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UFRJ / FACULDADE DE LETRAS DISCIPLINA: VARIAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA – 2º SEM. 2015 PROFESSORA: REGINA SOUZA GOMES EXERCÍCIOS DE REVISÃO PARA A PRIMEIRA AVALIAÇÃO INDIVIDUAL ESCRITA

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UFRJ / FACULDADE DE LETRAS

DISCIPLINA: VARIAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA – 2º SEM. 2015 PROFESSORA: REGINA SOUZA GOMES

EXERCÍCIOS DE REVISÃO PARA A PRIMEIRA AVALIAÇÃO INDIVIDUAL ESCRITA Questão 1 (adaptada de questão do Provão, 2000)

Instruções: Para responder às questões abaixo, considere a carta abaixo, de autoria de um estudante de segundo grau, enviada a um especialista em língua portuguesa que assina uma coluna em um órgão da imprensa.

Belo Aprazível, 26 de outubro de 1999.

Ilmo. Senhor,

ASSUNTO: Uso de "a gente" como pronome do caso reto eu e nós.

Muito timidamente, algumas figuras no cenário da gramática normativa tem se expressado desfavorável ao uso do "a gente" como pronome do caso reto. Os professores concordam que dentro do diálogo entre pessoas é possível exprimir-se sem maiores complicações. No entanto, são visceralmente contra grafar, na redação, estes dois vocábulos. Segundo eles, constitui-se erro mesmo.

Assistindo ao Bom Dia São Paulo, 25/10/99, perdi a conta de tantos "a gente" pronunciados no trabalho da repórter. Salvo engano, ela falou umas vinte vezes. (...) Como estudante, estou preocupado. Se os expoentes máximos deixaram-se levar por esta onda antigramatical, não estaríamos caminhando para a deteriorização da gramática normativa? Estaríamos vivendo uma nova contra reforma? Foi através das primeiras aulas de gramática do vestibulando bem como das aulas de gramática do Telecurso 2000, que a incidência tornou-se aparente (os professores comportam-se como verdadeiros gramáticos. Logo após, desandam a destruir o que propuseram).

(...) Sua manifestação será uma enorme chance para eu conhecer mais sobre a mobilidade do nosso idioma.

Atenciosamente, O.F.

a) Comente o conceito de gramática expressado pelo estudante nessa carta. Que outros conceitos podem ser atribuídos ao mesmo termo?

b) Faça comentários sobre a postura do estudante em relação à língua e seu uso. Discuta a posição do estudante levando em conta os conceitos de correção e adequação linguísticas.

Questão 2:

Responda a questão a seguir, a partir de texto abaixo, escrito por um vestibulando, retirado do Provão 2000:

A nossa língua é mesmo difícil.

Eu que nasci nela até hoje não consigo falar como se escreve muitas palavras. Mas as erradas eu tento acertá-las. E procuro a cada dia falar melhor.

Ao contrário de muitas pessoas que estudam línguas e línguas diferentes. Procuro eu mesmo buscar o melhor para nossa língua. Que na minha opinião é a mais completa, mais correta, mais imitada e, no meu ponto de vista é a que mais combina com tudo. Porque quando eu olho um lápis por exemplo eu acho que tem cara de lápis, olhando eu não acho que é um pencil.

Pencil para mim fica meio fora do que é realmente.

Como o lápis eu vejo que tudo combina com que escrevemos ou falamos.

A relação entre as modalidades escrita e falada da língua é vista de forma peculiar pelo estudante, refletindo a maneira como, muitas vezes, os professores de Língua Portuguesa tratam o assunto em sala de aula. Desenvolva um pequeno texto analisando criticamente essa visão sobre o uso da língua nas diferentes modalidades, explicitando as diferenças entre a linguagem falada e a escrita.

Questão 3:

Considere os textos abaixo, que tratam de questões relativas aos pronomes pessoais.

Texto I

A melhor denominação para as três formas portuguesas de um dado pronome pessoal é: a) forma isolada;

b) forma dependente adverbal; c) forma com preposição regente. A primeira é uma forma tônica ou livre; a

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segunda, um clítico que pode ficar em próclise ou ênclise em relação ao vocábulo verbal; a terceira, uma forma tônica, mas também dependente, porque só aparece, em enunciação autônoma, associada a uma preposição.

Texto II

Colocação dos pronomes átonos com formas verbais finitas

I. A posição normal dos pronomes átonos é depois do verbo (ênclise). Entretanto, motivos particulares de eufonia ou de ênfase podem concorrer para a deslocação do pronome.

II. É obrigatória a próclise:

a) nas orações negativas;

b) nas orações exclamativas, começadas por palavras exclamativas, bem como nas orações optativas;

c) nas orações subordinadas.

RESPONDA:

1. As observações sobre pronomes pessoais contidas nos textos evidenciam duas diferentes concepções de gramática. Identifique e caracterize cada uma delas.

2. Por que se pode afirmar que essas duas concepções de gramática não se excluem?

Questão 4

A partir das citações abaixo, passagens do artigo intitulado Variação e norma: elementos para uma caracterização sociolinguística do Português do Brasil, de Dante Lucchesi (1994), responda as questões que seguem:

“O termo norma comporta, como já foi enfatizado pela literatura existente, dois conceitos distintos. A língua expressa essa polarização através de duas derivações do substantivo norma, que resultam nos adjetivos normal e normativo”

“Apesar de as expressões norma padrão e norma culta serem usadas, amiúde, como sinônimos (o que revela, entre outras coisas, o modo ideológico de operar das atitudes prescritivistas), a distinção entre norma padrão e a culta, pelo menos no que toca à colocação dos pronomes oblíquos, demonstrada por esses autores [Lucchesi e Lobo, 1988), revela um problema instigante do ponto de vista teórico: por que falantes que foram expostos por mais de quinze anos a um determinado padrão normativo não refletem esse padrão no seu comportamento linguístico usual?”

(a) Qual os conceitos de norma que podem ser depreendidos a partir das derivações do substantivo norma (normal ou normativo)?

(b) Faça a distinção entre norma padrão e norma culta, fazendo considerações sobre o fato de as expressões serem geralmente tratadas como sinônimos.

Questão 5

Considere as afirmações seguintes, de professores de Português, e elabore, enquanto profissional de Letras, uma argumentação sobre as acepções de língua aí apresentadas. (1,0)

i. O português é muito mais difícil que os demais idiomas (sobretudo o inglês), possuindo um vocabulário extenso e uma gramática complexa, cheia de regras e exceções. É também menos falado que os outros.

ii. A maioria da população brasileira usa mal a língua: não valoriza, maltrata-a. Isso se deve ao

desinteresse ou desleixo, como é o caso, por exemplo, das pessoas cultas que, às vezes, cometem

erros absurdos.

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Questão 6

“A visão maniqueísta certo / errado constitui o eixo sobre o qual se assentam as filosofias educacionais tradicionais do ensino de línguas. Sob tal ótica, não há lugar para a relativização, para a reflexão quanto à coexistência da complexidade de usos, estilos, gêneros, modalidades lingüísticas e sua relação com o perfil sociolingüístico dos usuários e com o contexto situacional em que os atos de fala ocorrem. Sob essa perspectiva, a escola firma posição antidemocrática e é coadjuvante com outros mecanismos de exclusão social, pois assume tão-somente o papel de agente avaliador dos fatos da língua.”

(MOLLICA, Maria Cecília de M. Certo e errado e exclusão social. Gragoatá, nº 9.

Niterói: EdUFF, 2º sem. de 2001, p. 234)

Essa é a introdução de um artigo de Maria Cecília Mollica abordando o ensino do português, levando em conta tanto a heterogeneidade sociolingüística que caracteriza o “universo populacional da escola brasileira”

quanto “fenômenos lingüísticos variáveis da fala para a escrita”. Desenvolva as questões apresentadas

nesse primeiro parágrafo do texto, arrolando informações relevantes para o professor que precisa lidar com

a variedade lingüística no ensino do português tanto na sua modalidade falada quanto na escrita.

Referências

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