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A terceirização do trabalho nas facções de costura do seridó oriental potiguar (RN), 2013-2016

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES - CCHLA DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS URBANOS E REGIONAIS. KAYCK DANNY BEZERRA DE ARAÚJO. A TERCEIRIZAÇÃO DO TRABALHO NAS FACÇÕES DE COSTURA DO SERIDÓ ORIENTAL POTIGUAR (RN), 2013-2016.. NATAL, RN 2017.

(2) KAYCK DANNY BEZERRA DE ARAÚJO. A TERCEIRIZAÇÃO DO TRABALHO NAS FACÇÕES DE COSTURA DO SERIDÓ ORIENTAL POTIGUAR (RN), 2013-2016.. Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Estudos Urbanos e Regionais do Centro de Ciência Humanas, Letras e Arte da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências legais.. Orientador: Prof. Dr. Fernando Bastos Costa. NATAL, RN 2017.

(3) Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes - CCHLA. Araújo, Kayck Danny Bezerra de. A terceirização do trabalho nas facções de costura do seridó oriental potiguar (RN), 2013-2016 / Kayck Danny Bezerra de Araújo. - 2017. 107f.: il. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Programa de Pós Graduação em Estudos Urbanos e Regionais, 2017. Orientador: Prof. Dr. Fernando Bastos Costa. 1. Terceirização do Trabalho. 2. Facções de Costura. 3. Seridó Oriental Potiguar (Rio Grande do Norte). I. Costa, Fernando Bastos. II. Título. RN/UF/BS-CCHLA. CDU 005.961:055.914.3.

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(5) À minha mãe, Eugênia Viana, por toda a presença na minha vida, e ao meu pai, Francisco Assis, a quem me desculpo postumamente por toda a minha ausência em sua vida. Ao meu irmão, Kadson Eduardo, por toda a ajuda e companheirismo durante essa caminhada. À minha namorada, Fernanda Lemos por todo o alicerce e amor. À minha família, pelos esforços incansáveis para propiciarem, a mim, a busca pelo conhecimento..

(6) AGRADECIMENTOS. Agradeço, Primeiramente, a Deus por ter me dado forças para perseverar em mais essa etapa da vida, uma jornada tortuosa e difícil, que sem fé não teria sido alcançada. O mestrado em Estudos Urbanos e Regionais foi uma semente plantada ainda na iniciação científica, semeada com muito esforço e dedicação, e agora, se Deus permitir, começaremos a colher os frutos. Aos meus pais, Eugênia Viana e Francisco Assis (in memorian), ao meu irmão Kadson, a minha avó Salete e ao meu avô Chico (in memorian), às minhas tias Shirlenna, Fátima, ao meu tio Eduardo, à minha cunhada Drielle, aos meus primos, e aos demais que fazem parte dessa grande família, por conseguirem, mesmo diante de todas as adversidades que a vida poderia apresentar, construírem valores educacionais e cidadãos que foram primordiais para as conquistas obtidas na vida. Sem dúvidas, nada disso teria sido possível sem o auxílio de todos vocês. À minha madrinha, Ana Azevedo, que acreditou nesse sonho e nunca mediu esforços para torná-lo realidade. Ao meu amado afilhado Luís Eduardo, para que sempre possa acreditar que a educação é o bem mais importante que podemos ter na vida. À minha namorada, Fernanda Lemos, por, a partir do momento que entrou em minha vida, ter compartilhado esse sonho como se fosse dela, por todo amor, e por sempre ter me incentivado nos momentos em que me sentia desestimulado e descrente de que a conclusão seria possível. À família que me adotou como filho. Ao meu orientador, Fernando Bastos, por todo o apoio, puxões de orelhas e orientações que serviram de motivação para concluirmos essa etapa. Agradeço por não ter desistido de mim, mesmo com todos os entraves que se delinearam no decorrer do mestrado, com uma temática nova e desafiante. A todos os docentes do Programa de Pós-Graduação em Estudos Urbanos e Regionais que colaboraram para a formação enquanto pesquisador. Aos professores Rogério Cruz, Cláudio Roberto e Sabrina França, que compuseram as bancas de qualificação e defesa, pelas valorosas orientações, questionamentos e contribuições que tornaram o trabalho mais conciso. Aos profissionais que se dispuseram a contribuir para a colaboração dessa pesquisa, ao Secretário Adjunto de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte, Otomar Lopes Júnior; ao representante técnico da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte, Benilton Nunes; ao Técnico em Segurança do Trabalho, Édipo Quirino, por ter pontualmente contribuído ao entendimento da segurança de trabalho nos ambientes.

(7) faccionistas; aos proprietários das facções de costura pesquisadas, Wellington Wagner, Maria de Lourdes, Aninha e Leonardo Azevedo por terem atendido a solicitação de entrevistas; aos trinta e quatro funcionários das facções de costura dos municípios de Acari e Cruzeta que, mesmo fadados de suas jornadas de trabalho, responderam aos questionários. Aos colegas da turma de 2015.1 do Programa de Pós-Graduação em Estudos Urbanos e Regionais que dia a dia contribuíam, por meio das discussões, para a ampliação dos horizontes teóricos. Aos colegas de trabalho do IGARN, ambiente de trabalho que muito tem contribuído para a obtenção de experiência na prática da gestão pública governamental. Aos demais amigos, que sempre se fizeram presentes e, no íntimo de cada um, sabem o quanto foram primordiais para a obtenção deste grau educacional. À Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte, por mesmo que indiretamente tenha dado apoio financeiro para a realização deste trabalho..

(8) “Nós queremos proteger os 11 milhões de terceirizados da precarização, dos baixos salários e da perda de direitos. Eles querem terceirizar todos os trabalhadores brasileiros sem proteção” (ROUSSEF, Dilma. 2017)..

(9) RESUMO O Programa de Interiorização da Indústria Têxtil (PRÓ-SERTÃO) é uma política pública de responsabilidade do Governo do Estado do Rio Grande do Norte que objetiva a interiorização da produção têxtil por meio de incentivos fiscais e criação de aportes necessários para o desenvolvimento da cadeia produtiva têxtil. O objeto desta dissertação é analisar se a terceirização das “indústrias âncoras” para as “facções de costura” que emergem e/ou se situam no contexto dessa política foram ou não responsáveis por precarizar o trabalho existente no Seridó Potiguar. O marco teórico que sustentou o presente estudo foi pautado nos conceitos de Terceirização, Precarização do Trabalho e Arranjos Institucionais. A partir daí, realizou-se, uma pesquisa qualitativa de natureza indutiva pautada em estudos bibliográficos e documentais, bem como pesquisa de campo, por meio de visitas in loco às facções de costura, onde, ainda, fez-se aplicação de questionários e realização de entrevistas que serviram de base para uma sistematização entre teoria proposta e a prática observada. A abordagem de pesquisa utilizada foi um estudo de caso, junto aos municípios de Acari e de Cruzeta, situados no território do Seridó Oriental Potiguar, estado do Rio Grade do Norte (RN), no período 2013 a 2016. Os resultados obtidos apontam para a existência de uma precarização das relações trabalhistas nas facções de costura. Estas, apesar de absorverem parte da população desocupada e fazerem a máquina econômica “ziguezaguear”, tiveram timidamente ou nunca tiveram propulsão do PRÓ-SERTÃO. Pois, mesmo com toda envergadura sugerida pelo discurso oficial, ainda se trata de um programa que tem dificuldades de implementação no território seridoense. O estudo concluiu que a precarização das relações trabalhistas nas facções dos territórios estudados ocorreu com relativa facilidade porque ocorreu num território marcado pela vulnerabilidade social, tendo em vista a existência de um número reduzido de postos de trabalhos - formais e informais, até a implantação das facções -, e, ainda, de altos índices de desocupação que permitiram a prática da subcontratação pelas empresas. PALAVRAS-CHAVE: Terceirização do Trabalho. Facções de Costura. Seridó Oriental Potiguar..

(10) ABSTRACT The Textile Industry Interiorization Program (PRÓ-SERTÃO) is a Public Politics of responsibility for the Government of the State of Rio Grande do Norte, which aims at the interiorization of textile production through fiscal incentives and creation of resources necessary for the development of the textile production chain. The objective of this dissertation is to analyze if this outsourcing of the "anchor industries" to the "sewing factions" hat emerge and / or fall within the context of this policy were responsible for precarious work in the Seridó Potiguar region. The theoretical milestone that claimed this study was based on concepts of Outsourcing, Precarious Employment and Institutional Tinkering. From then on, a qualitative research of an inductive nature was carried out based on bibliographical and documentary studies, as well as field research through visits to the sites of the sewing factions, where the application of questionnaires and interview was made that served as a basis for a systematization between the proposed theory and the observed practice. The research approach used in the case study with the municipalities of Acari and Cruzeta, located in the territory of Seridó Oriental Potiguar, state of Rio Grande do Norte, from 2013 to 2016. The results obtained point to the precariousness of labor relations in the sewing factions. Although these factions absorb part of the population, they have never propulsion of PRÓSERTÃO. For, even with all the investments suggested by the official speeches, it is still a program that has difficulty implementing in the Serido territory. The study concluded that the precarious employment of labor relations in the factories of the territories studied occurred with relative ease because it occurred in a territory marked by social vulnerability, with a view the existence of a reduced number of jobs – formal and informal until the creation of the factions -, and still of high rates of unemployment which allow the practice of subcontracting by companies. KEY WORDS: Subcontracting of Work, Sewing Faction, Seridó Oriental Potiguar..

(11) LISTA DE SIGLAS. APL. Arranjos Produtivos Locais. AT. Assistência Técnica. BB. Banco do Brasil. CLT. Consolidação das Leis Trabalhistas. DNOCS. Departamento Nacional de Obras Contas as Secas. EMATER. Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural. EPI. Equipamento de Proteção Individual. FAO. Organização das Nações Unidas para Agricultura e a Alimentação. IBAMA. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IDH. Índice de Desenvolvimento Humano. IFOCS. Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas. IOCS. Inspetoria de Obras Contra as Secas. INCRA. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. IGARN. Instituto de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte. MA. Ministério de Agricultura. MDSA. Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. MIN. Ministério da Integração Nacional. MPT. Ministério Público do Trabalho. PTDRS. Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável. SINDICONFECÇÕES. Sindicato das Costureiras de Confecções. SUDENE. Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste. SEMARH. Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. TST. Tribunal Superior do Trabalho.

(12) LISTA DE ILUSTRAÇÕES. Ilustração 1: Arranjo Institucional do Programa de Interiorização da Produção Têxtil (PróSertão)....................................................................................................................................... 47 Ilustração 2: Arranjo Institucional do Programa de Interiorização da Produção Têxtil (PróSertão)....................................................................................................................................... 48 Ilustração 3: Disposição espacial dos municípios de Acari e Cruzeta no mapa do Rio Grande do Norte. ................................................................................................................................... 85 Ilustração 4: Território do Seridó Potiguar. .............................................................................. 85 Ilustração 5: Município de Acari – RN. ................................................................................... 86 Ilustração 6: Município de Cruzeta – RN. ................................................................................ 86 Ilustração 7: Fluxos de peças produzidas nas facções de costura do Seridó Oriental Potiguar. .................................................................................................................................................. 87 Ilustração 8: Desenvolvimento das atividades na facção de costura WA Confecções, no município de Cruzeta - RN. ...................................................................................................... 87 Ilustração 9: Funcionário de facção de costura realizando a etapa de passagem de roupa a ferro. ......................................................................................................................................... 88 Ilustração 10: Funcionário desenvolvendo suas atividades utilizando EPI. ............................. 88 Ilustração 11: Calça concluída pela facção de costura WA Confecções. ................................. 89 Ilustração 12: Dependências da facção de costura após o fim do expediente, com ênfase nas condições de trabalho as quais estão inseridos. ........................................................................ 89 Ilustração 13: Climatizador de ar da facção de costura. ........................................................... 90.

(13) LISTA DE GRÁFICOS. Gráfico 1: Quantidade produzida de algodão, herbáceo e arbóreo no Rio Grande do Norte (1940 – 2013). .......................................................................................................................... 40 Gráfico 2: Empresas as quais os funcionários das facções de costura prestam serviço. .......... 57 Gráfico 3: Salário recebido por funcionários das facções de costura dos municípios de Acari e Cruzeta. ..................................................................................................................................... 59 Gráfico 4: Sexo dos funcionários de facções de costura dos municípios de Acari e Cruzeta. . 60 Gráfico 5: Quantidade de funcionários das facções de costura que possuem outro tipo de renda. ........................................................................................................................................ 61 Gráfico 6: Faixa etária de funcionários de facções de Costura dos municípios de Acari e Cruzeta. ..................................................................................................................................... 62 Gráfico 7: Escolaridade dos funcionários das facções de costura dos municípios de Acari e Cruzeta. ..................................................................................................................................... 63 Gráfico 8: Taxa de desocupação por trimestres entre os anos de 2013-2016: Brasil, Nordeste e Rio Grande do Norte (%).......................................................................................................... 66 Gráfico 9: Funções desempenhada por funcionários das facções de costura dos municípios de Acari e Cruzeta. ........................................................................................................................ 68 Gráfico 10: Avaliação dos funcionários das facções de costura sobre as peças confeccionadas no Seridó Oriental Potiguar comparadas a de outros lugares. .................................................. 70 Gráfico 11: Opinião dos funcionários das facções de costura dos municípios de Acari e Cruzeta sobre condições de trabalho precárias e precarização das relações trabalhistas. ........ 73 Gráfico 12: Quantidade de funcionários de facções de costura que tiveram problemas de saúde ocasionados pelos esforços repetitivos do trabalho. ................................................................. 77 Gráfico 13: Problemas de saúdes ocasionados pelos esforços repetitivos de trabalho e exposição a produtos químicos. ................................................................................................ 78.

(14) LISTA DE QUADROS Quadro 1: Quantidade de pequenas indústrias têxteis formais por municípios. ....................... 50 Quadro 2: Classificação das Facções de Costura, segundo produto final – CNAE. ................ 55.

(15) SUMÁRIO. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 16 1.. IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA REORGANIZAÇÃO DO TRABALHO. 24. 1.1. A. FLEXIBILIZAÇÃO. COMO. ESTRATÉGIA. DE. PRECARIZAÇÃO. DO. TRABALHO. ........................................................................................................................... 27 1.2. MODELO FLEXÍVEL DE PRODUÇÃO: OLHARES SOBRE O PROCESSO DE TERCEIRIZAÇÃO DO TRABALHO ..................................................................................... 32 2.. COMPORTAMENTO DA INDÚSTRIA TÊXTIL NO SERIDÓ .............................. 38. 2.1. DO RELUZIR DO OURO BRANCO AO “ZIGZAG” DAS MÁQUINAS DE COSTURA ............................................................................................................................... 40 3.. O SERIDÓ POTIGUAR (RN): CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO DE. REALIZAÇÃO DA PESQUISA ........................................................................................... 49. 4.. 3.1.. CARACTERES DESCRITIVOS DO MUNICÍPIO DE ACARI (RN) ..................... 51. 3.2.. CARACTERIZAÇÃO DESCRITIVA DO MUNICÍPIO DE CRUZETA (RN) ...... 53. ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................................... 55. 4.1. ANÁLISES SOBRE OS FUNCIONÁRIOS DAS FACÇÕES DE COSTURA DOS MUNICÍPIOS DE ACARI E CRUZETA. ............................................................................... 57 4.2. O PROCESSO DE TERCEIRIZAÇÃO DO TRABALHO. ............................................. 65 4.2.1.. A precarização das relações trabalhistas e do trabalho ....................................... 71. CONSIDERAÇÕES FINAIS. ................................................................................................ 81 ANEXOS ................................................................................................................................. 84 APÊNDICES ........................................................................................................................... 91 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 101.

(16) INTRODUÇÃO. O Nordeste brasileiro no que diz respeito a seu desenvolvimento econômico teve um papel de protagonismo ainda no período colonial, com a produção açucareira, sendo considerada a região mais dinâmica do território nacional com condições climáticas que deram sustentação ao modelo colonialista de produção imposto por Portugal. Ainda no período regencial há o deslocamento do eixo de desenvolvimento econômico da região Nordeste para o Sudeste, ocasionado por mudanças voltadas à modernização do espaço brasileiro (Lei de Terras, abolição da escravatura, advento da cultura cafeeira em São Paulo e a crescente leva de imigrantes que desembarcavam no Brasil), este processo é danoso para a economia nordestina, pois, não foi revertido na industrialização, tampouco, no processo de integração nacional. Diante do cenário que se tornou característico da região Nordeste, no início do século XX, despertou por parte de estudiosos e políticos uma certa preocupação com o baixo dinamismo econômico e pouco interesse político para promover modificações estruturais, as quais poderiam dinamizar novamente a indústria nordestina, que encontravam entraves ocasionados, em sua maioria, pelo modelo de perpetuação das estruturas de poder e oligárquicas que se alternavam nos Estados. O Rio Grande do Norte começou a dar os primeiros passos no processo de industrialização a partir do direcionamento de incentivos fiscais, principalmente pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), a empresários que demonstravam interesse em instalarem suas indústrias no estado, a fim de promoverem o desenvolvimento regional e estadual. Sendo os potiguares, tradicionais na produção algodoeira, houve uma tendência de fixação da indústria têxtil no Estado, o que viabilizou o processo de aproveitamento total da fibra do algodão. Esta, por seu turno era transformada em: linhas de costura, redes, roupas e lençóis, e, ainda, do caroço que restava eram extraídos alimentos para o gado e, por fim, parte ainda era aproveitada nas indústrias de sabão em pedra e até combustíveis. Considerado o “ouro branco” dos potiguares, o algodão foi responsável, durantes duas décadas, 1960 e 1980, por cerca de 40% da arrecadação do ICMS do Estado, impulsionando a economia potiguar que a projetaria no cenário nacional. Isto é, proporcionou o enriquecimento de produtores, a ascensão de pequenas comunidades e cidades que tinham a. 16.

(17) economia dependente da produção algodoeira, e desenvolveu a malha ferroviária do estado, com grande importância para o escoamento da produção do interior do Estado para as regiões litorâneas, com vistas à exportação. O Seridó Potiguar é uma das microrregiões do estado que despontava na produção algodoeira, principalmente do Algodoeiro Mocó (Gossypium hirsutum), planta perene e arbórea com grande resistência à seca. Por décadas, a região tinha na cotonicultura um dos pilares de sustentação econômica, com infraestruturas e maquinários capazes de processar a produção de ótima qualidade, sendo exportada em diversos momentos do auge produtivo para: a indústria têxtil inglesa (início do século XX) e para crescente indústria de fios e tecelagem do Centro/Sul do país. Com o projeto de integração nacional e desenvolvimento industrial regional, o Seridó passou a concentrar indústrias que produziam suas próprias peças provenientes do algodão, incentivadas por isenções fiscais municipais, estaduais e incentivos da SUDENE. Porém, na década de 1970, a cotonicultura começa a sofrer declínios ocasionados pela perda de competitividade, quando comparada à produção modernizada de algodão herbáceo, que era produzida nas fazendas de São Paulo. Atrelados a esse fator, ainda surge a crise do mercado externo, afetando diretamente os preços do produto. Por acréscimo, a chamada “Praga do Bicudo”, que pôs fim às lavouras de algodão no Seridó Potiguar, o que veio a encerrar o ciclo do algodão no Seridó e no estado do Rio Grande do Norte. Restaram ao Seridó a infraestrutura, o maquinário defasado (e, praticamente inutilizável), os prédios de fábricas e beneficiadoras de matéria prima e de subprodutos e, ainda, uma certa tradição vinculada à indústria têxtil em confeccionar determinados tipos de peças, o que fez com que a região se tornasse destino de um novo processo de industrialização. Constatada a viabilidade de implantação e reimplantação de pequenas unidades fabris do ramo têxtil e de confecções no Seridó Potiguar, a partir dos anos 2000, se efetivou em grande escala, um verdadeiro “boom” de oficinas, denominadas “facções”, que prestam serviços terceirizados a grandes empresas de confecções, de renome nacional e internacional. A implantação e o fortalecimento dessas “facções” no Seridó Potiguar contam com políticas de incentivo propiciadas pelo governo local, sendo, na atualidade, o Programa “Pró Sertão”, que tem como principal objetivo a capacitação da “mão de obra sertaneja” para o manuseio de máquinas de costura, assim como a facilidade de créditos de financiamento a microempresários que demonstrem interesse em montarem suas próprias “facções”.. 17.

(18) É voltado para esse esforço do Estado do Rio Grande do Norte que se justifica este trabalho, ou seja, tem-se o intuito geral de analisar como a implantação das facções de costura no Seridó Potiguar se configura e quais os impactos econômicos e sociais que a atividade gera na região, almejando compreender, de maneira mais específica, em que medida a terceirização das atividades fabris para pequenos municípios contribuem para o seu desenvolvimento. Em acréscimo, com o intuito de responder os desdobramentos desse objetivo geral, foram traçados, de maneira concisa, três objetivos específicos, sendo eles: aqui você poderia mencionar os três itens da sua pesquisa empírica que estão no capítulo 4, ao invés do que está aqui 1) caracterizar as facções de costura existentes no Seridó Oriental Potiguar; 2) identificar as relações de trabalho existentes entre a base industrial têxtil e as facções de costura; 3) descrever o contexto socioeconômico em que as facções de costura se inserem; e por fim, 4) analisar os diferentes níveis de compreensão das pessoas que desenvolvem estas atividades, em suas formas de regulamentação do trabalho. Assim, este trabalho tem como pressupostos que, a instalação das facções de costura serve como estratégias de sobrevivência para a população da região do semiárido nordestino. Essa população, pressionada pelos problemas decorrentes da seca e de outras dificuldades relativas à questão ambiental e suas consequências, historicamente, tem migrado em busca de sobrevivência em outros lugares, em alguns, ocupando-se com atividades precárias e, que a interiorização da produção têxtil promove a criação de novos espaços para a reprodução do capital, com o regime de acumulação flexível (HARVEY, 1992). Por mais que haja por parte da bibliografia uma visão de exploração e precarização do trabalho nesses novos cenários de inserção, isso pode não ocorrer junto aos trabalhadores, que em muitos casos, encontram nessas atividades uma forma de conseguir o sustento familiar e adquirir dignidade. Os estudos de Robert Castel (1995) analisam os processos de flexibilização e a consequente precarização do trabalho no âmbito mundial e a aplicação de suas formulações às metamorfoses do trabalho que caracterizam a necessidade individual de submissão a “subcontratação” a fim de manter suas necessidades financeiras. Uma das premissas utilizadas por esse autor dizem respeito à perda de inserção ou “condição de assalariado” que se fortalece à medida em que a precarização do emprego e do desemprego se insere no processo de modernização, onde a reestruturação produtiva industrial tem na flexibilidade seu principal elemento. De modo mais específico, desde o ano de 2013, no Estado do Rio Grande do Norte, foi implementado um programa que visava a interiorização da produção têxtil, principalmente no. 18.

(19) território do Seridó Potiguar, território este que já possui certa tradição no segmento de costura e bonelaria, o que impulsionou ainda mais a instalação de facções de costura. Apesar da crise econômica que se instalou no país, a partir de 2014, principalmente na economia, os municípios seridoenses conseguem, graças às facções de costura, manter os postos de trabalho ativos. Assim, segundo a FIERN um município, tal como ocorre em São José do Seridó, mantém o pleno emprego, via dinâmica da indústria têxtil. Portanto, o segmento faccionista tem tido um papel fundamental na dinamização econômica dos municípios seridoenses, e cresce como uma alternativa para as ocupações e fontes de renda prejudicadas pela escassez de água que assolam a atividade agrícola na região. Diante deste cenário, por um lado, temos o crescimento do setor empresarial no território, caracterizado pela máxima do empreendedorismo; e, por outro lado, temos a inserção de indivíduos nos postos de trabalho que irão desempenhar atividades em longas jornadas de trabalho em condições desfavoráveis. Essa dualidade faz com que transborde aos estudos acadêmicos a necessidade de avaliar ou validar as teses produzidas no campo social que esta configuração está inserida. Nesse caso específico do projeto, a questão a ser respondida é: A terceirização das indústrias âncoras para as facções de costura, com a parceria do governo do estado do Rio Grande do Norte reforçam a precarização do trabalho nos municípios do Seridó? A partir dessa questão central, surgiram outros questionamentos, tais quais: qual perfil econômico e social dos funcionários que trabalham nas facções? Como se dá o processo de terceirização do trabalho? Ocorre precarização, seja do trabalho, seja das relações trabalhistas? Teria ocorrido, ainda, quarteirização? Há, no presente estudo, duas hipóteses: a primeira é que a terceirização do trabalho para as facções de costura tem aspectos positivos na vida da população seridoense, mesmo diante das condições precárias de trabalho, as quais são submetidos os “operários” nas jornadas de trabalho, daí, a necessidade de haver uma regulamentação do trabalho terceirizado; a segunda é que o Pró-Sertão é uma política pública que interioriza a produção têxtil para as facções de costura do Seridó Oriental Potiguar, mas não cria as condições necessárias para o desenvolvimento e sustentação da cadeia produtiva. O objetivo geral da dissertação é observar o processo de terceirização da produção industrial têxtil nacional e regional para o território do Seridó Oriental Potiguar, estruturada na forma de “facções”. Dentre os objetivos específicos, pode-se destacar a caracterização das facções de costura existentes no Seridó Oriental Potiguar, como as relações de trabalho existentes entre a base industrial têxtil e as facções de costura. O outro objetivo foi o de. 19.

(20) descrever o contexto socioeconômico em que as facções de costura estão incentivadas a serem instaladas, avaliando o impacto do Pró – Sertão (Programa de Interiorização da Indústria Têxtil), como instrumento de desenvolvimento territorial e rural. Todos estes elementos lançarão novos olhares acerca do processo de terceirização do trabalho, da precarização, a partir da análise das relações interpessoais existentes na configuração dos novos postos de trabalho desse território. Este trabalho consiste em um estudo de caso pautado nos métodos dedutivo e indutivo de pesquisa, pois, parte de uma literatura que orienta a base teórica e histórica, para, em seguida, proceder a condução de entrevistas e aplicação de questionários socioeconômicos que nos permitiram ir além daquelas informações bibliográficas e censitárias disponíveis nos domínios públicos. Neste caso, foram obtidos dados junto ao IBGE, Ministério do Trabalho, PNAD, Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte, SEBRAE/RN, FIERN e do próprio Ministério do Desenvolvimento Social. O método indutivo, em especial, foi utilizado como condutor dessa pesquisa porque, a partir dele, é possível reger mentalmente dados particulares (obtidos ou construídos), com parcialidade de constatações que geram verdades gerais e universais, que excedam as partes pesquisadas. Dando suporte ao método indutivo de pesquisa fizemos um estudo de caso que investigou um fenômeno contemporâneo, os impactos sociais e econômicos da terceirização do trabalho nas facções de costura. Neste caso, a precarização do trabalho assalariado, estabelecendo assim os limites existentes entre fenômeno e realidade, até então, não conhecidos, ao menos para a região selecionada para estudo. Para isso, leva-se em conta o processo de legitimação pelos universos simbólicos, que são passíveis de cristalização por meio de processos de objetivação, sedimentação e acumulação do conhecimento (BERGER & LUCKMANN, 1978). Para perseguir à questão citada anteriormente, ainda, o projeto busca trabalhar com dois municípios seridoenses, com características sociais e econômicas semelhantes entre si. Ademais, foram utilizados como critérios de seleção dos municípios que serão pesquisados, Acari e Cruzeta, os seguintes: a) dados populacionais (habitantes, IDH); b) serem municípios com características faccionistas semelhantes no que diz respeito ao início das atividades, mesmo que a passos curtos, o município de Cruzeta se inseriu no ramo faccionista há uma década, assim como o município de Acari, portanto, a ideia foi de analisar suas trajetórias a partir da consolidação das suas participações no setor faccionista, depois implementação do Pró-Sertão, no ano de 2013, assim confrontamos os impactos desse. 20.

(21) “boom” do segmento em Cruzeta e Acari sob vários pontos de vista; c) a quantidade de facções: Cruzeta, oito facções de costura e Acari com cinco facções de costura. Para o desenvolvimento da pesquisa propõe-se analisar publicações e abordagens teóricas referentes aos processos de reestruturação produtiva do Rio Grande do Norte, terceirização da produção das grandes marcas de confecções (empresas âncoras) para micro e pequenas empresas de finalização de produto, as chamadas facções de costura, no Seridó Potiguar, globalização e precarização do trabalho. Para além desses temas, já citados, foi analisado o contexto histórico territorial no qual as facções de costura estão inseridas, pautando algumas discussões nos conceitos de desenvolvimento territorial e regional. Apesar da terceirização do trabalho ser um tema pouco discutido em nível regional tivemos um aparato bibliográfico nacional e internacional que possibilitou pautarmos a discussão de maneira compreensiva e de modo que pudéssemos relacionar a empiria à teoria. A interpretação utilizada deu-se a partir do já mencionado método indutivo, que se fundamentou no aspecto dedutivo da teorização apresentada, pois a ideia de conversar com populares informalmente e obtermos opiniões que confrontavam as respostas dadas poderão, em tese, construir uma interpretação sobre o que de fato aconteceu nos municípios pesquisados, seja ela convergente, ou, divergente da literatura a ser resenhada. A posteriori, propõe-se a realização de estudos aprofundados sobre os arranjos institucionais do estado do Rio Grande do Norte, com enfoque no Programa de Interiorização da Indústria Têxtil (Pró–Sertão), objetivando a análise do arcabouço jurídico e legal e seu organograma de funcionamento. Para poder chegarmos aos nossos objetivos serão realizadas 8 entrevistas com funcionários de facções, empresários do ramo faccionista (WA Confecções, WA2 Confecções, Abelha Confecções e Xizania Confecções), membros de entidades responsáveis pela garantia de direitos trabalhistas e pela operacionalização das facções (FIERN, SEDEC e SINDICONFECÇÕES). Para isso, foram criados roteiros semi-estruturados e organizados em tópicos estabelecidos previamente de acordo com a temática que estávamos desenvolvendo. Neste caso, dividimos o roteiro em três temáticas, a saber: uma primeira, ligada ao social; a segunda ao econômico e a terceira visando a relação que os funcionários das facções têm com o objetivo do trabalho e com a sociedade. Neste último caso atentando para opinião dos mesmos sobre os impactos do trabalho terceirizado. Cinco entrevistas foram realizadas presencialmente com auxílio de gravador de áudio mp3 e outras três entrevistas foram encaminhadas e respondidas via e-mail, devido à indisponibilidade dos entrevistados em. 21.

(22) receberem o entrevistador. Em seguida, foram ouvidas as entrevistas e analisadas a fim de incorporar as ideias e opiniões interessantes para a redação do texto final dissertativo. Além disso, após as entrevistas com os faccionistas foram realizadas visitas às facções de costura, onde foi permitido realizar observações do desempenho das atividades, infraestrutura e maquinário. Para a elaboração e aplicação dos questionários relacionamos as questões aos objetivos, com clareza nos enunciados, que não induzissem ou distorcessem o que buscamos como respostas. Da mesma forma, tentando aferir pontos de vista distintos dentro de uma mesma temática, foram utilizadas questões fechadas e abertas. A aplicação dos questionários foi realizada em dois momentos e de duas formas distintas. Em um primeiro momento foi aplicado um modelo de questionário piloto (anexo ao trabalho dissertativo) para alguns funcionários de facções, selecionados aleatoriamente no mês de fevereiro de 2017, porém, o local onde eram aplicados os questionários (no interior das facções de costura) e presença do proprietário no momento das perguntas intimidava o entrevistado. Para diminuir o constrangimento dos funcionários ao responderem o questionário, desenvolvemos na plataforma do Google Docs uma Planilha de Questionário que permitia aos funcionários das facções a inclusão de respostas online que seriam encaminhadas diretamente ao e-mail do desenvolvedor do trabalho, sem a necessidade de identificação, criando assim um ambiente de sigilo de respostas, que abria um leque de possibilidades para o real conhecimento das condições de trabalho e funcionamento das facções de costura. Os questionários foram elaborados em três blocos de perguntas, tal como aprece nos Apêndices do presente estudo, a saber: o primeiro com perguntas censitárias (faixa etária, gênero, estado civil e grau de instrução); o segundo com perguntas referentes à participação social e a importância para a garantia de direitos; e, por fim, o terceiro bloco com perguntas referentes à terceirização e precarização do trabalho, doenças ocasionadas pelas atividades realizadas e expectativas sobre o setor faccionista no território do Seridó Potiguar. Foram aplicados 34 questionários com funcionários de facções indiscriminadas, excedendo às facções visitadas e que tiveram seus proprietários entrevistados. Com objetivo de discutir essas questões em torno do trabalho humano, no espaço potiguar, o presente estudo apresentará quatro capítulos e as considerações finais, capítulos esses que trazem inserções de prática à teoria e da teoria à prática, com invocações de autores para discutir temáticas e conceitos em determinados assuntos para, com o intuito de enriquecer a discussão, descartar a necessidade de chancelar teoricamente algumas ideias.. 22.

(23) “A globalização e seus impactos na reorganização da divisão do trabalho” foi a denominação atribuída ao primeiro capítulo. Nele o propósito nosso foi de lançar olhar sobre o fenômeno da globalização e como seu caráter multidimensional pode afetar as estruturas sociais e econômicas impostas pela mundialização do capital, a vistas de maximização de lucros e diminuição de custos de produção. O capítulo conta com dois subitens, o primeiro com a discussão de como a acumulação flexível condiciona a precarização do trabalho e, o segundo, discutindo o processo de terceirização do trabalho como um dos principais pilares da acumulação flexível. Nos Apêndices, citamos súmulas, leis e enunciados sobre a terceirização do trabalho no Brasil. O segundo capítulo contextualizou historicamente o principal eixo econômico do Seridó Potiguar e um dos principais do Rio Grande do Norte, entre o final do século XIX e fim do século XX, remontando todo o processo de estruturação do Estado para beneficiamento e escoamento da produção algodoeira, assim como a importância adquirida pelo Estado na exportação, principalmente durante a primeira Guerra Mundial, conduzindo o debate até o declínio da cultura do algodão, ocasionada pela Praga do Bicudo. Por fim, já no século XXI, a reestruturação do setor têxtil no polo seridoense, com a inserção de diversos ramos da indústria têxtil e aproveitamento a tradição seridoense em produzir peças da cadeia têxtil, em algumas situações maquinários e infraestrutura física. No terceiro capítulo caracterizamos o espaço geográfico territorial do Seridó Potiguar, desdobrando o capítulo em mais dois subitens que descrevem historicamente os municípios pesquisados de Acari e Cruzeta, dando visibilidade aos pilares de sustentação econômica e suas novas configurações, assim como, a apresentação de dados censitários dos municípios. Por fim, o capítulo quatro nos traz os resultados empíricos obtidos nas pesquisas de campo realizadas sobre a Terceirização do trabalho para as facções de costura do Seridó Oriental Potiguar. Esse capítulo se subdivide em três subitens que trazem como ponto principal as análises do capital humano, análises da terceirização do trabalho e as análises da precarização do trabalho nas facções de costura do Seridó Oriental Potiguar. Trata-se de um capítulo com discussões dos mais variados atores inseridos no contexto das facções: proprietários, funcionários das facções, representante de entidades como, Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RN, Ministério Público, Sindicato das Costureiras e FIERN. As considerações finais destacam as principais implicações que esse estudo alcançou, proposições de soluções, e perspectivas de melhorias, através de políticas públicas voltadas para o setor faccionista, para os funcionários, proprietários e membros de entidades públicas de fomento econômico.. 23.

(24) 1. IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO NA REORGANIZAÇÃO DO TRABALHO.. Muito se debate sobre os impactos da globalização no mercado global, mas existem divergências de opiniões sobre o desempenho desse fenômeno no sistema capitalista, principalmente, no que diz respeito aos grandes países da periferia do capitalismo. Essa reflexão parte da ideia que, mesmo depois de três décadas de implantação de reformas associadas ao fenômeno integrador de economias ao mercado global, uma parte significativa das nações continuam apresentando baixo desempenho do PIB per capita e desigualdade acentuada na concentração de renda. Atrelado aos problemas relacionados anteriormente, ainda, aumentam os indícios da exclusão social nos países periféricos. O processo de Globalização não é um fenômeno novo, e deveria ser melhor caracterizado como um conceito multidimensional e de tendências históricas que apontam para conexões mundiais e fenômenos de caráter social, tal qual a consciência dos atores globais, frente aos novos desafios impostos pela nova ordem mundial. Dessa forma, desde os anos de 1970, a internacionalização da economia mundial promoveu intensas mudanças socioeconômicas. Essas mudanças ganharam impulso com a disseminação das tecnologias da informação, levando consigo características inusitadas de reorganização de estratégias produtivas e formação de novas redes empresariais, e a atividade produtiva que buscava apenas mercados globais, passou, ela própria, a ser global (DUPAS, 1999). A revolução tecnológica atrelada à globalização, como descrito por Gilberto Dupas (1999, p.2) permitiu o surgimento de “modificações radicais que atingiram o modo de vida de boa parte dos cidadãos, alterando seu comportamento, seus empregos, suas atividades rotineiras de trabalho e seu relacionamento com os atores econômicos produtores de bens e serviços”. Assim sendo, a globalização se caracteriza como um processo de reorganização da divisão internacional do trabalho, se adequando às diferenças operacionais e de custos de produção de cada país. Entende-se aqui que, há necessidade de traçar um marco de referência, objetivando explicar os resultados de distribuição do trabalho global e multidimensional, a partir de quatro tipos de processos, como explicitado por Therborn (2001, p. 122): “a história global, os fluxos globais - de comércio, de capital, de populações e de conhecimento -, uniões globais,. 24.

(25) articulando instituições e políticas nacionais com organizações e pressões transnacionais - e, finalmente, processos nacionais”. A globalização tem uma vasta ligação com aspectos da vida social, sofrendo variações de amplitude e sendo movida por dinâmicas diferentes. Dessa forma, utilizaremos o termo multidimensionalidade da globalização, a fim de ilustrar variáveis sociais importantes para a análise social, segundo Therborn (2001):. Processos globais de estruturação social, como a divisão do trabalho, a alocação de direitos, a distribuição de riqueza e renda. Ela também poderá incluir a padronização de riscos e oportunidades de acordo com a passagem do tempo, processos de assimilação cultural, de formação de identidades, de definições e distribuição de conhecimento, de constituição de valores e de instituição de normas, de construção e recepção de formas simbólicas. Em terceiro lugar, a globalização poderá envolver ação social, seja em alcance de sentido único ou de interação, de ação individual dispersa ou coletiva, de harmonia ou de conflito (THERBORN, 2001, p.127).. Portanto, a globalização acaba gerando um processo econômico/social/político que fortalece a constituição de três zonas de influência, que já ditam o funcionamento do mercado e produção mundial: Estados Unidos da América (NAFTA), Alemanha (CEE) e o Japão (Sudeste Asiático), promovendo o desmonte dos espaços nacionais, principalmente de países subdesenvolvidos. Todo este arranjo constituído pelo cenário de globalização faz com que se torne ainda mais notório, a competição imposta pelo capitalismo, apoiada por inovações tecnológicas de todos os tipos, que transpassam os limites impostos pelas barreiras nacionais a fim de se mundializar. Como consequência, há a aceleração do desenvolvimento das forças produtivas, o crescimento do volume e valores produtivos por trabalhador. Marx (1984) já identificara as características e tendências do modo de produção capitalista em seus escritos, aplicáveis ao processo de globalização, em que o capital é liberado de suas restrições e adquire um formato flexível que permite mais facilidade de valorização. Na atualidade, o modelo arraigado da globalização, em que a concorrência se baseia cada vez mais no domínio do conhecimento e das informações, se sobrepõe às vantagens naturais de competição, tornando irrelevante esse critério para a definição de inserir as. 25.

(26) atividades de qualquer região na escala econômica internacional, as relações centro/periferia se tornam cada vez mais instáveis. No campo das relações capital/trabalho as transformações são profundas, o processo de globalização com a difusão tecnológica altera a correlação de forças entre capital/trabalho, logo:. A antiga classe operária do fordismo vem dando lugar a uma classe trabalhadora mais heterogênea diversificada em suas condições de trabalho, formas de remuneração e identidades coletivas; o que vem impulsionando a crise dos sindicatos em todo o mundo (FILGUEIRAS, 1997, p. 914).. Assim, a globalização surge como um vetor de reaparecimento de velhas formas de exploração da força produtiva, que afeta drasticamente, a forma como a classe trabalhadora estava habituada a desenvolver suas atividades. A partir daí, cabe mencionar o entendimento de habitus, a partir da concepção de Bourdieu (2001), em que a estrutura social pode condicionar a nossa forma de ser. O habitus se refere às disposições incorporadas pelo indivíduo social ao longo do processo de socialização, trazendo consigo experiências do passado, como matrizes perceptivas. O processo de globalização e um dos seus pilares, a modernização, faz com que haja, segundo Castel (1995), a perda da inserção ou da condição do assalariado à medida que a precarização do emprego e desemprego se inserem no processo. Com essa nova ordem de organização do trabalho em curso as empresas adotam modelos de flexibilidade interna, como a polivalência e subcontratação para atender as demandas que possam surgir, exigindo, a cada dia, mais um funcionário rápido, ágil e flexível, que aumenta sua especialidade e vê o declínio de sua valorização salarial, quando esta existe. Há, ainda, a flexibilidade externa manifesta através da subcontratação, praticada principalmente na terceirização das atividades-meio e, em alguns casos, nas atividades-fim (CASTEL, 1995; DRUCK, 2007). Ainda segundo Castel (1995) na globalização há um processo de “desestabilização dos estáveis”, incidindo diretamente na “instalação da precariedade” e formação de um “déficit de lugares” na estrutura social, em que homens e mulheres são postos a margem da sociedade como “inúteis para o mundo”. Para Castel (1998):. 26.

(27) O processo de precarização percorre algumas das áreas de emprego estabilizadas há muito tempo. Novo crescimento dessa vulnerabilidade de massa que, como se viu, havia sido lentamente afastada. Não há nada de “marginal” nessa dinâmica. Assim como o pauperismo do século XIX estava inserido no coração da dinâmica da primeira industrialização, também a precarização do trabalho é um processo central, comandado pelas novas exigências tecnológico-econômicas da evolução do capitalismo moderno (CASTEL, 1998, p. 526).. Portanto, a perda de emprego e inserção instável em postos de trabalho cria uma situação de insegurança com modos de vida e trabalho essencialmente precários, fazendo com que hajam rupturas dos habitus, tornando a classe trabalhadora vulnerável com condições de vida social fragilizada (DRUCK, 2007, p. 8). O item a seguir discutirá como a flexibilização age como uma estratégica de precarização do trabalho, estando esses processos inseridos dentro de um fenômeno maior, já aqui debatido, a globalização.. 1.1.. A flexibilização como estratégia de precarização do trabalho.. As transformações ocorridas no campo trabalhista, a partir do marco da globalização e reestruturação produtiva se configuram, nos últimos anos, nos processos de flexibilização, desregulamentação e ainda nas consequências destes processos que culminam na precarização social. Para a discussão do que a literatura classifica como flexibilização, tomaremos as dimensões sociais, políticas e econômicas como primordiais ao entendimento tendo no indivíduo/ser social o elemento de materialização do fenômeno. O fenômeno da flexibilização assume configurações que têm implicações específicas de gênero, de faixa etária e de novas relações sociais, que podem sofrer alterações de acordo com o espaço a qual perpassa, seja nacional, regional ou territorial (DRUCK, 2001). Nas discussões teóricas sobre a sociologia do trabalho, são mais relacionadas na literatura quatro teses que classificam os termos flexibilização e precarização. Duas destas teses possuem características que são correlatas ao que o trabalho desenvolvido busca discutir, sendo elas: a tese de Harvey (1992) da “acumulação flexível” que apresenta os novos paradigmas do regime de acumulação, com características sistêmicas que traz no seu teor as mudanças estruturais ocorridas no capitalismo e; a tese de Robert 27.

(28) Castel (1998) do advento da nova “questão social” resultante da precarização do trabalho e da vulnerabilidade social. Segundo Harvey (1992) veio a ocorrer no sistema capitalista um processo de transição, iniciada nos anos de 1970, advinda da crise do fordismo, abrindo precedente para o surgimento do regime de acumulação flexível. Porém, o novo regime não significaria a substituição total do fordismo por uma nova forma de regulação, mas sim, um processo de combinações dos padrões fordistas às novas tecnologias e formas organizacionais flexíveis. Esta transição histórica perpassada pelo capitalismo teve implicações mais notáveis na flexibilização da produção e do trabalho, sob as formas de subcontratação, emprego temporário e flexibilidade de emprego e trabalho, que se configurariam em todas as atividades que viessem a ser oriundas dos processos de desterritorialização e desindustrialização (FRANÇA, 2013; DRUCK, 2007). A flexibilização, do ponto de vista teórico, é um processo oriundo da globalização do sistema financeiro capitalista, a qual possui condicionantes sociais e econômicos, mas, o que vem a ser o termo flexibilização? A conceituação do termo flexibilização possui nuances de abordagens teóricas e/ou metodológicas, sendo a definição sintética de Ramalho (2000) a que, salvo melhor juízo a respeito, melhor descreve a compilação de ideia do autor, tal como o fez Harvey (1992), sobre flexibilização e flexibilidade:. Considera-se nesta linha de pensamento a adequação das formas mais flexíveis de organização da produção e dos processos de trabalho para lidar com as novas tecnologias, a necessidade de mais flexibilidade em relação aos salários, à mobilidade dos trabalhadores, às regras de recrutamento, às regulações do mercado de trabalho, em conjunto com a flexibilidade na estrutura das empresas, nas relações entre firmas e na localização dos empreendimentos (RAMALHO, 2000, p.2).. Na sequência, outros termos foram surgindo para caracterizar as novas relações de trabalho vigentes nestes processos, tais quais: “organização flexível do trabalho, gestão flexível do trabalho, trabalho flexível, tempo flexível de trabalho, trabalhadores flexíveis, jornada flexível” (DRUCK, 2007, p. 14). Ademais dos termos das relações trabalhistas, os estudos sobre o mercado de trabalho também utilizaram várias denominações com o intuito de identificar o processo de. 28.

(29) flexibilização, alguns destes debatendo mais a realidade dos fatos do que a flexibilização impõe ao trabalhador, sendo eles: “desregulamentação do mercado de trabalho, precarização dos vínculos empregatícios, informalização, acumulação flexível, especialização flexível, revolução tecnológica, reestruturação produtiva e globalização” (FRANÇA, 2013, p. 3). Em suma, os estudos relatam o trabalho e o emprego pós-transformações condicionadas pela flexibilização, com um cenário marcado por “instabilidade, incerteza, insegurança, imprevisibilidade, adaptabilidade e riscos” (DRUCK, 2007, p. 15). Os trabalhadores são submetidos à chamada flexibilização “qualitativa” e/ou “quantitativa”, que para Leite apud França (2003, p.4) exige um funcionário polivalente, que desempenhe multitarefas dentro da empresa, de acordo com as demandas exigidas; e a quantitativa é oriunda das flutuações do mercado, que determinam a estrutura organizacional das empresas, principalmente com a redução da mão de obra empregadas, a vistas a diminuição de custos e garantia de competitividade interna e externa de trabalhadores 1. O processo de flexibilização da produção gera dois fenômenos que serão importantes para o entendimento do tema discutido: precarização e terceirização do trabalho, coexistindo entre si. Pensando em uma perspectiva macro, a flexibilização se fixa como um aporte de redefinição do papel empresarial ao abandono da verticalização na produção e surgimento de um foco produtivo principal. Assim, como na globalização, busca por inovação tecnológica e organizacional, amparado pela lógica empresarial, visando aumento da qualidade dos produtos, a rapidez a qual atendia as demandas do mercado, e, principalmente, a redução de custos com produtividade. A flexibilização age como condicionante da precarização do trabalho, na maioria dos casos, resultante do processo de terceirização. Dessa forma, Lima (2004, p. 60) entende o conceito de precarização como um paralelo da flexibilização, principalmente no que diz respeito às condições de trabalho:. Porque as novas formas de contrato podem significar maior intensidade na utilização da força de trabalho através da plurifuncionalidade na qual o trabalhador executa diversas tarefas, antes sob responsabilidade de outros trabalhadores, indeterminação de horas, flexibilização dos direitos que irá afetar o descanso semanal ou anual, a intermitência desses contratos, sua informalização (LIMA, 2004, p. 60).. 1. De modo mais específico, por exemplo no âmbito das facções de costura, os dois modelos de flexibilização são empregados, mesmo que involuntariamente, por seus proprietários.. 29.

(30) O termo precarização ou trabalho precário passou a figurar na contemporaneidade, com o intuito de tornar evidentes as condições de trabalho, as quais surgiram a partir de mudanças contínuas que marcaram o mundo do trabalho. E, a partir da metade do século XX, com o advento da Terceira Revolução Industrial ou Revolução Tecnocientífica, se instalou no cenário do trabalho o crescimento do desemprego e a queda da qualidade dos empregos oferecidos. Assim, a ideia de trabalho precário tem como elemento central de entendimento a condição do trabalhador de se submeter à subcontratação, que nas situações as quais estão inseridos, são marcadas pela subordinação e sujeição à exploração da sua força de trabalho (FRANÇA, 2013, p. 5). Todas essas transformações ocorridas na grande fábrica e as grandes concentrações de trabalhadores foram discutidas por Marx (1984), ainda no século XIX, em que descrevia o capitalismo como um sistema com necessidade permanente de transformação das forças produtivas, como condicionante para a sua reprodução. Desta forma, a produção em massa de cunho fordista é sucumbida, ainda no século XX, pela competitividade do capitalismo global, com mercados internacionalizados e a busca permanente por baixos custos de produção, que tinham na permanente revolução tecnológica e organizacional o pano de fundo para a reconfiguração corporativa. O processo em curso, na atualidade, redefiniu a força de trabalho de maneira danosa, do ponto vista social, com a redução radical dos contratos trabalhistas, tendo implicações na forma tradicional de organização do trabalho. Bourdieu (1998, p. 124) assinala a precarização do trabalho como um “regime político” de características novas de dominação, marcadas pela insegurança e submissão dos trabalhadores, que aceitam a exploração pela situação de vulnerabilidade social que se encontram. Druck (2007) complementa o pensamento de Bourdieu ao tratar a precarização como um processo social em que há a ampliação da “instabilidade” e da “insegurança”, em que as novas formas de organização do trabalho oriundas da reestruturação produtiva, terceirização e subcontratação, têm apoio no recuo estatal enquanto regulador do mercado de trabalho e de leis de garantia dos direitos trabalhistas. Além dos elementos já citados, a (des) territorialização da produção pode ser considerada dentro do processo de flexibilização um forte elemento de precarização do trabalho, que age como uma faca de dois gumes. Pois, de um lado, promove o fechamento de postos de trabalhos em regiões com tradição industrial, em grandes centros urbanos com. 30.

(31) trabalho organizado e cultura de engajamento cívico; e, por outro lado, abre postos de trabalho em regiões sem características industriais anteriores e trabalho organizado e, principalmente, sem relações de trabalho formal pregressa. São condições favoráveis para a precarização das relações de trabalho, mesmo que essas condições precárias sejam percebidas pelos trabalhadores, por tratar-se, em alguns casos, do primeiro emprego formal, que não vem a significar uma formalidade dentro das relações salariais tradicionais, que garantam os direitos trabalhistas em plenitude e o pagamento de vencimentos trabalhistas de acordo com os pisos salariais designados às categorias. A precarização, de forma ampla, é observada pela redução dos postos de trabalho estáveis, a subcontratação através de empregos temporários por tempo determinado (acontecendo em períodos, a depender do tipo de empreendimento, de maior demanda de consumo, principalmente datas festivas), em tempo parcial, aprendizes, estagiários ou bolsistas. No caso brasileiro, após a década de 1990, tal como relatado por Krein (2002), há um processo de mudança na legislação trabalhista, inspirada no modelo desenvolvimentista norteamericano, com relação padronizada de emprego (MATTOSO, 1999, p.87). Sob esta perspectiva, as transformações das leis trabalhistas, e a consequente diminuição das redes de proteção social, abriram precedente para a proliferação de postos de trabalho informais, em detrimento da diminuição do trabalho formal assalariado já enfraquecido pelo processo de flexibilização da legislação (FRANÇA, 2013, p. 6). No Brasil, a prática da flexibilização gera consequências críticas do ponto de vista social, pois o país é marcado por um contexto de exclusão e má distribuição de renda, sendo limitado por sua dependência e subordinação econômica a países desenvolvidos. Além disso, o país tem entranhado, em sua estrutura social, altas taxas de desemprego que perpassam dos ambientes rurais ao urbano (DRUCK, 1999, p. 59). Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho) mais de 1 bilhão de pessoas estão inseridas na lógica do trabalho precário, subemprego ou desempregados. Desta forma, tal como descrito por Pochman (1999):. [...] vários tipos precários de ocupação passam a ser identificados, muitas vezes, como forma de incorporação social possível. Acontece, todavia, que estas novas formas de uso e remuneração parecem apontar para uma maior diferenciação no. 31.

Referências

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