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Documento elaborado pela equipe da VDPDT, divulgado em 07 de julho de 2014.

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Termo de Referência - Pesquisa Página 1 TERMO DE REFERÊNCIA PARA DISCUSSÃO SOBRE OS PROCESSOS ESTRUTURANTES DAS

ATIVIDADES DA EPSJV,

NO CAMPO DA PESQUISA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

Documento elaborado pela equipe da VDPDT, divulgado em 07 de julho de 2014.

Este documento resulta da consolidação do Documento Base para a discussão sobre os processos estruturantes das atividades da EPSJV, elaborado pela Direção da Escola, das contribuições a esse documento elaboradas por laboratórios e setores assim como das novas contribuições promovidas pela Assembleia do último dia 5 de junho. Dessa forma, o presente termo de referência não esgota, evidentemente, o elenco de temas e questões a serem trabalhados a partir de agora, mas apenas promove o ponta-pé inicial do processo que deverá se desdobrar, ao longo dos próximos 5 meses, na Câmara Técnica de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e nos colegiados e coletivos de trabalho dos laboratórios e setores da EPSJV, para elaborar um diagnóstico da Escola que temos.

Ao longo dos últimos anos, a EPSJV tem crescido, não só do ponto de vista quantitativo (incorporação de novos trabalhadores), mas também do ponto de vista qualitativo (incorporação de trabalhadores com maior qualificação), produzindo um impacto importante na natureza e na dinâmica da pesquisa desenvolvida na unidade. O incremento, a diversificação e o aumento da institucionalidade da pesquisa na Escola são desafios impostos por esse crescimento. Coloca-se, assim, a perspectiva de fortalecer e fomentar o desenvolvimento de pesquisas que atendam aos interesses estratégicos da EPSJV, contemplando suas principais áreas de atuação, e que tenham caráter institucional, organizadas a partir de grupos e equipes de pesquisa, coerentes com as linhas existentes e com os processos formativos desenvolvidos pela instituição.Para tanto, é imprescindível o constante mapeamento de lacunas na produção de conhecimento de cada área, de modo a que estas possam estabelecer suas prioridades de investigação em alinhamento com o planejamento estratégico institucional.

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Termo de Referência - Pesquisa Página 2 Para poder desenvolver essas perspectivas resulta necessário não só construir um diagnóstico do que é efetivamente feito hoje, em termos de pesquisa/produção do conhecimento na EPSJV, mas também desenvolver uma reflexão sobre as condições, tensões, constrangimentos e urgências que perpassam as formas em que tal conhecimento é produzido e divulgado, distanciando-se, em maior ou menor medida, dos pressupostos que orientam tal atividade, assim como avaliando seu impacto esperado sobre a realidade concreta.

Por isso, resgatando as discussões produzidas ao longo dos últimos anos em diferentes espaços coletivos da Escola (Assembleias, CDs, CTPDTs, Seminários de Pesquisa, entre outros), apontamos a necessidade de, em primeiro lugar, fazermos um mapa da pesquisa na EPSJV, tentando caracterizar: o que, quem, como, por que e para que se pesquisa? Apenas com o fim de apontarmos uma problematização inicial podemos levantar os seguintes elementos:

1) A questão do quê se pesquisa na EPSJV relaciona-se aos temas e problemas abordados no trabalho de investigação assim como as escolhas teórico-metodológicas que orientam a construção dos objetos de pesquisa. Ao menos em função do que declaramos repetidamente, as atividades da Escola se estruturam na relação de três grandes campos de conhecimento e atuação: trabalho, educação e saúde. Caberia, então, perguntar-nos em que medida essa relação é definida e abordada nos projetos de pesquisa efetivamente desenvolvidos? É isso que define a pesquisa na EPSJV, o que a diferencia de outras unidades da Fiocruz, de outras instituições de pesquisa?

2) A pergunta sobre quem pesquisa na EPSJV nos remete aos trabalhadores que, para além do seu enquadramento funcional e suas formas de vinculação à EPSJV, desenvolvem trabalho sistemático de pesquisa, de forma quase sempre concomitante a outras atividades. Entretanto, identificar de forma concreta quem são esses pesquisadores, não resulta uma tarefa simples, pois a própria atividade de pesquisa muitas vezes não é reconhecida como tal ou não está formalizada, ou assume uma feição declaratória/burocrática que pouco tem a ver com o processo de produção do conhecimento. As fontes de informação disponíveis (SAGE, Cadastro de Pesquisa, Currículo Lattes), não necessariamente refletem a pesquisa real, nem caracterizam de forma completa aqueles que, no

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Termo de Referência - Pesquisa Página 3 âmbito da EPSJV, dedicam parte do seu tempo à produção de conhecimento.

3) O como da pesquisa remete-nos aqui, principalmente, às condições de realização das pesquisas: desde a articulação circunstancial entre pesquisadores até o processo de constituição de equipes; da distribuição de responsabilidades e tarefas à integração, por exemplo, entre pesquisa e ensino; do financiamento e suas condicionalidades à construção de parcerias interinstitucionais; das formas de reconhecimento acadêmico até o processo de divulgação dos seus resultados. Nesse sentido, algumas questões adquirem particular destaque: de um lado, entendemos que a articulação entre a Pesquisa e o Ensino em suas diferentes vertentes de formação (Ensino Médio e Técnico, EJA e PROEJA e Pós-graduação, além de outros cursos de curta duração) deve ser permanentemente reinventada se, de fato, a compreendemos como pressuposto de uma prática educativa emancipatória que não concebe ensino e pesquisa como processos independentes. De outro lado, parece-nos importante enfrentar o debate sobre os limites e sentidos da autonomia dos grupos e equipes de pesquisa face à diversidade de referenciais teóricos presentes entre os profissionais que atuam na EPSJV e a organicidade desses grupos e equipes perante o conjunto do trabalho desenvolvido pela Escola.

4) A motivação do processo de produção de conhecimento (o porquê) é fundamental para se compreender todos os itens anteriores. O trabalho de pesquisa da EPSJV é amplo e não se esgota na chamada pesquisa acadêmica. A tensão entre a pesquisa induzida pelos editais de fomento externos à unidade e a pesquisa decorrente e constitutiva da nossa interlocução com instituições públicas, movimentos sociais etc., sem dúvida demarca um território de possibilidades a serem explorados e que assume uma forma concreta na pesquisa realmente existente na EPSJV.

5) Por fim, mas não por último, a intencionalidade da pesquisa (o para quê) determina, em grande medida, os elementos anteriores, em um contexto tensionado pela exigência de produtividade acadêmica, cuja ênfase na contabilização de resultados pouco nos diz sobre a qualidade da produção, por um lado, e as questões postas pela realidade, por outro.

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Termo de Referência - Pesquisa Página 4 Afinal, produzimos conhecimento para quê? Entre “bater a meta” e “transformar a realidade”, um amplo e complexo leque de possibilidades define a pesquisa que temos e a pesquisa que queremos.

Para além desse mapa da pesquisa na EPSJV, outros temas tem aparecido como elementos importantes na agenda de discussão da CTPDT:

6) Política editorial: a EPSJV experimentou a implementação, a sedimentação e a expansão das condições internas e autônomas de publicação de material produzido por seus trabalhadores, seja através da publicação de livros ou da edição da revista Trabalho, Educação e Saúde. Esta expansão, todavia, institui, pela prática, uma compreensão da EPSJV como também uma editora, o que produziu o questionamento acerca da sua pertinência e, daí, a necessidade de um amadurecimento interno acerca dos critérios de suas publicações. Tais critérios são entendidos, em seu conjunto, como parte de uma política editorial, que tem como finalidade estimular a produção e divulgação dos trabalhos desenvolvidos pela escola e promover uma maior racionalização de seu crescimento. Para tanto, criou-se, após longo debate em CTPDT e CD, um espaço institucional com a incumbência precípua de, submetendo suas apreciações ao CD, aperfeiçoar constantemente uma Política que responda como, através das publicações de nossa produção, podemos favorecer nosso projeto político-pedagógico, inclusive no que se refere à elaboração e disseminação de materiais didáticos. Assim, o quê, como e para quê publicar por meios próprios são questões que devem ser permanentemente assumidas pelo Conselho de Política Editorial (CPE). Este conselho também deve sugerir as regras a partir das quais tanto trabalha em suas avaliações quanto espera que a escola como um todo passe a proceder no que tange à submissão de sua produção à publicação autônoma. Se a criação do CPE foi o reconhecimento da necessidade de estabelecermos critérios para o custeio e a subscrição institucional de uma publicação, também há de se reconhecer, para tanto, a exigência de um prévio apoio em definições político-pedagógicas de maior amplitude, a partir das quais o CPE pode se orientar na lida da especificidade da política editorial. Este é o momento propício de consolidarmos e amadurecermos, então, as diretrizes da política editorial e o próprio CPE, no que diz respeito inclusive à sua concepção e atribuições, assegurando o comprometimento de seus integrantes com a participação efetiva nas

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Termo de Referência - Pesquisa Página 5 reuniões e a elaboração de pareceres que apontem os principais problemas da obra antes que tenha início o processo de produção dos livros.

7) Por fim, outros temas que devem ser abordados por um debate que se pretende estruturante para a EPSJV, dizem respeito a questões centrais na atualidade, no interior da Fiocruz e também fora dela, como o direito de propriedade intelectual (direitos autorais e patentes), assim como a s políticas de Ciência e Tecnologia e de Acesso Aberto ao Conhecimento. A constatação é que ainda não nos apropriamos o suficiente sobre tais assuntos, que a todo momento nos exigem, no entanto, que nos posicionemos politicamente.

Referências

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