• Nenhum resultado encontrado

(Decreto n . 21.076, de 24 de fevereiro de .1932)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "(Decreto n . 21.076, de 24 de fevereiro de .1932) "

Copied!
62
0
0

Texto

(1)

ESTADOS ü k f Í § S # é r Í R ASIL

(Decreto n . 21.076, de 24 de fevereiro de .1932)

A N N O V | R I O D E J A N E I R O , 22 D E D E Z E M B R O D E 1936. I Nj. 149

TRIBUNAL SUPERIOR DE JUSTIÇA ELEITORAL

12. Appellação criminal H . 54 (Relator S r . Professor João Cabral) sendo appellante Aldo Fernandes e appellado © Tribunal Regional Eleitoral de Santa Gatharina.

Séoretaria do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, em 21 de dezembro de 1936. — Agripino Veado, Director .da Se- cretaria. "

J U L G A M E N T O S ' O Sr. Ministro Presidente designou o dia 23 do corrente, às 9 horas, para julgamento dos seguintes processos:

1. Carta lestemunhavel n . 523 (Relator S r . Desembar- . gador Collares Moreira) sendo testemunhante Victor Engelhard

a testemunhado o Tribunal Regional Eleitoral-do P a r á . (Adia- do a pedido do Sr. Relator.)

2. Processo n . 2.059 (Relator Sr. Professor Cândido de Oliveira F i l h o ) . O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas encaminha um requerimento em que o D r . José Maria Cor- rêa Neves consulta sobre se existe de facio incompatibilidade entre a funcção de Juiz Substituto daquelle Tribunal Regional, cargo para o qual foi nomeado por acto do S r . Presidente da Republica e a funcção de Director Geral da Secretaria de E s - tado dos Negócios do. Interior, Educação e Saúde, que exerce em caracter effeictivo. (Da pauta anterior.)

3. Recurso eleitoral n . 564 — Pernambuco — (Relator Sr. Ministro Laudo de Camargo) sendo recorrente padre A l - fredo de Arruda Câmara e recorrido Joaquim. Cavalcante de Britto. (Da pauta anterior.)

4. Recurso eleitoral n . 508 - (Relato." S r . Professor Cân- dido de Oliveira Filho) sendo recorrente. o Partido Republi- cano Mineiro e recorrido o Partido Progressista de Minas Ge- raes). (Embargos de declaração). (Da.pauta anterior.)

5. Recurso eleitoral n . 522 (Relato'- Sr. Ministro Laudo de Camargo) sendo recorrente Sebastião da Fonseca Teixeira o recorrido.o Tribunal Regional Eleitoral dó Rio de Janeiro.

(Da pauta anterior.)

6. Recurso eleitoral n . 479 (Relator S r . Ministro Plínio Casado) sendo recorrentes. Heliodoro Luiz Vieira e outros e lecòrrido o Tribunal Regional Eleitoral de Santa. Gatharina.

(Embargos de declaração.-)-' . 7. Recurso eleitoral n . 513 (Relato." Sr. Professor João Cabral) sendo recorrente José Braz de-Azevedo"e recorrido o Tribunal Regional da Bahia.

8.,Recurso eleitoral n . 524 — P a r a n l — (Relator Sr. Des- embargador Ovidio Romeiro), sendo recorrente João Cândido i de Oliveira e recorrido Serzedello Siqueira.

9. Recurso eleitoral n . 5

:

25 .—Cear* — (Relator, S r P r o - fessor João Cabral) sendo recorrente Juiz eleitoral Lauro, No- gueira e recorrido o juiz de direito Cursino. Belém de F i g u e i -

redo. ' , .• 10. Recurso.eleitoral n . 554 — Minas Geraes — .(Relator

•Sr. Desembargador Ovidio Romeiro) sendo' recorrente' " A l - iiança dos Partido de Uberaba e Partido Progressista de Ube- raba è recorridos Alliança de Partidos de Uberaba e o Partido Progressista de Uberaba.

11. Recurso eleitoral n . 570 — Bahia — (Relator Sr M i - nistro Laudo Camargo) sendo recorrente Gentil de Castro .yillas Boas e Urcino Tanajura Meira e recorridos Augusto Silverio de Alcântara e outros. -

O Tribunal em sua 133" sessão ordinária realizada èm i8 de dezembro de 1936, sob a presidência do S r . Ministro Her- menégildo de Barros, resolveu: _ .

I

o

) adiar, por ter o S r . Professor João Cabral pedido visí»

dos autos, o julgamento da consulta.do Governador do Estado de Santa Catharina, encaminhada pelo Tribunal Regional dQ mesmo Estado (processo n . 2.053, sendo Relator o S r . M i * nistro Plinio Casado) já tendo o Sr. Ministro-Relator respon*

dido pela affirmativa e se declarado impedido ò Sr.. Proíes*

sor • Cândido de Oliveira Filho; ' 2

o

) converter em diligencia, o julgamento da consulta.dó

juiz eleitoral da 13* Zona do Estado da Bahia, e encaminhada pelo Tribunal Regional do Estado (processo n . 2.056, sendo Relator o . S r . Desembargador Collavçs'Moreira), afim d e ^ e r ouvido o Procurador Geral, unanimemente;

3

o

) rejeitar, no recurso eleitoral n . 538 Goya? '(Re- lator Sr. Professor Cândido de Oliveira Filho) sendo recor- rente Álvaro Xavier de Almeida e recorrido José Cândido Bo*»

ges, a allegação dé ter sido o recurso interposto fora do prazo»

legal,' contra os votos dos Srs. Ministro Plinio Casado e Des«

embargador Collares Moreira, e tomar conhecimento do re-«

curso, á vista do art. 140 § 10 do Regimento Interno do T r i - bunal Superior, contra o voto do S r . Ministro Plinio Casado;

de meritxs, converter o julgamento em diligencia para a re- messa dos autos e papeis dos reoursos parciaeá, unanimemente.

O Tribunal resolveu ainda advertir ao escrivão para que a vista" dos autos deva: ser dada em cartório, e ainda, mandar que o Procurador Regional providencie som-e a verificação da autoria das razuras não resalvadas a folhas unanimemente.

-

4

o

) mandar remetter ao Sr. Ministro da Justiça, a repre- sentação do Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, processo IY. .1 — 7* classe, sendo Relator o S r . Ministro Plinio Casado,), para que 5. É x . providencie como julgar acertado,» unanimemente;

5°) dirigir-se ao Sr. Ministro 'da Fazenda, com relação ao processo n . 3 — (Relator S r . Desembargador Collares Mo- reira) que trata de uma representação do Presidente do T r i - bunal Regional Eleitoral do Rio \Grande do Sul, para que S. Ex.' faça observar o accprdão que o Tribunal profere nesta data, e cuja copia lhe será remettidi, unanimemente;

6

o

) deixar de conhecer da consulta do Procurador Regio- n a l E l e i t o r a l da Bahia, encaminhada pelo S r . D r - Procurador Geral, (processo n . 2.060, sendo Relator o S r . Ministro P l i - nio-Casado),'por versar a mesma sobre caso concreto, unani»

memente;

7°) negar provimento ao recurso eleitoral n . 438 (Rela»

tor S r . Ministro Laudo de Camargo) sendo recorrente Pedro Santa. Rosa,,e-recorrido o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Geraes, unanimemente;

8

a

) responder a consulta do Tribunal Regional de Alagoas

(processo n . á.058, sendo Relator o S r . Professor João Ca-

bral) declarando: a) que o Tribunal Regional pode estabele-

cer em seu Regimento, a competência para as nomeações dos

(2)

I

4294 T e r ç a - f e i r a 22- • - ,~ - B O L E T I M E L E I T O t i A L . . - „ , , , . - . ,. D e z e m b r o , de 1936 . fimcoionarios de sua Secretaria e não havendo ainda Regimen- N . 789 — Ao S r , D r . Procurador Regional de JMina9 Ge-.

to, poderá observar o do Tribunal Superior; 6} que entre o. raes —: Remeiteacio os autos do recurso n . 516., limite minimo de 18 annos e o máximo de 68, para a nomeação

dos funccionarios, o TribanaL Regional resolverá como lhe Autos distribuídos;

parecer melhor ao interesse publico, que nunca deixará de ser

consultado, unanimomefete; processo n . 5 —- classe 7* — São Paulo — Requerimento - 9

o

) não .conhecer do recurso eleitoral n . 556- (Relator de Oswaldo Braitco de Araújo — Relato?* S r . Professor João br. Professor Cândido de Oliveira Filho), sendo recorrente o. Cabral.

Procurador Regional do Rio Grande do Sul e recorrido o T r i - , • - Processo n . 6 •—_ classe 7* — Amazonas «=- Plano de d i - bunal Regional do mesmo Estado, por ter sido interposto fora visão eleitoral — Relakir <Sr. Professor João Cabral (por de-

cio prazo legal, unanimemente; pendência), j 10) responder a consulta do Procurador Regional Eleito- Processo n . 7 ciasse "7* — Minas Geraes — Reqúerl-i

ral de Matto Grosso, encaminhada pefo Sr. D r . Procurador' mento de Arnaldo Gonzaga e Octaviano da Gosta Alkmin Geral --(processo n . 2..061,. sendo Relator o S r . Ministro Laudo Relator Sr> Ministro Plinip Casado.,

de Camargo) declarando \qüe devem os Tribúnaes Règiõnaes, ' ' antes

1

de 'decretada a exclusão dos eleitores, enviar aos Jirizg3

;

Autos conclusos

eleitoraes os. documentos comprobatorios da causa do cancel- " - . lamento, para que se observe o proessso estabelecido TO ai*t. 81 "Ao S r . Ministro Presidente:

úo Código Eleitoral, unanimemente.

No julgamento do recurso eleitoral n . 538 — Goyaz, usou Processo n . 1.S93 — classe 6* « A c r e . « ~ » Representação, da palavra, como jafowwador do recorrido, « D r . Wagner- í k - de Fíavio iRaptista.

teHíia.campos. • " •' • • • "

:

• . . . ...

— Ao S r , Desembargador Collares Moreira:

Secretaria do Tribunal Saperió!* de Justiça Eleitoral . ' ' ' „

? Maadado de segurança n . 68 — classe .1* — Minas. Ge- EXPEDEENTJS DOS DIAS 18 E 19 D E DEZEMBRO D E 1036 '^

es

— Requerentes Fidelis Reis, Sebastião Fíeury e outros.

•aarafKHA àseeSõ ,

v

-. Ào S r . Professor João Cabral;,

9 » p » b protoebiIadQs: , „

R e

" '

u

«

1 0 n

- £

S 5

~

c ! ã S S e 3

* ! T , '

C e a í

* r-^watia-o Mi

*^ eleitoral Lauro Nogueira e recorrido o juiz de direito Cursino

» . 3-188 — Ofíieio 8.67.0 do Tribunal Regional dé S|o Belém de Figueiredo. ' ' .

t

"

P^xtlo Recurso.n. 556 =— classe 3* — Espirito Santo ^ R.eoor-

•Jí'. -3489 — Officio 8.669 do Tribunal Regional de SSd **»ie Partido Social Democrático e recorrido L u i z Tinocò dar Paujo. .Fonseca. .

P a u l ? ;

3

;

1 9

° ~

Q t m o

* W f o Tribunal Regional de São

Ad fc#

^

P r X ) C l l P a d o r Gê r a h

íf, 3.191 — Petição dò Titò Nascimento de Vaseoncellps. „ • .

a M

, ' «.

4

. « t.il.

N..;3.192 — Petição do Partido Collectivista Brasileiro, por . J

f0

?

B

%

0 n t

: f -

m

- classe 6» Acre - Repr«5ôBlaç8o intermédio do sen Presidente Iperogy- da Silva 'Veríssimo. .

d f t

*

l a v x o

- ^ P "

8 1 3

N , 8.193 —- Officio 1.875 do Tribunal Regionaldo Djs-

n t r t

„„

a

T

.„ «„„„,„„,,„„ / - .

a

a

i , tricto Federal. Autos com vista ao S r . D r . Procurador -Geral:

N . 3.194 — Officio 624 do Tribunal Regional da Parahyba. Proeess,õ ri. 2.056 i - classe 6» — Bahia — Consulta dti- J í , .3,195 — Officio 560 do Tribunal Regional do M a - juiz eleitoral da 13* Zona.

« m b a o .

Pi,. .3,198 — Offieio 555 do Tribunal Regional do M a - Autos devolvidos d Secretaria ranhlo, ' •

N . 3,197. Officio 474 do Trihunal Regional do Pjauhy. Pelo S r . Ministro Plinio Casado:

3.198 — Officio 316 do Tribunal Regional de Matto

Grosso, , Recurso n . 509 — classe 3V—Minas Geraes i - í Recorrente

r

PI, 3,109 — Offieio 8,880 do'Tribunal Regional de São Olympio Franklin de Castro e recorrido -partido Progressista- Pau!q> . aíunicipal de R . Paranabyba.

!?. 3 . 2 0 0 — Officio 4,889 ãp Tribunal Regional do D i s - Recurso n . 521 ~ classe 3' —. Pernambuco — Recor-- írictp Federal. . ' rente Renovato da Silva Curvello e recorrido Legenda^ *"Pela

:

.

. PJ. ,3.201 — Officio 63.3. do Tribunal Regional da Para- Paz e.Progresso de Taquaretinga".

fey

^>T « *Áo' rp

0

i

t t

«««r«»^« A~

:

'tiUH™L~i t> •' , '"'Processo n . 1 — classe 7* — C e a r á — R e p r e s e n t a ç ã o d »

^...3*208 — Telegramma 662 do Tribunal Regional do presidente do Tribunal Regional. . ..

.3.203 ^ Telegramma 56.600 do Tribuoal R e i n a i

m l P v

^

s s o n

" 2 . 0 3 6 ^ - ^ 6- - Acre - Divisão j l e i t o - do P a r á . . * • • • » » .

. . . . ' ' , Pelo S r . Ministro Laudo -Camargo! ' Correspondência expedida

_ , „ , „ . . „ . , . . " Recurso n . 438 — classe 3' — Minas Geraes «~ Recòf^

Telegrammas do S r . Ministro Presidente, -

rent9 Pe dro Sa nt a

Rosa,e,recorrido o Tribunal Regional.

"• » ' ««a ' « ei •n • u » 2 m -T. , « • . , Heourgó n . i 522 —r.• classe 3

a

— Bip de Janeiro Recor-

N

: .

2 9 8

J T - Aos Srs. Presidente do r,rjhunal Regional do

Tente

sebastião Fonseca'Teixeira e recorrido o Tribunal Re-

Síaranhao, Piauhy, Paranyha, Sergipe, Rio de Janeiro, Matto

g

j

0 I L a

i

!

Grosso, Rio Grande do-Sul e Pérnambu.eo — Reiterando pedido - ' , - " -"

;

.de .relação de .funccionarios respectivas secretarias.- Pelo S r . Desembargador Collares Moreira:

N . 29g — Ao S r . D r . Mannho Falcão — Fazendo una . ° •

agradecimentos Processo n , 2.056 — classe 6» — B a M a ~ Consulta dè- Officio do S r . Ministro Presidenter

N . 787 — A o S r . director da Imprensa í f e d e o a l » fían-

juiz .eleitoral da" 13* Zona»

Pelo-Sr, Desembargador O v í d b Romeiro:'

ellandoo pedido constante do offi|55o'n, 691. , . •

1

AppeBação crinánaJ n . 53 ciasse 5* — Parra — Appel-

a

„ rn„«,.í„«.

:

' lante o'Procurador Regional e appgWados Álvaro Gomes de Ofíteios do S r . Director. Andrade Figueira e outros.

N . 788'— Ao S r . ' Procurador Geral da Justiça Eleitoral Processo n . -2.057 — eiasse S* ^ Matto Grosso ~™ Con*

J - Remettendo os autos do processo 1.693. sulta do Procurador Regional,

(3)

Terça-feira 22 B u L K T I M E L E I T O R A L Dezembro de 1936 4295

Pelo Sr. Professor João Gabral:

Recurso n'. 555 —• classe 3* —• Rio Grande do Sui — recorrente o Procurador Regional e recorrido Mario D i l Santos.

Processo n . 2.058 —- Classe 6* —' Alagoas —-Consultado Tribunal Regional.

~ Pelo Sr. D r . Procurador Geral: ' <

Recurso n . 531 — Classe 3*.— Pará — Recorrente, União Popular e recorrido o Tribunal Regional. .

Recurso n . 533 — Classe 3' — P a r á — Recorrente o P r o - curador Regional e recorrido o Tribunal Regional.

Accordãos publicados na Secretaria:

Recurso n . 509 — Classe 3* — Minas Geraes —• Relator, S r . Ministro Plinio Casado.

Recurso n . 555 — Classe 3

a

— Rio Grande do Sul — Re- lator, Sr. Professor João Cabral.

Appeilação criminal n . 3 3 — Classe 5* — P a r á — Relator, S r . Desembargador Ovidio Romeiro.

Processo n . 2.030'— Classe'6* — Acre —'Relator,penhor

Ministro Plinio Casado. '.' Processo n . 2.057 — Ciasse 6

a

— Matto Grosso — Relator,

. Sr. Desembargador Ovidio Romeiro.

SEGUNDA SECÇÃO

Documentos a-rcíiivados: ' ü r a officio n . 615, do Tribunal Regional do Estado da

Parahyba, incluso diversas segundas vias das relações de óbitos.

Um officio n . 615, do Tribunal Regional-Eleitoral do E s - tado da Parahyba, incluso 45 sextas via3 de títulos.

Um officio n . 577, do Tribunal Regional Eleitoral do E s - tado de Pernambuco, inclusa a cópia da acta da 303

a

sessão or-

d i n á r i a .

v

.

Um officio a . 576, do Tribunal Regional Eleitoral do E s - tado de Pernambuco, acompanhado de terceiras vias de títulos

eleitoraes. ' Um officio n . 627, do Tribunal Regional Eleitoral, do E s -

tado de Alagoas, communicándo a transferencia de eleitores na mesma região.

/ Um officio n . 578, do Tribunal Regional Elejtdral do E s - tado de Sergipe, communicándo a transferencia de eleitores na mesma região.

Dois officios n . 5.39-D e 545-D, do Tribunal Regional do Estado do Rio de Janeiro, juntos as cópias das-actas da 4b*.

- 4£* e 47

a

sessões ordinárias.

J

' "

Dois officios ns. 1.837-S e 1.851-S, do Tribunal Regional Eleitoral do Districto Federal, juntas as segundas vias das re- lações de óbitos.

Üm officio n . 38 (2* Secção), do Tribunal Regional E l e i - toral do Estado de Santa Catharina, incluso a 2* via da relação de obito.de um eleitor e o respectivo titulo eleitoral.

Um officio n . 454, do Tribunal Regional Eleitoral, do E s - tado do Rio Grande do Sul, acompanhado de terceiras-vias de títulos eleitoraes.

Um officio n . 8 . Í 7 5 , do Tribunal Regional Eleitoral do E s - tado de São Paulo, communicándo a rectificação de nome de jim eleitor.

U m officio n . 8.528, do Tribunal Regional Eleitoral.do . Estado de Sã,o Paulo, com as terceiras vias de titules aleitoraes

de diversas zonas do Estado. .

, U m officio n . 46 (2* Secção), junto a relação de eleitores das'2* e 22' zonas eleitoraes.

U m officio n . 857, do Tribunal Regional Eleitoral do E s - Jado de Goyaz, incluso a cópia da acta da 48" sessão ordinária.

Preparadas para serem numeradas:

18.000 terceiras vias de' titules eleitoras,

Numeração de terceiras vias: <.

18.000-terceiras vias de títulos eleitoraes.: >

Boletim Eleitoral

F o i organizado e publicado o n . 148 do Boletim Eleitoral,

• . JURISPRUDÊNCIA

Revisão de provas

Foram revistas as provas dos accordãos dos seguintes pro-

•cessos: .

.Recurso eleitoral n . 502 — Classe 3* — Rio Grande do Sul -r- Relator o Sr. Professor Cândido de Oliveira F i l h o .

Consulta n . 2.052 — Classe 6* — Bahia — Relator, o Sr. Professor João Cabral.

• ' - ' Accordãos publicados

Foram mandados publicar os accordãos dos seguintes pro- cessos- ' . . .

Recurso eleitoral n . 502 —Classe 3* Rio Grande .do Sul __ Relator o Sr. Professor Cândido de Oliveira F i l h o .

Processo n . 1/562 —Classe 6' — São P a u l o — Relator, o Sr. Desembargador Collares Moreira.

Processo n . 1.563 — Classe .6* — São Paulo — Relator, o Sr. Professor João Cabral.

.Processo'n. 1.565 — Classe-6* — São Paulo — Relator,.o Sr. Ministro Eduardo Espinola.

P r o c e s s c n . 1.566 — Classe 6" — São Paulo — Relator, o Sr.' Ministro Plinio Casado.

Processo h,. 1.567 — Classe 6* — São Paulo — Relator, o Sr. Desembargador Collares Moreira.

Consulta'n. 2.052 — Classe 6" — Bahia — Relator,-o S r . Professor João Cabral.

E D I T A E S

O Bacharel Agripinò Veado, Director da Secretaria do T r i - bunal Superior do Justiça Eleitoral, faz eaber aos que o pre- sente edital virem que, na 1* Secção da Secretaria, de accordo com o § 8° do art. 140 do Regimento Interno, no dia 23 do corrente mez.e.anno, s e r á . a b e r t a vista pelo prazo legal de 48 horas para ,os interessados falarem sobre os seguintes pro-

cessos: ' i:-—Recurso Eleitoral n . 531 — Ciasse 3* « - E s t a d o do

p

a r

á — Sendo recorrente,* Partido "União Popular, do P a r á " ; recorrido, ò Tribunal Regional Eleitoral do Estado d o , P a r á . Já còmj)arecer do Exmo. S r . D r . Procurador Geral. -

^2 —'Recurso.eleitoral n . 532 — Classe 3

a

-—Estado do P a r á — Sendo ^ recorrente, o Procurador Regional do P a r á e recorrido o T r i b u n a l Regional.

3 — Recurso eleitoral n . .'533 — Classe 3* — Estado do Pará — Sendo recorrente, o Procurador Regional do P a r á e re-;

corrido o Tribunal'Regional. •

(:

.

Secretaria do Tribunal Superior de Justiça Eleitoal, em.

21 de dezembro de 1936. — Agripinò Veado, Director da Se- . cretaria. •- '

O Bacharel Agripinò Veado, Director da Secretaria d o . T r i - bunal, Superior de Justiça,Eleitoral, faz saber aos que o pre- sente ^edital virem que, na 1* Secção da Secretaria, de accordo

com o art.-".íõ3, § 3° do Regimento Interno, no dia 23 do cor- rente.mez e anno,-será aberta vista p á r a o appellaute falar no prazo de 10 dias 6obre o seguinte processo*

1

!

„ Appeilação criminal n . 55 «—Classe 5*^—Estado do Espirito Santo, sendo appellante, Augusto de Barros J ú n i o r e appellado.Olivio Corrêa Pedrosa. _

Secretariando Tribunal Superior de Justiça Eleitoal, em

2 i de dezembro de 1936. — Agripinò Veado, Director da.Se-

cretaria.

(4)

4296 T e r ç a - f e i r a 22 BOLETIM KLLÍTORAL Dezembro de 1836

A C T A

ACTA D A 133* SESSÃO ORDINÁRIA R E A L I Z A D A E M 18 D E DEZEMBRO D E 1936

PRESIDÊNCIA DO Stt. MINISTRO líEaJIBNBGILDO 1>B BAHKOS Aos dezoito dias do mez.-de dezembro do armo de m i l nove- centos e trinta e seis, ás nove horas, na sala das sessões do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, presentes os Juizes, Srs. Ministros Plinio Casado e Laiido de Camargo, Desembar- gadores Collares Moreira e' Ovidio Romeiro, Professores João Cabral e Cândido dc Oliveira Filho, presente ainda o Procurador Geral, Sr. D r . Josc Maria Mac-Dowell cia Costa, pelo Presidente, S r . Ministro Ilermcnogildo de Barros, foi declara aberta d-sessão, i l ' lida e approvada a acta da sessão anterior.'Tratando--dos casos que se achavam cm pauta para- julgamento, o Tribunal resolveu: 1") adiar p o r t e i ' Q Sr, Pro*

fessor João Cabral pedido vista dos autos, o julgamento tia.

consulta • do •Governador do Estado cie Santa • Gatharina, enca- minhada pelo Tribunal Regional do mesmo Estado (processo n,. 2.053; sendo Relato?.o S r . Ministro PUnio Casado), j á tendo o ' S r . Ministro-Relator respondido pela áfíírmativa e se de- clarado impedido o Sr. Professor Cândido do Oliveira Filho;

2».) cony.erter em diligencia, o julgamento da consulta cio. Juiz Eleitoral da lá* zona do Estado da Bahia,-e encaminhada pelo Tribunal Regional do Estado (processo a . 2.-056, aendp Re- lator o Sr, Desembargador Collares Moreira), afim de-ser ou- vido o. Procurador Gerai, unanimemente; 3

o

) regeitar, np re- curso eleitoral' n . 538 .— Ooyaz •—' (Relator, .Sr, professor- Cándido de Oliveira Filho), sendo recorrente Álvaro" Xavier de Almeida e recorrido José Caetano Borges a allegação de-'ter', sido o recurso interposto fora do prazo legal, contra os votes dos Srs. Ministro Plinio Casado e Desembargador Collares Mo»- reira, e tomar conhecimento do recurso, á yista do art, 140,

§ 10 do Regimento Interno do Tribunal Superior, contra o voto do S r . Ministro Plinio Casado; de meritis, converter o julga- mento em diligencia para a remessa dos autos o papeis dos re- cursos parciaés, unanimemente. (O Tribunal resolveu ainda advertir ao escrivão para quo a vista dos autos deva ser dada em cartório, e ainda, mandar que o Procurador Regional p r o v i ' dencie sobre a verificação da autoria das rasuras não rèsalva- das a fia. unanimemente; 4

o

) mandar remetter ao -Sr. M i - nistro da Justiça, a representação do Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Geará, processo n . 7 — 7* Classe, sendo Relator o S r . Ministro Plinio Casado), para que S. E x . ' pro- videncie como julgar acertado, unanimemente; 5°) dirigir-se ao S r . Ministro da Fazenda, com relação ao processo n . 3 — (Relator, S r . Desembargador Collares Moreira), que trata da uma, representação do Presidente do Tribunal Regipn-il E l e i - toral do Rio Grande do Sul, para que B. E x , faça observar o accçrdão que o Tribunal profere nesta data, e cuja cópia lhe será remettida, unanimemente; 6

o

) deixar de conhecer da pop- eu.íta do Procurador Regional Eleitoral da Bahia, encaminhada

pelo"Sr. D r . Proeurador Geral, processo n . 2,060, sendo Re- lator o S r . Ministro Plinio Casado), por versar a mesma sobre caso concreto, unanimemente; 7

o

) negar provimento ao re- curso eleitoral n . 438 (Relator, S r . Ministro Laudo de Ca.- margo), sendo recorrente Pedro Santa Rosa, e recorrido ç T r i - buna) Regional Eleitoral de Minas Geraes, unanimemente; 8

o

) responder a consulta do Tribunal Regional de Alagoas (pro-, cesso n . 2.058, sendo Relator o S r . Professor João Cabral), declarando: a) que o Tribunal Regional pódé estabelecer .'em seu Regimento, a competência para as nomeações dos. íunçcio- narios de sua Secretaria e não havendo ainda Regimento, poderá observar o do Tribunal Superior; 6) que entre o l i -

•mífe mínimo de 1S .armos e o máximo de 68, para a nomeação dos fun-ccionarios o Tribunal Regional resolverá como- lhe 'pa- recer' melhor ao interesse puhlico, que nunca deixará do ser consultado, unanimemente; 0

o

) não conhecer.do recurso elei- toral n . 556 (Relator, S r . Professor Cândido de Oliveira Fijho)), sendo recorrente o Procurador Regional do Rio Grande do Sul e -recorrido .0 Tribunal Regional do mesmo Estado, por ter sido interposto fora do prazo -legal, unanimemente; 10°) responder a consulta do Procurador Regional Eleitoral de Matto Grosso, encaminhada pelo S r . D r . . Procurador Geral

(processo n . 2-061, sendo Relator, o S r . Ministro Laudo de Camargo) declarando que devem os Tribunaes Regionaes, antes de decretada a exclusão dos eleitores, enviar aos JuJzes Eleitoraes,os documentos comprobatorios da causa do cancella.- mento, para que se observe o processo estabelecendo nò ar- tigo 81 do Código Eleitoral, unanimemente. No julgamento do recurso eleitoral n . 538 = Goyaz, usou da palavra, como pro-=

curador do recorrido, o Sr." Wagner Estellita Campos, Consi- derando o adeantado da hora o S r . Ministro-Presidente le- vantou a sessão, convocando outra para o dia 21 do corrente,»

as horas do costume. Do que para constar lavrei a presente.-' Eu, Raul Pacheco de Medeiros, auxiliar da Secretaria, A . 8

6

r crevi. E eu, Agripinò Veado, Secretario do Tribunal a snb»

screvo. — Hermenegildg de Barros, Presidente,

. Secretaria.'do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, em, St do dezembro de 1936. — O O/fícjal, Braz Coirêa, Campos,.

J U R I S P R U D Ê N C I A

Estado do ü i o Grande do Sul

Recurso eleitoral u . .502 — Classe 3* do art. 30 do Reg. ;InL Dá-sg provimento ao recurso'paro, declarar índias as eleições de prefeito pelo fundamento dè que, proclamada a nullidade das mes-mes deiçôeé em.relação aos vereadores, não pode o pfitQ ,-Mío produzir effeito valido.

'\Bstos, relatados o discutidos estes autos do recurso &m*

toral n : .502. . - .- >

..I, Nas eleições -rnunicipaes de Pirat-iny, no Rio Grande .do Sul, realizadas no dia 17 de novembro de 1935, r,ecerr,e*

rem, para: o Tribunal Regional do Estado, o Dr..Cassio. Braga; „ candidato-a Prefeito do. município, e o Partido Republicano Liberal, allegando que j á haviam formulado um protesto ge?

ral contra a validade do alludido pleito, por ino-imeras v í - cios e nullidades, como, por

:

exemplo, o facto d e - h a w e m vo-- tado apenas 750 eleitores, num eleitorado'de mais de 3.000 eleitoras inscriptos, de mpdo que os candidatos .diplomados' teriam sido suffragados por um terço apenas do eLJtoracjo:.

II-,Aos autos.do recurso estão appersados'1'á outros au- tos, do protesto geral formulado pelp primeiro .rsoprrenle,- D r . Cassio Braga; e dos protestos especiaes, • - . .«..•:;

No protesto geral, alí.ega-se a nullidade da. votação com fundamento no artigo 160, as, 1, 2, 3 e 4 e artigo 109, *etra$

a, b, c e d, do Código Eleitoral, e das Instrucções para p piei*

to, respectivamente, e isso porque: a) não'obstante o disposta no Código Eleitoral, artigo 107 e artigo* 2° das Instrucções do

4

Tribunal Regional Eleitoral, pão foram publicados, em ©di*^

tal, tres dias antes das eleições, os nomes dos candidatos .te»

gistrados, a t é a véspera, e a relação dos partidos igualmente registrados (1° appenso, fls. 4), conforme comprova o doe/

n . 3, junto á fls. 11; b) em desobediência ao artigo 34, l e - tra /, e artigo 111, do dito Código, não .foram organizadas as mesas recépJÍQras, com a nomeação, pelo'juiz eleitor ij, do pre- sidente e"dos supplentes ciessas mesas tdcx). de fls, 12, do appenso); c) também não foi obedecida a determinação cjo ar»- tigo 36,-letra k, do Código, pois não íoj dividid-i a -o-na em seeções eleitoraes com o minjmo de 50 eleitores e'o máximo legal;- d) a distribuição do material eleitoral da que se ser»

viu no.; pleito foi feita no dia 16 de novembro (doe. de folhas 23 do 1" appenso), contra a determinação do art. 119 de. Çodigo; • e) não foi publicada a designação dos lugares em . q.ue deveriam funecionar as mesas receptoras (artigo 125 do

Código), pem•communicação nenhuma fm feita aos proprie- tários'dos.-prédios em que se installarjam {artjgj 125, § 2

o

) ; f) as urnas que serviram para a recepção dos vo>:os da Í4*V 16* e. 17* secções-- todas do 5" distrbto'do MunlCpie, foram postas m. correio, pão pelos respectivos presidentes, e, sirn, pejo Dr. Victor Bacçhieri, candidato a vereador (documento He' fls;' 24...do appenso), contra, o disposto no artigo 135, letra ' d, do Código;.tf).-os presidentes das mesas receptoras, aiejn de

fazerem parte da direciona de partidos p o l i t i o s , eram, a l * guns, parentes em primeiro grau dos -candidatos pleiteantes, &

existem actas não rubrieadas; resultando de todas essas-mnV lidades o afastamento do Partido Republicano' Liberal, do.

pleito.do Município. ' No segundo appenso, os recorrentes, insistiram na. a!"e%.

gação da nullidade da 1*1* secção eleitoral, accentuandp quê a urna foi levada,, ao correio, pelo candidato a .vereador, ntela Frente Única, D r . Victor Bacçhieri; no 3

o

appenso. telativa- mente á..10* secçãOr dizendo-se que, segundo designação fltj cotmmunicação ^recebidai pelo Dr. Juiz Eleitoral da zpa.a,:a metft'- dessa secção foi' constituída de modo çifferente daquellê ,qu^

constava. de sua organização,. com infracção do 'artigo 160, n . 1, dó Co.digó, aílegando,-se, mais, que a áota de installação.

e a do encerramento não "estão auihentisádas msiiante r u -

brica do j u i z ,

(5)

Terça-feira 22 B O L E T I M E L E I T O R A L D e z e m b r o de 1936 4297

Do 5" appenso consta o recurso interposto contra a.segu- rança digo a apuração da urna referente á 4* secção, porque os eleitores de 1 a 2-9 assignaram em folha de papel almasso, com a numeração, em desordem, riscala, sem resaiva, o por- que a acta do encerramento também está feita em papel a l - masso manusoripto, sem ordem; o 6

o

&.ptenso é de recurso contra a apuração da 2* secção, por ter funccionadj como pre- sidente da mesma Miguel Gomes de Freitas, membro da Com- missão Directora da Frente Única e signatário da proclania- ção official dos candidatos a prefeito e vereadores, contra a determinação do artigo 111, § I

o

, letra e, do Código, aecres- cendo ter sido lavrada em papel almasso a acta d* encerra- mento.

A matéria do 7

o

appenso — recurso contra a apuração da urna da «16

a

secção — é idêntica á do recurso couüra a apu- ração da 14

a

secção (2

o

appenso).

No 8° appenso, cogita-se do recurso interposto contra apu- ração da I

a

urna, e nelle se ailega quti a mesa receptora es- tava irregularmente constituída, bastando accentau? que. os membros componentes da alludida mesa foram notificados pelo escrivão eleitoral do município, s só na véspera do pleito, sendo fácil comprovar-se essa nullidade comparando-se os nomes dos membros da mesa que assignaram a a~ta com a lista das designações e communieações leitas pelo juiz elei- toral; que essa irregularidade está sanecionada de nullidade pelo artigo 160, n . 1, do Código, não podendo, outrosim, o juiz eleitoral da zona investir, telegiiMphicamenté, o referido escrivão das funeções que exerceu. Teriam oceorrtdo, mais, na I

a

secção, as seguintes irregularidades: a) focam usadas sobrecartas differen-tes das do typo distribuído pelo Tribunal Regional; b) appareceram sobrecartas com numeração sueces- sivá, indo uma ao" n . 10 e outra com o numero 19, havendo a Junta'annullado esses votos, reputando valido o resto da , votação.

:

No 9° appenso, consta o recurso contra a apuração da 5

a

secção, allegando os recorrentes que os eleitores 1 a 19 votaram em folha de papel almasso, não estando, também, rubricada a respectiva 2

a

v i a .

No 1" appenso, o -recurso é contra a apuração da 3

a

se- cção, com fundamento em que: a) João Manoel Ávila, presi- dente' da mesa, é membro cia direcção política do Partido Re- publicano Liberal (artigo 111, letra e, do Código); b) Edy Fabião Espíndola, secretario da mesa, é parente em primeiro grau (filho) do candidato a vereador do Partido "Frente Única", Vicente Manoel Espíndola (Código Eleitoral, artigo 111, letra d); d) os eleitores de ! a 13 assiganaram em uma folha de papel almasso, e também em papel almasso foi l a - vrada a acta de encerramento.

Os appensos 4, 11 e 12 são relativos a recursos cx-of- ficio da Junta Apüradora. annullan.io as eleições das 6

a

. 16

a

e 14

a

seeções eleitoraes.

III. O Tribunal Regional, conhecendo do racurso n u - mero 190. que está nos autos principaes do processo, pro- feriu a seguinte decisão (fls. 43) :

"Vistos, etc.

Accordam os juizes do Tribunal Regional Eleitoral, por

• unanimidade, dar provimento em p a r t í 'ao recurso, para o fim apenas de declarar nullas as .eleições procedida; nas 6

a

, 10

a

, 14

a

e 16

a

seeções eleitoraes do município e mandar que as ditas eleições tossem renovadas nas seccões referi- das, somente, porém, para vereadores, observados os tra- mites legaes".

Os -recursos dos appensos ficaram todos prejuigados por essa decisão. .

I V . Dahi, a interposição de recurso para este Tribunal Superior, recurso admittido por accordão do Tribuna! re- eorrido, de 21 de agosto de 1936 (fl. 54).

V . Na promoção de fls. -5 e seguintes, levanta o Dr. Pro- eurador Geral as preliminares de que os recorrentes invoca- ram, como permissivo do recurso, o art. 179, e não o art, 28, paragrapho único, letra a, do Código Eleitoral; de que não citam a jurisprudência infringida, apesar de se tratar_de eleições municipaes, e q u

e

o recurso foi interposto fora do prazo, pois o accordão recorrido foi publicado no Diário Official de 4'de agosto, a petição de interposição, datada de 14, somente a 14 deu entrada na Secretaria do Tribunal Regional, mas só a 15 foi despachada e só a 15 lavrado e assignado (> t e m o de interposição (fls. 51 e 53); de meritis, opinou pela decretação da nullidade total das eleições do município, pela comprovação das' irregularidades apontadas pelos recor- rentes, nos recursos para o Tribunal Regional.

V I . Exame das preliminares. O recurso é admissível na tspecie de que se trata. Tem elle assento no Código Eleitoral,

art. 28, paragrapho único, letra a, cuja invocação não é for- malidade essencial, ao contrario do' que oceorre na justiça commum, em relação ao aggravo.

Tem', no caso sub judice, perfeita applicação o disposto no Regimento deste Tribunal, art. 140, § 10.

O exame dos autos também convence de ter sido o recurso interposto em tempo hábil.

V I . De meritis. Conforme consta da exposição supra, os recorrentes arguiram varias nullidades nas eleições realizadas

em todas as seeções do município de Piratiny.

O Tribunal Regional, porém', limitou-se a proclamar a nullidade das 6

a

, 10

a

, 14" e 16

a

seeções eleitoraes, nullidade que somente reconheceu em relação ás eleições de vereadores, deixando subsistentes as eleições de Prefeito.

Por sua vez, o recorrente, conformando-se, em parte, com a resolução do Tribunal Regional, reclama, no recurso, apenas centra o facto de não haver sido, também, decretada a n u ' l i - dade das eleições de Prefeito nessas quatro seeções.

Trata-se, pois, de um recurso parcial, limitado a essas seeções; em relação ás dem'ais, passou em julgado a decisão recorrida.

Quanto ao mérito, merece plena acolhida o seguinte r a - ciocínio dos recorrentes (fls. 44): "com ef feito, havendo re- conhecido as nullidades arguidas em relação ás eleições para vereadores, porque não as reconhecer relativamente á eleição para Prefeito, de vez que as eleições para vereadores e para prefeito são procedidas nas mesmas mesas eleitoraes, no mesmo momento, e obedecendo ás mesmas disposições regulamenta- res? Não ha razão apparente para esse critério. Como reco- nhecer a procedência de nullidades para viciar um acto e.

ao mesm'o tempo, desconhecel-a em relação a outro acto da mesma natureza? Se as nullidades verificadas nas 6

a

, 10

a

, 14*

e 16

a

seeções eleitoraes do município de P i r a t i n y ' s ã o suffi- cientes para tornar nullas as eleições para vereadores, do mesmo passo ellas devem ser consideradas bastantes para tornar nulla a eleição para prefeito, nas referidas seeções.

Não pôde ter logar urna disparidade de consideração".

Predomina a regra: "Quod nullum est, nullum producit effectum".

E m face do exposto,

V I I . Accordam os Juizes do Tribunal Superior de JusUea Eleitoral conhecer do recurso e dar-lhe provimento, para declarar também nullas as eleições de prefeito das quatro seeções mencionadas; renovando-se as eleições dessas seeções e remettendo-se os autos ao Dr. Procurador Regional para cumprimento do disposto no Código Eleitoral, art. 160, § 4 ' .

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1936. — Hermenegildo de Barros, Presidente. — Cândido de Oliveira Filho, Relator.

Estado de São Paulo

Processo n . 1.562 — (Cancellamento de inseripção) Determina-se o cancellamento da inseripção do eleitor Gabriel Galdino de Godoy, visto ter sido a communicação do Tribunal Regional acompa- nhada do respectivo accordão, e terem sido obser- vadas as formalidades legaes. .

Accordão

Vistos, examinados e relatados estes .autos, em que se communica a este Tribunal o cancellamento da inseripção Galdino de Godoy, inscripto sob o n . 509, da 51

a

zona do Estado de São Paulo; e

Attendendo a que a communicação do cancellamento veio acompanhada do accordão do Tribunal Regional e a que fo- ram observadas as formalidades legaes;

Accordam os Juizes do Tribunal Superior de Justiça E l e i - toral, por unanimidade, em determinar que a Secretaria can- celle a inseripção do eleitor Gabriel Galdino de Godoy, i n - scripto sob o n . 509, na 51* zona do Estado de São Paulo.

Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, em 16 de agosto de 1935. — Hermenegildo de Barros, Presidente. — Collares Moreira, Relator.

Estado de São Paulo

Processo n . 1.56,3 — (Cancellamento de inseripção)' Accordão c' * '

Visto3, etc.:

Tendo presente a communicação e copia do accordão a

fls., resolvem os Juizes do Tribunal Superior de Justiça E l e i -

(6)

4298 Terça-feira 22 bULUTlJWL- ELJSriüttAlíi D e z e m b r o ' de, ,1930 toral

;

ordenar que. á .Secretaria effectue o cancellamento da

inseripção de Carolina Souto Alonso, inscripta eleitora sob O n . 3.596, ma 98* zona de São Paulo, e tendo o seu titulo o n . 200.731, visto como, sendo o motivo de exclusão falta de conhecimento de forma e traducçãó da certidão de nascimen- to, com que foi instruído o processo eleitoral, falta que não lioi'sanada no prazo- marcado, não houve recurso da decisão

do Tribunal Regional, .., Tribunal Superior de. Justiça Eleitoral, em 16 de agosto

de' 1935. — Hermenegildo de Barros, Presidente-,; *"*;—' loão Cabral, Relator. " L • , '

Estado de São Paüíó

Processo n . 1.565 -— (Cancellamento d § inseripção):

",-•„ , v . Determina-se o cancellamento da inseripção i .'dó eleitor, Peèrq Ribeiro, visto' ter sido a commu-

• .{ nicação.'" dó Tribunal Regional acompanhada do respectivo^ accordão e terem''' sido, observadas àS

• 'fbanalidades legaes. ' Accordão

•Vistos, examinados e relatados "estes autos; em-que se communica a este Tribunal o cancellamento,'da inseripção do eleitor Pedro. Ribeiro/-inscripto sob o n.'.67,' da^SO" zona do

:

: Estado de São Paulo; e '- • ~

A

.

• Attendendo a que a communicação do- ca-neellamerito ..veio...

acompanhada do. accordão- do Tribunal Regional -e a. que fo- ram 'Observadas as:formalidades_legaes; • ••"}•

Aceòrdam os Juizes do Tribunal Superior ;d«-Justiça. Eiei-, toral, por unanimidade, é m ' d e t e r m i n a r que a. Secretaria can-, celle a inseripção do eleitor Pedro Ribeiro, inscripto sob o' n . 67,-na 80* zona de São Paulo. - •

•Tribunal Superior de J u s t i ç a . Elei toral, em 18,.-<fe ..agosto"

de 1935. — Hermenegildo de Barros, Presidente. '—Eduardo

Espihoía, Relator, , ' ' ' . - • : '

• Estado de São Paulo

Processe n . .1,506 — (Cancellamento de ; inseripção) . . Determina-se .-. a. cancellamento da inseripção . do eleitor Antônio Dias, visto ter sido d.cómmu-

* wtcação do Tribunal Regional acompanhada do

*' ' respectivo accordão e terem sido 'observadas', as formalidades legaes. ,, ." ' ».- . , , Accordão ' \ '

Vistes,, examinados e relatados estes autos,- é m que. se communica a. este .'Tribunal, o cancellamento.da, inseripção' do • elejtpr. Antônio ^Dias., inscripto sob' o n,'

?

-68, da 80* zona do Estado de .

;

Sã,o,JPaulo; o ,

Attendendo-a que a communicação do.oancellamenio.Veio acompanhada do accordão dó" Tribunal Regional. e»avqué fo- ram''.observadas as-formalidades legaes; •""""'•. •

Accordam os Juizes do Tribunal Superior de Justiça -Elei- toral, por unanimidade, em determinar que a Secretaria •ean---

;

celle -a inseripção do eleitor Antônio, Dias, inscripto sob o'

ri:' 68,<da ao*'zona-do Estado de São Paulo, •'' '."•. Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, em i 6 de -agosto*

de 1935, —Hermenegildo de Barros, Presidente. -—'Plinio

Cásáãoj Relator.

v

Estado de São Paulo

-Processo- n-. i.Wl

; r

~ Cancellamento de inseripção)' DetÇrràma-se o -cancellamento da inseripção.

/ v 'do eleitor 'Augusto Ferreira Alves, visto ter sido a.

communiéação-do Tribmnal Regional aconipanhada .,*••'• -do respectivo accordão f terem sido observadas -as-'

>•• formalidades, legiws. ' . .

:

' ' • *''" ' . .' '

• • - ' •:• •<••}, A c c o r d ã o ' . • ' • • "'

"• 'Vistos,, '.examinados 'e. relatados estes autos, grár-que se- cõrimiun.iGa.aestè Tribunal--'0 cancellamento-, da inseripção' do

eleitor .Augusto Ferreira .Alves, inscripto. sob o n , 536,. dafe 125* zona de São Paulo;, e ' . -,,.' .- .•'.";" ,

;

- Attendendo a que a communicação do cancellamento 'veio ' acompanhada dq, accordão do Tribunal Regional e à queftíW' ram^òbsefvàdas,'as formalidades legaes; , ' ' ';

:

' -' '•'';;fvv

Accordam. os Juizes do Tribunal Superior de Justiça Eléfc»

toral, p o r unanimidade, em determinar que a Secretaria c a n » ' celle a inseripção do eleitor Augusto Ferreira Alves, inscripto sob o n . 336, na 12.5

a

zona do Estado de,São Paulo. •' - v

Tribunal Superior de'*Justiça Eleitoral, em 16"de, agosto de 1935. — Hermenegildo de Barros, Presidenta. — íosjí Linhares, Relator...

Estado de São Paulo :

Processo n . 1.568 — . (Gancellamento de inseripção)

••'•í Determina-se o cancellamento da inseripção

do eleitor José Eudoxio de Camargo, vüto ter side- a cammunicação do Tribunal Regional àcotnpa- nhada'do respectivo accordão e terem sido óbser*

6

vadas as formalidades legaes. -.-

Accordão . . . Vistos, examinados e relatados estes autos, em'.que:se:'

communica a este Tribunal o cancellamento da inseripção d

f

» eleitor José Eúdokio de Camargo, inscripto sob, o . n . 875", --'da-.

i í * zona do Estado de São Paulo; e . . . '• - ..r';,', Attendendo a que a communicação dó ,cán'6ellametító -veib-- acompanhada do. accordão do Tribunal Regional e a-.que

;

fo-

ram observadas'..a. formalidades legaes.

;

' - " . Accordam-;.os Juizes do Tribunal Superior de Jus.tiça,/Elei-

toral, por unanimidade, em determinar que-a Secretaria can*-;

celle a inscripçãa. ,do eleitor . José Euüoxio de C a m a r g o , í n í l : scripto sob o.n.-355, na.41" zona d6 Estado-cie, São Paulo.^'-r.n-yr

'Tribunal Superior de Justiça Eleitoral,'em 16.de "agosto.

de 1-935.,

r

~ Hermenegildo de'Barros, 'Pr-ésid-eete;'-•^

r

~Cwater', Moreira,-Relator, : ' . - ' '

;

- ; ' . :

:

' :'•

. . " " - • ' ^ • ' • v

;

; . E s t a d o d a

;

B a h i a ' " ; • ' . * ' uomsuna u , s.üôâ— • 'Classe 0" do .art. 34 Uo Regimento'

. Interno . . . ...

Vistos, relatados e discutidos estes autos, foi pelo Relator proferido o seguinte voto:

•' P o r ' s e r -firmada por pessoa qualificada, na fôrma

:

do- art, 13, letra m do Código Eleitoral, é de conhecer-se a con-*

eulta, assim redigida,'embora alguns itens do.seu questionário p.udeeseln ao Tribunal• Regional ser- dirigidos por versarem,:

questõeis,,de.natutez*a local ou municipal..'Mas o conjuneto de"

todos* envolvenclo-materia de interpretação de textos das Coflstfc : tuições de vários Estados, em confronto com a Constituição

; :

Fe- deral^e a conveniência cie serem expedidas instrucções,geraes.

pelo Tribunal Superior, eleve este examinados conjunctamàtè^

e evitando quanto possível o que parecer caso concreto.e allú-"

soes pessoaes, .ou referenciais a determinados actos-dos Poderes ' Públicos ainda uão-postos regularmente em causa perante

;

a* • Justiça Eleitoralv-resolvei' sobre a consulta. Eis o seu questip^"

uario: . ' ' ' - .. :'•'>' . ,"—0 Presidente da Gommissão "Executiva do, Partido R é - , publicaho da Bahia consulta ao. Tribunal Superior o seguinte;'.' 1% applica-se ás eleições munieipaes. a disposto no art. : 3

o

;

§ 7" das Disposições Transitórias'' da C o n s t i t u i ç ã o F e d e r a i ? 2°,.em virtude dessa disposição constitucional, podem ser ap-*- plicados os dispositivos da Constituição estadual da Bahia;- constantes dos á r t s . 8° e .seguintes aos eleitos nas primeiras eleições, munieipaes? 3

o

, podem ser -creadas inelegibilidâdes'.

diversas das estabelecidas no art. 112 da. Constituição'-Fe,^

deral? 4

o

, pode Uma lei

:

ordinaria estadual' tírear incompatibi- lidades^ diversas das- estabelecidas na respectiva Constituição, para o ;fim- de-'applj,cal-<as ás primeira^ eleições, munieipaes.?- 5

o

, p ó d ê ú m a d e i ordinária-ter effeito retroactivo desde

;

,que' affecte direitos inciiyiduaes ligados,áo eserecio de um man-"

dato electivo, i m face do que -dispõe o n . 3,,-do art..-li.S.-.dai Constituição da República? 6 \ pôde a capacidade do eidaàão..-;.

eleito p á r a . o exercício de funcção publica ser .restringida ,.dè

C o n f e r e com o O r i g i n a l

(7)

Terça-feira 22 BOLETIM ELEITORAL Dezembro de 1936 4290

qualquer maneira por acto do poder publico, depois da elei- ção? V, quando a capaoidade do cidadão eleito para o exercí- cio de funcção publica municipal pudesse ser restringida por

©to do poder publico, a quem compete tomar conhecimento dessa restricção, para a sua applicação ? Aos Tribunaes E l e i - toraes ou ás Câmaras a que se destina o exercício do manda- to ? 8°, determinada a nullidade, ou perda do mandato de um vereador, a quem- cabe a convocação de seu supplente, ao Tribunal Regional Eleitoral ou á Gamara Municipal ? 9 \ é licito ao T r i b u n a l Regional tomar conhecimento de renuncia do mandato de vereador s«b o pretexto de ainda não se achar installada a Casmara a que se destina o- exercício do man- dato >• •

Examinada a Constituição do Estado da Bahia, promulgada a 20 de agosto de 1935, e a L e i Orgânica dos Municípios do mesmo Estado, promulgada a 24 de janeiro de 1936, nellas se verifica o seguinte:

O art. 5" da .Constituição dispõe sobre os requisitos de elegibilidade para os Deputados á Assembléa Legislativa; e o art. 8° consagra as incompatibilidades, similentemente ao que.

faz a Constituição. Federal nos arts. 24 e 33 para Deputados, 52, § 5

o

para o Presidente da Republica e 89 para Senadores.

Quando trata dos 'Vereadores e Prefeitos das municipa- lidades, diz aquella Constituição, no. seu art. 60, que preva- lecem, quanto a elles, "para o exercício de .suas funcções, rio que lhes forem applicaveis, as mesmas incompatibilidades es- tabelecidas para os Deputados estaduaes".

E', no art. 103, que "ninguém poderá tomar posse de cargo oü funcção publica do Estado ou dõ.Município para que Lenha sido nomeado ou eleito, se estiver em mora com as Fazendas Estaduaes e Munieipaes.

E ' , como se vê, um impedimento á posse do cargo ou fun-

cção publica. Eqüivale a uma incompatibilidade. á As condições de elegibilidade, é o art. 62 que as'deter-

mina para o mesmo cargo de Prefeito e mandato de Verea- dores, eimilhanternente ao que prescreve o art. 27 sobre o Go- vernador, e o citado art. 5

o

sobre os Deputados.

. A 15 de janeiro de 1936, foram effectuadas na Bahia as primeiras eleições munieipaes. E a 24 do mesmo mez e anno foi promulgada a L e i Orgânica dos Municípios, que determina (art. 26) as condições de elegibilidade para Prefeito e . V e - reador; e estabelece (arts. 2.5 e 27) as incompatibilidades re- ativas aos mesmos cargos, ou mandatos, referindo-se aos su- pracitados arts. 8° e 103 da Constituição do Estado.

Quando trata da elegibilidade, manda respeitar o disposto no art. 112 dà Constituição F e d . r a l .

Pròjectando a luz dessas normas sobre a matéria da con- sulta, é conveniente ainda fazer algumas considerações, antes de lhe dar resposta. • -

As Constituições e leis polUicas determinam os requisitos que deve reunir o cidadão para^ poder receber os-mandatos representativos. Eis as condições de elegibilidade. A contrario senso, o que não reunir taes requisitos é inelegível.

E m artigos especiaes, porém, estabelecem as mesmas' Constituições e leis .políticas os casos de inelegibilidade, de modo geral, para qualquer cargo electivo. -

Realmente o art. 112 da Constituição Federal consoan- temente, declarou de modo absoluto, geral para todos os cargos electivos, da União, dos Estados e. dos Municípios, as inelegi- bilidade, isto é, as excepções'ao principio gerai de que todo cidadão brasileiro preenchendo os requisitos legaes deve ser eleitor, e, sendo eleitor é elegivel para os ditos cargos, com ás restricções apenas na mesma Constituição estabelecidas.

Veio depois o Código Eleitoral e nos arts. 102, 103 e 104 adoptou as mesmas normas, que não poderia deixar de con- solidar.

No art. .105. porém, entendeu o legislador ordinário de prescrever que, "além das inelegibilidades acima menciona- das, prevalecerão, por Estados e Municípios, as que forem es- tabelecidas nas constituições e leis estaduaes".

Aqui surge a q u e s t ã o : Refufcar-se-á esta ultima disposição inconstitucional, em face daquelle art. 112 da Constituição F e - deral?. '

Nó accordão n . 919 ( B . E . n . 64, de 1935).já declarou o Tribunal Superior que "os requisitos para as Câmaras Esta- duaes e o Conselho Municipal são fixados, respectivamente,

pela Constituição e leis orgânicas".

E m vários outros arestos, falou o mesmo Tribunal Supe- rior em applicação dos princípios básicos da Constituição F e - deral aos mandatos políticos estaduaes ou munieipaes. Re- 6urge, porém, agora a questão nesta consulta e com um ca- racter mais incisivo, demandando estudos especiaes.

Antes de tudo, é além da distiucção acima feita da*

elegibüidades especiaes e inelegibilidades geraes, entendo que ee devem distinguir estas das incompatibilidades

No regime da Constituição de 1891, as leis eleitoraes ordi- nárias geraram confusão entre inelegibilidades e incompati- bilidades, como faz notar o S r . Araújo Castro, o qual bem

define: Por inelegibilidade, entende-se a qualidade e condi- ção do que não é elegivel, ao pass oque a incompatibilidade é a prohibição expressa na lei, de se reunir no mesmo indi- víduo, simultaneamente,' o~ exercício de dois ou'mais cargos.

A inelegibilidade traz como conseqüência a nullidade dos votos ao candidato; ao passo que, na incompatibilidade,_taes votos são validos, devendo apenas aquelle, cuja funcção é incompatível com o mandato legislativo (ou executivo) optar depois do seu reconhecimento." (A Nova Cónst. Brasil'., pa- gina 353.)

Feitas estas distineções, parece que resalta implicitamente dos dispositivos explícitos da Constituição Federal esta so- lução para a 3" questão, que é o eixo da consulta:. (Consti- tuição Federal, art. 7

o

, I V ) .

Todas as outras, ou já estão resolvidas pelo Tribunal Su- perior ou offerecem menos difficuldades do que esta. ,

A Constituição Federal no art. 7

o

, n . IV, diz: Compete privativamente aos Estados... exercer, em geral, todo e qual- quer poder ou direito que lhes não fôr negado explicita ou implicitamente por cláusula expressa desta Constituição.

. E ' com o pharol deste dispositivo que abriremos caminho para a resposta á 3

a

questão da consulta.

a) as Constituições Estaduaes não podem crear inelegibili- dades geraes, diversas das estabelecidas no art. 112 da Constir tuição Federal, reproduzidas no art. 104 do Código Eleitoral.

b) podem, porém; determinar quaes os requisitos para ser elegivel o cidadão para cada cargo estadual ou municipal, como o faz a Constituição Federal relativamente aos cargos

íederaes; o . c) porem, igualmente, prescrever normas especiaes sobre

incompatibilidades, isto é, normas prohibitivas do exercício simultâneo, pelo mesmo cidadão, de dois ou mais cargos, sendo um estadual ou municipal, assim como o funecionamento con- juneto na mesma Câmara Municipal, de indivíduos ligados entre si por laços de parentesco, em determinados gráos, ou de com- munhão de interesses privados;

d) em todo caso, a competência reconhecida nos itens b e c acima, não deve ser exercida jamais de modo^a desvirtuar d i - recta ou indirectamente os princípios geraes estabelecidos no art. 112 da Constituição Federal e noutras cláusulas expressas da mesma Constituição de que resulte explicita ou implicita- mente a negação de tal competência aos Estados (cit. art'; 1", n . I V ) . - . . .

Que assim é, em matéria eleitoral, fazem certo o item f do n . XIX da'Constituição Federal, ,que dá á União a compe-

tência privativa para legislar sobre "matéria eleitoral da União, dos Estados e dos Municípios, inclusive alistamento, processo das eleições, apuração, recursos, proclamação dos eleitos e expedição de diplomas", e o item e do art. 83, dando á Justiça Eleitoral, que é toda federal, competência também exclusiva para "resolver sobre as arguições de inelegibilidade e incompatibilidade" tanto no campo nacional, como no esta- dual ou municipal.

Outra questão importante da consulta é a da retroactivi- dade que se possa querer emprestar ás normas da legislação bahiana promulgada depois de feita a eleição.

E ' a matéria dos itens 5

o

e 6

o

da consulta.

A irretroactividade das leis ó principio fundamentar de jurisprudência. A Constituição Federal a estabelece como regra

geral, sem excepção em matéria penal, que não seja em favor do réo, do querellado, da pessoa a quem prejudicaria a regra anterior e favorecia a posterior ao facto.

O consulente aponta-nos o disposto no art. 113, n . 3, da Constituição Federal e podemos ajuntar-lhe o d e n . 26.

A perda de mandato político por infracção da 'ei sempre foi considerada pena.

Feitas pelo Relator estas considerações geraes, acceitas pelo Tribunal Superior, votou este a seguinte resolução, por

unanimidade, salvo quanto ao nono item, de cujos termos

discordou o S r . Desembargador Collares Moreira:

(8)

4300 Terça-feira 23 B O L E T I M E L E I T O R A L Dezembro de 1930 '

Resolvem os Juizes do Tribunal Superior de Justiça Elei»

toral conhecer da consulta e responder, como instrucçao a todos os Juizes e Tribunaes Eleitoraes:

1", que se applica as primeiras eleições munieipaes o disposto no art. 3

o

, § 7° das Disposições Transitórias da Con- stituição;

2°, que não podem ser applicados os dispositivos da Constituição estadual da Bahia, constantes dos arts. 8° e se- guintes aos eleitos nas primeira eleições munieipaes;

3

o

, que não podem ser creadas inelegibilidades diversa*

das estabelecidas no art. 112 da Constituição Federal, de ac- cordo com a distineção feita nas considerações preliminares;

4°, que não pôde uma lei ordinária estadual crear incom- patibilidades' diversas das estabelecidas na respectiva Consti- tuição, para o fim de applieal-as ás primeiras eleições muni»

çipaes;

5

o

, que não pôde uma lei ordinária ter effeito retroactivo desde que affecte direitos individuaes ligados ao exercício'"do mandato electivo, em face dos ns. 3 e 26 do art. 113 da Consti- tuição da Republica;

- 6°, não pódé a capacidade do cidadão eleito para o exer- cício de funcção publica ser restringida de qualquer maneira por acto do poder publico, depois da eleição;

7°, que, quando a capacidade do cidadão eleito para o exercício de funcção publica municipal pudesse ;er restringida por acto do poder publico, compete tomar conhecimento dessa restricção, para a sua applicação, aos Tribunaes Regionaes, nos casos do art. 27, letra v do Código Eleitoral, salvo a com- petência do Tribunal Superior no caso do art. 13, letra h do mesmo código;

8°, qúe a perda do mandato só pôde ser decretada pelo 'Tribunal Regional ou pelo Tribunal Superior nos. casos apon- tados na resposta anterior, mas, decretada a perda do mandato e communicada á Câmara Municipal, a esta cumpre convocar o supplente, cabendo aos prejudicados pedir, contra a injus- tiça dessa convocação os remédios legaes, á Justiça eleitoral;

9

o

, emquanto não fôr declarada installada a Câmara eleita, é o Juiz Eleitoral que presidir á installação o competente para tomar conhecimento de renuncia de mandato de Vereador.

Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, em 2 de dezembro de 1936. — Hermenegildo de Barros, Presidente. — João Ca- bral, Relator.

Collares Moreira. Com explicação necessária. A exigência incluída na resposta ao 9° quesito a de ser presidida pelo Juiz Eleitoral a installação das Câmaras Munieipaes foi feita por suggestão minha acceita pelo Tribunal.

Tornava-se necessário o esclarecimento, pois, apesar da exigência constante do accordão de 29 de novembro de 1935, proferido no processo n . 1.709 {Boletim Eleitoral n . 75, de 9 de janeiro de 1936, pag. 75), a de caber aos Juizes Eleitoraes

"marcar dia de posse dos Prefeitos e Vereadores, como deferir- lhes compromisso e dar-lhe posse, devendo no caso de haver

mais de um Juiz na zona, determinar o •Tribunal Regional qual delles deverá exercer a funcção alludMa", foi, por inadvertencia, admittida nas Instrucções- que constam do ac- cordão proferido no recurso eleitoral n. 493, incisos I e se- guintes (Boletim Eleitoral n . 127, de 29 de outubro de 1936, pg. 3.563), a possibilidade de in.stalíarem-se as Câmaras M u - nieipaes sob a presidência de outrem que não o Juiz Eleitoral cujas funeções só podem ser exercidas por Juizes vitalícios, de accordo com o preceito do art. 82, § 7

o

da Constituição Federal, principio aliás reconhecido no accordão de 18 de no- vembro ultimo, proferido no recurso eleitoral n . 505, do Es- tado do'Rio de Janeiro.

P R O C U R A D O R I A G E R A L D A J U S T I Ç A E L E I T O R A L *

Recurso Eleitoral 444 — Classe 3

a

Recorrente, Partido Republicano Progressista — Recor- rido, Tribunal Regional Eleitoral — Relator, Exmo. Sr, M i - nistro Laudo de Camargo.

PAKECER N. 668

•1 — Esta Procuradoria Geral requereu, a folhas .21, a conversão do julgamento em diligencia pára qúe fossem j u n - tos os' autos referentes á eleição do município de Santa Cruz,

Estado do Geará, cuja annullação total fffe pede a o respeitável accordão de folhas 51 assim ordenou.

2 — Voltando os autos a esta Procuradoria Geral passa , a emittir parecer. Inicialmente, porém, 6alienta o seguinte:

O Parecer de folhas 21, requereu a diligencia

"para que se complete a instrucçao do processo" por->

quanto "junto aos autos estão, porém, somente as de- cisões do Tribunal Regional relativas á I

a

e á 3

a

see- ções do referido Município'*; ao passo <jue "o vecov-,

rente pede que seja annullada toda a eleição a que ge ' procedeu" naquelle Município.

O respeitável accordão, a folhas 51, que deferiu aquella diligencia íel-o em termos claros, mandando effectuar;

"a juneção das deoisões relativas as seeções Elei:

toraes e de que se veio a recorrer".

' No emtanto, mal grado serem tres essas seeções (infor- mações a folhas 52 verso, somente juntos, os autos dos re»

cursos da I

a

e 3

a

- seeções. E não foram juntas as folhas de votação, as actas do encerramento, etc. necessários para veri-

N

ficar a composição das mesas, etc.

• Parece, assim, que não foi integralmente cumprida a di- ligencia ordenada.

3 Esta Procuradoria não deseja de modo algum pro- crastínar nem jamais se prestará a concorrer para demora de qualquer decisão a ser tomada, pois será sempre guarda fiel da L e i , agindo com a independência que a lei lhe confere.

Parece-lhe, porém, de toda a conveniência que, por telegram- ma se requisite ao Tribunal Regiona. tods m a t è n a l da elei- ção impugnada, e onde deve de estar a prova referente aoa mesarios que serviram, aó modo de sua nomeação, etc.

' Aliás é disposição expressa do § 4

o

do artigo 174 do Go- digo Eleitoral que em recursos da espécie ora em discussão a Junta Aupuradora deve remetter ao Tribunal' Regional o processo:

"acompanhado da acta geral da apuração è de to-i

dos os documentos relativos a eleição". I y

Comtudo, na espécie, essa falta está em certo modo sup- prida pela documentação, junta pelo recorrente, embora não fique perfeitamente esclarecido o caso do § I

o

do artigo 160 do Código Eleitoral.

4 — O Partido Republicano Progressista em data de 9 da junho ultimo recorreu da decisão do Tribunal Regional que apurou a votação das secç.ões eleitoraes do Município de San- ta Cruz (folhas. 13) e juntou logo as razões do recurso (folhas 4 usque 1,7), .em que fundamenta a nullidade do total que pleiteia, nos. seguintes factos:

a) Da falta de competência do supplente leigo do termo de Ipu', cidadão Edgardi Correia de Castro e S á para fazer a nomeação de mesarios.

b) De ter sido processado, indebitamente, peran- te o referido Juiz Preparador, o registro de todos os candidatos que cocorreram ao pleito.

c) De ter feito parte da Mesa Receptora da primei- ra secção, o cidadão Alexandre do Valle, parente em 2

o

grau do candidato Raymundo Honorio de B r i t o .

d) De ter feito parte da Mesa Receptora da 3

a

se- cção, o cidadão Vicente Calixto e Silva, parente em 2

a

grau do candidato José Raymundo Lopes",

5 — O recurso foi tempestivamente interposto, e é citada Jurisprudência que se diz offendida. E ' de ser conhecido, portanto.

"Vistos, relatados e discutidos os .presentes aut03 de recurso "ex-officio", encaminhado pela Junta E l e i - toral do 7° Circulo, com sede em Ipu', a qual apurou emj

separado a u m a da I

a

secção de Santa Cruz.

O D r , Antônio Fructuoso da Frota FLbo, delegado do Partido Republicano Progressista, fez acompanhar o processo com a petição e documentos de folhas. O mo- tivo do recurso é ter feito parte da mesa receptora o primeiro supplente Alexandre do Valíe,-cunhado do caa"

didato a vereador, Raymundo Honorio de Britto.

Foi concedida, em sessão audiência, ao D r . P r o - curador Eleitoral, que deu, oralmente o s-?u parecer.

Considerando que a allegação não prevalece, nd acto da verificação do resultado do pleito, desde que

C o n f e r e com o O r i g i n a l

Referências

Documentos relacionados

Os maiores coeficientes da razão área/perímetro são das edificações Kanimbambo (12,75) e Barão do Rio Branco (10,22) ou seja possuem uma maior área por unidade de

Na visão romântica, os agricultores familiares o são por tradição e opção, e não por imposição. A hipótese de que não buscam a maximização do lucro e sim um

Se você vai para o mundo da fantasia e não está consciente de que está lá, você está se alienando da realidade (fugindo da realidade), você não está no aqui e

Com a investigação propusemo-nos conhecer o alcance real da tipologia dos conflitos, onde ocorrem com maior frequência, como é que os alunos resolvem esses conflitos, a

A região que se apresentou mais problemática para mapeamento foram as zonas urbanas, onde a obtenção de resultados satisfatórios só foi possível através de consecutivos testes

Dois outros membros da família – Bartholomeu de Assis Brasil e José de Assis Brasil – também tiveram sua ação política (e mesmo profissional, no caso do

Todavia, autores questionam se a tecnologia pode, de fato, mudar o cenário social e político (PINHO, 2012), alertando para um possível entusiasmo exagerado, já que

During 2010 and 2011, mango fruits showing anthracnose symptoms were collected in 10 orchards 70 samples per orchard located in São Francisco Valley, Assú Valley and Zona da