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Resolução da Ficha Formativa de Trabalho de Grupo 4 sobre o documentário. A Jornada do Homem

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Academic year: 2021

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Disciplina de Psicologia B – 12

o

Ano – Turma A

Resolução da Ficha Formativa de Trabalho de Grupo 4 sobre o documentário

A Jornada do Homem

1. As informações que permitem aos cientistas reconstituir a história

da migração e da humanidade são extraídas do sangue (nos genes).

2. A ciência que permite reconstituir o traçado migratório possível da humanidade é a genética.

3. A origem genética da humanidade situa-se no deserto do Kalahari, no território atual da Namíbia.

4. Os antepassados genéticos mais remotos da humanidade que ainda existem chamam-se bosquímanos – povo San.

5. No documentário são identificados os três principais agentes da transmissão genética, ou seja o ADN, os genes e os cromossomas.

6. Dá-se o nome de mutações.

7. Chamam-se marcadores (mutações herdadas de geração em

geração ao nível cromossomático).

8. Pensa-se que os San (os bosquímanos) sejam o povo que regista

geneticamente os marcadores genéticos mais antigos do mundo, dado que na árvore genealógica da humanidade o seu ramo é o primeiro a separar-se do resto dos seres humanos.

9. A característica comportamental dos San que oferece uma janela para a história da humanidade é o dialeto bosquímano que é único no mundo humano – é uma linguagem formada por estalidos e não há outra atualmente comparável no mundo.

10. Por hipótese, houve um “salto de raciocínio” que se expressa na língua e nas capacidades de refletir sobre hipóteses de experimentar e de aprender coisas novas em sociedade. Com estas capacidades cognitivas e sociais construíram armas de caça complexas e decifram o rosto das presas, numa caçada em que cooperam em grupo.

11. A migração humana ser um mistério, mas a hipótese mais

plausível será, provavelmente, devido ao surgimento de uma Era Glaciar (60 a 30 mil anos a.C.), com alterações ambientais catastróficas, levando à escassez de recursos existentes nos habitats. Esta pressão ambiental terá despertado o movimento migratório dos seres humanos para o exterior do continente Africano, ao longo das linhas costeiras. Os dados geológicos e dos marcadores genéticos presentes em populações humanas isoladas parecem confirmar esta hipótese.

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12. Depois de terem saído de África, o ponto remoto do mundo em que aparecem as ossadas dos nossos antepassados foi na Austrália.

13. Supor que foram os Aborígenes australianos os primeiros seres humanos e que foram estes que viajaram para África, é uma hipótese que não faz sentido nem tem validade científica, é somente uma crença mitológica dos Aborígenes australianos. Apesar dos Aborígenes australianos terem o marcador genético mais antigo que existe no povo San, os bosquímanos e os outros povos africanos não contêm vestígios genéticos dos aborígenes. A migração humana fez-se na direção de África para a Austrália.

14. As duas explicações são efetivamente muito diferentes. Os

aborígenes defendem que são o povo mais antigo do planeta baseando-se numa narrativa mitológica, as quais são apelidadas de “linhas-de-canto” (“songlines”), ou histórias transmitidas de geração para geração por via da tradição oral, uma herança mítico-religiosa. Em contrapartida, a explicação de Spencer Wells é científica e baseia-se no conhecimento genético, associado a testes e à experimentação a que são submetidas as hipóteses, pelo que é mais plausível. Dado que o conhecimento científico é conferido de modo experimental e legitimado de acordo com métodos objetivos, este proporciona uma leitura mais confiável e consistente do que a explicação mitológica dada pelos aborígenes, que se apoia somente numa crença natural determinada por uma tradição impossibilitada de ser testada e que é contrariada pela ciência.

15. O geneticista norte-americano Spencer Wells, na Índia, só procura extrair sangue de seres humanos do sexo masculino, porque só o sexo masculino é que possui o cromossoma Y e esse encontra o marcador genético mais antigo da humanidade e a transmissão cromossomática, ao nível dos mercadores genéticos. Deste modo, a possibilidade de encontrar um marcador genético ancestral é muito mais elevada no seio das comunidades humanas fechadas (onde não se fazem casamentos entre castas diferentes), exemplo de algumas castas indianas da região de Madurai.

16. Através da descoberta do mercador genético indiano pretende-se provar que há um rasto genético que conduz a humanidade na sua migração para a Austrália, dado que não há vestígios arqueológicos da presença humana na Índia datados do período de 30 a 40 mil anos a.C. No entanto, se se conseguir comprovar que há evidências de marcadores genéticos tão antigos como os existentes na tribo San de África, consegue-se provar que os seres humanos migraram no sentido de África para a Austrália (e não no sentido inverso, como pretendia a mitologia dos aborígenes australianos). A falta de provas arqueológicas é, neste caso, colmatada por provas genéticas.

17. A segunda vaga migratória de seres humanos dirigiu-se para o

território da China atual.

18. O hominídeo que ocupou a Europa pela primeira vez na migração

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19. As mutações genéticas que afetaram os primeiros hominídeos

durante a época glaciar foram a despigmentação da pele, onde esta se tornou mais clara para absorver melhor a luz do Sol e, deste modo, segregar vitamina D, imprescindível para o crescimento e robustez óssea, e alterações na estatura, na cor do cabelo, e ainda na forma do nariz.

20. O marcador genético ancestral da Ásia Central é comum a todos

os seres humanos, europeus e americanos e prova que a migração não foi feita pela rota normal, o trajeto África-Médio Oriente e Europa, mas sim pela Ásia Central, o que justifica o facto dos seres humanos terem demorado tanto tempo a chegar à Europa (aproximadamente 10 mil anos a.C.). É possível que o meio ambiente, agreste e pouco propício, tenha sido um fator de influência para que os seres humanos da Europa tenham desviado a sua rota migratória.

21. A tribo nómada do Ártico que possui o mesmo marcador genético

da Ásia Central chama-se Chukchi.

22. Os Chukchi são um exemplo clássico daquilo que em biologia se

chama as regras de Bergman e de Allen, segundo as quais num clima muito frio, a superfície do corpo é reduzida e o comprimento das extremidades também, motivo pelo qual as pessoas têm pernas e braços mais curtos, dedos mais curtos e um tronco mais curto e mais arredondado de maneira a reduzir a área de exposição para onde podem perder calor. Nesse sentido, os Chukchi são excelentes fornalhas com a capacidade de preservar o calor corporal.

23. A passagem do Ártico, do território do Extremo Oriente Russo,

para a América do Norte chama-se Estreito de Bering. No entanto, pensa-se que as tribos conseguiram chegar à América do Norte passando pela Beringia, uma massa de Terra, que na altura, nesse mesmo estreito, ligava a Rússia ao Alasca.

24. A tribo norte-americana que possui o mesmo marcador genético

dos Chukchi é a tribo Navajo.

25. A principal conclusão que se pode tirar deste documentário é que todos os seres humanos são parentes próximos daquele povo Africano, os Bosquímanos. Pode-se afirmar através da visualização do mesmo que todos nós descendemos de África. É verdade que de região para região os seres humanos têm características diferentes, pois há milhares de anos atrás quando os nossos antepassados povoaram todas essas regiões foi necessário que desenvolvessem novas capacidades e novas características para se adaptarem a meios completamente diferentes daqueles que estavam adaptados. Estas adaptações foram ocorrendo no fenótipo do ser através de mutações genéticas. Como exemplo temos o povo Chukchi que tem uma baixa estatura e as extremidades do corpo são mais pequenas para preservarem durante mais tempo o calor, e assim evitar perdas de calor. Isto permite que se desenvolvam num meio que sem estas características não poderiam suportar. Se analisarmos o ADN de todos os povos do mundo iremos encontrar demarcadores genéticos idênticos em todos os povos do mundo, o que significa que podemos

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ser todos parentes uns dos outros. Mas a questão vai mais longe quando se trata de racismo, pois devido a diferenças físicas que aconteceram em consequência das adaptações ao meio, os serem humanos podem avaliar os outros pelas suas diferenças físicas, mas o que podem desconhecer é que todos somos originários de África, pelo que atualmente nos encontramos distribuídos por todo o globo devido as várias fases migratórias vividas há milhares de anos atrás.

Contudo, apesar das igualdades evidenciadas e da ligação existente entre todas as etnias o racismo continua a existir. Racismo é uma maneira de discriminar as pessoas baseada em motivos raciais, cor da pele ou outras características físicas, de tal forma que umas se consideram superiores a outras. Portanto, o racismo tem como finalidade intencional a diminuição ou a anulação dos direitos humanos das pessoas discriminadas. Todavia, o racismo não tem fundamento lógico. Não podemos fundamentar que uma “raça” é superior à outra pela diferença existente ao nível da pigmentação da pele de cada individuo, pois estas diferenças existentes são causadas pela adaptação individual de cada conjunto a um ambiente adversas ao que estavam anteriormente inseridos e não nos podemos esquecer que todos derivamos de um antepassado comum, somos todos “família”, por assim dizer, logo atos realizados durante a Segunda Guerra Mundial, em que os nazis decidiram fazer uma limpeza étnica com o intuito de exterminar as raças inferiores, mas tal parte de uma ideologia falsa, pois todas as raças estão ao mesmo nível e adaptadas, de forma especifica, a diferentes adversidades.

O racismo também acaba por se fundamentar numa ideologia pseudocientífica, pois como observável no Portugal do século XX, com as colónias, os locais, de etnia negroide, eram tratados como seres inferiores, servindo os mesmos somente para o trabalho físico, e eram colocados na base de uma pirâmide social, encabeçada pela etnia caucasiana. Tal era delineado pela relação intrínseca entre a biologia e a cultura, entre o físico e o espírito, que pavimentou o caminho da ideologia racista, isto é, como os africanos apresentavam pele mais escuras eram considerados “sujos” e por isso eram condenados à escravatura. Por sua vez, os europeus, pelos seus modos e pseudo grandiosidade, tinham de ser considerados seres todos poderosos capazes de comandar o destino dos africanos. Contudo, esse tipo de ideia é pseudocientífica, pois está-se a partir da genética de cada um, valorizando ou desvalorizando essas características que tornam cada um de nós seres únicos, e a tentar usar isso como dado científico adquirido, sendo estes inválidos e inverificáveis por qualquer tipo de ciência competente.

Atualmente o racismo continua a ser um grave problema em numerosos países, mesmo onde teoricamente não existe, como no caso dos EUA (sobretudo nas zonas do Sul). A crise económica e a pressão demográfica costumam ser motivo de problemas raciais mais ou menos graves, como sucede na Grã-Bretanha com os imigrantes, em França com os norte-africanos, na Alemanha com os turcos ou em Espanha com a população cigana e os trabalhadores negros ilegais.

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Em suma, podemos concluir que o racismo, um problema real que afeta a vida de muitas pessoas por força do preconceito ideológico que ainda subsiste em muitos setores da sociedade, é uma ideologia falsa e pseudocientífica, pois parte de ideias pré-concebidas sem valor lógico ou científico, reforçadas pelos problemas socioeconómicos do local onde este se insere, e assume-se tal como verdade irrefutável, e somente na mente de um ser extremamente dogmático a ideia de racismo pode ser aceite como sólida e válida

Gonçalo Palma nº8 Jéssica Pereira nº9 Laura Machado nº12 Paulo Ginja nº18 Pedro Alcario nº19

Referências

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