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O Desafio de Implantar Parques Tecnológicos: Delimitando o Framework de Implantação de um Parque Tecnológico

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Academic year: 2021

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O Desafio de Implantar Parques Tecnológicos: Delimitando o Framework

de Implantação de um Parque Tecnológico

Francisco Horácio Pereira de Oliveira1 Mariana de Oliveira Santos2 Resumo

O presente artigo tem o objetivo de sistematizar as principais questões do planejamento estratégico para a implantação de Parques Tecnológicos. O artigo irá definir os principais conceitos que são fundamentais para estruturar o planejamento desses empreendimentos e apresentar um framework de etapas que devem ser percorridas por qualquer projeto de implantação de Parques Tecnológicos. Dentre as dimensões discutidas, destacam-se: (i) o alinhamento das expectativas entre os agentes públicos e privados sobre os objetivos e metas de um Parque Tecnológico; (ii) a localização geográfica e os desafios da ocupação urbana e ambiental; (iii) a delimitação do foco de um parque tecnológico e consequentes estudos de demanda e oferta tecnológica; (iv) o arranjo institucional e de governança; e (v) a incorporação imobiliária dos parques. Assim, esse artigo abordará as principais dimensões do planejamento dos Parques Tecnológicos, além de apresentar o “framework de implantação”, como síntese dos temas discutidos.

Palavras-chave: parques tecnológicos, framework de implantação, planejamento estratégico

Abstract

This paper systematizes the main issues related to the strategic planning for the implementation of science parks. It defines the fundamental concepts to develop the strategic planning for the parks and also presents a general framework regarding the phases that any science park project will go through in order to start operating. Among the dimensions that are discussed, the following are highlighted: (i) the alignment of expectations between public and private agents, concerning the objectives and goals of a science park; (ii) geographic location and the urban and environmental challenges for the physical construction; (iii) the definition of sectoral focus of a science park and its related studies of technological demand and supply; (iv) the institutional arrangement and governance; and (v) the real state issues related to parks. This way, this article covers the main dimensions of the planning for science

1 Economista, Mestre e Doutor em Economia pelo CEDEPLAR/UFMG. Professor Adjunto do DECEG, Instituto de

Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Rua do Catete, 166, Centro, Mariana, MG, CEP: 35420-000. Telefone: (31) 3557-3835. E-mail: chico.horacio@gmail.com

2 Economista pela FACE/UFMG, Especialista em Contabilidade Governamental pela FACE/UFMG, Mestre em

Engenharia de Produção pela EE/UFMG. Gestora Executiva de Projetos do BH-TEC. Rua Professor José Vieira de Mendonça, nº 770, 4º andar, Bairro Engenheiro Nogueira, Belo Horizonte, MG, CEP: 31310-260. Telefone: (31) 3401-1002. E-mail: mariana@bhtec.org.br

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parks, and also presents a “implantation framework”, where the discussed themes are synthetized.

Key words: technology parks, implantation framework, strategic planning 1. Introdução

O fenômeno dos “Parques Tecnológicos” adquiriu múltiplos significados na última década do século XX e início do século XXI (CASTELLS, HALL, 1994), especialmente porque, no Brasil, deixou de ser uma expressão com significado meramente acadêmico para corporificar projetos e empreendimentos com a ousada proposta de modificar a realidade econômica de estados e municípios. Assim, ter um “projeto de Parque Tecnológico” começou a freqüentar as agendas de governantes, empresários, pesquisadores e reitores, todos vislumbrando o Parque Tecnológico como símbolo de um ambiente moderno e propício para empresas inovadoras (MONCK, 1990). Se por um lado esse fato permitiu um somatório de esforços e intenções em prol dos Parques, por outro surgiu um “caldeirão de expectativas” que algumas vezes não convergem e, em alguns momentos, dificultam o andamento dos projetos. Nesse contexto, é possível encontrar uma caracterização para os Parques Tecnológicos que consiga contemplar a expectativa de todos os agentes envolvidos? É possível estabelecer uma metodologia de implantação de Parques Tecnológicos que contemple etapas comuns a todos os projetos, apesar dos diferentes contextos regionais? A resposta desse artigo para essas duas perguntas é positiva, e o objetivo nas próximas páginas será o de sistematizar os principais passos do planejamento estratégico para a implantação de Parques Tecnológicos e apresentar um framework de etapas que devem ser percorridas por qualquer projeto de implantação de Parques Tecnológicos.

A metodologia adotada pode ser sintetizada em três etapas:

1- Definição a priori das principais dimensões que afetam o desenvolvimento e a implantação de parques tecnológicos. Os autores se basearam na sua experiência na gestão de ambientes de inovação e em seu background acadêmico para definir as principais dimensões que seriam tratadas;

2- Levantamento bibliográfico, a fim de garantir uma breve revisão de literatura e conceitual sobre os temas;

3- Resenha crítica e estruturação de framework. A análise crítica acerca dos principais

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ações importantes para a implantação de parques tecnológicos, resultando num

framework.

2. Parques Tecnológicos: objetivos e principais características

Existe uma extensa bibliografia que busca definir o conceito de Parques Tecnológicos (ANPROTEC, 2008; BATELLE, 2007; IASP, 2007; VEDOVELLO, JUDICE, MACULAN, 2006), e não é objetivo deste artigo formular uma nova definição, e tão pouco esgotar o que é tratado por essa literatura, mas existem duas características comuns a todas as definições e que merecem destaque por serem fundamentais para a elaboração dos planejamentos estratégicos de implantação dos parques tecnológicos. As duas características comuns são as seguintes:

1. Parques Tecnológicos são instituições híbridas, pois pretendem se constituir em espaços que abrigam simultaneamente empresas inovadoras, direcionadas para a maximização de lucros a partir de sua atuação nos mercados, e instituições de ciência e tecnologia que possuem missões relacionadas à educação e produção do conhecimento científico (MEDEIROS, 1997);

2. Parques Tecnológicos são empreendimentos imobiliários de impacto, com grandes repercussões nas malhas urbana e ambiental nas quais eles se inserem (HAUSER, 1997; BERMÚDEZ, SPOLIDORO, 1997).

Em geral, a característica mais conhecida e citada é o fato de que os Parques Tecnológicos objetivam abrigar empresas inovadoras, que se dedicam à introdução de novos produtos e processos nos mercados (MONCK, 1990). Assim, uma questão central é que os Parques Tecnológicos devem criar um ambiente de negócios, propício ao pleno desenvolvimento de todas as atividades inerentes à rotina empresarial. No entanto, um desafio muito complexo e delicado que se coloca para os projetos de Parques é o fato de que Instituições de Ciência e Tecnologia – ICTs – também são instituições típicas de Parques Tecnológicos, através da presença física de laboratórios, centros de pesquisa, ou com participação decisiva na gestão e governança dos projetos (ZOUAIN, PLONSKI, 2006). No entanto, a lógica de funcionamento das ICTs não pressupõe a realização de lucros. Assim, um problema fundamental é que essas instituições também encontrem um ambiente propício para suas atividades dentro dos Parques Tecnológicos.

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Esse contexto reforça o fato de que o Parque Tecnológico é uma interseção entre o ambiente empresarial e o ambiente acadêmico. São dois “mundos diferentes”, com culturas e hábitos diferentes que irão conviver no mesmo espaço. O desafio, portanto, é mais do que criar um espaço de convivência, mas essencialmente estabelecer um ambiente de

cooperação e integração (ETZKOWITZ, 1998; 2003).

Outra característica fundamental e inerente às definições de Parques Tecnológicos é que eles são intervenções que vão adensar o espaço urbano no qual irão se inserir (SPOLIDORO, 1998). Essa característica permite denominar os Parques como empreendimentos

imobiliários de alto impacto, não apenas porque os projetos são acompanhados de

edificações para as empresas, mas especialmente porque ao aumentar o fluxo de pessoas, existe uma série de impactos urbanos e ambientais que podem criar problemas para a infraestrutura já estabelecida. Nesse sentido, uma etapa crucial para a implantação dos Parques é a identificação dos impactos proporcionados pela construção de um empreendimento de impacto e quais são as medidas mais adequadas para mitigá-los.

3. A localização e os desafios da ocupação urbana e ambiental

As características relacionadas à escolha do terreno no qual será implantado o Parque Tecnológico possuem implicações importantes sobre o planejamento dos projetos. Como afirmado anteriormente, os parques são empreendimentos tipicamente urbanos, e destinar um terreno para a instalação de empresas, instituições de pesquisa, entre outras edificações, significa que a implantação de parques contribui para o processo de adensamento urbano das cidades (ZOUAIN, 2003). Em outras palavras, propor um espaço no qual aumentarão os fluxos de pessoas, veículos, mercadorias, significa que os Parques Tecnológicos possuem impactos sobre a infraestrutura urbana que permitem compará-los com empreendimentos imobiliários de alto impacto. Nesse sentido, torna-se fundamental que os projetos possuam uma dimensão de planejamento urbano capaz de medir esses impactos e propor medidas para mitigá-los, pois ao invés de contribuírem para o desenvolvimento econômico da região, a implantação de um parque tecnológico pode se transformar em um problema para a cidade se seu surgimento significar uma sobrecarga para a infraestrutura urbana municipal. Esse elemento costuma ser subestimado na fase de planejamento e, no entanto, as experiências mostram que esse é um dos pontos cruciais para o sucesso da implantação dos parques (COURSON, 1998).

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Outra questão conectada a essa é que a intensidade do fluxo de pesquisadores e alunos das ICTs é desejável para as empresas que habitam os parques, pois esse é um componente presencial da integração fundamental entre ciência e mercado. No entanto, é importante que essas pessoas encontrem nos parques tecnológicos espaços urbanos de convivência, pois as sinergias que ocorrem em ambientes informais – tais como cafeterias, restaurantes, áreas verdes – constitui-se em um elemento crucial para a criação das “redes de contato” e das relações de cooperação. Esse elemento sinérgico que ocorre “intramuros” em um Parque, mas “extramuros” das empresas, também possui uma dimensão física, uma demanda por espaços nos quais esses contatos possam se viabilizar e multiplicar. Novamente, o planejamento urbano é um componente essencial do planejamento dos parques, pois deve considerar em sua área esses espaços com a oferta de serviços urbanos tradicionais, mas que viabilizam uma parte do que o professor Castells (CASTELLS, HALL, 1994) denominou de “infraestrutura das cidades criativas”: locais onde os pesquisadores e empreendedores possam conviver além das regras e das formalidades das empresas e das universidades.

Assim, essas dimensões estão todas intrinsecamente conectadas à escolha do terreno. O planejamento urbano é fundamental, mas somente começa a partir das características locacionais e ambientais do terreno escolhido (ZOUAIN, 2003). Podem-se listar os desafios que se colocam quando essa escolha é feita:

• Medir e mitigar os impactos urbanos e ambientais decorrentes da implantação de um Parque Tecnológico que é caracterizado como um empreendimento urbano de alto impacto; • Planejar a ocupação urbana e distribuição dos empreendimentos dentro do terreno do Parque, a fim de prever a instalação de serviços urbanos tradicionais como restaurantes, livrarias, bares, para criar espaços públicos de convivência;

• Compatibilizar a incorporação urbana com a preservação ambiental, que é um desafio moderno colocado para a expansão de todas as cidades;

• Elaborar uma infraestrutura diferenciada que transforme a incorporação imobiliária do parque em uma intervenção urbana exemplar, especialmente no que diz respeito ao tratamento de efluentes sólidos e líquidos, edificações com aproveitamento máximo de energia solar e águas pluviais, entre outras intervenções com parâmetros construtivos modernos.

Em síntese, a construção da ponte entre ciência e mercado passa pela construção de um ambiente físico diferenciado, com intervenções construtivas exemplares e que possam

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conciliar ocupação urbana com preservação ambiental. Os Parques podem ser entendidos como “pequenas cidades”, ou “ilhas de excelência urbana” (ZOUAIN, 2003), nas quais os espaços de convivência públicos possuem uma função estratégica para as empresas inovadoras e para os pesquisadores das universidades, pois nesses espaços ocorre grande parte da integração interpessoal muito necessária à aproximação entre os mundos acadêmico e empresarial (FORMICA, TAYLOR, 1998).

Esses aspectos remetem a outra recomendação aos projetos de parques tecnológicos: a formação de equipes multidisciplinares. As experiências internacionais e nacionais (ANPROTEC, 2008; IASP, 2009) mostram que a presença de arquitetos e engenheiros – seja na equipe gestora do projeto ou como consultores – é fundamental para o sucesso no planejamento urbano dos espaços e na proposição de medidas mitigadoras aos impactos decorrentes da implantação dos parques. A complexidade desse processo de planejamento urbano não pode ser subestimada, pois, além dos motivos já descritos acima, todo empreendimento de impacto tem que se submeter a um rigoroso processo de licenciamento ambiental e regulação fundiária. Esses processos junto ao poder público municipal e estadual são necessários para a implantação dos Parques Tecnológicos e o êxito depende de um bom planejamento urbano, ambiental e dos cuidados citados acima. O documento que sintetiza esse planejamento recebe a denominação de Plano Diretor do Parque Tecnológico. Os planos diretores – planos de uso e ocupação do solo – são a expressão de todo o esforço de uma equipe multidisciplinar na tentativa de transformar um terreno em uma intervenção urbana exemplar. A formulação e aprovação desse Plano Diretor nos órgãos reguladores são um gargalo fundamental a ser superado, e que muitas vezes consome tempo e recursos exatamente por ser um aspecto subestimado no planejamento dos parques.

4. O arranjo institucional e a incorporação imobiliária 4.1 A governança dos Parques Tecnológicos

Além do aspecto do planejamento urbano, um elemento fundamental da implantação dos Parques Tecnológicos é o que pode ser denominado de arranjo institucional. Em outras palavras, um dos fatores de sucesso é a estrutura de governança, ou “arquitetura institucional”, que se estabelece para os Parques. Mas, qual seria a definição mais precisa desse termo? E por que é um aspecto importante?

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Nas experiências de implantação de Parques Tecnológicos no Brasil (VEDOVELLO, JUDICE, MACULAN, 2006) uma característica muito presente é que estes projetos são “multi-institucionais”. Apesar de existir uma instituição líder – que em geral é uma Universidade – já nas fases preliminares é muito comum a participação do poder público, tanto municipal como estadual (SUTZ, 2000), assim como associações empresariais e fundações públicas ou privadas. Essa característica traz consigo aspectos positivos relacionados ao fato de que, pela própria complexidade e escala dos projetos, os empreendimentos de Parques Tecnológicos possuem longos períodos de maturação, e quanto maior o número de instituições envolvidas mais diversificadas serão as fontes de financiamento. No entanto, essa característica traz um conjunto de interesses, e mais do que isso, uma diversidade de expectativas em relação à própria definição e resultados esperados de um Parque Tecnológico que nem sempre são convergentes (ZOUAIN, PLONSKI, 2006). Essa característica, em geral subestimada nas fases iniciais dos projetos de Parques Tecnológicos, pode se tornar um ponto de conflito futuro e um possível “ponto de estrangulamento” para o desenvolvimento dos projetos. Esse tema deve ser objeto constante de análise pelos gestores dos Parques Tecnológicos que precisam promover a convergência de expectativas desde o início, para que o planejamento estratégico não fique comprometido no futuro em função de assimetria de informação e disparidade de objetivos entre as instituições fundadoras.

No entanto, esse conjunto de interesses jamais deixará de existir, inclusive sendo natural a existência de diferenças constantes no estabelecimento de metas e na orientação das instituições sobre qual a melhor estratégia seguir. Ademais, as instituições trazem experiências de gestão muito distintas entre si, o que é por um lado enriquecedor, pois a instituição nascente pode se aproveitar de todos os aprendizados de suas fundadoras, mas também pode gerar indefinições, especialmente sobre a execução das atividades do projeto, o que aumenta o risco de ineficiência na fase de implantação de um Parque Tecnológico. Como resolver, ou pelo menos, minimizar esse problema?

A alternativa é “criar uma instituição nova”, no sentido de que o Parque Tecnológico deve se

constituir em uma personalidade jurídica autônoma e independente das suas instituições fundadoras. A independência das estruturas administrativas das fundadoras é condição

essencial para que o Parque Tecnológico possa se tornar uma experiência de “convergência de boas práticas de gestão”. Em outras palavras, a independência jurídico-administrativa cria a oportunidade de implementar o aprendizado advindo das diversas experiências institucionais.

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Se o Parque Tecnológico emerge replicando uma estrutura pré-existente, perde-se o espaço de “inovação institucional”.

É importante também que dentro da governança dessa nova instituição se crie um espaço decisório no qual as instituições fundadoras possam estar representadas com direito a voz e voto. Em outras palavras, uma das formas de acomodar os conflitos de interesse, que são inerentes ao processo, é permitir a existência de um “Conselho Deliberativo” no qual as instituições fundadoras possam discutir e definir os objetivos estratégicos do Parque Tecnológico. Além disso, é importante que existam “Diretorias” responsáveis pela execução desse planejamento com autonomia administrativa, e que possam trabalhar a partir das “melhores experiências de gestão das fundadoras”, sem estarem atreladas a estruturas já existentes. Independente do nome que se atribua às estruturas, o que se propõe é muito parecido com a governança de empresas S.A., nas quais existe um Conselho de Administração e um grupo de diretores responsáveis pela execução das metas. Como a instituição Parque Tecnológico não necessariamente possui fins lucrativos, a legislação brasileira apresenta outras personalidades jurídicas adequadas às características descritas acima, como as Associações de Direito Privado.

Assim, mesmo com essas duas características essenciais ao sucesso da governança de um Parque Tecnológico, esse arranjo institucional está continuamente “submetido à inovação”, não existindo uma arquitetura única e definitiva para ele (ZOUAIN, PLONSKI, 2006). O importante é conciliar a dimensão “multi-institucional” a que os projetos de Parque estão submetidos com agilidade nos processos de execução e implementação de ações, sem perder o caráter inovador que um Parque precisa ter inclusive na forma de organização interna do seu processo de trabalho.

4.2 A incorporação imobiliária dos Parques Tecnológicos

Essa dimensão de “incorporação imobiliária” é um componente fundamental do hardware dos projetos de Parques Tecnológicos. Nessa fase o termo “empreendimento” é o que melhor se aplica para caracterizar os desafios e obstáculos para a implantação de Parques Tecnológicos. Especificamente, se um projeto consegue urbanizar um terreno e criar uma instituição que se responsabilize por ele, a “angústia” que se cria nas instituições fundadoras e na sociedade

local é a seguinte: como vamos ocupar fisicamente nosso Parque Tecnológico? Em outras

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no Parque Tecnológico? Nos casos em que o terreno possui uma localização urbana privilegiada – quando, por exemplo, está inserido em uma malha urbana densa e consolidada – a “pressão social” pela rápida ocupação do terreno aumenta, pois uma característica das cidades grandes e médias é uma escassez de terrenos bem localizados. Ademais, as experiências de implantação dos Parques Tecnológicos liderados por instituições públicas mostram que essa também é uma fase difícil para as equipes gestoras, pois é o momento de incorporar novos profissionais e competências, relacionados às atividades de incorporação imobiliária, que estão disponíveis em instituições privadas. Assim, é uma fase que requer

expertise da equipe gestora em um processo muito específico do setor privado e com uma

dinâmica não trivial.

Além dessas características, o desafio central da incorporação é conciliar a existência de duas forças de mercado complementares, mas com objetivos antagônicos em relação ao valor da terra. Existe o investimento imobiliário que tem como objetivo edificar e maximizar o valor

dos aluguéis cobrados, pois seu retorno advém dessa remuneração. Entretanto existe o

investimento produtivo stricto sensu, e mais especificamente o investimento das empresas inovadoras, que tem como objetivo minimizar o valor dos aluguéis pagos, pois esse é um componente dos seus custos de operação. Esse é um problema típico da chamada “Teoria da Localização”, que pode ser enunciado da seguinte forma: qual será a localização dos investimentos produtivos diante de diferentes faixas de terra que estabelecem aluguéis diferenciados? Uma resposta para esse problema é de que os investimentos com maior retorno poderão ocupar as “terras mais privilegiadas”, uma vez que possuem capacidade de pagar aluguéis maiores. Então, uma análise “apressada” poderia concluir: “se essa é uma característica do sistema capitalista, deixemos o mercado livre para resolver o problema da incorporação imobiliária”. Mas, é exatamente nesse ponto que os projetos de Parques Tecnológicos devem ter alinhamento no seguinte objetivo: qual é o perfil das empresas que

desejamos atrair para nosso Parque Tecnológico? O Parque será destinado para empresas

já consolidadas no mercado, que realizam inovações e que possuem volume de produção e vendas significativo, e que, portanto, possuem capacidade financeira de pagar aluguéis elevados? O Parque será destinado para empresas inovadoras, mas pequenas, com volume de vendas não tão expressivo, característica presente na maioria das empresas nascentes de base tecnológica? Ou haverá uma composição, um “mix” entre empresas grandes, médias e pequenas? A resposta para essas perguntas é fundamental para estruturar um plano de incorporação ou uma “engenharia de incorporação imobiliária”.

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Caso o perfil das empresas a serem atraídas pelo Parque seja o de grandes empresas, e supondo que o terreno de fato seja bem localizado e com atrativos urbanos, a racionalidade do mercado imobiliário é capaz de viabilizar as edificações e a ocupação do Parque a partir das regulações já existentes na legislação municipal (supondo também que existam características econômicas para a atração dos investimentos produtivos para aquela cidade). Nesse caso o processo não demanda “inovações no modelo de incorporação”. Mas, caso o perfil das empresas a serem atraídas seja o de pequenas empresas de base tecnológica, ou uma composição entre grandes, médias e pequenas, a engenharia de incorporação tem que ser capaz de conciliar retornos atrativos tanto para os investimentos imobiliários como para os investimentos produtivos. Em outras palavras, é necessário compatibilizar o valor do aluguel com a capacidade de pagamento e as expectativas de lucro das empresas que se deseja atrair. Nessas situações, “inovações no modelo de incorporação” são necessárias, pois a racionalidade do mercado imobiliário, “deixada ao seu livre sabor”, funcionará como uma força de repulsão para as pequenas e médias empresas inovadoras. Uma alternativa interessante para viabilizar esse “mix de aluguéis” é compor a carteira de investimentos

com recursos públicos e privados, destinando edificações públicas para “condomínios de empresas nascentes de base tecnológica” que possuem menor capacidade de pagamento de aluguéis. Assim que elas aumentam sua escala de produção e vendas, ocorre uma

migração desses empreendimentos para a área privada, com aluguéis maiores, liberando espaço na área pública para que novas empresas nascentes tenham a oportunidade de se instalarem no Parque Tecnológico. A destinação dessa área construída com recursos públicos para firmas dessa natureza reforça a conexão e interação entre os Parques Tecnológicos e as Incubadoras/ Aceleradoras de empresas de base tecnológica (LAHORGUE, 2004; LALKAKA, BISHOP, 1996).

Outra questão importante a se considerar, é que uma parte do fluxo de rendas advindo do

aluguel ou cessão de uso da terra se constituirá em receitas para a sustentabilidade do Parque Tecnológico quando em operação. Assim, existe uma “pressão” sobre as equipes

gestoras nessa fase, para encontrar uma opção de incorporação que também viabilize financeiramente a “instituição Parque Tecnológico”. Os economistas utilizam uma expressão para caracterizar essas situações: trade-off. Se o objetivo é aumentar a participação da pequena e micro empresa, existe uma tendência à redução do fluxo de receitas dos aluguéis. Torna-se necessário também diversificar a fonte de receitas no “Plano de Negócios do Parque Tecnológico” (SANTOS, 2010). Definidos os principais desafios dessas fases – arranjo

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institucional e o plano de incorporação imobiliária – podemos expor e discutir o framework proposto de implantação dos Parques Tecnológicos.

5. Framework de implantação dos Parques Tecnológicos

Esse tópico pretende apresentar o framework com as etapas, ou fases, pelas quais os projetos de Parques Tecnológicos devem percorrer ao longo do seu período de implantação, que está sistematizado na figura a seguir:

Figura 1 – Framework de implantação dos Parques Tecnológicos

No framework (figura 1), a linha horizontal que divide a maior parte da figura em duas partes não é meramente ilustrativa, mas todas as etapas acima dessa linha são fundamentais para a implantação da estrutura física e urbana dos Parques, enquanto as etapas abaixo dessa linha são importantes para a constituição do software dos Parques – aspectos relacionados à gestão da inovação e interação universidade-empresa (CHEN, HUANG, 2004). Um Parque Tecnológico em operação é resultado da implantação eficiente desses dois “componentes”, ou duas dimensões.

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O framework começa com duas etapas importantes: “Workshop para diretrizes estratégicas” e “O Estudo de Oferta e Demanda Tecnológica”. A essência dessas duas fases é responder às seguintes questões: “onde estamos?” e “para onde vamos?”. Em outras palavras, o planejamento da implantação de um Parque Tecnológico deve iniciar com um diagnóstico dos dois agentes mais importantes em um processo de inovação – ICTs e empresas – e das conexões, ou relações, que esses agentes estabelecem (ou deixam de estabelecer) entre si (COLYVAS, CROW, et all, 2002) . O estudo de oferta e demanda tecnológica deve ser capaz de responder a pergunta “onde estamos?”, caracterizando as dimensões do sistema local de inovação sobre o qual o Parque Tecnológico pretende atuar como agente de integração entre universidade e empresas (FORMICA, TAYLOR, 1998). Esse estudo precisa apontar não apenas as competências científicas e tecnológicas das ICTs (oferta tecnológica) e as demandas das empresas de setores inovadores (demanda tecnológica), mas principalmente os pontos de estrangulamento que esses agentes enfrentam ao longo do sistema regional de inovação (ALBUQUERQUE, 1997).

O “Workshop para diretrizes estratégicas” é a fase na qual as instituições envolvidas no projeto do Parque Tecnológico irão alinhar suas expectativas em relação aos resultados do projeto. A relevância e as questões pertinentes para esse workshop devem buscar respostas para a pergunta “para onde vamos?”. Em outras palavras, o resultado esperado dessa fase é construir a visão do Parque Tecnológico pretendido pelas instituições e o planejamento estratégico para a implantação. Quais as principais características do Parque Tecnológico desejado? Existem expectativas divergentes? Se sim, como compatibilizá-las? Qual é o plano de ação e o cronograma de implantação? A importância dessa fase é subestimada em alguns momentos, por existir uma percepção errônea de que há um “consenso natural entre instituições que se relacionam com o processo de inovação”. No entanto, as experiências demonstram que expectativas divergentes são muito comuns e podem dificultar, e até mesmo sustar, o processo de implantação de Parques Tecnológicos.

As próximas etapas são a “Definição do Arranjo Institucional” e a “Definição do local de incorporação e planejamento urbano”, que inclui também a execução das obras de infraestrutura urbana necessárias para viabilizar a ocupação do terreno escolhido. Essas etapas são, na maioria das experiências, as fases que mais demandam tempo para serem definidas e consolidadas durante o processo de implantação dos Parques Tecnológicos. Não seria exagerado afirmar que essas etapas são um marco para a sobrevivência dos projetos, e aqueles que completam essas fases com êxito acabam se tornando empreendimentos irreversíveis. Isso ocorre porque os recursos humanos e financeiros disponibilizados pelas instituições

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fundadoras para viabilizarem a participação em uma “nova instituição”, e para executarem todas as obras de infraestrutura urbana são de um valor significativo e, portanto, justificam um esforço contínuo para que o Parque Tecnológico entre em operação (ZOUAIN, PLONSKI, 2006).

Como ressaltado anteriormente, o Parque Tecnológico aumenta o adensamento urbano e sobrecarrega a infraestrutura da cidade com novas demandas. Se ações mitigadoras desses impactos não forem planejadas e executadas ao longo da fase de implantação, o Parque pode se transformar em um problema para as cidades e causar “deseconomias de aglomeração” para as empresas que se instalem dentro ou próximas ao empreendimento (ZOUAIN, 2003). Outra questão importante é que o espaço físico dos Parques Tecnológicos deve ser diferenciado do ponto de vista arquitetônico e de “espaços de preservação ambiental” para estimular as relações de cooperação interfirmas e entre universidades e empresas. O ambiente deve ser propício “ao trabalho e às relações criativas”, característica essa indicada como primordial para o sucesso dos Parques Tecnológicos (CASTELLS, HALL, 1994). Essa expressão de amenidades urbanas que estimulem os “espaços criativos” começa com a formulação de um Plano Diretor, ou Plano de Uso e Ocupação do Solo, que contenha diretrizes e parâmetros construtivos para as futuras edificações (ZOUAIN, 2003), além de diretrizes para a distribuição dentro do Parque das empresas e serviços a partir da natureza de suas atividades e de possíveis afinidades setoriais. O sucesso dessa etapa também depende da formação e gestão de uma equipe multidisciplinar – com a presença de arquitetos, engenheiros, biólogos – a fim de transformar um empreendimento de alto impacto em uma intervenção urbana de excelência, que possa revitalizar o espaço urbano do seu entorno e da cidade.

Concluídas essas etapas o projeto aumenta suas probabilidades de sucesso ao longo da fase de implantação e, mais do que isso, já adquire um estágio de maturidade que lhe permite delimitar com mais precisão os “setores econômicos alvo” do Parque Tecnológico (BH-TEC, 2008). Assim, a próxima etapa é um “Estudo de Demanda” com empresas e ICTs que compõem ou se relacionam com esses setores alvo. Esse estudo de demanda, além de captar variáveis relacionadas à cadeia de inovação das empresas, deve ser mais específico, especialmente no que diz respeito às demandas dos empreendimentos por espaços físicos e

por serviços que devem ser ofertados pelo Parque Tecnológico. Essa especificidade deve

ser capaz de responder a questões como: qual é a demanda, em termos de área física (m2), para os espaços destinados à produção e pesquisa das empresas? Existem diferenças significativas entre setores? Qual o volume da produção e as necessidades logísticas

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relacionadas à comercialização? Que tipo de serviços as empresas gostariam de encontrar dentro do Parque Tecnológico?

Essas informações são fundamentais para o planejamento tanto do “Plano de Incorporação Imobiliária”, como para o “Plano de Serviços” do Parque Tecnológico. Um dos resultados esperados do estudo é esboçar o perfil do “produto imobiliário” – características das edificações – que deverá ser ofertado para satisfazer as necessidades das empresas, especialmente na fase de “Prospecção e Investimentos de Incorporação Imobiliária” (SANTOS, 2010). Para evitar a possibilidade de defasagem dessas informações, esse estudo de demanda deve ser realizado após as fases de planejamento urbano e arranjo institucional, que são etapas com um tempo de execução relativamente longo.

Na sequência do framework seguem as etapas de formatação do “Plano de engenharia imobiliária” e o planejamento dos “Serviços ofertados pelo Parque”. A etapa de planejamento dos serviços é uma das mais decisivas – juntamente com o planejamento urbano – na busca por uma “identidade para o projeto” que o diferencie das iniciativas já existentes. Isso porque os serviços não são apenas aqueles tradicionais – tais como escritórios de contabilidade, restaurantes, bancos – mas principalmente porque existem serviços direcionados para construir essa “ponte” entre universidade e empresas. Segundo os dados da IASP (2007; 2009) – Associação Internacional de Parques Tecnológicos – um dos principais serviços ofertados pela direção dos Parques no mundo é o networking, ou o estabelecimento das “redes” entre a ciência e o mercado. Assim como o “arranjo institucional”, a formatação dessas redes é um desafio “aberto à inovação”, e as instituições podem criar diversos formatos que melhor se adaptem a essa “gestão da integração universidade-empresa” (LÖFSTEN, LINDELÖF, 2002a; 2002b). Além disso, a oferta de serviços diferenciados pode se constituir também em importante fonte de receita para a sustentabilidade financeira dos Parques Tecnológicos.

Outro aspecto do framework é que as etapas “Prospecção de investimentos e incorporação imobiliária” e “Implantação dos Serviços” são fases nas quais a linha entre um Parque em implantação e operação é muito tênue. São etapas nas quais o resultado de sua execução é sinônimo de empreendimento em operação, e como elas não precisam estar 100% concluídas para caracterizar esse fato – a capacidade construtiva do terreno não precisa estar plenamente utilizada para que empresas comecem a operar dentro do Parque Tecnológico – há um espaço de interseção muito grande nessas etapas entre o que se classifica como empreendimento em implantação ou operação. O fato é que a incorporação imobiliária apenas acontecerá se a fase

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imediatamente anterior – “Plano de Incorporação Imobiliária” – consiga responder de maneira precisa aos desafios pontuados nos itens anteriores deste artigo (SANTOS, 2010).

6. Considerações Finais

Como explicitado em outros momentos, os projetos de Parques Tecnológicos são muito complexos, envolvem instituições com naturezas muito distintas e investimentos de escalas significativas. Além disso, o contexto local no qual os projetos estão inseridos também é determinante, pois existem dimensões políticas e sociais que são típicas de determinadas cidades e dificilmente podem ser replicadas para outros contextos. Essa diversidade pode ser utilizada pelos projetos para apresentar “soluções criativas” aos problemas enfrentados e, nesse sentido, os resultados finais – Parques Tecnológicos em operação – também serão distintos e heterogêneos entre si.

No entanto, acredita-se que o framework apresentado consegue extrair dessa diversidade

de experiências as etapas essenciais para a implantação de qualquer projeto de Parque Tecnológico e, mais do que isso, que o framework sistematiza os desafios que são comuns às

iniciativas de Parques Tecnológicos. A hipótese que esteve presente ao longo de todo o artigo – corroborada pelas experiências nacionais e internacionais (ANPROTEC, 2008; BATELLE, 2007; FORMICA, TAYLOR, 1998; IASP, 2007; 2009; LÖFSTEN, LINDELÖF, 2002b) – é que os desafios para a implantação possuem um elevado grau de similaridade, especialmente pelo fato de que são empreendimentos tipicamente urbanos e cuja dimensão física possui repercussões não apenas para as empresas, mas também no “tecido urbano social”, o que amplia o escopo de pessoas diretamente afetadas pela implantação de um Parque Tecnológico. Além disso, a dimensão do software dos Parques Tecnológicos também ultrapassa os limites físicos e geográficos do empreendimento. A criação de “redes de cooperação” para aproximar o mundo acadêmico do mundo empresarial é um desafio característico dos Parques Tecnológicos (LÖFSTEN, LINDELÖF, 2002a; 2002b) e, certamente, o êxito nessa etapa traz uma agregação de valor significativo para as empresas e benefícios para o desenvolvimento econômico das cidades, estados e países.

Independente das “soluções inovadoras” criadas por cada projeto é fundamental que na fase inicial seja feito um planejamento estratégico que identifique com precisão os desafios, os “pontos de estrangulamento” do processo, e, por conseguinte as etapas que devem ser percorridas para se obter êxito ao final. Essa série “O Desafio de Implantar Parques Tecnológicos” teve o objetivo de apresentar uma estruturação do planejamento

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estratégico dos Parques Tecnológicos e, com isso, contribuir para aumentar as chances de

sucesso dos diversos empreendimentos que estão em fase de implantação no Brasil. Os Parques Tecnológicos são instituições fundamentais para os sistemas nacionais de inovação dos países desenvolvidos e, certamente, também serão muito importantes para transformar nosso sistema de inovação e dinamizar nosso caminho em direção a uma realidade diferente, na qual possamos erradicar as diversas mazelas sociais que ainda possuímos e que não nos permitem classificar o Brasil como um país próspero e capaz de transbordar suas inúmeras potencialidades para o mundo.

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