O TrabalhO e suas
TransfOrmações
A Condição de Proletariedade: A precariedade do trabalho no capitalismo global
Giovanni Alves
Dilemas da globalização: O Brasil e a mundialização do capital Francisco Luiz Corsi (Org.)
Dimensões da Crise do Capitalismo Global Giovanni Alves (Org.)
Dimensões da reestruturação produtiva: Ensaios de sociologia do trabalho
Giovanni Alves
Economia, Sociedade e Relações Internacionais: Perspectivas do Capitalismo Global
Giovanni Alves (Org.)
Lukács e o Século XXI: Trabalho, Estranhamento e Capitalismo Manipulatório
Giovanni Alves
Tela crítica - A Metodologia Giovanni Alves
Teoria da Dependência e Desenvolvimento do Capitalismo na América Latina
Adrián Sotelo Valencia
Trabalho e cinema: O mundo do trabalho através do cinema vol 1, 2 e 3
Giovanni Alves
Trabalho e Capitalismo Global - O Mundo do Trabalho Através do Cinema de Animação Cláudio Pinto
Trabalho, Educação e Reprodução Social Eraldo Leme Batista e Henrique Novaes
Dimensões da precarização do trabalho: ensaios de sociologia do trabalho
Giovanni Alves
Trabalho e gestão através do cinema Bruno Chapadeiro
Sindicalismo e reestruturação produtiva no Brasil: desafios da ação sindical dos metalúrgicos de Caxias do Sul/RS
Paulo Roberto Wünsch
O trabalho do juiz: Análise crítica do vídeo documentário O Trabalho do Juiz Giovanni Alves (org)
“Trabalho e Neodesenvolvimentismo: choque de capitalismo e nova degradação do trabalho no Brasil”
Giovanni Alves
Trabalho, Educação e Formação Profissional: um debate do Serviço Social
Araré de Carvalho Júnior, Maria Cristina Piana e Maria Jose de Oliveira Lima (orgs)
Série Tela CríTiCa
Tempos Modernos Charles Chaplin (1936) Metrópolis Fritz Lang (1927) Nós a Liberdade René Clair (1931) A Terra Treme Luchino Visconti (1948) Ladrões de Bicicleta Vittorio De Sica (1948) Salário do Medo Henri-Georges Clouzout (1953) Beleza Americana Sam Mendes (1999) Segunda-Feira ao Sol Fernando Léon de Aranoa (2002) Pão e Rosas
Ken Loach (2000) Eles não usam black-tie Leon Hirzsman (1981) O Corte
Costa-Gavras (2004) O que você faria? Marcelo Piñeyro (2005) A classe operária vai ao paraíso Elio Petri (1971)
2001 - Uma Odisséia no Espaço Stanley Kubrick (1968) A agenda Laurent Cantet (2001) Vinhas da Ira John Ford (1940) Laranja Mecânica Stanley Kubrick (1971) Meu Tio Jacques Tati (1958) Morte de um caixeiro-viajante Volker Schlondorff (1985) O adversário Nicole Garcia (2002) O Invasor Beto Brandt (2001) O Sucesso a qualquer preço James Foley (1992)
Projeto editorial Praxis
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1ª edição 2015 Bauru, SP
Projeto editorial Praxis
O TrabalhO e suas
TransfOrmações
um Olhar sObre O brasIl nO fInal DO sÉCulO XX
MÁRCIA NAIAR CERDOTE PEDROSO
Prefácio de Giovanni Alves
Apresentação de Diorge Konrad
Copyright do Autor, 2015
Coordenador do Projeto Editorial Praxis
Prof. Dr. Giovanni Alves
Conselho Editorial
Prof. Dr. Antonio Thomaz Júnior – UNESP Prof. Dr. Ariovaldo de Oliveira Santos – UEL Prof. Dr. Francisco Luis Corsi – UNESP
Prof. Dr. Jorge Luis Cammarano Gonzáles – UNISO Prof. Dr. Jorge Machado – USP
Prof. Dr. José Meneleu Neto – UECE
Projeto Editorial Praxis
Free Press is Underground Press www.canal6editora.com.br
Impresso no Brasil/Printed in Brazil 2015
Pedroso, Márcia Naiar Cerdote
O trabalho e suas transformações: um olhar sobre o Brasil no final do século XX / Márcia Naiar Cerdote Pedroso. — Bauru: Canal 6, 2015.
200 p. ; 23 cm. (Projeto Editorial Praxis) ISBN 978-85-7917-330-1
1. Estudos do Trabalho. 2. Trabalho no Brasil. I. Pedroso, Márcia Naiar Cerdote. II. Título.
CDD: 331 P372t
Ilustração da capa
Ao meu avô Eduardo (in memoriam),
pela doação e ternura.
À minha mãe Leda,
pela inspiração em seu
exemplo de coragem e perseverança.
Ao Leonardo,
pelo amor e o enorme companheirismo.
A luta por uma sociedade mais justa
não pode se perder no tempo.
- Oscar Niemeyer
O Caminho da Vida
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza,
porém nos extraviamos.
A cobiça envenenou a alma dos homens...
levantou no mundo as muralhas do ódio...
e tem-nos feito marchar a passo de ganso
para a miséria e morticínios.
Criamos a época da velocidade,
mas nos sentimos enclausurados dentro dela.
A máquina, que produz abundância,
tem-nos deixado em penúria.
Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos;
nossa inteligência, empedernidos e cruéis.
Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade.
Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura.
Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
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AGRADECIMENTOS
Solidariedade justifica o curto passeio da vida. (Oscar Niemeyer)
Antes de qualquer agradecimento direto, deixo o meu sincero “muito obriga-da” a todos(as) aqueles(as) que, de uma forma ou de outra, colaboraram e fizeram parte dessa minha realização pessoal e profissional.
Como essa obra resulta da dissertação de mestrado defendida no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento da UNIJUÍ-RS, em 2013, gostaria de agra-decer, primeiramente, ao professor Gilmar Antonio Bedin e ao professor Arge-miro Luis Brum, respectivamente, orientador e co-orientador. Sou grata também aos professores Daniel Rubens Cenci e Darcísio Corrêa pelas instigantes reflexões. Agradeço ainda ao apoio do PROSUP/CAPES pela concessão da Bolsa de Estudos que me possibilitou realizar a pesquisa que ora apresento.
Agradeço ao professor Giovanni Alves pelo significativo Prefácio, que tanto engrandece esta obra; ao professor e amigo Diorge Alceno Konrad pelas relevan-tes palavras de Apresentação; e ao professor Paulo Roberto Wünsch, cuja contri-buição só veio a enriquecer. A esses estudiosos e pesquisadores, pelos quais tenho enorme respeito e admiração, fica o meu eterno apreço.
Às colegas do curso de mestrado: Lucineide, Frida, Jóice, Fátima, Scheila e Aline, pela amizade, troca de experiências e pelas longas discussões sempre muito
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proveitosas, que nos fizeram crescer e amadurecer enquanto cidadãs e pessoas. Aos meus colegas e minhas colegas do CESNORS/UFSM e IFFAR/CAFW, espe-cialmente às amigas Terezinha, Elenise, Aline e Silvane pela enorme solidariedade e apoio durante a realização da pesquisa.
Aos meus pais e a todos os meus familiares, em especial a Ledi minha irmã, também economista, pelo sempre incentivo; à minha sogra; aos meus sobrinhos e às minhas lindas afilhadas pelos sorrisos que contagiam; ao companheirismo e afeto das amigas: Carla, minha prima; Taís, Marizete, Paula, Viviane e do amigo Adriano. Pessoas que acompanharam de perto essa minha trajetória. Agradeço também ao apoio e carinho de todas as minhas amigas e amigos, os quais pela bre-vidade não pude aqui listá-los um a um. Essas pessoas, todas especiais, fizeram-se importantes no decorrer desse caminho.
À Ivonete (Mana) e a Eliane, mulheres trabalhadoras, batalhadoras e confiá-veis que muito contribuíram com as atividades domésticas e do lar, proporcionan-do assim a minha disponibilidade para o desenvolvimento da pesquisa.
Ao querido Leonardo, meu companheiro intelectual e afetivo, pelo amor, ca-rinho e compreensão nesse momento de aparente abandono e solidão, quando a dedicação foi desviada à elaboração desta pesquisa.
Por fim, àquele que é o responsável pelo que há de mais sublime – a vida. Deus, lhe agradeço pela presença constante em minha vida.
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SuMáRIO
APRESENTAÇÃO . . . . 13 PREFÁCIO A hybris dO CAPITAl . . . . 17 INTROdUÇÃO . . . . 23 1O MUNdO dO TRABAlHO NO SÉCUlO XX: dO TAYlORISMO/
FORdISMO AOS MOdElOS dE PROdUÇÃO FlEXÍVEIS . . . . 29 1.1 O modelo de produção e trabalho perpetuado ao longo do século XX:
o auge e o declínio do taylorismo/fordismo . . . 30 1.2 A ascensão dos novos modelos de produção: o toyotismo e a organização flexível . . . 48
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NEOlIBERAlISMO, OS NOVOS MOdElOS dE PROdUÇÃO
FlEXÍVEIS E SEUS EFEITOS SOBRE O MUNdO dO TRABAlHO . . . . 63 2.1 O neoliberalismo e os modelos de produção flexíveis . . . 64 2.2 Os modelos de produção flexíveis e seus efeitos sobre o mundo do trabalho . . . .76 2.3 Continuidades e/ou rupturas nas formas de organização do trabalho e da produção? . . . 102
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O TRABAlHO NO BRASIl NO FINAl dO SÉCUlO XX: AS IMPlICAÇÕES dA REESTRUTURAÇÃO PROdUTIVA E dO
NEOlIBERAlISMO . . . . 115 3.1 A estrutura econômica e do trabalho no Brasil no século XX . . . .116 3.2 A dinâmica do trabalho e a reestruturação produtiva nos anos 1980 . . . .133
3.3 A ascensão do neoliberalismo e o avanço da reestruturação produtiva nos
anos 1990: efeitos e repercussões sobre o trabalho e o emprego . . . .151
3.4 Breves apontamentos sobre a primeira década do século XXI . . . 177
CONSIdERAÇÕES FINAIS . . . . 187
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APRESENTAÇÃO
Diorge Alceno Konrad1Na Formação Histórico-social do Brasil, por um lado, a luta dos trabalhadores por direitos tem uma sinuosa e dialética trajetória de avanços e retrocessos. Por outro lado, parte majoritária das classes dominantes e seus representantes, nas di-ferentes esferas de poder (executivo, legislativo e judiciário), reforçados pela ótica neoliberal e pelo exercício do poder econômico, continuam procurando limitar os direitos dos trabalhadores ou extingui-los. Estes, sequer conseguem reprodu-zir o discurso conciliatório de décadas atrás sobre a harmonia social. Fazem sua luta de classes aproveitando o refluxo dos movimentos sociais e sindicais. Ainda insistem acabar com a Era Vargas, não porque aquela foi uma época de doação
de direitos por parte do Estado e seu líder máximo, mas porque representou um período de conquistas históricas dos direitos dos trabalhadores.
Contudo, mais de 80 anos depois da criação do Ministério do Trabalho, da criação da Carteira de Trabalho e da Previdência Social, os trabalhadores con-tinuam defendendo seus direitos trabalhistas e previdenciários, (re)fazendo sua luta de classes. Para os trabalhadores, entre o adesismo acrítico a governos e o esquerdismo que pouco enxerga conquistas históricas, mesmo que limitadas, no âmbito do Estado burguês, continua a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, por ajustes salariais para diversas categorias, enfrentando o discurso das classes dominantes que teimam em colocar os reflexos das crises econômicas do Capital nas costas dos assalariados.
1 Professor Associado do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História
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O TrabalhO e suas TransfOrmações | um olhar sobre o brasil no final do século XX
No Brasil, propostas regressistas para o Trabalho, através de reformas sindicais e trabalhistas, ampliadas desde o Governo de Fernando Henrique e mantidas na pauta do governo de Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, através de óticas neoliberais, têm visado desregulamentar o mercado de trabalho e nivelar por baixo as suas regras. Ataques à legislação trabalhista e à Justiça do Trabalho, buscando relegar para fóruns privados a resolução dos conflitos trabalhistas, significam um recuo no plano jurídico e social da proteção do trabalho. Quanto mais desorgani-zados os trabalhadores, maior a intenção de suprimir os direitos sociais e trabalhis-tas. Neste sentido, apresenta-se a reforma sindical, antessala da reforma trabalhista.
Seja pela pressão do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Organização Mundial do Comércio (OMC) e do Banco Mundial, seja pelos projetos liberalizan-tes centrados no discurso do “Custo Brasil” feito pelo empresariado do setor pro-dutivo ligado orgânica e politicamente ao capital financeiro, o Capital tem bus-cado a pretensa “modernização” das relações entre Capital e Trabalho, em uma conjuntura de defensiva da luta dos trabalhadores.
Para dar conta de parte deste processo histórico, surge a instigante reflexão acadêmica de Márcia N. Cerdote Pedroso, através de sua criteriosa pesquisa de mestrado em desenvolvimento da UNIJUÍ, da qual tive a honra de fazer parte da banca de defesa, e que resulta agora neste livro “O trabalho e suas transformações: um olhar sobre o Brasil no final do século XX”.
Através de referências bibliográficas atualizadas e pertinentes ao tema, a re-estruturação produtiva do Capital, em sua fase neoliberal, é apresentada de forma aberta, desde o processo de transformação técnica do taylorismo/fordismo para o toyotismo, defendendo a hipótese de que a reestruturação produtiva implantada no Brasil nas últimas décadas, promovendo o crescimento de formas precárias de ocupação, tem desestruturado profundamente o mercado de trabalho e reforçado os seus níveis de desigualdades.
Dialogando com historiadores, economistas e sociólogos da estirpe de Leo-nardo da Rocha Botega, Francisco Carlos Teixeira da Silva, Perry Anderson, Eric Hobsbawm, Jacob Gorender, Caio Prado Júnior, Luiz Gonzaga Belluzzo, Argemi-ro Brum, João Manuel Cardoso de Mello, José Luís Fiori, Paul Singer, Márcio Po-chmann, Sérgio Lessa, Guido Mantega, Jorge Mattoso, Giovanni Alves, Ricardo Antunes, François Chesnais, David Harvey, Márcia de Paula Leite, István Mészá-ros, Francisco Oliveira, Richard Sennet, entre outMészá-ros, quem se aventurar pelas