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A PARTICIPAÇÃO DAS TÉCNICAS DE SENSORIAMENTO REMOTO NA PESQUISA GEOGRÁFICA BRASILEIRA

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Academic year: 2021

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A PARTICIPAÇÃO DAS T ÉCNICAS DE SENSORIAMENTO REMOTO NA PESQUISA GEOGRÁFICA BRASILEIRA

Evlyn Márcia Leãode MoraesNovo*

Introdução

O objetivodeste trabalho é avaliar a penetração das técnicas de sensoriamentoremoto da comunidadedegeógrafos,bemcomolevan

-

taralguns aspectos quepossamexplicarasuaparticipaçãonapesquisa geográfica

.

Ointeressepor estaavaliaçãosurgiu devidoà dificuldade deencontrar trabalhosde GeografiaFísicacomsugestõesmetodológi

-

cas para aplicação de dados de sensoriamento remoto

.

Em geral, os trabalhos existentes tratavam os produtos de sensoriamento remoto (fotografias e imagens)como base paraacompilaçãode mapás

.

Tendo em vista ogrande volumede dadosde natureza espacial e temporalfornecido pelosprodutos desensoriamentoremoto, torna

-

se

fundamental avaliar as atuais tendências de utilização de modo a identificar osramosda Geografia que precisam de ummaior estímulo paraoseu emprego

.

Com o próximo lançamento de satélites equipados com sistemas sensores com melhor desempenho no tocante à resolução espacial, espectral, radiométrica e temporal,torna

-

seextremamenteimportante a capacitação de geógrafos no sentidode torná

-

los aptosa utilizar o grande volumede dados sobre a superfície terrestre

.

Paraarealização destetrabalhoforamexaminadosartigos publica

-

dos nas revistas especializadas em Geografia de maior divulgação interna no País

.

Tendo em vista que a tecnologia de sensoriamento remoto tevesua maior difusãoapartir da década de60, foi realizada umaamostragem de artigospublicados entre1960e1983

.

Aspublica

-

ções avaliadas foram Revista Brasileira deGeografia, Boletim Geográ

-

fico,Boletim Paulista de Geografia, Boletim deGeografia Teorética

,

Geografia, Notícia Geomorfológica

,

SériesdoInstitutode Geografia; Revista de Geografia, e Anais do I e do II Simpósio Brasileiro de SensoriamentoRemoto

Apósaidentificação detrabalhosdepesquisaque utilizamtécnicas de sensoriamento remoto, esses foram analisados no sentido de: a) avaliar a incorporação denovosavanços metodológicos;b)verificara relevância da técnica no contexto de outras técnicas utilizadas; c) estudaras abordagensadotadas pelosautores

.

*ConselhoNacionaldeDesenvolvimentoCientíficoe Tecnológico-CNPq

-

Institutode

PesquisasEspaciais

INPE

C

.

P.515

12200

SãoJosé dosCampos(SP)

-

Brasil

.

(2)

Osensoriamento remoto naPesquisa Geográfica Brasileira A Tabela 1 resume a porcentagem de artigos publicados por revistas de circulação nacional, relacionados com sensoriamento re

-

motocomotécnicadeaquisiçãodedados sobre fenômenos de interes

-

segeográfico

.

Essas revistas e boletinsforam selecionados tendoem vista sua circulaçãono Paísesua procedência, visto que partemdealguns dos centrosmaissignificativos paraapesquisa geográficadoBrasil(MON

-

TEIRO, 1980)

.

TABELA 1

PORCENTAGEM DETRABALHOS PUBLICADOS EM REVISTAS DEGEOGRAFIA

QUESEBASEIAM EM TÉCNICAS DE SENSORIAMENTOREMOTO

NOMEDAPUBLICAÇÃO

MERODE PORCENTAGEMDETRABALHOS ARTIGOS PUBLICADOSBASEADOSEM INSPECIONADOS TÉCNICASDESENSORIAMENTO

REMOTO

GEOGRAFIA (UNESP/RC> 61 6%

GEOGRAFIA TEORÉTICA(UNESP/RC) 43 7% BOLETIM PAULISTA DE

GEOGRAFIA (AGB/SP) 43 5%

NOTÍCIAGEOMORFOLÓGICA(PUC/CAMPINAS) 71 8% BOLETIMGEOGRÁFICO(IBGE/RJ) 60 4% REVISTABRASILEIRA DE

GEOGRAFIA(IBGE/RJ) 50 10%

Aanálisedatabela1evidenciaque,viade regra, a participação das técnicasdesensoriamento remotocomofonte dedadosparaa pesqui

-

sageográficaépequena

.

Emtodos oscasos analisados, onúmerode artigosqueserefereà técnicadosensoriamento remotocomofonte de dados é igual ou inferior a 10%, o que indica que os dois grandes centros de difusão de idéias (São Paulo e Rio de Janeiro) têm

-

se

mantidopoucopropensos àutilizaçãodestatecnologia

.

ABREU(1976) atribuiu esse desinteresse pelosensoriamento remotoà maior intera

-

ção existente entre geógrafos europeus e brasilêiros com relação à reciclagem metodológica, sendo que a maior difusãodas técnicas de sensoriamento remoto se verifica nosEstadosUnidos da América

.

A vinculação dos geógrafos brasileiros à escola européia não explica,entretanto,opequenoprestígioda tecnologiadesensoriamen

-

to remoto na pesquisa geográfica nacional

.

Segundo ESTES et al

.

(1979), tambémnosEstadosUnidosdaAméricaautilizaçãodatecno

-

logia de sensoriamento remoto porgeógrafos está aquém doseu real potencial

.

Os autores realizaram uma extensa pesquisaem universida

-

desamericanas econcluíramqueexistempoucoscentrosde Geografia que dedicam algum esforço à avaliaçãoe utilização de técnicas de sensoriamento remoto

.

Istoserefletenopequenonú merodetrabalhos

de Geografia apresentadosemsimpósios desensoriamento remoto,e na pequena proporçãode

.

artigoscomênfase em sensoriamento remoto queaparecememrevistas especializadasde Geografia

.

(3)

Para JENSEN (1983) esta pequena penetração dosensoriamento remoto entre geógrafos pareceestarassociada àfalta deconhecimen

-

tos dos princípiosfísicos da interação energia e matéria

.

Este pouco conhecimento limitao potencial deextraçãodeinformaçõesdeinteres

-

segeográfico

.

O autorsalienta aindaquemesmo aqueles geógrafos que utilizam a tecnologia encaram

-

naapenascomofonte de dadosparaa produçãode mapas deuso do solo ou de relevo

.

Defato, a análiseda produçãocientífica de geógrafos que empre

-

gam técnicas de sensoriamento remoto no Brasil demostra algumas tendênciasbásicas

,

taiscomo: 1)oramoda Geografiaqueconcentraa maior parte do emprego de técnicas de sensoriamento remoto é a geomorfologia;2)emgeralosgeógrafosutilizamprodutos fotográficos convencionaiscomofonte de dados,não seaproveitandodastécnicas de sensoriamento remoto orbital e de campo; 3) os trabalhos não apresentam,emgeral, inovações metodológicas

.

A tendência do empregode técnicas de sensoriamento remotoem Geomorfologia parece ser o reflexo da situação encontrada fora do Brasil

.

De fato,o exame de publicações especializadas em sensoria

-

mento remoto(ITC Journal;PhotogrammetricEngineeringandRemote Sensing; International Journal of Remote Sensing; RemoteSensing of Environment; Canadian Journal of Remote Sensing; Symposium on Remote Sensing of Environment; Photointerpretation)demonstra que háumamaior participaçãodetrabalhosdeGeomorfologia e dediscipli

-

nas afins

.

Certas Geografias, como a Geografia das Indústrias, a GeografiaAgrária,e GeografiaEconómica,parecemignorarapossibi

-

lidadedeutilizaçãodesta tecnologia

.

Estapequena penetração talvez sedevesse, numprimeiromomento,aoimpactodas técnicas quantita

-

tivas sofrido por estas disciplinas na décadade 70(ABREU, 1976), substituído, nadécada de80,pela influência do pensamentomarxista (MONTEIRO,1980)

.

Notocante àmaior utilizaçãode técnicasconvencionais de fotoin

-

terpretação entre geógrafos, pode

-

se admitir que este fato esteja vinculadoàsdificuldadesqueainda existem paraaobtençãode outros tipos de produtosdesensoriamento remoto, principalmente tendo em vista que se tratam de tecnologias de ponta,decaráter ainda experi

-

mental

.

Finalmente, afalta deinovação metodológica encontradaem tra

-

balhos de sensoriamento remoto realizados por geógrafos pode ser explicadapelacarênciade interaçãodestescom o centro dedifusão da tecnologia no Brasil, representado pelo Departamento de Sensoria

-

mento Remoto epeloDepartamento deAplicação de Dados deSatéli

-

te, pertencentesao Instituto dePesquisas Espaciais ,ófgão vinculado ao Conselho Nacional deDesenvolvimento Científicoe Tecnológico

.

Aoavaliar aTabela2,ondeseencontramresumidosospercentuais de participantes,porcategoriaprofissional(pessoasinscritas), no I e II Simpósio BrasileirodeSensoriamento Remoto,podem

-

seobservaros seguintes aspectos:a)aporcentagemdegeógrafosqueparticiparamdo I e do II Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto é elevadà, quandocomparadacomoutrascategoriasprofissionais;b)ointeresse pela tecnologia, traduzido pela frequência aos Simpósios, diminui entreoIeoIISimpósio(noISimpósio foi registradaapresença de61 geógrafoscontra 47 no IISimpósio);c)estaqueda na frequência foi

(4)

registrada emoutras categorias profissionais (geólogos,agrónomos)e foi compensada em termos globais pelo afluxo de outras áreas de pesquisa

.

TABELA 2

PORCENTAGEMDE PARTICIPANTES NO I E NOII SIMPÓSIOBRASILEIRO

DE SENSORIAMENTOREMOTO, POR CATEGORIA PROFISSIONAL

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

PORCENTAGEM DE PARTICIPANTES 1 SIMPÓSIO

BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO

II SIMPÓSIO BRASILEIRO DESENSORIAMENTO REMOTO

GEÓGRAFOS 18% 12%

GEÓLOGOS 19% 11%

ENGENHEIROSAGRÓNOMOS 15% 11%

ENGENHEIROSFLORESTAIS 5% 6%

OCEANÓGRAFOS 3% 2%

CARTÓGRAFOS 4% 2%

ENGENHEIROS (ELETRÓNICO, 19% 13% CIVIL,ETC.)

OUTROS(FÍSICOS,BIÓLOGOS, 17% 43%

ANALISTAS)

Estaquedanopercentual de geógrafosparticipantesnossimpósios de sensoriamento remoto pode ser explicada: a) pelas dificuldades encontradaspelacomunidade científicaem obter produtos desensória

-

mentoremotoparaodesenvolvimento de suaspesquisas; b)pela falta de adequação entre as possibilidades de aplicação propostas e os problemas de maior interesse dosgeógrafos;ec) pela frequência que inicialmente era maior,resultante docar

á

ter inéditodo evento,oque

traduzia mais curiosidadequeinteresse pelatecnologia

.

Essaúltima explicação podesera maiscorreta,principalmente se for considerado que dos 19 artigos publicados sobre aplicações em Geografiaapenas7 representaram contribuições externas à equipedo Instituto dePesquisas Espaciais, compostaem 1978por 6geógrafos

.

Disto resulta que 60%dos trabalhos publicados por geógrafos foram realizadospor 2%dos geógrafospresentesaoevento

.

A contribuição externa ao Instituto dePesquisasEspaciais foi portantoinsignificante

.

Apesar da reduçãodonúmerode geógrafosinscritosnoIISimpó

-

sio de Sensoriamento Remoto, houve um aumento no número de trabalhospublicadoscomtemáticageográfica

.

Nos anaisdoI Simpó

-

sio deSensoriamento Remoto, 22% dos trabalhos publicados são de temáticageográfica,enquantonos anaisdoIISimpósioestaporcenta

-

gem sobepara 24%

.

Há também umaumentoda participação externa, poisdesta vezapenas 42% dos trabalhosrepresentamcontribuição de geógrafos doINPE,

Esteaumento da participaçãodetrabalhos externos pareceresul

-

tar do esforço realizado pelo Instituto de Pesquisas Espaciais na

(5)

transferência de tecnologia

,

através da organização de Cursos de Treinamentodetécnicosligadosaórgãos

estaduais

efederais

.

Confor

-

me FORESTIeSANTOS(1983),só em1981

foram

ministradosquatro cursosdetreinamento, osquaisenvolveram84técnicos

.

Destestécni

-

cos, 28% representavam geógrafos pertencentes principalmente aór

-

gãos governamentais

.

O fato de os cursos de treinamento terem sido voltados para técnicos deórgãosgovernamentais talvez explique a pequenapartici

-

pação da tecnologia de sensoriamento remoto nas publicações em revistas especializadas em Geografia

.

Geralmente tais revistas divul

-

gamaproduçãoacadêmica , vinculadaàsatividades depesquisadesen

-

volvidasem Universidades

.

Estefato, aoque parece,representa um sério entraveao aperfei

-

çoamento dastécnicas de aquisição de dados desensoriamentoremoto em Geografia,poiso caráter práticodos trabalhos desenvolvidos por órgãos governamentais não propicia odesenvolvimentodepesquisas, ocorrendo apenasumaaplicação de métodosetécnicas jáoperaciona

-

lizados

.

Paraqueatecnologia desensoriamento remoto possa alcançarum amplodesenvolvimento nocampo das aplicações geográficas

,

há ne

-

cessidadede quea comunidade acadêmica degeógrafos se abraa sua utilização

.

Foi o interesse da comunidade de pesquisadores norte

-

americanos pela utilizaçãodas técnicas de sensoriamento remoto que levou à criação de novos sistemas sensores mais adequados a suas necessidades

.

A avaliação do significado geográficodasinformações derivadas dos sistemas sensores já existentes é fundamental para a especificação e odesenvolvimentode nossosequipamentos

.

Ogeógrafobrasileiro não se deve furtar à utilização deumatécnica que a médio prazo representará osistema mais veloze eficiente de coletar informações sobrea superfície terrestre

.

ConsideraçõesFinais Adotandoaperspectiva deHAGGET(1975),pode

-

seadmitirquea

Geografia se preocupa com a estrutura e a interação de dois grandes sistemas: o sistemageoecológicoqueliga ohomema seuambiente,eo sistemaespacialque ligaumaregiãoa outra,numacomplexatrocade fluxos

.

Destaforma,caberáaogeógrafo responderaalgumas questões básicas tais como: a) comose organizam os padrõesdeocupação da superfície terrestre face às interações dos sistemas geoecológico e espacial?; b) por que se organizam desta ou daquela forma em dado contexto espaciale temporal?

Pararesponderaessasquestõesogeógrafonecessitade dadosque lheforneçam:a) um registroinstantâneodos padrões deocupaçãoda superfície,oquelhe permitelocalizarasvariaçõesespaciais,identifi

-

carseusfatorescondicionantesemapeá

-

los; b)umregistrodas modifi

-

cações temporais de tais padrões de organização do espaço, o que proporciona subsídios ao estudo da dinâmica espacial que explicita seusprocessos básicos

.

Tradicionalmente ogeógrafotem seutilizado de diferentes técni

-

cas de coleta deinformaçõessobreasuperfície terrestre, informações estas quesãorepresentadas especialmenteatravésde mapas

.

(6)

1

Sefor tambémadotadaaperspectiva deSWAIN&DAVIS(1978), segundo a qual uma imagem de sensoriamento remoto representa o registrodas interações energiae matérianuma cena, equeasinforma

-

çõessobre os objetos e fenômenos imageadosderivamdaanálise de sua distribuiçãoespacial,espectral e temporal, torna

-

se bastanteevi

-

dente o estreito relacionamento entre Geografia e Sensoriamento Remoto

.

Assim, uma imagem desensoriamento remotopodeserencarada como um mapa,em queasimbologia(legenda)é substituída porníveis decinzanumadada faixaespectral

.

Atarefa dogeógrafo,aoanalisar a imagem (damesmaformaqueummapa),édecodificarasinformações

.

Esta decodificação em geral é feita através de técnicas de análise digital que permitem associar cada nível de cinza à (s) categoria(s) do(s) objeto(s) na superfície terrestre

.

Desta forma, uma imagem de sensoriamento remotoproporcionaoregistro instantâneo dos padrões deorganizaçãodo espaço

.

Esteregistroésinótico, namedidaemqueo valor do nível de cinza de cada elemento de resolução de imagem dependedoarranjo de objetosnasuperfície,dascaracterísticas espec

-

traisdos objetos,e da resolução espacial, radiométricaeespectraldo sistemautilizado parao imageamento

.

Destaforma , adecodificaçãoda informaçãocontida naimagemrequerumconhecimentodos princípios físicos de interação, energia e matéria

.

Uma vez conhecidos esses princípios, o processo de aquisição de dados em imagens se torna muito mais rápido que oproporcionado pelas técnicas convencionais decoleta

.

Apenas a título de exemplificação, um tema de interesse para a pesquisa geográfica seria oestudo do impacto da construção de uma ferrovia sobreospadrões de ocupaçãodo solonumadada região. Este estudo poderia ser tradicionalmente realizadoatravésde dadoscensi- tários sobre a áreaocupadapor diferentes cultivos,florestas etc

.

As limitaçõesde tal procedimentode coletadedados seriam:a)a resolu

-

ção espacial da informação limitada ao município; b) a resolução temporal limitada a quinquénios ou décadas

.

Compilados os dados, construir

-

se

-

iammapasemperíodosanteriorese posterioresàconstru

-

ção da estrada e proceder

-

se

-

ia à análise das modificações sofridas pelo uso daterra

.

Dispondo de dados de sensoriamento remoto, tal estudo benefi

-

ciar

-

se

-

ia nos seguintes aspectos:a)possibilidade deavaliaralterações intramunicipais no uso da terra; b) maior frequência temporal de observação; c) capacidade de identificar característicasde superfície com efeitos de maximização ou minimizaçãodo papel daferrovia na organização do espaço; d) redução do tempo destinado à etapa de compilação de dados

.

Apesar de seu caráter primário,o exemplo mencionadoanterior

-

mente torna evidente que a pesquisa geográfica poderá beneficiar

-

se

bastante com a incorporação do sensoriamento remoto no rol de técnicasde coleta e análise dedados

.

Esta incorporação beneficiará, por outrolado,o desenvolvimento da própria tecnologia de sensoria

-

mento remoto

.

À semelhança de ESTES et alii (1980), ao final deste artigo pretende

-

selançartrêsquestõessiòas àcomunidadedegeógrafos:a)

o que osensoriamento remotopermiteaogeógrafofazerdeformamais

(7)

1

eficiente, quandocomparado comtécnicasconvencionais ?; b)oqueo sensoriamentoremoto permiteaogeógrafo fazer agora,equenão lhe era possível fazercom técnicas convencionais?;c)oqueédesejável que osensoriamentoremoto proporcioneaogeógrafo nofuturo?

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RESUMO Estetrabalhoapresenta algumas observaçõessobreo grau deaceitação e de incorporação do sensoriamento remoto pela comunidade brasileira de geógrafos

.

O trabalhosedesenvolveu a partir deanálise da produção técnica divulgadaemrevistas especializadas emGeografiae pela avaliaçãodafrequên

-

cia degeógrafosno Ieno IISimpósio BrasileirodeSensoriamentoRemoto

.

Os

resultadosapresentaramumacontradição entreafrequência relativamentealta de geógrafos aos simpósios de sensoriamento remotoeapequenaprodução científica relativaaotema.Pelos resultados pôde

-

seconcluirquea comunida-

de acadêmicade geógrafosprecisaria interessar

-

sedeformamais intensapor estatécnicaparaque hajaprogresso nasaplicações desensoriamentoremoto em Geografia.

RESUMÉ Lauteurprésentedesobservationssur Tutilization de la télédetection par les géographes brésiliens à partir de1analyse des articles publiés dans les révuesgéographiques et par1’évaluationdeparticipationdesgéographes au I et II Symposiuns de télédetections

.

Les resultats montrent une certaine contradictionentreça présence relativementélévée desgéographesauxsym

-

posium et une faible production scientifique

.

Comme conclusion il semblerait souhaitablequelesgéographes quissent sinteresserdavantageà Papplication decette téchnique,pourpermettreunpr.ogrésapréciabledans Taplicationdela télédetection en Géographie

ABSTRACT This workpresentssomeobservations abouthowtheBraziliangeographi

-

cal community has been dealing with remotesensing

.

The work consisted in evaluating the remotesensingtechnical Communicationspublishedbygeogra

-

phical journals and the frequencyof geographerswho attended tothe Ist and 2nd Brazilian Symposium of Remote Sensing

.

Results show contradiction between the relative high geographers’ attendance to the remote sensing simposia,and the smali scientificproductionrelated to thissubject

.

They also suggestthat the academic geographical community shouldincreaseitsínterest onremote sensing,so astoimprove remote sensing applications togeographi- calresearch

.

(8)

Referências

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