Vila Matilde
Distrito pacato e de classe média na Zona Leste, a Vila Matilde precisa se organizar para manter a qualidade de vida enquanto enfrenta os problemas causados pelo desenvolvimento dos vizinhos
zona Leste
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D urante décadas, o distrito da Vila Matilde foi um lugar pacato, repleto de casas térreas e sobrados de classe média, cuja arquitetura remontava à década de 1950. Seu clima quase bucóli- co o tornava um refúgio em meio a locais mais movimentados, como o Tatuapé, Carrão e Artur Alvim. A construção de duas es- tações de Metrô, Guilhermina- -Esperança e Vila Matilde, parte da Linha 3-Vermelha, em 1988, foi a responsável por colocá-la no caminho de valorização de seus vizinhos da Zona Leste – com a vantagem de, até hoje, ainda ter terrenos mais baratos.
A vila é originária do loteamen- to da Fazenda Gavião, proprieda- de de dona Escolástica Melchert da Fonseca, que se estendia de Guaiaúna, hoje na Penha, à Fa- zenda do Carmo, atual Parque do Carmo, ambos na Zona Leste. As terras eram passagem dos trens da Estrada de Ferro Central do Brasil e, em 1920, foram palco de um acidente com os vagões. Nes- se lugar foi construída uma nova estação do ramal, chamada de Vila
A Estação Vila Matilde alavancou o desenvolvimento do distrito
Matilde, ofi cializando o nome pelo qual a região já era conhecida.
Além de ser fi lha de Escolástica, Matilde também nomeava a prin- cipal gleba de terra do loteamen- to. Após a inauguração da estação, a área foi defi nitivamente dividida pela sociedade Carvalho e Mas- carenhas. Como atração para a venda, os compradores ganhavam 5 mil tijolos para a construção de casas na região, o que incentivou o povoamento.
Em 1924, durante a Revolução Paulista – conhecida como Revo- lução Esquecida –, levante arma- do de São Paulo contra o Governo da República presidido por Arthur Bernardes, a parada serviu como acampamento para as tropas fe- derais. Após os confl itos, a Vila Matilde seguiu calmamente sua vocação suburbana. Apenas duas décadas depois de sua constru- ção a estação ganhou uma tor- re apropriada para a compra de bilhetes, por exemplo. Nos anos 1980, ela foi novamente reforma- da, mas perdia público para as es- tações de Metrô já implantadas no distrito. Em 2000 foi desativada.
U ma das mais tradicionais es- colas de samba de São Paulo, o Grêmio Recreativo Cultural Esco- la de Samba Nenê de Vila Matilde foi fundado em 1949 por um gru- po de amigos que se reuniam no Largo do Peixe. Quando foram re- gistrá-la, perceberam que tinham se esquecido de um detalhe: que nome dariam? Após deliberarem, reza a lenda que o cartorário per- guntou quem era o negro alto que tocava pandeiro, alheio à discus- são. Era seu Nenê, que, além de emprestar o nome, presidiu a agre- miação por 47 anos e morreu em 2010. A escola é fi liada à carioca Portela. Ao longo de sua história, a Nenê ganhou 11 títulos, sendo dois deles tricampeonatos.
A Nenê
T ransformar a cidade, fazer de São Paulo um melhor lugar pra se viver. E todos nós sabemos de uma coisa: essa mudança só é possível se nascer do lugar em que as pessoas realmente vivem: os bairros, os distritos da nossa me- trópole. Neste livrinho, você verá como na Vila Matilde as ideias e as práticas de um Bairro Vivo vêm mudando a vida de quem mora lá.
Transformação que surge do co- nhecimento da região, de suas pra- ças e ruas, de seus córregos e par- ques, do que existe e do que falta, do que foi feito e de tudo o que ain- da precisa e pode ser feito. Conhe- cimento do passado, do presente e do futuro. Bairro Vivo.
Apresentação De mãe para fi lha
O impacto das ações de Police Neto no seu distrito
Ao longo de seus dois mandatos como vereador, José Police Neto (PSD), que atualmente é também presidente da Câmara Municipal de São Paulo, criou diversos proje- tos que se transformaram em lei e benefi ciam a população de toda a cidade de São Paulo. Veja, no mapa abaixo, qual o impacto delas no dis- trito em que você mora.
vo c ê e s t á a q u i
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PLANO DE BAIRRO 2
Police Neto acredita que a melhor maneira de resolver os problemas da Vila Matilde é com a ajuda da comunidade local. Os moradores devem debater e criar um plano para esta- belecer as demandas da área em que habi- tam para os próximos 20 anos, como prevê o Plano Diretor de São Paulo. Com a ajuda do vereador, os moradores de Perus consegui- ram criar seu plano, o primeiro da metrópole.
Bairros como Vila Madalena, Bela Vista e San- tana já discutem os seus.
PROCON DO SERVIÇO PÚBLICO
Com esta lei de Police Neto, os usuários de serviços públicos são equiparados aos consumidores comuns.
Eles têm assegurado o direito de acompanhar e fi sca- lizar a qualidade de qualquer serviço oferecido pelo Poder Público. Caso o atendimento nas escolas não es- teja dando conta da demanda, por exemplo, é só ir até a subprefeitura e reclamar. A observação será repassada ao setor competente, e o serviço será checado.
6 LEI DE ISENÇÃO DO ISS
A medida, aprovada graças à articulação de Police Neto junto ao Executivo, isenta o pagamento do Imposto Sobre Serviços (ISS) a qualquer tipo de produção artística: pe- ças de teatro, espetáculos de dança, shows, concertos e cinemas de rua, entre outros. É um incentivo extra a quem produz a arte popular paulistana. No distrito, a Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira de Vila Matilde é um dos locais benefi ciados pela medida.
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LEI DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE URBANA
Esta lei, de autoria de Police Neto, tem como objetivo combater a especulação imobiliária de imóveis ocio- sos ou subutilizados em Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS). Caso continuem desocupados, o IPTU destes locais aumenta progressivamente, e em cinco anos eles podem ser desapropriados e transformados em Habitações de Interesse Social (HIS) pela Prefeitura.
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INDICADORES DE DESEMPENHO Police Neto é o responsável pela lei que criou os indicadores de desempenho, que avaliam a qualidade do serviço pú- blico em São Paulo. Quem mora na Vila Matilde pode entrar no site da Prefeitura para descobrir como está o atendimento de saúde da região, por exemplo, e se ele é melhor ou pior que outros. Os dados estão no site da Prefeitura. Basta entrar na página da Secretaria de Planejamen- to, Orçamento e Gestão, e em seguida no link Indicadores.
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TELECENTROS
Com a Política Municipal de Inclusão Digi- tal, proposta por Police Neto, todos pode- rão ter acesso gratuito à internet, custea- do por empresas do ramo de Tecnologia da Informação. Estas poderão destinar parte do ISS (Imposto Sobre Serviços) ao Fundo Municipal de Inclusão Digital, que custeará a expansão dos Telecentros em comunidades carentes, bem como a ma- nutenção dos já existentes.
4 LEI DO ALVARÁ CONDICIONADO
Graças à lei do Alvará Condicionado, pequenos comerciantes podem abrir suas portas mesmo sem a licença de funcionamento. Os estabele- cimentos podem trabalhar dentro de um prazo máximo de quatro anos enquanto providen- ciam a documentação defi nitiva.
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D esde meados do século pas- sado, os moradores da Vila Matilde se mobilizam em prol de melhorias no distrito. A primeira associação de amigos do bairro foi criada em 1950 e exigia reformas no transporte público. As mudan- ças vieram aos poucos, um passo de cada vez, sempre precedidos por muita luta. Com a chegada de duas estações de Metrô, a vida de seus moradores deu uma guinada.
A instalação facilitou o acesso a ou- tros pontos da cidade, que antes só existia graças à ligação com gran- des avenidas, como a Aricanduva.
A maior oferta de transportes públicos fez com que a procura por casas e apartamentos na re- gião se intensifi casse, e a área so- freu forte verticalização. Ao lado dos edifícios de médio padrão que surgiram, porém, há áreas degra- das repletas de imóveis desocupa- dos, e a Vila Matilde vem perdendo moradores. O Poder Público já co- meçou a agir para mudar essa rea- lidade e revitalizar o distrito. Dentro de seus limites existem endereços classifi cados como Zonas Espe- ciais de Interesse Social, que são locais destinados à reurbanização.
O vereador José Police Neto é
pico. Em construção, o trecho leste do Rodoanel também desafogará a área e aumentará a fl uidez do trânsi- to. Segundo estimativas do Governo Estadual, espera-se que 25 mil veí- culos passem pela via diariamente – cerca de 70% do montante com- posto por veículos pesados. Assim, os caminhões que seguem em di- reção às rodovias poderão fazer o caminho sem passar por dentro dos distritos do Leste da cidade.
o autor da Lei da Função Social da Propriedade Urbana que estabele- ce o aumento progressivo do Im- posto Territorial e Predial Urbano (IPTU), em um prazo de cinco anos, para prédios vazios ou subutiliza- dos. Se o proprietário não reade- quar seu uso, ele perderá o direito à propriedade. Nesse caso, os imó- veis serão transformados em Habi- tação de Interesse Social (HIS), des- tinada à população de baixa renda.
Também faz parte dos projetos da Prefeitura a regularização fundiária de terrenos irregulares no Jardim Maringá.
Outra questão trabalhada é a racionalização do trânsito na Zona Leste. A criação de uma avenida paralela à Marginal Tietê, que se estenderá de Guarulhos à Rodovia Ayrton Senna, está em estudo. Ape- sar de a marginal não cortar a Vila Matilde, o distrito – assim como ou- tros da região –, sente o refl exo de seu pesado tráfego nos horários de
Vida nova para Matilde
A Lei da Função Social da Propriedade Urbana, de Police Neto, pretende revitalizar áreas degradadas da Vila Matilde
T ransformar a cidade a partir de quem conhece a cidade. Esse é o grande desa- fi o de quem vive em São Paulo, uma grande metrópole, habitada por mais de 11 milhões de pessoas. Cidade pensada e administrada desde há muito de cima para baixo. Mas São Paulo não é só isso. É também um conjunto de comunidades, onde vive quem conhece, e muito bem, a megacidade: seus habitantes.
Essa é a proposta que transparece nestes cadernos, nestes retratos dos Bairros Vivos de São Paulo: alguns de seus problemas e muitas de suas soluções. Que passam pelas leis produzidas e votadas pela Câmara Mu- nicipal, mas que sempre nascem do conhe- cimento que os habitantes de São Paulo têm do seu bairro. Leis como a que trata do uso da propriedade e de seu principal fundamen- to, a função social. Ou a lei que permite uma organização maior das atividades produtivas, através do Alvará Condicionado. Ou a que tornou permanentes os Telecentros, fonte de informação e conhecimento, base do proces- so de inclusão moderna, digital. E é no bairro que essas leis adquirem vida. Bairro Vivo.
Sou e quero continuar sendo um agente a serviço dos habitantes de cada bairro, para que, juntos, possamos transformar para me- lhor o espaço em que as pessoas moram e convivem. Contem comigo sempre: um par- ceiro para ajudá-los nessa empreitada.
José Police Neto
Quem conhece a cidade, transforma a cidade
T odas as questões abordadas pelo Poder Público são im- portantes para o desenvolvimento da Vila Matilde, mas não as únicas.
Há aquelas que somente os mora- dores do distrito veem diariamente e, portanto, são os mais indicados para apontá-las. Por isso, Police Neto defende a criação de Planos de Bairro específi cos para cada pedaço da cidade. Com a ajuda do vereador, Perus (Zona Norte) já elaborou o seu. Essa ferramenta, prevista no Plano Diretor, dá ao ci- dadão o poder de mudar a realida- de de maneira democrática com o auxílio de especialistas em plane- jamento urbano e da subprefeitura.
Crescimento com
planejamento
Dados estatísticos de VILA MATILDE População total 104.947 habitantes Densidade
demográfi ca 11.792 habitantes/ km2 Área geográfi ca total 8,9 km2
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
0,864 (41º lugar entre os 96 distritos da capital)
Telefones úteis no distrito de VILA MATILDE Subprefeitura da
Penha (11) 3397-5100
21° Distrito Policial (11) 2651-9979 8° Batalhão da Polícia
Militar Metropolitano (11) 2651-8979 Guarda Civil
Metropolitana (11) 2791-4385 Posto de Bombeiros
Vila Esperança (11) 2957-7568 Unidade Básica de
Saúde (UBS) Vila
Matilde (11) 2653-4391
Telecentro Vila
Matilde (11) 2653-3370
serviços
Acidentes de trânsito ...156
Ambulância ...192
Auxílio à lista ...102
Bombeiros ...193
CET ... 1188
Guarda civil metropolitana ...3396-5830 Correios ...0800 725 7282 Defesa civil ...199
Delegacia de defesa da mulher ...2742-1701 Delegacia do idoso ...3237-0666 Disque-denúncia ...0800 156 315 ou 181 Disque saúde ...136
Hora certa ...130
Informações de trânsito ...156
Ouvidoria da câmara ...0800 322 6272 Ouvidoria do município ...0800 175 717 Polícia civil ...147
Polícia militar ...190
Prefeitura ...156
Previsão do tempo ...132
Procon ...151
PSIU ...156 ou 3101-3737 Receita federal...146
Vigilância sanitária...3397-8278 AES Eletropaulo ...0800 72 72 196 Sabesp...195
Itinerários de ônibus ...156 Metrô ...0800 770 7722 CPTM ...0800 055 0121
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fonte: Censo IBGE, 2010.
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