• Nenhum resultado encontrado

Incidência de apendicite aguda no Hospital de Caridade nos anos de 1976 a 1978.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Incidência de apendicite aguda no Hospital de Caridade nos anos de 1976 a 1978."

Copied!
21
0
0

Texto

(1)

CQQ

A I N C I D E N C I A 2-.zš A P E N D I C I T E A G`U D A N O H O S P I- T A L D E C A R I D A D E N O S A N O S .__ V .___ .._..__.___ __.__...._ .-___..._._._._.. g. D E « 1976 . A 1978. "-°"- --_-¬_. _- ' ...__-› ~

l

Alunast. GESCY MAZIERO

MARLENE HOSANG

/V

×./

(2)

l ÍNDIcR_ INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. MATERIAL E MÉTODOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. RESULTADOS E OOMERTÁRIOS . . . . . . . . . . . . . . . .. 2 2 5 5 CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 18 Rg: N O ~ _

.Lz+

~

É

1,,/,Oêzfi

2

ff

W/

É

~¢@ëff"zÍ¿‹”””~”f“””/

RW

W

Mz/(ff

0* (2/›

M

,Q /›«z”W;;<,'

I/

/Í/W

4 , /üflfl /¿á,z éä* /L/,,z›

_”

M

tá;

6/

-»§`¡?

É

W

~ ~ ~

%/ífyüu/`

7ÕIfl/y,íW';/w//

q

K ×' 'I' 2 šš ""'z/f Á

O

'í\'

bJÊlí:g;í¬£¬ `\> ¿>

(3)

2

INTRODUQÃO

Apendicite é a inflamação aguda do apêndice vermifor-

me.

Apesar de ser uma doença bem conhecida desde o início

do seculo, não deixa de ter importancia como afecção cirurgica,

pela dificuldade no diagnóstico, pela gravidade das suas compli caçoes e por propiciar mortalidade relativamente alta.

Entre as condiçoes abdominais agudas, a apendicite é

a mais comum e conhecida, maszcertamenteio seu diagnöstico ain-

da desafia muitos cirurgiões.

fv /\

Uma demonstraçao evidente da importancia que deve ser

dispensada à apendicite aguda, e o grande numero de trabalhos -

dedicados ao assunto na literatura estrangeira em todos os tem-

pos. Infelizmente o mesmo não tem sido observado no nosso meio; as publicações nacionais sobre apendicite tem sido escassas, em

bora pressume-se que todos os serviços de cirurgia tenham em -

seus arquivos, casos a lamentar de complicações graves quando Q

peradcs em fase de peritonite.

Ainda que seja verdade que a mortalidade tem diminui-

do desde l905, a frequencia das complicações da apendicite, co-

mo a perfuração tem aumentado. Um fator importante no numero -

crescente de complicações tem sido a generalização e`às vezes o

emprego inadequado de antibiÓticos.; com o advento dos antibió- ticos e o seu emprego empírico em muitos estados inflamatórios,

se tem sido um pouco descuidados.`Í ;L~V°~ < ^~s@es*J -

m

Às vezes é demasiado fácil dar o antibiótico aos pa-

cientes com a esperança de que estes evoluirão bem sem haver ne

cessidade de cirurgia. O emprego da terapêutica com antibióticos

.f /~z

na apendiciteytem um papel importante,porem nao substitui a opg raçao e a técnica cirurgia meticulosa. ,

OBJETIVOS

O presente trabalho visamanalisar alguns aspectmsiconsi

derados relevantes, observados em 61 casos de apendicite aguda -

__

(4)

5

aguda operados no período de 1976 a 1978 no Hospital de Carida-

de de Florianópolis.

MATERIAL E méronos V

Da revisao de prontuários efetuada foram analisados -

os seguintes parâmetros: - Faixa etária ' - Sexo -‹Cor - Estado civil - ?rocëdëncia - Categoria - Queixas relatadas - Dados de exame fisico.

~ Exames complementares

- Diagnóstico provisório

- Conduta '

- Tempo de permanência hospitalar

- Mortalidade ` - Complicações - Antibióticos usados RESULTADQS E coMENmáRIos I) FAIXA Emàalâ \

Verificaram-se casos de apendicite\aguda a apartir

da

ll até 69 anos de idade. V

A faixa etária onde houve-maior incidencia foi entre

11 - 20 anos, isto_é¿ na 2% década em cerca de 50% dos casos¿ -

seguida da äë década (2l¬50 anos) , o que coincide com dados da

literatura consultada (Bockusf 1976; Zerbini12 , 1974; Hawthor

neÍ31%9).

_

} Segundo Beeson e McDermott2(l973) há maior incidencia

na faixa etária de 2o - 50 anos, isto e, na Bë década, o que -

(5)

minue a incidencia dos casos de apendicite. (Tabela I)

Distribuição dos pacientes de acordo com a faixa etária

Nota-se que a medida que aumenta a faixa etaria -

TABELA I

Idade (anos) Pacientes

Número % ll 21 51 41 51 61 Total 20 50 30 16 40 50 60 70 61 H u1§x ox 50 26 I'\)C0..\Í\\O 100 <i:)z `o” II) SEXO

tabela II, foi o sexo masculino correspondendo a 64% dos casos

em contraposição com o`sexo`feminino›que\f0i.de 36%; estes resul tados encontrados estão de acordo com a maioria dos autores (ZGÉ

binilzg-.(1974)

Bockus4(l976), refere que a apendicite-aguda ocorre 1- gualmente em ambos os sexos o que discorda com o presente traba-

lho.

O sexo onde houve maior incidencia segundo dados da -

TABELA II Sexo Pacientes Numero % Masculinoz Feminino Total 59 22 61 64 56 100

if/rw

(6)

III) COB

5

.

Como se pode verificar pela tabela III, houve incidën

cia quase que absoluta da cor branca em 98% dos casos;

resulta-O

~

dos estes que naolcoincidem com a literatura consultada.

Zerbini 2,; (l974), relata não haver nítida preponde-

rância da apendicite aguda em qualquer raça ou cor. Já num tra-

balho realizado por Barbosa et aliil(l975) houve maior inciden- cia em pacientes de cor branca o que coincide com os resultados encontrados. TABELA III Pacientes Cor _ Numero t % Branca 60 98

w

. Y) Preta l 2 .,__ ,

WM

.áa/“az ÚL .z‹M~f^ _'/1/{),rz_» fzzz ~×'“'”

/»-/°

Total õ.1_ ioo far”

W

0,,,,,.›¬

»›¬›»°~'

1 û

O°”"`

1,)

É

Luv ` š A/If

/2

,

.f

///

Iv) ESTADO CIVIL

\

Houve predominância de solteiros em 67% dos casos 9 Vin ..

do a seguir os casados em 55% conforme os dados da tabela IV; -

isto provavelmente`§a`explica incidir a apendicite aguda em fai- xas etárias mais baixas nas quais os pacientes ainda não se ca-

saram. TABELA IV Pacientes Estado civil Numero % *Kfâg'ü'°'-*-:~"‹'‹ Solteiros 41 67

/Â-~~

Casados- 20 55» Total 61 lOO

(7)

V) PRocEDêNcIA

6,

De acordo com os dados da tabela verificou-se maior “

incidencia de apendicite aguda em pacientes vindos da capital -

em 50% dos casosä seguindo-se de 50% de pacientes provenientes

de áreas proximas a capital; em menor percentagem verificaram-

se pacientes procedentes do interior do estado e de outros es»

tados. Pacientes Procedëncia , ' Número % Capital 51 50 Áreas proximas _ 18 30 Interior estado 10 16 Outros estados 2 4 Total_ õl 100 VI) CATEGORIA

V

_, ~

*LÊ

"7

pra

É'

P

- Conforme a tabela VI a maioria dos pacientes com apen dicite aguda, em cerca de 64% dos casos enam pertencentes ao -

INPS, seguindo-se 18% considerados casos.sociais; 6% pertencen-

tes ao IPASE e 12% ae outras entidades previâënoiárias

TABELA VI íffffl'

¿

Í

'Ml

“ ¬ I

À)

2 K . Categoria _ Número % INPS ", Pacientes 19 64V _ ¿:;,dL Casos sociais < ll .ø__ÊEí_Ú /no aa 0'fÊ?<

”'

( IPASE 4 6 g ' ` outros 7 12 Total 61 l00

(8)

VII) QUEIXAS RELATADAS

7

Dor abdominal localizada na FID constituiu a queixa principal em cerca de 64% dos pacientes, ou seja, na mais da

me~

tade dos casos; em cerca de 60% seguiu~se vômitos; 50% febrex -

40% naúseas; 15% parada de eliminação de gases e fezes; l2% dia;

reia; 8% obstipação.

Verificamos que se confirmou a tríade classica; dor abdominal vomitos 7 9 febre, como ueixas rinci ais o ue coinci-

de com os dados da literatura consultada (Bockusf l976¡ :.Zerbi~ ni12,1974; Bee-son

Mcnermowš

1975). 5/

Segundo Bockus4(l976), e mais frequente haver consti

pação intestinal o que não confere com os dados obtidos nesta 7"

pesquisa na qual se verificou maior incidencia de diarréia em

-

12% dos casos, do qua obstipação , 8% d>s"casos, como se pode

ve

rificar pela tabela VII.

TABELA V

í~

II

Queixas relatadas -Êacientes

Numero %

Dor abdominal difusa Dor abdominal.localizada Nauseas vêšmi tú S. Febre Obstipação Diarreia Parada de eliminação de gases e fezes Total l8 39 24 56

EI

5 7 9 61 3,0 64 4.0 60 5,-o .Ê 12 15 100 0

MI

,'

f~

ff

m

W

f-

/~“”””%*f“^

VIII) DADOS DE EXAME Físlíco

Conforme se pode verificar na tabela VIII o dado de

exame fisico mais encontrado foi o sinal de Blumberg em 75% dos

(9)

8

casos; dor abdominal difusa em 51%; sinal de Rodéing e disten-

são abdominal ocorreram em 18% dos casos.

Barbosa“et*aliil(1975), encontrou sinal de irritação peritonial localizado na FID em 75% dos casos, o que coincide

com o presente trabalho; o mesmo autor encontrou contratura em

65% dos casos e defesazem 62% dos casos; na pesquisa realizada

foram encontradas respectivamente: contratura abdominal em .6%

dos dados encontrados.por aqueles autores

Zerbinil2,: (1974) relata hiperestesia cutânea em -

20% dos casos, na presente pesquisa efetuada encontrou-se em -

5% dos casos.

Verificou~se que 2% dos casos apresentava ao exame fisico tumoração abdominal

(Wi

»<4L 77»

TABELA VIII

Êacientes Dados de exame físico I

W

Mmwb

%'

Distensao abdominal 11 18

Bl berg 46 75

Roäzing ll 18 ‹

Dor abdominal difusa a palp. 19 31

Dor abdominal localizada à p. 29 47

Hiperestesia cutanea A Contratura abdominal Defesazabdominal Tumoração abdominal Total H 61 N Ç\0\\fi 100

IX) EXAMES COMPLEMENTARES

OS €XameS C0mPlementares computados.nesta pesquisa -

foram o hemograma e o exame radiolõgico simples do abdomen em -

pé e deitado.

Em relaçao ao hemograma, observou-se uma leucocitose

7 e defesa abdominal em 6% dos casos, o que difere grandemente~-/kãggífi

(10)

,__.._z-ø-9

em 72% dos casos analisados, o que coincide com dados da lite-t

ratura, segundo a qual leucocitose moderada é esperada na maig¬

ria dos casos ( Zerbini}2, , 1974).

Segundo Rodriguesfl{l977), 94% dos pacientes com a-

pendicite aguda tem leucometria alteradas, o que não coincide=

com dados da presente pesquisa na qual foram encontrados 72% - dos casos alterados.

Barbosa "et aliih(l975) encontrou 78% dos casos -

com leucocitosedo que difere pouco dos dados encontrados. (¶a-

bela IXa). TABELA IxaÉ ' Pacientes Hemograma › W - Numero % Leucocitoseâ 48 72 Ausência de leucocz 15 28 Total 61 100

Egta: Uma contagem leucocitária normal ë as vezes encontrada ~

nas pessoas idosas com apendicite aguda ( Beeson e~McDermottÊ

1975). Encontrou-se neste levantamento uma leucometria normal

em paciente idoso (69 anos), portador de apendicite aguda, cu--

jo diagnóstico provisorio havia sido rotulado como hérnia en-›

carcerada.

Quanto à taxa de eosinófilos, estudos clássicos -

tem mostrado uma diminuição ou mesmo desaparecimento dos mesmos nos processos inflamatõrios agudos, segundo a literatura consul

tada. Na pesquisa realizada foi observada ausencia de eosinófi-

los no hemograma em 58% dos casos. A maioria destes casos em -g

. . " ú . _. ¡' .

que se verificou ausencia de eosinõlilos esta_ relac1cnada_a_ca_

_ _.

_,-V u N

sos mais graves nos quais houve complicaçoes como-: Peritonite, k

piosalpingite, abcesso de parede. (Tabela IXb) ¿;GW¬¿/¿øM&Ç7,,4_.

k TABELA Ixb, *

WM/,g

M..-7,/Í-Í

. z . Pacientes. . 88

"“d

Eosinofilos , zq ~ NIJIIIGTO 70

~'Q&r&(

Õ?

Presença 38 62 Ausencia 25 58 Total 61 100

(11)

10

~

. Com relaçao ao exame radiólõgico em 49% dos casos ana-

lisados, não foi possível encontrar dados referentes a este~exa

me; tendo-se por isto computados só metade dos casos praticamen.-

~ ~

te. Destes casos encontrados verificou-se que as alteraçoes nao

coinoidiram com a literatura consultada.

Z@Tbiflil2,` (1974) acha o exame radiológico inteiramen

te desaconselhavel, por não oferecer dado algum de interesse e só considera indicada com o fim de confirmar ou excluir outras afecçoes, cuja suspeita diagnóstica exista.

Barbosa"et alii1(l975) encontrou : distensão de alças

em 75% dos casos; aumento da densidade das.partes moles 12%; -

líquido na cavidade abdominal 5%; velamento difuso 4%;.

As alterações mais encontradas no trabalho efetuado -

foram: presença de níveis hidroáereos 55%; ileo reflexo 55%; -

velamento da pelve›20%; distensão de-alças 16%; aumento da denç

sidade das partes moles 20% ; 0utnas=alteraçÕes 20%, dentre es- tas foram encontradas: pneumoperitonio, ar nas alças delgadas,

imagem rádio opaca na FID, imagem radio opaca em sacmo, presen~

ça de ascaris e suboclusão do intestino delgado. Conforme se pg

de observar estes dados encontrados não coincidem com a litera- tura citada. (Tabela IXc)

TABELA IXC N Pacientes Alteraçoes no exame radiolögico Numero % Níveis hidro-aéreos 17 55 Ileo reflexo 15 42 Distensão de alças. 5 16 Velamento da pelve› 6 20 < Aumento da densidade partes molesx 5 9 N Outras alteraçoes 6 20 Total 51 100 x) pliemósmiçgo 1>RoƒvIsç6B1o

(12)

ll

O diagnóstico provisório de apendicite aguda foi feito -

em 67% dos pacientes e em 23% dos casos não foi possível estabe- lecer o diagnóstico etiológico do andomen agudo antes do pacien-

te ser levado a cirurgia.

Em 5% dos casos o diagnõstico provisõrio foi de anexite,

Um caso, que corresponde a 2%, ficou sem diagnöstico provisõrio

a fim de ser esclarecido no ato cirurgico.

Entreâa citação de "outros", na tabela X, inclui-se um

-

caso com o diagnóstico provisorio de hérnia encarcerada e outro

de subfoclusão intestinal.

Barbosa "et alii"1(l973), relata f9l% de casos que foram levados a cirurgia com o diagnöstico provisõrio de apendicite=a-

guda, opondo-se ao nosso levantamento no qual apenas 67% dos ca-

sos foram à cirurgia com este diagnóstico. TABELA x_

. z . . . P

'

n ¬

Diagnostico provisõrio a°1e_tes

Numero % Apendicite aguda 41 61 Abdomen agudo 14 25 Anexite Ei 5

À

esclarecer l 2 Outros= 2

E

Êbtal 61; 100 XI) CONDUTA

A conduta foi cirúrgica em 98% dos casos e clinica em a-

penasz2%.

Segundo Beeson ewMcDermott2(l975), ë preferível operar,

se houver suspeita~de apendicite pois o risco e maior.deixar -

passar desapercebido um episõdio dessa natureza queâo de laparo- tomizar um paciente com gastroenterite, adenite mesentërica, di- verticulite, rutura de Foliculc De Graafi, salpingite aguda, sa- turnismo agudo~e»cólica renal.

Por outro lado, na laparotomia exploradora‹corre-se ris- cos¡pois esta ê perigosa e deve ser evita em certas doenças que

(13)

12

possam sugerir apendicite como a pneumonia, infarto do miocárzf

dio e porfiria. (Tabela XI)

Í TABELA XI . Conduta ?acientes Numero % Cirúrgica 60 98 Clinica l 2 Total 61. 100

XII) PERMANÊNCIA HOSPITALAR

A

Analisando-se a permanencia hospitalar, observou-se -

que 48% dos pacientes ficaram internados de 5 a 7 dias, vindo a

seguir a permanência entre=8 a 12 dias em 55% dos casos.

A permanência minima foi de 5 dias, , sendo estes casos

que não apresentaram complicações; a máxima foi de 51 dias. Esta ultima apresentou como complicação, peritonite-generalizada.

A média de permanência hospitalar foi de 9,2 dias.(¶a-

bela XII). ' _

TABELA XII

_ . Pacientes

Permanenciazhospitalarza ,

Numero*de dias: Numer°} %

5>~- 7 29 48 8

-12

21 55 15

-17

5 ` 18 - 22§ 2 25 ~ 27 2 › 27 ~ 51 2 pis» tn m ` Total 61 100 ,/// XII) MORTALIDADE

(14)

15

Nota-se pelos dados da tabela XII que 98% dos pacienf

tes receberam alta melhorad s ou curados, sendo que a incidên-

cia de óbito foi ae 2%.

Á§e4f2¬

ó áaáríaózafib *

Esta percentagem de Óbito š alta segundo `Zerbini_12,

(1974) que refere uma taxa de mortalidade.de 0,87%.

Barbosa "et alii$(l975), encontrou incidencia de 5,05%

de mortalidade3 sendo esta bem mais elevada do que a referida -

pela maioria dos autores, denotando.assim que a apendicite agu¿

da assume realmente aspectos diferentes nas várias localidades.

O paciente que foi a Óbito, nos dados computados no

-

presente trabalho, estava,com 69 anos, era cardíaco e complicou

com hemorragia digestiva. 4%~¢¿¢Q\ ag

U

ca; h7

e

Gzauøia-›.›6.

~

,,,/;»,¿.,Q4,¿.>.,,__} TABELA XIII @»«- ‹ ¢×>~fy›‹ .

Pacientes Mortalidade › f I Numero % ' z Curados' 60 .98 Óbitns I I 2 / ,›z›'? ‹ 6 Â ' _ (f4¡¿._,- motel 61 Ioo “`Í XIV) ooMrLIcAgõEs ~ ~

Dos casos analisados, 54% nao apresentaram complicaçoes,

porém um numero significativo, 18%. apresentou peritonite. Esta

e a complicaçao mais seria da apendicite aguda e a principal

-

causa mortis nesta doença. É mais provável ocorrer em crianças,

velhos e em pacientes com apendicite qe fazem uso de laxantes - ou clisteres para tratar a dor abdominal. (Beeson e McDermotÉ3-

1975). w”

O abcesso de parede ocorreu em 7% dos casos.

Segundo Barbosa "et alirh(l975) › Êyidëncias de perito

nite ocorre em mais de 50% dos casos, o que não coincide com os

dados da tabela XIV onde evidenciou~se peritonite em 18% dos ca-

~ ~

sos. Outras complioaçoes ocorreram em menores proporçoes como:

Anexite em 5%; piossalpinge em 5%; gastroenterite em 5%; sob a

denominação "outras" constam z Fistula estercoral, cisto de ová

rio, rotura de Foliculo de Graaf, hipopotassemia, traqueo bron

\ _

(15)

14

quite, hemorragia digestiva, todas estas ocorreram em 10% dos

casos. TABELA XIV Complicações Pacientes Numero A % Peritonite ll 18 Gastroenterite 2 5, Piossalpinge 2 5 Anexite 5, 5 Abcesso de parede 4 7 Nenhuma 53 54 Outras complicaç. 6 10 Total bl 100 XV) ,gwgisióridos Uszgâos _

O antibiótico mais utilizado no pós-operatório foi-

a ampicilina em 44% dos casos , seguindo~se a associação am-

picilina + gentamicina em 15%; tetraciclina em ll% dos casos.

O emprego de ampicilina totaliza 64% se observarmos

o seu uso isolado ou em associação com outros antibiótidas. Barbosa "et alii"l(l975) realizou antibiograma u-

tilizando material de pacientes com apendicite aguda, tendo -

sido constatado sensibilidade predominantemente ao cloranfeni

col em 87,50%, e a gentamicina, tetraciclina e ampicilina em

57,50%, a cefaloridina em 55,55% dos casos. Conforme se_pnde

gšâgryar na tabela XI, os dados obtidos nesta pesaaisa_nao - F

?

estao de acordo com os acima relatados. ÉÊWWJL ?**Í“*°“ “”'” ”7`

-Í "

Segundo BocKus4(l976) , os antibióticos que devem ~

ser empregados em ordem de preferência são: a associação pe-

nicilina + estreptomicina, cefalotina, ampicilina ou a cefalg

ridina.

Em 5% dos casos não foi utilizado antibiótico, ape-

sar de terem sido levados a cirurgia. Estes não apresentaram

(16)

15 TABELA XV . _( _ Pacientes Antib1oticos~usados Numero % Ampicilina 27- 44 Ampicilina + gentamicina 9 15 Tetraeiciina 7 I 11 Ampicilina + tetraciclina ` 3 5 l Ceflalotina.+ Cefazolina 4. 7 Cloranfenicol 5 5

Varias assoc açoes 2. 3

Outras associações 4 7

N

Nao usaram antibióticos 2 3

Total 61 100

'Y

XVI) coñcLUs8Es;

- Da pesquisa efetuada verificou-se que ocorreram

61 casos de apendicite aguda em 5 anos no Hospital de Carida-

de, o que podemos considerar como uma incidencia pequena em-

relaçao a populaçao em geral.

éšÍ“““¡¿&*?;Éä”;Ú¿Í“Z3;;Fƒ“”*

- A faixa etaria na qual houve maior numero de ea

sos foi na 2ë década e a medida que aumenta a faixa etária di

minuem os casos de apendicite aguda, havendo, porém com o a-

vançar da idade maior tendência de ocorrer complicaçÕes.c/'

- O sexo masculino foi o mais acometido em dois -

terços dos casos, e a cor branca foi a mais atingida em 90% -

dos casos. \//

- 0 estado civil mais acometido foi o dos soltei- E7

ros.

- A grande maioria dos pacientes era proveniente

da capital, não tendo se observado relaçao entre pacientes -

que, por residirem em locais afastados, apresentassem maiores ~¿¿¿

complicaçães , devido a demora para chegarem ao hospital.ZÍ:<Íg,1

f

- Nas queixas mais frequentes relatadas,

(17)

16

-nou a tríade clássica: dor abdominal, vómitos e febre; dado f

rs ,V .

. ~

curioso foi a predominancia de diarreia sobre a obstipaçao, - quando seria de se esperar o contrario.

- Nos dados de exame físico notou-se nítida -

predominância do sinal de Blumberg, dor abdominal localizada na FID e dor abdominal difusa em alguns casos; Q'/7”“”¿;° /

- Nos exames.complementares, o hemograma.nos -

mostrou uma leucocitose em mais de dois terços dos casos; -

quanto ao numero de eosinófilos, notou-se ausencia destes. em

58% e principalmente relacionados a casos complicados. fi\\

¿ . N

- Ao exame radiologico observou-se alteraçoes

significativas como niveis hidro-aéreos, ileo reflexo, vela-

mento da pelve , foram as mais encontradas. %%à

A incidënciaâde 67% de confirmação cirúrgica

do diagnóstico provisório de apendicite aguda, parece-ser ~

N z‹-

baixo levando-se em consideraçao que sao empregados todos os

métodos propedeuticos clinidas, laboratóriaisve radiológicos

para o diagnóstico.

- A permanência hospitalar nos permite obser~ N

/ . '

. . .

var sua nitida relaçao com os casos complicados principalmen

te com peritonites, concluindo-se , que nos casos de apendi-

cite aguda sem complicações a permanência hospitalar ë rela-

tivamente baixa. M

- As complicações ocorreram em um numero sig-

nificativo e destas a mais encontrada foi a peritonitez

~ O antibiótico mais usado no pósioperatório

foi a ampicilina tanto isoladamente como em associação com

owzmsz amibiótú. cos.

- Verificou-se que a apendicite aguda correu

em pequena incidencia nestes-5 anos_no Hospital de Caridade e›a incidencia de óbitos em 2% ê __ bem mais elevada ‹¬¿z¬z do que a

.

referida pelos demais autoresq denotando que a apendicite-a-

guda assume aspectos diferentes no nosso meio.

~ A ocorrência de alterações radiográficas em

559 dos casos, evidenciawo quanto este exame é importante pa_

96

ra o diagnostico.

- A presença de leucocitose em 72% dos casos

-N

(18)

17

valioso no diagnóstico da apendicite aguda e a ausencia de¬-

eosinófilos em 58% dos casos mais graves, refletem geralmen=

te a severidade ao quadro inflamatório ao apëndicey embora o

diagnóstico deva ser baseado principalmente ño quadro clíni-

(19)

18

RErERÊNcIA.BIBLIoGRiF1cA

1. BARBOSA, Hellio "et.a1ii". Apendicite aguda num hospital

comunitário. Brasilia Médica. Brasilia, 1-í(9):75-84,

jul.-dez., 1975.

2. BEESON, Paul B. & MCDERMOTT, Walsh. ¶ratado.de Medicina.

15.ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1975.

5» BHASIN, V. "et alii". Acute tubercular appendicitis. IQ-

ternational surgerx. Chicago, 1Q(62):565-5b4,Loct.,

1977.

4. BOCKUS, Henry L. "et alii". Gastroenterologg. 5.ed. Phi

ladelphia, Saunders W. B., 1976.

5. CARNEIRO, Aloisio Eustaquio Magalhães & GAION, Ovidio. Ar

nomalia congênita ceoco~apendicu1ar. Clínica e¿TeraQ§u

zggg. são Pàuio, Lithogzaphica Ypiranga, ig(1o)z¢11-412

out., 1974.

6- POSTER, Paul D. Primary appendectomy. Jama. Chicago, A-

merican Medical, 1¿(259):14l1-1412, aprz, 1978.

7. HALLS, James M. & MEYERS, Harvey I. Acute appendicitis -

with abscess simulating carcinoma of the sigmoid. Ame- rican Journal of Roentgenologl. Illinois, §(129):1057~ 1o59, aee., 1977.

8. HAWTHORNE, Herbert R. "et,a1ii". Abdomen Agudo,~1esiones

de Urgência del Tubo Digestivo. 1.ed. México, Inter-

americana S.A., 1969.

9. LEWIN, George A. "et alii". Barium enema: An outpatient -

procedure›in the early diagnosis of acutezappendioitis.

The Journal of Pediatrics. St. Louis, C.V. Mosby Com--

pany, â(92):451-455, mari, 1978.

10. OWENS, Bernard J. & HAMIT, Harold F. Appendicitis in the

Elderly. Annals of Surgery. Charlotte, North Caroli-

(20)

19

ll. RODRIGUES, Fernando F. "et alii". Hemograma na apendici~

te aguda. Revista.d9 Colégio Bgagileiro de Cirurgiões

São Paulo, Medisa, §(4):l55-159, mai.»jun., 1977.

Â'

,

12. ZERBINI, E. J. glíniea ciizúrgiíea Alíiípiøfííífçfgrrêa_Neft:f¢o¬. 5

(21)

TCC UFSC CC 0055 Ex.1 Nlihfim- TCC UFSC CC 0033 Autor: Maziero, Gescy

Título: Incidência de apendicite aguda n t

972813698 Ac. 252891

Referências

Documentos relacionados

História Conceitos Classificação Trabalho Ação Calor Transferência Energia Capacidade de Trabalho Definições Exemplos Introdução Exercícios... Existem apenas duas

O uso de válvulas de expansão a pressão constante tem estado limitadas a sistemas com capacidade de refrigeração abaixo dos 30KW, onde a carga critica do refrigerante

As seguintes limitações específicas para a elastografia por compressão foram destacadas na literatura: a com- pressão externa manual induz variabilidade do operador; a

O objetivo deste trabalho é calcular o volume do córtex visual primário da Dasyprocta leporina utilizando método estereológico de Cavalieri e estimar sua densidade

Em análise longitudinal, a partir dos estudos da EPE 2007, o setor elétrico sinalizava para o “envelhecimento” do parque hidrelétrico nacional, que tem como consequência o

Brasil foi publicado em 1930, pelo Departamento Educacional da Junta de Missões Estrangeiras de Richmond, do Estado da Virgínia, nos Estados Unidos. Entretanto, a leitura

O crescimento elevado do avanço tecnológico é um dos assuntos mais discutidos nos últimos anos. Em conjunto a essa era tecnológica, surgem novas maneiras

c) CERTIFICADO DE CONCLUSÃO VIA ENCCEJA, ACOMPA- NHADOS DE HISTÓRICO ESCOLAR (com notas de 60 a 180): Serão consideradas as notas nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática