festival indígena
da comunidade juruti
Jogos tradicionais, feira gastronômica,
apresentação
Esse é o dia em que o silêncio não existe. Risadas, gritos de ordem, incentivo e comemoração preenchem a manhã da comunidade de Juruti. As crianças acordam bem cedo para tomar banho nas águas do rio Negro, em seguida saem correndo, levantando poeira em todas as direções. Os adultos não tentam as controlar, deixam a felicidade infantil fluir solta, enquanto aproveitam o momento de descontração para colocar o papo em dia. O assunto é pescaria, caçaria, cuidado com a roça, construção de casas e, também, a pandemia que assola nosso país.
Com a chegada do COVID-19 as famílias indígenas rio negrinhas se uniram contra o vírus. Primeiro com isolamento social e remédios tradicionais para combater os sintomas. Depois com a imunização em massa de todas as comunidades, vitória das organizações indigenistas junto ao Estado. O impacto da pandemia no cotidiano do povo foi grande, pois a cultura indígena é sobre compartilhar todos os momentos. A realização dessas atividades significa comemorar a vida!
As barracas estão coloridas com frutas frescas, não é à toa que as feiras de comidas típicas sempre acontecem entre maio e junho, nesses meses as árvores frutíferas estão carregadas, é época de abundância. Os aromas das frutas se misturam com o vapor da kiyãpira, da mujeka, da tukupiakíra e do karurú com peixe, viajam até o nariz e a boca imediatamente responde, salivando pronta para devorar aquelas delícias.
Nada é tão digno de orgulho quanto os artesanatos, que calculados minimamente fazem surgir os mais belos grafismos. As formas geométricas revelam o talento do povo da Comunidade Juruti. Ser artista daquela qualidade é um dom quase genético, donos de mãos habilidosas e olhos treinados, são capazes de confeccionar qualquer objeto em poucas horas.
Quando o sol se recolhe no horizonte e as estrelas preparam o céu para a chegada da lua, os alunos e professores se tornam a atração principal, a feira sociocultural vai começar. Com a nova dinâmica da comunidade surgiram também novos centros educativos, que se unem nessa noite com um objetivo em comum: explicar as mudanças que ocorreram ao longo do tempo. Rapidamente entendemos que aquela noite é uma extensão dos antepassados e que a conexão com o mundo se dá no ato de preservar a cultura. Maracás se agitam anunciando o início das apresentações de dança e canto, mais belo show não há.
A energia desse momento vem do ajuri (trabalho coletivo), essa prática de reunir toda a comunidade é a característica ancestral indígena que requer mais preservação. Através dos encontros se acolhe o povo e se perpetuam as tradições. Após a dominação capitalista a dinâmica social se transformou. Os encontros, antes frequentes, passaram a acontecer apenas em datas ritualísticas especiais, como o Karimã e Dabukuri. O princípio de troca de alimentos, produtos, objetos e serviços, foram substituídos pelo comércio. Mas a cultura indígena é admirável em qualquer época, e acredite, é capaz de resistir a tudo.
Viva os povos indígenas! Viva as tradições!
objetivo geral:
Promover tradições indígenas através da gastronomia, da arte e da cultura social.
objetivos específicos:
1. Mostrar aos participantes a grandeza e importância da cultura dos povos do Rio Negro;
2. Aproximar as comunidades vizinhas e os centros educativos através da prática do ajuri;
3. Fomentar a comunidade através da venda de artesanato e pratos típicos;
4. Reforçar relações políticas com instituições que apoiam as causas indígenas.
O evento será divido em dois momentos principais: no primeiro dia a feira sociocultural e no segundo dia os jogos tradicionais. Pela manhã e no início da tarde, acontecerão os jogos tradicionais, com intuito de interação social e diversão. Ao final da tarde e início da noite, acontecerão as apresentações dos alunos, coordenados pelo professor responsável, que tem como objetivo explicar os fenômenos sociais que cercam a comunidade e reforçar a cultura através da dança e do canto originário.
Paralelo a realização dos jogos e das apresentações, ocorrerá a venda de artesanatos e pratos típicos da comunidade, com a finalidade de fomentar o comércio local.
**Por segurança o dinheiro (real) deverá ser trocado em uma barraca de câmbio, por cédulas desenvolvidas para o evento.
atividades realizadas
cronograma
Encontro de lideranças: na tarde do 17/06/2021 acontecerá a recepção e alojamento dos convidados que representam as entidades parceiras;
Jogos tradicionais: na tarde do dia 18/06/2021; Zarabatana; Arco e flecha; Canoagem; Natação; Mergulho. 1. 2. 3. 4. 5.
cronograma
·Feira sociocultural: noite do dia 18/06/2021;
·Feira gastronômica/Feira artística: Dia 18/06/2021;
Cronograma: Apresentação da Escola Indígena Yaputari Waá, Escola Indígena Napirikuri, Escola Indígena Miguel Magone, Escola Indígena Yapii e Escola Indígena Puruminare; manifestações culturais (cantos poesias);
Participantes:
1.Grupo 1 Comunidade Juruti; 2.Grupo 2 Comunidade Juruti; 3.Grupo Tabocal dos Pereira; 4.Grupo São Francisco;
5.Grupo São Gabriel Mirim; 6.Nova vida;