• Nenhum resultado encontrado

Araceli S. Mello - A Verdade Sôbre As Profecias Do Apocalipse.pdf

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Araceli S. Mello - A Verdade Sôbre As Profecias Do Apocalipse.pdf"

Copied!
607
0
0

Texto

(1)

A V E R D A D E S O B R E A S

PROFECIAS

DO

APOCALIPSE

S Ã O P A U L O

1 9 5 9

(2)
(3)
(4)
(5)

AO LEITOR ... 7 PREFÁCIO ... 9 INTRODUÇÃO ... 15 CAPÍTULO I ... 23 CAPÍTULO II ... 47 CAPÍTULO III ... 89 CAPÍTULO IV ... 119 CAPÍTULO V ... 129 CAPÍTULO VI ... 141 CAPÍTULO VII ... 173 CAPÍTULO VIII ... 187 CAPÍTULO IX ... 217 CAPÍTULO X ... 251 CAPÍTULO XI ... 271 CAPÍTULO XII ... 299 CAPÍTULO XIII ... 335 CAPÍTULO XIV ... 405 CAPÍTULO XV ... 457 CAPÍTULO XVI ... 465 CAPÍTULO XVII ... 491 CAPÍTULO XVIII ... 507 CAPÍTULO XIX ... 521 CAPÍTULO XX ... 533 CAPÍTULO XXI ... 553 CAPÍTULO XXII ... 563 APÊNDICE ... 573

ÍNDICE DOS TEXTOS BÍBLICOS ... 589

(6)

Gostaria muito que você soubesse ...

Há muitos anos atrás colocaram em minhas mãos uma cópia do livro “Testemunhos Históricos das Profecias de Daniel” do Pastor Araceli S. Mello. Lendo o livro, fiquei impressionado com a apresentação das profecias da Bíblia Sagrada e os argumentos históricos que demonstravam com precisão o seu cumprimento.

Como resultado, recebi a salvação que há unicamente nos méritos de Jesus Cristo, aceitando-O como meu Salvador pessoal. Fui batizado e me tornei membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, na cidade de Sorocaba, São Paulo, no ano de 1.994.

Como membro ativo desta igreja tive o privilégio de levar pessoas aos pés de Cristo através de estudos bíblicos e testemunho pessoal.

Nos últimos anos escrevi um curso bíblico sobre as histórias e profecias de Daniel. Este curso teve uma boa aceitação no meio adventista e muitos conheceram a verdade através dele.

Um pensamento sempre me preocupou: Deus me concedeu luz através de uma cópia do livro do Pastor Araceli S. Mello, porém, nunca tive em mãos um exemplar do mesmo, pois trata-se de um livro raro e esgotado. Quem emprestou o livro, havia tirado uma cópia de uma cópia de uma cópia de uma cópia ... e faltavam páginas, alguns textos estavam incompletos e com referências apagadas. Como poderia colocar o conhecimento deste livro nas mãos de outras pessoas?

Diante desta pergunta, fui tocado por Deus para organizar todo o material que tinha e com a ajuda dos amigos Hugo, Lindinalva, Lucas e Claúdia, consegui completar as partes que faltavam e assim fiz uma versão digital do livro.

No ano de 2.012 concluí a versão digital completa do livro “Testemunhos

Históricos das Profecias de Daniel” do Pastor Araceli S. Mello, que você poderá

encontrar em sites de compartilhamento na internet.

No ano de 2.015 aceitei mais um desafio, criar uma versão digital do livro “A

Verdade Sôbre As Profecias Do Apocalipse” do Pastor Araceli S. Mello, livro

também raro e esgotado. Resultado: é justamente o livro você está lendo agora.

Que Deus o abençoe na leitura deste livro. Que você sinta o Espírito de Deus impressionando a sua mente com as verdades que terá acesso ao ler estas páginas. É a minha sincera oração por você, amigo que hoje não o conheço, mas que um dia será apresentado para mim pelo Nosso Senhor Jesus Cristo na Eternidade.

Fábio “Testemunhos Históricos das Profecias de Daniel”

Autor: Araceli S. Mello

Edição Impressa: 1.968 - Versão Digital: 2.012

“A Verdade Sôbre As Profecias Do Apocalipse” Autor: Araceli S. Mello

(7)

Desde que conheci o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, o livro do Apocalipse interessou-me particularmente. Tive de pronto o ardente anelo de desbravar-lhe o conteúdo e conhecer o seu simbolismo. Mas, foi somente em 1932, quando me dediquei ao acurado estudo do Apocalipse, que se descerrou diante de mim o véu que me vedava a verdade sôbre os emblemas proféticos de tão sublime livro. Em, 1937, decidi escrever uma dissertação especial sôbre as suas grandes profecias. Desde então, dediquei-me, com diligência, a pesquisar tôda fonte de história universal de vulto, sôbre o cumprimento inolvidável de suas várias cadeias de simbólicas profecias. Maravilhei-me sobremaneira ao observar que o historiador, sem nenhuma ligação com o livro do Apocalipse, pudesse comprovar, com fatos históricos inexoráveis, a exatidão dêste livro profético mesmo em seus mais diminutos detalhes. E, agora, após vários anos de ingente labor, sinto-me feliz em poder entregar ao público êste comentário, na esperança de que possa satisfazer ao mais exigente pesquisador das profecias e tornar-se um dos meios eficazes de conduzir os homens pelo caminho da justiça e do bem.

Ao interpretar as profecias do Apocalipse, como o fiz, não empreguei idéias ou métodos humanos. Se assim o tivesse feito, não teria sido leal à revelação e ao Revelador, pois “nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação”. Não seria prudente empregar moldes humanos ao apreciar a revelação de Deus. Ao empreender e concluir a interpretação, fi-lo consciente de ter seguido o verdadeiro rumo e de em ponto algum me ter orientado por meu próprio conceito ou pelo de qualquer outro ser humano. Se houvesse dado às profecias do Apocalipse outro caráter interpretativo, teria sido desleal à verdadeira lógica de interpretação e ao próprio testemunho da história, e incorreria infalivelmente no desagrado do Autor do maravilhoso livro.

Se porventura o leitor duvidar da interpretação de uma determinada profecia ou de uma inteira cadeia profética das várias que o livro contém ou mesmo discordar de tôda a interpretação que dei ao livro do Apocalipse, aconselho-o a não tomar uma medida repulsiva em definitivo, mas a considerar com sabedoria a interpretação dada, comparar o testemunho da história citado e examinar acuradamente o seu ponto de vista oponente para certificar-se se êle se harmoniza ou não com a profecia e com seu comprovante histórico. Outrossim,

(8)

peço que me envie algumas linhas, expondo a sua dificuldade em concordar com esta ou aquela explanação; pois terei inteira satisfação em ajudá-lo a remover qualquer dúvida e, com o auxílio de Deus, fazê-lo entender a inspiração. Se isto fôr seguido com ausência de preconceito e ceticismo, o leitor demonstrará aprêço ao meu esfôrço, e, estou certo, terminará colocando-se ao lado da interpretação sensata e histórica do Apocalipse como apresentada nesta dissertação.

Findando estas minhas breves palavras, imploro ao Criador e Autor da Revelação que derrame Suas copiosas bênçãos sôbre todos quantos lerem êste livro, e que os ilumine ao examinarem-no, para que dêle possam fruir o máximo para a vida espiritual cotidiana e nêle encontrar a senda real que conduz a um futuro glorioso e a uma eternidade feliz.

(9)

INTRODUÇÃO AO APOCALIPSE

O Apocalipse é a obra prima das revelações proféticas das Sagradas Escrituras, a culminância da divina inspiração e a história simbólica da dispensação cristã.

De todos os livros da Bíblia nenhum outro é tão solenemente introduzido; nenhum outro estampa inicialmente e tão visivelmente a sua origem divina; nenhum outro começa com uma tão graciosa e definida promessa de bênçãos para o que o lê, para os que o ouvem e para os que cumprem as coisas que nêle estão escritas. E, ao encerrar-se a sua mensagem, adverte o seu Autor que se não tire dêle nem nêle se acrescente coisa alguma, sob pena de castigo fatal. E’ portanto um livro da mais alta importância, não obstante ser considerado por muitos como supérfluo. À vista de seu Autor, porém, êste livro é da mais alta valia.

O futuro do mundo acha-se amplamente delineado no Apocalipse. Todos os problemas mundiais, diante dos quais se desespera o homem, encontram nêle a sua solução. O desfêcho do drama dos séculos — entre a verdade e o êrro, entre a luz e as trevas, entre o bem e o mal — está plenamente assentado neste grande livro. Suas profecias são o calendário da providência pelo qual entendemos estar a civilização vivendo seus derradeiros dias e o império do mal exalando seus últimos alentos. Vemos, pois, no Apocalipse, a consumação do plano de Deus de restauração do mundo, o climax das relações de Deus com o homem caído em pecado e o cumprimento de tôdas as promessas do evangelho.

O QUE HÁ DE MAIS SUBLIME NO APOCALIPSE

O Velho Testamento revela Cristo em profecias definidas; os quatro evangelhos O revelam em Sua vida terrena, Seu ministério, sofrimentos, morte, ressurreição e ascenção; os Atos dos Apóstolos e as Epístolas revelam os triunfos da igreja sob o ministério de Seu Espírito; e o Apocalipse encerra um panorama de Sua glória, da concretização de Sua vitória sôbre os Seus inimigos e da Sua entronização no trono do mundo como soberano absoluto. Assim o livro é para o cristão um estímulo de fé, um tônico nas provas da vida e uma segurança da salvação em Jesus Cristo. Ao estudarem-no os

(10)

crentes, nêle divisarão temas impressionantes e emocionais, cenas de grandezas incomparáveis capazes de satisfazer a mente mais indagadora e exigente. Enfim, abrem-se diante deles os portais de um maravilhoso futuro de glórias inenarráveis e imperecíveis.

NÃO HÁ MISTÉRIOS NO APOCALIPSE

Alguns há que, sem muito ou nenhum conhecimento do Apocalipse, julgam ser êle um livro insondável, um código impenetrável e que só talvez num futuro remoto possa ser entendido por algum gênio. O título do livro, porém, refuta categoricamente estas pretensões. O termo APOCALIPSE, vem de dois vocábulos gregos: APO — ocultar — e CALIPSE — descobrir. No Novo Testamento encontra-se dezoito vêzes a palavra Apocalipse, sendo assim traduzida: Aparecimento, uma vez; vinda, uma vez; manifestação, uma vez; iluminar, uma vez; revelado, duas vêzes; e revelação, doze vêzes. Vemos que em nenhum caso a palavra foi traduzida por ocultar, mistério, insondável, etc.; mas sempre denotando alguma coisa tornada clara. Ficam assim refutadas as idéias de que sua mensagem é insondável ou incompreensível.

Há, naturalmente, uma razão por que os homens em geral não entendem o livro do Apocalipse. O primeiro versículo do livro declara que sua mensagem é enviada aos servos de Deus, para mostrar-Ihes “as coisas que brevemente devem acontecer”. Nisto vemos que só os que servem a Deus, em verdade, poderão entender o conteúdo do Apocalipse. Para êles é que foi enviada a sua revelação. Assim, a razão por que os demais homens não podem entender o livro e o consideram um mistério, é simplesmente porque não servem a Deus, e, por conseguinte, a sua mensagem a êles não se destina. Quando se converterem a Deus e O servirem, então a mensagem do grande livro será também para êles, e a entenderão seguramente. Deus e Seu Filho jamais enviariam a Seus servos uma mensagem incompreensível; e, se o fizessem, de nada adiantaria.

PORQUE FOI O APOCALIPSE ESCRITO EM SÍMBOLOS

Perguntará alguém: Se o Apocalipse se destina à igreja de Deus, por que não foi escrito ou revelado em linguagem comum? Não seria mais fácil os servos de Deus o entenderem e todos os que o quisessem estudar? Em primeiro lugar respondemos que o motivo por que o Apocalipse foi revelado e escrito em símbolos, funda-se no fato de que o tempo em que êle foi dado à igreja cristã era desfavorável ao cristianismo. O imperador romano, Domiciano, tencionava exterminar o cristianismo e as Escrituras Sagradas. Além disso o livro do Apocalipse falava, como ainda fala, contra o império romano. Se êle fôsse escrito em linguagem corrente e comum, os romanos o

(11)

destruiriam seguramente por falar contra êles. Também o Apocalipse fala contra três grandes corporações religiosas existentes no mundo hoje. Estas, por certo, o destruiriam se êle falasse em linguagem clara. E também o livro fala contra o Anti-Cristo, e êste infalivelmente o desfaria se pudesse entendê-lo. Assim os inimigos de Deus e da verdade lêem no Apocalipse mensagens contra êles e não as entendem; deixam então o livro em paz e dizem que êle é um mistério impenetrável. Esta foi a razão por que Cristo falou em parábolas quando dirigia a palavra diretamente a Seus adversários.1) — Eis, pois, as razões do simbolismo do livro do

Apocalipse e de não ser êle escrito em linguagem vernácula. O LIVRO DO APOCALIPSE E O LIVRO DE DANIEL

Excepcional harmonia existe entre os livros de Apocalipse e Daniel. Há um íntimo achêgo entre êstes dois livros proféticos. “As coisas reveladas a Daniel foram posteriormente completadas pela revelação feita a João na ilha de Patmos. Êstes dois livros devem ser cuidadosamente estudados. O livro de Daniel está desvendado na revelação de João e conduz-nos às últimas cenas da história da terra. Quando os livros de Daniel e Apocalipse forem mais bem entendidos, os crentes terão uma experiência religiosa inteiramente diferente. A êles será dado tal vislumbre das portas abertas do céu que coração e mente serão impressionados com o caráter que todos devem desenvolver a fim de realizar-se a bem-aventurança que deve ser a recompensa do puro de coração. O Espírito de Deus tem iluminado cada página da Escritura Sagrada, mas há muitos que não se impressionam, por ser imperfeitamente entendida. Quando o abalo vem, pela introdução de falsas teorias, êstes leitores superficiais, em nenhuma parte ancorados, são semelhantes à areia movediça. Afastam-se de sua posição e abraçam seus sentimentos de amargor... Daniel e Apocalipse devem ser estudados, tão bem como as outras profecias do Velho e Novo Testamentos. Fazem com que haja luz, sim, luz, em nossas habitações. Para isto necessitamos orar. O Espírito Santo, brilhando sôbre a página sagrada, abrirá o nosso entendimento, para que possamos conhecer o que é a verdade. No passado pregadores têm declarado serem Daniel e Apocalipse livros selados, e o povo os abandonaram. O véu, cujo aparente mistério foi impedido de ser levantado, pela mão do próprio Deus, foi também afastado, destas porções de Sua palavra”.2)

“Os perigos dos últimos dias estão sôbre nós, e devemos vigiar e orar, estudar e atender às lições que nos são dadas nos livros de Daniel e Apocalipse”.3) “No Apocalipse todos os livros da

Bíblia se encontram e se findam. Eis aqui o complemento do livro de Daniel. Um é uma profecia; o outro uma revelação. O livro que está selado não é o Apocalipse, mas aquela porção da profecia de Daniel

(12)

que se refere aos últimos dias. O anjo ordenou: ‘tu, porém, ó Daniel, fecha estas palavras, e sela o livro até ao tempo do fim’”1) “Se as visões de

Daniel fôssem entendidas, o povo podia ter entendido melhor as visões de João. No verdadeiro tempo, porém, Deus moveu seus servos escolhidos, que, com evidência e no poder do Espírito Santo, abriram as profecias e mostraram a harmonia das visões de Daniel e João e outra porções da Bíblia”.2)

Assim como o Velho Testamento é a porta de entrada para o Novo, o livro de Daniel é, sem contestação, o pórtico ou principal passagem condutora ao livro do Apocalipse.

Isaac Newton, em “Observações sôbre as Profecias de Daniel e o Apocalipse de São João”, diz: “O Apocalipse de São João é escrito no mesmo estilo e linguagem das profecias de Daniel, e tem a mesma relação para elas que êles têm um para o outro, de sorte que o todo dêles junto faz somente uma profecia completa”.3)

Uma aproximação verdadeira ou visível, paralela, existe entre o livro de Daniel e o Apocalipse. Se ambos os seus autores tivessem vivido no mesmo tempo, dir-se-ia, com razão, ter havido entre êles prévio acôrdo ao escreverem suas composições. Entretanto, apesar de jamais se conhecerem e ter mediado entre êles um período de mais de meio milênio de separação, pode ser dito, sem nenhum engano, que suas obras são acentuado complemento uma da outra. De princípio a fim, opressões políticas e religiosas e grandes profecias compreendem os temas destas duas sagradas dissertações, em lances simbólicos irrecusàvelmente admiráveis. Nelas, ainda, e bem no início, apresentam-se os dois autores sacros fruindo em cativeiro o cruciante amargor de tais opressões.

E’ notável encontrar essa franqueza nos relatos de Daniel e do Apocalipse. Ambos os livros apresentam aos seus leitores interessados:

1. Seus autores em pleno exílio, recepcionando por divina inspiração o conteúdo de suas obras.

2. Delineações sôbre o andamento futuro de governos temporais, eclesiásticos e eclesiástico-temporais, por entre os séculos futuros.

3. Duas Babilônias, uma natural e capital do mundo antigo, nas paragens da Mesopotâmia, às margens do caudaloso Eufrates, e outra universal e espiritual existente.

4. O juízo divino investigativo em solene andamento no templo de Deus, no céu dos céus, onde cada indivíduo infalivelmente comparecerá.

5. O ódio de guerras devotadas ao povo de Deus por governos civis e eclesiásticos em tôda a história da civilização, mormente nos obscuros séculos medievais.

6. Um personagem eclesiástico a proferir arrogantes palavras de blasfêmias contra Deus, Seu nome, Seu templo e habitantes do céu.

(13)

7. A intervenção divina sôbre os escombros da arruinada e presente civilização, para fundar em suas ruínas um eterno e teocrático reino de paz e amor infinitos.

8. Descrição das evidências circunstanciais reinantes no tempo exato em que Jesus Cristo nas nuvens dos céus aparecerá aos olhos do mundo, com poder e grande glória, para pôr fim a tôda angústia e aflição que na terra flagelam.

9. Como personagens de suas grandes e maravilhosas galerias profético-simbólicas, a Deus, a Cristo, ao Espírito Santo, aos santos anjos, ao homem e ao próprio Satanás e seus anjos maléficos como inspiradores de tôda a contenda terrena.

10. Íntima relação especial entre as revelações dos capítulos dois e sete de Daniel e doze, treze e desessete do Apocalipse.

A palavra de Deus, ou seja a Bíblia, as Escrituras Sagradas, é o único livro profético que no mundo, desde tempos distantes, tem sido conhecido. Suas mais importantes profecias, que se concentram nos livros de Daniel e Apocalipse, têm resistido às mais cerradas hostilidades que contra ela a incredulidade, a infidelidade, e, incrivelmente, até avultado número de professos e pretensos cristãos, levam continuamente a efeito.

“Ora o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.1) Com estas tão simples palavras de São

Paulo, apóstolo, tornam-se claros os devidos e legítimos porquês dos ataques que as classes acima mencionadas mantêm contra a Palavra de Deus, mormente para com a parte que diz respeito às profecias dêstes dois livros citados. A guerra sem pejo declarada contra as revelações destas duas obras, mostra o valor inestimável do conteúdo delas. Ante tôda a fuzilaria de seus gratuitos adversários, mantêm-se à altura devida, dando como sempre e constantemente, um irrepreensível testemunho da verdade através de séculos e milênios, e revelando autêntica documentação quanto ao futuro, comprovada no curso da história dos povos com segura infalibilidade.

O PANORAMA DO APOCALIPSE

A grande maioria das profecias do Apocalipse encontraram seu cumprimento no passado; algumas estão em pleno cumprimento no presente; outras serão cumpridas num breve futuro; e poucas restantes cumprir-se-ão no reino de Deus. O panorama profético cronológico do Apocalipse apresenta-se como se segue:

I. PROFECIAS SÔBRE A IGREJA DE DEUS NA TERRA: 1. Introdução — Cap. 1.

(14)

3. Visão das sete igrejas — Caps. 2, 3. 4. Visão dos sete selos — Caps. 4-6.

5. A Reforma do Século XVI — Cap. 12:16.

6. O despertamento religioso mundial do século XIX — Caps. 10:1-10; 14:6-8.

7. O povo e a mensagem do advento — Caps. 7:1-3; 10:11; 11:1-2; 12:17; 14:6-14; 18:1-4.

II. PROFECIAS SÔBRE OS OPONENTES DE DEUS E DE SEU POVO:

1. Roma e as nações modernas cuja queda é anunciada nas sete trombetas — Caps. 8; 9; 11:15.

2. O Papado, principalmente na Idade Média e no futuro. Caps. 13; 12; 11:3-6.

3. A revolução francesa inimiga da Bíblia — Cap. 11.

4. O protestantismo norte-americano na profecia — Cap. 13:11-18,

5. A grande Babilônia — Caps. 14:8; 18:1-4; 17; 16:13. III. PROFECIAS FINAIS DO APOCALIPSE: 1. O têrmo da divina graça — Cap. 15:8.

2. As sete pragas futuras — Cap. 16.

3. A segunda vinda de Cristo — Caps. 14:14-20; 19:11-21. 4. A queda de Babilônia — Caps. 18; 19.

5. O milênio da profecia — Cap. 20. 6. O juízo final — Cap. 20.

7. Novo céu e nova terra — Gap. 21:1. 8. A nova Jerusalém — Cap. 21-22.

9. Os santos na glória — Caps. 7:9-17; 14:1-5; 15:2-4.

Daniel escreveu o seu livro durante o cativeiro, em Babilônia, ao passo que S. João, segundo o testemunho de Irineu (175-200), escreveu o Apocalipse na ilha de Patmos, no fim do reinado de Domiciano, no ano 94.

(15)

Em todos os séculos da história teve Deus os Seus verdadeiros representantes entre os homens. Em nome do Todo-Poderoso conservaram eles bem alto o estandarte da sã verdade e testificaram, corajosamente, do direito divino. Alguns dêstes baluartes da justiça destacaram-se mais do que outros, em face da época em que foram despertados por Deus para desempenharem uma função saliente. Nos relatórios que dizem respeito à aurora do mundo lemos especialmente de Enoque, contemporâneo de Adão, a erguer a sua voz em clamor contra a impiedade e a anunciar o juízo vindouro sôbre tôda a má obra. Mais tarde levanta-se Noé, outro destemido embaixador de Deus, “pregoeiro da justiça”, anunciando uma mensagem decisiva contra a crescente onda da maldade humana, precursora dum dilúvio de águas. Abraão, o “amigo de Deus”, é o vulto mais proeminente da escala das testemunhas de Deus, depois do dilúvio até Cristo. Seus imediatos descendentes, Isaac e Jacó, seguiram-no destemidamente, fazendo refulgir com firmeza a divina luz da justiça celestial diante duma civilização desequilibrada. José, no Egito, e Daniel, em Babilônia, foram outros brilhantes porta-estandartes da verdade de Deus. A história do Velho Testamento está repleta de outros dignos mensageiros do Altíssimo, que, com denodado zêlo e rara devoção, desempenharam o papel que lhes coube no divino plano de Deus.

Também a história do Novo Testamento está ornada de eminentes homens, embora humildes e simples, que, como os da antiga dispensação, levantaram destemerosamente a voz para testemunhar do Criador e de Seu Filho Jesus Cristo. Tão eloqüente foi o testemunho que deram, que por êle preferiram antes morrer que alterá-lo.

JOÃO, O AMADO DISCÍPULO

Um dos mais notáveis e destacados luminares que brilharam na era apostólica em exaltação de Deus e do Salvador, foi S. João, o cognominado — discípulo amado.1) Seu pai era humilde pescador do mar

da Galiléia; e, sua mãe Salomé, parece ter sido íntima de Maria, mãe de Jesus.

João foi um dos primeiros apóstolos a serem atraídos pelo humilde Nazareno.2) “Sôbre todos os seus companheiros, João, o

(16)

“A devoção abnegada e o amor confiado manifestados na vida e no caráter de João, apresentam lições de incalculável valor para a igreja cristã. João não possuía por natureza a beleza de caráter que revelou em sua experiência posterior. Tinha defeitos graves. Não somente era orgulhoso, pretencioso e ambicioso de honra, senão também impetuoso, ressentindo-se pela injustiça. Êle e ressentindo-seu irmão foram chamados ‘filhos do trovão’. Mau gênio, desejo de vingança, espírito de crítica, tudo se encontrava no discípulo amado. Porém, sob tudo isso o Mestre divino discernia um coração ardente, sincero e amante. Jesus repreendeu seu egoísmo, frustrou suas ambições, provou sua fé, e revelou-lhe aquilo pelo qual sua alma suspirava, a formosura da santidade, o poder transformador do amor”.1) “Ao afeto do Salvador correspondeu o amado discípulo com tôda a

fôrça de uma ardente devoção. João se apoiou em Cristo como a videira se sustém sôbre uma majestosa coluna”.2)

“À profundeza e fervor do afeto de João para com seu Mestre não era a causa do amor de Cristo para com êle, senão o efeito dêsse amor. João desejava chegar a ser semelhante a Jesus, e sob a influência transformadora do amor de Cristo, chegou a ser manso e humilde. O seu eu estava escondido em Jesus. Sôbre todos os seus companheiros, João se entregou ao poder dessa maravilhosa vida. Disse: ‘A vida foi manifestada, e nós a vimos’:3) ‘E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça

por graça’.4) João conheceu ao Salvador por experiência própria. As lições

de seu Mestre se gravaram sôbre sua alma. Quando êle testemunhava da graça do Salvador, sua linguagem simples era eloqüente pelo amor que transbordava seu ser.

“Devido a seu profundo amor para com Cristo, João desejava estar sempre próximo dÊle. O Salvador amava aos doze, porém o espírito de João era o mais receptivo. Era mais jovem que os demais e com maior confiança infantil, abriu o coração a Jesus. Assim chegou a simpatizar mais com Cristo, e mediante êle, as mais profundas lições espirituais de Cristo foram comunicadas ao povo.

“Jesus ama aquêles que representam o Pai, e João pôde falar do amor do Pai como nenhum outro dos discípulos. Revelou a seus semelhantes o que sentia em sua própria alma, representando em seu caráter os atributos de Deus. A glória do Senhor se expressava em seu semblante. A beleza da santidade que o havia transformado brilhava em seu rosto com resplendor semelhante ao de Cristo. Em sua adoração e amor contemplava a Jesus até que a semelhança de Cristo e a companhia com Êle chegaram a ser seu único desejo, e em seu caráter refletiu o caráter de seu Mestre”.5)

Assim João, pela contemplação diária de seu Senhor, foi inteiramente transformado e preparado para a sua obra futura. Jamais se afastava de Jesus. Êle, seu irmão Tiago e Pedro eram "os mais

(17)

íntimos companheiros de Cristo”. Com êstes dois foi escolhido pelo Senhor para testemunhar a ressurreição da filha de Jairo1), a transfiguração no

monte2) e a aflição do Salvador no Getsêmane.3) A evidência de sua

mudança total de vida e de seu incondicional amor ao seu Mestre, deparamos, não só em sua vida futura, mas ao reclinar-se no peito de Jesus, na ocasião da ceia.4) Neste incidente vemos que João foi o discípulo

que mais perto de Jesus esteve e o que mais sentiu êsse divino amor, razão por que regara seus escritos dêsse santo amor. Transformado, nunca mais pensou João em posições de honras mundanas;5) jamais

pensou em fazer descer fogo do céu sôbre quem quer que fôsse.6)

JOÃO NÃO ABANDONA JESUS

Nos momentos mais graves da vida de Jesus — da casa de Caifás ao Calvário — João não abandonou a Jesus.

“Os sacerdotes reconheceram João como discípulo de Jesus, e deram-lhe entrada na sala, esperando que, ao testemunhar a humilhação de seu guia, o desprezasse. João falou em favor de Pedro, conseguindo entrada para êle também.

“O discípulo João, entrando na sala do julgamento, não buscou ocultar ser seguidor de Jesus. Não se misturou com o rude grupo que injuriava o Mestre. Não foi interrogado; pois não assumiu um falso caráter, tornando-se assim objeto de suspeita. Procurou um canto retirado, ao abrigo dos olhares da multidão, mas o mais próximo possível de Jesus. Ali podia ver e ouvir tudo que ocorresse no julgamento de seu Senhor”.7)

No Calvário, “enquanto o olhar de Jesus vagueava pela multidão que O cercava, uma figura lhe prendeu a atenção. Ao pé da cruz se achava Sua mãe, apoiada pelo discípulo amado. Ela não podia suportar permanecer longe de seu filho; e João, sabendo que o fim se aproximava, trouxe-a para perto da cruz. Na hora de Sua morte, Cristo lembrou-Se de Sua Mãe. Olhando-lhe o rosto abatido pela dor, disse, dirigindo-Se a ela: ‘Mulher, eis aí o teu filho’; e depois, a João: ‘Eis aí tua mãe’. João entendeu as Palavras de Cristo, e aceitou o encargo. Levou imediatamente Maria para sua casa, e daquela hora em diante dela cuidou ternamente. O’ piedoso, amorável Salvador! por entre tôda a sua dor física e mental angústia, teve solícito cuidado por Sua mãe! Não possuía dinheiro com que lhe provesse o conforto; achava-Se, porém, entronizado na alma de João, e entregou-lhe Sua mãe como precioso legado. Assim providenciou para ela aquilo de que mais necessitava — a terna simpatia de alguém que a amava, porque ela amava a Jesus. E, acolhendo-a como santo legado, estava João recebendo grande bênção. Ela lhe era uma contínua recordação de seu querido Mestre”.8)

(18)

JOÃO COMO PREGADOR

Depois da ascenção de Cristo, João se apresenta como um fiel e fervoroso obreiro do Mestre. Juntamente com os outros discípulos desfrutou do derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes, e com renovado zêlo e poder continuou falando ao povo as palavras da vida, procurando levar seus pensamentos para o Invisível. Era um pregador poderoso, fervente e profundamente solícito. Com uma bela linguagem e uma voz musical, relatava as palavras e as obras de Cristo; falava de uma forma que impressionava os corações daqueles que o escutavam. A simplicidade de suas palavras, o poder sublime da verdade que enunciava, e o fervor que caracterizava seus ensinos, davam-lhe acesso a todas as classes sociais.

“A vida do apóstolo estava em harmonia com seus ensinos. O amor de Cristo que ardia em seu coração, o induziu a realizar uma fervorosa e incansável obra em favor de seus semelhantes, especialmente dos seus irmãos na igreja cristã”.

“À medida que transcorriam os anos e o número de crentes crescia, João trabalhava com maior fidelidade e fervor em prol de seus irmãos. Os tempos eram perigosos para a igreja. Por tôdas as partes existiam erros satânicos. Por meio da falsidade e do engano os emissários de Satanás intentavam levantar oposição contra as doutrinas de Cristo; como consequência as dissenções e heresias punham em perigo a igreja. Alguns que criam em Cristo diziam que seu amor os livrava de obedecer à lei de Deus. Muitos outros criam que era necessário observar os costumes e cerimônias judias; que uma simples observância da lei, sem necessidade de ter fé no sangue de Cristo, era suficiente para a salvação. Alguns sustinham que Cristo era um bom homem, porém negavam sua divindade. Outros que pretendiam ser fiéis à causa de Deus eram enganadores, negavam, na prática, a Cristo e Seu evangelho. Vivendo em transgressão, introduziam heresias na igreja. Por isso muitos eram levados aos labirintos do ceticismo e ao engano.

“João enchia-se de tristeza ao ver penetrar na igreja êsses erros venenosos. Via os perigos aos quais ela estava exposta e enfrentava a situação com presteza e ousadia. As epístolas de João respiram o espírito de amor. Parece como se as houvesse escrito com a pena molhada no amor. Quando, porém, se encontrava com os que estavam transgredindo a lei de Deus, mesmo que clamassem que estavam vivendo sem pecado, não vacilava em admoestá-los acêrca de seu terrível engano”.

“João era um mestre de santidade, e em suas cartas à igreja assinalou regras infalíveis para a conduta dos cristão. ‘E qualquer que nÊle tem esta esperança — escreveu — purifica-se a si mesmo, como também Êle é puro’. ‘Aquele que diz que está nÊle, também

(19)

deve andar como Êle andou’. ) Ensinou que o cristão deve ser puro de coração e de vida. Nunca deve estar satisfeito com uma profissão vã. Assim como Deus é santo em Sua esfera, o homem caído, por meio da fé em Cristo deve ser santo na sua”.2)

Como escritor sacro, nenhum outro apóstolo igualou João. Escreveu o evangelho que relata a vida de Jesus, três epístolas e a Revelação do Apocalipse. Seus escritos estão permeados, abundantemente, do amor de Deus e de seu Mestre, tendentes a levarem os cristãos a viverem na atmosfera divina e celestial.

Para dizermos tudo de João, como crente e como ministro do evangelho de Cristo, basta-nos referirmos ao seguinte testemunho de Paulo sôbre êle: “E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas,...”3) Vemos que João não era um cristão

vacilante e um pregador indolente, mas, com os outros citados pelo apóstolo — um baluarte inabalável na igreja e no ministério evangélico.

JOÃO É PERSEGUIDO

“Mais de meio século havia passado desde a organização da igreja cristã. Durante êsse tempo se havia manifestado uma oposição constante à mensagem evangélica. Seus inimigos não haviam recuado em seus esforços, e finalmente lograram a cooperação do imperador romano em sua luta contra os cristãos.

“Durante a terrível perseguição que se seguiu, o apóstolo João fêz muito para confirmar e fortalecer a fé dos crentes. Deu um testemunho que seus adversários não puderam contradizer, e que ajudou a seus irmãos a enfrentar com valor e lealdade as provas que lhes sobrevieram. Quando a fé dos cristãos parecia vacilar ante a terrível oposição que deviam suportar, o ancião e provado servo de Jesus lhes repetia com poder e eloquência a história do Salvador crucificado e ressuscitado. Susteve firmemente sua fé, e de seus lábios brotou sempre a mesma mensagem alentadora: ‘O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nosso olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da palavra da vida... O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos’.4)

“João viveu até ser muito ancião. Foi testemunha da destruição de Jerusalém e da ruína do majestoso templo. Como último sobrevivente dos discípulos que estiveram intimamente relacionados com o Salvador, sua mensagem tinha grande influência quando revelava que Jesus era o Messias, o Redentor do mundo. Ninguém podia duvidar de sua sinceridade, e mediante seus ensinos muitos foram induzidos a sair da incredulidade.

“Os governantes judeus estavam cheios de amargo ódio contra João por sua imutável fidelidade à causa de Cristo. Declararam que seus esforços contra os cristãos não teriam nenhum resultado

(20)

enquanto o testemunho de João repercutisse nos ouvidos do povo. Para conseguir que os milagres e ensinos de Jesus fossem esquecidos, urgia que silenciasse a voz da valente testemunha.

“Com êste fim, João foi chamado a Roma para ser julgado por sua fé. Ali, diante das autoridades, as doutrinas do apóstolo foram expostas erroneamente. Testemunhas falsas o acusaram de ensinar heresias sediciosas, com a esperança de conseguir a morte do discípulo.

“João se defendeu de uma maneira clara e convincente, e com tal simplicidade e candor que suas palavras tiveram um efeito poderoso. Seus ouvintes ficaram atônitos ante sua sabedoria e eloquência. Quanto mais convincente, porém, era seu testemunho, tanto maior era o ódio de seus opositores. O imperador Domiciano estava cheio de ira. Não podia refutar o raciocínio do fiel advogado de Cristo, nem competir com o poder que acompanhava sua exposição da verdade; porém propos-se fazer calar a sua voz.

“João foi lançado numa caldeira de azeite fervente; porém o Senhor preservou a vida de seu fiel servo, assim como protegeu aos três hebreus no forno de fogo. Enquanto se pronunciavam as palavras: ‘Assim pereçam todos os que crêem nesse enganador, Jesus Cristo de Nazaré’, João declarou: Meu mestre se submeteu pacientemente a tudo o que fizeram Satanás e seus anjos para humilhá-Lo e torturá-Lo. Deu Sua vida para salvar o mundo. Sinto-me honrado por sofrer por Sua causa. Sou um hoSinto-mem débil e pecador. Somente Cristo foi santo, inocente e imaculado. Não cometeu pecado, nem foi achado engano em Sua bôca”.

“Estas palavras tiveram sua influência, e João foi retirado da caldeira pelos mesmos homens que o haviam lançado nela.

“Novamente a mão da perseguição caiu pesadamente sôbre o apóstolo. Por decreto do imperador, foi desterrado à ilha de Patmos, condenado ‘pela palavra de Deus e o testemunho de Jesus-Cristo’.1)

Seus inimigos pensaram que ali não se faria sentir mais sua influência, e que finalmente morreria de penúrias e angústia.

“Patmos, uma ilha árida e rochosa do mar Egeu, havia sido escolhida pelas autoridades romanas para receber os criminosos desterrados; porém para o servo de Deus essa lôbrega residência chegou a ser a porta do céu. Ali, longe das buliçosas atividades da vida, e do intenso labor de anos anteriores, disfrutou da companhia de Deus, de Cristo e dos anjos do céu, e dêles recebeu instruções para guiar a igreja do futuro. Foram-lhe esboçados os acontecimentos que se verificariam nas últimas cenas da história do mundo; e ali escreveu as visões que recebeu de Deus. Quando sua voz não pudesse testemunhar mais dAquele a Quem amou e serviu, as mensagens que se lhe deram naquela costa estéril iam iluminar como uma

(21)

lâm-pada acesa, anunciando o seguro propósito do Senhor acêrca de cada nação da terra.

“Entre os penhascos e rochas de Patmos, João manteve comunhão com seu Criador. Repassou sua vida passada, e, ao pensar nas bênçãos que havia recebido, a paz encheu seu coração. Havia vivido a vida de um cristão, e pôde dizer com fé: ‘Nós sabemos que passamos da morte para a vida’.1) Não assim como o imperador que o havia desterrado. Êste podia

olhar atrás e ver únicamente campos ir batalha e matança, lares desolados, viúvas e órfãos chorando: o fruto de seu ambiciosa desejo de preeminência”.2)

“A história de João nos proporciona notável ilustração de como Deus pôde usar aos obreiros de idade. Quando foi exilado para a ilha de Patmos, houve muitos que o consideravam incapaz de continuar no serviço, e como uma cana velha e quebrada, propensa a cair em qualquer momento. O Senhor, porém, julgou conveniente usá-lo. Ainda que afastado das cenas de seu trabalho anterior, não deixou de ser uma testemunha da verdade. Mesmo em Patmos fêz amigos e conversos. Sua mensagem era de gôzo, pois proclamava um Salvador ressuscitado que desde o alto estava intercedendo por Seu povo até que regressasse para levá-lo consigo. Já bastante idoso no serviço de Seu Senhor, João recebeu muitas comunicações do céu além das que havia recebido durante os primeiros anos de sua vida”.3)

João havia sido banido para a ilha de Patmos no ano 94 A.D. À morte de Domiciano, por assassínio, dois anos depois, Nerva subiu ao trono romano e, como sucede usualmente, os presos políticos gozaram de anistia. Nestas circunstâncias João foi liberto e retornou a Êfeso onde escreveu o seu evangelho no ano 97. Em Êfeso findou sua vida com cêrca de 100 anos de idade, sendo a última e única das testemunhas pessoais de Jesus que teve morte natural.

(22)
(23)

INTRODUÇÃO

O primeiro capítulo do Apocalipse é o glorioso pórtico da mais grandiosa revelação de Deus ao homem. Inicialmente, a introdução do famoso livro demonstra, de modo a não deixar a mais leve dúvida, a sua origem divina, para que a igreja cristã, a quem a grande revelação se destina, pudesse confiar inabalàvelmente em sua mensagem através de todos os tormentosos séculos de sua existência como porta-voz autorizada de Deus no mundo.

A seguir deparamos as bem fundadas razões por que João, o amado apóstolo, fôra escolhido como portador pessoal do Apocalipse à igreja. Quando Deus preserva um homem de perigos que ameaçam a sua vida, é porque tem para êle um honroso propósito futuro.

Finda a introdução encarecendo o imenso valor das profecias e promessas do sublime livro, salientando uma tríplice e inestimável bênção reservada aos que as prezarem e acatarem com inteira sinceridade.

A dedicação do Apocalipse à igreja cristã encerra uma incomensurável saudação de Deus, de Seu Filho e de Seu Espírito, em que seu triunfo é assegurado na imutabilidade da trindade.

Depois da dedicação e saudação, o profeta passa a falar, ligeiramente, das circunstâncias que o rodeavam ao receber o Apocalipse, que, aliás, para a sua avançada idade, foram as mais dramáticas possíveis.

O Apocalipse, continua S. João, foi-lhe revelado num dia de grande transcendência, pelo que não esquecera de salientar solenemente o seu glorioso nome que o distingue dos demais dias da semana. Ao tratarmos neste capítulo do referido dia, veremos que a importância desta última revelação de Deus ao homem exigia um dia de indizível preeminência histórica e revelador da mais alta significação universal, pelo que outro seria supérfluo como data semanal da grande mensagem à igreja. Possivelmente nos surpreenderemos com a grandiosidade das razões por que fôra êle distinguido dos demais e recebera tão honroso título dentre todos.

O capítulo finda com a primeira parte da primeira visão, onde a igreja de Cristo é revelada no mais glorioso símbolo que a eleva como portadora da mais gloriosa luz jamais divulgada aos mortais. Cristo, entretanto, é a figura central desta visão, na qual O deparamos em seu supremo ofício sacerdotal e em sua suprema majestade e poder, ao

(24)

ponto de o seu querido discípulo, nem mesmo em visão, poder suportar a majestosa glória de Sua presença.

A FONTE ORIGINAL DO APOCALIPSE

VERSO 1 — “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus Lhe deu,

para mostrar aos Seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo Seu anjo as enviou, e as notificou a João Seu servo”.

REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO

As palavras iniciais do Apocalipse deixam bem evidente a fonte original de sua procedência. Pôsto que o título do livro seja Revelação de Jesus Cristo — seu verdadeiro Autor é Deus, a Eterna Fonte de tôda a sabedoria e verdade. Aqueles que prezam o Apocalipse e o estudam detidamente, ficam estasiados ante a infinita sapiência que condensou em sublimes símbolos a história das nações, das grandes religiões e da igreja de Cristo na era cristã.

E’ muitíssimo significativa a expressão do discípulo amado de que Deus dera a Jesus a revelação contida no Apocalipse. Sabemos que Deus, desde o pecado do primeiro homem, não mais se comunicava pessoalmente com a família humana. Todavia, seria contrário ao Seu caráter santo de Pai amoroso, desligar-se definitivamente de Seus filhos por terem êles pecado. Era por demais inconcebível que Aquêle, cujo caráter tem por fundamento o amor, os abandonasse a perecer em seus delitos e pecados sem que lhes provesse um recurso que os erguesse do estado de decadência e os restaurasse. Daí a gloriosa história da eterna salvação que nos foi contada pelos santos profetas e apóstolos. Êles nos disseram e nos dizem ainda, que Deus, o amante Pai, não desprezou e não abandonou o homem em sua miséria, mas que, proveu um sublime, glorioso meio pelo qual pôde aproximar-se novamente dêle e erguê-lo do terrível charco do pecado em que caíra. Sim, e êste glorioso meio é o Seu próprio Filho Jesus Cristo. Por meio de Seu dileto Filho e amante Salvador nosso, tem Deus enviado a nós tôda a revelação das Sagradas Escrituras através de séculos no passado. Deus, a não ser por Jesus, jamais se comunicou com Seus filhos caídos. O Apocalipse constitui a última revelação de Deus a Seus amados ou à igreja de Seu Filho, em primeiro lugar para dar-lhes a certeza de Seu amor por êles, e, em segundo lugar, para adverti-los dos perigos espirituais e dos seus perigosos adversários.

O OBJETIVO REAL DO APOCALIPSE

O objetivo desta grande revelação não é outro além do que é expressado no texto primeiro: “Para mostrar aos Seus servos as coisas que brevemente devem acontecer”. Antes de tudo, urge a pergunta: Quem são os servos de Deus aos quais fôra dado o Apocalipse?

(25)

E, ainda: Que quer dizer ser servo de Deus? O têrmo “servo” já indica quem são e o que quer dizer ser servo de Deus. O servo de Deus é, pois, aquêle que O serve, que se deixa orientar por Sua expressa vontade. Os servos de Deus, mencionados nesta profecia, são os componentes de Sua igreja na terra, ou, melhor dito, a igreja que é fiel e zelosa na observância dos Seus mandamentos e do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, Seu Filho. A estes servos ou a esta igreja, fôra enviado o Apocalipse bem como tôda a mensagem das Sagradas Escrituras.

À igreja de Deus, portanto, foi revelado o Apocalipse no começo da história da era cristã. Desde a era apostólica até ao fim, a verdadeira igreja de Deus tem estado a par dos acontecimentos futuros da história secular e de sua própria história, através da grande revelação. Aqui nos é dada a razão por que os ímpios e mesmo a grande massa do cristianismo não podem entender o simbolismo do Apocalipse. Para entendê-lo, é imprescindível ser “servo” de Deus, súdito de Sua igreja, e êles não o são e por tal motivo concebem ser o Apocalipse um livro esquisito, impenetrável, cujo significado, dizem, está ainda num futuro remoto. Os “servos” de Deus, porém, não encontram dificuldade nos símbolos do Apocalipse. O Espírito Santo de Deus lhes tem revelado sublimemente as lições proféticas encerradas em seus emblemas.

O ANJO DO SENHOR

Não há dúvida de que a expressão — e pelo Seu anjo — trata de um anjo especial que é sempre comissionado pelo Senhor no que concerne a revelações de caráter sumamente importante. E neste sentido não somos deixados a tatear na incerteza, mas temos, nas próprias Sagradas Escrituras, uma definição deveras clara. Sabendo que as profecias de Daniel estão relacionadas intimamente com as do Apocalipse, perguntamos então: Quem era o anjo que assistia Daniel em suas visões? Numa das visões concedidas ao velho profeta de Babilônia, uma grande voz fêz-se ouvir transmitindo a seguinte ordem: “Gabriel, dá a entender a êste a visão”.1) Nos capítulos oito, onze e doze do livro de Daniel, é Gabriel

o anjo que o Senhor comissionara para dar-lhe a entender visões que o profeta não podia entender. Foi Gabriel o anjo que fôra enviado pelo Senhor a comunicar a Zacarias o nascimento de João Batista, em cuja ocasião definira-se o anjo, dizendo: “Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus”.2) Dêste modo é Gabriel o anjo do Senhor enviado para assistir a S.

João em suas visões do Apocalipse.

Maravilhosos são os degraus por meio dos quais chegou às mãos da Igreja cristã a mensagem do Apocalipse. Primeiramente Deus,

(26)

a eterna Fonte do saber; depois Seu Filho Jesus Cristo, por Quem Êle, unicamente, se comunica com o pecador; a seguir o anjo Gabriel por Jesus incumbido de transmitir a revelação a João, e êste, por sua vez, à Igreja do seu Senhor. Alegremo-nos por êstes sublimes passos pelos quais recebemos a preciosa mensagem do último livro das Escrituras Sagradas, que mais não é do que um lenitivo, conforto e bússola para os verdadeiros cristãos nestes turbulentos dias finais da história da civilização humana.

O PORTADOR HUMANO DO APOCALIPSE

VERSO 2 — “O qual testificou da Palavra de Deus, e do

testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto”.

Êste segundo versículo contém um eloqüente elogio ao apóstolo amado. Queira Deus despertar em nós o senso de nossa responsabilidade cristã e da alta investidura com que fomos investidos para a santa comissão evangélica mundial, para que também nós, como S. João, sejamos alvos do eloqüente elogio celestial. Três razões são apresentadas segundo as quais o apóstolo foi escolhido como veículo do Apocalipse à igreja do Senhor Jesus:

1. “O qual testificou da palavra de Deus”: — A palavra de Deus testificada por João são as Escrituras Sagradas do Velho e do Novo Testamento. O seu testificar foi em viver e pregar a “palavra de Deus” tal como em verdade ela o é, sem alterá-la no mínimo sequer. Daí afirmarmos que S. João foi um verdadeiro cristão e um verdadeiro ministro do evangelho. Todo o verdadeiro cristão e todo o verdadeiro ministro do evangelho testificará, como S. João, na vida e na pregação, da “palavra de Deus” tal como ela se encontra nos dois Testamentos, sem aceitar nenhuma doutrina que não subsista à prova da “palavra de Deus”. Aproximadamente por setenta anos João viveu e pregou a pura “palavra de Deus” — O santo evangelho inspirado — sendo uma das razões especiais por que foi êle escolhido portador humano do Apocalipse para a Igreja de Deus, e também por que fêz êle jus ao título de discípulo do amor. Que o exemplo de S. João leve a todo o sincero ministro do evangelho a viver e a pregar única e exclusivamente a “palavra de Deus” e ser também embaixador amado do Senhor Jesus hoje, como fôra êle outrora.

2. “E do testemunho de Jesus Cristo”: — Conforme o Apocalipse define, o “testemunho de Jesus” é o “Espírito de Profecia”. Nos capítulos doze e dezenove versículos dezessete e dez respectivamente, encontramos uma completa exposição sôbre o assunto. Aqui, porém, por antecipação, urge dizer que o “testemunho de Jesus” ou o “Espírito de Profecia” é a inspiração de Jesus, por Seu Espírito, o Espírito Santo, a um instrumento humano, por isso mesmo chamado

(27)

profeta. E S. João testificou de tôda a inspiração concedida a todos os profetas, quer do Velho como do Novo Testamento, como real inspiração do Senhor Jesus, tendo êle próprio sido um dos grandes profetas pelos quais o “testemunho de Jesus” se manifestou à Sua igreja.

3. “E de tudo o que tem visto”: — Se o espaço permitisse, poderíamos fazer uma longa e pormenorizada explanação “de tudo o que” João viu. E quão gloriosas coisas viu êle! O evangelho que traz o seu nome testifica de inúmeras coisas gloriosas que êle vira. Os milagres, os ensinos, a transfiguração, a humilhação, a crucificação, a ressurreição, a ascenção e o grandioso amor do Salvador, bem como o poderoso Pentecostes e suas conversões em massa foram gloriosas coisas que João viu “e de tudo” testificou. Sim, temos aqui a terceira razão apresentada por que fôra êle o distinguido mensageiro do Apocalipse à igreja cristã. Oxalá todo o ministro de Cristo honre o Seu Mestre e testifique da maneira tríplice como João testificou, para que o cristianismo possa tornar aos seus áureos dias, os dias apostólicos.

UMA TRÍPLICE BEM-AVENTURANÇA

VERSO 3 — “Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as

palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”.

UMA INESTIMÁVEL BEM-AVENTURANÇA

Embora devamos ler, ouvir e guardar tôdas as revelações de Deus em tôdas as Sagradas Escrituras, há uma tríplice bem-aventurança reservada a todo o que ler, ouvir e guardar a mensagem contida no Apocalipse. Em nenhuma outra parte da revelação encontramos uma bênção tão categórica sôbre a leitura, a audição e prática duma revelação de Deus. Nisto, mostra-nos o Revelador do Apocalipse que a despeito dos que asseveram ser êste último livro da Bíblia um livro incompreensível, pode ser plenamente entendido. Pronunciaria Deus, porventura, uma tão gloriosa bênção a quem lesse um livro impossível de ser compreendido, ou que, ouvindo-o, não o pudesse ler nem praticá-lo? Não, caro leitor. Deus, com sua prometida bênção, estimula-nos a estudarmos com fervor, a aceitarmos integralmente e observarmos “in totum” os ensinos do Apocalipse, para que sejamos felizes, bem-aventurados. Estimulados, pois, por Deus, a própria Fonte da inspiração, não devemos ouvir as oposições de homens incrédulos.

Pôsto que o Apocalipse seja um livro essencialmente profético cujas profecias devemos aceitar e crer, há também nêle deveres revelados que devemos acatar e observar. À medida que formos

(28)

estu-dando suas profecias sobre poderes políticos e religiosos opressores, encontraremos êsses claros deveres que devemos cumprir para sermos dignos da preciosa bem-aventurança.

Todavia, há pessoas, e não poucas, que não querem ler o Apocalipse, apresentando, para isto, desculpas sem valor, sendo uma delas, a mais comum, de que êste livro ainda está fechado e ainda não nos é permitido conhecer o seu significado. A bênção tríplice de Deus não é pronunciada para esta classe indiferente ao sagrado. Outros não querem ouvir nada sobre as profecias do livro; não lhes interessa ouvir nada que julgam obscuro e incompreensível, também para êstes não é a bênção divina. E outros, embora leiam e ouçam, não lhes interessa a mensagem do sublime livro, e recusam-se a observar os deveres que êle lhes impõe. Tôdas estas classes de incrédulos e cristãos indiferentes não receberão jamais a tríplice bem-aventurança evidentemente ao alcance dos que lêem, ouvem e praticam os deveres exarados no grande livro.

A palavra “bem-aventurança” vem do grego “MAKARIOS”, e significa uma “felicidade celestial”. A pessoa bem-aventurada é “aquela que tem a felicidade do céu”. Noutros têrmos, ler, ouvir e praticar a mensagem contida no Apocalipse significa possuir o próprio céu. Aquêles que persistentemente recusam, de qualquer maneira, êste livro, não só estão na falta da posse da bem-aventurança celeste como também excluídos do próprio céu. Êles, por se colocarem, por escolha voluntária, junto dos que se opõem ao Apocalipse, não pertencem ao povo de Deus para quem esta revelação é enviada. Excluídos por vontade própria da bênção e do céu, não lhes resta senão uma horrenda recompensa que os surpreenderá no devido tempo. Oxalá se arrependam antes que tarde possa ser, e se volvam não só em aceitação da mensagem apocalíptica mas de tôdas as Escrituras Sagradas.

PORQUE O TEMPO ESTÁ PRÓXIMO

Eis uma outra grande razão por que devemos aceitar e observar a mensagem do Apocalipse. Uma vez mais é confirmada a verdade de que êste livro pode ser plenamente entendido por quem desejar filiar-se ao povo de Deus. A tríplice bem-aventurança é já um apêlo de Deus para que Seus filhos aceitem o maravilhoso livro, e creiam nêle. Temos aqui um novo apêlo para que êles, urgentemente, se decidam pelo livro sagrado. A proximidade do tempo quer dizer que, após o cumprimento da mensagem do Apocalipse, o fim seguramente virá. Suas profecias, cumpridas século após século, indicavam a nossos antepassados a aproximação do fim; e, nossa geração, que vê suas últimas previsões serem cumpridas, pode, na verdade, ter a certeza de que “o tempo está próximo”, que o fim do império do mal na terra é uma realidade iminente. Portanto, a bem-aventurança

(29)

oferecida por Deus ao que ler, ouvir e praticar o conteúdo do notável livro, tem sua razão de ser na proximidade do tempo final da história do mundo. Creiamos, pois, na gloriosa mensagem dêste livro, vivamo-la, e seremos então dos bem-aventurados celestiais.

A SAUDAÇÃO DA TRINDADE À IGREJA DE DEUS

VERSOS 4-8 — “João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e

paz seja convosco da parte dAquêle que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do Seu trono; da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fêz reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a Êle a glória e poder para todo o sempre. Amém. Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que O traspassaram; e tôdas as tribos da terra se lamentarão sôbre Ele. Sim. Amém. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso”.

AS SETE IGREJAS DA ÁSIA

À primeira vista, parece-nos que a saudação da trindade, através do profeta, dá a entender que na Ásia só havia sete igrejas cristãs, ao tempo de S. João, e que unicamente a elas fôra dedicada a mensagem contida no Apocalipse. Além das sete igrejas, mencionadas no "versículo onze, porém, havia, mesmo na Ásia Menor, onde se encontravam as sete citadas, outras — algumas das quais mais importantes que algumas delas. Por exemplo: Havia além das sete referidas, — as igrejas da Galácia, às quais Paulo enviara uma de suas cartas; a igreja de Colosso que também recebera uma preciosa carta de Paulo; a igreja de Mileto que, a julgar pelo encontro de Paulo ali com os anciãos de Êfeso, era um importante centro do cristianismo; havia ainda a igreja de Troas, onde Paulo estivera sete dias com os irmãos dali;1) outras igrejas ainda havia

na Ásia Menor, fundadas pelo apóstolo Paulo: As de Perge, Icônio, Listra, Derbe, Antioquia da Pisídia e outras. S. Pedro fala de fiéis “eleitos” no Ponto, na Capadócia, na Bitínia, onde infalivelmente eram constituídos em igrejas. Além destas havia na Ásia outras igrejas mais importantes que as sete citadas no Apocalipse e que quaisquer outras já mencionadas. Por exemplo, as igrejas de Antioquia da Síria e de Jerusalém sobrepujavam a tôdas as demais. Entretanto, todo o livro do Apocalipse é dedicado às sete igrejas, como dissemos, mencionadas no versículo onze, cujos "nomes são os seguintes: Éfeso, Smirna, Pérgamo, Tiatira, Sardo, Filadélfia e Laodicéia.

Se o Apocalipse é uma mensagem de Deus só para estas sete igrejas, não deveriam existir outras e estas sete deveriam existir até

(30)

agora e até à volta de Jesus. Mas estas sete igrejas não mais existem naquelas cidades da Ásia Menor, nem mesmo algumas dessas cidades existem mais e as que existem têm outros nomes. E, se o Apocalipse era uma mensagem exclusivamente para aquelas sete igrejas, naturalmente não fôra dedicado às demais igrejas daquele tempo, nem às demais dos séculos futuros, nem à igreja de Deus dêste nosso século. Por que, pois, o Apocalipse foi dedicado àquelas sete igrejas, e não às inúmeras outras que havia ao tempo de S. João na Ásia, bem como na Europa e na África e, posteriormente, nos outros continentes?

Respondendo, preliminarmente, à pergunta acima, dizemos que cada uma das sete cartas enviadas às sete igrejas, contém, no final, a seguinte admoestação: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. Isto nos leva a admitir que cada carta não é dirigida somente à igreja a que se destina, mas a muitas outras igrejas. Lembramo-nos que a comissão de Jesus aos apóstolos, de irem a todo o mundo proclamar o evangelho, implicava na fundação de igrejas em tôda a terra e não apenas sete na Ásia. Além disso assegurou o Senhor estar com Sua igreja até ao fim, declaração esta que comprova o fato de as sete igrejas serem simbólicas de tôda igreja cristã. E, tendo em vista o fato inegável de que Cristo tem no mundo uma só igreja, somos forçados a crer que as sete igrejas enunciadas, bem como a história de suas cidades, foram tomadas pela revelação como emblemas de tôda a igreja cristã mundial em todos os séculos, desde os dias apostólicos até o segundo advento de Cristo. “O número sete”, que “indica perfeição” e um todo completo, “é simbólico, do fato que a mensagem se estende até ao fim do tempo, enquanto os símbolos usados revelam a condição da igreja em diferentes períodos na história do mundo”.1) Vejamos a opinião de vários escritores sôbre estas

igrejas:

“E’ opinião de muitos escritores eruditos, que escreveram sôbre êste livro, que nosso Senhor, por estas sete igrejas, significa tôdas as igrejas de Cristo até ao fim do mundo; e pelo que Êle lhes diz, propõe mostrar qual será o estado das igrejas por todos os séculos, e qual o dever de cada uma”.2)

“As sete igrejas representam sete fases ou períodos na história da igreja, alcançando da época dos apóstolos à vinda de Cristo outra vez, cujos característicos são de algum modo estabelecidos nos nomes destas igrejas, mas mais completamente nas cartas a elas endereçadas”.3 )

“As cartas às sete igrejas, à excepção do que é indubitàvelmente histórico, têm tantas alusões evidentemente figurativas e místicas que há a mais forte razão para aceitar o ponto de vista... que aquelas sete igrejas devem, profèticamente, mostrar-nos uma sétupla medida, e constituir o todo da igreja de acordo com as diversas épocas, disto justificando os emblemas das igrejas aqui mencionadas”.4)

(31)

“As sete devem ser consideradas como constituindo um todo completo, como dominando um perfeito ideal. Cristo... tendo em sua mão as sete estrêlas, andando entre os sete castiçais de ouro... idealmente representando e manifestando, de algum modo ou outro, a igreja universal militante na terra”.1)

Ao apreciarmos, nos capítulos dois e três, as sete cartas dirigidas às sete igrejas, verificaremos que cada período histórico da igreja corresponde, com muita exatidão, à história das aludidas cidades da Ásia Menor que as simbolizam.

A SAUDAÇÃO DO DEUS TODO-PODEROSO

Deus, a Fonte de tôda a bênção e do Apocalipse, saúda a igreja de Seu Filho, e Sua também. Sua graça e Sua paz são enviadas à igreja, sem as quais ela não poderá subsistir e prosseguir triunfante em sua alta missão. Graça é misericórdia e amor. Desta maneira amorosa, benevolente e complascente, dá-lhe o Todo-poderoso a certeza de Seu amparo e Seu cuidado constantes. Paz é uma das maiores virtudes cristãs. E’ tão indispensável à igreja, que o Filho de Deus a deixou como uma dádiva inestimável a Seu povo.2) Deus apresenta-Se como “Aquele que é, e

que era, e que há de vir”, para dar à igreja a certeza de Sua imutabilidade e da confiança segura que ela pode manifestar nÊle. Também o Senhor Deus assegura à Sua igreja que “há de vir”. Sim Êle virá com o Seu Filho, ao vir Êle buscar Sua igreja para a eterna glória. Jesus mesmo afirmou solenemente que virá “na Sua glória, e na do Pai e dos santos anjos”.3) O

Pai quer alegrar-se pessoalmente no triunfo da igreja ao ser ela arrebatada do mundo para a santa cidade e para a glória. Se anelamos contemplar o Pai ao vir Êle com o Filho, é indispensável que vivamos sob Sua graça e Sua paz com as quais tão graciosamente nos saúda.

A SAUDAÇÃO DOS SETE ESPÍRITOS DE DEUS

Os capítulos quatro e cinco fazem uma apresentação dos sete Espíritos de Deus nos símbolos de sete lâmpadas de fogo, sete pontas e sete olhos, representando vivamente a sabedoria, o poder e a vigilância que Deus, por Seu Espírito Santo, exerce na terra especialmente para instruir, fortificar e guardar Sua igreja em meio aos perigos dos séculos. No emblema do número sete, é, portanto, assegurada à igreja de Deus a plenitude multiforme do poder divino.

SAUDAÇÃO DE JESUS CRISTO

Saudando Sua amada igreja apresenta-Se Jesus com os principais característicos de Sua pessoa. Em primeiro lugar é Êle a “Fiel Testemunha”. Quão gloriosamente testemunhou Êle do Pai,

(32)

de Si mesmo e da verdade, quando na terra, dizem-nos, eloqüentemente, os evangelhos que relatam a Sua imaculada vida terrenal. À Sua igreja desta geração apresenta-se Jesus também como “Testemunha Fiel e Verdadeira”, para certificá-la de que tudo quanto testifica é verdadeiro e de que tôdas as promessas que lhe tem feito as cumprirá infalivelmente. Temos, portanto, um Salvador em Quem podemos confiar com inabalável segurança.

Em segundo lugar Jesus apresenta-se como o “primogênito dos mortos”. S. Paulo denomina a Sua ressurreição como as “primícias” dos mortos, ou a ressurreição que assegura uma farta colheita de mortos que ressuscitarão do túmulo em Sua segunda vinda. E’ verdade que Êle não foi o primeiro que ressuscitou dos mortos. Outros ressuscitaram antes dÊle e Êle mesmo ressuscitou vários mortos em Seus milagres. Todavia, a Sua ressurreição, prevista no plano da salvação de Deus antes dos tempos dos séculos, foi a causa da ressurreição de mortos antes e depois dela, e será a causa da futura grande ressurreição dos santos em Sua segunda vinda.1)

Era necessário que Êle fôsse o primogênito ou as primícias dos mortos para que “em tudo tenha a preeminência” sôbre êles.2) Outras

expressões paralelas apresentam o Salvador como “o primogênito entre muitos irmãos”3) e o “primogênito de tôda a criação”.4) Adoremos, pois, o

“primogênito” que nos saúda e por Sua ressurreição garante a nossa ressurreição para a vida eterna.

Em terceiro lugar é Cristo o “Príncipe dos reis da terra”. Esta declaração de Sua saudação O coloca acima dos príncipes ou governantes do mundo. S. Paulo diz que Êle está “acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só nêste século mas também no vindouro”.5) O próprio Senhor disse aos apóstolos

ao ressuscitar: “É-me dado todo o poder no céu e na terra”.6) Como

“Príncipe dos reis da terra”, tem Jesus supremacia sôbre êles todos. Os monarcas do mundo são aconselhados por Deus a reverenciar Seu Filho como “Príncipe” de todos êles: “Agora, pois, ó reis, sêde prudentes, deixai-vos instruir, juízes da terra. Servi ao Senhor com temor, e alegrai-deixai-vos com tremor. Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se inflamar a Sua ira; bem-aventurados todos aquêles que nÊle confiam”.7) Como Príncipe dos reis, é Cristo o herdeiro de todos êles. As

profecias que a isto dizem respeito são muito evidentes.8) Todos os reinos

do mundo passarão a Cristo como legítimo herdeiro.9) Se os reis da terra

acatassem o Filho de Deus como Príncipe dêles, reinariam com Êle em Seu futuro reino; mas como dÊle nada lhes interessa, serão desarraigados do mundo a perecerem para darem lugar à Sua eterna e gloriosa dominação.10)

Em quarto lugar assevera Jesus em Sua saudação que nos ama. Seu amor por Seu povo é eloqüentemente demonstrado de inúmeras

(33)

maneiras e sobrepuja ao amor dos nossos mais íntimos familiares e amigos mais chegados. A supremacia de Seu amor foi demonstrada na dádiva de Si mesmo no maior sacrifício dos séculos. A um amor tão inigualável, só poderemos corresponder dando-nos a Êle em gratidão incondicional e indissolúvel.

Em quinto lugar sua saudação notifica-nos que Êle “em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados”. “E o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado”.1) Maravilhosa provisão feita para

nossa inteira salvação. Que amor incomparável Jesus nos demonstrou! Sim, só o Seu sangue, e nada mais apaga os nossos pecados e nos purifica, lavando-nos completamente. E’ vão terem os homens indicado outro meio de lavar o pecado. Qualquer outro meio de purificação do pecador é considerado falso nas Sagradas Escrituras.

Em sexto lugar Seus seguidores são considerados reis, devido ao fato de reinarem com Êle no reino de Sua graça agora. Sendo êles constituídos num reino sacerdotal, são também sacerdotes.2) São

sacerdotes porque dÊle receberam a incumbência de levar pecadores a Êle, o Sumo-sacerdote, e também porque oferecem sacrifícios, sacrifícios de si mesmos e sacrifícios espirituais e de louvor.3) Quando terminar o

sacerdócio de Cristo, terminará também o dêles, e reinarão eternamente com o supremo Rei. Então glória e poder que só a Êle pertencem, todos os Seus santos súditos Lhe tributarão pelos séculos sem fim.

Em sétimo lugar Sua saudação faz pela primeira vez menção de Sua segunda vinda, no Apocalipse, tão amplamente referida por todos os profetas e apóstolos. Seu segundo advento como aqui é apresentado, não poderá ser mistificado ou falsificado jamais. Êle advertiu do fato que alguns tentariam falsificá-lo, concentrando-se em desertos e no interior de moradias, mas que não deveríamos crer que seria Êle.4) Outros creem que

Êle virá em espírito, sendo isto flagrantemente falso. “Eis que vem com as nuvens e todo o ôlho O verá”. Enquanto tôda a humanidade não O contemplar, conjuntamente, vindo com as nuvens, é porque Êle ainda não veio. Mas, quando Êle vier, até aquêles que O traspassaram ou que foram cúmplices do crime que Lhe infligiram, vê-Lo-ão com poder e glória suprema, descendo dos céus. Os famigerados Anás e Caifás, os membros do Sinédrio, Pilatos, Herodes e todos quantos foram acérrimos inimigos Seus, ressurgirão do pó da terra para O verem em majestade, assomando à terra “com as nuvens” dos céus. A ressurreição dos piores inimigos, do Seu tempo, será para “vergonha e desprezo eterno”.5) Inutilmente

lamentarão o crime de deicídio que praticaram, para o qual não obterão perdão.

Em oitavo lugar, a saudação de Jesus diz que, ao surgir Êle em magnificente resplendor, as tribos ou nações da terra se lamentarão. As multidões que não prezaram o Senhor da glória e nenhum

(34)

caso fizeram de Seu santo evangelho, para salvarem-se, só terão a lamentar a escolha tresloucada que preferiram. Mas, os seus escolhidos, que não perderam tempo com as coisas efêmeras dêste mundo, antes deram ouvidos à verdade e amaram o Salvador, só terão que se regozijar naquele dia terrível para os Seus adversários.1)

Findando a Sua saudação, o Senhor Jesus apresenta-se como o “Alfa e o Ômega, o princípio e o fim”. O “Alfa” e o “Ômega” são, respectivamente, a primeira e a última letras do alfabeto grego, pois em grego foi escrito o Apocalipse e o Novo Testamento. Com isto vemos que tôda a literatura, para ser saudável à alma, deve começar e terminar com Cristo, como a literatura das Escrituras Sagradas. Em tôda a conversação usa-se o alfabeto em cujos extremos estão o Alfa e o Ômega. Por isso, tôda a conversa ou palestra do seguidor de Jesus deve começar com Êle, prosseguir com Êle e terminar com Êle. Em outras palavras, tôda a linguagem do crente deve ter a Jesus como centro e ser-Lhe honrosa. Tudo, para que tenha um feliz princípio e um feliz termo, deve começar e findar com Aquele que é o Alfa e o Ômega. “Sem mim”, dissera Êle, “nada podeis fazer”.2) O próprio universo começou com Jesus; “sem Êle nada do

que foi feito se fêz”.3) Na profecia da renovação de “tôdas as coisas”, Êle é

ainda o Alfa e o Ômega, pelo que tudo tornará outra vez a seu glorioso estado de pureza e santidade virginais.4) Esta frase mágica — Eu sou o

Alfa e o Ômega — é uma das maneiras chaves de Êle nos assegurar a Sua imutabilidade e que Êle é o Todo-poderoso.

“Amém” e “Amém”. Nesta saudação da trindade encontra-se, duas vêzes, o vocábulo “Amém”. “Amém”, quer no hebraico quer no grego, significa: assim seja, seja feito, verdadeiramente, fielmente. “Em história sagrada, Amém é formado das letras iniciais das três palavras Adonai,

Melech, e Neeman, que vale o mesmo que Senhor Rei Fiel, locução

hebraica, mostrando a fé que se há de dar às promessas divinas”.5)

Digamos, pois, “Amém” à gloriosa saudação da trindade, tão cheia de amor e de gloriosas promessas. Digamos “Amém” a tudo quanto o Senhor de nós pede e a nós promete — Amém.

SÃO JOÃO NA ILHA DE PATMOS

VERSO 9 — “Eu, João, que também sou vosso irmão, e

companheiro na aflição, e no reino, e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo”.

"EU, JOÃO, QUE TAMBÉM SOU VOSSO IRMÃO"

Depois de o profeta apresentar a saudação da trindade à igreja, fala então de si mesmo, identificando-se plenamente com o povo de

Referências

Documentos relacionados

A solução da estrutura urbana é caracterizada pela existência de uma Alameda Central, que se configura como uma “espinha dorsal” de orientação Norte/Sul,

SERRALHERIA DO PEDRAO, TATTI OLIVEIRA FOTOGRAFIA, BAR ELVINHO , TRAILER DA NINICA, PEDRAO PICTURES. 116 Tiago

QUANDO TIVER BANHEIRA LIGADA À CAIXA SIFONADA É CONVENIENTE ADOTAR A SAÍDA DA CAIXA SIFONADA COM DIÂMTRO DE 75 mm, PARA EVITAR O TRANSBORDAMENTO DA ESPUMA FORMADA DENTRO DA

• Agora, vamos estender o Teorema da Capacidade do Canal de Shannon para o caso de um canal com ru´ıdo n˜ao branco, ou colorido. • Mais espec´ıficamente, dado um modelo de

225 - meio ambiente ecologicamente equilibrado, neste incluso o do Trabalho (VIII, Art 200)  colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

Foram avaliados dois coagulantes orgânicos e dois floculantes nas dosagens de 5 ppm, 100 ppm e 300 ppm, por meio de testes de reologia, sedimentação, penetração e ângulo de