Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétri a
Modelagem de Quebra de Barras e de
Curto-Cir uit o entre Espiras em Motores de
Indução
Patry kson Marinho Santos
TrabalhodeDissertaçãosubmetidaàCoordenaçãodos ursosde
Pós-Graduação em Engenharia Elétri a da Universidade Federal
deCampinaGrande omorequisitopar ialparaobtençãodograu
de Mestreem EngenhariaElétri a.
Área de Conhe imento: Pro essamento da Energia
Orientadores:
Cursino Brandão Ja obina, Dr.Ing.
Maurí io Beltrão de Rossiter Corrêa, Dr.S .
Campina Grande
Indução
Patry kson Marinho Santos
Trabalhode Dissertação julgado omo adequado a obtenção dograu de
Mestre emEngenharia Elétri a, Áreade Con entração emPro essamento
da Energia, e aprovada emsua forma nal pelo Programa de
Pós-Graduaçãoem EngenhariaElétri ada Universidade Federal deCampina
Grande
Ban aExaminadora:
Cursino Brandão Ja obina, Dr.Ing., UFCG
Orientador
Maurí io Beltrão de R. Crrea, Dr.S , UFCG
Orientador
Fran is o de Assis Santos Neves, Dr., UFPE
Componente da Ban a
Edison Roberto C. da Silva, Dr.Ing.,UFCG
Componente da Ban a
Antonio Mar us Nogueira Lima, Dr.Ing.,UFCG
Componente da Ban a
Agradeço a Deus pelo dom da vida plena, sem o qual nada mais teria sentido e por tudo que
Ele tem permitido que se realize. Ele é o verdadeiro Mestre dos Mestres. Sou eternamente
grato às pessoas que me ensinaram os verdadeiros valores da vida, dentre todas elas duas em
espe ial: Meu pai,Ronaldson dos Santos Castroe minhamãe, Lu ileiladaSilvaMarinho
San-tos. Agradeço a minha querida irmã: Gwinity Marinho Santos, om suas diferenças omo ser
humano, omplementaa mimeeu a elaem laços de puro amor. A minha namorada,Darliane
Silva Araújo, pela parti ipação integral nos momentos de desfrute e di uldade e ainda pelo
entendimento e apoionos instantes ru iais dessa jornada. Agradeçoaos meus avósmaternos:
MãeTereza, e Pai Capitãopelaajuda ontínua ededi ada de verdadeiros pais, aavó paterna:
VóMaritite, porsuas oraçõese depósitos de onança em minhapessoa, eaoav paterno: V
Nadi o. A minha madrinha querida: Sebastiana, que sempre me ajudou om suas orações e
lições de vida e meu padrinho, Leonaldson, que sempre que ne essário esteve disponível a me
ajudar. Atodosostios, tias,primoseprimasquezerampartedessa aminhada. Agradeçoaos
professores Luíz Antnio, Edgar Roosevelt, Edison Roberto, Alexandre Cunha, Antnio
Mar- us, Talvanes de Oliveira, e em espe ial aos Professores Maurí io Corrêa e Cursino Ja obina
pela apa idade de transformaraexpressão"orientador"em sinnimode apoio,amizade,
tran-qüilidade e pa iên ia onstantes. A Ângela que sempre mostrando-se amiga. Agradeço aos
amigos do LEIAM e LIEC, em espe ial a Welen, Euzeli, Isaa , Reginaldo, Osglay,
Eisen-hawer, Alberto,Rafael,Wellington,Darlan, Clayton, Antnio e Aluísiopelaajudainestimável
emtodososmomentos,aosté ni os ealunosdeini iação ientí a: Fabrí ioeTâmisa;Glauber
eMontiê. AgradeçoaoCNPq-Conselho Na ionalde DesenvolvimentoCientí oeTe nológi o
Aamplautilizaçãodos motoresdeinduçãotrifási os omrotor gaiolade esquilotêm motivado
o res enteestudodesistemasquevisamdiminuiraspossibilidadesdeparadasabruptas destes
motores, evitando-se gastos om a reposição dos mesmos, assim omo a diminuição do tempo
de parada dos pro essos a ele a oplados. Falhas nas partes que o integram são as prin ipais
responsáveis por tais paradas. Quebra de barras rotóri as e urto- ir uito entres espiras dos
enrolamentos estatóri os são exemplos de falhas possíveis de o orrer nos motores de indução,
representando quase a metade do universo de falhas que o orrem nesses motores. Estresses
térmi os, elétri os, me âni os eos ausados peloambienteaoqual omotoré submetido são as
prin ipais ausasdaapariçãodesses tiposde falhas. Ane essidade de dete tar essas falhasem
um estágio ini ial justi a o desenvolvimento de métodos de monitoramento. Dessa forma, a
modelagemanalíti adosmotoresde induçãosobquebrade barrasrotóri asesob urto- ir uito
entre espiras estatóri as torna-se uma ferramenta base no desenvolvimento de tais sistemas.
Logo,são estudados in omodelosderepresentaçãodamáquinasobquebrade barrasedoisde
urto- ir uitoentre espiras estatóri as. A representatividadee a omplexidade desses modelos
são avaliadas.
Palavras- have: Motoresde Indução,Quebra de Barras, Curto- ir uitoentre Espiras
Thewide use ofthe three-phaseindu tion motorswith squirrel age rotorhas been motivating
the res ent study of systems that seek to redu e the possibilities of abrupt stops of these
motors,being avoided expens es with the repla ement ofthe same ones, aswell asthe de rease
plant's downtime. Flaws in the parts that build it is the main ones responsible for the stops
of the same ones. Broken rotor bars and stator inter-turn short ir uit are examples of aws
thathappens intheindu tion motors,almostformingthe halfof theuniverse of aws happens
in those motors. Thermal, ele tri , me hani s, environments stresses are the main auses of
the appearan e of those types of aws. The need for dete tion of rotor and stator faults atan
earlierstage justify the developmentof monitoringmethods. Animportantissue insu heort
is the modelling of the indu tion ma hine in luding broken rotor bar and stator inter-turn
short- ir uit faults, with a minimum of omputational omplexity. In that way, are studied
vemodels ofrepresentationof thema hineunderbroken rotorbars andtwomodelsfor stator
inter-turnshort- ir uit. Therepresentativenessandthe omplexityofthosemodelsisappraised.
Lista de Figuras x
Lista de Tabelas xv
Lista de Símbolos xvi
Glossário xxi
Capítulo 1 Introdução Geral 1
1.1 Introdução . . . 1
1.2 Contribuições doTrabalho . . . 8
1.3 Revisão Bibliográ a . . . 9
1.3.1 Modelos de Representação da Gaiolade Esquilo, aso QBR . . . 9
1.3.2 Sistemasde Dete ção e Diagnósti ode Falhas, aso QBR . . . 12
1.3.3 Modelos de Representação do Estator, aso CCE . . . 17
1.3.4 Sistemasde Dete ção e Diagnósti ode Falhas, aso CCE . . . 18
1.4 Sinopse dos Capítulos . . . 21
Capítulo 2 Modelos de Representação para Quebra de Barras 22 2.1 Introdução . . . 22
2.1.1 Hipóteses . . . 24
2.2 Estrutura eEquações Diferen iais doEstator . . . 25
2.3.1 Modelo Múltiplos Laços (MML) . . . 26
2.3.1.1 Estrutura e Equações Diferen iais doRotor . . . 26
2.3.1.2 Equações de Fluxos e Me âni a . . . 28
2.3.2 Modelo a Enrolamento Con entrado (MEC) . . . 31
2.3.2.1 Equações Diferen iais doRotor . . . 31
2.3.2.2 Equações de Fluxo e Me âni a . . . 31
2.3.2.3 Transformação 123 odq . . . 32
2.3.3 Resultados de Simulação . . . 33
2.4 Modelos daMáquina om Falha . . . 36
2.4.1 Modelo Múltiplos Laços (MML) . . . 36
2.4.1.1 Condiçõesde Contorno. . . 37
2.4.2 Modelo BobinaAuxiliar (MBA) . . . 40
2.4.2.1 Transformação 123 odq . . . 42
2.4.3 Modelo Aumentode Resistên ia (MAR) . . . 44
2.4.3.1 Transformação 123 odq . . . 45
2.4.4 Modelo Perda de Espiras (MPE) . . . 47
2.4.4.1 Enrolamento Virtual . . . 49
2.4.4.2 Transformação 123 odq . . . 51
2.4.5 Modelo Híbrido dq (MHdq) . . . 53
2.4.6 Comparaçãoentre os Modelos e ValidaçãoExperimental . . . 56
2.5 Con lusões. . . 70
Capítulo 3 Representação de Curto- ir uito entre Espiras Estatóri as 72 3.1 Introdução . . . 72
3.1.1 Hipóteses . . . 73
3.2 Estrutura eEquações Diferen iais doRotor . . . 73
3.3 Modelo Matemáti o doCurto- ir uitoentre Espiras Estatóri as . . . 75
3.5 ValidaçãoExperimental . . . 87
3.6 Con lusões. . . 90
Capítulo 4 Con lusões e Sugestões para Trabalhos Futuros 91
4.1 TrabalhosFuturos. . . 92
Apêndi e A Modelo a Enrolamento Con entrado 93
A.1 Equações Diferen iais doRotor . . . 93
A.2 Equações de Fluxos e Me âni a . . . 94
A.3 Transformação 123 odq . . . 95
Apêndi e B Plataforma Experimental e Motores Utilizados 98
B.1 Ensaios de Quebrade Barras. . . 99
B.2 Ensaios de Curto- ir uitoentre Espiras . . . 101
1.1 Tipos de falhas em motoresde induçãotipo gaiolade esquilo. . . 2
1.2 Motor de indução ompletamente destruido após a o orrên ia do
sobreaque i-mento domesmo, ausado por algumtipo de falha. . . 2
1.3 Representação da gaiolade esquilo atravésdomodelomúltiplos laços. . . 6
1.4 Representação do rotor domotor de induçãoatravésde modelos aproximados a
enrolamentos on entrados. (a) Bobinaauxiliar (b) Aumento de resistên ia ( )
Perda de espiras. . . 7
1.5 Representação da CCE.(a) Conguração estrela. (b) Conguração Triângulo. . 8
2.1 Estrutura doestator para amodelagem domotor de induçãotrifási o. . . 25
2.2 Modelo de múltiplos laços domotor de indução gaiolade esquilo. . . 27
2.3 Estrutura dorotor para a modelagemdamáquina aenrolamentos on entrados. 31
2.4 Visualizaçãoda transformação
123 < − > odq
. . . 322.5 Evolução temporalda orrente elétri adafase
1 i
s
s
1
doestator damáquina. . . 34
2.6 Evolução temporalda velo idademe âni a
(ω
r
)
da máquina. . . 342.7 Evoluçãotemporaldo onjugadoeletromagnéti o
(C
e
)
desenvolvidopelamáquina. 352.8 Evolução temporal da orrente da barra
1
,2
, eN
r
(quebra de 01 barra). (a) Ci lo ompleto (b) Ênfase natransição para falta. . . 382.9 FFTdosinal da orrentedabarra
N
r
i
r
b
Nr
apartirdet = 2.5 s
(quebrade 01 barra). . . 382.10 (a) Evolução temporalda orrente
i
s
s
1
. (b) FFT da orrente estatóri a1 i
s
s
1
a partir de
t = 2.5 s
(quebrade 01barra). . . 392.11 Comportamento temporal para quebra de
01
barra. (a) Conjugado Eletromag-néti o(C
e
)
. (b) Velo idadeMe âni a(ω
r
)
. . . 392.12 Estrutura dorotortrifási o bobinado om a rés imo dabobinaauxiliar.
Repre-sentação
R − L
. . . 402.13 Estrutura dorotor trifási o bobinado om a rés imo dabobina auxiliar. . . 40
2.14 Comportamento da orrente elétri a estatóri a
i
s
s
1
al ulada pelo Modelo da Bobina Auxiliar (equivalente 01 barra quebrada). (a) Evolução Temporal. (b)FFT. . . 43
2.15 Evoluçãotemporalequivalente
01
barraquebrada al uladodoModelodaBobina Au-xiliar. (a) Conjugado Eletromagnéti o(b) Velo idadeMe âni a. . . 442.16 Estrutura dorotor trifási o bobinado om aumentoda resistên ia em uma fase.. 45
2.17 Comportamentoda orrenteelétri aestatóri a
i
s
s
1
al ulada peloModelode Au-mento daResistên ia (equivalente 01 barra quebrada). (a) Evolução Temporal.(b) FFT. . . 46
2.18 Evolução temporal equivalente
01
barra quebrada al ulado do Modelo de Au-mento daResistên ia. (a) Conjugado Eletromagnéti o(b) Velo idade Me âni a. 472.19 Estrutura dorotor trifási o por perda de espiras. . . 48
2.20 Referen iando a máquina para oenrolamentovirtual,
r
123
< − > r
′
123
. . . 502.21 Corrente elétri a estatóri a
i
s
s
1
al ulada pelo MML e pelo MPE. (a) Evolução Temporal. (b) FFT. . . 522.22 Evolução temporal: MML e MPE. (a) Conjugado Eletromagnéti o. (b) V
elo i-dade Me âni o. . . 53
2.23 FFT da orrente elétri a estatóri a
i
s
s
1
al ulada peloMML epeloMHdq. . . 552.24 Evoluçãotemporal: MML eMHdq. (a) Conjugado Eletromagnéti o. (b) V
elo i-dade Me âni o. . . 55
2.25 Motor Simétri o. (a) FFTda tensãode linha. (b) FFTda orrentede fase
i
s
s
1
. . 572.26 Diagrama de Bode doltro. . . 57
2.27 Motor Simétri o. (a) FFTdatensão de linha ltrada
v
s
s
12
. (b) FFT da orrente de fase ltradai
s
s
1
. . . 582.28 Motor Simétri o. FFT da orrente de fase
1 i
s
s
1
. (a) Carga Nominal. (b)
Metade da CargaNominal.. . . 59
2.29 Correntesestatóri as
dq
paraomotorsimétri o. (a)CargaNominal. (b)Metade da Carga Nominal. . . 602.30 Conjugado eletromagnéti oestimado para omotor simétri o. . . 61
2.31 FFT da orrente de fase
1 i
s
s
1
para o motor om duas barras quebradas. (a)
Carga Nominal. (b) Metade daCarga Nominal. . . 62
2.32 Correntes estatóri as
dq
para o motor om duas barras quebradas. (a) Carga Nominal. (b) Metade da CargaNominal. . . 632.33 FFT da orrente de fase
1 i
s
s
1
para o motor om três barras quebradas. (a)
Carga Nominal. (b) Metade daCarga Nominal. . . 63
2.34 Correntes estatóri as
dq
para o motor om três barras quebradas. (a) Carga Nominal. (b) Metade da CargaNominal. . . 642.35 Comparaçãoentreo onjugadoeletromagnéti oestimadoparaomotorsimétri o
e om três barras quebradas. . . 64
2.36 FFT da orrentede fase
1 i
s
s
1
para arga nominal omduas barrasquebradas.
(a)
M M L
,M BA
,M Hdq
. (b)M M L
,M AR
,M P E
. . . 672.37 FFT da orrente de fase
1 i
s
s
1
para arga nominal om três barras quebradas.
(a)
M M L
,M BA
,M Hdq
. (b)M M L
,M AR
,M P E
. . . 672.38 Correntes estatóri as
dq
para o motor om arga nominal e om duas barras quebradas. . . 682.39 Correntes estatóri as
dq
para o motor om arga nominal e om três barras quebradas. . . 682.40 Conjugado eltromagnéti o para a máquina simétri a, om duas e três barras
quebradas. . . 69
3.1 Estrutura dorotor para amodelagemdomotorde induçãotrif ási o om
urto- ir uito entre espiras estatóri as.. . . 74
3.2 Estrutura doestatorparaamodelagemdomotordeinduçãotrifási o om
urto- ir uito entre espiras estatóri as.. . . 75
3.3 Estrutura dorotor para amodelagemdomotorde induçãotrif ási o om
urto- ir uito entre espiras estatóri as.. . . 77
3.4 Estrutura dorotor para amodelagemdomotorde induçãotrif ási o om
3.5 Resultado de simulação para as orrentes para o motor one tado em estrela
antes e após o urto- ir uito de 5% . (a) Correntes de Linha
(i
s
sa
, i
s
sb
, i
s
sc
)
. (b) Correntede urto- ir uito(i
f
)
. . . 813.6 Resultado de simulação para o omportamento do motor one tado em estrela
antes e após o urto- ir uito de 5% . (a) Conjugado Eletromagnéti o
(C
e
)
. (b) Velo idade rotóri a(ω
r
)
. . . 813.7 Resultado de simulação para as orrentes para o motor one tado em estrela
antes e após o urto- ir uito de 25% . (a) Correntes de Linha
(i
s
sa
, i
s
sb
, i
s
sc
)
. (b) Correntede urto- ir uito(i
f
)
. . . 823.8 Resultado de simulação para o omportamento do motor one tado em estrela
antes e após o urto- ir uitode 25% . (a) Conjugado Eletromagnéti o
(C
e
)
. (b) Velo idade rotóri a(ω
r
)
. . . 823.9 Impedân ias domotor vistaspelafonte de alimentação, aso estrela. . . 83
3.10 Impedân ias domotor vistaspelafonte de alimentação, aso delta. . . 84
3.11 Resultadode simulaçãoparaas orrentespara omotor one tadoemdeltaantes
eapóso urto- ir uitode5% . (a)Correntesde Linha
(i
s
sa
, i
s
sb
, i
s
sc
)
. (b)Correntes de fase(i
s
s1
, i
s
s2
, i
s
s3
)
. ( )Corrente de urto- ir uito(i
f
)
. . . 853.12 Resultado de simulação para o omportamento do motor one tado em delta
antes e após o urto- ir uito de 5% . (a) Conjugado Eletromagnéti o
(C
e
)
. (b) Velo idade rotóri a(ω
r
)
. . . 853.13 Resultado de simulação para as orrentes para o motor one tado em delta
antes e após o urto- ir uito de 25% . (a) Correntes de Linha
(i
s
sa
, i
s
sb
, i
s
sc
)
. (b) Correntes de fase(i
s
s1
, i
s
s2
, i
s
s3
)
. ( ) Corrente de urto- ir uito(i
f
)
. . . 863.14 Resultado de simulação para o omportamento do motor one tado em delta
antes e após o urto- ir uitode 25% . (a) Conjugado Eletromagnéti o
(C
e
)
. (b) Velo idade rotóri a(ω
r
)
. . . 863.15 Máquina alimentada por um inversor. . . 87
3.16 Correntes delinha
(i
s
sb
, i
s
sc
)
e orrentede urto- ir uito(i
f
)
para omotor one -tado em estrela antes eapóso urto- ir uitode 3.9% . (a) Ensaio Experimental.3.17 Correntes delinha
(i
s
sb
, i
s
sc
)
e orrentede urto- ir uito(i
f
)
para omotor one -tado em estrela antes eapós o urto- ir uitode 25% . (a) Ensaio Experimental.(b) Resultados de Simulação. . . 89
3.18 Correntes delinha
(i
s
sb
, i
s
sc
)
e orrentede urto- ir uito(i
f
)
para omotor one -tado em delta antes e após o urto- ir uito de 3.9% . (a) Ensaio Experimental.(b) Resultados de Simulação. . . 89
3.19 Correntes delinha
(i
s
sb
, i
s
sc
)
e orrentede urto- ir uito(i
f
)
para omotor one -tado em delta antes e após o urto- ir uito de 25% . (a) Ensaio Experimental.(b) Resultados de Simulação. . . 90
B.1 Plataformaexperimental. (a) Vista ompleta. (b) Barra quebradado rotor. ( )
Estator. . . 100
B.2 A esso às bobinas dos enrolamentos estatóri os. (a) Vista Frontal. (b) Vista
1.1 Estresses que o orrem em motoresde indução. . . 3
2.1 Erros entre as Respostas doMML e MEC . . . 34
2.2 Esforço omputa ionaldoMML e MEC. . . 35
2.3 Amplitudes das omponentes harmni as da orrente de fase (dB) e das
os- ilaçõesno plano dq(p.u.), 02 barrasquebradas. . . 69
2.4 Amplitudes das omponentes harmni as da orrente de fase (dB) e das
os- ilaçõesno plano dq(p.u.), 03 barrasquebradas. . . 70
2.5 Tempo de pro essamento de ada modelo.. . . 70
B.1 Parâmetros domotor utilizadono ensaiode quebra de barras. . . 99
B.2 Parâmetros domotor utilizado na simulação de quebra de barras e parâmetros
trifási os equivalentes. . . 101
C
e
Conjugado eletromagnéti oC
m
Conjugado me âni of
s
Frequên iaelétri a de uma grandeza estatóri a emHz
f
b
Frequên iaelétri ada omponentelateral de falhapara quebra de barrarotóri aemHz
f
a
Coe ientede atrito damáquina de induçãog
Referen ialarbitrário(genéri o)
e
Entreferro domotori
s
s
i
Correntes de fasedo estatori = 1
,2
,3
i
r
r
i
Correntes de fasedo rotori = 1, 2, 3
i
r
b
Correnteda bobina auxiliar dorotori
f
Correntede urto- ir uitoi
s
s
x
Correntes da rede trifási ax = a, b, c
i
g
so
, i
g
sd
, i
g
sq
Componentesodq
da orrente estatóri a em um referen ialarbitrárioi
g
sodq
Vetor orrenteestatóri a em um referen ialarbitrárioi
g
sodq
′
Vetor orrenteestatóri aemumreferen ialarbitrárioreferen iadoaoenrolamentovirtuali
g
ro
, i
g
rd
, i
g
rq
Componentesodq
da orrente rotóri aem um referen ialarbitrárioi
g
rodq
Vetor orrenterotóri a em um referen ialarbitrárioi
g
rodq
′
Vetor orrenterotóri a em um referen ialarbitrárioreferen iado ao enrolamentovirtuali
s
s123
Vetor de orrente doestator em 123i
r
i
r
′
r123
Vetor de orrente dorotor em 123 referen iado ao enrolamento virtualj
r
r123...N
r
+1
Vetor de orrente dorotor em 123...N
r
+ 1
J
t
Coe ientede inér iada máquinade induçãol
Comprimentoaxial doestatorL
r
Indutân ia própriado rotorL
b11
Indutân ia própriada bobina auxiliar dorotorL
s
Indutân ia própriado estatorL
ls
Indutân ia de dispersão doestatorL
lr
Indutân ia de dispersão dorotorM
s
Indutân ia mútua entre os enrolamentos doestatorM
r
Indutân ia mútua entre os enrolamentos dorotorM
sr
Indutân ia mútua entre estator e rotorM
bs
Indutân ia mútua entre bobinaauxilar do rotor eestatorM
br
Indutân ia mútua entre bobinaauxilar do rotor erotorL
s123
Matriz de indutân ia doestatorL
r123
Matriz de indutân ia dorotorL
int
a
k
Indutân ia própriadok − ´esimo
segmentodoanel internoda gaiola rotóri aL
ext
a
k
Indutân ia própriadok − ´esimo
segmentodoanel externoda gaiola rotóri aL
rb
k
Indutân ia própriadak − ´esima
barra dagaiolarotóri aL
r123...N
r
+1
Matriz de indutân ia dorotor 123...N
r
+ 1
M
sr123
Matriz de indutân ia mútua entre estator e rotorM
srodq
Matriz de indutân ia mútua entre estator e rotor emodq
M
sr123...N
r
+1
Matriz de indutân ia mútua entre estator e rotor gaiola,modelo múltiplos laçosM
sbodq
Matriz de indutân ia mútua entre estator e bobina auxiliar dorotor emodq
M
rb123
Matriz de indutân ia mútua entre rotor e bobina auxiliar dorotorM
rbodq
Matriz de indutân ia mútua entre rotor e bobina auxiliar dorotor emodq
M
cs123
Matriz de indutân ia mútua entre parte urto- ir uitada do estator e os outros enrola-mentos domesmoM
cr123
Matriz de indutân ia mútua entre parte urto- ir uitada doestator e orotorP
s
Matriz de transformação doestator123 → odq
P
r
Matriz de transformação dorotor123 → odq
P
Númerode pares de pólo damáquina de induçãor
Raiomédio doentreferroR
s
Resistên ia estatóri aR
b
Resistên ia dabobina auxiliarrotóri aR
r
Resistên ia rotóri aR
int
a
k
Resistên ia dok − ´esimo
segmento doanel interno dagaiolarotóri aR
ext
a
k
Resistên ia do
k − ´esimo
segmento doanel externo dagaiolarotóri aR
rb
k
Resistên ia dak − ´esima
barrada gaiola rotóri aR
s123
Matriz de resistên ia do estatorem 123R
r123
Matriz de resistên ia do rotorem 123R
r123...N
r
+1
Matriz de resistên ia do rotorem 123...N
r
+ 1
s
Es orregamentodo motorde induçãos
Referen ialestatóri o
T
Matriz de transformação das variáveisdo modelo múltiploslaços paraodq
T
−1
Matriz de transformação das variáveisdo modelo
odq
para omodelo múltiplos laçosv
s
sj
Tensões de fasej = 1
a3
v
s
s123o
Vetor de tensão de fase estatóri a noreferen ialestatóri ov
sodq
g
Vetor de tensão em um referen ialarbitráriov
r
r123n
Vetor de tensão rotóri anoreferen ial rotóri oem 123v
r
r123...N
r
+1
Vetor de tensão rotóri anoreferen ial rotóri oem 123...N
r
+ 1
Z
∆
12
Impedân iavista dafonte12
para o estator one tado em deltaZ
∆
31
Impedân iavista dafonte31
para o estator one tado em deltaZ
∆
23
Impedân iavista dafonte23
para o estator one tado em deltaZ
Y
12
Impedân iavista dafonte12
para o estator one tado em estrelaZ
Y
31
Impedân iavista dafonte31
para o estator one tado em estrelaZ
Y
23
Impedân iavista dafonte23
para o estator one tado em estrela∆
desb
Desbalan eamentono onjugadoinseridopelabobina auxiliarσ
g
Posição angularentre oreferen ial genéri od
e afase1
doestatorθ
r
Posição elétri ado rotor damáquinaθ
m
Posição me âni a dorotorλ
si
Fluxo total doestator para ai−
ésima bobinaλ
ri
Fluxo total dorotor para ai−
ésima bobinaλ
r
b
Fluxo total nabobina auxiliarλ
g
sd
Fluxo total doestator de eixod
,no referen ialgenéri oλ
g
sq
Fluxo total doestator de eixoq,
noreferen ialgenéri oλ
g
rd
Fluxo total dorotor de eixod
, noreferen ialgenéri oλ
g
rq
Fluxo total dorotor de eixoq
, noreferen ial genéri oλ
s
s123
Vetor Fluxo total do estatorem 123λ
r
λ
r
′
r123
Vetor Fluxo total do rotor em 123 referen iado aoenrolamentovirtualλ
r
r123...N
r
+1
Vetor Fluxo total do rotor em 123...N
r
+ 1
λ
g
sodq
Vetor Fluxo total do estatoremodq
λ
r
rodq
Vetor Fluxo total do rotor emodq
λ
r
′
rodq
Vetor Fluxo total do rotor emodq
referen iado aoenrolamentovirtualω
g
Frequên iade rotaçãode um referen ialgenéri o (dq
)emrad/s
ω
r
Frequên iade rotaçãodorotor emrad/s
ω
s
Frequên iaelétri a de uma grandeza estatóri a emrad/s
d
dt
Derivada em relação aotempoFFT - Fast FourierTransform - Transformada Rápida de Fourier.
IFOC - Indire t Field Oriented Control- Controle IndiretoOrientado peloCampo.
QBR - Quebra de BarrasRotóri as.
CCE - Curto-Cir uito entre Espiras.
SDDnBM - Sistema de Dete ção e Diagnósti onão Baseado em Modelo.
SDDBM - Sistema de Dete ção e Diagnósti oBaseado em Modelo.
MML - Modelo MúltiplosLaços.
MAR - Modelo Aumento de Resistên ia.
MPE - Modelo Perda de Espiras.
MBA - Modelo BobinaAuxiliar.
MHdq - Modelo Híbrido dq.
INTRODUÇO GERAL
1.1 INTRODUÇO
As máquinas elétri as, responsáveis pelo onsumo de
55%
da energia elétri a utlizada emfábri as( WOLFF,2004),desempenhampapeldeextremaimportân ianamaioriadasapli ações
industriais. Emparti ular,osmotoresdeinduçãorepresentammais de
90%
dosmotoreselétri- osutilizadosem apli açõesindustriais( DEVANEY;EREN , 2004). Sua grandeutilizaçãodeve-se
prin ipalmente a duas ara terísti as prin ipais: baixo usto e robustez, ou seja: manutenção
reduzida, operação em diversos tipos de ambientes, et . Sendo assim, as apli açõesque fazem
usodessetipodemotorsãobastantediversasepodemser exempli adas: sistemasde
bombea-mento, ventilação, moinhos,esteiras, elevadores, et .
Atéantesdadé adade
70
,osa ionamentosqueutilizavammotoresdeinduçãoosfaziamemmalha aberta. Somente a partir desta dé ada, om o desenvolvimentode té ni as vetoriais de
ontrole,daeletrni ade potên iaedosdispositivossemi ondutores,équeseini iaautilização
desses motores em sistemas de a ionamento de alto desempenho, ou seja, em sistemas que
utilizam estratégias de ontrole de onjugado, velo idadee/ou uxo.
No entanto, a robustez e versatilidade dos motores de indução, independente do tipo de
a ionamento(malha abertaou malhafe hada) utilizado,não garanteo fun ionamento
ininter-ruptodos mesmos. Destamaneira,paradasdevido àfalhaselétri ase/ou me âni asdas partes
queo ompõem a onte em, podendo a arretar sérios danos ao sistemade a ionamento e/ou à
argaa ionada. AFig.1.1apresentaem termosper entuaisain idên iadasfalhasqueo orrem
nas máquinas de indução( SIN;SOONG;ERTUGURUL, 2003).
Figura 1.1.Tiposde falhasem motoresde indução tipogaiola de esquilo.
estresses noestator, rolamento e rotor da máquina de indução. Se taisestresses são mantidos
dentro dos limites onstrutivosdamáquina,falhasprematurasnão deverão o orreràsmesmas.
Contudo, se quaisquer ombinações dos tipos de estresse ex eder esses limites, a vida útil da
máquina é reduzida drasti amente e falhas sérias podem o orrer. A Fig.1.2 mostra o efeito
ausado por falhas no motor de indução. De a ordo om a Tab. 1.1 pode-se rela ionar as
partes afetadas om os tiposde estresse veri ados no motor:
•
EstatorFigura 1.2. Motor de indução ompletament e destruido após a o orrên ia do sobreaque imento do
Tabela 1.1. Estressesqueo orremem motoresde indução.
Tipos de Estresse Estator Rolamento Rotor
Térmi o
X
X
X
Elétri o/Dielétri oX
X
X
Me âni oX
X
X
Dinâmi oX
X
X
ResidualX
Eletromagnéti oX
X
X
AmbienteX
X
X
EstresseTérmi o: sobre argatérmi a,variaçãodetensão,desbalan eamentode
ten-são;
Estresse Elétri o: deterioração do material isolante, des argas elétri as par iais
(efeito orona);
Estresse Me âni o: movimentodo enrolamento, geometria imprópriado rotor para
o estator;
Estresse doAmbiente: baixaventilação,poeira, vibração;
•
RotorEstresseTérmi o: sobre argatérmi a,ex es sodeperdasrotóri as,bloqueiodorotor;
Estresse Dinâmi o: vibração,perda de barras;
Estresse Me âni o: montagem imprópria, perda de laminação e/ou barras,
ex ent-ri idade;
Estresse Magnéti o: saturação da laminação, ruídoeletromagnéti o;
Estresse Residual: gaiola om geometria desigual;
Por somaremjuntos quase
50%
das falhas que o orrem em motores de indução ( CASIMIR,2004),defeitos no rotor eno estatorserão objetivode estudodeste trabalho. Espe i amente,
O efeito da o orrên ia de quebra de barras pode gerar inúmeros danos à máquina e ao
sistemaa ionado porela, dentres eles desta am-se:
a)Ar os elétri os, uma séria preo upação em ambientes perigosos;
b)Se uma ou mais barrasquebram, oex es so de orrente ui através donú leo do rotor
até as barras adja entes elevando a temperatura do rotor e posterior rompimento das
mesmas;
) devido às altas temperaturas adquiridas pelo rotor após a quebra de barra, um
ex- essode alorui atravésdoestatordamáquina(aumentandoatemperaturadomesmo)
fazendo om que haja o omprometimentodo verniz isolantedo enrolamentoestatóri o,
podendo o asionar urto- ir uitos noestator damáquina;
d)Os ilações no onjugadoe navelo idade domotor;
e) Em motores grandes e de alta velo idade, pode o orrer o desprendimento da barra
quebrada do rotor da máquina devido à grandes forças entrífugas o que o asiona a
destruição doestator damesma;
No que se refere ao urto- ir uito entre espiras de um mesmo enrolamento estatóri o, os
prin ipais danos ausados aomotor podem ser veri ados abaixo:
a) devido às altas orrentes de urto- ir uitoentre espiras, o estresse térmi o naporção
urto- ir uitada do enrolamento é severamente aumentado, podendo ser propagado até
as demais espiras do mesmo enrolamento ou aos enrolamentos vizinhos, dessa forma,
evoluindo para urto- ir uitoentres fases e/ou entre fase-terra;
b)Os ilações no onjugadoe velo idadedo motor;
)Vibraçõesna máquina ausando a deterioraçãodo rolamentoda mesma;
devido à reposição do motor dani ado por um novo eprin ipalmentepela paradado sistema
de produção ( THOMSON;FENGER , 2000),( THOMSON; FENGER ,2001). Logo, os severos efeitos
se undários gerados ao motor de indução de orrentes da QBR e do CCE, tem in entivado a
omunidade ientí anoestudodesistemasdedete ção ediagnósti ode falhasnessesmotores.
De a ordo om ( CHANG; COCQUEMPOT; CHRISTOPHE , 2003), sistemas de dete ção,
diag-nósti oeidenti açãodefalhastêm omoprin ípiodefun ionamentoa omparaçãodo
ompor-tamento de um sistema om os modelos que os representam . O modelo simétri o representa
o sistema em operação na ausên ia de falhas. Pro edimentos baseados no modelo simétri o
podem, porex lusão,estar habilitadosadete tar afalha. Omodelo querepresenta aoperação
em falhado sistemaé utilizadoquando se deseja isolar e identi ar a falha.
Sistemasdedete ção ediagnóti opodem sersubdivididosem doisgrupos: i)Não-Baseados
em Modelo 1
: as variavéis ( orrente, tensão, uxo e et .) da máquina são medidas e então
é realizada uma análise omparativa entre esse sinal om um sinal ara terísti o do tipo de
falha(preditoporuma análiseatravés dos modelos damáquina);e ii)Baseados em Modelo:as
variáveisdamáquinasãoentradasdessesistemaeassaídasdosmesmosdependemdasgrandezas
(resistên ia rotóri a,indutân ias eet .) da máquina.
EmsetratandodeSistemasdeDete çãoeDiagnósti onão-BaseadosemModelos( SDDnBM),
até ni amaisutilizadaéaAnálisedeAssinaturadaCorrentedoMotor( AACM).Istosigni a
quea orrentedomotorde induçãoéutilizadapara diferen iarentre asdiversaspossibilidades
de falhas e a ondição normal (sem falhas) do mesmo. A análise é realizada no domínio da
freqüên ia, podendo-se utilizar diversos tipos de análise de sinais (FFT, Bi-espe tro, Análise
espe tral em alta resolução, Wavelets e et .), sendo que ada tipo de falha é responsável por
um perl de espe tro de orrente.
AindasetratandodeSDDnBM,outrasvariáveisdamáquinapodemserutilizadasnaanálise
da o orrên ia e diferen iação das falhas: potên ia instântanea, onjugado eletromagnéti o,
velo idademe âni a, uxo axial eet .
1
Aatribuiçãodadesignaçãonão-baseadoemmodelorefere-seanãone essidadedese onhe eros
Figura 1.3. Representaçãoda gaiola de esquilo atravésdo modelomúltiplos laços.
Contudo, a prin ipal desvantagem dos métodos que utilizam a interpretação das
ompo-nentes de freqüên ia de quaisquer variáveis domotor, é que essas podem ser inuên iadas por
diversos fatores externos: ondição da alimentação, ondições de arga estáti a e dinâmi a,
vibrações externas entre outras, podendo induzir o SDDnBM a um erro na identi ação do
problema. Entretanto, taissistemas não são afetados por variaçõesparamétri as da máquina.
SDDnBM tem sido utilizado prin ipalmentepara amáquina operando em malha aberta e em
tempo real.
Sistemas de Dete ção e Diagnósti o Baseado em Modelos ( SDDBM) não têm re ebido
muita atençãodevido àfaltade onhe imentodosparâmetros das falhaseprin ipalmentepela
es assez de modelossimplesosu ienteparaserem tratadospelasté ni as de dete ção eainda
representativos do ponto de vista dafalha ( H. RODRIGUEZ-CORTéS;STANKOVI¢, 2004). Sendo
assim, esforços na ontribuição de elaboração de modelos apazes de representar falhas no
motor de indução, de formasimples o su iente nasua implementação, são ne essários para o
desenvolvimentode SDDBM
.
Neste ontexto, o estudo omparativo da representatividade e da simpli idade entre os
modelos analíti os de QBR e CCE é realizadono presentetrabalho.
No que se refere à QBR , serão abordados in o modelos de representação, dos quais, um
é proposto neste trabalho, denominado modelo por perda de espira . Tomar-se-á omo base
(a) (b) ( )
Figura 1.4. Representação do rotor do motor de indução atravésde modelos aproximados a
enrola-mentos on entrado s. (a)Bobina auxiliar(b)Aumento de resistên ia( ) Perda deespiras.
sendo que o modelo base es olhido para realização da omparação é o modelo denominado
de múltiplos laços, já bem abordado na literatura e onhe ido por ser o mais omplexo e
representativo da gaiola de esquilo. A representação da falha é realizada através do aumento
daresistên iadabarradani ada. Arepresentaçãodestemodelopodeserveri adanaFig.1.3.
Os demais modelos são aproximações realizadas da gaiola de esquilo através de enrolamentos
on entrados. Estes modelos, denominados: bobina auxiliar ,aumento de resistên ia eperda de
espiras, podem ser visualizados na Fig.1.4. Um outro modelo estudado, denominado híbrido,
utiliza-se da representação do motor de indução através de enrolamentos on entrados. No
entanto,através de umamatrizde transformação,é implementadaa ondição de ontorno que
insere oefeito dafalha.
Com relação às falhas de urto- ir uito entre espiras estatóri as, serão omparados dois
modelos presentes naliteraturaque representam amesma para oestator one tado em estrela
eoutroemdelta. Aavaliaçãodasalteraçõesdedesempenho ausadaspeloCCE paraamáquina
one tada em estrelae em delta é realizada. As representações grá asdesses modelos podem
(a) (b)
Figura 1.5. Representaçãoda CCE .(a)Conguração estrela. (b) ConguraçãoTriângulo.
1.2 CONTRIBUIÇÕES DO TRABALHO
As ontruições deste trabalhode pesquisa, rela ionadas ao ampodo Estudo de Falhas em
Máquina Elétri as,são listadasabaixo:
•
Proposta deummodelode representaçãodaquebrade barrarotóri aatravésdaextensão da idéia de perda de espira apresentada em ( JACOBINA; CHAVESFL.; LIMA, 2000) paraanálisede desbalan eamento estatóri o.
•
Comparaçãoe análise do omportamento em regime permanente (no domínio dotempo edafreqüên ia),em malhaaberta, dosestadosdamáquinasob quebrade barrarotóri a,através de in o modelos de representação da gaiola de esquilo do motor de indução
trifási o.
•
Comparaçãoeanálisedo omportamentoemregimepermanente(nodomíniodotempoe dafreqüên ia),em malhaaberta,dos estadosdamáquinasob urto- ir uitoentre espirasdeumenrolamentoestatóri o,atravésdedoismodelosderepresentaçãodafalhanomotor
de induçãotrifási o one tado em estrela.
pul-trifási o one tadoem estrelae triângulo,devido ào urto- ir uitoentre espiras.
Com as análises realizadas no presente trabalho, pretende-se deixar laras as vantagens
e desvantagens de ada modelo desde a sua representatividade até sua omplexidade. Com
isto, garante-se a formação de pilares que sustentarão o estudo subseqüente de estratégias de
sistemas de diagnósti o e dete ção, assim omo, metodologias que visam a minimização do
efeito da falha para a arga a ionada pelo motor, garatindo a parada ontrolada (quando se
tratarde um sistema de a ionamentode alto desempenho)e/ou programada domesmo.
1.3 REVISO BIBLIOGRÁFICA
A revisão bibliográ a versará nades rição eevoluçãohistóri a dos sistemasde dete ção e
diagnósti odefalhasnão-baseadosebaseadosemmodelos. Bus a-senossistemasnão-baseados
em modelo, apli ados ao motor de indução a ionado em malha aberta, o omportamento em
regime permanente dos estados da máquina om o m de veri ar e validar os modelos
estu-dados. O entedimento dos sistemas de dete ção baseados em modelo se faz ne essário para
melhor ompreensão daapli abilidade dos modelosavaliados.
1.3.1 Modelos de Representação da Gaiola de Esquilo, aso QBR
Em ( DELEROI , 1984), ada segmento dorotor do motor de indução é modelado omo uma
asso iaçãoemsérie de umaresistên ia eumaindutân iaformandoassimuma malha
R − L
emformadagaiolamostradanaFig.1.3,modelomúltiplos laços. Ademonstraçãodoapare imento
das omponentes harmni as na vizinhança da omponente fundamental de orrentes de fase
do estator através da análise da interação dos ampos magnéti os no entreferro do motor é
realizada. As respostas de onjugado eletromagnéti o, orrente elétri a nabarra rotóri ae no
enrolamento estatóri o e velo idade me âni a, onsiderandoo modelo rotóri o de malha e um
estatortrifási oaenrolamentos on entradosdistribuídossenoidalmenteeseparadosnoespaço
por
120
o
FERKOLJ,1998),( DEVANNEAUX,2001),( BO-QIANG;HE-MING;LI-LING,2002). Oefeitodafalha
é inserido onsiderando que a barra dani ada possui uma resistên ia muito maior do que as
barrassadias. São demonstradas ainuên ia donúmeroe dalo alização das barrasquebradas
em ada uma daquelas variáveis da máquina. A e á ia do modelo é veri ada através do
surgimento de omponentes de freqüên ia propor ionais ao dobro do es orregamento om o
qualamáquinaopera, no onjugadoeletromagnéti oenavelo idadedamáquina,assim omo,
freqüên ias de banda ara terísti as desta falha na orrente de fase estatóri a. Ainda através
deste modelo para o rotor, é vista em ( DIDIER, 2004) ainuên ia davariação de arga para a
realizaçãodosistemade dete çãode quebrade barrabaseadonaanáliseda orrenteestatóri a.
A não perda de generalidade do omportamento dinâmi odos estados da máquinaatravés
da simpli ação do modelo múltiplos laços para o modelo rotóri o trifási o a enrolamentos
on entradosédemonstradoem ( MUNOZ-GARCIA;LIPO , 1998),( MUNOZ;LIPO , 1999). A
repre-sentação damáquina
dq
equivalenteatravésda teoriade vetoresespa iais omplexosé obtida,assim omo os parâmetros trifási os equivalentes em função dos parâmetros do modelo de
múltiplos laços.
A simulação do efeito da quebra de barra através do aumento da resistên ia da barra
de-feituosanomodelode malhamen ionadoanteriormenteéquestionadapor( WALLISER;LANDY ,
1993), ( WALLISER; LANDY , 1994). É demonstrado que em um aso parti ular, se a quebra
o orrer em apenas uma extremidade da gaiola, a orrente da mesma não é nula, desta forma,
não podendo onsiderar esta barra omo um ir uitoaberto dagaiola(efeito obtidoatravésdo
aumentoda resistên ia dabarra defeituosa), pois orrentes denominadasde interbarras ainda
ir ulam,di ultandoqualquer pro edimento de dete ção.
Em ( VAS, 1982) é mostrado que o rotor de gaiola pode ser representado por um rotor
bobinado trifási o om seus enrolamentos senoidalmente distribuídos e separados de
120
o
no
espaço. Dessa forma, é proposto e validado que o aumento de resistên ia de uma das fases
rotóri as produz o mesmo efeito nas omponentes de entreferro da máquina, assim omo nas
debarras,( FISER;FERKOLJ,1997)realizamoestudoanalíti odo omportamentodo onjugado
em relação à velo idade me âni a em regime permanente para diversos valores de a rés imo
de resistên ia, assim omo ( FILIPPETTI , 1992) analisaas respostas, no domínioda freqüên ia,
da urvade amplitude da omponentelateralda orrentedoenrolamentoestatóri o emfunção
do es orregamento da máquina, obtidas através dos modelos de múltiplos laços e aumento de
resistên ia de fase do rotor trifási o bobinado .
Em ( H. RODRIGUEZ-CORTéS;STANKOVI¢, 2004) é apresentada uma estratégia de dete ção
de quebra de barras para a máquina operando sob Controle Indireto Orientado pelo Campo
ou Indire t Field Oriented Control ( IFOC). O modelo da máquina em falta apresentado
or-responde à adição de uma bobina dita auxiliar no onjunto trifási o rotóri o a enrolamento
on entrado apresentado anteriormente. A estratégia de dete ção onsiste na onstrução de
um observador residual gerado para adequar os valores dos parâmetros dessa bobina auxiliar .
Na o orrên ia da falha, os parâmetros dessa bobina geram uxo magnéti o que se opõe ao
uxo total de entreferro do motor. O resíduo gerado não é sensível ao nível ou tipo de arga
adi ionada aomotor,mostrando-se e az nadete ção da falha.
A representação da máquina através de um rotor trifási o bobinado é feita em ( CUNHA;
LYRA; FILHO , 2005). Contudo, o efeito da quebra de barra é obtido através de uma ondição
de ontorno realizada nas orrentes de laço da máquina om múltiplos laços, obtidas através
de uma matrizde transformação, ouseja, os estadosdo rotor gaiola de esquilo om
N
r
barraspodem ser obtidosatravésdos estadosdo rotor trifási oa enrolamentos on entrados.
Outros modelos, esses baseados em métodos numéri os, omo por exemplo, o método de
elementos nitos, são bem abordados na literatura omo modelos de investigação do
ompor-tamento físi o do ampo magnéti o gerado na máquina. Dessa forma, é possível pro urar
ara terísti asintrínse as a ada tipo de falha, gerando suporte na proposta e investigação de
novosmétodosesistemasdedete çãoediagnósti odefalhas,parti ularmente,quebradebarras
rotóri as. Em ( KIM, 1997), ( WATSON; PATERSON , 1999), ( FU , 2004) podem ser visualizados o
1.3.2 Sistemas de Dete ção e Diagnósti o de Falhas, aso QBR
Em se tratando de a ionamentos de motores de indução om velo idade variável através
de um inversor em um sistema de alto desempenho ( Indire t Field Oriented Control, Dire t
Field Oriented Control, et . ) em que se garante o ontrole da orrente estatóri a, a
ób-vio que estratégias que utilizam o omportamentoda mesma para realizar a dete ção estarão
omprometidas, de forma que estratégias de dete ção baseadas em modelos se tornam muito
importantes nesses asos.
A estimação daresistên ia rotóri a aparente vista doestator damáquina é utilizada omo
té ni a de dete ção de QBR por ( CHO;LANG; UMANS , 1989), ( CHO;LANG; UMANS , 1992). A
estimação desse parâmetro é realizada baseada no modelo de regime permanentedo motor de
indução, representando o rotor gaiola de esquilo através de um rotor trifási o a enrolamento
on etrado equivalente. Para a implementação da estratégia, requer-se a medição de vários
estadosdamáquina: orrentede fasedoestator,tensãoestatóri a,freqüên ia dealimentaçãoe
velo idaderotóri a. Oex es sode variáveisaserem medidasea ompensação doefeitotérmi o
ausado pela variação natural da resistên ia rotóri a tornam o método omplexo, ontudo
e iente na dete ção da falha para o motor a ionado tanto em malha aberta quanto fe hada.
Nesteúltimo aso,atençãoespe ialdevesertomadanaobtençãodosestadosdamáquinadevido
àmaiorinuên ia de ruídossobre os mesmos.
Analisandoomesmomodeloderegimepermanente,( ELTABACH ,2001)apresentaummétodo
apazde rela ionar asamplitudesdas orrentes nafreqüên iaharmni a, quesurgemdevido à
falha, e na freqüên ia de alimentação. Neste sentido, a dete ção da falha é realizada baseada
na análise omparativa entre as amplitudes das duas omponentes de freqüên ia, pois omo
mostrado em ( FILIPPETTI; FRANCESCHINI; TASSONI , 1995), sendo a diferença menor que
50
dB
entrestais omponentes,a onrmaçãodaexistên iadaquebradebarrapodeserrealizada.Em ( WIESER, 1998a), ( WIESER, 1998b), ( WIESER; KRAL; PIRKER , 1998), ( KRAL, 2000)
utiliza-seoemprego de dois modelosdistintos damáquina no ál ulodo onjugado
o onhe imento da tensão estatóri a, orrente estatóri a e velo idade me âni a da máquina.
Ambososmodelos,naausên ia de falha,respondemde maneiraigualde formaqueadiferença
de onjugadoentre elesénula. Contudo,napresença dequebradebarra,tantoparaamáquina
a ionada om arga estáti aquanto dinâmi a, adiferença entre os modelos (modelo de tensão
emodelo de orrente) seafastade zero eo omportamentodessa diferençaéasso iado àfalha.
O método de análise que utiliza a diferença entre os dois modelos é denominado: método de
Vienna. Assim omo a maioriadas estratégias não-baseadasem modelo, o método de Vienna
tambémsetornaine azquandoamáquinaopera sobredimensionada,ouseja,quando a arga
apli adaà mesma tende a zero. Testes a vazio foramrealizados e omprovações neste sentido
foram obtidas. Entretanto distorções geradas nas orrentes e tensões da máquina devido ào
a ionamento por inversores de freqüên ias, não omprometem o desempenho do método de
dete ção, alémdisso, o métodoindepende doestadode operaçãodamáquina, transitórioe/ou
regimepermanente, omo demonstradopor ( KRAL,1998).
Visando o desenvolvimento de té ni as apazes de realizar a dete ção de quebra de barras
mesmo antes da máquina ser posta em operação, ( KRAL; PIRKER; PASCOLI, 2002) propõe a
apli ação do método de Vienna ao motor operando em teste de rotor bloqueado. Este teste
torna-se e az na dete ção da falha por gerar altas orrentes rotóri as tornando evidente a
inuên ia dafalha nas omponentes de bandada orrente estatóri a.
Em( KRAL;PIRKER;PASCOLI,2003),( KRAL;PIRKER;PASCOLI,2005)épropostoumsistema
de estimação davelo idademe âni a apli adaaométodode Vienna. É demonstradoquepara
sistemas de média e altainér ia, o método de Vienna Sensorless pode ser apli ado sem perda
de generalidade. Contudo, para sistemas de baixa inér ia, é ne essário se onhe er o valor
total da inér ia do sistema para apli ação do método. Em ( KRAL, 2004) é mostrado que o
método de Vienna Sensorless não é apli ável a argas menores ou igual a metade da arga
nominal do motor, pois as amplitudes das omponentes de falha tornam-se muito pequenas e
de difí il dete ção. Contudo, omo visto a ima, isso não é um limite apenas do método de
baseados nos modelos de segunda ordem e de quarta ordem da mesma, om o m de realizar
a dete ção de quebra de barras é apresentado em ( ELTABACH , 2001). O observador utilizado
é o de Luenberger. Para a implementação do método é ne essário a medição da velo idade
me âni a, assim omo da tensão e orrentes estatóri as para o motor operando em malha
aberta om alimentação direta darede.
Em se tratando de máquinas elétri as, sistemas de dete ção e diagnósti o de falhas
não-baseado em modelo, omo expli ado anteriormente, são sistemas que analisam omparativ
a-mente o omportamento,seja notempo ounafreqüên ia, dos estados ( orrente, tensão,uxo,
et .) atuaisde operação damáquina om sinais ara terísti osde falhaobtidosempiri amente
e/ou através de modelamento matemáti o. A exemplos de sinais ara terísti os de quebra de
barras rotóri as, está o espe tro de freqüên ia da orrente estatóri a, as os ilações do
onju-gado eletromagnéti o e velo idade me âni a, om freqüên ia igual ao dobro da freqüên ia de
es orregamento, e et . Saindo do empirismo, o perl do espe tro de freqüên ia da orrente
estatóri a e do uxo de entreferro damáquina foi primeiramentedemonstrado por ( DELEROI ,
1984) para a máquina trabalhando sob ondições de falha, em parti ular, quebra de barras
rotóri as. Dessaforma, aanáliseespe tral da orrenteestatóri a paraa máquinaoperandoem
malhaaberta eperto de sua arga nominal, alimentada diretamenteda rede, éutilizada omo
estratégiadedete ção ediagnósti ode quebrade barraspor,( KLIMAN ,1988),( RANKIN , 1994).
Em( THOMSON;STEWART, 1988)é proposta aanáliseespe tralda orrentepara um motor de
induçãoalimentado em malha aberta porum inversor de freqüên ia. Este estudo é extendido
paraanálisedainuên ia geradapelopróprioinversor nossinais responsáveispeladete ção da
falha( orrentes estatóri as)em ( DIMITROV;CHOBANOV , 2004).
Sabendo-se que argas me âni as que os ilam perto do dobro da freqüên ia de
es orrega-mentodomotorqueasa ionadi ultamaimplementaçãodesistemasdedete çãodequebrade
barras, ( SCHOEN;SCHOEN; HABETLER , 1993), ( SCHOEN; HABETLER , 1995) propõem a análise
das omponentesharmni asda orrenteestatóri aparaidenti are ara terizarafalha. Dessa
tatóri a também fa ilitam a onrmação da existên ia ou não da falha, omo proposto em
( WALLISER; LANDY , 1993), ( WALLISER; LANDY , 1994). A presença dessas mesmas orrentes
levam( MCCULLY;LANDY ,1997) aproporemaanáliseespe tral de orrentejunto om o
espe -tro de vibração da máquinano sentido de fa ilitara identi açãoda falha.
As omponentesdefreqüên iaquesurgemnasformasdeondadas orrentesdefasedomotor
de indução, na presença da quebra de barras, também podem ser visualizadas no plano das
orrentes
dq
. A veri ação do omportamento dessas omponentes no planodq
, ou diagramadePark, omome anismodedete ção detalfalhaépropostapor( MARQUESCARDOSO ,1995).
Em( BENOUZZA;BENYETTOU;BENDIABDELLAH, 2004)étambém veri adoo omportamento
das omponentesde orrentenesseplanoeadi ionadooestudodoespe trodefreqüên iadessas
omponentes.
Em( KLIMAN ,1988) éproposta aanálisedouxo deentreferro. Este uxo apresenta
ara -terísti asparti ulares,no domíniodafreqüên ia, quandohá aquebra de barras. A
instrumen-tação ne essária para esta avaliação requer sensores internos eexternos de uxo magnéti o.
Visando a dete ção e alo alização dabarra defeituosa,( NAILEN , 1991) utilizao
monitora-mento do uxo de entreferro ao longo da máquina onsiderando as barras quebradas omo
ir uitos abertos. Sendo assim, as barras om defeitos geram ampos magnéti os distor idos
em torno de si mesmas e aumentam as orrentes das barras adja entes, tornando possível a
dete ção dafalha esua posição exata.
A análise espe tral do sinal de tensão induzidoem uma bobina olo ada em um dente
es-tatóri o, onguração esta primeiramente proposta em ( LIPO , 1977) para realizar ontrole de
onjugado eletromagnéti o, e outra olo ada externamente no estator da máquina, são
om-provadas omopossíveis té ni as de dete çãode QBR por( ELKASABGY;EASTHAM; DAWSON,
1988),( ELKASABGY; EASTHAM;DAWSON, 1992).
Em ( CABANAS, 2005) também se utiliza uma bobina a oplada a um dente do estator da
máquina. A tensão induzidanesta bobina é um reexo do omportamentodouxo magnéti o
através de elementos nitos, observa-se que o pólo magnéti o da máquina sofre um desvio na
presença daquebra de barra. Tal desvio éfunção somentedafalha,ouseja, independe dotipo
de a ionamento empregado, donívele da inér ia da arga submetida aomotor. Logo, o uxo
magnéti o da bobina inserida no dente rotóri o é função da tensão induzida na mesma e sua
variação no tempo depende da variação do ampo magnéti o. Sendo assim, o desvio ausado
no pólo magnéti o da máquina gera uma diferença no tempo de duração entre o primeiro e o
segundo i lo da tensão induzida na bobina inserida. Dessa forma, a utilização da diferença
entre a duração desses dois i los, torna-seum sinal apaz de realizaradete ção de quebra de
barras.
Os ilaçõesno ampomagnéti orotóri osão utilizadas omosinal de diagnósti ode quebra
de barras rotóri as por ( MIRAFZAL; DEMERDAS H, 2004b), ( MIRAFZAL; DEMERDASH, 2004a),
( MIRAFZAL; DEMERDAS H, 2005). A obtenção do sinal é realizada através de medições das
orrentes e tensões dos terminais estatóri os do motor. Veri a-se que as ondições de arga
variando entre
50%
e100%
da nominalsão exigidas para apli açãoda té ni a e que a mesmaindepende do tipode a ionamento.
A utilização do espe tro de freqüên ia da potên ia total instantânea do motor é utilizado
por ( CRUZ; CARDOSO , 1999), ( DRIF, 2002), ( DIDIER; RAZIK; REZZOUG , 2003) omo método
de dete ção de QBR . Estudos da inuên ia da inér ia da arga no sistema de dete ção são
realizados, sendo demonstradoque este método ée az na dete ção de ra haduras nabarra.
A análise do omportamento do onjugado eletromagnéti o através de medições diretas
e/ou através de té ni as de estimação é feita em ( FISER; FERKOLJ; SOLINC, 1995), ( PENMAN;
STAVROU , 1995), ( FISER; FERKOLJ, 1996) tanto em regime transitório quanto em regime
per-manente.
Visando umaanálise omparativa,em ( TRZYNADLOWSKI;RITCHIE , 1999),( BELLINI , 2000)
érealizadoum estudo entre três me anismos de dete ção: análiseespe tral de orrentede fase
estatóri a, potên iainstantânea e onjugado eletromagnéti oestimado.
aomotor(porexemploem umaparada)éutilizadaem ( MILIMONFARED , 1998)nadete ção de
quebradebarras. Variaçõesdeamplitudenas omponentesdefreqüên iasharmni asdatensão
induzidasão observadas apósa quebra de barras, sendo porisso utilizadaspara o diagnósti o
dafalha.
Para a máquina one tada em estrela, des onsiderando a variação dos termos resistivos
da máquina do ponto de vista do enrolamento estatóri o na o orrên ia da falha, ( GARCIA ,
2004) utiliza a análise do espe tro de freqüên ia da tensão de seqüên ia zero (homopolar) na
dis riminaçãodao orrên ia damesmaatravésdo apare imentode omponentes de freqüên ia
propor ionais àfreqüên ia de alimentação eà velo idadeda máquina.
1.3.3 Modelos de Representação do Estator, aso CCE
Em ( JOKSIMOVIC; PENMAN, 2000), é realizada a modelagem do estator onsiderando-o a
enrolamentos on entrados e orotor omo mostrado na Fig.1.3. O urto- ir uitoentre espiras
érepresentadoatravésdeumapequenaresistên ia olo adaem paralelo omapartedani ada
da espira. Por perder espiras, é mostrado que a fase om a falha on atena menos uxo
magnéti o perdendo força magneto motriz (FMM). A orrente de urto- ir uito que ir ula
atravésdaporçãoem falhadoenrolamento ontribui negativamente om aFMMdoentreferro
da máquina. Dessa forma, as relações entre indutân ias própria do enrolamento dani ado
assim omo as mútuas entre o mesmo e os outros enrolamentos estatóri os e rotóri os são
alteradas. Émostradoque, paraamáquinaoperando omseusenrolamentosestatóri osligados
emdelta, nao orrên iadafalha,apare e uma omponentede ter eiraharmni anas orrentes
delinhaedefasedamáquina,assim omo omponentesharmni asnas omponentesrotóri as.
Contudo, essas mesmas ara terísti assão obtidasquando a fonte de alimentaçãoda máquina
é desbalan eada. Neste sentido, é demonstrado que somente a análise espe tral da orrente
estatóri a, para essa onguração(estator one tado em delta), não é su ientepara dete ção
ediagnósti o do urto- ir uitoentre espiras estatóri as.
repre-sentação do CCE é realizada da mesma forma que em ( JOKSIMOVIC; PENMAN, 2000),
entre-tanto,a máquina é one tada em estrela e o rotor é onsiderado omo trifási o aenrolamento
on entrado, ou seja, da mesma forma do estator. A transformação de Park é apli ada e um
modelo
odq
éobtido. Um ir uitode regime permanenteéderivado. Da mesmaforma, ( CRUZ;CARDOSO ,2004), ( BACCARINI , 2004) realizamaanálisepara a máquina one tada em delta.
Omodelamentodamáquina nas suas variáveis originais di ultaaimplementaçãode
qual-quer sistema de dete ção e diagnósti o e até mesmo a implementação de sistemas de
ont-role, prin ipalmente por suas variáveis estatóri as e rotóri as estarem em referen iais
difer-entes. Dessa forma, em ( CHANG; COCQUEMPOT;CHRISTOPHE , 2003) é proposto um modelo
em variável original, que utiliza uma matriz de transformação apli ada às variáveis rotóri as
damáquina,transformandoestasdoreferen ialrotóri opara oreferen ialestatóri o. A
onr-maçãoda diminuaçãodouxo on atenado da bobina nao orrên ia de CCE, permite utilizar
a perda de espira omo representação da falha, omo realizado por ( JACOBINA; CHAVES FL.;
LIMA, 2000)quegeraum modelo
odq
equivalenteparaa máquinaemfalhaatravésdaperdadeespiras. Análises de resultados experimentais esimulados validam omodelo.
1.3.4 Sistemas de Dete ção e Diagnósti o de Falhas, aso CCE
A amostragemdo uxo axialde dispersãoatravésda disposição assimétri a de bobinas em
tornodo motore sua monitoraçãoatravésda análisedoespe tro de freqüên ia é realizadopor
( PENMAN,1994). Neste aso, harmni osnouxo de dispersão axialsão utilizados omosinais
ara terísti osdeCCE.Contudo,talté ni anãosetornamuitoapropriadadevidoàdi uldade
dadisposição das bobinas sensoras daqueleuxo.
Em( KLIMAN ,2000),a orrentedeseqüên ianegativaées olhida omosinal ara terísti oda
falhaeadete çãode CCEérealizadabaseadanoprin ípiodequeosmotoressão originalmente
simétri os,assim omoafontedealimentaçãodetensão. Émostradoqueestesinalnãosetorna
adequado devido à desbalan eamentos naturais intrínse os à fonte de alimentação. Contudo,
Aanálisedoespe trode orrenteestatóri a omomeiodedeterminaraexistên iade CCEé
realizadaem ( THOMSON , 2001). Émostrado queasdistorçõesgeradasno ampomagnéti ode
entreferropelafalhainduzem omponentes de assinaturasdafalhanomotorem operação. Em
( THOMSON ,2002)érealizadaamesmaanáliseparaamáquinaalimentadaemmalhaabertapor
um inversor de freqüên ia. É demonstrado empiri amente que as omponentes de freqüên ia
queapare em devido àfalha não sofrem inuên ia quantoà ondição de arga.
Em se tratando de a ionamentoem malha fe hada, ( CRUZ; CARDOSO , 2003), ( CRUZ;
CAR-DOSO;TOLIYAT,2003), ( CRUZ; CARDOSO ,2004), ( CRUZ;CARDOSO , 2005) analisam o
ompor-tamentodinâmi odafalhade CCEem sistemaDTC(Dire t Torque Control) om ontrole por
histerese e propõem duas estratégias de dete ção desse tipo de falha nesse a ionamento. Os
resultados foram obtidos onsiderando a máquina alimentada em delta. É demonstrado que,
assim omo alimentada emmalha aberta, omponentes de ter eiraharmni asão introduzidas
nas orrentes de fase do estator da máquina pela falha (máquina sob DTC), sendo utilizadas
omo sinal ara terísti o da mesma. Baseado na teoria de múltiplos referen iais é deduzido
um indi ador da falha dependente das orrentes
dq
de seqüên ia positiva da máquina. Esseindi ador varia somente om a evolução da falha e independe da arga em que o motor está
operando.
Em( JIANYUAN;ZHISHAN;WANLI , 1999),a diferençade fase entre as orrentes trifási as do
estatordamáquina éutilizada paradete tar CCE. Nas ondiçõesideaisde operação,máquina
sem falhae alimentação balan eada,a diferença de fase entre as orrentes estatóri a é de
120
o
elétri os. Nao orrên iadoCCE,asfasesentreessas orrentesdiferemdos
120
o
elétri os,devido
à assimetria gerada nos parâmetros dos enrolamentos do estator. Para determinação da fase
entre as orrentes utilizaram-se funções de orrelações ruzadas. Contudo, tal sinal também é
afetadopelodesbalan eamentodafontede alimentação,o quelimitaaapli açãodaestratégia.
O ângulo de impendân ia é utilizado em ( BOQIANG; HEMING; LILING, 2002), ( BOQIANG;
HEMING;LILING, 2003)nadeterminaçãodeCCE.Este ânguloé al uladoatravésda orrelação
Como realizado em ( MILIMONFARED , 1998) para dete ção de quebra de barras rotóri as,
( NANDI; TOLIYAT, 2000), ( NANDI; TOLIYAT, 2002), ( BELLINI , 2003) propõem um método de
análise de CCE baseado no espe tro de freqüên ia da tensão induzida nos enrolamentos
es-tatóri os após o desligamento da alimentação forne ida à máquina. A estratégia adotada é
veri ar a inuên ia da orrente que ir ula na porção urto- ir uitada nos enrolamentos da
máquina. Émostrado queamaiorvantagemdesse métodoéquenão háqualquer inuên iade
omponentes harmni as, desbalan eamento da fonte de alimentação,e nem da arga movida
pelamáquina, naestratégia de dete ção.
Arepresentaçãodas orrentes estatóri asdomotordeinduçãoatravésdos vetoresde Parké
utilizada omométododedete ção deCCEem( CARDOSO;CRUZ;FONSECA ,1997),( CARDOSO;
CRUZ; FONSECA , 1999), ( HOUDOUIN, 2003). Para isso, é analisado o padrão do diagrama dos
vetoresativos(
dq
)damáquina. Umaformaelípti aparti ularàfalhaéen ontradanodiagramanao orrên ia da mesma.
Em ( HENAO; DEMIAN; CAPOLINO, 2002), ( HENAO; DEMIAN; CAPOLINO, 2003) é proposta
a análise do espe tro de freqüên ia do uxo de dispersão do motor de indução através de um
sensor de uxo externo. O sensor a lo alizado na ar aça damáquina. Como o uxo é um
estado damáquina que depende das orrentes estatóri as e rotóri as, o espe tro de freqüên ia
douxodedispersão ontéminformaçõesa er adas omponentesdefalhaqueafetamoestator
e/ou o rotor, estando dessa forma habilitada a dete ção de falhas nas duas partes do motor.
No que se refere a CCE, o espe tro do uxo é analisado para o motor fun ionando de três
formas: i) rotor bloqueado; ii) girandoa vazio e iii)girando om arga nominal. O mesmo foi
alimentado poruma fontesenoidaleporum inversorde freqüên ia. Édemonstradoatravésde
análisegrá aqueométododedet ção éhábil nadete çãodafalhapara todas assituaçõesàs
quais a máquina foi submetida. O teste veri ou-se mais onável que a análise espe tral de
orrente de fase, prin ipalmentepara uma pequena por entagem de espiras dani adas.
Em( MELERO ,2003)érealizadooestudo omparativoentre diferentes métodos de
1999),impedân iadeseqüên ianegativa,propostoem( SOTTILE;KOHLER ,1993),quebaseia-se
na medição da tensão e orrente de seqüên ia negativa para sua determinação. É veri ado
que no estágio ini ial da falha, os dois últimos métodos são mais sensíveis, ou seja, variam
mais em omparação om a máquina sadia. No entanto, o uxo de dispersão axial mostra-se
mais linear na evolução da falha e apresenta uma maior diferença quando se ompara o
es-tado nal ( urto- ir uito na fase) e a máquina sadia. Em ( RASMUSSEN; TUTTLE C.B. , 1999)
a análisetérmi a, via sensores infra-vermelhos, dos enrolamentos estatóri os, é utilizada omo
ferremanta apaz de indenti ar sobre-aque imentos gerados nos mesmos. A análisedinâmi a
davariaçãodatemperaturamostra-see ientenadete ção deproblemas namáquina, ontudo
não nodiagnósti o, ouseja, naidenti açãoda falha.
1.4 SINOPSE DOS CAPÍTULOS
No apítulo2,intituladoModelosde Representação para Quebrade Barras, são analisados
os diversos modelos de representação de quebra de barras visando a ompreensão dos efeitos
ausados por este tipo de falhaao motorde induçãogaiolade esquilo. São apresentados in o
modelos,sendoumpropostonestetrabalho. Estudos omparativosquantoàrepresentatividade
da falha e a simpli idade do modelo são realizados. O omportamento do motor é analisado
quando este é alimentado poruma fontede tensãopuramente senoidale em malha aberta.
No apítulo 3, intitulado Modelos de Representação de Cuto- ir uito entre Espiras
Es-tatóri as, são dis utidos dois modelos de representação damáquina fun ionando sob este tipo
de falha. Arepresentatividadeentres osmodeloseo omportamentodomotorsão dis utidos e
umaanáliseentre osimpa tos ausados aomotor devidoà o orrên ia de CCE paraa máquina
alimentada por uma fonte de tensão senoidal one tada em estrela e em triânguloé realizada.
No apítulo 4, intitulado Con lusões e Trabalhos Futuros, são apresentadas as on lusões
naisdopresentetrabalhoa er adosmodelosderepresentaçãodefalhaestudadosnos apítulos