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Importância das ações de aconselhamento do Centro de Testagem e Aconselhamento em IST/aids (CTA), na cidade de João Pessoa, Paraíba.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA

PROGRAMA DE PÓS–GRADUAÇÃO EM GESTÃO DAS POLÍTICAS DE DST/AIDS, HEPATITES VIRAIS E TUBERCULOSE

VANIA DE SOUZA LIRA

IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES DE ACONSELHAMENTO DO CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO EM IST/AIDS (CTA), NA CIDADE DE JOÃO

PESSOA, PARAÍBA

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VANIA DE SOUZA LIRA

IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES DE ACONSELHAMENTO DO CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO EM IST/AIDS (CTA), NA CIDADE DE JOÃO

PESSOA, PARAÍBA

Trabalho de conclusão de curso apresentado à coordenação de Pós-Graduação como requisito para obtenção do grau de Especialização na área de pós-graduação em gestão das políticas em IST/AIDS, hepatites Virais e tuberculose.

Orientador: Renato Motta Neto

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RESUMO

O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) foi instituído para atuar em diagnóstico e prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (IST) e constitui-se em importante fonte de dados epidemiológicos. Visando a melhorar as condições de vida e saúde dos seus portadores, oferece aos usuários serviços de testagem rápida para HIV, Sífilis e Hepatites virais. Objetivo: Avaliar a importância das ações de Aconselhamento em (IST), realizado pelos profissionais do CTA, de João Pessoa-PB, diante da epidemiologia. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório de abordagem qualitativa. A pesquisa qualitativa no campo das ciências sociais responde a questões muito particulares e se preocupa com um nível de realidade que não pode ser quantificado, foi realizada com profissionais de saúde (enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, biólogos) no Centro de Testagem e Aconselhamento de ISTs e AIDS (CTA), no município de João Pessoa/PB, por ser o centro de referência para o atendimento aos portadores de infecções sexualmente transmissíveis, prestando assistência integral e multidisciplinar. Resultados: Os resultados evidenciaram os benefícios do Centro de Testagem e Aconselhamento, ficando explícito ainda o alto número de pessoas que estão expostas ao risco de contaminação e transmissão de IST.

Descritores: Aconselhamento, prevenção, CTA, IST.

LIRA, Vania de Souza. Importância das Ações de Aconselhamento do Centro de Testagem e Aconselhamento em IST/AIDS, na Cidade de João Pessoa, Paraíba. 2017. 32f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização na área de pós-graduação em gestão das políticas de DST/AIDS, hepatites virais e tuberculose). Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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SUMMARY

The Center for Testing and Counseling (CTA) was established to act in the diagnosis and prevention of sexually transmitted infections (STIs) and constitutes an important source of epidemiological data. Aiming at improving the living and health conditions of its carriers, it offers users rapid testing services for STD / HIV, Syphilis and viral hepatitis. Objective: To evaluate the importance of Counseling in (IST) carried out by CTA professionals, in João Pessoa-PB, in the face of epidemiology. Methodology: This is an exploratory study with a qualitative approach. Qualitative research in the field of social sciences responds to very particular questions and is concerned with a level of reality that can not be quantified. It was carried out with health professionals (nurses, psychologists, social workers, biologists) at the Center for Testing and Counseling ISTs and AIDS (CTA), in the city of João Pessoa / PB, as the reference center for the care of patients with infectious diseases, providing comprehensive and multidisciplinary assistance. Results: The results showed the benefits of the Testing and Counseling Center, and the high number of people who are exposed to the risk of STD contamination is still explicit.

Keywords: Counseling, prevention, CTA, IST.

LIRA, Vania de Souza. Importance of Counseling Actions of the Testing and Counseling Center, in the City of João Pessoa, Paraiba. 2017. 32f. Course Completion Work (Specialization in the postgraduate area in the management of STD / AIDS, viral hepatitis and tuberculosis policies). At the Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN).

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INTRODUÇÃO

As temáticas relacionadas às Infecções Sexualmente Transmissíveis tais como exercício das sexualidades, transgressões, perda e morte, podem surgir conflitos e constituir ameaça às crenças e aos valores do indivíduo. Tais situações dificultam a prevenção de IST/HIV/AIDS, na medida em que podem bloquear a percepção e a expressão dos riscos, assim como a reflexão para a adoção de medidas preventivas. No contexto dos serviços de saúde onde costumam se apresentar tais situações, tanto os profissionais quanto os clientes são sujeitos suscetíveis a vivências conflituosas. O aconselhamento, por ser uma prática que oferece as condições necessárias para a interação entre as subjetividades, isto é, a disponibilidade mútua de trocar conhecimentos e sentimentos, permite a superação da situação de conflito (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).

O Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, AIDS e Hepatites Virais estimulou, a partir da década de 80, a estruturação dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), oferecendo a testagem gratuita, confidencial e anônima, partindo da educação em saúde e do aconselhamento como abordagens de redução de risco e vulnerabilidade. As ações de promoção e prevenção em IST/AIDS têm como referencial teórico à noção do processo saúde e doença como resultado de determinantes sociais, culturais, econômicos, comportamentais, epidemiológicos, demográficos e biológicos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007).

Apesar de o principal foco continuar sendo a prevenção de HIV/AIDS, especialistas alertam para o risco de propagação de outras doenças, como HPV, herpes genital, gonorréia, hepatite B e C e, especialmente, sífilis. Num momento de profundas transformações na economia e na sociedade em escala global, a produção de conhecimento no enfrentamento dos novos desafios da saúde pública, como a complexidade da epidemia do HIV/AIDS e a disseminação de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), assume importância crucial no cenário internacional. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima no mundo mais de um milhão de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) por dia. Ao ano, estima aproximadamente 357 milhões de novas infecções, entre clamídia, gonorréia, sífilis e tricomoníase. A presença de uma (IST), como sífilis ou gonorréia, aumenta consideravelmente o risco de se adquirir ou transmitir a infecção por Vírus da

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Imunodeficiência Humana (HIV). Em especial, a sífilis na gestação leva a mais de 300 mil mortes fetais e neonatais por ano no mundo, e coloca um adicional de 215 mil crianças em aumento do risco de morte prematura.

Atualmente, a via sexual é a principal forma de transmissão do HIV no país, entre indivíduos de 13 anos ou mais, tanto entre homens quanto entre mulheres. Em 2014, esses casos corresponderam a 95,4%, entre os homens, e 97,1%, entre as mulheres, com predomínio da categoria de exposição heterossexual, porém com uma tendência de aumentar na proporção de casos de homens que fazem sexo com homens, o que, nos últimos dez anos, passaram de 34, 9%, em 2005, para 44,9% em 2014 (BRASIL, 2015).

Na Paraíba, a taxa de detecção (por 100.00 habitantes) da população geral variou entre 8,6 em 2003 a 11,7 em 2014, enquanto na população jovem do ano de 2007 até 2014 foram 329 casos de jovens de 15 a 24 anos, desses, em 2007, para cada 17 casos notificados em homens, 15 eram notificados em mulheres; para cada 46 casos notificados em homens, 15 eram notificados em mulheres, com uma razão de sexo de 1,1,1, em 2007, e de 3, 0, 1, em 2014 (PARAÍBA, 2015).

Desde 1997, com a implantação do primeiro Centro de Testagem e Aconselhamento anti-HIV (CTA) no Brasil e a consolidação do aconselhamento como prática decisiva na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (IST), HIV e Aids, pesquisas sobre serviços de testagem têm indicado a relevância de sua capacidade informativa e de acolhimento aos usuários (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).

Diante da complexidade e a diversidade dos problemas suscitados pela epidemia da Aids, a oferta de testes sorológicos, mundialmente, colocou-se como uma das importantes estratégias de controle. O Ministério da Saúde (MS) brasileiro, através da CN-DST/AIDS, desde o final da década de 1980, optou por investir na criação de centros de testagem, então denominados Centros de Testagem Anônima (CTA) e posteriormente, Centro de Apoio e Orientação Sorológica (COAS) entre as suas diretrizes estratégicas, procurando estimular sua implantação em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, principalmente em cidades importantes do ponto de vista epidemiológico. Esses serviços, atualmente denominados Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), caracterizam-se pela oferta do teste sorológico anti-HIV acompanhada de aconselhamento Pré e pós-exame, gratuidade, voluntariedade e confidencialidade. A possibilidade de a pessoa

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realizar os exames anti-HIV de forma anônima – sem apresentar documentos e sem revelar o seu nome.

Foi uma marca inicial dos CTAs, mas na medida em que esta conduta não foi bem aceita por grande parte da clientela (que não se sentia contemplada em receber um resultado de exame onde não constava o seu nome) e trazia dificuldades para o engajamento das pessoas com resultados anti-HIV positivos nos tratamentos ambulatoriais especializados, foi flexibilizada desde 1997, sendo utilizada somente quando os usuários optam por ela. No ano de 2000, mais de 150 CTAs estavam funcionando no Brasil (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1999).

Na atualidade, face aos avanços terapêuticos conquistados e disponibilizados, o conhecimento precoce da infecção pelo HIV, assegura mais chances de manter uma boa qualidade de vida, a partir de um melhor monitoramento das condições de saúde, além de que, ao conseguir a manutenção de uma baixa carga viral, indiretamente contribui também para diminuir as chances de outras pessoas serem infectadas. Por outro lado, o impacto das ações dos CTAs para a redução da incidência de HIV está diretamente relacionado à capacidade do aconselhamento de dar suporte e facilitar a mudança de comportamento em situações de risco de portadores e não-portadores do HIV (MATTOS, 2001).

Desde 1997, com a implantação do primeiro Centro de Testagem e Aconselhamento anti-HIV (CTA) no Brasil e a consolidação do aconselhamento como prática decisiva na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DST), HIV e Aids, pesquisas sobre serviços de testagem têm indicado a relevância de sua capacidade informativa e de acolhimento aos usuários (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).

O termo aconselhamento surgiu como uma estratégia elaborada pela equipe nacional do Ministério da Saúde para se trabalhar com HIV/AIDS, caracterizando-se por ser uma estratégia de prevenção que atua no âmbito do indivíduo, de forma a trabalhar com a identificação do próprio risco e propiciar uma reflexão sobre medidas preventivas viáveis para o indivíduo que deseja realizar a sorologia anti-HIV, tendo como componentes o apoio emocional, o apoio educativo que trata das trocas de informações sobre IST e HIV/AIDS, suas formas de transmissão, prevenção, tratamento e avaliação de riscos. Qual o intuito de ajuda o usuário na avaliação e diminuição da sua vulnerabilidade as IST/HIV/AIDS e hepatites virais, os profissionais

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do CTA realizam as suas ações de aconselhamento em dois momentos: aconselhamento pré e pós-teste (SOUZA, CZERESNIA, 2010).

Considerando que, o estudo deste trabalho, pretende contribuir para a importância da avaliação das ações de aconselhamento do Centro de Testagem e Aconselhamento em IST/AIDS (CTA), João Pessoa/PB, frente à epidemia das Infecções Sexualmente Transmissíveis, com o intuito de subsidiar as discussões acerca do objetivo do estudo desta pesquisa, buscando a fundamentação teórica para abordar o aconselhamento no ato educativo muito importante, inserido nos princípios da promoção em saúde e avaliação sobre HIV/AIDS e os sujeitos afetados, englobando os conceitos, tratamento e prevenção, a promoção da saúde e a prevenção que faz um apanhado das Políticas Públicas com ênfase na prevenção, aconselhamento como prevenção, avaliação das ações educativas e reflexivas no aconselhamento.

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OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Avaliar importância das ações de Aconselhamento em (IST), realizado pelos profissionais do CTA, de João Pessoa, diante da epidemiologia.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Identificar a importância do aconselhamento no CTA, como ferramenta de prevenção;  Avaliar a percepção dos profissionais sobre o aconselhamento.

 Compreender o aconselhamento em (IST) e suas ações durante o atendimento ao usuário;

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REFERENCIAL TEÓRICO

CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO (CTA)

Histórico

A política de testagem e aconselhamento em HIV e AIDS teve início no mundo em 1985, quando a Food and Drug Administration (FDA) licenciou e disponibilizou o primeiro teste para detecção de anticorpos contra o HIV, o Enzyme-Linked Immunosorbent Assay (ELISA). No mesmo ano, foram implantados serviços específicos para testagem nos Estados Unidos por meio de financiamentos do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) (VALDISERI, 1997).

No Brasil, o uso dos testes anti-HIV teve início no mesmo período, tendo sido primeiramente disponibilizados nos serviços de saúde dirigidos ao tratamento de pessoas vivendo com HIV e na rede privada de saúde. Em 1986, com base nos resultados de pesquisas realizadas nos EUA e Europa e na atuação da sociedade civil, tornou-se obrigatória, no Estado de São Paulo, a testagem de todo sangue a ser transfundido. Após 1988, com a promulgação da nova Constituição Federal, a triagem sanguínea em bancos de sangue tornou-se obrigatória em todo o território nacional (MINISTERIO DA SÚDE, 2006).

O expressivo aumento do número de novos casos de AIDS e a existência de um forte preconceito associado à doença fez com que as estratégias de testagem e aconselhamento passassem a ocupar lugar de destaque nas ações de prevenção ao final dos anos 80, com a criação, em 1988, no Rio Grande do Sul, do primeiro Centro de Orientação e Apoio Sorológico (COAS) do País, seguido, em 1989, da implantação, no município de São Paulo, do atual CTA Henfil. Aos poucos esses serviços foram se organizando em todas as regiões do País sob os princípios de voluntariedade, confidencialidade, anonimato, agilidade e resolubilidade do diagnóstico do HIV (BRASIL, 2008).

Recomendava-se que os CTA fossem implantados em locais de fácil acesso para a população, em unidades fisicamente autônomas em relação a outras estruturas de saúde e compostas por equipes próprias e multiprofissionais. As populações prioritárias eram aquelas identificadas com o maior risco de infecção, como homossexuais, profissionais do sexo e usuários de drogas injetáveis (BRASIL, 2008).

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Os (CTAs) foram estruturados a partir do final dos anos 80, para possibilitar o acesso ao diagnóstico do HIV com anonimato para populações que se percebem em risco para o HIV. Tem como principal atribuição a captação de segmentos mais vulneráveis. A maioria destes centros está organizada com equipes multidisciplinares dedicados exclusivamente às ações de diagnóstico e aconselhamento do HIV, sífilis e hepatites virais B e C, permitindo um tempo maior de contato com o usuário e possibilitando uma avaliação de risco e fortalecimento de estratégias de redução de vulnerabilidades mais detalhada (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).

Diante da complexidade e a diversidade dos problemas suscitados pela epidemia da AIDS, a oferta de testes sorológicos, mundialmente, colocou-se como uma das importantes estratégias de controle. O Ministério da Saúde (MS) brasileiro, através da CN-DST/AIDS, desde o final da década de 1980, optou por investir na criação de centros de testagem, então denominados Centros de Testagem Anônima (CTA) e posteriormente, Centro de Apoio e Orientação Sorológica (COAS) entre as suas diretrizes estratégicas, procurando estimular sua implantação em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, principalmente em cidades importantes do ponto de vista epidemiológico. Esses serviços, atualmente denominados Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), caracterizam-se pela oferta do teste sorológico anti-HIV acompanhada de aconselhamento pré e pós-exame, gratuidade, voluntariedade e confidencialidade. A possibilidade de a pessoa realizar os exames anti-HIV de forma anônima – sem apresentar documentos e sem revelar o seu nome.

Na atualidade, face aos avanços terapêuticos conquistados e disponibilizados, o conhecimento precoce da infecção pelo HIV, assegura mais chances de manter uma boa qualidade de vida, a partir de um melhor monitoramento das condições de saúde, além de que, ao conseguir a manutenção de uma baixa carga viral, indiretamente contribui também para diminuir as chances de outras pessoas serem infectadas. Por outro lado, o impacto das ações dos CTAs para a redução da incidência de HIV está diretamente relacionado à capacidade do aconselhamento de dar suporte e facilitar a mudança de comportamento em situações de risco de portadores e não-portadores do HIV, e outras ISTs (MATTOS, 2001).

Os serviços de testagem e aconselhamento são de fundamental importância para as ações de promoção à saúde e constituem espaços que garantem o acesso da população à realização do diagnóstico precoce, ao mesmo tempo em que

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possibilitam o contato com grupos que se encontram em situação de risco e vulnerabilidade. O teste é acompanhando de atividades de educação, aconselhamento e de intervenção (BRASIL 2010).

Os (CTAs) têm como objetivos: promover o acesso ao diagnóstico da infecção pelo HIV, Sífilis, hepatites virais, de forma confidencial e gratuita, acompanhado de ações de aconselhamento; capacitar e atualizar, de forma continuada, os profissionais que atuam na rede de CTA implantada - e em implantação - no país; promover uma maior integração dos CTA com os outros programas da rede pública de saúde.

Nas Diretrizes dos Centros de Testagem e Aconselhamento, emitidas pelo Ministério da Saúde, tanto em 1999 como em 2010, o alcance destes serviços é projetado para além da assistência à demanda espontânea dos usuários nas unidades, dado as ações preventivas extramuros, tais como: CTA itinerante, grupos de pares, projetos de intervenção em prevenção, estratégias de redução de danos por uso de drogas, entre outros (BRASIL, 2010).

Além da realização de teste, o Ministério da Saúde estabeleceu os aconselhamentos pré e pós-teste como de elevada importância no processo de testagem. O aconselhamento subentende a escuta ativa, individualizada e centrada no usuário, pressupondo o estabelecimento de relação de confiança entre o usuário e o profissional de saúde, com vistas ao resgate de recursos internos do primeiro no sentido de reconhecer-se como sujeito de sua própria saúde e transformação. O processo envolve apoio emocional, educativo (trocas de informações sobre IST/HIV/AIDS, suas formas de transmissão, prevenção e tratamento) e avaliação de riscos junto ao usuário (reflexão sobre valores, atitudes e condutas), buscando alternativas pessoais e coletivas para o enfrentamento da epidemia (BRASIL, 2011).

Compete ao CTA à realização do Aconselhamento Pré e Pós teste; Encaminhamento dos usuários para os serviços especializados em IST, AIDS e Saúde Mental e UBS conforme cada caso; retestagem dos casos identificados na situação de janela imunológica; disponibilização dos insumos de prevenção; de realizar ações de estímulo, realização da testagem e orientações sobre práticas seguras na comunidade, articulados com PACS/PSF e UBS (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).

Para garantir à população os cuidados preventivos e o diagnóstico de Infecções sexualmente transmissíveis (IST), a Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, dispõe do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA). No local, os usuários têm acesso a serviços de aconselhamento, orientação, distribuição de insumos de

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prevenção, educação sexual, atendimentos para diagnóstico e encaminhamentos para tratamentos das ISTs.

EPIDEMIOLÓGIA DAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

Na Paraíba, a distribuição temporal da taxa de incidência ISTs, no período de 2009 a 2011, registra uma elevação linear da população jovem no estado em relação ao país. Essa tendência linear declina no ano de 2012 acompanhando o país, porém, no ano de 2013, a Paraíba se destacou, quando registrou um declínio da taxa que se contrapôs à tendência de elevação do país. Em números absolutos, a população jovem do Estado teve um decréscimo no período estudado. Em 2007, o grupo era composto de uma população jovem de 736.250, e em 2014, 660.286 jovens com idades entre 15 e 24 anos (IBGE, 2013).

Comparando-se as capitais, cinco apresentaram taxa de detecção em 2015 inferior a taxa nacional: João Pessoa (0,8), São Paulo (2,6), Brasília (1,5), Goiânia (1,5), Belo Horizonte (1,5) e Porto Alegre e a capital com a maior taxa de detecção de 2015, com 22,9 casos/mil nascidos vivos, sendo 8,4 vezes maior que a taxa nacional e 2,3 vezes maior que a taxa do estado do Rio Grande do Sul (10,1) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015).

HIV

No Brasil, desde o início da epidemia, foram registrados 798.366 mil casos de HIV/ Aids de 1980 até junho de 2015. Na Paraíba, no período de 1985 até junho de 2015, foram notificados 6.412 casos da doença (BRASIL; 2015).

Desde 1985, ano do primeiro caso de AIDS notificado na Paraíba, até junho de 2010, o estado notificou 3.661 casos no SINAN. Por meio de metodologia de relacionamento de bases de dados, com os sistemas SIM, SISCEL/SICLOM, foram identificados 1.112 casos não notificados no SINAN, representando sobre registro de 23,3%, elevando o número total de casos no período para 4.773 (BRASIL, 2011).

De 2007 até junho de 2016, foram notificados no SINAN 136.945 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo 71.396 no Sudeste (52,1%), 28.879 no Sul (21,1%), 18.840 no Nordeste (13,8%), 9.152 no Centro Oeste (6,7%) e 6.868 na Região Norte (6,3%). No ano de 2015, foram notificados 32.321 casos de infecção pelo HIV, sendo 2.988 casos na região Norte (9,2%), 6.435 casos na região Nordeste (19,9%), 13.059

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na região Sudeste (40,4%), 7.265 na região Sul (22,5%) e 2.574 na região Centro Oeste (8,0%) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016).

Hepatites Virais

De acordo com Brasil (2010), as hepatites virais são doenças silenciosas que provocam inflamação do fígado e nem sempre apresentam sintomas. Representam um problema de saúde pública de grande importância, pois é significativo o número de pessoas atingidas e não identificadas.

A maioria das hepatites virais agudas é assintomática, independentemente do tipo de vírus. Quando apresentam sintomatologia, são caracterizadas por icterícia, anorexia, dor abdominal, mal-estar e náuseas (BRASIL, 2009).

No Brasil, a taxa de incidência de casos de hepatite A foi maior nos anos de 2004 e 2005. A taxa de detecção das hepatites B e C apresenta tendência de aumento, sendo que a hepatite B apresentou maiores taxas em relação à hepatite C em todo o período. As menores taxas são observadas para a hepatite D, (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016).

Casos de hepatite C com anti-HCV e HCV-RNA reagentes notificados no Sinan nesse período, 64,2% foram observados no Sudeste, 24,2% no Sul, 5,6% no Nordeste, 3,2% no Centro-Oeste e 2,7% no Norte. Em 2015 a região Nordeste apresentou a menor taxa de detecção Nordeste (1,2). De 1999 a 2015, foram notificados no Sinan 514.678 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. Destes, 161.605 (31,4%) são referentes aos casos de hepatite A, 196.701 (38,2%) de hepatite B, 152.712 (29,7%) de hepatite C e 3.660 (0,7%) de hepatite D (MINISTERIO DA SAÚDE, 2016).

De 2000 a 2014 foram identificados, no Brasil, pelo SIM, 56.335 óbitos associados às hepatites virais dos tipos A, B, C e D. Destes, 1,8% foram associados à hepatite viral A; 21,9% à hepatite B; 75,2% à hepatite C e 1,1% à hepatite D,

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016).

Sífilis

No período de 2010 a junho de 2016, foram notificados no SINAN um total de 227.663 casos de sífilis adquirida, dos quais 62,1% foram casos residentes na região Sudeste, 20,5% no Sul, 9,3% no Nordeste, 4,7% no Centro-Oeste e 3,4% no Norte. Em 2015, o número total de casos notificados no Brasil foi de 65.878, dos quais 37.056

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(56,2%) eram residentes na região Sudeste, 17.042 (25,9%) na região Sul, 6.332 (9,6%) na região Nordeste, 3.350 (5,1%) na região Centro-Oeste e 2.098 (3,2%) na região Norte. No mesmo período, a taxa de detecção no Brasil foi de 42,7 casos de sífilis adquirida/100 mil hab., taxa superada pelas regiões Sul (75,3 casos/100 mil hab.) e Sudeste (55,7 casos/100 mil hab.). Quanto as UFs, a taxa de detecção mais elevada, em 2015, foi observada no Rio Grande do Sul (111,5 casos/100 mil hab.), e a mais baixa em Alagoas (3,8 casos/100 mil hab.) Na série histórica de casos de sífilis adquirida notificados, observa-se que 136. (60,1%) são homens. Em 2010, a razão de sexos era de 1,8 casos em homens para cada caso em mulheres; em 2015, foi de 1,5 casos em homens para cada caso em mulheres (Tabela 3 e Figura 5). Em 2015, observou-se que 55,6% dos casos de sífilis adquirida, no Brasil, eram da faixa etária de 20 a 39 anos, 16,3% cursaram ensino médio completo, 40,1% declararam ser da raça/cor branca e 31,0% parda. Ressalta-se que em 36,8% dos casos a informação de escolaridade constava como ignorada (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016).

A Paraíba registrou mais de 2,2 mil casos de sífilis em gestantes e 1.382 de sífilis congênita no período de 2011, até a 39ª semana epidemiológica de 2016. Nos dois casos, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), observa-se um aumento na taxa de detecção ao longo dos anos, salientando a importância do cuidado constante e da vigilância nos serviços de saúde. No entanto, somente em 2016, o boletim da SES mostra que já foram contabilizados oito óbitos por sífilis em crianças (PARAÍBA, 2016).

Também houve um aumento progressivo na taxa de incidência de casos de sífilis congênita no Estado. Em 2011, o percentual era de 2,9% de casos por 1 mil nascidos vivos e em 2015 a taxa subiu para 5,8%. Em 2016, a Paraíba já tem 4,9% de casos da doença em menores de um ano de idade (PARAÍBA, 2016).

De sífilis e a elevação da taxa de incidência de sífilis congênita (/mil nascidos vivos) e das taxas de detecção de sífilis em gestante (/mil nascidos vivos) e adquirida (/100 mil hab.) ao longo do período (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010 a 2015).

A taxa de detecção de sífilis em gestante se mantém superior a taxa de incidência de sífilis congênita. No ano de 2016, a taxa de detecção de sífilis em gestante está em 7,8 por 1 mil nascidos vivos e a taxa de incidência de sífilis congênita de 4,9 por 1 mil nascidos vivos. Quanto à mortalidade infantil por sífilis congênita, no período de 2011 a 2016, foram declarados 52 óbitos declarados no sistema de informação (PARAÍBA, 2016).

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(CTA), JOÃO PESSOA-PB

O (CTA) de João Pessoa atende à demanda espontânea da população da região metropolitana e vizinhança, e à demanda decorrente de encaminhamentos de outras instituições de saúde, como USF, bancos de sangue, instituições governamentais e não governamentais. O CTA oferece aconselhamento pré-teste coletivo, pós-teste individual e exames laboratoriais Elisa anti-HIV, hepatites B e C e o Venereal Disease Research Laboratory (VDRL), para detecção de infecção por sífilis. O aconselhamento pré-teste dura entre 30 e 60 minutos. O aconselhamento pós-teste, com entrega do resultado do exame, leva aproximadamente 20 minutos.

O CTA também é um serviço de assistência especializada em HIV-Aids, e Centro de Testagem e Aconselhamento em ISTs (Infecções sexualmente transmissíveis) e Hepatites Virais é um serviço responsável pela assistência ambulatorial às pessoas vivendo com HIV/AIDS, ISTs e Hepatites Virais, sendo referência no tratamento de HPV (estágio inicial) em ambos os sexos. Prestando atendimento integral e de qualidade aos pacientes, por meio de uma equipe multidisciplinar, realizando ações de Promoção, Prevenção, diagnóstico e tratamento de Infecções sexualmente transmissíveis (JOÃO PESSOA, 2016).

O atendimento é inteiramente sigiloso e oferece a quem realiza o teste, a possibilidade de ser acompanhado por uma equipe multiprofissional, que irá orientar sobre resultado final do exame, independente dele ser positivo ou negativo. Quando os resultados são positivos, o Serviço é responsável por acompanhar e em alguns casos encaminhar os usuários para tratamento nos serviços de referência.

A demanda do CTA é espontânea e consiste no cadastramento dos usuários do SUS – Sistema Único de Saúde que procuram o serviço; Aconselhamento (preparação psicológica para a promoção, prevenção, diagnóstica e tratamento dos mesmos); Coleta de material (sangue) para exames laboratoriais e envio deste material ao respectivo laboratório; Realização dos seguintes Procedimentos: Testes Rápidos para SÍFILIS, SÍFILIS em Gestantes, Detecção de Infecção Pelo HIV, Detecção de HIV em Gestante, Detecção de Hepatite “C” e para Detecção de Hepatite “B”. Após o Diagnóstico, de acordo com os resultados, se necessário, o paciente é encaminhado para os devidos tratamentos bem como, a disponibilização de medicamentos, conforme suas necessidades, seguindo prescrição médica.

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Ainda dentro da demanda, o CTA realiza atendimento médico especializado em Infectologia, tratamento de HPV e outras ISTs; Coleta e encaminhamento de Material Citológico; distribuição de material de prevenção às como: preservativos femininos e masculinos, gel lubrificante, bem como material educativo (cartazes e folhetos explicativos), (JOÃO PESSOA, 2016).

CTA INTINERANTE, JOÃO PESSOA

Trata-se de uma ação extra muro, descentralizando os serviços ofertados nas instalações internas do CTA, realizando Testes Rápidos para HIV, Sífilis, Hepatites B e C, com sigilo, segurança, escuta qualificada, encaminhamentos pra continuidade do diagnóstico e tratamentos específicos, com o objetivo de identificar precocemente os diagnósticos das ISTs, além de realizar panfletagem e distribuição de insumos de prevenção, ações são realizadas nas feiras livres, mercados públicos, faculdades, empresa de transporte urbano, praças públicas e eventos em geral que disponham de estrutura física adequada para garantir a segurança e sigilo do usuário na realização dos serviços oferecidos pelo CTA.

Em 2016, o CTA Itinerante realizou 35 Ações, distribuídas ao longo do ano num total de 41 dias, onde participou da Feirinha de Tambaú; Projeto Folia de Rua; Semana da Mulher do Shopping Tambiá e Centro Administrativo Municipal; Quadrilhas Juninas; Semana da Saúde do Corpo de Bombeiros; Centro da Juventude; Taxistas; Polícia Militar; EMLUR; Feira do trabalho no Ponto de Cem Réis; Mercados: da Torre, Central, Jaguaribe e Mangabeira; Ação Global (Lagoa); Rotary (Lagoa) e Semana de Enfermagem na Faculdade Maurício de Nassau; Vila Olímpica no Bairro de Paratibe; Dia Mundial de Hepatites (LAGOA); Deficientes auditivos (FUNAD); Dia Mundial de combate a AIDS (LAGOA – Centro de Cidadania LGBT) CBTU; onde, 1.973 pessoas foram testadas, totalizando 5.979 testes realizados no CTA Itinerante.

TESTES RÁPIDOS

Ao final da década de 1980, uma nova estratégia diagnóstica surgiu. Chegaram ao mercado, os testes rápidos. Com o avanço das tecnologias de desenvolvimento e produção, esses testes revelaram-se eficientes na investigação de doenças infectocontagiosas. Desde 2005, a utilização dos testes rápidos permite atender à

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crescente demanda pelo diagnóstico de agravos relevantes à saúde pública, visto que sua utilização aumenta a agilidade da resposta aos indivíduos e permite seu rápido encaminhamento para assistência médica e início de tratamento (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).

Testes rápidos são aqueles cuja execução, leitura e interpretação dos resultados são feitas em, no máximo, 30 minutos. Além disso, são de fácil execução e não necessitam de estrutura laboratorial (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).

Os testes rápidos são, primariamente, recomendados para testagens presenciais. Podem ser feitos com amostra de sangue total obtida por punção venosa ou da polpa digital, ou com amostras de fluido oral. Dependendo do fabricante, podem também ser realizados com soro e (ou) plasma.

De acordo com o levantamento realizado em 2016 (planilhas em anexo ao presente relatório), o CTA João Pessoa, em sua Sede, promoveu aos usuários do Serviço 27.179 Testes Rápidos, onde deste total, 4.204 foram gestantes e 22. 975 não gestantes e 6.066 foram realizados em ações extramuros, dando um total geral de 33.246 testes.

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Planilha 01: Produção anual de testes rápidos realizados pela equipe do CTA, João Pessoa-PB, em 2016.

Fonte: Secretaria de Saúde, João Pessoa-Pb (2016).

De acordo com a planilha de anual de testes rápidos, no ano de 2016, foi identificado um aumento relevante de casos reagentes para sífilis, se configurando um problema de saúde pública.

Diante desse quando de epidemia, podemos observar o quanto às ações de aconselhamento no CTA são importantes bem como a criação de projetos de intervenção no enfrentamento das políticas de IST/AIDS e hepatites virais.

ACONSELHAMENTO E PREVENÇÃO

Segundo o (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010), o aconselhamento é um processo de escuta ativa, individualizado e centrado no cliente. Pressupõe a capacidade de

2016 TESTES REALIADOS RESULTADO

REAGENTE

MÊS GESTANTES NÃO GESTANTES AÇÕES CTA Itinerante

Sífilis HIV HBV HCV Sífilis HIV HBV HCV Sífilis HIV HBV HCV Sífilis HIV HBV HCV

JA 31 37 - 60 388 427 - 308 115 115 - 60 20 10 - - FE 45 47 - 46 629 629 - 576 0 0 - 0 55 6 - - MA 65 65 4 50 606 614 13 440 275 279 98 278 76 2 2 6 AB 82 47 - 81 487 602 15 533 206 206 17 163 62 8 - 3 MAI 141 114 85 142 677 673 258 672 210 212 107 210 94 14 3 7 JU 74 55 53 45 395 439 490 311 54 54 37 17 34 2 2 - JUL 154 148 87 152 295 487 479 378 236 236 236 236 22 10 2 - AG 128 96 95 97 522 525 532 531 - 0 0 0 72 4 1 1 SE 113 264 106 107 520 968 517 408 70 70 70 79 241 3 1 - OU 104 109 106 107 545 573 572 566 0 0 0 0 64 20 4 - NO 107 85 97 101 503 565 482 479 212 220 212 212 58 34 1 1 DE 100 102 178 92 580 630 589 547 141 142 493 488 80 31 5 2 S UB . TOTAIS 1144 1169 811 1080 6147 7132 3947 5749 1519 1534 1270 1743 878 144 21 20

TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL

4204 22975 6066

TOTAL GERAL

1063 33245

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estabelecer uma relação de confiança entre os interlocutores, visando ao resgate dos recursos internos do cliente para que ele mesmo tenha possibilidade de reconhecer-se como sujeito de sua própria saúde e transformação. É uma ação de prevenção que permite a atenção individualizada e singular, além de representar um importante componente do processo de diagnóstico do HIV, da sífilis e das hepatites virais. Sua realização, na prática dos CTA, não deve estar só restrita aos momentos pré e pós testagem nem ao atendimento das pessoas que buscam o diagnóstico.

Os tipos de aconselhamento a serem realizados nos CTA são: Aconselhamento individual; Aconselhamento coletivo; Aconselhamento para casais, inclusive casais soropositivos e soro discordantes; Aconselhamento continuado para pessoas que aguardam os resultados de exames (HIV, sífilis, hepatites) e também para PVHA, portadores de hepatites e seus familiares, até que sejam encaminhados e atendidos nos serviços de referência para tratamento (MINISTÈRIO DA SAÚDE, 2010).

O aconselhamento antes da testagem deve ser oferecido a todos os usuários dos CTA. Fazem parte desta etapa o acolhimento, o estabelecimento do vínculo, o mapeamento de situações de vulnerabilidade e a orientação sobre o teste. É direito dos usuários optarem pela realização ou não do procedimento de aconselhamento pré-teste, independentemente da metodologia diagnóstica utilizada, seja rápida ou convencional. Isso não significa suprimir o acolhimento e o diálogo sobre a motivação do teste, a metodologia a ser utilizada e as expectativas do resultado. Para os CTA que ofertam diferentes modalidades de testagem, é prerrogativa do usuário a decisão pelo método a ser utilizado.

No plano operacional, a inclusão do aconselhamento no âmbito das práticas de atenção primária suscita diversas propostas. Sugere-se que o aconselhamento deva ser optativo, visando não comprometer a autonomia do usuário (FRITH, 2005).

Estudos de corte etnográfico realizados no Brasil apontam para a necessidade de a prática do aconselhamento ser orientada efetivamente pela abordagem centrada na pessoa. Frente aos elementos simbólicos e sociais mobilizados pela AIDS e pela sexualidade, compreende-se que o provimento de ações de detecção do vírus deve atender, dentro de seus objetivos e componentes organizativos, as demandas e motivações dos usuários, visando evitar um quadro de ‘desencontro’ entre os discursos e representações do profissional de saúde/aconselhador e do usuário (MONTEIRO ET AL, 2012).

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Os profissionais de saúde que já trabalham com a demanda de assistência a IST e HIV/AIDS têm a oportunidade ímpar de manter um contato direto com a intimidade da vida do cliente, podendo assim promover um trabalho preventivo ajustado às necessidades individuais.

O aconselhamento se fundamenta na interação e na relação de confiança que se estabelece entre o profissional e o usuário. O papel do profissional sempre é da escuta das preocupações e dúvidas do usuário, desenvolvendo habilidade em perguntar sobre a vida íntima, com a finalidade de propor questões que facilitem a reflexão e a superação de dificuldades, adoção de práticas seguras, na busca da promoção da qualidade de vida. Para que todos esses objetivos sejam alcançados, é fundamental que, durante todo o atendimento, a linguagem utilizada seja acessível ao usuário (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).

Contudo, o aconselhamento se configura sim, uma arma fundamental no enfrentamento da epidemia das ISTs, uma vez que ajuda o indivíduo na conscientização de adoção de práticas seguras, tirando dúvidas e reduzindo danos, contribuindo na prevenção.

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METODOLOGIA DA PESQUISA

A pesquisa foi realizada no Centro de Testagem e Aconselhamento de IST/AIDS (CTA), no município de João Pessoa- PB, com profissionais de saúde (enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, biólogos) no período de janeiro a março de 2017. O (CTA) é considerado um centro de referência para o atendimento aos portadores de IST/AIDS, Hepatites Virais, prestando assistência integral através da equipe multidisciplinar.

Tratou-se de uma pesquisa de campo com abordagem qualitativa. Realizando o trabalho de campo, a análise do material empírico e documental. Segundo Minayo, (2010), a pesquisa qualitativa estimulou os entrevistados a pensarem livremente sobre algum tema, objeto ou conceito.

A amostra foi constituída por sete profissionais de saúde do serviço pesquisado, que aceitaram participar voluntariamente da pesquisa, após serem devidamente informadas a respeito do objetivo e assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

A técnica escolhida para o levantamento dos dados foi um questionário semi-estruturado com questões objetivas referentes à caracterização sócio demográfica da amostra e questões subjetivas inerentes aos objetivos propostos na investigação.

A análise dos dados foi enfocada no método qualitativo empregando à técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) proposta por (Lefèvre e lefévre, 2005), que consiste num conjunto de procedimento que destaca as expressões chave das falas dos participantes do estudo, o que viabilizam o pensamento em forma de síntese e possibilitam a interpretação para fundamentação dos resultados.

A pesquisa foi realizada levando-se em consideração os aspectos éticos a partir das diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas preconizadas pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, que dispõe sobre a pesquisa com os seres humanos. Os entrevistados também entraram em contato com o Termo de Livre Consentimento Esclarecido, onde serão informados sobre o conteúdo da pesquisa como seus objetivos, ficando claro o direito aos participantes continuarem ou não na pesquisa, podendo desistir a qualquer momento, sem incorrer qualquer prejuízo aos participantes.

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RESULTADO E DISCUSSÃO

Nessa fase da pesquisa foram analisados e discutidos os dados relacionados à caracterização dos profissionais de saúde do Centro de Testagem e Aconselhamento de IST/AIDS e os dados relacionados às questões norteadoras sobre o objeto de estudo.

Desta forma os sujeitos da pesquisa foram 07 (Sete) trabalhadores no aconselhamento do CTA, dentre eles um enfermeiro, três psicólogos, dois assistentes sociais e um biólogo, que atuaram no aconselhamento dos usuários com HIV/AIDS, sífilis e hepatites virais, orientando e aconselhando. Assim segue, quadro com a relação dos trabalhadores do CTA entrevistados.

Quadro 1: Relação dos profissionais entrevistados, com a idade e tempo de atuação no CTA.

Nº PROFISSIONAL IDADE TEMPO ATUAÇÃO NO CTA

01 Enfermeiro 43 Anos 05 Anos

03 Psicólogo 40 a 60 Anos 20 Anos

02 Assistente Social 50 a 52 Anos 36 Anos

01 Biólogo 50 Anos 06 Anos

O quadro mostrou que os aconselhadores são todos do sexo feminino (99%), na faixa etária entre 43 -60 anos, autodeclarados de cor branca e parda (90,5%), com ensino superior completo e mestrado (50,9%). O tempo de atuação no serviço é bastante longo, o que significa muita experiência no aconselhamento, a maioria tem cerca de 20 a 36 anos de atuação.

Em seguida, a análise das questões relacionadas ao objeto de estudo. A primeira pergunta foi relação ao processo de aconselhamento do profissional de saúde no CTA: todos descreveram que o seu processo no atendimento, cerca de 90% realizam um passo a passo satisfatório no pré e pós aconselhamento e 10% ainda não conseguiram definir claramente. Realização do Aconselhamento Pré e Pós teste; fazem encaminhamento dos usuários para os serviços especializados em IST, AIDS e Saúde Mental e UBS conforme cada caso; orientam sobre a retestagem dos casos

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identificados na situação de (janela imunológica); disponibilizam os insumos de prevenção (preservativos femininos e masculinos, gel lubrificantes, folhetos explicativos sobre as principais ISTs); realizam esclarecimentos antes da testagem e orientações pós testagem; fazem orientações sobre práticas seguras.

Em relação às barreiras negativas no repasse de informações no conhecimento pelo aconselhamento, 40% respondeu que há sim uma barreira negativa no aconselhamento, 60% respondeu que na maioria das vezes, conseguem realizar um bom aconselhamento.

Não foram encontradas dificuldades relevantes no processo de aconselhamento do serviço em estudo.

Sobre a questão de encontrar facilidades na realização dos testes rápidos? A maioria respondeu que percebe mais facilidades, em geral nas consultas com especialista; a demanda espontânea e o acesso ao serviço. Dificuldades: obter do usuário as informações verdadeiras sobre histórico de vida sexual; informação do usuário sobre sexo oral, tratamento e o medo do preconceito.

“[...] Sim, tirando as dúvidas, fazendo encaminhamentos para serviços específicos (T)”.

“[...] Sim, temos obtido bons resultados (C)”.

“[...] Sim, momento de repasse de informações sobre IST/AIDS e hepatites virais (C)”.

“[...] Sim, esclarecimentos no pré e pós Teste, e adesão do tratamento junto com o parceiro (A)”.

“[...] Sim, o usuário tem encontrado facilidades em realizar os testes esclarecimento de suas dúvidas (B)”

As questões sobre as IST, que os usuários colocam com maior frequência? As respostas mostraram que ainda existe muita dúvida por parte dos usuários que o aconselhamento tem sanado, como por exemplo, sobre o sexo oral, muitos ainda acreditam que a prática do sexo oral não traz risco. Também ainda existe o medo e preconceito acerca do HIV, suas formas de transmissão e a diferença entre HIV e AIDS.

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“[...] Sexo oral sem camisinha, como se adquiri e se transmite as IST, como é realmente o tratamento (C)”. “[...] Duvida sobre as IST’s, diagnosticados, e quais são as principais, quais apresentam sinais e sintomas (B).”.

“[...] Medo de transmissão do HIV, e o medo AIDS (A)”. “[...] O medo do HIV e Sífilis, (principalmente na questão do preconceito) (C)”.

Na pergunta sobre a percepção de aumento das infecções sexualmente transmissíveis em grupos específicos? Cerca de 70% dos responderam que sim, há aumento principalmente em Sífilis, HIV e HPV, há uma incidência maior entre jovens, Homens que fazer sexo com homens (HSH), e em gestantes houve um aumento nos casos sífilis, cerca de 30% outros grupos como homossexuais, adultos entre outros.

“[...] Sim, adolescentes, faixa etária 15-19 anos, adultos 37-60 anos (C)”.

“[...] Sim, com certeza o grupo HSH, tenho entreguem exames reagentes em faixa etária bastante jovem (A)”. “[...] maior incidência em sífilis e HIV em jovens (C)”. “[...] aumento da incidência em sífilis e HPV (B)”.

“[...] Sim, entre jovens, principalmente sífilis e HPV (A)”.

Sobre a questão de mudanças sugeridas? Muitos responderam que poderia melhorar a questão do tempo de aconselhamento, seria necessário um tempo maior, dependendo de cada situação, não haver interrupção na hora do aconselhamento e ter mais informação nos meios de comunicação sobre o serviço e as infecções sexualmente transmissíveis.

Em sua opinião, qual a importância do aconselhamento na prevenção das infecções sexualmente transmissíveis? Nessa questão, a maioria relatou a importância na questão dos atendimentos serem inteiramente sigilosos e oferece facilidades na realização de testes, a possibilidade de serem acompanhados por uma equipe multi e interdisciplinar com: psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e biólogo; a orientação sobre o resultado final do exame, independentemente de serem positivo ou negativo acontecem de forma tranquila, os atendimentos são na maioria

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das vezes resolutivos e o cliente sai do serviço com suas questões resolvidas e encaminhadas.

“[...] Segundo a enfermeira, O aconselhamento desempenha um papel importante na divulgação de informações relativas à transmissão do HIV, Sífilis e as hepatites virais, (VS)”.

“[...] O acesso as informações poderá levar o usuário a introspecção e mudança do comportamento (AA)”.

É no aconselhamento que o usuário, ao chegar ao serviço, fragilizado, inseguro, cheio de dúvidas, que ele encontra ajuda e apoio psicológico, emocional, e recebe orientação sobre sua condição de saúde, recebe informações de prevenção forma educativa, sem julgamentos e imposições.

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CONSIDERAÇÕES

As ações de aconselhamento se tornam uma fundamental estratégia de prevenção, pois, permite a redução do impacto da epidemia na população, a promoção de saúde e a melhoria da qualidade do serviço prestado nas unidades de referência na medida em que propicia uma reflexão sobre os riscos de infecção e a necessidade de sua prevenção. Permite também conhecer e aprofundar o perfil social e epidemiológico da comunidade de abrangência, dimensionar e mapear a população de maior vulnerabilidade e, com isso, reformular estratégias de prevenção e monitoramento.

Há, portanto, nessa prática, uma grande necessidade de habilidades interpessoais, habilidades de escuta e comunicação, e habilidades para acessar e manejar emoções, sensações e significações particulares, e não apenas o domínio de informações técnico científicas.

O papel do profissional sempre é da escuta das preocupações e dúvidas do usuário, desenvolvendo habilidade em perguntar sobre a vida íntima, com a finalidade de propor questões que facilitem a reflexão e a superação de dificuldades, adoção de práticas seguras, na busca da promoção da qualidade de vida.

Diante de uma epidemia das ISTs, o aconselhamento nas ações do serviço de CTA, configura-se uma importante estratégia de prevenção e deve ter um olha mais específico nas políticas públicas em IST/AIDS, pois aqueles que trabalham nessa temática estão diretamente ligados à assistência e tem relação intima nesse processo. O presente estudo mostrou das ações de aconselhamento no CTA, e como os profissionais têm papel relevante nessas ações, pois, diante das epidemias das IST, os usuários podem contar com um serviço que lhes oferecem não só exames, diagnóstico, tratamento, mas principalmente apoio psicológico e resolução de seus problemas, com apoio, psicológico, emocional, atendimento integral e resolutivo.

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REFERÊNCIAS

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PARAÍBA, Governo Estadual. Secretaria de Estado da Saúde. Colegiado Intersetor Bipartite (CIB). Resolução nº 13/2015. Aprova a atualização da Resolução CIBE nº

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VALDISERRI, R. HIV counseling and testing: its evolving role in HIV prevention. AIDS Education and Prevention, [S.l.], v. 9, 1997.

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APÊNDICE A

QUESTIONÁRIO DA PESQUISA

1. Descreva o seu Trabalho e os recursos utilizados no serviço do CTA.

___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 2. Você tem observado alguma resposta positiva em relação ao processo de aconselhamento?

___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 3. Você tem encontrado alguma barreira negativa no processo de aconselhamento? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 4. Quais as facilidades e dificuldades encontradas no processo de aconselhamento? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 5. Quais são as questões sobre as IST que os usuários colocam com maior frequência?

___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 6. No processo de trabalho, você tem percebido que há maior incidênciade IST em algum grupo específico? Qual?

___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 7. Que mudanças você poderia sugerir no processo de aconselhamento? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 8. Em sua opinião, qual a importância do aconselhamento na prevenção das infecções sexualmente transmissíveis?

___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ______________________________________________________

(32)

APÊNDICE B

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezado (a) Senhor (a) sou aluna do Curso de PÓS-GRADUAÇÃO, da Universidade Federal do Rio Grande Do Norte; e, sob a orientação do Professor Mestre: (Renato Motta Neto) pretendo realizar uma pesquisa, intitulada: IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES DE ACONSELHAMENTO NO CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO EM IST/AIDS, NA CIDADE DE JOÃO PESSOA/PB.

A realização deste estudo só será possível com a sua colaboração. Porém, sua participação é voluntária. Assim, solicito sua autorização, para realizar uma pesquisa, e, após a conclusão do mesmo poder apresentar em eventos científicos e publicar em revista científica.

Com relação a sua participação, me comprometo em manter o seu nome em sigilo, bem como os dados confidenciais a serem apresentados e também aceitar a livre decisão da senhora aceitar e participar ou não do estudo, respeitando o seu direito de desistir em qualquer momento da pesquisa, sem nenhum dano e/ou qualquer prejuízo da assistência prestada.

Sua participação nesta pesquisa consistirá em responder as perguntas a serem realizadas sob a forma de um questionário – que será guardada por cinco (05) anos e incinerada após esse período. A Senhora não terá nenhum custo ou quaisquer compensações financeiras.

Diante do exposto, agradeço antecipadamente sua atenção e colaboração, estando a sua disposição para qualquer esclarecimento que considere necessário.

Eu, ___________________________________, declaro que fui devidamente esclarecida sobre a pesquisa e dou meu consentimento para participar da pesquisa e publicação dos resultados. Estou ciente que receberei uma cópia deste documento.

João Pessoa, _____/_____/_____ _________________________________________________________ Participante do estudo Pesquisador:________________________________________________________ Endereço da Faculdade:_______________________________________________ Orientador:_____________________ JOÃO PESSOA, 2017

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