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Pedido de elementos adicionais

Processo: AIA-2020-0026

Projeto: Instalação avícola de Proença-a-Nova

Localização: freguesia de São Pedro do Esteval, concelho de Proença-a-Nova Classificação: alínea a) do ponto 23 Anexo I

Proponente: Meigal - Construções e Administração de Propriedades, S.A. Licenciador: Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro

No âmbito do procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) relativo ao projeto acima referido, a Comissão de Avaliação (CA) considerou ser necessário, ao abrigo do n.º 9 do artigo 14.º do D.L. n.º 151-B/2013, de 31 de outubro, na sua atual redação, solicitar os elementos a seguir mencionados:

Projeto

1. Apresentar para uma melhor compreensão do projeto em análise, os ficheiros digitais vetoriais, em formato shapefile (shp), com sistema de georreferenciação ETRS_1989_TM06-Portugal dos seguintes elementos:

 Delimitação da área do projeto;

 Delimitação das parcelas que constituem o projeto;  Identificação e implantação de todo o edificado proposto;  Traçados da rede de viária de acesso:

 Traçados da rede de viária interna existente e proposta;

 Traçados e elementos do sistema de drenagem, descarga e armazenamento de águas pluviais proposto;

 Traçados e elementos do sistema descarga e armazenamento dos efluentes líquidos doméstico proposto;

 Traçados e elementos do sistema descarga e armazenamento dos efluentes líquidos produzidos proposto;

 Traçados e elementos do sistema de abastecimento de água e dos pontos de captação de água propostos.

 Implantação dos parques de estacionamento.

Socioeconomia

2. Quanto à questão da posse da propriedade no Relatório Síntese (RS) é referido que a propriedade será adquirida pelo promotor após aprovação do projeto (página 13 do RS).

Que este se desenvolve numa área de 64.547,82 m2, numa propriedade de 337.110 m2 que se

localiza em Ribeiro da Fonte, Besteirinhos, Tapada dos Besteiros, Besteiros, Cimo do Vale Mingou, Vale Mingou, Caldeireiro, Covão Merendão e Palhota (página 18 do RS). Ora, estas informações

levam a presumir que se trata de um conjunto de prédios, a emparcelar ou unificar num só prédio, que terá 33,711 hectares.

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 Esclarecer se possui algum compromisso escrito para a aquisição de todos os prédios e para que os pedidos de licenciamento decorram ainda em nome dos ante possuidores (contrato promessa de compra e venda, protocolo com proprietários, ou outro);

 Demostrar como pretende criar o prédio, com cerca de 33,711 hectares, e qual será a operação urbanística;

 Clarificar como será tratada a área remanescente do prédio que não é mobilizada para o projeto (sugerindo-se a mobilização de espécies autóctones, a adoção de medidas de combate à erosão dos solos e uma manutenção florestal adequada, incluindo limpezas do terreno e conservação da faixa de gestão de combustível). Não deixa de ser estranho que só nas conclusões do RS se refira a desertificação na envolvente do projeto.

3. Na página 18 do RS, refere-se a inclusão da propriedade na sub-região Pinhal Interior Sul. Porém, na página 117, já se diz (e bem) que esta unidade territorial deixou de existir em 2013, passando o concelho de Proença-a-Nova a pertencer à sub-região da Beira Baixa.

 Será importante esclarecer no EIA que a referência da página 18 está errada e que, por ainda haver muitas estatísticas publicadas com a anterior divisão sub-regional, o RS ainda se reporta algumas vezes ao Pinhal Interior Sul.

4. Indicar a estimativa do investimento associado a este projeto uma vez que não encontra no RS. 5. Apresentar estimativa do tráfego diário pesado e ligeiro inerente à fase de construção,

nomeadamente nos períodos mais intensos das obras, ainda que se considere um pesado por dia, nos primeiros doze meses de obra (página 218 do RS).

6. Na fase de exploração, o tráfego pesado originado pela instalação será de 1 719 veículos/ano (cfr. estimativa do quadro 8, páginas 36 e 37 do RS). São ainda considerados dois veículos ligeiros/ano (para recolha de embalagens de medicamentos, cfr. página 220 do RS).

 Deve ser apresentada uma estimativa global para o tráfego gerado na fase de exploração da instalação avícola.

7. Atendendo ao impacte da crise pandémica e ao interesse em mobilizar mão-de-obra para a instalação.

 Recolher e analisar os últimos dados mensais do IEFP sobre o n.º de desempregados. 8. Apresentar uma síntese da situação socioeconómica de referência, com enfoque no projeto,

sugerindo-se que tenha a forma de uma matriz SWOT.

Recursos Hídricos

9. Indicar, para as fases de construção e de exploração, qual é a estimativa de volume produzido de águas residuais domésticas.

10. Esclarecer qual a ETAR municipal que rececionará as águas residuais domésticas produzidas na instalação.

11. Apresentar a declaração da Entidade Gestora dos sistemas públicos de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais em como o local da instalação não é servido por redes públicas de distribuição de água e de drenagem de águas residuais.

12. Indicar qual o material das fossas estanque. Apresentar o respetivo desenho de pormenor (planta e cortes).

13. Demonstrar que o volume de armazenamento de águas de lavagem associado a cada pavilhão é suficiente para reter o volume de águas de lavagem gerado por pavilhão e por ciclo de produção,

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assim como permite garantir a retenção daquelas águas por um período mínimo de 90 dias conforme Portaria nº 631/2009, de 9 de junho.

14. Atendendo a que o projeto prevê que a instalação avícola disponha de 30 fossas destinadas às águas de lavagem, número que se considera excessivo, apresentar uma solução para o encaminhamento das águas de lavagem dos pavilhões que permita a redução do número total de fossas da instalação, tendo em vista a diminuição do risco de eventual contaminação do solo e do meio hídrico.

15. Apresentar declaração da entidade gestora da ETAR de destino para as águas de lavagem, em como a mesma dispõe de capacidade para receber e tratar todas as águas de lavagem produzidas pela instalação avícola.

16. Apresentar o Plano de Gestão do Efluente Pecuário (PGEP) da instalação PGEP a aprovar pela DRAP Centro.

17. Clarificar se está previsto o armazenamento temporário de estrume na instalação.

18. Indicar qual é o encaminhamento e destino final do estrume. Caso o estrume seja encaminhado para uma empresa, apresentar declaração dessa empresa em como tem capacidade para receber a quantidade de estrume produzida na instalação. Caso não esteja previsto armazenamento de estrume na instalação, a declaração deve referir a disponibilidade da empresa em receber imediatamente após a limpeza dos pavilhões. Caso o estrume seja encaminhado para valorização energética e agrícola, ou para produção de adubos, indicar as quantidades encaminhadas para cada operação. Indicar o(s) operador(es) de destino no caso da operação de valorização energética.

19. Clarificar se no procedimento de abastecimento de combustível (gasóleo) do gerador de emergência poderão ocorrer escorrências, com eventual produção de águas pluviais potencialmente contaminadas.

20. De acordo com a cartografia apresentada parecem existir poços na área de implantação da instalação, pelo que deve ser esclarecido se os mesmos virão a ser utilizados, e para que fim, ou se serão desativados/selados.

21. Esclarecer, de forma fundamentada, se o aumento do caudal de ponta devido à impermeabilização põe em causa as atuais condições de escoamento nas linhas de água a jusante da propriedade, assim como demonstrar que a seção de vazão do referido pontão (mencionado no RS) permite o escoamento do acréscimo de caudal estimado.

22. Apresentar planta de implantação da instalação integrando a margem (10m) de todas as linhas de água, incluindo as linhas de água sobre as quais existe proposta de alteração de traçado. 23. Apresentar eventual reformulação da avaliação dos impactes nos recursos hídricos superficiais,

atendendo ao solicitado anteriormente, designadamente nos pontos 11. e 13. do presente pedido de elementos.

24. Sendo referido, no que respeita à análise dos impactes na quantidade da água subterrânea, tanto na fase de construção, como fase de exploração, que os aquíferos possuem baixa capacidade de armazenamento e são pouco produtivos e que, por outro lado, a impermeabilização de cerca de 10 ha, assim como a extração de 32 000 m3/ano, são consideradas negligenciáveis, solicita-se a

reavaliação dos impactes induzidos pelo projeto na quantidade da água subterrânea.

25. Avaliar em que medida a implementação do projeto coloca em causa as funções descritas no n.º 3, da alínea d), da Secção III, do Anexo I, do D.L. 124/2019 de 28 de agosto, para as áreas do projeto que estão classificadas com REN, tipologia Áreas estratégicas de infiltração e de proteção

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26. Reformular as medidas de minimização, tendo em conta as reavaliações de impactes anteriormente solicitadas.

27. Apresentar eventual proposta de um plano de monitorização da qualidade das águas subterrâneas, tendo em conta a reavaliação de impactes anteriormente solicitada.

Alterações Climáticas

28. Apresentar a informação relativa à identificação e ao cálculo da estimativa das emissões de GEE totais inerentes ao projeto, que ocorrem direta ou indiretamente nas diversas fases do projeto, nomeadamente na fase de exploração. Tendo em conta as atividades inerentes à operação o proponente concluiu que não se espera que o projeto tenha um impacte significativo nas AC. 29. Apresentar informação relativa às emissões de GEE resultantes da utilização de gases fluorados

utilizados nos sistemas de refrigeração existentes na instalação. Nesta sequência, e de forma a minimizar as emissões de GEE, note-se que deve ser acautelada a seleção de equipamentos que utilizem gases fluorados com menor potencial de aquecimento global ou, preferencialmente, equipamentos que utilizem fluídos naturais.

Solo e Uso do Solo

30. O descritor do Uso do Solo do Relatório de Síntese do EIA, deverá conter na sua caracterização a informação da Carta de Uso do Solo (COS) de 2018;

31. Deverá ser apresentada planta de implantação das instalações avícolas com a localização das áreas de estacionamento e estaleiro de obras;

32. Deverá ser apresentada a shapefile da área de estudo do projeto (limite da propriedade, edificações, áreas de estacionamento e estaleiro de obras).

Emissões Gasosas

33. Indicar a eficiência dos Sistemas de Tratamento de efluente Gasoso (STEG) associado às fontes de emissão (incluir comprovativo do fabricante).

34. Demonstrar que a altura das chaminés associadas às fontes fixas é a regulamentar.

Ordenamento do território

35. Nas páginas 19, 94 e 95, é referido o Plano Regional de Ordenamento Florestal (PROF) do Pinhal Interior (Sul) como estando em vigor, mas tais referências devem ser substituídas pelas que vigoram com o designado Programa Regional de Ordenamento Florestal do Centro Litoral. 36. Os dados do quadro 2 (página 20 do RS) devem ser revistos (a área impermeabilizada não

coberta não pode ser igual à área total de impermeabilização).

37. As referências ao Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro (PROT-Centro), nas páginas 94 e 95 do RS, não parecem fazer sentido, uma vez que este instrumento não está em vigor e tem vindo a ser utilizado como referencial estratégico (valência que não foi aproveitada no documento em apreço).

38. A um nível de detalhe, detetaram-se as seguintes imprecisões, que deverão ser corrigidas:  A indicação sobre a aplicação do Decreto-Lei n.º 13/71 a estradas municipais (página 104

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 No elenco de freguesias existentes em 2011 no concelho, falta a freguesia de Montes da Senhora (páginas 117 e 118 do RS);

 Nas páginas 19, 94, 95 e 198 do Relatório de Síntese do EIA, deverá proceder-se à atualização de “Plano Regional de Ordenamento Florestal do Pinhal Interior” para “Programa Regional de Ordenamento Florestal do Centro Litoral”, publicado pela Portaria n.º 56/2019, de 11 de fevereiro, bem como ao respetivo enquadramento da área de estudo no zonamento/organização territorial florestal das sub-regiões homogénea;  Nas páginas 19 e 95 do Relatório de Síntese do EIA, é feita referência à data da 1.ª revisão

do PDM de Proença-a-Nova, situação que deverá ser completada com a alteração que ocorreu com a publicação do Aviso n.º 6334/2020 (D.R. 74, II-S, 2020.04.15) -1.ª Alteração (RERAE) do Regulamento;

 Na página 101, Reserva Ecológica Nacional, do Relatório de Síntese do EIA, deverá proceder-se à atualização do atual RJREN “Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 239/2012, de 2 de novembro” para “Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de agosto, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 124/2019, de 28 de agosto”;

 Na página 102, do Relatório de Síntese do EIA, deverá proceder-se à atualização da designação das tipologias de área de REN “Leitos dos cursos de água” e “Áreas estratégicas de proteção e recarga de aquíferos” para “Cursos de água e respetivos leitos e margens” e “Áreas estratégicas de infiltração e de proteção e recarga de aquíferos”, conforme consta no Anexo IV do Regime Jurídico da REN publicado pelo Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de agosto, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 124/2019, de 28 de agosto.

Resumo Não Técnico

39. O novo RNT deverá respeitar e integrar todas as reformulações também tidas como necessárias para o Relatório Final.

Formulário SILiAmb

40. Reformular/corrigir/completar o formulário submetido no SILiamb de acordo com o presente pedido de elementos.

O Gestor do Processo Luís Gaspar

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