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O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO EM ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO EM LONDRINA: UM PERCURSO PROMISSOR

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O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO EM ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO EM LONDRINA: UM PERCURSO PROMISSOR JOSIANE MARIA SICHIERI DA COSTA, Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação - NAAH/S1

FABIANE SILVA CHUEIRE CIANCA, Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação - NAAH/S 2

EDNÉIA VIEIRA ROSSATO, Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação -NAAH/S3

JOICY ALVES QUINTELLA, Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação -NAAH/S 4

ROSANA OLIVEIRA DE PIZZOL, Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação -NAAH/S 5

INTRODUÇÃO

Tendo-se como base a trajetória realizada com o atendimento educacional especializado aos estudantes com altas habilidades/superdotação (AH/SD) em Londrina – Paraná, este artigo pretende apontar algumas características iniciais deste atendimento desde sua implantação até as novas conquistas, neste ano de 2013.

Considerando que o grande impulso do atendimento educacional especializado na área das altas habilidades/superdotação, em âmbito nacional, deu-se no ano de 2005, por meio da proposta de implantação dos Núcleos de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação - NAAH/S (MOREIRA; LIMA, 2012) – e que em Londrina, este núcleo proporcionou o efetivo reconhecimento e atendimento desta população – este ensaio teórico vêm apresentar essa trajetória e as novas perspectivas.

Em Londrina, o atendimento aos alunos efetivamente iniciou em 2006, com a abertura da primeira Sala de Recursos de AH/SD, o que se expandiu nos anos seguintes, totalizando, atualmente, oito (8) salas em funcionamento e quatro (4) em processo de implantação, em escolas jurisdicionadas ao Núcleo Regional de Educação de Londrina - Paraná.

Para tal atendimento, a proposta de trabalho estava diretamente relacionada às definições apontadas pelo MEC e, desta forma, procurando delimitar a diversidade de conceitos e teóricos que estudam sobre esse tema, optou-se, neste trabalho, pela definição de AH/SD proposta pelo Ministério da Educação (MEC), contida na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), como também a Teoria dos Três Anéis (RENZULLI, 2004) e, ainda, os princípios definidos por Gardner (1995, 2007) sobre Inteligências Múltiplas.

1 Especialista em Educação Especial

, josisic@hotmail.com 2Mestre em Educação,

fabianechueire@gmail.com 3

Mestre em Estudos Literários, edneia_rossato@yahoo.com.br 4

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A definição oficial do MEC (BRASIL, 2008, p. 15) para AH/SD, considera pessoas com altas habilidades/superdotação aqueles que “demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse”.

Os preceitos de Joseph Renzulli (2004) propõem a Teoria dos Três Anéis, cujo indicativo de altas habilidades/superdotação se dá na intersecção de três constructos: habilidade acima da média, envolvimento com a tarefa e criatividade.

Gardner (1995, 2007) refere-se à conceituação qualitativa de inteligência. Em seus estudos relativos às Inteligências Múltiplas afirma que a inteligência é um “conceito multidimensional que alcunha a existência de oito inteligências (lógico-matemática, linguística, espacial, musical, corporal-cinestésica, naturalista, intrapessoal e interpessoal) não hierarquizadas” (BARRERA PÉREZ, 2009, p. 302).

Estes princípios subsidiam a prática realizada nas salas de recursos de AH/SD de Londrina e no NAAH/S-Londrina/PR.

As informações apresentadas neste estudo tem a intenção de apresentar o processo de identificação e atendimento dos alunos com AH/SD que teve seu início a partir do reconhecimento dos alunos por meio do levantamento dos indicadores de AH/SD, nas séries iniciais do ensino regular da rede pública estadual de Londrina. Com o início das salas de recursos de AH/SD e com a abertura do NAAH/S, houve a possibilidade da ampliação do atendimento à família, a abertura de demanda para oficinas temáticas, com professores efetivos da Secretaria de Estado de Educação do Paraná, a divulgação da área por meio de palestras e reuniões em escolas da rede estadual e em IES, como também a abertura de novas salas em outros municípios do NRE.

MÉTODO

O desenvolvimento deste trabalho se deu por meio de análise documental. Este procedimento pode ser compreendido como a utilização de registro formal, informal, público ou privado, seja por lei, carta, jornal, discursos, livro, estatística, arquivo, entre outros, que possa fornecer informações acerca da questão ou hipótese pesquisada (LUDKE, ANDRÉ, 1986; GONSALVES, 2005).

Obteve-se como fonte de dados, os documentos oficializados pelo próprio NAAH/S, incluindo registros das atividades desenvolvidas pela equipe, ofícios, memorandos, registros diversos e outros documentos cedidos pelo Núcleo Regional de Educação de Londrina e pelo Colégio Estadual Vicente Rijo.

Instrumento

Os dados foram coletados por meio de um instrumento de registro, elaborado pelas pesquisadoras visando o levantamento das publicações constando os seguintes itens: tipo de documento, data, assunto abordado, finalidade, profissionais envolvidos na elaboração do documento e nas atividades desenvolvidas.

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Procedimento

Foi realizado o levantamento de dados em documentos da instituição referentes aos atendimentos destinados à área de AH/SD e procedeu-se o registro das informações no instrumento previamente elaborado.

Tratamento dos Dados

Após a coleta das informações por meio do instrumento de registro previamente elaborado, foi realizada a análise dos mesmos. Os dados foram tratados de forma qualitativa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A identificação dos alunos, para abertura da primeira sala de recursos de AH/SD, teve seu início em 2004, utilizando-se da Lista de Indicadores para observação em sala de aula/CEDET (GUENTHER, 2000, p. 175). Esta foi aplicada em todas as turmas de 1ª a 4ª séries das escolas estaduais de Londrina, Cambé e Prado Ferreira, municípios jurisdicionados ao Núcleo Regional de Educação de Londrina e que, na época, as séries iniciais/ensino fundamental ainda não estavam municipalizadas.

Os inventários foram encaminhados para 44 escolas que ofertavam o ensino fundamental de 1ª a 4ª série, perfazendo o total de 336 turmas. Destas, sete escolas não responderam, totalizando 262 turmas participantes. O total de alunos informado pelas escolas foi de 7.562, dos quais 558 foram apontados com indicativos para observação. No município de Londrina, foram envolvidas 35 escolas, somando 245 turmas. Destas, 179 participaram do levantamento, perfazendo um total de 4.991 alunos, e 372 crianças foram apontadas com características de AH/SD.

Esta tarefa foi repetida nos dois anos seguintes, na cidade de Londrina, o que possibilitou o olhar sobre os alunos apresentados pelos respectivos professores nos anos que se seguiram. Aspesi (2003) recomenda que o processo de identificação do estudante ocorra utilizando-se de uma concepção flexível, levando-se em conta os aspectos dinâmicos do indivíduo, a participação da família e o envolvimento de uma equipe interdisciplinar.

Há diversas formas de identificar o aluno com AH/SD, variando conforme as abordagens teórico-práticas, no entanto, de acordo com o trabalho realizado na Sala de Recursos de AH/SD, em Londrina, adotou-se um protocolo de identificação seguindo algumas etapas, entre elas:

1) Entrevista com a família e professores investigando as características do estudante, como desenvolvimento infantil, hábitos, costumes, atividades, relacionamento interpessoal, comportamentos, entre outros.

2) Entrevista e atividades com o aluno para conhecer suas preferências, gostos, talento, linguagem, produção de texto, desenho livre, análise da produção escolar, avaliação dos interesses, leitura, raciocínio lógico-matemático.

3) Quando necessário, procede-se a avaliação psicológica.

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Quando o aluno é indicado por profissionais de áreas específicas como música, dança, esportes e arte, também é considerado o relato dos especialistas capacitados, respectivamente para cada área.

A indicação de um estudante para atendimento no serviço pode ocorrer por meio da escola, de colegas, da própria família ou até mesmo por se destacar em áreas específicas, como por exemplo, Feiras de Ciências, Olimpíadas de matemática, destaque em jornal, pelo professor da área de talento já identificada (música, dança, esportes em geral, etc.) e também pela utilização da Lista de Indicadores(GUENTHER, 2000).

A opção pela implantação das Salas de Recursos de AH/SD no Colégio Estadual Vicente Rijo ocorreu, primeiramente, por este estabelecimento localizar-se na região central e por ser de fácil acesso, tanto aos estudantes de Londrina, como àqueles de municípios próximos que pudessem ser orientados. Outra característica do colégio que favoreceu na decisão foi sua estrutura física, contendo laboratórios de química, física, informática, astronomia, biologia, arte, dentre outros e, também, da flexibilidade da direção e do corpo docente da época.

A primeira Sala de Recursos de AH/SD do município de Londrina teve início com uma turma de 1ª a 4ª série, no ano de 2006, sendo o serviço ampliado a mais uma turma, desta vez, de 5ª a 8ª séries. Com o desenvolvimento do trabalho conquistou-se uma nova turma de 5ª a 8ª para o turno vespertino em dezembro de 2006. Em 2009, conforme os alunos foram crescendo, sentiu-se a necessidade da implantação da Sala de Recursos de AH/SD para o Ensino Médio. Em 2010, com a divulgação do trabalho já realizado em Londrina, alguns estudantes do município de Rolândia foram indicados para atendimento e, frente à necessidade, foi implantada a Sala de Recursos de AH/SD de 5ª a 8ª séries no Colégio Estadual Souza Naves. As atividades eram desenvolvidas em parceria com a Universidade Estadual de Londrina – cursos de Física, Filosofia, Biologia e Psicologia, da Universidade Norte do Paraná - Unopar – curso de Artes Visuais e Engenharia Elétrica. Havia também, parcerias do grupo GEDAL – Grupo de Estudos e Divulgação da Astronomia em Londrina.

Atendendo a demanda dos estudantes que angustiavam as professoras com suas dúvidas e gana por aprendizagem em áreas específicas, que diferiam da formação dos professores das salas de recursos, foi possível a efetivação de professores da rede estadual de ensino, por meio do NAAH/S, em 2011, para designarem parte de sua carga horária, com os estudantes das salas de recursos de AH/SD. Estes professores passaram, então, a desenvolver oficinas com temas específicos para aprofundar o conhecimento dos estudantes que já demonstravam interesse em uma área e, também, para proporcionar aos demais alunos, que não haviam definido suas preferências, o contato com áreas diversas.

O que já pode ser observado é que a parceria entre os professores das Salas de Recursos e os de disciplinas específicas do NAAH/S, veio favorecer a qualidade do trabalho, sendo que cada um, em sua especificidade, pôde aprofundar seus trabalhos de pesquisa com os alunos, aumentando a produção e a satisfação dos mesmos.

As tabelas 1, 2 e 3, referentes ao número de estudantes que foram matriculados e frequentam as Salas de Recursos de AH/SD, pertencentes ao NRE/Londrina, indicam a variável no número de alunos matriculados e frequentando as Salas de Recursos de AH/SD, nos diferentes turnos.

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Tabela 1 – Matrícula nas salas de recursos de AH/SD pertencentes ao NRE Londrina, turno matutino

Ano Séries

Iniciais

Séries Finais Séries Finais e Ensino Médio Séries Finais Rolândia Total 2006 13 10 - - 23 2007 17 22 - - 39 2008 14 24 - - 38 2009 11 22 - - 33 2010 8 22 - 7 37 2011 6 25 - 13 44 2012 2013 3 - 8 - 17 17 7 7 35 24 Fonte: Sereweb/Secretaria de Estado da Educação do Paraná, abril/2012.

A Tabela 2 mostra o número de alunos matriculados, no turno vespertino, entre os anos de 2006 e 2013.

Tabela 2 – Matrícula nas salas de recursos de AH/SD pertencentes ao NRE Londrina, turno vespertino Ano Séries Finais Ensino Médio Séries Finais e Ensino Médio Séries Finais e Ens. Médio Rolândia Total 2006 - - - - 0 2007 12 - - - 12 2008 19 - - - 19 2009 22 8 - - 30 2010 10 8 - - 18 2011 8 13 - - 21 2012 2013 10 - 17 - 8 43 18 16 35 59 Fonte: Sereweb/Secretaria de Estado da Educação do Paraná, abril/2012.

Na Tabela 3, tem-se o total de alunos que frequentaram as salas de recursos de AH/SD, tanto em Londrina como em Rolândia, entre os anos de 2006 e 2013.

Tabela 3 – Matrícula total dos alunos nas salas de recursos de AH/SD pertencentes ao NRE Londrina, turno matutino e vespertino

Ano Turno Matutino Turno Vespertino Total

2006 23 0 23

2007 39 12 51

2008 38 19 57

2009 33 30 63

(6)

2012 35 35 70

2013 24 59 83

Fonte: Sereweb/Secretaria de Estado da Educação do Paraná, agosto/2013.

Algumas considerações são apontadas para a alteração do número nos anos de 2009 para 2010, uma diminuição de alunos matriculados nos anos apresentados, por alguns deles terem concluído o ensino médio e outros por serem encaminhados a participar de atividades que viessem ao encontro de seus talentos e interesses: como aulas de teatro em companhias das cidades, escolas de futebol ou outros esportes, projetos de iniciação científica, que ocupam o tempo desses alunos. A cessação das séries iniciais na rede estadual de educação, também foi um fator que interferiu na redução do número de alunos nesse período.

Acredita-se que com a implantação do NAAH/S em dezembro de 2010, o número de alunos obteve um avanço signitificativo, entretanto levando-se em conta a população estudantil de Londrina, esse número poderia ser ainda maior. A implantação contribuiu também com a divulgação da área, visto que a equipe que atua diretamente com os alunos, passou a expor seus trabalhos pedagógicos e teóricos em congressos que abordam esta temática.

No quadro 1 estão relacionados os trabalhos de pesquisa apresentados em congressos por professores e equipe que atuam na área desde 2007.

Quadro 1 – Relação dos trabalhos apresentados pela equipe do NAAH/S em congressos

Ano Instituição Título Participantes

2007 UEL

Atendimento ao aluno superdotado no Paraná: a experiência de Londrina

Fabiane Chueire Cianca

Ângela Maria Piassa Rosana Oliveira de Pizzol

Josiane Maria Sichieri 2009 UEL/

CBMEE

Múltiplas Inteligências e diferentes avaliações

Joicy Alves Quintela, Rosana Oliveira de Pizzol 2010 ConBraSD

Produção em Altas

Habilidades/Superdotação: investimento para longo prazo

Fabiane Chueire Cianca Juliana Chueire Lyra Maria Cristina Marquezine

2011 UEL/ CBMEE

NAAH/S Londrina – A implantação e construção de um serviço de atendimento ao estudante com altas habilidades/superdotação no norte do Paraná

Fabiane Chueire Cianca

Josiane Maria Sichieri da Costa Juliana Chueire Lyra

Maria Cristina Marquezine Viviane Tramontina Leonessa

2011 UEL/ CBMEE

Uma proposta metodológica para

salas de recursos de altas

habilidades/superdotação

Ednéia Vieira Rossato Diogo Janes Munhoz Fabiane Rodrigues

Fernanda Maria de Souza

2011 UEL/ CBMEE

Altas habilidades/superdotação: uma análise da produção de artigos publicados em revistas indexadas

Fabiane Chueire Cianca Juliana Chueire Lyra Maria Cristina Marquezine 2011 UEL/ O aluno com altas Ednéia Vieira Rossato

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Semana da Educação

habilidades/superdotação e suas necessidades educacionais especiais

Diogo Janes Munhoz

Josiane Mª Sichieri da Costa

2011 UEL

Dupla necessidade educativa especial a comunicação mediada e o estímulo ao desenvolvimento de potencialidades

Joicy Alves Quintella Marcio Ferri Dutra Rosana Pizzol

Rose Aparecida Gonzales

2011

UEL/ Semana de

Artes

Uma proposta pedagógica de Artes e Linguagem para sala de

recursos de altas

habilidades/Superdotação

Fernanda Maria de Souza Diogo Janes Munhoz Ednéia Vieira Rossato Josiane Mª Sichieri da Costa

2012 ConBraSD

Coordenadores das licenciaturas da UEL e a terminologia sobre altas habilidades/superdotação

Fabiane Chueire Cianca Maria Cristina Marquezine Viviane Tramontina Leonessa Juliana Chueire Lyra

2012 ConBraSD UFF

NAAH/S Londrina - Paraná – a trajetória de implantação e construção do atendimento

Viviane Tramontina Leonessa Fabiane Silva Chueire Cianca Maria Cristina Marquezine Juliana Chueire Lyra

Josiane Maria Sichieri da Costa

2012 ConBraSD UFF

O espaço propício da sala de

recursos de altas

habilidades/superdotação

Edneia Vieira Rossato Fernanda Mª de Souza Silva Diogo Janes Munhoz Joicy Alves Quintella Josiane Mª Sichieri da Costa

2012 UEL/SIES

A relação entre AH/SD e o contexto social sob a percepção dos coordenadores de licenciaturas da UEL

Fabiane Silva Chueire Cianca Maria Cristina Marquezine Ednéia Vieira Rossato

Viviane Tramontina Leonessa Juliana Chueire Lyra

2012 UFSCAR Atendimento educacional especializado em altas habilidades/superdotação: uma proposta do NAAH/S Londrina/PR

Viviane Tramontina Leonessa Fabiane Silva Chueire Cianca Maria Cristina Marquezine Juliana Chueire Lyra Josiane Mª Sichieri da Costa

2013 UFLA

CEDET

A identificação de alunos talentosos em Londrina - Paraná

Fabiane Silva Chueire Cianca Josiane Mª Sichieri da Costa Rosana Oliveira de Pizzol Fonte: NAAH/S – 2013

O quadro 2 apresenta as atividades desenvolvidas a partir da implantação do NAAH/S, em 2011, destacando as intervenções com a família e a escola, como também a ampliação da divulgação da área através das mídias e da Universidade Estadual de Londrina.

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Quadro 2 – Relação dos atendimentos realizados pelo NAAH/S

2011 2012 Até agosto de 2013 Atendimento à comunidade externa – reunião com pais

de alunos com possíveis indicadores de AH/SD (rede particular e escolas municipais)

25 32 29

Contatos telefônicos - pais de crianças com possíveis

indicadores de AH/SD (outros municípios) 14 27 43

Orientação para escolas da Rede Estadual de Educação

de Londrina e Região 98 113 124

Atendimento à família de alunos das SR de AH/SD 64 109 116 Palestras/Reuniões em Instituições de ensino superior e

rede municipal de educação 6 8 8

Divulgação da área: TV, jornais, revistas 4 6 12

UEL parceria para estágios e capacitação 37 42 44

Participação de alunos em Feiras/Concursos/Congressos 5 9 11 Fonte: NAAH/S – 2013

Diante destas ações e da ampliação do atendimento, tanto com os alunos quanto com a sociedade, mostrou-se viável a criação da ALITAHS - Associação Londrinense de Incentivo ao Talento e Altas Habilidades/Superdotação, que conta com a participação de pais e professores dos alunos Salas de Recursos de AH/SD de Londrina, como também com a equipe do NAAH/S e interessados pela área. O objetivo é de possibilitar o desenvolvimento de atividades que gerassem recursos financeiros para custear os materiais para elaboração de projetos de pesquisa, o transporte dos alunos para a participação em feiras científicas, concursos culturais, visitas a museus, entre outras atividades que pudessem eventualmente acontecer em outros municípios, como também, promovessem ações que possibilitassem a disseminação de conhecimento sobre a área.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A autorização de funcionamento da Sala de Recursos de Altas Habilidades/Superdotação em Londrina tem promovido a identificação e o atendimento das necessidades educacionais dos alunos com AH/SD nas escolas públicas de educação básica, do município e região. Entre as metas já alcançadas está a inserção efetiva, no ensino regular, e a disseminação de conhecimentos sobre a área nas comunidades escolares e nas famílias. Tal objetivo tem sido atingido, considerando as ações que já se efetivaram, bem como as que estão em processo de construção, por exemplo: a contratação de professores de disciplinas específicas por meio do NAAH/S, para trabalhar com oficinas temáticas com os estudantes, a promoção, o apoio e a realização de parcerias com instituições de ensino superior, para que os professores participem de cursos, eventos e pesquisas.

A disponibilização de material diversificado, para uso do aluno e do professor na sala de aula, é outro ponto já efetivado. A oferta de estágio para estudantes das Universidades, corroborando na identificação e, parcerias para atendimento, com especial atenção ao curso de

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Psicologia. Orientações aos estudantes sobre questões intra e interpessoais são temas tratados com frequência nos diversos grupos de atendimento, cujo objetivo é, entre outros, trabalhar as relações interpessoais também no ensino regular.

O Grupo de Pais, mediado pela psicóloga da equipe do NAAH/S, é outra conquista que já apresenta resultados relatados e observados em conversas e nos atendimentos. Pode-se ainda, relatar o oferecimento de oportunidades de construção de conhecimentos e desenvolvimento de projetos referentes às características de personalidade e de aprendizagem dos alunos com altas habilidades/superdotação.

A apresentação de trabalhos em congressos e os diversos atendimentos à comunidade e às escolas públicas e particulares resultaram na maior divulgação da área na região de Londrina, favorecendo a indicação de alunos para o atendimento e a participação dos mesmos em feiras de ciências e eventos educacionais. Da mesma forma a ALITAHS está ampliando as possibilidades de parcerias para o investimento a esses educandos.

Vislumbra-se que a apropriação da temática ainda é nova para os educadores, para os legisladores e comunidade em geral. Porém, pretende-se registrar que a implantação das Salas de Recursos de AH/SD de Londrina é fruto de sujeitos que se percebem no conjunto de uma grande variedade de possibilidades educativas escolares e que pretendem, ao final de um processo de vida, ter a certeza da contribuição para o efetivo atendimento daqueles que se destacam por apresentar potencial acima da média, entre seus pares. Destaca-se, com especial atenção, o fruto desta conquista ao longo dos cinco (5) anos em que já se discute sobre a temática no Estado do Paraná e especialmente em Londrina.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. (2008). Política Nacional na Perspectiva da Educação Inclusiva. SEESP/MEC – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial.

GARDNER, Howard. Cinco mentes para o futuro. Porto Alegre: Artmed, 2007.

GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artmed, 1995.

GONSALVES, E. P. (2005). Conversas sobre iniciação à pesquisa cientifica. Campinas, SP: Editora Alínea.

GUENTHER, Z. C. (2000). Desenvolver capacidades e talentos: um conceito de inclusão. Petrópolis: Vozes.

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. (1986). A pesquisa em Educação: abordagem qualitativa. São Paulo: EPU.

MOREIRA, Laura Ceretta; LIMA, Denise Maria de Matos Pereira. Interface entre os NAAH/S e Universidade: um caminho para inclusão de alunos com altas

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habilidades/superdotação. In: MOREIRA, Laura Ceretta; STOLTZ, Tania (orgs). Altas

habilidades/Superdotação, talento, dotação e educação.Curitiba: Juruá, 2012, p. 143-153.

PÉREZ, Susana Graciela Perez Barrera; FREITAS, Soraia Napoleão. Estado do

conhecimento na área de Altas Habilidades/Superdotação no Brasil: uma análise das últimas

décadas. In: Reunião Anual da ANPED, 32. 2009, Caxambu. Anais... Caxambu: Anped. Disponível em: http://www.anped.org.br/reunioes/32ra/trabalho_gt_15.html. (Acesso em 12 ago. 2011).

RENZULLI, Joseph. O que é esta coisa chamada superdotação, e como a desenvolvemos? Uma retrospectiva de vinte e cinco anos. Educação, Porto Alegre, ano 27, n. 1, p. 75–131, jan./abr. 2004.

Referências

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