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A gestão do planejamento da Educação Superior Pública na Amazônia - da Ditadura Militar ao governo Lula: continuidades e rupturas

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(1)

MARIA LÚCIA GOMES FIGUEIRA DE MELO

A GESTÃO DO PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO

SUPERIOR PÚBLICA NA AMAZÔNIA – DA DITADURA

MILITAR AO GOVERNO LULA: Continuidades e

Rupturas

TESE DE DOUTORAMENTO EM GESTÃO

Orientação: Profª Doutora Maria Teresa Couceiro da Costa Sequeira e Souza Carvalho

Profª Doutora Denise de Souza Simões Rodrigues

(2)
(3)

II

MARIA LÚCIA GOMES FIGUEIRA DE MELO

A GESTÃO DO PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO

SUPERIOR PÚBLICA NA AMAZÔNIA – DA DITADURA

MILITAR AO GOVERNO LULA: Continuidades e

Rupturas

Orientação: Profª Doutora Maria Teresa Couceiro da Costa Sequeira e Souza Carvalho

Profª Doutora Denise de Souza Simões Rodrigues

UTAD Vila Real – 2013

(4)
(5)

III

FICHA CATALOGRÁFICA

Melo, Maria Lúcia Gomes Figueira de

A Gestão do Planejamento da Educação Superior Pública na Amazônia – Da Ditadura Militar ao Governo Lula: Continuidades e Rupturas / Maria Lúcia Gomes Figueira de Melo Vila real: [sn], 2013

Orientação: Profª Doutora Maria Teresa Couceiro da Costa Sequeira e Souza Carvalho

Profª Doutora Denise de Souza Simões Rodrigues

Dissertação (Doutoramento) Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

PALAVRAS-CHAVE: Gestão Planejamento Educação Superior Concepções e Modelos de Gestão Amazônia

(6)
(7)

IV

Tese apresentada à Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro, como requisito parcial para a obtenção do grau de Doutor

(8)
(9)

V

A meu pai Dr E Anselmo Figueira de Melo (In memória), que sempre me incentivou a prosseguir meus estudos, dedico esta pequena contribuição científica

(10)
(11)

VI

Acreditamos que a pesquisa científica sobre os modelos de gestão do processo de planejamento regional constitui uma das vias possíveis para se construir uma consciência política dos problemas sociais da Amazônia que nos possibilita propor modelos de gestão não-alienados entre o planejamento e sociedade, de modo a reafirmar a necessidade de participação dos segmentos socialmente excluídos no processo de autogestão de suas destinações históricas (MÉLO, 2010; P 17)

(12)
(13)

VII

AGRADECIMENTOS

• À Universidade do Estado do Pará – UEPA por ter tido a iniciativa de estabelecer convênio de cooperação técnico-científica com a Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro – UTAD, me oportunizando a cursar o doutoramento em Portugal, o meu mais profundo agradecimento;

• À Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro – UTAD que de forma qualitativamente social e científica, geriu e executou o Curso de Doutoramento em Gestão Pública, o meu reconhecimento especial;

• Às minhas orientadoras de tese nas pessoas das Profªs Dras Maria Teresa Couceiro da Costa Sequeira e Souza Carvalho e Denise de Souza Simões Rodrigues, que em Portugal e no Brasil, respectivamente, souberam dialetizar competência científica com amorosidade interativa, a minha imorredoura gratidão;

• À Professora e amiga Josevet Miranda pela indispensável colaboração no acesso à Internet dos textos sobre Gestão Pública no Brasil, o meu especial agradecimento;

• Aos técnicos da equipe de Gestão do Planejamento da SUDAM, assim como aos professores, alunos e funcionários da UFPª e UFAM que participaram como sujeitos da informação desta pesquisa, o meu reconhecimento de eterna gratidão;

• À todos que colaboraram direta e/ou indiretamente para a elaboração deste estudo, aos quais me reservo o direito de não nominá-los para não ser injusta, os meus mais sinceros agradecimentos

(14)
(15)

VIII

ÍNDICE GERAL

!

FICHA CATALOGRÁFICA ... III AGRADECIMENTOS ... VII ÍNDICE GERAL ... VIII ÍNDICE DE FIGURAS ... XI ÍNDICE DE TABELAS ... XII ÍNDICE DE QUADROS ... XIV ÍNDICE DE GRÁFICOS ... XV SIGLAS E ABREVIATURAS ... XVIII RESUMO ... XXVIII ABSTRACT ... XXIX RESUMEN ... XXX

INTRODUÇÃO ... 1

CAPÍTULO I – REFERÊNCIAL TEÓRICO: A GESTÃO DO PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICA NA AMAZÔNIA NO DISCURSO CIENTÍFICO ... 5

1.1.(RE) VISITANDO A TEORIA ... 6

1.1.1.OS PARADIGMAS TEÓRICO-METODOLÓGICOS ... 8

1.2.DEFINIÇÃO DOS CONCEITOS BÁSICOS ... 79

CAPÍTULO II – RECONSTITUIÇÃO DA METODOLOGIA DE PESQUISA ... 87

2.1.MÉTODO DE ABORDAGEM ... 88

2.2.MÉTODO(S) LÓGICO(S) ... 91

2.3.MÉTODOS DE PROCEDIMENTO ... 94

2.4.TIPOS DE PESQUISA ... 97

2.5.TÉCNICAS DE PESQUISA ... 101

2.6.ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA ... 111

2.7.DIFICULDADES E POSSIBILIDADES TEÓRICO-METODOLÓGICAS 111 CAPÍTULO III – AMAZÔNIA E AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR PÓS-64 ... 114

3.1.CARACTERIZAÇÃO REGIONAL DA AMAZÔNIA ... 115

(16)

IX

3.1.2.ASPECTOS DEMOGRÁFICOS ... 123

3.1.3.ASPECTOS EDUCACIONAIS ... 128

3.1.4.ASPECTOS (ANTI) ECOLÓGICOS ... 133

3.2.AS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NA AMAZÔNIA PÓS-64 148 3.2.1.A EDUCAÇÃO SUPERIOR NA DITADURA MILITAR ... 149

3.2.2.A EDUCAÇÃO SUPERIOR NO GOVERNO DE FHC ... 174

3.2.3.A EDUCAÇÃO SUPERIOR NO GOVERNO LULA ... 192

CAPÍTULO IV – A GESTÃO DO PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICA NA AMAZÔNIA – DA DITADURA MILITAR AO GOVERNO LULA: CONTINUIDADES E RUPTURAS ... 232

4.1.ÓTICA DOS GESTORES DA SUDAM ... 233

4.1.1.PERFIL IDENTITÁRIO DOS SUJEITOS DA INFORMAÇÃO ... 233

4.1.2.CONDIÇÕES SOCIAIS DE VIDA ... 237

4.1.3.A GESTÃO DO PLANEJAMENTO REGIONAL COMO PRODUTO DO PROCESSO HISTÓRICO NO PERÍODO DE 1964/ 2010 ... 244

4.1.4.PRÁTICAS DE GESTÃO DO PLANEJAMENTO DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NA AMAZÔNIA ... 255

4.1.5.CONCEPÇÕES DO PROCESSO DE GESTÃO DO PLANEJAMENTO NA AMAZÔNIA ... 269

4.1.6.MODELOS DE GESTÃO DO PLANEJAMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA AMAZÔNIA ... 272

4.1.7.RELAÇÕES ENTRE GESTÃO, PLANEJAMENTO E SOCIEDADE NA AMAZÔNIA ... 281

4.1.8.AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR PARA A AMAZÔNIA E SEUS EFEITOS SOCIAIS ... 287

4.1.9.CONTINUIDADES E RUPTURAS NA GESTÃO DO PLANEJAMENTO DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR PARA A AMAZÔNIA – DA DITADURA MILITAR AO GOVERNO LULA ... 294

4.2.ÓTICA DOS GESTORES DA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA REGIONAL ... 304

4.2.1.PERFIL IDENTITÁRIO DOS SUJEITOS DE INFORMAÇÃO ... 304

(17)

X

4.2.3.A GESTÃO DO PLANEJAMENTO DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NA AMAZÔNIA COMO PRODUTO DO PROCESSO

HISTÓRICO NO PERÍODO DE 1964/2010 ... 318

4.2.4.PRÁTICAS DE GESTÃO DO PLANEJAMENTO DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NA AMAZÔNIA ... 324

4.2.5.CONCEPÇÕES DO PROCESSO DE GESTÃO DO PLANEJAMENTO DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NA AMAZÔNIA ... 329

4.2.6.MODELOS DO PLANEJAMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA AMAZÔNIA ... 335

4.2.7.RELAÇÕES ENTRE GESTÃO, PLANEJAMENTO E SOCIEDADE NA AMAZÔNIA DURANTE A DITADURA MILITAR E O GOVERNO LULA344 4.2.8.AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR PARA AMAZÔNIA E SEUS EFEITOS SOCIAIS ... 350

4.2.9.CONTINUIDADES E RUPTURAS NA GESTÃO DO PLANEJAMENTO DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR PARA A AMAZÔNIA – DA DITADURA MILITAR AO GOVERNO LULA ... 357

CONSIDERAÇÕES FINAIS E PROPOSIÇÕES FINAIS ... 377

REFERÊNCIAS ... 388

REFERÊNCIAS CONSULTADAS ... 399

(18)
(19)

XI

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Pirâmide social da educação positivista ... 12!

Figura 2 – Processo de gestão funcionalista do planejamento ... 22!

(20)
(21)

XII

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Contingente populacional, surperfície e densidade demográfica do

Brasil e da Amazônia legal no período de 1960 a 2010 ... 85!

Tabela 2 – Titularidade dos docentes das IES por dependência administrativa

em 1985 ... 164!

Tabela 3 – Índice de docentes das IFES com maior concentração em TIDE em

relação ao número relativo de doutores em 1985 ... 170!

Tabela 4 – Instituições de educação superior segundo formato organizacional

por dependência administrativa ... 187!

Tabela 5 – Número de matrículas das IES segundo formato institucional e

dependência administrativa no período de 1985/ 2002 ... 189!

Tabela 6 – Evolução das matrículas ne educação superior por dependência

administrativa em cursos presenciais de graduação no Brasil durante o período 2002/ 2005 ... 196!

Tabela 7 – Número de IES e oferta de vagas em cursos de EAD por

dependência administrativa e áreas de conhecimento nos anos de 1999 e 2007 ... 210!

Tabela 8 – Número de pólos da UAB instalados no Brasil no período de 2007 a

2010 por região e IFES envolvidas por dependência administrativa ... 218!

Tabela 9 – Número de mestras e doutores por regiões Brasileiras nos anos de

2000 e 2010 ... 225!

Tabela 10 – Perfil identitário dos gestores do planejamento regional da SUDAM

em 2009 ... 416!

Tabela 11 - Condições Sociais de Vida dos Gestores do Planejamento

Regional da SUDAM em 2009 ... 417!

Tabela 12 – Avaliação do processo de gestão do planejamento das políticas

públicas de educação superior para a Amazônia durante a ditadura militar e o governo Lula, segundo gestores do planejamento regional da SUDAM em 2009 ... 418!

Tabela 13 – Perfil identitário dos gestores da comunidade universitária regional

em 2009/2010 ... 419!

Tabela 14 – Condições sociais de vida ds gestores da comunidade

(22)

XIII

Tabela 15 – A gestão do planejamento das políticas públicas de educaçãoo

superior na Amazônia como produto do processo histórico no período de 1964/2010 na perspectiva da comunidade universitária regional ... 421!

Tabela 16 – Práticas de gestão do planejamento das políticas públicas de

educação superior na Amazônia duante a ditadura militar e o governo Lula, na perspectiva da comunidade universitária regional ... 422!

Tabela 17 – Concepções do processo de gestão do planejamento das políticas

de educação superior na Amazônia durante a ditadura militar e o governo Lula, na perspectiva da comunidade universitária regional ... 423!

Tabela 18 – Modelos de gestão do planejamento das políticas públicas de

educação superior na Amazônia durante a ditadura militar e o governo Lula, na Perspectiva da comunidade universitária regional ... 424!

Tabela 19 – Relações entre gestão, planejamento e sociedade na Amazônia

durante a ditadura militar e o governo Lula, na perspectiva dos gestores da comunidade universitária regional ... 425!

Tabela 20 – As políticas públicas e educação superior para a Amazônia e seus

efeitos sociais durante a ditadura militar e o governo Lula, na perspectiva da comunidade universitária regional ... 426!

Tabela 21 – Avaliação do processo de gestão do planejamento das políticas

públicas de educação superior na Amazônia durante a ditadura militar e o governo Lula, segundo gestores da comunidade universitária regional ... 427!

(23)

XIV

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 – Síntese dos paradigmas teórico-metodológicos do processo de

(24)
(25)

XV

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Percentual das IES por formato institucional e IFES por regiões

Brasileiras em 1985 ... 153!

Gráfico 2 - Evolução das matrículas no ensino superior Brasileiro no período

de 1964/ 1985...157

Gráfico 3 – Índice de matrículas por regiões Brasileiras em 1985 ... 158!

Gráfico 4 – Participação das regiões Brasileiras no programa de crédito

educativo e concessão de bolsas de estudos até 1985 ... 161!

Gráfico 5 – Taxa de alunos matriculados no programa de pós-graduação em

cursos de mestrado por regiões Brasileiras em 1985 ... 165!

Gráfico 6 – Taxa de alunos matriculados no programa de pós-graduação em

cursos de doutorado por regiões Brasileiras em 1985 ... 166!

Gráfico 7 – Titulação do corpo docente das IFES por regiões Brasileiras em

1985 ... 168!

Gráfico 8 – Percentual de projetos de extensão universitária das IES por

fependência administrativa por regiões Brasileiras no período de 1969/ 1985 ... 171!

Gráfico 9 – Perfil identitário dos gestores do planejamento regional da SUDAM

... 234!

Gráfico 10 – Condições sociais de vida dos gestores do planejamento regional

da SUDAM ... 238!

Gráfico 11 - Mapa de exclusão social no Brasil...239 Gráfico 12 - Distribuição da população Brasileira em classes sociais no ano de

2010 ...242

Gráfico 13 – Avaliação do processo de gestão do planejamento regional

durante a ditadura militar e o governo Lula, na perspectiva dos gestores da SUDAM ... 295!

Gráfico 14 – Perfil identitário da comunidade universitária regional em

2009/2010 ... 305!

Gráfico 15 – Condições sociais de vida dos gestores da comunidade

universitária regional em 2009/2010 ... 315!

Gráfico 16 – A gestão do planejamento como produto do processo histórico

(26)

XVI

Gráfico 17 – A gestão do planejamento da educação superior como produto do

processo histórico durante o governo Lula, na perspectiva dos gestores da comunidade universitária regional em 2009/2010 ... 323!

Gráfico 18 – Práticas de gestão do planejamento das políticas de educação

superior na amazônia durante a ditadura militar (1964-1985), na perspectiva da comunidade universitária regional ... 325!

Gráfico 19 – Práticas de gestão do planejamento das políticas de educação

superior na amazônia durante o governo Lula (2003-2010), na perspectiva dos gestores da comunidade universitária regional ... 328!

Gráfico 20 – Concepções do processo de gestão do planejamento das

políticas de educação superior na Amazônia durante a ditadura militar na perspectiva dos gestores da comunidade universitária regional em 2009/2010 ... 330!

Gráfico 21 – Concepções do processo de gestão do planejamento das

políticas de educação superior na Amazônia durante o governo Lula, na perspectiva dos gestores da comunidade universitária regional ... 333!

Gráfico 22 – Modelos de gestão do planejamento das políticas de educação

superior na Amazônia durante a ditadura militar, na perspectiva dos gestores da comunidade universitária regional em 2009/2010 ... 336!

Gráfico 23 – Modelos de gestão do planejamento das políticas de educação

superior na Amazônia durante o governo Lula, na perspectiva da comunidade universitária regional ... 339!

Gráfico 24 – Relações entre gestão, planejamento e sociedade na Amazônia

durante a ditadura militar na perspectiva dos gestores da comunidade universitária regional ... 345!

Gráfico 25 – Relações entre gestão, planejamento e sociedade no governo

Lula, na perspectiva dos gestores da comunidade universitária regional ... 348!

Gráfico 26 – As políticas públicas de educação superior para a Amazônia e

seus efeitos sociais durante a ditadura militar na perspectiva dos gestores da comunidade universitária regional ... 351!

Gráfico 27 – As políticas de educação superior para Amazônia e seus efeitos

sociais durante o governo Lula, na perspectiva dos gestores da comunidade universitária regional ... 355!

(27)

XVII

Gráfico 28 – Avaliação do processo de gestão do planejamento das políticas

de educação superior na amazônia durante a ditadura militar e o governo Lula, segundo gestores da comunidade universitária regional ... 358!

(28)
(29)

XVIII

SIGLAS E ABREVIATURAS

ABESC Associação Brasileira de Escolas Superiores Católicas ABMES Associação Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior ABRUEM Associação Brasileira de Reitores das Universidades Estaduais e Municipais

AC Acre

ADA Agência de Desenvolvimento da Amazônia

ADUFPa Associação dos Docentes da Universidade Federal do Pará

AG Assembléia Geral

AGCS Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços AJB Jornal Associados de Brasília

ALCA Área de Livre Comércio das Américas

AM Amazonas

ANC Assembléia Nacional Constituinte

ANDES Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior ANDIFES Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior

ANPAE Associação Nacional de Política e Administração da Educação

ANPED Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação

ANUP Associação Nacional das Universidades Particulares AP Audiência Pública/Ação Popular

AP Amapá

Apud Citado por

ARQ/SP Arquidiocese de São Paulo BASA Banco da Amazônia S/A

BID Banco Interamericano de Desenvolvimento

BIRD Banco Interamericano de Reconstrução e Desenvolvimento

BM Banco Mundial

(30)

XIX

BR Brasil

C&T Ciência e Tecnologia

CAPEMI Caixa de Pecúlio dos Militares

CAPES Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior

CBB Comissão de Bairros de Belém CC Congresso da Cidade

CCBB Conselho Comunitário dos Bairros de Belém CCSE Centro de Ciências Sociais e Educação

CCTI Coordenação de Ciência, Tecnologia e Inovação CDES Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social CEA Comissão Especial de Avaliação

CEBRAP Centro de Estudos Brasileiros de Pesquisa

CEDEPLAR Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional CEIR Coordenação de Estatística e Informações Regionais CENEDIT Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania

CEP Comitê de Ética de Pesquisa

CEPAL Comissão de Planejamento Econômico para a América Latina

CF Constituição Federal

CFE Conselho Federal de Educação

CGI Coordenação de Planejamento e Gestão Estratégica Institucional

CGTI Coordenação de Gestão e Tecnologia na Informação CI/DD Centro de Informática e Divulgação Documental CIEC Consórcio Interuniversitário de Educação Continuada CNE Conselho Nacional de Educação

CNPq Conselho Nacional de Pesquisa

CNRES Comissão Nacional para a Reformulação da Educação Superior

COBRA Computadores e Sistemas Brasileiros S/A COEPS Coordenação de Estudos e Programas Sociais CONAES Comissão Nacional de Avaliação do Ensino Superior

(31)

XX

CONDEL Conselho Deliberativo da Sudam

CONSEPE Conselho Superior de Ensino e Pesquisa

CONSILHAS Conselho de Representantes da Ilha de Caratateua CONSAD Conselho Superior de Administração

CONSUN Conselho Superior de Administração

COPLAGE Coordenação Geral de Planejamento e Gestão Estratégica CPC Círculo Popular de Cultura/Conceito Preliminar de Curso CPO Coordenação de Planejamento Operativo

CPR Coordenação Geral de Planejamento Regional CREDUC Crédito Educativo

CRUB Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras CRUTACs Centro Rural de Treinamento e Ação Cultural

CVRD Companhia Vale do Rio Doce

DAES Departamento de Avaliação do Ensino Superior DAÍ Departamento de Apoio e Incentivos

DATAPREV Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social DCE Diretório Central dos Estudantes

DD Disk Denúncia

DDL Departamento de Desenvolvimento Local DE Dedicação Exclusiva

DESU Departamento de Ensino Superior DF Distrito Federal

DOI/CODI Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operação e Defesa Interna

DOU Diário Oficial da União

Dra Doutora

DRH Departamento de Recursos Humanos DRN Departamento de Recursos Naturais DSB Departamento de Setores Básicos DSP Departamento de Setores Produtivos EAD Educação à Distância

(32)

XXI

EFEI Escola Federal de Engenharia de Itajubá EGEPA Escola de Governo do Estado do Pará ELETRONORTE Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A EMBRAER Empresa Brasileira de Aeronáutica S/A ENADE Exame Nacional de Desempenho Escolar ENEM Exame Nacional do Ensino Médio

ESAF Escola de Administração Fazendária

ESALQ Escola Superior de Agricultura Luis Queiroz ESAM Escola Superior de Agricultura de Mossoró EUA Estados Unidos da América

FCAP Faculdade de Ciências Agrárias do Pará FDA Fundo de Investimento da Amazônia FEF Fundo de Estabilização Fiscal

FGEDUC Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo FGV Fundação Getúlio Vargas

FHC Fernando Henrique Cardoso

FIES Fundo para o Financiamento do Estudante do Ensino Superior

FINAM Fundo de Investimentos da Amazônia

FINEP Fundação Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

FIPAM Programa de Formação Internacional de Pesquisadores de Alto Nível para a Amazônia

FMEG Fundação Museu Emílio Goeldi FMI Fundo Monetário Internacional

FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação FNDEP Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública FNO Fundo Constitucional de Financiamento do Norte FNT Fórum Nacional do Trabalho

FPRORONDON Fundação Projeto Rondon FSM Fórum Social Mundial

FUFUB Fundação Universidade de Uberaba

(33)

XXII FUNAI Fundação Nacional do Índio

FUNDEF Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério

FURJ Fundação Universidade do Rio de Janeiro FURR Fundação Universidade de Roraima FUSCAR Fundação Universidade de São Carlos

GAL General

GEDES Gerência Executiva de Desenvolvimento Social

GEMAN Gerência Executiva de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação

GEPE Gerência Executiva de Programas Especiais

GEPES Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação Superior GEPIN Gerência Executiva de Promoção de Investimento

GERES Grupo Executivo para a Reformulação da Educação Superior

GETAT Grupo Executivo de Terras do Araguaia-Tocantins

GO Goiás

GOSPLAN Comissão Estatal de Planejamento

GT Grupo de Trabalho

HAB Habitantes

HANGAR Centro de Convenções e Feiras da Amazônia IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente

IBDF Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Ibid, ibidem Na mesma obra

ICOMI Indústria e Comércio de Minérios S/A Id, Idem Mesmo Autor

IDES Índice de Desenvolvimento da Educação Superior IDH Índice de Desenvolvimento Humano

IEB Instituto Internacional de Educação do Brasil IES Instituição de Ensino Superior

IFES Instituições Federais de Ensino Superior

(34)

XXIII

IIIº PDA Terceiro Plano de Desenvolvimento da Amazônia IIº PDA Segundo Plano de Desenvolvimento da Amazônia IMAZON Instituto de Pesquisa da Amazônia

INCLUIR Programa de Acessibilidade na Educação Superior INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Pedagógicas INPA Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia

INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Iº PDA Primeiro Plano de Desenvolvimento da Amazônia

Iº PDR Primeiro Plano Quinquenal de Desenvolvimento Regional Iº PDA-NR Primeiro Plano de Desenvolvimento da Nova República IPEA Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas

ISEB Instituto Superior de Estudos Brasileiros

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

MA Maranhão

MAB - Movimento dos Atingidos pelas Barragens

MARE Ministério da Administração e Reforma do Estado MC Ministério das Cidades

MCs Mestre

MDE Manutenção e Desenvolvimento de Ensino MEC Ministério da Educação

MEC/USAID Acordo do Ministério da Educação com a Agência para o Desenvolvimento Internacional

MIEIB Movimento Interforuns de Educação Infantil do Brasil MINTER Ministério do Interior

MOVA Movimento de Educação de Adultos MP Medida Provisória

MPCE Ministério do Planejamento e Coordenação Econômica MPOG Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

MT Mato Grosso

NAEA Núcleo de Altos Estudos da Amazônia

(35)

XXIV

NOAA-9 Satélite do INPE que registra os incêndios da Floresta Amazônica

NUPES Núcleo de Pesquisas sobre Ensino Superior OAB Ordem dos Advogados do Brasil

OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

OEA Organização dos Estados Americanos OGX Companhia de Petróleo e Gás

ONGs Organizações Não-Governamentais ONU Organização das Nações Unidas OP Orçamento Participativo

Op Cit Obra citada

P Página

PA Pará

PAC Programa de Aceleração do Crescimento

PADES Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior PAEG Plano de Ação Econômica do Governo

PAEI Modelo de Gestão baseado em 4 papéis gerenciais: Produtor(P); Administrador(A): Empresário(E) e; Integrador(I)

PAIUB Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras

PARFOR Plano Nacional de Formação de Professores PARU Programa de Avaliação da Reforma Universitária PAS Plano Amazônia Sustentável

PDA Plano Nacional de Desenvolvimento da Amazônia PDAs Planos de Desenvolvimento da Amazônia

PDE Plano Decenal de Educação

PDRI Plano de Desenvolvimento Rural Integrado PEC Projeto de Emenda Constitucional

PGD Plano Geral de Desenvolvimento PIB Produto Interno Bruto

PIN Programa de Integração Nacional PL Projeto de Lei

(36)

XXV

PLADES Curso de Mestrado em Planejamento do Desenvolvimento PMDB Partido do Movimento Democrático Brasileiro

PMDES Plano Mineiro de Desenvolvimento Econômico e Social PND Plano Nacional de Desenvolvimento

PNE Plano Nacional de Educação

PNEEs Pessoas com Necessidades Educativas Especiais PNPG Plano Nacional de Pós-Graduação

PNU Programa Nova Universidade

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PRDA Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia

POLAMAZÔNIA Programa de Pólos Agropecuários e Agrominerais da Amazônia

POP População

PPA Plano Plurianual de Metas

PPEB Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira PPP Parcerias Público-Privadas/Projeto Político-Pedagógico PRODASEC Programa de Ações Sócio-Educativas e Culturais para as Populações Carentes do Meio Urbano

PRODECOM Programa de Desenvolvimento de Comunidade PRODOCÊNCIA Programa de Consolidação das Licenciaturas

PROER Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional

PROEX Pró-Reitoria de Extensão

PROGRAD Pró-Reitoria de Ensino e Graduação

PRONEM Programa de Núcleo Emergentes de Pesquisa PROPESP Pró-Reitoria de Pesquisa

PROPLAN Pró-Reitoria de Planejamento

PROTERRA Programa de Redistribuição de Terras e de Estímulos à Agroindústria do Norte e Nordeste

PROUNI Programa Universidade para Todos PSDB Partido da Social Democracia Brasileira PSOL Partido do Socialismo e Liberdade PSP Planejamento Social Participativo

(37)

XXVI PT Partido dos Trabalhadores

PTP Planejamento Territorial Participativo

PUC/RS Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

REUNI Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais

RH Recursos Humanos

RJ Rio de Janeiro

RO Rondônia

RR Roraima

RU Reino Unido

S/A Sociedade Anônima

SEPLAN-MG Secretaria de Estado de Planejamento de Minas Gerais SEPLANs Secretarias de Planejamento

SEPPIR Secretaria Especial para Promoção de Políticas de Igualdade Racial

SESU Secretaria do Ensino Superior (MEC) SG Secretaria de Gestão

SNI Serviço Nacional de Informação

SP São Paulo

SPEVEA Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia

SPP Sistema de Política Positiva

SUDAM Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia SUFRAMA Superintendência da Zona Franca de Manaus

SUS Sistema Único de Saúde

TCCs Trabalhos de Conclusão de Curso

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TICs Tecnologias de Informação e Comunicação

TO Tocantins

UAB Universidade Aberta do Brasil UEPA Universidade do Estado do Pará

UERGS Universidade Estadual do Rio Grande do Sul UESM Universidade Estadual de Santa Maria

(38)

XXVII

UFAM Universidade Federal do Amazonas UFMG Universidade Federal de Minas Gerais UFOPA Universidade Federal do Oeste do Pará UFPA Universidade Federal do Pará

UFPB Universidade Federal da Paraíba

UFRA Universidade Federal Rural da Amazônia UFRRJ Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro UFSCAR Universidade Federal de São Carlos

UNB Universidade de Brasília

UNE União Nacional dos Estudantes UNESP Universidade Estadual de São Paulo

URSS União das Repúblicas Socialistas Soviéticas

USAID Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional

USP Universidade de São Paulo

UTAD Universidade Trás-Os-Montes e Alto Douro ZEE Zoneamento Ecológico-Econômico

(39)

XXVIII

RESUMO

MÉLO, Maria Lúcia Gomes Figueira de. “A GESTÃO DO PLANEJAMENTO

DA EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICA NA AMAZÔNIA – Da Ditadura Militar ao Governo Lula: Continuidades e Rupturas”. Belém (PA)/ Brasil:

CCSE/UEPA, Tese de Doutoramento em Gestão/ UTAD, 2011.

Tese que analisa criticamente o processo de gestão do planejamento na Amazônia no que concerne as políticas públicas de Educação Superior do Governo Federal para esta região brasileira, a partir da Ditadura Militar até a gestão do Presidente Lula. Neste estudo se investiga o planejamento como instrumento de gestão pública regional através da coordenação de tais políticas pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM, analisando-se comparativamente os modelos de gestão do planejamento regional nos períodos históricos mencionados, enfatizando suas continuidades e rupturas. Baseando-se por uma linha de orientação teórico-metodológica da Ciência Histórico-Crítica à luz do Materialismo Histórico, chegou-se a conclusão que o modelo de gestão do planejamento da educação superior pública durante a Ditadura Militar foi rigidamente autocrático, repressivo e policialesco, implantando em nível do país e nas universidades brasileiras um verdadeiro Estado Policial de gestão centralizadora e socialmente excludente sem nenhuma participação da sociedade civil; enquanto no período do governo Lula o modelo de gestão se caracterizou como democrático-burguês, semi-descentralizado e co-participativo, já que se permite uma relativa consulta às bases comunitárias, de acordo com os parâmetros do paradigma neo-liberal de gestão implantado atualmente no Brasil.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão. Planejamento. Educação Superior. Concepções

(40)
(41)

XXIX

ABSTRACT

MELO, Maria Lucia Gomes Figueira de. "MANAGEMENT PLANNING OF

PUBLIC HIGHER EDUCATION IN THE AMAZON - From Military Dictatorship to the Lula government: Ruptures and Continuities."

Bethlehem (PA) / Brazil: CCSE / UEPA, Doctoral Thesis in Management / UTAD, 2011.

Thesis critically analyzes the process of management planning in the Amazon regarding the public policies of Higher Education of the Federal Government for this region of Brazil, from military dictatorship to the management of President Lula. This study investigates the planning as an instrument of public management through regional coordination of such policies by the Superintendency for Development of Amazonia - SUDAM, analyzing the comparative management models of regional planning in historical periods mentioned, emphasizing its continuities and ruptures. Relying on a line of theoretical and methodological orientation of Science History and Criticism in the light of historical materialism, came to the conclusion that the management model of the planning public higher education during the military dictatorship was rigidly autocratic and repressive police state, deployed at the country level in Brazilian universities and a true police state management and centralized socially exclusive without any participation of civil society, while the period of the Lula government management model was characterized as a bourgeois-democratic, semi-decentralized and participatory cosince it allows a query on the basis languages according to the parameters of paradigm neoliberal currently deployed management in Brazil.

KEYWORDS: Management. Planning. Higher Education. Management Concepts and Models. Amazon.

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RESUMEN

MELO, Maria Lucia Gomes Figueira de. "GESTIÓN DE LA PLANIFICACIÓN

DE LA EDUCACIÓN PÚBLICA SUPERIOR EN EL AMAZONAS - De la Dictadura Militar del gobierno de Lula: rupturas y continuidades". Belén

(PA) / Brasil: CCSE / UEPA, Tesis Doctoral en Gestión / UTAD, 2011.

Tesis analiza críticamente el proceso de planificación de la gestión en la Amazonía en relación con las políticas públicas de Educación Superior del Gobierno Federal para esta región de Brasil, de la dictadura militar a la gestión del presidente Lula. Este estudio investiga la planificación como un instrumento de gestión pública a través de la coordinación regional de dichas políticas por parte de la Superintendencia para el Desarrollo de la Amazonia - SUDAM, el análisis de los modelos de gestión comparativas de la planificación regional en los períodos históricos mencionados, haciendo hincapié en sus continuidades y rupturas. Basándose en una línea de orientación teórica y metodológica de Historia de la Ciencia y la crítica a la luz del materialismo histórico, llegó a la conclusión de que el modelo de gestión de la planificación de la educación superior pública durante la dictadura militar fue rígidamente autocrático y represivo de la policía estatal, implementado a nivel nacional en las universidades brasileñas y una gestión verdadera de la policía estatal y centralizado socialmente excluyente, sin la participación de la sociedad civil, mientras que el período del modelo de gestión de Lula el gobierno se caracterizó por ser un burgués-democrático, semi-descentralizado y participativo de coya que permite una consulta en los idiomas básicos de acuerdo a los parámetros del paradigma de la gestión neoliberal actualmente desplegados en Brasil.

PALABRAS CLAVE: Gestión. Planificación. De Educación Superior. Conceptos y modelos de gestión. Amazonas.

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INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

A GESTÃO DO PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICA NA AMAZÔNIA – DA DITADURA MILITAR AO GOVERNO LULA: Continuidades e Rupturas

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INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO

Este trabalho de Tese apresenta uma análise crítico-sociológica sobre o processo de gestão do planejamento das políticas públicas de educação

superior na Amazônia, desde a Ditadura Militar até o Governo Lula, no Brasil.

O objetivo central deste estudo é comparar os principais modelos de gestão do planejamento público regional na área da educação superior durante os dois períodos históricos mencionados, no intuito de identificar suas continuidades e rupturas.

A necessidade de se estudar a referida temática, decorre do compromisso de ordem política que temos com o conhecimento científico do contexto social no qual atuamos, com a finalidade de não só, construirmos uma consciência crítica sobre os reais problemas do processo de gestão do planejamento da educação superior regional, mas acima de tudo, fornecer elementos concretos para subsidiar a formulação de políticas públicas de desenvolvimento social no âmbito da educação superior através de planos, programas e projetos de gestão participativa, especialmente dos segmentos sociais mais vulneráveis sócio-economicamente, para os quais, o modelo autoritário de gestão tem sido altamente excludente no país.

Como um estudo de reflexão crítica sobre a gestão do processo de planejamento das políticas públicas de educação superior no Brasil e seus desdobramentos regionais, este trabalho de investigação científica se orienta por uma abordagem histórico-crítica, no intuito de relacionar dialeticamente, a partir dos depoimentos de seus interlocutores privilegiados, tomados como sujeitos da informação desta pesquisa, dois momentos históricos aparentemente, distintos, mas que em sua essência, apresentam tanto mudanças, como continuidades.

Este trabalho de tese está estruturado em 4 capítulos principais.

No primeiro capítulo, apresentamos uma análise dialógica sobre o processo de gestão do planejamento da educação superior na Amazônia, à luz do discurso científico já consolidado pelos principais estudiosos clássicos e

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INTRODUÇÃO

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contemporâneos que se debatem sobre esta temática no plano teórico. Ainda como parte deste capítulo, considerou-se

metodologicamente recomendável, a definição dos conceitos estruturantes da linguagem científica, adotada na acepção do paradigma teórico tomado como referência neste estudo.

No segundo capítulo, realizamos uma reconstituição da trajetória metodológica que trilhamos durante o processo de investigação científica, enfatizando o método de abordagem, assim como os métodos lógicos e os métodos de procedimento empregados. Evidenciamos também, os tipos de pesquisa que caracterizam este estudo, bem como as técnicas de pesquisa aplicadas.

No terceiro capítulo, discorremos sobre a caracterização regional da Amazônia, procurando situar o cenário geoeconômico e sócio-político da região, incidindo particularmente, sobre as profundas transformações sociais que ocorreram pela aplicação da política desenvolvimentista autoritária, sobretudo a partir do Golpe de Estado de 1964. Desta análise macroestrutural, tenta-se principalmente, explicar o processo contraditório e socialmente excludente engendrado em nível regional, especialmente no âmbito da

educação superior, por meio de uma gestão repressora que baniu e colocou

no exílio um contingente considerável de intelectuais que lutavam contra o regime político imposto no país. Ainda neste capítulo, apresentamos as principais políticas públicas de educação superior direcionadas para a Amazônia no período pós-64 aos dias atuais, com a finalidade de analisarmos a ação do governo federal no âmbito da educação pública na região.

No quarto e último capítulo, considerado como nucleador do estudo e gerador de conhecimentos novos, realizamos a luz das técnicas de análise estatística e análise de discurso, uma interpretação quanti-qualitativa sobre o processo de gestão do planejamento da educação superior durante a Ditadura Militar até o governo Lula no Brasil, objetivando analisar suas continuidades e rupturas, ou seja, o que persiste e o que mudou em termos de gestão de planejamento das políticas públicas direcionadas para a Amazônia no horizonte temporal periodizado.

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INTRODUÇÃO

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Finalmente, apresentamos nossas considerações finais, assim como as principais proposições sugeridas pelos sujeitos da informação desta pesquisa, de como se poderia formular políticas públicas de educação superior socialmente inclusivas e comprometidas politicamente com uma gestão democraticamente participativa.

Nossa expectativa, é que este trabalho de Tese, contribua para o aprofundamento do debate crítico, assim como da produção científica no campo da gestão do planejamento das políticas de educação superior no país e na Amazônia, comprometidas com as necessidades e os interesses dos grupos socialmente excluídos da sociedade brasileira.

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CAPÍTULO I – REFERÊNCIAL TEÓRICO: A GESTÃO DO

PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICA NA

AMAZÔNIA NO DISCURSO CIENTÍFICO

I

REFERÊNCIAL TEÓRICO:

A GESTÃO DO

PLANEJAMENTO DA

EDUCAÇÃO SUPERIOR

PÚBLICA NA AMAZÔNIA NO

DISCURSO CIENTÍFICO

A GESTÃO DO PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICA NA AMAZÔNIA – DA DITADURA MILITAR AO GOVERNO LULA: Continuidades e Rupturas

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CAPÍTULO I – REFERÊNCIAL TEÓRICO: A GESTÃO DO PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICA NA AMAZÔNIA NO DISCURSO CIENTÍFICO

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CAPÍTULO I – REFERÊNCIAL TEÓRICO: A GESTÃO DO

PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICA NA

AMAZÔNIA NO DISCURSO CIENTÍFICO

1.1.(RE) VISITANDO A TEORIA

O estudo que realizamos sobre o processo de gestão do planejamento das políticas públicas de educação superior na Amazônia, durante o governo da Ditadura Militar até o governo Lula no Brasil, orientou-se por uma linha teórica da Ciência Histórico-Crítica, utilizando-se como fio condutor de análise, a abordagem teórico-metodológica da dialética materialista histórica.

A opção por esta linha de orientação, que parte das contradições sociais internas do fenômeno estudado, deve-se entre outras razões, o fato de considerarmos esta abordagem em relação aos demais paradigmas existentes, aquela que apresenta maiores possibilidades epistemológicas para dar mais conta de analisar cientificamente as múltiplas e concretas determinações históricas de uma problemática social tão complexa e contraditória, como é o caso do processo de gestão do planejamento regional das políticas públicas de educação superior, sobretudo quando o “lócus” observacional incide em uma das áreas mais pobres do país, como a Amazônia, sobre a qual não se tem ainda um número significativo de pesquisas científicas relacionadas à temática investigada.

Só para se ter uma idéia da pouca preocupação deste tema entre os pesquisadores brasileiros, se constata conforme o banco de dados da Associação Nacional de Política e Administração da Educação (ANPAE), que somente nos últimos anos, a partir da intenção do governo Lula de lançar o “pacote” de reformas da educação superior brasileira, é que alguns estudiosos passaram a incluir a problemática da gestão universitária na agenda de pesquisas. Isto vem ocorrendo porque o novo ordenamento político-legal que está sendo formulado e a crise econômica capitalista mundial vem exigindo que novas formas de gestão e organização sejam construídas nas mais diversas instâncias e setores da administração pública. Apesar destes fatos, segundo a ANPAE (2010), a produção de pesquisas sobre gestão de políticas

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CAPÍTULO I – REFERÊNCIAL TEÓRICO: A GESTÃO DO PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICA NA AMAZÔNIA NO DISCURSO CIENTÍFICO

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educacionais no Brasil ocupa o quarto lugar (11% da produção) no conjunto das temáticas estudadas.

Quando se trata do contexto sócio-histórico desses estudos, se observa que a Amazônia não constitui o cenário dessas pesquisas, além de se verificar ainda que, esses estudos são de caráter analítico-descritivo, sem se preocupar com uma análise crítica sobre as relações dialéticas que se estabelecem entre o processo de gestão do planejamento das políticas governamentais da educação superior e a sociedade civil na região.

Estudar pois, os modelos de gestão do planejamento regional se tornou ainda mais desafiante, quando se leva em consideração que a região vive atualmente situações críticas de degradação sócio-ambiental que ameaçam o equilíbrio de seu ecossistema natural e, ao mesmo tempo submetem suas populações, a um baixíssimo nível de qualidade de vida, face ao acelerado processo de expansão capitalista na Amazônia, ainda que o governo Lula enfatize a implantação de uma nova política de gestão no processo de planejamento regional.

De acordo com Pinto (2000), os efeitos sociais negativos expressos no baixo índice de desenvolvimento humano da região (0,731 em 2000), decorrentes da política de ocupação através de grandes complexos econômicos multi e transnacionais, constitui o novo “inferno” humano e ecológico que atualmente a globalização impõe à Amazônia. No passado, o “paraíso verde perdido” impôs-se como uma “farsa”, ao considerá-la um “vazio demográfico”, negando a sua sócio-biodiversidade à condição de habitantes, forçando-os a se transformarem em “objetos invisíveis não identificados”. Atualmente, o avanço das relações capitalistas na Amazônia, já prenuncia o espectro do “inferno antevisto” (PINTO, 2003), que ameaça aniquilar esta sócio-biodiversidade, tanto do ponto de vista físico, como político e cultural.

Dessa forma, optamos por tomar como referencial inspirador de nossa análise, os teóricos que se inscrevem como os mais representativos da abordagem do materialismo histórico, onde entre outros, se destacam Marx,

Engels e Gramsci. No Brasil, recorremos aos escritos dos mais destacados

representantes da Ciência Histórico-Crítica, onde entre outros, sobressaem Florestan Fernandes, Octávio Ianni, Bertha Becker, Durmeval Mendes,

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CAPÍTULO I – REFERÊNCIAL TEÓRICO: A GESTÃO DO PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICA NA AMAZÔNIA NO DISCURSO CIENTÍFICO

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Francisco de Oliveira, Julieta Calazans e, Gaudêncio Frigotto, intelectuais brasileiros que tem apresentado penetrantes análises sobre a problemática do planejamento capitalista no Brasil. Além desses, destacamos ainda, o incansável trabalho de Lúcio Flávio Pinto, que em conjunto com outros intelectuais, vem trilhando uma abordagem da Ciência Histórico-Crítica, e, por isso sempre tem denunciado os desmandos do Estado Autoritário na região.

Com a finalidade de apresentar a superioridade epistemológica do Materialismo Histórico em relação aos outros paradigmas no trato do assunto, procuramos estabelecer um diálogo crítico entre as diversas abordagens que analisam o objeto problematizado e, durante o próprio processo analítico, discorremos sobre suas contribuições e fragilidades teóricas, na tentativa de justificar aos prováveis leitores, os motivos metodológicos que nos ensejaram optar pelo paradigma da Ciência Histórico-Crítica.

1.1.1.OS PARADIGMAS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

As experiências de gestão do planejamento no Brasil e na Amazônia tem se respaldado por cinco (5) grandes paradigmas teórico-metodológicos da Ciência: - O Paradigma Positivista; - O Paradigma Funcionalista; - O Paradigma Estruturalista; - O Paradigma Fenomenológico; - O Paradigma Materialista-Histórico.

1.1.1.1.O PARADIGMA POSITIVISTA

Do ponto de vista positivista, a gestão do planejamento consiste na coordenação de um programa de reorganização da sociedade, orientado por um “Conselho de Notáveis”, representado pela Classe Intelectual ou “Sacerdotal”, que segundo Comte (1978), não são padres e nem teólogos, mas cientistas que colocam o seu intelecto a serviço da humanidade.

Assim na concepção comteana, caberia aos intelectuais, liderados pelo “Sumo Pontífice do Saber”, uma espécie de “Grande Sacerdote” da

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humanidade, formularem as doutrinas sociais do Positivismo que serviriam para orientar a Classe da Providência Material ou dos Patrícios, detentora do poder econômico, a executarem as políticas de reorganização social, de acordo com os cânones do Positivismo, fundamentado nas teorias da ordem e do progresso que explicam a marcha evolutiva da humanidade.

Em nível mundial, a elite intelectual positivista era representada por Auguste Comte, Herbert Spencer, John Stuart-Mill, Émille Littré e Pierre

Laffitte. No Brasil, os mais representativos foram entre outros, Miguel Lemos,

Teixeira Mendes e Benjamin Constant.

Como “devoção” à Ciência, o Positivismo baseado nos princípios da ordem e do progresso estimulou o advento e a afirmação da organização técnico-industrial da sociedade moderna, expressando de uma forma exageradamente otimista, a exaltação que acompanhou a origem do industrialismo, sobretudo a partir da revolução industrial que se verificou na sociedade européia.

Assim, com a superação da sociedade feudal e o advento da ordem social capitalista, o planejamento positivista ao reforçar o controle técnico-industrial da sociedade, “encaixou-se” de uma forma quase que “perfeita” no cenário da comunidade científica, sobretudo porque o seu “sistema conceptual” procurava corresponder aos ideais e aspirações da classe dominante na época. Como se pode depreender, não foi portanto, obra do acaso, que o Positivismo fortaleceu-se como sistema teórico dominante, restringindo os espaços de outras correntes de pensamento, que naquele momento, também emergiam na Europa.

No Brasil, o Positivismo foi introduzido nos fins do Séc. XIX, principalmente como suporte doutrinário do movimento político-social, visando atender as aspirações participacionistas da classe média urbana emergente na sociedade brasileira.

Dessa forma, o planejamento social positivista assentou suas bases nas cidades e, sobretudo nas Academias de Direito e Escolas Militares, com a finalidade de melhor criar e definir uma nova consciência da realidade nacional

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frente à ordem político-social dominante, que não atendia aos anseios liberais e democráticos dos segmentos médios da sociedade brasileira da época.

Assim, insatisfeitos com o modelo aristocrático altamente excludente implantado com a consolidação do Império, os intelectuais brasileiros, principalmente a partir de 1870, se voltam para a Europa em busca de novas teorias que pudessem traduzir e explicar o novo quadro da realidade nacional, inaugurando assim, um novo período na história do pensamento brasileiro: O Positivismo.

As idéias positivistas se enraizaram tão solidamente no aparato ideológico do Estado Brasileiro que, serviram tanto para inspirar o lema da Bandeira Nacional (Ordem e Progresso), como servem até hoje para apoiar a formulação de diretrizes e objetivos dos “planejamentos” governamentais.

O período conhecido na história brasileira como Segundo Império, que se estendeu de 1840 a 1889, transformou a realidade social-política do país. A partir de 1840, a Monarquia teve sucesso em construir um Estado Nacional capaz de unificar o país, transformando-o em um grande pólo produtor de café, cultura que a partir de 1850, passou a representar a base da exportação brasileira. As novas necessidades da lavoura cafeeira determinaram a extinção formal do trabalho escravo e a introdução do trabalho assalariado, provocando grandes “levas” de migrantes, oriundos principalmente da Itália para implementar como mão-de-obra barata a produção cafeeira do Brasil.

Dentro desse quadro, a luta pela hegemonia política do país se dava por dois partidos políticos: O Partido Liberal e o Partido Conservador, que se revezavam no poder sem apresentar políticas sociais alternativas de relevante significação para o povo brasileiro.

O Partido Liberal defendia uma maior descentralização político-administrativa, na qual os interesses provinciais tivessem mais voz e representatividade; enquanto o Partido Conservador, mais próximo do aparelho burocrático monárquico, tendia a defender formas de gestão mais centralizadoras.

A crise do Segundo Império, resultante das contradições criadas pelas próprias condições sócio-econômicas do país se instaura quando o regime

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monárquico, conservador e centralista começa a deixar de atender os novos interesses das elites agrárias do país.

O Partido Liberal afastando-se da Monarquia, aglutina-se em torno de uma bandeira social e política reformista, em que o federalismo aparece como questão central. Em 1872 esse Partido ganha as eleições em várias províncias, apesar do domínio do Partido Conservador em nível nacional. Até 1877 atuou como oposição criticando o centralismo monárquico, tendo como base um programa reformista social.

A partir daí, o Movimento Republicano começa a crescer em todo país, fundando em 1882 o Partido Republicano em várias províncias, cujos membros distintos das elites políticas da época, eram jovens com instrução superior e com ideologia liberal como base de sua luta, mas que se declararam Positivistas e organizaram um programa social-político muito semelhante às propostas de Augusto Comte (1978), constantes de sua obra “Catecismo Positivista”.

Ainda que o 1º período da chamada “República Velha” (1889-1930) no Brasil, tenha se caracterizado por um pacto político oligárquico e coronelista que excluía todos os segmentos sociais não pertencentes à elite agrária do país, a base doutrinária anti-oligárquica se caracterizou por um projeto

positivista que em nível de discurso, procurava substituir os interesses da elite

latifundiária pelos interesses dos intelectuais que desejavam reformar social e politicamente a Sociedade Brasileira.

O Projeto Político Não-Oligárquico baseado na doutrina positivista de

Comte (1986), forneceu subsídios ao Partido Republicano para criar um

Estado autoritário, que lhe garantiu a sua reprodução no poder, como foi a base doutrinária de um discurso que apresentava o “Partido” acima dos interesses particulares, ou seja, como protetor e organizador da sociedade brasileira no seu conjunto.

Convém ressaltar que, muito embora a abordagem positivista não apresente uma análise do processo de gestão do planejamento voltada especificamente às políticas de educação superior, implementadas pelas Universidades Públicas, entretanto o sistema de estratificação social proposto

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CAPÍTULO I – REFERÊNCIAL TEÓRICO: A GESTÃO DO PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICA NA AMAZÔNIA NO DISCURSO CIENTÍFICO

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por Comte (1975), para o sistema educacional, deixou implícito que a nova ordem social baseada na ciência positiva seria comandada pela classe da Providência Intelectual, a quem competia orientar as atividades das demais classes sociais na sociedade, tomando por base o programa de reorganização social do Positivismo, conforme esses intelectuais fossem galgando seus estágios superiores, educacionalmente hierárquicos, de acordo com a pirâmide especificada abaixo:

! Os “Sacerdotes” do Saber (de 42 anos em diante), investidos da autoridade de “Sumo-Pontífices” da humanidade, ou seja, os

“Papas” da ciência;

! Os “Vigários” ou Suplentes (de pelo menos 35 anos de idade) que face a sua erudição eram incorporados ao

Sacerdócio do saber, na função de repetidores do ensino; ! Os “Aspirantes” (de pelo menos 28 anos de idade),

com possibilidades de adquirir uma cultura enciclopédica sobre a humanidade.

Figura 1 – Pirâmide social da educação positivista Fonte: SPP – Vol. II/1975

Como se pode observar, o Positivismo apresenta um sistema classificatório baseado em uma meritocracia intelectual e etária. Nesse caso, o Positivismo propõe um sistema de gestão do planejamento socialmente evolucionista, tomando a idade e o notório saber, como critérios para que os intelectuais pudessem exercer funções, hierarquicamente superiores em todas as áreas da sociedade, especialmente nos Institutos Politécnicos de Educação Superior. Neste sentido, a sua concepção de gestão, é conservadora e tradicional, cujo modelo de forte configuração autoritária dá prevalência ao poder de uma elite intelectual dirigente, a qual todos deveriam seguir e obedecer.

O modelo positivista de gestão se configura na rejeição do modelo medieval de inspiração religiosa e excessivamente contemplativo, na medida em que reivindicava um modelo de gestão mais empiricista, adaptado ao

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mundo moderno que, se encontrava na época, em transformação. As necessidades da burguesia emergente exigiam então, outro tipo de gestão educacional, mais voltada para os fatos observáveis e com uma relativa previsibilidade sobre o futuro.

A partir da Revolução Industrial, os níveis superiores de escolarização passam a exigir a transmissão dos conhecimentos advindos das novas Ciências, bem como o estímulo para novas descobertas, a fim de que o progresso técnico se desenvolvesse cada vez mais.

No século XVIII e sobretudo no XIX, a legislação de diversos países demonstra o grande interesse do Estado em assumir a gestão da educação, tornando-a laica e gratuita. No entanto, nessa época o modelo medieval-religioso passa a ser alvo de diversas críticas. Muitas delas resultam das descobertas científicas, sobretudo nas áreas da Biologia e das Ciências Humanas, que trouxeram subsídios para uma análise mais rigorosa do planejamento educacional.

O modelo de gestão positivista é magistocêntrico, isto é, centrado na autoridade da classe intelectual e na transmissão dos conhecimentos que o Mestre detém, por isso dirige o processo de ensino-apendizagem e, se apresenta como um “modelo” a ser seguido e copiado. A relação que estabelece com a comunidade escolar e com a sociedade civil em geral, é vertical e hierarquicamente descendente, gerando por conseqüência, a passividade do aluno e da população atendida, reduzidos a simples receptores do planejamento e do saber acumulado pela cultura da humanidade.

Atualmente o modelo que mais se baseia no ideário Positivista é o da

“Maturidade da Competência”, que permite segundo Have, Have e Stevens

(2003), identificar o estágio evolutivo de uma determinada organização de acordo com o nível intelectual de competência técnica de seus gestores. Esse modelo descreve cinco níveis de maturidade dos meios, pelos quais a organização administra seus processos de planificação, execução e controle de suas atividades.

O primeiro nível é caracterizado como inicial e deve observar a situação problemática da Organização, definindo seus principais problemas, e os meios

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mais simples de solucioná-los, irá depender dos talentos individuais da equipe técnica.

O segundo nível é o da repetição dos passos anteriores que tiveram sucesso em projetos com aplicações semelhantes. Esses passos básicos da administração de projetos são estabelecidos para acompanhar os custos, o cronograma e as vantagens positivas durante sua execução.

O terceiro nível é o definido como processo-padrão para Organização. Todos os projetos usam uma versão aprovada como processo-padrão e sob medida para o desenvolvimento e a manutenção de seus meios técnicos.

O quarto nível é o da administração que enfatiza a necessidade de mensuração quantitativa dos produtos que devem ser dimensionados e controlados.

Finalmente, o quinto nível é o da otimização, que dá ênfase ao contínuo aperfeiçoamento evolutivo do processo, capacitada pelo retorno quantitativo do processo da pilotagem das idéias e das tecnologias geradas.

Neste modelo, acredita-se que a previsibilidade, a eficácia e o

controle dos processos técnicos de planejamento de uma Organização fazem

o processo de gestão evoluir, na medida em que esta percorre esses cinco níveis, mas as suas limitações de aplicabilidade estão relacionadas com a necessidade de uma elevada competência técnica de seus profissionais e, o que é pior, com a ausência de participação da sociedade, se configurando portanto, em um modelo de gestão autoritário e, socialmente excludente.

Dessa forma, se constata que embora o Positivismo tenha sido introduzido no Brasil nos fins do Séc. XIX, não constitui ainda uma corrente “morta”, como alguns desejariam que estivesse. Seu “movimento” de superação se reflete no plano teórico em alguns setores intelectuais, como em determinados meios universitários, entretanto o mesmo não se verifica na prática política, pelo menos daqueles que estão na estrutura do poder. A sociedade continua “machista” e, o corporativismo é ainda uma prática rotineira no Congresso Nacional, indicadores que denunciam que o Brasil ainda reza pelo “velho” catecismo positivista. Todavia, ao considerarmos a concepção e o modelo de gestão implícitos no discurso Positivista, se conclui que este

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CAPÍTULO I – REFERÊNCIAL TEÓRICO: A GESTÃO DO PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICA NA AMAZÔNIA NO DISCURSO CIENTÍFICO

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paradigma teórico não serve para fundamentar nosso estudo, já que se constitui em uma abordagem acrítica, rígida, estática e reacionária de enfrentar a problemática da gestão do planejamento educacional, que segundo seus pressupostos, já estão aprioristicamente dados e definidos na ordem social Positivista, como resultado evolutivo das leis do progresso da marcha da humanidade, concebidas como inevitavelmente, de uma ordem natural e imutável.

1.1.1.2.O PARADIGMA FUNCIONALISTA

O paradigma funcionalista surgiu nos Estados Unidos após a 1ª Grande Guerra Mundial (1914-1918) e, mais especificamente como produto histórico da crise social que se intensificou após a grande depressão econômica de 1929 com o “crash” da Bolsa de Valores de New York que teve repercussões em nível mundial.

A emergência de uma nova sociedade produzida historicamente no bojo e, como conseqüência da crise social, não poderia mais ser explicada pelo tradicional e clássico paradigma da Ciência Positivista, que já vinha apresentando sinais de esgotamento como forma de pensar a realidade, não dando mais conta de explicar o novo contexto social gestado naquele momento histórico.

Dessa forma, tentando superar o paradigma clássico Positivista, uma plêiade de intelectuais em todo o mundo, especialmente nos Estados Unidos, formularam os pressupostos básicos do Funcionalismo, cuja característica fundamental tende a ressaltar as funções manifestas e latentes de cada uma das partes do sistema, tomados como setores ou subsistemas do sistema social global.

Bronislaw Malinovski (1884-1942), Émille Durkheim (1858-1917), ao lado de Robert Merton (1910-2003), e mais recentemente Theodore Schultz (1902-1996), expoentes máximos do paradigma funcionalista, assinalam que a disfunção de uma das partes, acarreta a disfuncionalidade do sistema social como um todo, considerando a necessidade funcional da interdependência que deve existir entre seus componentes constitutivos. No Brasil, destacam-se

Imagem

Figura 2 – Processo de gestão funcionalista do planejamento  Fonte: IPEA/1959
Figura 3 – Mapa da Amazônia legal  Fonte: IMAZON/ 2010
Tabela 1 – Contingente populacional, surperfície e densidade demográfica do Brasil e da Amazônia legal  no período de 1960 a 2010

Referências

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