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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA UNIPÊ PRO REITORIA ACADÊMICA PROAC CURSO DE BACHARELADO EM FISIOTERAPIA MARIA EDUARDA PEREIRA DE MEDEIROS

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CURSO DE BACHARELADO EM FISIOTERAPIA

MARIA EDUARDA PEREIRA DE MEDEIROS

AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS DE UMA CLÍNICA-ESCOLA DE FISIOTERAPIA

JOÃO PESSOA

2020

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AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS DE UMA CLÍNICA-ESCOLA DE FISIOTERAPIA

Artigo apresentado ao componente curricular TCC II, do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário de João Pessoa- UNIPÊ, em cumprimento aos requisitos necessários para obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia. Linha de Pesquisa: Saúde do Idoso.

ORIENTADORA: PROF. MS. ANA RUTH BARBOSA DE SOUSA

JOÃO PESSOA

2020

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M488a Medeiros, Maria Eduarda Pereira de.

Avaliação do risco de quedas em idosos em uma clínica- escola de fisioterapia /Maria Eduarda Pereira de Medeiros. - João Pessoa, 2020.

24 f.

Orientador (a): Prof. Ms. Ana Ruth Barbosa de Sousa.

Artigo (Curso de Fisioterapia) –

Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ.

1. Fisioterapia 2. Idosos 3. Quedas I. Título.

UNIPÊ / BC CDU 615.8-053.9

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, porque sem ele nada poderia acontecer, e por sempre guiar meus passos.

“ Nada temas, porque estou contigo, Não lances olhares desesperados, pois eu sou teu Deus; Eu te fortaleço e venho em teu socorro, Eu te amparo com minha destra vitoriosa.” (Isaías 41:10)

Agradeço minha orientadora, Profª Ms. Ana Ruth Barbosa de Sousa, pela confiança e dedicação, por toda liberdade no desenvolvimento deste estudo e ter acreditado em meu potencial me conduzindo para esta realização.

Agradeço a todos os pacientes da clínica-escola que se dispuseram a participar e contribuir para esta pesquisa, se tornando peças fundamentais para esta elaboração.

A minha amiga Larissa Alves, por toda ajuda, paciência, apoio e por ter sido meu braço direito durante toda trajetória da pesquisa. Agregando conhecimentos e nos fazendo forte neste percurso.

Aos meus Pais, Francisco Genilson e Maria Cleide e ao meu irmão Francisco Gilson, por todo incentivo e esforço incondicional durante esses quatro anos e meio de curso, que sempre foram minha base nesta caminhada, me dando todo o apoio necessário.

A todos, o meu sincero obrigado!

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AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS DE UMA CLÍNICA-ESCOLA DE FISIOTERAPIA

ASSESSMENT OF THE RISK OF FALLING ELDERLY IN A PHYSIOTHERAPY SCHOOL CLINIC

MARIA EDUARDA PEREIRA DE MEDEIROS

RESUMO

A queda é um mecanismo envolvido com a manutenção da postura, interferindo na qualidade de vida. Os idosos mais susceptíveis as quedas são aqueles que apresentam enfermidades, alterações da mobilidade, equilíbrio e controle postural, sendo relacionada também com o grau de incapacidade funcional. A avaliação do risco de quedas é importante para diminuir a probabilidade destas, tornando-se fundamental para o planejamento de estratégias de prevenção efetivas. O presente estudo teve como objetivo investigar o risco de quedas em idosos em tratamento em uma clínica escola de fisioterapia. Trata-se de estudo transversal, descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa. A amostra foi do tipo não probabilístico, selecionada por conveniência, composta por 6 idosos. O instrumento de coleta de dados utilizado foi a Escala de Tinetti, precedido por um questionário para levantamento de dados sócio demográficos e clínicos.

Os dados foram analisados a partir de estatística descritiva simples, com a formulação de gráficos e tabelas, e posteriormente discutidos a luz da literatura da área. A idade média dos indivíduos da amostra foi de 66 anos. Referente as quedas, 100% dos idosos relataram terem sofrido tal evento. Como resultado da Escala de Tinetti, a média apresentada foi de 24,33 pontos, apontando para um risco moderado de quedas. Avaliando os componentes específicos, a média estática foi menor, indicando o equilíbrio como função mais afetada.

Acredita-se que atividade fisioterapêutica regular diminui o risco de quedas, uma vez que proporciona fortalecimento muscular e treino proprioceptivo, que são importantes para restaurar o equilíbrio e marcha dos idosos.

Palavras- chave: Fisioterapia. Idosos. Queda.

ABSTRACT

(7)

Falling is a mechanism involved in maintaining posture, interfering with quality of life.

The elderly most susceptible to falls are those who have illnesses, changes in mobility, balance and postural control, and are also related to the degree of functional disability.

The assessment of the risk of falls is important to reduce the likelihood of falls, making it essential for planning effective prevention strategies. The present study aimed to investigate the risk of falls in the elderly undergoing treatment at a physiotherapy school clinic. This is a cross-sectional, descriptive and exploratory study, with a quantitative approach. The sample was of the non-probabilistic type, selected for convenience, composed of 6 elderly people. The data collection instrument used was the Tinetti Scale, preceded by a questionnaire to collect socio-demographic and clinical data. The data were analyzed using simple descriptive statistics, with the formulation of graphs and tables, and later discussed in the light of the literature in the area. The average age of the individuals in the sample was 66 years. Regarding falls, 100% of the elderly reported having suffered such an event. As a result of the Tinetti Scale, the average presented was 24.33 points, pointing to a moderate risk of falls. Evaluating the specific components, the static mean was lower, indicating balance as the most affected function. It is believed that regular physical therapy activity reduces the risk of falls, since it provides muscle strengthening and proprioceptive training, which are important to restore balance and gait in the elderly.

Key-words: Physiotherapy. Seniors. Falls.

INTRODUÇÃO

O envelhecimento populacional é uma realidade em nosso país e traz mudanças na demografia e no perfil social dos brasileiros. Considera-se idoso, o indivíduo com mais de 65 anos, em países desenvolvidos, e a partir dos 60 anos, em países em desenvolvimento (NOGUEIRA et al., 2017). De acordo com Neri e Guariento (2011), é importante melhorar as condições socioeconômicas, principalmente nos países emergentes, como o Brasil, para possibilitar uma boa qualidade de vida aos idosos em seu processo de envelhecimento.

Diversos países em desenvolvimento, vêm tendo o aumento de forma muito

rápida e progressiva da população idosa, sem a correspondente modificação nas

condições de vida. Há um aumento da população brasileira de 15 vezes,

aproximadamente, entre 1950 e 2025, tal aumento colocará o Brasil entre os seis países

(8)

com população de idosos no mundo, com números absolutos. Desse modo tem aumentado a consciência de que está em um processo de envelhecimento nas últimas décadas.

(DAWALIBI et al., 2013)

O processo de envelhecimento é a fase da velhice, que vem para todo ser humano.

Há modificações naturais que são confundidas com enfermidades e dependência, reforçando o modelo de que velhice e ser velho significam doenças e incapacidades, pois as alterações fisiológicas interferem na capacidade dos idosos de responder aos estímulos do ambiente exigido pela sociedade (VERAS et al., 2015).

O idoso é marcado por algumas alterações naturais como perda de peso, redução da massa corpórea, cabelos grisalhos, pele enrugada, perda auditiva, perda e desgaste dos dentes, diminuição da força e massa muscular, alterações posturais e de equilíbrio, e outras que são confundidas com as limitações impostas e características dessa faixa etária (VERAS et al., 2015).

De acordo com as alterações citadas do processo de envelhecimento humano, as alterações da habilidade do equilíbrio são umas das mais pertinentes, pois intervém diretamente na execução das Atividades de Vida Diária (AVD’s). Essas alterações associadas às limitações de outras funcionalidades, como mudanças de postura e força muscular, pode aumentar a exposição dos idosos a episódios de quedas (CHAGAS et al., 2018).

De acordo com Gomes et al. (2014), a queda é um deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, sem correção de tempo hábil e é determinada por circunstâncias multifatoriais que comprometem a estabilidade conforme a cultura e condições de vida dos idosos, ou seja, mecanismos envolvidos com a manutenção da postura.

Para investigar estes episódios, foram criados diversos instrumentos de análise da marcha, do equilíbrio, do controle postural e da capacidade funcional. A Escala de Tinetti é um dos instrumentos que foi desenvolvido em 1986, por Tinetti, Williams e Mayewski.

O teste é dividido em duas partes, sendo que a primeira avalia o equilíbrio de forma qualitativa, reproduzindo as alterações na mudança de posição, e a segunda avalia a marcha baseando-se na eficiência do deslocamento (NOGUEIRA et al., 2017).

Observando o processo de envelhecimento populacional, detecta-se a necessidade

de avaliar detalhadamente a incidência de quedas nos idosos, procurando então verificar

como o profissional de saúde pode atuar para prevenir os possíveis episódios de quedas,

(9)

tendo em vista que as consequências das quedas influenciam na qualidade de vida desses idosos.

Logo, o presente estudo visa responder a seguinte questão norteadora: qual o risco de quedas apresentado por idosos atendidos em uma clínica escola de fisioterapia, a partir da Escala de Tinetti?

O objetivo dessa pesquisa foi investigar o risco da queda de idosos da clínica escola de fisioterapia do Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ.

REFERENCIAL TEÓRICO

Envelhecimento Humano

De acordo com Ferreira et al., (2010) o envelhecimento envolve diversos aspectos do desenvolvimento humano, passando pelos campos biológico, social, psicológico e cultural. Entretanto, ainda não é possível encontrar uma definição de envelhecimento que envolva os difíceis caminhos que levam o indivíduo a envelhecer e como este processo é vivenciado e representado pelos próprios idosos e pela sociedade em geral.

O envelhecimento é um fenômeno do processo da vida, assim como a infância, a adolescência e a maturidade, é marcado por mudanças biopsicossociais específicas, relacionadas à passagem do tempo. Contudo, este evento varia de indivíduo para indivíduo, podendo ser definido geneticamente ou ser influenciado pelo estilo de vida, pelos atributos do meio ambiente e pelo quadro nutricional de cada um (FERREIRA et al., 2010).

As mudanças que acompanham o método de envelhecer não são marcadas de maneira precisa pela idade cronológica, existe alterações significativas em relação ao estado de saúde, da participação em atividades e de independência entre pessoas idosas com a mesma idade cronológica. Ressalta que indivíduos podem ter diferentes idades: a cronológica, que é definida pelo número de anos; a biológica, que é designada pelas mudanças anatômicas ou bioquímicas; e a psicológica, referente à sua competência de conduta e adaptação social ao meio (ANTUNES; NOVAK; MIRANDA, 2014).

Portanto, há um conjunto de alterações observadas em indivíduos idosos ao longo do

processo de envelhecimento que está relacionado à senescência. No sistema imune, por

exemplo, há uma redução significativa das células de defesa (Linfócitos B, T e células

NK) subsequente da involução tímica, desse modo, às mesmas se tornam ineficientes no

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reconhecimento e combate de determinados antígenos (EWERS; RIZZO; KALIL, 2008 apud MACENA; HERMANO; COSTA, 2018).

Ocorrem ainda alterações em outros sistemas, como: sistema neuroendócrino, sistema nervoso e distúrbios psíquicos, tendo como um dos fatores contribuintes para surto psicológico, o estresse. Os transtornos psíquicos podem manifestar-se em inúmeros quadros clínicos, desde: demência, esquizofrenia, doenças clínicas, alcoolismo, transtornos de estresse pós-traumático, entre outros. Pode ainda surgir como resultado às circunstâncias estressantes adversas, proporcionando um isolamento social, crises de choro, diminuição de apetite, ausência de sono, retardo psicomotor, atenuação do interesse sexual, humor depressivo e um comportamento suicida (DEL PORTO, 1999 apud MACENA; HERMANO; COSTA, 2018).

Ainda, dentre as alterações do processo de envelhecimento, destacam-se as alterações posturais e do equilíbrio, as quais podem aumentar consideravelmente o risco de exposição dos idosos a episódios de quedas.

Quedas em idosos

No processo de envelhecimento os principais sistemas biológicos apresentam declínios funcionais, como a diminuição de força e massa muscular, flexibilidade, agilidade, alterações posturais, de equilíbrio, e capacidade cardiorrespiratória, que comprometem a realização das atividades de vida diárias (AVD’s) indispensáveis para que o indivíduo viva de forma independente. A diminuição do nível de atividade pode levar o idoso a um estado de fragilidade, ocasionando risco de queda, e de dependência, refletindo negativamente na qualidade de vida do mesmo (OLIVEIRA et al., 2015).

Queda pode ser definida como o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior a posição inicial com a incapacidade de correção em tempo hábil, determinado por circunstâncias multifatoriais que comprometem a estabilidade do indivíduo. A função físico-funcional dos membros inferiores é um fator de risco primário para eventos de quedas nos idosos, estando vigorosamente relacionada ao desempenho para a manutenção do equilíbrio (CHAGAS et al., 2018).

De acordo com Nogueira et al. (2017), este evento vem sendo correlacionado com a

dificuldade do sistema nervoso central em absorver informações periféricas para a

manutenção do equilíbrio, assim como a diminuição dos inputs sensoriais: informações

proprioceptivas, táteis, visuais e vestibulares, que são diminuídas com o envelhecimento

natural.

(11)

As quedas em idosos podem acontecer em diversas situações e ambientes, como em domicílios, espaços públicos e instituições. Os idosos mais susceptíveis a quedas são aqueles que apresentam alguma enfermidade, especialmente as que levam a alterações da mobilidade, equilíbrio e controle postural, sendo a ocorrência de quedas diretamente proporcional ao grau de incapacidade funcional (RODRIGUES; BARBEITO;

DRUMMOND JUNIOR, 2016).

De acordo com os mesmos autores, o risco de quedas pode ser diminuído com a prática de exercícios físicos. A atividade física contribui para a manutenção da força, melhora da flexibilidade e do equilíbrio, sendo uma importante medida de prevenção das quedas, oferecendo aos idosos uma maior segurança na realização de suas atividades de vida diária. Além disso, o exercício proporciona aumento do contato social, diminui os riscos de doenças crônicas, melhora a saúde física e mental, garante a melhora da performance funcional e consequentemente, leva a uma maior independência, autonomia e qualidade de vida do idoso.

Considerando que é fundamental ter a dimensão dos riscos de quedas que os idosos vivenciam, se faz necessário realizar processos de avaliação destes riscos, para que dessa forma seja possível prevenir a ocorrência de futuros episódios, e entender o que deve ser trabalhado com os mesmos para que sejam evitados novos eventos.

Avaliação do risco de quedas em idosos - Escala de Tinetti

A procura para entender os fatores relacionados à diminuição do equilíbrio e queda no idoso deve receber uma atenção maior, ao crescimento desta parcela da população no mundo. Entre vários testes que podem ser utilizados na avaliação da análise da marcha, do equilíbrio, do controle postural e da capacidade funcional do idosos, tem-se o teste de Tinetti que vêm apresentando bastante confiabilidade (CHAGAS et al., 2018). A escala de Tinetti é um índice desenvolvido em 1986 por Tinetti, Williams e Mayewski (NOGUEIRA et al., 2017).

O teste é dividido em duas partes, decorrendo que a primeira avalia o equilíbrio de forma qualitativa, desenvolvendo as alterações na mudança de posição, e a segunda avalia a marcha baseando-se na eficiência do deslocamento. A capacidade funcional do idoso é delineada pela ausência de dificuldades no desempenho de alguns gestos e atividades da vida cotidiana (NOGUEIRA et al., 2017).

A Escala de Equilíbrio e Marcha contém nove tópicos para a avaliar o equilíbrio assim

sendo, equilíbrio sentado, levantando, tentativas de levantar, após levanta, equilíbrio em

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pé, teste dos três tempos, olhos fechados, girando 360º e sentando, e sete tópicos para avaliar a marcha, que são: início da marcha, comprimento e altura dos passos, simetria dos passos, continuidade dos passos, direção, tronco e distância dos tornozelos. A pontuação total dessa escala é de 28 pontos, pontuação menor que 19 indica maior risco de quedas, o escore total bruto pode ser interpretado qualitativamente como normal, adaptativo e anormal, entre 19 e 24 pontos representam, respectivamente, um alto e moderado risco de quedas (SILVA et al., 2017).

Este instrumento pode ser utilizado pelo fisioterapeuta, uma vez que baseado nos resultados dos testes e escalas, o mesmo programa a sua conduta clínica referente a cada individualidade encontrada no paciente avaliado, integrando a recuperação, a prevenção de incapacidades e/ou doenças e a promoção da saúde, a ação que é preconizada nas práticas clínicas preventivas. As técnicas fisioterapêuticas empregando os exercícios terapêuticos, têm papel importante na preservação da função física dos idosos, com o objetivo de prevenir ou adiar a instalação de incapacidades, diminuindo assim os possíveis envolvimentos impostos pelas disfunções e promovendo uma melhor adaptação do indivíduo à sua realidade (SCHERF; DIAS; TIER, 2017).

São vários os benefícios dos exercícios terapêuticos, uns deles são: melhor funcionamento corporal; melhora do controle da pressão arterial; manutenção da densidade mineral óssea (com ossos e articulações mais saudáveis); melhora a postura e o equilíbrio; melhor controle do peso corporal; melhora de quadros álgicos; melhora a qualidade do sono; ampliação do contato social; redução da ansiedade, do estresse, melhora do estado de humor e da autoestima (NAKAGAWA et al., 2017).

PERCURSO METODOLÓGICO

A presente pesquisa teve caráter descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa, que permitiu obter as informações desejadas, para compreender melhor o problema.

A pesquisa foi realizada na Clínica Escola de Fisioterapia da UNIPÊ, durante o período de fevereiro a junho de 2020, tendo a coleta de dados realizada no mês de março de 2020.

A pesquisa foi realizada com a população de idosos atendidos pela disciplina de

Fisioterapia na Saúde do Idoso, no período da manhã, na Clínica escola de Fisioterapia

do UNIPÊ. A amostra foi do tipo não probabilística e selecionada por conveniência

(participação voluntária), sendo composta por 6 idosos.

(13)

Os participantes da pesquisa obedeciam a os seguintes critérios de inclusão: serem idosos que eram atendidos na Clínica Escola de Fisioterapia do UNIPÊ; que apresentavam faixa etária idade igual ou acima de 60 anos; que aceitaram participar da pesquisa mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram excluídos da pesquisa os idosos que desistiram de participar do estudo e/ou idosos que apresentaram comprometimento cognitivo de moderado a grave.

Durante o horário de atendimento da disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso, os idosos foram abordados pela pesquisadora, e foi esclarecido de como seria realizado a pesquisa. Após a assinatura do TCLE, foi aplicado, de forma individual e reservada, um questionário elaborado pela pesquisadora que possuia o objetivo de coletar informações para determinar o perfil sócio demográfico e clínico dos idosos participantes da pesquisa (APÊNDICE A). Posteriormente houve a aplicação da Escala de Tinetti, para avaliar o equilíbrio corporal e capacidade funcional dos participantes. (APÊNDICE B).

A pesquisa respeitou as diretrizes e critérios estabelecidos pelo Conselho Nacional de Saúde através da Resolução 466/12, pois envolveu seres humanos. A mesma ocorreu após aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (25533219.7.0000.5176). E com o recebimento da certidão e tendo a autorização do Curso de Fisioterapia do UNIPÊ. Foram considerados e respeitados ainda, os preceitos contidos no Estatuto do idoso, de forma a minimizar os riscos de prejuízos para os participantes.

Os dados foram ordenados em uma planilha eletrônica do programa Microsoft Office Excel, versão 2013. Posteriormente, foram submetidos a uma análise quantitativa, onde foram considerados os dados sócios demográficos e clínicos sendo usadas técnicas de estatística descritiva simples, utilizando percentuais e médias. Os resultados referentes a Escala de Tinetti foram analisados a partir do escore próprio do instrumento. Todos os resultados foram discutidos a partir da literatura da área.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A amostra da pesquisa foi composta por 6 idosos, sendo 66,7 % deles do gênero feminino, e 33,3% do gênero masculino, com idade média de 66 anos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2017), no Brasil

as pessoas com 60 anos ou mais representam 8,77% da população total com predomínio

de mulheres (IBGE, 2017). A prevalência do sexo feminino no contexto do

envelhecimento pode ser justificada pela maior expectativa de vida deste grupo, bem

(14)

como por uma maior resistência dos homens em buscar serviços de saúde e a praticar exercícios físicos (BRASIL, 2017).

Em relação aos dados clínicos, como demonstrado na Tabela 1, 100% da amostra apresentam histórico de queda, sendo 67% com 1 a 2 episódios de quedas, 16,5% com 8 episódios de quedas, e os outros 16,5% com 10 episódios de quedas.

Segundo Silva (2018), nos últimos anos, vários estudos demonstram a redução do desempenho de idosos em relação às suas habilidades motoras, como parte do processo do envelhecimento com alterações de coordenação, equilíbrio e marcha, provocando um aumento da ocorrência de quedas.

De acordo com um estudo de Pinho et al. (2012), avaliando idosos atendidos por um serviço de saúde, houve prevalência no número de repetição de quedas com 1 a 2 episódios, representando 30% da amostra. Observa-se que mediante ao processo de envelhecimento o principal fator de risco para o comprometimento da capacidade funcional dos idosos é a queda.

Vieira et al., (2018) estudou 1.448 idosos, e observou que um em cada três idosos sofreu pelo menos uma queda no último ano representando o valor de 51,5%. Tal recorrência pode ser reflexo do processo de envelhecimento associado a disfunções e alterações na marcha e equilíbrio do idoso devido ao processo de senescência ou senilidade.

Tabela 1– Dados clínicos da amostra.

N % Histórico de quedas

Sim Não

6 0

100%

0%

N° de episódios de quedas

1 - 2 episódios 3 – 4 episódios

5 – 6 episódios 7- 8 episódios 9 – 10 episódios

. 4 0 0 1 1

67%

0%

0%

16,5%

16,5%

Tempo de tratamento fisioterapêutico 1 ano

1 - 2 anos

3 3

50%

50%

Fonte: Dados da pesquisa, 2020.

(15)

Todos os participantes da pesquisa relataram possuir alguma patologia, dentre as quais foram citadas hipertensão arterial sistêmica (HAS), artrite, artrose, gastrite, incontinência urinaria e fecal, artropatia cervical e lombar, e fibrose. Entre as patologias relatadas observou-se que 33% da população relata ter artrite e artrose. Dos idosos 33%

relatou possuir apenas uma patologia e 67% relatou possuir entre duas a três patologias.

De acordo com Souza et al. (2017) as doenças crônicas são um dos fatores de risco que podem influenciar no episódio de quedas em idosos, e a combinação dessas patologias com o uso de medicamentos estava presente em 100% da amostra de sua pesquisa.

Todos os idosos desta amostra faziam acompanhamento fisioterapêutico, sendo que metade desses idosos faziam há menos de 1 ano, e o restante fazia entre 1 e 2 anos.

Logo, a fisioterapia demonstra ser uma forma de proporcionar a prevenção de quedas, trabalhando o ganho de força muscular, mobilidade articular, aumento da velocidade da marcha e melhora na qualidade do equilíbrio estático e dinâmico dos idosos.

A prática de exercícios terapêuticos é de suma importância na prevenção de quedas e na redução dos impactos causados pela mesma. Os exercícios terapêuticos são fundamentais para diminuir os efeitos do envelhecimento e sua prática regular, mantém um bom desempenho funcional, precavendo as alterações e distúrbios de marcha e equilíbrio dos idosos (SANTOS et al., 2016).

Na análise dos resultados da Escala de Tinetti, a pontuação média foi de 24,33 (máximo: 28 pontos e mínimo: 18 pontos). Os resultados descritivos referentes a pontuação de cada idoso estão apresentados no gráfico abaixo (Gráfico 1).

Gráfico 1: Pontuação total da Escala de Tinetti dos idosos da amostra.

21

25

28 27 27

18

0 5 10 15 20 25 30

1 2 3 4 5 6

Pontuação Total

(16)

Fonte: Dados da pesquisa, 2020.

Considerando o escore da Escala de Tinetti, para a interpretação do resultado, temos abaixo de 19 pontos há elevado risco de queda; entre 19 a 24 pontos há risco moderado de queda; e acima de 25 pontos há baixo risco de queda (TINETTI, 1986 apud KARUKA;

SILVA; NAVEGA, 2011). Logo, os resultados da presente amostra indicam que de modo geral, a maioria dos idosos apresentou um risco moderado de quedas, com média de 24,33 pontos. A menor pontuação encontrada foi de 18 pontos, em apenas 1 idoso, o que é classificado como alto risco de quedas, e a maior foi de 28 pontos, também em 1 idoso, o que representa um baixo risco de quedas.

Um estudo realizado em um projeto social de Fortaleza – CE, no qual utilizaram a Escala do Tinetti para avaliar os riscos de quedas em idosos, conseguiu-se observar que 36,8% dos idosos apresentaram alto risco de queda (CHAGAS et al., 2018). Comparando com os idosos da presente pesquisa, notou-se que os idosos do estudo citado, realizavam acompanhamento fisioterapêutico há pouco tempo, tendo assim um perfil diferente desta amostra.

Pode-se considerar que a atuação da fisioterapia na realização de exercícios com idosos, promove, entre outros benefícios, o fortalecimento muscular e treino proprioceptivo que são importantes para recuperar o equilíbrio e marcha dos idosos, e que estes benefícios são diretamente proporcionais a frequência e duração do tratamento fisioterapeutico. Por essa razão se mostra importante inserir uma rotina de exercícios semanais na vida do idoso, visto que oferece uma maior segurança na realização de suas atividades, melhorando equilíbrio e marcha, e diminuindo assim, o risco de quedas.

(CADER; BARBOZA; BROMERCHENKEL, 2014).

Quando observados os componentes específicos do instrumento, sendo equilíbrio e marcha, obteve-se que o equilíbrio dos idosos da amostra apresentou uma média estática de 13,33 pontos, dentre um total de 16 pontos. Já na marcha, a média dinâmica mostrou um valor de 11 pontos, dentre um total de 12 pontos. Os resultados descritivos referentes a média dos componentes estão apresentados no Gráfico 2.

Gráfico 2: Pontuação da média dos componentes da Escala de Tinetti dos idosos

da amostra.

(17)

Fonte: Dados da pesquisa, 2020.

De acordo com a amostra, observou-se que o componente do equilíbrio apresentou uma diferença mais significativa em relação ao resultado adequado, que é de 16 pontos.

Segundo o estudo de Treacy et al., (2015), o circuito funcional é eficaz para a melhora do equilíbrio e da marcha dos idosos, e Fernández-Arguelles (2015) mostra resultados positivos da dança terapêutica para a diminuição do risco de quedas, apresentando assim uma melhora no equilíbrio, marcha e mobilidade dinâmica, força e flexibilidade dos idosos.

De acordo com o que foi citado anteriormente, Santos e Batista (2018) relata que é essencial incentivar a prática de exercícios terapêuticos regulares aos idosos, seja em grupo ou individualmente, seja por dança terapêutica ou circuitos, tendo em vista que o exercício terapêutico apresenta inúmeros benefícios e melhora significativa do equilíbrio e marcha em idosos.

De acordo com Cader, Barboza e Bromerchenkel (2014) a fisioterapia proporciona o fortalecimento muscular e treino proprioceptivo no qual são importantes para restaurar o equilíbrio e marcha dos idosos, diminuindo assim, o risco de quedas.

Exercícios fisioterápicos vem sendo utilizados para melhora do equilíbrio tendo em visa à prevenção de quedas. O treinamento com exercícios proprioceptivos ou sensório- motores aumenta as habilidades de controle motor, restaurando a estabilidade dinâmica do indivíduo (PRENTICE; VOIGHT, 2003 apud GOMES; CAMPOS; MENDES;

MOUSSA, 2016).

13,33

11

24,33

0 5 10 15 20 25 30

Média Estatica Média Dinamico Total

Pontuação do Tinetti

(18)

Observa-se ainda que o risco moderado para quedas encontrado nessa amostra pode estar influenciado pelo fato de que todos participantes da pesquisa fazem acompanhamento fisioterapêutico na clínica-escola, o que implica na melhoria do rendimento deles na marcha e no equilíbrio.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste estudo, foi observado que idosos participantes do atendimento de fisioterapia de uma clínica escola de João Pessoa obtiveram um risco moderado de quedas na Escala de Tinetti. Sabemos que as quedas ocorrem pela combinação de vários fatores de risco. Por tanto, para que possamos atuar, modificando o que for necessário, é importante a identificação dos fatores de risco para quedas no contexto de vida do idoso.

A amostra estudada evidenciou que o risco de quedas pode estar associado sobretudo, às alterações do equilíbrio implicando a necessidade de maior atenção e suporte a esta função.

Com o aumento da expectativa de vida dos idosos, há uma preocupação em conseguir contribuir para qualidade de vida da população idosa, prevenindo as doenças crônicas, como exemplo a artrite, apesar das limitações progressivas que esta pode causar.

É necessário, portanto, que sejam desenvolvidos mais estudos sobre a população idosa, produzir e planejar ações multiprofissionais, em que se trabalhe toda essa série de fatores que possam comprometer a saúde da pessoa idosa. Que se faça capaz de atentar as particularidades dessa população, assim como os riscos que predispõem às quedas, pois estas elevam os índices de morbidade no idoso, gerando altos custos e uma total dependência.

Sugere-se ainda que o atendimento prestado no respectivo serviço de saúde possa

manter e aprimorar a realização das condutas que incluem treino de marcha e equilíbrio,

trabalho de propriocepção, podendo ainda incluir a dança como um recuso da

musicoterapia, assim como a indicação e orientação de exercícios para que o idoso realize

em casa, acompanhado pelo cuidador, diminuindo ainda mais o risco de quedas.

(19)

REFERÊNCIAS

ANTUNES, I. G.; NOVAK, M. T. P.; MIRANDA, V. R. O Processo de envelhecer na atualidade na visão do idoso. Psicologia Argumento, Curitiba, v. 32, n. 79, p. 155-164, 2014.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Analise populacional: Índice em Estados Brasileiros. Rio de Janeiro, 2017.

CADER, S.; BARBOZA, J.; BROMERCHENKEL, A. Intervenção fisioterápica prevenção de quedas em idosos. Revista HUPE, Rio de Janeiro, v.13, n. 2, p. 53-61, 2014.

CHAGAS, D. L.; RODRIGUES, A. L. P.; BRITO, L. C.; SOARES, E. S. Análise da relação entre o equilíbrio corporal e o risco de quedas em idosos de um projeto social de Fortaleza-CE. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo, v. 12, n. 76, p. 547-555, jul./ago., 2018.

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(22)

APÊNDICE A – Instrumento para Coleta dos Dados

AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS DE IDOSOS EM UMA CLÍNICA-ESCOLA DE FISIOTERAPIA

Instrumento para Coleta dos Dados Sociodemográficos Sexo: Fem. ( ) Masc. ( )

Idade:

Patologia:

Histórico de Queda: Sim ( ) Não ( ) Se sim, quantos episódios de queda?

Há quanto tempo faz fisioterapia?

TESTE DE TINETTI – Versão portuguesa

(PERFORMANCE-ORIENTED ASSESSMENT OF MOBILITY I – BALANCE) AVALIAÇÃO DA MOBILIDADE E EQUILIBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO EQUILIBRIO ESTÁTICO CADEIRA:

1. EQUILÍBRIO SENTADO

0 – inclina – se ou desliza na cadeira

1 – inclina-se ligeiramente ou aumenta a distância das nádegas ao encosto da cadeira

2 – estável, seguro 2. LEVANTAR –SE

0 – incapaz sem ajuda ou perde o equilíbrio

1 – capaz, mas utiliza os braços para ajudar ou faz excessiva flexão do tronco ou não consegue à 1ª tentativa

2 – capaz na 1ª tentativa sem usar os braços

3. EQUILIBRIO IMEDIATO (primeiros 5 segundos)

0 – instável (cambaleante, move os pés, marcadas oscilações do tronco, tenta agarrar algo para suportar- se)

1 – estável, mas utiliza auxiliar de marcha para suportar-se 2 – estável sem qualquer tipo de ajudas

4. EQUILIBRIO EM PÉ COM OS PÉS PARALELOS 0 – instável

1 – estável mas alargando a base de sustentação (calcanhares afastados  10 cm) ou recorrendo a auxiliar de marcha para apoio

2 – pés próximos e sem ajudas

5. PEQUENOS DESEQUILIBRIOS NA MESMA POSIÇÃO (sujeito de pé com os pés próximos, o observador empurra-o levemente com a palma da mão, 3 vezes ao nível do esterno)

0 – começa a cair

(23)

1 – vacilante, agarra-se, mas estabiliza 2 – estável

6. FECHAR OS OLHOS NA MESMA POSIÇÃO 0 – instável

1 – estável

7. VOLTA DE 360 ( 2 vezes) 0 – instável (agarra – se, vacila)

1 – estável, mas dá passos descontínuos 2 – estável e passos contínuos

8. APOIO UNIPODAL (aguenta pelo menos 5 segundos de forma estável) 0 – não consegue ou tenta segurar-se a qualquer objeto

1 – aguenta 5 segundos de forma estável 9. SENTAR-SE

0 – pouco seguro ou cai na cadeira ou calcula mal a distância 1 – usa os braços ou movimento não harmonioso

2 – seguro, movimento harmonioso Pontuação: / 16

EQUILIBRIO DINÂMICO – MARCHA

Instruções: O sujeito faz um percurso de 3m, na sua passada normal e volta com passos mais rápidos até à cadeira. Deverá utilizar os seus auxiliares de marcha habituais.

10. INÍCIO DA MARCHA (imediatamente após o sinal de partida) 0 – hesitação ou múltiplas tentativas para iniciar

1 – sem hesitação

11. LARGURA DO PASSO (pé direito) 0 – não ultrapassa à frente do pé em apoio 1 – ultrapassa o pé esquerdo em apoio 12. ALTURA DO PASSO (pé direito)

0 – o pé direito não perde completamente o contato com o solo 1 – o pé direito eleva-se completamente do solo

13. LARGURA DO PASSO (pé esquerdo) 0 – não ultrapassa à frente do pé em apoio 1 – ultrapassa o pé direito em apoio 14. ALTURA DO PASSO (pé esquerdo)

0 – o pé esquerdo não perde totalmente o contato com o solo 1 – o pé esquerdo eleva-se totalmente do solo

15. SIMETRIA DO PASSO

0 – comprimento do passo aparentemente assimétrico 1 – comprimento do passo aparentemente simétrico 16. CONTINUIDADE DO PASSO

0 – para ou dá passos descontínuos 1 – passos contínuos

17. PERCURSO DE 3m (previamente marcado)

0 – desvia-se da linha marcada

(24)

1 – desvia-se ligeiramente ou utiliza auxiliar de marcha 2 – sem desvios e sem ajudas

18. ESTABILIDADE DO TRONCO

0 – nítida oscilação ou utiliza auxiliar de marcha

1 – sem oscilação mas com flexão dos joelhos ou coluna ou afasta os braços do tronco enquanto caminha

2 – sem oscilação, sem flexão, não utiliza os braços, nem auxiliares de marcha 19. BASE DE SUSTENTAÇÃO DURANTE A MARCHA

0 – calcanhares muito afastados

1 – calcanhares próximos, quase se tocam Pontuação: / 12

Pontuação total: / 28

Fonte: Mary E. Tinetti – YALE UNIVERSITY, adaptado com permissão.

Elisa Petiz FCDEF-UP 2001 apud Apóstolo, 2012.

(25)

ANEXO A – Certidão de aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa

Referências

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