TÍTULO: NOVOS RUMOS E PERSPECTIVAS NO ENSINO DA MODA NA UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
TÍTULO:
CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:
ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ÁREA:
SUBÁREA: Design SUBÁREA:
INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI - UAM INSTITUIÇÃO(ÕES):
AUTOR(ES): ISABELA SILVA SAMPAIO AUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): GERALDO COELHO LIMA JÚNIOR ORIENTADOR(ES):
1 Resumo: Essa pesquisa de Iniciação Científica propõe uma investigação acerca da linha do tempo da educação superior em moda no Brasil, a partir de revisão bibliográfica, iconográfica, e de campo acerca das relações socioculturais e mercadológicas presentes no período entre 2010 e 2018, e circunscreve os Bacharelados em Negócios da Moda e em Design de Moda pela XXXXXXXXXXXX XXXXXXX XXXXXXXX (XXX).
Palavras-chave: Moda; design; educação; linha do tempo. Introdução
Essa pesquisa de Iniciação Científica intitula-se “XXXXX XXXXX X XXXXXXXXXXXX XX XXXXXX XX XXXX XX XXXXXXXXXXXX XXXXXX XXXXXXXX”, e propõe uma investigação de caráter teórico, iconográfico, e de campo acerca das relações socioculturais e mercadológicas (CARMO, 2003; MATTOS, 2015; PIRES, 2002; SEVCHENKO, 2001) presentes no período entre 2010 e 2018.
Nessa pesquisa intenta-se identificar, por meio de entrevistas semiestruturadas com professores e ex-alunos do período determinado, as orientações dos cursos de Negócios da Moda e Design de Moda, tendo em vista as solicitações do mercado nesse período (COUTO, 2008; FORTY, 2007; LIPOVETSKY, 1989; MENDES, HAYE, 2009). Em complemento ao referencial teórico e outras fontes de pesquisa já discriminadas, apresenta-se o caminho adotado pelos cursos, com a introdução de conteúdos que se firmaram a partir do ano 2007, afim de verificar os temas abordados e sua interlocução com o momento social (CHIRSTO, 2008; POLLINI, 2012), econômico e político existente no país.
Como resultado da etapa anterior é possível apontar um amadurecimento no que tange ao ensino superior em Moda no Brasil. Tal fato se comprova com os dados relativos à abertura de um expressivo número de cursos na área, em distintos pontos do território nacional. A moda foi assegurada como um produto de qualidade, e a abertura de faculdades em moda – com suas distintas denominações – passou a formar profissionais competentes e preparados.
Objetivos
Inserem-se como objetivos da presente pesquisa: 1] pesquisar as relações entre academia e mercado tendo em vista a área de moda no período entre os anos de 2010 e 2018; 2] identificar os atores socioeconômicos, culturais e tecnológicos que influenciaram os processos de desenvolvimento e as matrizes curriculares dos Bacharelados de Moda, Negócios da Moda e Design de Moda da referida Instituição
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de Ensino Superior; 3] Organizar os resultados de pesquisas com vistas à construção da linha do tempo dos bacharelados, no âmbito da formação em moda no país.
Metodologia
Serão adotados os seguintes procedimentos metodológicos:
1] Pesquisa teórica: as relações socioeconômicas, culturais e mercadológicas e sua influência no desenvolvimento dos cursos de Moda da XXXXXXXXXXXX XXXXXXX XXXXXXXX entre os anos de 2010 e 2018; 2] Pesquisa de campo – entrevistas semiestruturadas com ex-alunos - atualmente professores em ambos os Bacharelados, e coordenadores dos cursos; 3] Organização dos dados com vistas à construção de uma linha do tempo do ensino superior em Moda no Brasil, como parte do “Projeto entre:”, desenvolvido pela XXXXXXXXXXXX XXXXXXX XXXXXXXX.
Desenvolvimento: rumos e perspectivas
Este trabalho investiga diversos dados que compõem, e traduzem, parte do panorama do ensino de moda no Brasil, ao considerar as Instituições de Ensino Superior (IES), a partir de: a] a distribuição dos bacharelados de moda (figura 1); b] a demanda do mercado; c] entrevistas semiestruturadas com professores dos cursos da área de Moda da XXX que cursaram negócios da Moda ou Design de Moda na instituição.
As entrevistas buscam estabelecer um comparativo entre a formação dos egressos, desde a abertura do curso de Moda pela XXX em 1990, até os estudantes formados em Negócios da Moda e Design de Moda entre os anos de 2009 e 2011. Por meio delas, é possível acompanhar as mudanças ocorridas no mercado de moda, tanto em relação ao desenvolvimento de produtos, quanto à gestão de marcas de moda.
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Resultados preliminares
Decorrente de tais mudanças, a moda foi assegurada como um produto de qualidade, e a abertura de faculdades em moda passou a formar profissionais competentes e preparados. A figura 1 apresenta a distribuição atual de cursos de moda no Brasil. Nela, observa-se a concentração de bacharelados nas distintas regiões do país, segundo os estados e os respectivos anos de abertura.
Verifica-se maior concentração de cursos nas regiões Sudeste e Sul, seguida pelas regiões Nordeste, Centro Oeste e Norte, respectivamente. Ao analisar dados dessa pesquisa é relevante considerar as distintas nomenclaturas adotadas pelas diversas IES, a saber: Design de Moda (36), seguido por Moda (5), Negócios da Moda (1), Têxtil e Moda (1), e Moda, design e estilismo (1). Esta pesquisa contempla apenas os bacharelados ligados à área de Moda.
A partir dos dados fornecidos pelos professores entrevistados identifica-se que a Moda já caminhava para um outro rumo desde o início do século XXI, com crescimento das oportunidades no mercado de trabalho. Nesse sentido, destaca-se uma outra relação entre consumidor, indústria e o mercado de moda, com reflexos no sistema produtivo e nos meios de comercialização. A moda passa a ser percebida como parte da cultura e do comportamento social.
Observa-se que, em relação às suas formações, hoje a educação se volta
Figura 1: Mapa por regiões com a numeração de abertura de cada curso. Fonte: Acervo da autora, 2018.
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para promover um conhecimento mais objetivo, minimizando a distância entre o design e a gestão de produtos e marcas, gerando maior interesse pelo mercado produtor por egressos com formação interdisciplinar. Tais mudanças, que impactaram a estrutura destes cursos, refletem a profissionalização, e o melhor entendimento de todos os processos; acima de tudo, uma compreensão a respeito de questões voltadas à sustentabilidade na moda, cada vez mais necessárias ao profissional dessa área.
Percebe-se que ainda há um desconhecimento, por parte dos ingressantes, a respeito de todas as responsabilidades assim como os campos de atuação em que podem trabalhar os profissionais ligados ao design e à gestão de moda no Brasil. Parcela expressiva de empresários também não reconhece as competências de tais profissionais, e o que eles podem fazer pelo futuro de suas empresas. Contudo, percebe-se um aumento na contratação de designers e gestores de moda ao longo dos últimos anos.
Referências
CARMO, Paulo Sérgio do. Culturas da rebeldia: a juventude em questão. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2003.
CHIRSTO, Deborah Chagas. Designer de moda ou estilista? Pequena reflexão sobre a relação entre noções e valores do campo da arte, do design e da moda in PIRES, Dorotéia Baduy. Design de Moda: olhares diversos. Barueri, SP: Estação das Letras e Cores Editora, 2008.
COUTO, Rita Maria de Souza. Escritos sobre ensino do design no Brasil. Rio de Janeiro: Rio Book’s, 2008.
FORTY, Adrian. Objeto de desejo: design e sociedade desde 1750. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
LIPOVETSKY, Gilles. O império do efêmero: a moda e seu destino da sociedade. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
MATTOS, Maria de Fátima da Silva Costa de. Pesquisa e formação em moda. São Paulo: Abepem: Estação das Letras e Cores, 2015.
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MENDES, Valerie D. HAYE, Amy de la. A moda do século XX. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
PIRES, Dorotéia Baduy. A história dos cursos de design de moda no Brasil in Revista Nexos: Estudos em Comunicação e Educação. Especial Moda/Universidade, 2002. Disponível em <https://bit.ly/2JzMsec>. Acesso 27 dezembro em 2014.
POLLINI, Denise. Moda no Brasil: criadores contemporâneos e memórias. São Paulo: FAAP, 2012.
SAMPAIO, Silva Isabela. A moda e a academia: Abordagens acerca dos cursos de Negócios da Moda e Design de Moda da Universidade Anhembi Morumbi. São Paulo: Universidade Anhembi Morumbi, 2018.
SEVCHENKO, Nicolau. A corrida para o século XXI: no loop da montanha russa. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
