, resultando consequentemente em perdas.

Posições longas: Significa estar na posse de um determinado título.

Retorno Absoluto: Retorno não indexado a determinados índices de mercado. Ao seguir uma estratégia de retorno absoluto, procura-se obter retornos independentemente do andamento dos principais mercados financeiros.

Track-Record: experiência comprovada, histórico operacional.

Volatilidade: Indica o grau médio de variação das cotações de um título durante um determinado período, tipicamente medido através do cálculo do desvio-padrão das rendibilidades do activo.

(25)

ESTRATÉGIAS DE INVESTIMENTO DOS HEDGE FUNDS

1) Estratégias de Tendência de Mercado/Oportunista (Direccional/Táctica)

Estas estratégias tentam obter retornos, explorando grandes tendências nos movimentos de preço das acções, taxas de juro ou matérias-primas:

a) Macro

Esta estratégia põe ênfase na análise fundamental das variáveis macro-económicas e/ou de mercado. Estratégias que procuram identificar ineficiências relevantes na relação valor/preço assim como tendências dos mercados accionistas, taxas de juro, divisas, realizando investimentos alavancados das projecções realizadas. Por exemplo, se a política económica de um país parecer inconsistente e a sua capacidade de sustentar a sua taxa de câmbio duvidosa, os hedge funds que seguem uma estratégia macro podem tomar posições nos fundos que lhes permitam beneficiar de uma desvalorização da moeda do referido país.

b) Long/Short

Estes fundos tentam explorar discrepâncias de preços entre títulos dentro de uma mesma classe de activo. Por exemplo, um hedge fund pode comprar uma acção que lhe parece subavaliada e vender a descoberto uma acção que acredita estar sobre avaliada. A exposição líquida total ao mercado accionista é dada pela diferença entre as posições compradas e vendidas. Deste modo, apenas a relação entre os preços das acções influenciam a performance da carteira, não havendo influencia do andamento do mercado como um todo. A estratégia de Long/Short com acções, é a estratégia mais frequente na indústria de hedge funds.

c) Managed Futures / Commodity Trading Advisors

Estratégias que permitem gerar retornos a partir dos baixos custos de transacção e da alavancagem do mercado de futuros. Estes fundos investem em matérias primas e instrumentos financeiros derivados numa escala global, procurando, geralmente através de modelos computacionais próprios, identificar tendências nos diversos mercados.

d) Short Selling

Os fundos que seguem este tipo de estratégia vendem activos a descoberto, na expectativa de os recomprar no futuro a um preço mais baixo. As vendas são originadas pela percepção dos gestores de que determinado activo está sobrevalorizado, de que o mercado vai entrar numa fase de correcção, de que os resultados de determinada empresa poderão sair abaixo das expectativas.

2) Event –Driven

Estas estratégias tentam obter retornos, apostando na ocorrência (ou na não ocorrência) de determinados eventos, tais como falências, processos de reorganização, sucesso de processos de recuperação de falências, fusões e aquisições:

a) Distressed Securities

Esta estratégia pretende beneficiar de anomalias de preço em títulos de empresas que estejam a passar por dificuldades, ou que se espera possam vir a entrar, em um processo de falência ou reestruturação/reorganização.

b) Merger Arbitrage

Fundos que seguem este tipo de estratégia pretendem obter retornos através do investimento em empresas com um processo de fusão ou aquisição, recompra de acções ou desinvestimentos de negócios pendente. Podem, por exemplo, comprar acções da empresa que será adquirida e vender a descoberto acções da empresa adquirente.

(26)

3) Arbitrage Strategies

Esta categoria pretende obter retornos, explorando discrepâncias de mercado entre títulos cujos preços estão relacionados. Estas estratégias são das mais conservadoras de entre as estratégias geralmente utilizadas pelos hedge funds:

a) Convertible Arbitrage

Este tipo de estratégia envolve, por exemplo, a compra de obrigações convertíveis, acções preferenciais ou warrants de determinada empresa considerados subavaliadas, enquanto simultaneamente se vende a descoberto acções da mesma empresa.

b) Fixed Income Arbitrage

hedge funds nesta categoria procuram obter retornos positivos estáveis explorando pequenas ineficiências de preços entre instrumentos de taxa de juro similares. Nesta estratégia procura-se geralmente neutralizar o risco de taxa de juro. Nos fundos que seguem esta estratégia, podemos, por exemplo, encontrar investimentos que apostam na redução do diferencial entre taxas de juro de curto prazo e de longo prazo.

c) Statistical Arbitrage

Com tipo de estratégia, os hedge funds pretendem explorar ineficiências de mercado identificados através de modelos matemáticos. Esperam obter retornos baseando-se na probabilidade de determinados preços tornarem a apresentar uma evolução em linha com o que historicamente têm registado. Geralmente não assumem exposição direccional aos mercados.

d) Equity Market Neutral

Estratégias cujos retornos derivam da combinação de posições curtas e longas de instrumentos sobre ou infra valorizados, seleccionando os títulos mediante modelos tanto qualitativos como quantitativos, independentemente da tendência de mercado. A exposição ao mercado de acções é neutralizada cobrindo todas as posições longas (acções compradas) com posições curtas (acções vendidas a descoberto) de igual montante.

e) Relative Value - Market Neutral

Estratégia que consiste em explorar ineficiências entre preços de valores mobiliários (que não acções) relacionados. A exposição ao mercado é neutralizada através da cobertura de todas as posições longas em determinado título com posições curtas de igual montante no título relacionado.

4) Multiestratégia

Referências

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