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PREVALÊNCIA DE UTILIZAÇÃO DE IMPLANTES CURTOS EM MAXILARES: ESTUDO PILOTO RETROSPECTIVO

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Universidade Federal da Bahia Faculdade de Odontologia Graduação em Odontologia

IRVING BONFIM MAGALHÃES GUMES

PREVALÊNCIA DE UTILIZAÇÃO DE IMPLANTES

CURTOS EM MAXILARES: ESTUDO PILOTO

RETROSPECTIVO

Salvador-BA-Brasil, Outubro, 2012.

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1 IRVING BONFIM MAGALHÃES GUMES

PREVALÊNCIA DE UTILIZAÇÃO DE IMPLANTES

CURTOS EM MAXILARES: ESTUDO PILOTO

RETROSPECTIVO

Trabalho de Conclusão apresentado à Disciplina de TCC II como parte dos requisitos para Conclusão do curso de Graduação em Odontologia da Universidade Federal da Bahia.

Orientador: Prof. Dr. : Márcio Vieira Lisboa; Co-orientador: Prof. Dr. : Antônio Fernando Pereira Falcão.

Salvador-BA-Brasil, Outubro, 2012.

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2 IRVING BONFIM MAGALHÃES GUMES

PREVALÊNCIA DE UTILIZAÇÃO DE IMPLANTES

CURTOS EM MAXILARES: ESTUDO PILOTO

RETROSPECTIVO

Trabalho de conclusão de curso aprovado em ______/______/_______

Professor (a):

__________________________________________________________ Prof. Márcio Vieira Lisboa (Faculdade de Odontologia da UFBA)

Examinadores:

______________________________________________

Prof. Antônio Fernando Pereira Falcão (Faculdade de Odontologia da UFBA)

______________________________________________ Prof. Marcelo Rios (UNIME)

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3 Gumes, Irving Bonfim Magalhães. Prevalência de utilização de implantes curtos em maxilares: estudo piloto retrospectivo. 2012. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia). Universidade Federal da Bahia.

1. RESUMO:

Desde a descoberta da osseointegração por Branemark, a instalação de implantes de titânio tem se tornado o tratamento recomendado para a reposição de dentes perdidos. Atualmente, as pesquisas na área da implantodontia tem objetivado desenvolver procedimentos mais rápidos, controlados e que resultem em maior conforto e previsibilidade ao paciente e profissional, principalmente evitando cirurgias extensas que envolvam enxertos ósseos. Nessas circunstâncias é que veio o desenvolvimenrto de implantes curtos, substituindo o uso dos implantes convencionais quando há uma limitação para a implantação do mesmo, representando uma alternativa viável, simples e previsível. Nesse contexto, o emprego de implantes curtos tornou-se uma realidade e tem alta empregabilidade no mercado odontológico, no entanto faltam dados de prevalência e taxa de sucesso desses procedimentos. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo analisar a prevalência de utilização dos implantes curtos, através da análise dos prontuários de clínicas e curso de especialização em implantodontia da cidade de Salvador, calculando com isso, a percentagem de implantes curtos utilizados. No estudo, verificou-se que 48,6 % dos implantes eram curtos.

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4 Gumes, Irving Bonfim Magalhães. Prevalence of use of short implants in jaws: a retrospective pilot study. 2012. End of Course Work (Graduate Dentistry). Federal University of Bahia.

2. ABSTRACT:

Since the discovery of osseointegration by Branemark, installing titanium implants have become the treatment recommended for the replacement of missing teeth. Currently, research in the field of implantology has aimed to develop faster procedures, and controlled resulting in greater predictability and comfort to the patient and professional, especially avoiding extensive surgeries involving bone grafts. In these circumstances is it came desenvolvimenrto of short implants, replacing the use of conventional implants when there is a limitation to the implementation of the same, representing a viable alternative, simple and predictable. In this context, the use of short implants has become a reality and have high employability in the dental market, however there are no data on the prevalence and success rate of these procedures. Therefore, this study aims to examine the prevalence of use of short implants, through analysis of medical records from clinics and specialized course in implantology from the city of Salvador, thereby calculating the percentage of short implants used. In the study, it was found that 48.6% of the implants were short.

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5 LISTA DE GRÁFICOS:

Gráfico 1- quantidade total de prontuários por gênero analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012...13 Gráfico 2: quantidade total de implantes por gênero analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012...13 Gráfico 3: quantidade total de implantes por tamanho analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012...14 Gráfico 4: quantidade total de implantes menores ou iguais e maiores que 10mm, analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012...15

Gráfico 5: quantidade total de implantes menores ou iguais e maiores que 8,5mm, analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012...15

Gráfico 6: percentual do tamanhos dos implantes no gênero masculino analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012...16

Gráfico 7: percentual do tamanho dos implantes no gênero feminino analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012...17

Gráfico 8: percentual dos implantes menores que 10mm de comprimento no gênero masculino analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador,

no período entre 2005 a

2012...18 Gráfico 9: percentual dos implantes menores que 10mm no gênero feminino analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012...18

Gráfico 10: percentual dos implantes menores que 8.5mm no gênero masculino analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período

entre 2005 a

2012...19 Gráfico 11: percentual dos implantes menores que 8.5mm no gênero feminino analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012...19

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6 Sumário: 1.INTRODUÇÃO...7 2. REVISÃO DE LITERATURA...9 2.1 IMPLANTES CURTOS...11 3. OBJETIVOS...14 4. MATERIAIS E MÉTODOS...14 5. RESULTADOS...15 6. DISCUSSÃO...23 7. CONCLUSÃO...27 8. REFERÊNCIAS...28 9. ANEXOS...30

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7

1. INTRODUÇÃO:

Reabilitações orais com implantes osseointegráveis para substituição de dentes perdidos têm sido bem documentadas. Esses representam uma alternativa eficaz na reabilitação de pacientes parcial e totalmente desdentados. O sucesso dessa especialidade há muito deixou de ser, apenas, a manutenção dos implantes no arco dentário, mas sim, todo o funcionamento harmônico do elemento artificial, que é resultado do planejamento, técnica cirúrgica e de um tratamento protético habilidoso levando-se em consideração que a biomecânica de uma prótese implanto-suportada é qualitativamente diferente daquela suportada por dente natural1.

Algumas publicações demonstram que um número significante de usuários de próteses de todas as idades relatam insatisfação com as próteses removíveis convencionais. Tal insatisfação pode aumentar com o uso prolongado destas próteses, já que o tecido ósseo de suporte sofre uma reabsorção contínua após a perda do elemento dentário2.

Para os usuários de próteses removíveis em qualquer idade, os implantes vêm suplantar a falta de estabilidade, dificuldade de mastigação e insegurança psicológica3. Para os vitimados de acidentes esportivos ou automobilísticos, portadores de agenesias ou mesmo de perdas dentárias por cárie ou comprometimento periodontal, os implantes apresentam-se como uma excelente solução. Com o surgimento dos implantes osseointegrados uma nova possibilidade de tratamento foi criada, permitindo ultrapassar os limites das próteses convencionais fixas e removíveis3, 12. Em comparação ao tratamento reabilitador convencional sobre dentes naturais, a reabilitação sobre implantes possui maiores índices de sucesso e longevidade3.

Desde a descoberta da osseointegração por Bränemark4 e, contemporaneamente, por Schroeder e Schulte4, a instalação de implantes de titânio tem se tornado o tratamento recomendado para a reposição de dentes perdidos. Estima-se que foram instalados cerca de 2,5 milhões de implantes dentários no Brasil em 2010, com expectativa de dobrar esse número em 3 anos. Entretanto, o número de implantes dentários inseridos na população, de um modo geral, ainda é insignificante diante da parcela total ou parcialmente edêntula existente, o que fez os

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8 autores buscarem respostas ao questionamento desse distanciamento ainda tão evidente4.

Com o advento da implantodontia e, consequentemente, de novos conceitos da clínica odontológica, a conduta de orientação terapêutica foi modificada e reavaliada substancialmente. A partir desta nova visão, é o osso de suporte que se interessa observar, assim como não se pode perder tecido ósseo para que se possa utilizar parafusos de implante e reabilitar a função mastigatória. Com estes conceitos claros, um segundo passo seria a análise da quantidade e qualidade do osso suporte. Em diversas situações, a maxila e/ou mandíbula não apresenta quantidade, altura ou volume ósseo suficientes para acomodar um implante. Isto é frequentemente resultado de defeitos promovidos por trauma, patologias, cirurgias, extrações dentais ou reabsorção fisiológica5.

O tratamento dentário com implantes tem-se tornado uma alternativa para as terapias tradicionais, como as próteses parciais removíveis e fixas dento-suportadas6,12. No entanto, apesar do grau de sucesso dos implantes dentários, algumas restrições têm sido postas à sua colocação, principalmente no que diz respeito à quantidade e qualidade de osso disponível em altura e espessura6.

A altura óssea reduzida ou acidentes anatômicos apresentam muitas vezes uma limitação para o uso de implantes convencionais, como a extensa pneumatização do seio maxilar e a proximidade do canal mandibular. Cirurgias para enxertia e regenerações ósseas e transposição do nervo alveolar inferior servem como alternativa para viabilizar o tratamento com implantes convencionais nestas regiões7, 13. Apesar de esses procedimentos obterem sucesso, muitos pacientes os rejeitam devido à necessidade de múltiplos procedimentos cirúrgicos, maior sensibilidade pós-operatória, alto custo e maior duração do tratamento7, 13. Já a transposição do nervo apresenta um risco maior à parestesia7.

Nessas circunstâncias em que há uma limitação para o uso de implantes convencionais, implantes curtos, poderiam ser selecionados, pois representam uma alternativa viável, simples e previsível7. Quando possível e corretamente indicado, o uso de implantes curtos mostra-se uma escolha segura no tratamento de áreas edêntulas com limitações de altura e volume ósseo6, 7.

Este trabalho objetiva-se revisar, não sistematicamente, a literatura com o intuito de realizar um estudo retrospectivo a cerca do uso dos implantes curtos, discutindo alguns itens do mesmo, como aspectos biomecânicos, longevidade e

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9 planejamento cirúrgico-protético e índices de sucesso. Visa também avaliar o percentual de utilização de implantes curtos nas clínicas e cursos de especializações em implantodontia de Salvador-Ba, através de pesquisa de prontuários.

2. REVISÃO DELITERATURA:

O padrão de perdas ósseas após extração de elementos dentários na região posterior dos arcos maxilares superior e inferior são bem distintos. A maxila apresenta uma perda horizontal maior, no sentido vestibulo-palatino, com perda vertical mais lenta. A perda óssea vertical da maxila, apesar de relativamente devagar, ocorre em dois sentidos: através do remodelamento natural em altura que essa arcada sofre e pela “pneumatização” dos seios. Já a perda mandibular ocorre principalmente no sentido vertical, resultando geralmente em pouca altura óssea, porém com quantidade razoável no plano horizontal. Em função disso, e da presença de áreas anatômicas nobres, o planejamento para reabilitação da região posterior dos arcos atróficos normalmente é mais complexa. O cirurgião deve estudar soluções como cirurgias prévias para ganho de volume ósseo, uso de implantes angulados e implantes curtos8.

O tratamento de áreas edêntulas exige uma disponibilidade óssea adequada do leito receptor, o que se torna um problema para os casos de atrofia que comprometam a espessura e/ou altura óssea disponível nos maxilares9.

A literatura relata um melhor resultado na utilização dos implantes osseointegrados quando o maior contato possível entre a área total da superfície do implante e o osso alveolar é alcançado, por isso há a procura por implantes maiores tanto em comprimento quanto em diâmetro. No entanto, a altura óssea disponível é um dos fatores limitantes na determinação do comprimento do implante. Áreas como a região posterior da maxila, devido à expansão do seio maxilar após a perda dentária e a região posterior da mandíbula, devido à proximidade com o canal mandibular, muitas vezes impossibilitam a instalação de implantes longos2.

Um estudo radiográfico de 431 pacientes parcialmente edentados revelou que apenas em 38% das regiões maxilares e 50% das regiões mandibulares

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10 avaliadas possuíam pelo menos 6 mm de osso alveolar disponível para instalação do implante.2

Para contornar essas limitações fisiológicas e anatômicas, várias técnicas de enxertia óssea têm sido propostas. O material de enxertia é de fundamental importância para o sucesso do enxerto utilizado, pois diversos biomateriais possuem diferentes graus de indução à osteogênese. Os enxertos classificam-se em: autógenos, homógenos, heterógenos e aloplásticos1.

Não existe o material para enxertia dito ideal, mas o osso autógeno é consagrado na literatura mundial como o que consegue reunir características mais próximas do ideal. Como desvantagem, há necessidade de uma área doadora, potencial de reabsorção e dificuldade de adaptação na área receptora10.

Haja vista, a procura por substitutos que apresentassem as mesmas propriedades que o osso autógeno, com o objetivo de reduzir a morbidade dos procedimentos cirúrgicos, fez com que as pesquisas desenvolvessem materiais sintéticos, ao mesmo tempo em que os bancos de ossos passaram a ser mais confiáveis. Contudo, o custo e o medo da contaminação por HIV, hepatite B e C, citomegalovírus e bactérias, muitas vezes, desencorajam os profissionais a oferecerem esta opção ao paciente. Por outro lado, estes enxertos minimizam a morbidade pós-operatória do paciente, pois não necessitam de intervenção cirúrgica em outros sítios doadores10.

Apesar de esses procedimentos de enxertia obterem sucesso, muitos pacientes os rejeitam devido à necessidade de múltiplos procedimentos cirúrgicos, maior sensibilidade pós-operatória, altos custos e maior duração do tratamento1.

Outro mecanismo para contornar as limitações fisiológicas e anatômicas dá se pelo reposicionamento do nervo. Citado como tratamento para facilitar a colocação de implantes mais longos na região posterior da arcada inferior, porém esse procedimento cirúrgico representa um risco maior de parestesia1.

Diante disso, diversas alternativas terapêuticas, além da utilização de técnicas para aumento da disponibilidade óssea, podem ser empregadas a fim de permitir a reabilitação com implantes dentais, como modificações na angulação das fixações ou opção por implantes zigomáticos no caso de reconstrução da maxila, ou ainda implantes curtos. Dentre essas alternativas, as altas taxas de sucesso dos implantes curtos que vêm sendo demonstradas pelos estudos clínicos controlados

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11 randomizados, têm tornado os implantes curtos uma alternativa de tratamento viável para os casos de atrofia óssea vertical4.

2.1 IMPLANTES CURTOS:

No que diz respeito à definição de implantes curtos, não há um consenso na literatura. A carência de uniformidade nesse conceito é notada pelas diferentes designações adotadas pelos trabalhos científicos, que variam o comprimento dos implantes entre 4 a 10 mm. Segundo Renouard e Nisand4, a definição mais apropriada de implante curto corresponde a um sistema cujo comprimento intraósseo é menor ou igual a 8 mm, o que pode ser influenciado, portanto, pela técnica cirúrgica4, 14. SANTIAGO JÚNIOR, et al.1 afirmam que implantes curtos são considerados aqueles com comprimento menor que 10mm1, 7, 15.

Modificações no desenho do corpo e na superfície dos implantes curtos têm sido sugeridas para melhorar a ancoragem e obter uma melhor distribuição das cargas oclusais. Os implantes curtos possuem uma desvantagem em termos de estabilidade primária e distribuição de forças, o seu comprimento pode ser compensado pela incorporação de roscas, o que acarretará em um aumento substancial na área de contato osso implante2.

Com o advento dos implantes curtos, a reabilitação com implantes dentários em áreas com rebordos muito reabsorvidos constitui uma opção de tratamento menos complexa, onerosa e traumática aos pacientes. Quando possível e corretamente indicado, o uso de implantes curtos mostra-se uma escolha segura no tratamento de áreas edêntulas com limitações de altura e volume ósseo7.

Os implantes com menos de 10 mm de comprimento eram associados com altas taxas de insucesso, isso se deve ao fato de que os primeiros resultados clínicos em relação ao uso de implantes curtos não foram muito promissores. Talvez em função de alguns cuidados no que se dizia respeito a utilização de implantes nesta fase de desenvolvimento da técnica. Ou então pela dificuldade da aplicação na clínica diária de alguns conceitos teóricos, como estabilidade primária alta, neste período da história. Com o tempo, pode-se observar que o uso de implantes curtos com superfície de tratamento, diâmetros largos e maior estabilidade primária resultariam em maiores índices de sucesso5.

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12 Diversos artigos publicados entre 1991 e 2003 sobre a taxa de sucesso dos implantes curtos apresentaram uma média de 85,3% de sucesso contra 90% para implantes longos. Tais estudos envolveram diversos tipos de implantes com diferentes designs e superfícies. Os implantes curtos em relação aos longos necessitam de menos osso remanescente, reduzindo a exposição do paciente a cirurgias para enxertia óssea, elevação da mucosa do seio maxilar, reposicionamento do nervo alveolar inferior, constituindo uma grande vantagem2.

Quanto à efetividade dos implantes curtos em reabilitações cirúrgico-protéticas unitárias e múltiplas, a literatura disponibiliza diferentes taxas de sucesso que variam de 55 a 100%. Essas diferenças podem ser atribuídas às variáveis que interferem na sobrevida dos implantes, como tipo de superfície, curva de aprendizado do cirurgião, qualidade e quantidade óssea, estabilidade primária, protocolo protético e uma deficiência na uniformidade do conceito de implante curto4. Em um estudo, ten Bruggenkate et al.7, relataram o acompanhamento de 126 pacientes com 253 implantes com superfície tratada (45 na maxila e 208 na mandíbula, 6,0 mm de comprimento e diâmetros de 3,5 ou 4,1 mm) por um período entre um e sete anos. No período relatado removeram-se sete implantes, o que representa um índice de sobrevivência de 97%. Destes, cinco na maxila foram retirados por causa de inflamação, sendo quatro deles perdidos na fase de cicatrização e um após dois anos. As duas remoções restantes (um na maxila e um na mandíbula) ocorreram em virtude de perda óssea sem sinais claros de inflamação, porém ambos suportavam coroas unitárias em molares. Dos 246 que sobraram apenas 218 foram acompanhados por seis anos, com taxa de sucesso de 94%. Observou-se que a qualidade do osso pareceu ser um fator decisivo nos resultados encontrados, levando em consideração que seis dos sete implantes removidos estavam na maxila. Acredita-se também que o tipo de implante e o tratamento de superfície desempenharam um importante papel nos resultados, uma vez que melhoraram a capacidade de osseointegração dos implantes7.

A estrutura tridimensional do implante dentário, com todos os elementos e características que o compõem, é conhecida como desenho ou geometria do implante. O tipo de interface protética, a presença ou ausência de roscas, macro irregularidades adicionais e o formato externo do corpo do implante constituem aspectos importantes do seu desenho. Em implantes curtos, o seu comprimento também é compensado pela incorporação de roscas, o que acarretará

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13 em um aumento substancial da área de contato osso-implante. Não há um desenho de rosca ideal. Entretanto, o formato das roscas deve ser confeccionado, objetivando maximizar a estabilidade interfacial e transferência de cargas para o osso, melhorando, assim, o prognóstico do implante em longo prazo5.

Nesse contexto, torna-se importante avaliar a adesão dos cirurgiões dentista a essa opção de tratamento através da porcentagem de utilização de implantes curtos dentre os implantes utilizados na cidade de Salvador-BA.

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14

3. OBJETIVO:

O objetivo geral - analisar a prevalência dos implantes curtos utilizados em reabilitações com implantes comparados aos convencionais longos, através dos prontuários fornecidos por clínicas e cursos de especialização em implantodontia da cidade de Salvador-Bahia.

Objetivo específico - avaliar em quais situações os implantes curtos vem sendo indicado, quais as dificuldades para a sua implantação e aspectos biomecânicos. Além disso, analisar a utilização dos implantes curtos segundo o gênero e idade dos pacientes.

4. MATERIAIS E MÉTODOS:

O trabalho tem como propósito fazer um estudo sobre implantes curtos, através da análise dos prontuários das clínicas e curso de especialização em implantodontia da cidade de Salvador-BA, além de comparar com os achados com da literatura mais recente. Sendo este trabalho composto por duas partes:

Primeira etapa objetiva-se revisar, a literatura com o intuito de realizar um estudo retrospectivo a cerca do uso dos implantes curtos em maxilares discutindo alguns itens do mesmo, como aspectos biomecânicos, longevidade e planejamento cirúrgico-protético, como também, analisar a prevalência de utilização de implantes curtos nas clínicas de salvador, verificando:

Quantos destes são curtos; O tamanho dos implantes;

A região em que foram implantados; O gênero;

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15 Tentando com isso, descrever sobre a utilização dos implantes curtos no dia a dia das clínicas, informando o gênero, a idade de maior prevalência, o tamanho e tipo dos implantes, como também a região de sua implantação.

Serão utilizados prontuários dos últimos cinco anos, para a análise desta segunda etapa, verificando a prevalência de utilização dos implantes curtos, sobre uma quantidade pré-estabelecida de prontuários.

Os implantes curtos, embora ainda não haja uma definição exata sobre o seu tamanho, é considerado como implantes que possuam no máximo 10 mm em comprimento. Assim, nesta pesquisa, os implantes curtos foram selecionados segundo o critério do tamanho. Deste modo, numa primeira seleção considerou-se como implantes curtos àqueles quem possuíssem 10 mm ou menos, e numa segunda seleção, considerou-se como implantes curtos, àqueles que possuíssem 8,5 mm ou menos em comprimento, assim foi analisado e discutido o panorama clínico averiguado.

Esse critério de seleção levou-se em consideração a prática do dia a dia, uma vez que a maioria dos implantodontistas já não considera curtos os implantes que possuam até 10 mm em comprimento.

5. RESULTADOS:

Foi possível conter uma amostra com 82 prontuários no qual a análise dos dados obtidos por esses prontuários, nos forneceu uma amostragem numérica de 459 implantes divididos entre mandíbula e maxila. Esses dados foram tabulados e separados por tamanhos (comprimento variando de 5 a 15 mm), implantes curtos ou longos, sextantes, necessidade de enxerto ósseo, carga imediata, implante imediato a extração, o tempo em que foi feita a cirurgia e a perda ou não desses implantes.

Dos 82 prontuários analisados, 71 correspondiam ao gênero feminino, totalizando 86,5%, ao passo que no gênero masculino, foram somente 11 prontuários, somando apenas 13,5%. Esses 82 prontuários forneceram um total de 459 implantes, sendo que 362 eram no gênero feminino e apenas 97 no gênero masculino, representando, respectivamente, 78,9% e 21,1% do total de implantes (gráficos 1 e 2).

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Gráfico 2: quantidade total de prontuários por gênero analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012.

Gráfico 2: quantidade total de implantes por gênero analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012.

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17 Verificou-se que, dos 459 implantes, 223 eram implantes curtos, representando um percentual de 48,6 %, considerando como curtos, implantes menores ou iguais a 10 mm, incluindo nestes, implantes de 5 até 10 mm de comprimento. Avaliando separadamente, a maior quantidade de implantes foi de 10 mm de comprimento (curtos) totalizando 135 implantes, representando 29,4%. Em virtude da falta de consenso na literatura e postura clínica atual se considerados como curtos implantes menores ou iguais a 8,5 mm esse percentual cairia para aproximadamente 14,8 %, incluindo nestes, implantes de 5 até 8,5 mm de comprimento, totalizando 68 implantes. Os implantes acima de 10 mm de comprimento, portanto longos, somaram 236 implantes, totalizando 51,4%, enquanto que os implantes acima de 8,5 mm somam 391 implantes, totalizando 85,2%. (gráfico 3, 4 e 5).

Gráfico 3: quantidade total de implantes por tamanho analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012.

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18

Implantes até 10mm e maiores que 10 mm

223

236

0 50 100 150 200 250

Até

10mm

Longos

Gráfico 4: quantidade total de implantes menores ou iguais e maiores que 10mm, analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012.

Implantes até 8,5mm e maiores que 8,5 mm

68

391

0

100

200

300

400

Até 8,5

mm

Longos

14,8% 85,2%

Gráfico 5: quantidade total de implantes menores ou iguais e maiores que 8,5mm, analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012.

Os implantes também foram avaliados segundo o gênero e a idade de maior prevalência, de acordo com o tamanho. Constatou-se com isso, que no gênero masculino houve uma predominância de implantes curtos, totalizando 51% , com a maior quantidade no tamanho de 10 mm de comprimento representando 25%, enquanto a quantidade de implantes longos totalizou 49%, sendo que a maior quantidade destes foi representada pelo tamanho de 11,5 mm de comprimento, somando27% (gráfico 6).

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Gráfico 6: percentual do tamanhos dos implantes no gênero masculino analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012.

Em relação a gênero feminino há uma predominância dos implantes longos, totalizando 52%, com a maior quantidade destes representada pelos implantes do tamanho de 11,5 mm de comprimento com 25%. Já os implantes curtos somaram 48% do total de implantes, com a sua maior quantidade representada pelo tamanho 10 mm de comprimento, somando 31%. Avaliando-se isoladamente, os implantes no tamanho de 10 mm de comprimento, foram os de maior quantidade (gráfico 6).

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Gráfico 6: percentual do tamanho dos implantes no gênero feminino analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012.

Avaliando os implantes curtos menores ou iguais a 10mm e menores ou iguais a 8,5mm de acordo com a idade dos pacientes, notou-se que nos dois tamanhos e para os dois gêneros a idade de maior prevalência foi de 50 – 59 anos. Apresentando um total de 61% para implantes menores ou iguais a 10 mm no gênero masculino, 46% para implantes menores ou iguais a 10 mm no gênero feminino, 67% para implantes menores ou iguais a 8,5 mm no gênero masculino e 47% para implantes menores ou iguais a 8,5 no gênero feminino. ( gráficos 8, 9, 10, 11).

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Gráfico 8: percentual dos implantes menores que 10mm de comprimento no gênero masculino analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012.

Gráfico 9: percentual dos implantes menores que 10mm no gênero feminino analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012.

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Gráfico 10: percentual dos implantes menores que 8.5mm no gênero masculino analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012.

Gráfico 11: percentual dos implantes menores que 8.5mm no gênero feminino analisados nas clínicas e curso de especialização da cidade de Salvador, no período entre 2005 a 2012.

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6. DISCUSSÃO:

Os implantes odontológicos ou dentários curtos foram desenvolvidos tecnologicamente para regiões com altura óssea limitada. A grande justificativa para o uso desses implantes foi evitar a necessidade de técnicas cirúrgicas invasivas e a baixa morbidade, que, apesar de bem documentadas, encontram resistência por parte dos pacientes, além da complexidade cirúrgica e moderado risco de reabsorção2.

Observou-se que não há consenso entre os autores na definição de comprimento para que um implante seja considerado curto. A maior parte deles entende como curtos os implantes com comprimento inferior a 10 mm. Há os que acreditam que implantes curtos são aqueles que possuem extensão inferior a 8,0 mm. Neste trabalho, contabilizou-se os dados obtidos através dos prontuários dividindo-os em duas etapas, uma delas os implantes foram considerados curtos com 10 mm ou menos em comprimento, e a outra parte com 8.5 mm ou menos em comprimento.

Observou-se que, a maioria dos prontuários e não obstante a maioria dos implantes colocados, foi no gênero feminino, com um percentual por volta dos 80%. Barbosa, Eliane et al.2 afirmam que os pacientes do sexo feminino e do sexo masculino receberam 215 (61,78%) e 133 (38,21%) implantes, respectivamente. Isso traduz uma maior preocupação das mulheres com a saúde bucal, buscando não somente a estética, como também devolver a forma e função ao sistema mastigatório como um todo.

Embora a colocação dos implantes curtos ainda apresente um percentual inferior ao dos implantes longos, sua utilização tem tomado uma proporção cada vez maior na prática do dia a dia das clínicas. Os implantes curtos com tamanhos até 10 mm em comprimento apresentam um percentual próximo dos longos convencionais, com 48,6%. Isso está atrelado ao fato de que os implantes curtos vieram para solucionar situações na qual os implantes longos convencionais poderiam ser inviáveis, como proximidade do canal mandibular ou do seio maxilar e rebordos alveolares curtos. Se considerarmos esse percentual para os implantes iguais ou menores que 8,5 mm, teremos 14,8%.

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24 Relacionado-se o gênero com o tamanho dos implantes, nota-se que não há uma diferença importante quanto ao tamanho dos implantes utilizados entre os gêneros masculino e feminino. Ambos os sexos, apresentaram percentual semelhante de utilização para implantes curtos (iguais ou menores que 10 mm ou iguais ou menores a 8,5 mm). Isso mostra que o gênero não influenciará na utilização de implantes curtos ou longos, uma vez que as diferenças anatômicas, a formação óssea, o padrão esquelético não apresenta diferença importante quanto ao gênero.

A idade dos pacientes também pode ser considerada como fator importante na determinação do tamanho dos implantes. Com o avançar da mesma, começam a surgir questões que estão direta ou indiretamente relacionados à utilização dos componentes. Situações como a perda dos dentes, doença periodontal, condições sistêmicas, são algumas condições inerentes à idade que podem influenciar na utilização dos implantes11.

Não obstante, foi possível observar que tanto no gênero masculino quanto no feminino, como também para os dois tamanhos de implantes observados (8,5mm e 10 mm) a idade de maior colocação de implantes curtos está por volta dos 50 a 59 anos11.

Modificações no desenho do corpo e na superfície desses implantes têm sido sugeridas para melhorar a ancoragem e obter uma melhor distribuição das cargas oclusais. Os implantes curtos possuem uma desvantagem em termos de estabilidade primária e distribuição de forças, o seu comprimento pode ser compensado pela incorporação de roscas, o que acarretará em um aumento substancial na área de contato osso-implante2.

A justificativa racional para o uso de implantes curtos é que a interface osso-implante distribui a maioria das forças oclusais para a porção mais superior do corpo do implante, próximo à crista do rebordo, onde há osso cortical no hexágono externo. Esses dados foram confirmados por trabalhos com análise de elementos finitos, onde pouco estresse foi transferido para a porção mais apical do implante2. Os estudos de análise de elementos finitos demonstraram que o comprimento do implante não possui efeito relevante na distribuição da tensão, haja vista que a maior concentração se apresenta na crista do osso alveolar ao redor de implantes. O que respalda o uso de implantes mais curtos, uma vez que eles oferecem vantagens específicas em determinadas situações clínicas2.

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25 Há uma vasta discussão na literatura sobre a influência do comprimento dos implantes odontológicos nas taxas de sucesso do tratamento. Atualmente, está bem estabelecido, por meio de análise de elementos finitos, que as forças oclusais tanto horizontais quanto verticais, ao contrário do que ocorre nos dentes naturais, são distribuídas na sua maior parte ao nível das primeiras roscas do implante, ou seja, na região da crista óssea alveolar. Por esse motivo, o comprimento do implante parece não ser um fator primário para distribuir as cargas protéticas à interface osso-implante6.

Pierrisnard et al. 20037, mediante o método de elementos finitos, comprovaram que o comprimento do implante pode não afetar de modo positivo o estresse transmitido a ele e afirmaram que o aumento do diâmetro reduz a intensidade das tensões ao longo do comprimento do implante. Por outro lado, segundo Morand e Irinakis, o diâmetro e a extensão dos implantes devem ser levados em conta concomitantemente em virtude de seus efeitos interativos no entanto, o diâmetro é o mais influente dos fatores. Apoiando essa afirmação, Misch

et al. alegaram que a região de maior esforço transmitido ao implante fica junto à

crista óssea e que a região apical recebe pouco estresse. Portanto, o comprimento do implante talvez não seja o fator mais importante na distribuição de cargas na interface osso-implante7.

Em se tratando do diâmetro dos implantes, trabalhos têm demonstrado que à medida que se reduz o diâmetro há uma redução da estabilidade mecânica e aumento do risco de sobrecarga oclusal. Teoricamente, quando se considera a diferença entre área total de superfície (toda a superfície do implante) e área funcional de superfície (região que efetivamente transfere as forças ao tecido ósseo), entende-se que um comprimento aumentado poderia simplesmente melhorar a estabilidade primária do implante no momento da instalação e favorecer a osseointegração. Por outro lado, um maior diâmetro poderia aumentar não somente a estabilidade primária como também a área funcional ao nível da crista óssea, o que resulta em melhor distribuição de forças sobre o tecido ósseo, corroborando, desta forma, os menores índices de perda óssea na crista (0,05 a 0,8 mm) quando se utilizam implantes de maior diâmetro. Nesse sentido, a utilização, por exemplo, de um implante de 5 mm de diâmetro por 6 mm de altura torna a área de superfície disponível para contato ósseo semelhante àquela oferecida por um implante de 3,75 x 10 mm4.

(27)

26 Por outro lado, é importante destacar que em longo prazo o comprimento pode ser mais importante que o diâmetro do implante, em decorrência da perda óssea Peri-implantar vertical que ocorre ao longo dos anos, o que pode resultar, posteriormente, em perda de contato entre o osso e a superfície do implante, comprometendo, portanto, a estabilidade da fixação4.

Pesquisas da década de 90 mostraram um baixo índice de sucesso para implantes curtos tanto na maxila quanto na mandíbula. Contudo, esses implantes não apresentavam tratamento de superfície, fato este que limita o sucesso clínico, principalmente nas regiões posteriores, com osso de baixa qualidade. Essa afirmação pode ser comprovada pelos insucessos obtidos nos trabalhos publicados com implantes curtos de superfície usinada, como os 11,7% de sucesso para maxila e 16,1% de sucesso para mandíbula de Quirynen et al. (1991),os 10% para a maxila de Naert et al. (1992), os 14,5% para a maxila de Nevins & Langer (1993),os 6,6% para a mandíbula de Lekholm et al.(1994),os 25% para mandíbula de Wyatt e Zarb(1998) e os 18,2% para a maxila de Lekholm et al.(1999). Quando implantes de superfície tratada começaram a ser utilizados, essa situação se inverteu,o que pode ser comprovado pelos trabalhos de Teixeira et al.(1997), Deporter et al.(2001), Bruggenkate et al.(1998) e Brocard et al.(2000). Misch et al 200611 defende que o tratamento de superfície do implante pode aumentar em até 33% o percentual de contato osso-implante, o que seria extremamente benéfico para compensar o seu curto comprimento2.

Os autores recomendam a utilização de implantes curtos de largo diâmetro e rosqueados, a fim de se obter um melhor travamento, maior área de superfície e melhor distribuição das cargas oclusais. Petrie & Williams defendem também que os implantes curtos e cônicos devem ser evitados, especialmente em osso de baixa densidade, devido ao aumento de tensão observado na crista óssea2.

Fatores de risco para os implantes curtos citados na literatura foram: proporção coroa/implante elevada, maiores cargas oclusais na região posterior e pouca densidade óssea nas regiões de pré-molares e molares. O que justifica um rigoroso protocolo de indicação desses implantes para controlar esses fatores e aperfeiçoar as suas características. O uso de implantes curtos em bruxistas e fumantes deve ser cauteloso em virtude das maiores taxas de insucesso. Os parâmetros protéticos devem ser planejados de tal forma que a orientação e distribuição das forças seja o mais próximo do longo-eixo axial do implante,

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27 respeitando-se as guias de desoclusão e mantendo-se totalmente sob controle os hábitos parafuncionais. O desenho do implante, o tratamento de superfície, a esplintagem dos implantes, a ausência de cantilever e, oclusão em guia canino ou oclusão mutuamente protegida são recursos que também devem ser valorizados uma vez que aperfeiçoam os resultados de implantes curtos2.

A literatura nos mostra seguramente que a terapia com implantes curtos é eficaz e previsível, porém é necessário rigor na indicação, técnica cirúrgica e exe-cução protética. O cirurgião, conhecendo e dominando as características poderá obter otimização dos resultados, ao mesmo tempo em que o protesista, munido das particularidades necessárias para o melhor desempenho dessas restaurações, buscará um desenho preciso, um ótimo planejamento oclusal e um apropriado tipo de revestimento destas2.

7. CONCLUSÃO:

A proporção de utilização dos implantes curtos, comparados aos longos convencionais tem aumentado nos últimos anos em decorrência das novas pesquisas a respeito de sua implantação.

Os implantes curtos vêm sendo indicados em diversas circunstâncias, e tem se mostrado ser uma técnica segura, previsível, com menor custo, sem necessidade de múltiplos procedimentos cirúrgicos de enxerto ósseo, além de preservação de estruturas anatômicas pré-existentes e de boa aceitação pelos implantodontistas e pacientes no dia a dia das clínicas.

Por ser um estudo piloto, alguns dados estatísticos não fizeram parte da pesquisa, mostrando a necessidade de uma próxima vez estabelecer um novo padrão de amostras.

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28

8. REFERÊNCIAS:

1. Santiago júnior JF, Verri FR, Pellizzer EP, Moraes SLD, Carvalho BM. Short dental implants: alternative conservative in the oral rehabilitation; Rev. Cir. Traumatol. Buco Maxilo-fac. abr./jun. 2010; 10 (2): 67-76.

2. Barboza E, Carvalho W, Francisco B, Ferreira V. Clinical performance of short implants: a six-year retrospective study; R. Periodontia – Dez. 2007;17 (4).

3. Beltrame M, Rodrigues CS, Simões CC, Santos RM. Dental implant: level of knowledge of the bahia population. Odontologia. Clín.-Científ. Abr./jun. 2009; 8 (2): 147-150.

4. Schwartz filho HO, Spin-neto R, Neto NC, Marcantonio jr E, Del-Barrio RAL. Evolução dos implantes dentários, livro avanços em periodontia e

implantodontia paradigmas e desafios, 1ª edição. Nova Odessa-SP-Brasil: Napoleão editora; 2011.

5. Guilherme AS, Zavanelli RA, Fernandes JMA, Castro AT, Barros, CA, Souza JEA, Cozac CD, Santos VA. Implantes osseointegráveis em áreas com levantamento do seio maxilar e enxertos ósseos. RGO, abr./jun. 2009; 57 (2): 157-163.

6. Brito, MCC. Comportamento das tensões em implantes curtos (6mm), em próteses isoladas e unidas, através do método dos elementos finitos

(dissertação). Belo Horizonte: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Faculdade de Odontologia; 2009.

7. Galvão FFSA, Almeida-Júnior AA, Faria-Júnior NB, Caldas SGFR,Reis JMSN,Margonar R. Previsibilidade de implantes curtos: revisão de literatura, RSBO. Jan./Mar. 2011; 8(1): 81-8.

8. Thomé G, Bernardes SR, Sartori IM. Uso de implantes curtos: decisão baseada em evidências científicas. Jornal do Ilapeo. 2007; vol.4: 2-5.

9. Penteado RS. Enxerto de bloco ósseo em áreas estéticas. Relato de caso clínico (trabalho de conclusão de curso). Curitiba: Instituto Latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico; 2010.

10. Fardin AC, Jardim ECG, Pereira FC, Guskuma MH, Aranega AM, Garcia Júnior IR. Enxerto ósseo em odontologia: revisão de literatura. Innov Implant J, Biomater Esthet. set./dez. 2010; 5 (3): 48-52.

(30)

29 11. Carvalho NB, Gonçalves SLMB, Guerra CMF, Carreiro AFP.

Planejamento em implantodontia: uma visão contemporânea. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac. out./dez. 2006; 6 (4): 17 - 22.

12. Oppermann RV, Rösing CK, Fernandes MI, Weidlich P, Haas AN,

Gomes SC. Dentes e implantes: considerações biológicas sobre sua utilização na reabilitação dental, livro avanços em periodontia e implantodontia paradigmas e desafios, 1ª edição. Nova Odessa-SP-Brasil: Napoleão editora; 2011.

13. Amaral NL. Análise de tensões por meio do método dos elementos finitos de implantes curtos e diâmetros reduzidos utilizando ligas de

titânio/zircônio e titânio comercialmente puro (dissertação). Belo Horizonte: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; 2011.

14. Rocha PV, Jesus AA, Batista AU, Carvalho V. Planejamento em implantes osseointegráveis. Livro todos os passos da prótese sobre implante: do planejamento ao controle posterior, 1ª edição. Nova Odessa-SP-Brasil: Napoleão editora; 2012.

15. Mandia Jr, J; Kesselring, ALF. Biomecânica em osseointegração. 25º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP; jan. 2007; São Paulo. Distribuído gratuitamente pelo site www.ciosp.com.br, pertencente à

(31)

30

9. ANEXOS:

Universidade Federal da Bahia

Faculdade de Odontologia

Avaliação do Índice de Sucesso do Implante Dentário Osseointegrado Curto

Instrumento de Coleta de Dados

DATA: NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO: ______________ I. INFORMAÇÕES GERAIS .Nome:______________________________________________________ . Idade:________ 3. Sexo: ( ) M ( ) F . Município de Residência:_____________________________________________

. Etnia/Raça/Cor: ( ) Branco ( ) Preto ( ) Pardo ( ) Amarelo . Possui filhos?

( ) SIM ( )NÃO

Se SIM, número de filhos: _________ . Ocupação

atual:_____________________________________________________

. Tabagismo ( ) Presente ( ) Passado Tempo de exposição:__________ . Etilismo ( ) Presente ( ) Passado Tempo de exposição:__________

II. HÁBITOS DE HIGIENE BUCAL

. Frequência de escovação:______ vezes/dia . Uso de fio dental: ( ) Sim ( )Não

(32)

31 III. IMPLANTES

.Quantidade de implantes? _____________________________________ . Região dos implantes? _______________________________________ . Tamanho dos implantes? _____________________________________

. Cirurgião que realizou a cirurgia? __________________________ . Houve necessidade de enxerto ósseo? ( ) Sim ( ) Não

. Carga imediata? ( ) Sim ( ) N

. Implante imediato a extração? ( ) Sim ( ) Não

. Tempo que realizou a cirurgia? ______________________________

. Sucesso do tratamento?______________________________________ Em caso de perda, qual(is) unidades perdidas? _________________

Após quanto tempo houve a perda? __________________________ ______________________________________________________________ IV. CONDIÇÃO SISTÊMICA

. Presença de Diabetes? ( ) Sim ( )Não . Se Sim,

qual?_______________________________________________________ Controlada? ( ) Sim ( ) Não

.Medicações:___________________________________________

.Outras alterações sistêmicas? ( ) Sim ( ) Não

Qual(is)? ___________________________________________________ . Medicações: V. CONDIÇÃO BUCAL . Índice CPO-D: CPO-D C P O Total* TE**

*Total=total de dentes permanentes Cariados (C), Perdidos (P) e Obturados(O)

**

(33)

32 30. Perdas dentárias

por:_________________________________________________

Universidade Federal da Bahia/ Faculdade de Odontologia. Nome: Irving Bonfim Magalhães Gumes.

Disciplina: Trabalho de Conclusão de Curso. Orientador: Márcio Lisboa. Co-orientador: Antônio Falcão.

Estudo retrospectivo sobre implantes curtos

em maxilares

Eu, _______________________________________ autorizo o acesso e a

utilização dos Prontuários dos Pacientes do Curso de Especialização em

Implantodontia para pesquisa sobre a Utilização de Implantes Curtos na

cidade de Salvador-Bahia, que será desenvolvida pelo discente, Irving

Gumes sobre orientação dos Professores Márcio Lisboa e Antônio Falcão,

com o objetivo de elaborar o Trabalho Monográfico de Conclusão de

Curso, comprometemo-nos a: não divulgar nenhum dado ou fato que

identifique quaisquer dos pacientes: e, manter o sigilo e a privacidade dos

mesmos.

Salvador,___de____________20__.

(34)
(35)

34

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

Faculdade de Odontologia Disciplina: Trabalho de Conclusão de Curso II

(FOFA52) 2012.1

Salvador, .... de ... de 201...

DECLARAÇÃO

Eu, Prof..., orientador de ..., declaro que o estudante realizou as revisões pertinentes sugeridas pela banca examinadora e que esta versão final foi aprovada por mim.

Nome do

Orientador:...Assinatura:... ....

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