• Nenhum resultado encontrado

Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular - Câmara Municipal (Sabugal)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular - Câmara Municipal (Sabugal)"

Copied!
118
0
0

Texto

(1)

ffl

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Gestão

Maria José Moreira Podairo

(2)

Instituto Politécnico da Guarda Escola Superior de Tecnologia e Gestão

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Câmara Municipal de Sabugal

(3)

Ficha de Identificação

ME: Maria José Moreira Podairo

Nº DE ALUNO: 1009723

E- L: m.podairo@gmail.com

U O: Licenciatura em Gestão

S B LE M N O DE

O:

Instituto Politécnico da Guarda (IPG)

Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) O L DE ESTÁGIO: Câmara Municipal de Sabugal

O A: Praça da República 6324-007 - SABUGAL T LE NE: 271 751 040 X: 271 753 408 E- L geral@cm-sabugal.pt ITE: www.cm-sabugal.pt O I N OR DE S O A S G:

Prof. Ester Amorim

PER O A DE ESTÁGIO

A N DE:

Dr.ª Conceição Ruas

PERÍODO DE ESTÁGIO: 01 de agosto de 2013 a 15 de outubro de 2013

(4)

Agradecimentos

Agradeço primeiramente à minha família, ao meu namorado João Brito e aos meus amigos, em especial à Catarina Abreu por me apoiarem e me deram força incondicional para continuar.

À Dr.ª Ester Amorim, que aceitou acompanhar-me e sempre se mostrou disponível em todas as etapas deste estágio curricular.

A todos os docentes da Licenciatura em Gestão por tudo o que me ensinaram.

Ao Município do Sabugal, por me ter acolhido tão bem, facilitando a minha integração no estabelecimento e em particular à Dr.ª Conceição Ruas (Supervisora de Estágio), e a todos os colegas da secção de Contabilidade pela simpatia, boa disposição e por tudo o que me ensinaram.

Por fim agradeço ao Instituto Politécnico da Guarda que me proporcionou esta experiência, oferecendo-me a oportunidade de desenvolver os meus conhecimentos neste estabelecimento de ensino.

(5)

Plano de Estágio

O estágio curricular foi realizado no Município do Sabugal na Divisão de Gestão Administrativa e Financeira e baseou-se em concretizar as tarefas e procedimentos referentes à profissão guiando-se pelo seguinte Plano de Estágio:

Integrar a estagiária no Município e na Divisão de desenvolvimento do estágio; Dar conhecimento da legislação em vigor e do Orçamento de 2013;

Contactar com as especificidades financeiras e contabilísticas de um município,

e identificar as diferenças entre o sistema de contabilização das Autarquias Locais e das empresas privadas;

Adquirir conhecimentos de utilização dos programas utilizados pelos serviços de Contabilidade;

Acompanhar as atividades diárias e executar, de acordo com o sistema de informação contabilística, o registo dos factos patrimoniais.

(6)

Resumo

A elaboração deste relatório tem como intuito a descriminação das atividades desenvolvidas no decorrer do período de estágio efetuado na Divisão de Gestão Administrativa e Financeira - Serviços de Contabilidade.

Decorreu no Município do Sabugal e está integrado na Licenciatura em Gestão.

Sendo o Município do Sabugal, uma autarquia local, os procedimentos contabilísticos têm por base a contabilidade pública, pelo que o sistema contabilístico utilizado é o Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL).

Dado que o sistema estudado durante o ciclo de estudos foi essencialmente o aplicado nas empresas privadas, Sistema de Normalização Contabilística (SNC), houve a necessidade de compreender e identificar as diferenças entre os dois, quanto aos registos contabilísticos.

Tendo em conta esta situação, no relatório consta uma explicação do sistema contabilístico utilizado pela autarquia e o que o difere do sistema estudado na Licenciatura. Para ilustrar a comparação entre os dois tipos de contabilidade são apresentados alguns exemplos de lançamentos contabilísticos.

Para complementar, está referida no relatório a legislação mais utilizada no departamento para desenvolver as atividades diárias assim como os programas informáticos utilizados.

Palavras-chave: Cabimento, Compromisso, Contabilidade Pública, POCAL, SNC JEL Classification: M1 Business Administration; M10 General.

(7)

Índice Geral

Introdução ... 1

Capítulo I Apresentação do Concelho ... 4

1.1. Resenha Histórica ... 5

1.2. Enquadramento Geográfico ... 7

1.3. Património Arquitetónico ... 9

1.3.1. Vilas Medievais: Rota dos 5 Castelos ... 9

1.4. Tradições ... 10

Capítulo II Caraterização da CMS ... 12

2.1. Caracterização da Entidade ... 13

2.2. Organização Interna e Competências ... 14

Capítulo III Estágio na DGAF ... 23

3.1. Legislação Aplicável ... 24

3.2. Software U lizado ... 27

3.3. Contabilidade Pública ... 32

3.4. Principais diferenças entre o POCAL e o SNC ... 33

3.4.1. Enquadramento ... 33

3.4.2. Métodos Contabilísticos ... 35

3.5. Lançamentos Contabilisticos ... 38

3.5.1. Conceitos de Despesas e Receitas Públicas ... 38

3.5.2. Contabilização da Despesa ... 39

Capítulo IV Análise Económica e Financeira da CMS ... 48

(8)

4.2.1. Rácios de Liquidez ... 51

4.2.2. Rácios de Financiamento... 54

Conclusão... 57

Referências Bibliográficas ... 58

(9)

Glossário

AI Centro AIRC - Asoc

AIRC - Associação Informática da Região Centro ATF - Ativo Fixo Tangível

DDSQV - Divisão de Desenvolvimento Social e Qualidade de Vida DGAF - Divisão de Gestão Administrativa e Financeira

DGAL - Direção Geral das Autarquias Locais DOSM - Divisão de Obras e Serviços Municipais

DPUOT - Divisão de Planeamento, Urbanismo e Ordenamento de Território DR - Demonstração de Resultados

EM - Empresa Municipal

ERP - Enterprise Resource Planning

ESTG - Escola Superior de Tecnologia e Gestão GAP - Gabinete de Apoio à Presidência

GES - Gestão de Stock

GIT - Gabinete de Informática e Telecomunicações GSV - Gabinete Sanitário e de Veterinária

IPG - Instituto Politécnico da Guarda

LCPA - Lei dos Compromissos e dos Pagamentos em Atraso LFL - Lei das Finanças Locais

NIPC - Número de Identificação de Pessoa Coletiva OAD - Obras por Administração Direta

PDF Portable Document Format

POCAL - Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais SCA - Sistema de Contabilidade Autárquica

SED - Serviço de Estratégia e Desenvolvimento SGD - Sistema de Gestão Documental

SGF - Sistema de Gestão de Faturação

SIC - Sistema de Inventário e Cadastro Patrimonial

SIIAL - Sistema Integrado de Informação das Autarquias Locais SMAS - Sistemas Municipais de Aguas e Saneamento

SMPC - Serviço Municipal de Proteção Civil SNC - Sistema de Normalização Contabilística

(10)

Índice de Figuras

Figura 1 Castelo do Sabugal ... 5

Figura 2 Tratado de Alcanizes ... 6

Figura 3 Dados do Município do Sabugal ... 7

Figura 4 Localização do Concelho do Sabugal ... 8

Figura 5 Capeia Arraiana ... 10

Figura 6 Mastro de S. João ... 10

Figura 7 Madeiro de Natal ... 11

Figura 8 Edifício da CMS ... 13

Figura 9 Pessoal CMS ... 14

Figura 10 - Organograma CMS ... 15

Figura 11 - Princípios Orçamentais e Contabilísticos ... 36

Figura 12 - Lançamento da Receita no Programa SCA... 39

Figura 13 - Fases de Processamento da Despesa ... 39

Figura 14 - Circuito Documental ... 41

Índice de Quadros

Quadro 1 - Diferenças entre Termologia utilizada pelo POCAL e SNC ... 34

Quadro 2 - Lançamento de Cabimento de Despesa de Comunicação... 41

Quadro 3 Lançamento do Cabimento de uma Despesa de Comunicação ... 42

Quadro 4 - Lançamento do Documento da Entidade Credora (Fatura)... 42

Quadro 5 - Lançamento da Ordem de Pagamento (Liquidação) ... 43

(11)

Quadro 8 - Lançamento do Documento da Entidade Credora

(Fatura) ... 44

Quadro 9 - Lançamento da Ordem de Pagamento (Liquidação) ... 45

Quadro 10 - Lançamento do Cabimento da Aquisição de um AFT ... 45

Quadro 11 - Lançamento do Compromisso da Aquisição de um AFT ... 46

Quadro 12 - Lançamento do documento da Entidade Credora (Fatura) ... 46

Quadro 13 - Lançamento da Ordem de Pagamento (Liquidação) ... 47

Índice de Tabelas

Tabela 1 - Rácios de Liquidez ... 48

Tabela 2 - Indicadores Financeiros ... 53

Tabela 3 - Rácios Estrutura Financeira... 54

Índice de Anexos

Anexo I - MODELO DO BALANÇO DO POCAL ... 61

Anexo II - MODELO REDUZIDO BALANÇO DO SNC ... 61

Anexo III - CÓDIGO DE CONTAS DO POCAL ... 61

Anexo IV - CÓDIGO DE CONTAS SNC ... 61

Anexo V - FATURA DE COMUNICAÇÃO ... 61

Anexo VI - FATURA DE REFEIÇÕES ESCOLARES ... 61

Anexo VII - FATURA DE ATIVO FIXO TANGÍVEL ... 61

Anexo VIII - INFORMAÇÃO FINANCEIRA ... 61

(12)

Introdução

Este Relatório tem como objetivo descrever as atividades desenvolvidas ao longo do Estágio Curricular inserido no plano curricular do curso de Gestão, realizado entre 01 de agosto e 15 de outubro de 2013 na Câmara Municipal de Sabugal, num total de 400 Horas.

O estágio tem como finalidade aproximar a estagiária ao mundo do trabalho por forma a adquirir experiência no mercado laboral, permitindo-lhe desempenhar atividades em contexto de trabalho e assim, desenvolver de forma significativa as competências adquiridas ao longo do curso e de certa forma consolidar conhecimentos.

A escolha do local de estágio, Câmara Municipal de Sabugal, baseou-se no facto de esta ser uma entidade diferenciada das empresas no que diz respeito ao sistema de contabilidade e proporcionar à estagiária uma outra perspetiva Contabilidade Pública.

O relatório divide-se em 4 Capítulos:

No primeiro capítulo é feita uma breve apresentação do Município do Sabugal, a sua história, património, e tradições.

No segundo capítulo é caraterizada a Câmara Municipal do Sabugal e a sua organização internamente.

No terceiro capítulo são descritas as atividades desenvolvidas durante o estágio na Divisão de Gestão Administrativa e Financeira. Faz-se uma abordagem sobre a legislação no que diz respeito ao regime financeiro pelo qual o Município se rege e mencionam-se os principais diplomas legais que estão relacionados diretamente com o Serviço de Contabilidade. É feita uma referência aos programas de software utilizados pelo município nas atividades contabilísticas. Faz-se um enquadramento sobre Contabilidade Pública: Métodos Contabilísticos e Princípios Orçamentais e

(13)

contabilísticos POCAL e SNC. Por forma a

concretizar estas diferenças especifica-se o conceito de despesas e receitas públicas e ilustram-se com alguns exemplos de lançamentos contabilísticos.

No quarto capítulo é apresentada uma análise económico-financeira da entidade recetora de estágio.

Por último, é apresentada uma conclusão, onde são feitas algumas considerações finais. Para se ilustrar, justificar e complementar o que é referido ao longo do presente relatório, apresentam-se no final todos os anexos que serviram de suporte à sua elaboração.

(14)

Capítulo I

(15)

Capítulo I Apresentação do

Concelho

(16)

1.1. Resenha Histórica

1

As margens do Côa viram os primeiros habitantes no período pré-histórico. Datam do período

neolítico alguns sítios

arqueológicos, artefactos ou manifestações de megalitismo. Informação mais detalhada é

aquela de que dispomos

relativamente ao Calcolítico (início da Idade dos Metais), há

cerca de 5000 anos. São já mais numerosos os dados, bem como objetos de cerâmica, metal ou pedra. Os vários dólmenes que existiram na zona de Ruivós e Aldeia da Ribeira foram todos destruídos ao longo dos séculos XIX-XX.

No I milénio a. C., diversos povos se fixaram na região, com um modo de vida aguerrido, que os levou a escolher os pontos mais altos para se fixarem e fortificarem. Começou também nesta época a exploração mineira na zona ocidental do concelho, onde se encontravam jazidas de cobre, ferro e estanho. Sendo assim, não admira que sejam numerosos os objetos metálicos que conhecemos deste período. Foi também neste período que apareceu na zona a roda de oleiro, levando a uma melhor qualidade dos objetos produzidos.

Com a chegada dos romanos, foram grandes as transformações no modo de vida e cultura de todos os povos peninsulares. Sendo um território marginal, foi possível a preservação de algumas das formas arcaicas de viver e pensar, a par do sincretismo entre crenças anteriores e romanas. Os traços da presença romana nas terras de Ribacôa são constituídos por calçadas, pontes, miliários, locais de habitação, novas formas de tecelagem e olaria, além das aras, elementos importantes do culto.

Após a presença romana, houve seguramente outros povos que passaram pela região. Figura 1 Castelo do Sabugal

(17)

Deles quase nada se sabe. Um ou outro topónimo permite

adivinhar uma origem árabe, mas pouco mais. Foi apenas com a Reconquista Cristã que o Sabugal voltou a ser palco de acontecimentos sobre os quais existe informação adequada. O primeiro rei português, D. Afonso Henriques, conquistou algumas terras, tal como os seus congéneres leoneses. O rio Côa, o grande obstáculo natural na zona, tornou-se a fronteira. Do lado português, foram construídas ou fortificadas povoações como Sortelha ou Vila do Touro. Para lhes fazer frente, existiam fortificações em Vilar Maior, Alfaiates ou Sabugal (Figura 1).

Tudo isto mudou, em 1296, ano em que D. Dinis conquistou todas estas terras, cuja posse foi depois reconhecida pelo tratado de Alcanizes (Figura 2), assinado a 12 de Setembro de 1297. Ficou assim definida a fronteira entre os dois reinos. D. Dinis mostrou a sua preocupação com a defesa das suas novas terras e construiu ou reforçou as fortificações em Sortelha, Sabugal ou Vilar Maior. As preocupações com a defesa passavam pela tentativa de fixação de populações. Assim, já D. Sancho II tinha concedido foral a Sortelha. D. Dinis confirmou forais anteriores, incentivou a fixação de populações, realização de feiras, etc. A partir do seu reinado, são cinco os

concelhos de Ribacôa: Alfaiates, Sabugal, Sortelha, Vila do Touro e Vilar Maior. Os séculos seguintes caracterizam-se pelos frequentes conflitos fronteiriços, destruições e mortes. D. Manuel volta a ter grandes preocupações com a defesa do território e manda fazer um levantamento da situação das fortalezas raianas. Foi efetuado por Duarte de Armas e relatado no Livro das Fortalezas. Deste trabalho resultaram obras de reforço ou reconstrução nos diversos castelos, que passaram a ostentar o seu escudo ladeado pelas esferas armilares.3 · História | 15

Figura 2 Tratado de Alcanizes

(18)

Com a progressiva pacificação das relações entre os dois reinos

vizinhos, a importância militar da região foi sendo reduzida, apenas voltando a assumir um papel de relevo durante a Guerra Peninsular, nomeadamente a última batalha (e derrota) das tropas de Massena, no Gravato, junto ao Sabugal.

Durante o século XIX, as reformas administrativas do país levaram à extinção, entre 1836 e 1855, dos concelhos de Alfaiates, Sortelha, Vila do Touro e Vilar Maior, sendo os seus territórios sucessivamente integrados no do Sabugal. A atividade económica do concelho sempre se baseou nas atividades primárias. A localização, difíceis acessos, escassez de recursos e distância aos mercados não proporcionaram a fixação de atividades industriais. Esta pobreza foi, parcialmente, compensada com uma intensa atividade de contrabando, com a forte migração para a zona de Lisboa e, a partir de meados do século XX, a atração da emigração. Neste caso, o principal destino foi França. Os efeitos são fáceis de constatar: de mais de 43.000 habitantes em 1950, o concelho tem agora cerca de um terço.

1.2. Enquadramento Geográfico

O Sabugal é uma cidade Beirã, sede de concelho, localizada numa área montanhosa do Distrito da Guarda banhada pelo Rio Côa. A Figura 3 apresenta-nos as referências mais importantes do município.

Município

do Sabugal

Área: 822,70 ^2 30 Freguesias 12 544 hab. (2011) Sub-região (NUTS III): Beira Interior Norte Região (NUTS II): Centro Fundado em 1296 Homens: 5879 (46,87%) Mulheres: 6665 (53,13%)

Figura 3 Dados do Município do Sabugal

(19)

Está integrado na Reserva Natural da Serra da Malcata, onde

estão protegidas diversas espécies vegetais e animais, muito conhecida por um dos últimos abrigos do lince ibérico.

É sede de um município (Figura 4) limitado a norte pelo município de Almeida, a leste pela Espanha, a sul por Penamacor, a sudoeste pelo Fundão, a oeste por Belmonte e a noroeste pela Guarda. Fica em Terras de Ribacôa, assim como Pinhel, Almeida, Mêda e Figueira de Castelo Rodrigo.

Figura 4 Localização do Concelho do Sabugal

Fonte: Livro Sabugal: Roteiro Turístico

(20)

1.3. Património Arquitetónico

1.3.1.

Vilas Medievais: Rota dos

5

Castelos

A Idade Média foi um período conturbado para a região, que chegou a pertencer ao reino de Leão, sendo reconquistada por alturas do Tratado de Alcanizes. Testemunho

destes tempos são os cinco castelos envolventes:

Castelo de Sortelha Castelo de Sabugal Castelo de Vila do Touro Castelo de Vilar Maior Castelo de Alfaiates

O Castelo de Alfaiates começou a ser construído em fins do século XII, aquando da tomada da região pelas forças do reino de Leão e é atualmente ponto de interesse histórico e turístico.

Classificado como Imóvel de Interesse Público, o Castelo de Vilar Maior encontra-se documento desde a segunda metade do século XI e a sua construção justifica-se pela expansão do reino leonês.

Perante a instabilidade da linha fronteiriça com Leão, emergem as fortificações de Vila do Touro. Com a assinatura do Tratado de Alcanizes com Castela e Leão, por D. Dinis, Vila do Touro deixa de ter cariz fronteiriço, e ao perder a sua importância, a construção da fortificação foi interrompida.

A estrutura destaca pelos seus 28 metros de altura, com 3 pisos, tendo em cada face do topo uma varanda com mata-cães. As cinco quinas da torre um recurso construtivo empregue para melhor eficácia defensiva - são um dos ex-libris da Vila do Sabugal. Foi fundada por D. Sancho I, no séc. XIII, a praça

militar de Sortelha. A aldeia amuralhada de Sortelha é um monumento com identidade própria,

(21)

1.4. Tradições

A mais original e conhecida tradição raiana é a da Capeia. Um pouco por todo o lado, nas freguesias mais próximas da raia, tem lugar esta forma peculiar de toureio.

A Capeia Arraiana (Figura 5) faz parte de um conjunto mais complexo de eventos, com início no encerro. Neste, homens a cavalo conduzem os touros, através dos caminhos rurais, para o local onde ficam reunidos até ao início da Capeia. Esta tem lugar

numa praça, muitas vezes improvisada num largo da povoação, ou recinto próprio (Soito ou Aldeia da Ponte). O seu primeiro ato for

mordomos a uma entidade local. Segue-se a capeia propriamente dita. Um grupo de homens (cerca de 30) transporta o forcão, único meio de que dispõem para se opor às investidas do touro. O forcão é feito com paus de carvalho e tem uma forma triangular. Todas as freguesias festejam os seus oragos, com festas de dimensão variada. Todas as que têm lugar nos meses mais quentes atraem à sua terra natal aqueles que emigraram ou optaram por ir trabalhar noutros locais do país. O principal destaque vai para as festas de Nossa Senhora da Graça (Sabugal), Nossa Senhora da Granja (Soito) e Nossa Senhora da Póvoa (Sacaparte). No Sabugal, têm ainda grande presença popular os festejos de São João. Na noite de 23 de Junho, queima-se o pinheiro (Figura 6). Este consiste num tronco espetado no solo, com uma figura no topo. O tronco reveste-se de rosmaninho e bandeiras de papel, de modo a arder completamente. No final, resta apenas o tronco chamuscado.

Fonte: h

p://www.cm-sabugal.pt/index.php/turismo/capei a-arraiana

Figura 5 Capeia Arraiana

Figura 6 Mastro de S. João

Fonte:

(22)

Em algumas das localidades do concelho, perdura a tradição do Madeiro de Natal conforme se pode observar na Figura 7. Num largo da povoação, durante a noite de Natal, acende-se uma fogueira em torno da qual se reúnem os seus habitantes, passando a noite em convívio, mantendo a fogueira até de manhã.

Figura 7 Madeiro de Natal

(23)

Capí

tulo

II

Car

ateri

zaçã

o da

CM

S

Capítulo II

Caraterização da CMS

(24)

2.1. Caracterização da Entidade

O edifício da Câmara Municipal do Sabugal (CMS) (figura 8) foi construído entre 1852 e 1859 e localiza-se na Praça da Republica no centro da cidade do Sabugal, junto à entrada Este na antiga fortaleza, onde funcionavam, o tribunal da comarca, a cadeia e a casa da camara.

Com o objetivo de assegurar o funcionamento de diversas estruturas municipais, então concluídas ou em vias de conclusão, foi criada em 2004, pela Câmara Municipal do Sabugal a Empresa Municipal Sabugal+, EM.

A Sabugal+, EM tem como objeto promover, apoiar e desenvolver atividades de carácter cultural, social, patrimonial, desportivo, recreativo, turístico e ambiental no município do Sabugal. Assim, a Empresa é atualmente responsável por: Museu/Auditório Municipal, Piscinas e Gimnodesportivo Municipais, Estádio Municipal/Pista de Atletismo, Rede de Informação Turística, Centro de Negócios Transfronteiriço (Soito), Centro de Juventude Cultura e Lazer do Soito e praia fluvial do Sabugal.

Figura 8 Edifício da CMS

(25)

Na figura 9 apresenta-se o quadro atual do pessoal ao serviço da instituição.

Destes, destacam-se:

Presidente da Câmara António dos Santos Robalo Vereador António José Gonçalves dos Santos Vaz Vereadora Maria Delfina Gonçalves Marques Leal Vereadora Felismina Isabel Rito Alves

Vereador Vítor Manuel Dias Proença Vereador Pedro José Neves Antunes Vereador Amadeu Paula Neves.

2.2. Organização Interna e Competências

Em reunião do Executivo Municipal do Sabugal do dia 18 de dezembro de 2012, foram aprovadas as alterações à Estrutura Orgânica Flexível dos Serviços Municipais da CMS, publicada em Diário da República nº 45 do dia 2 de Março de 2012 passando a dispor das seguintes Unidades flexíveis:

Presidente

Vereadores

Chefe de divisão

Técnicos superiores

Coordenadores técnicos

Assistentes técnicos

Encarregados*

Assistentes operacionais

Especialistas de informática

Técnico de informática

Dirigentes de 3º grau

*Encarregados Inclui encarregados operacionais e encarregado de

movimento chefe de trafego Figura 9 Pessoal CMS

(26)

Divisão de Gestão Administrativa e Financeira (DGAF) Art.º 13;

Divisão de Planeamento, Urbanismo e Ordenamento de Território (DPUOT) -Art.º 14;

Divisão de Obras e Serviços Municipais (DOSM) Art.º 15;

Divisão de Desenvolvimento Social e Qualidade de Vida (DDSQV) Art.º 16;

Serviço de Estratégia e Desenvolvimento (SED) Art.º 10.

Em conjunto com este último, o município dispõe também dos seguintes Gabinetes e Serviços de Assessoria:

Gabinete de apoio à Presidência (GAP) Art.º 8; Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) Art.º 9; Gabinete Sanitário e de Veterinária (GSV) Art.º 11;

Gabinete de Informática e Telecomunicações (GIT) Art.º 12. Esta estrutura está hierarquizada no organograma da figura 10:

Figura 10 - Organograma CMS

Cada divisão, gabinete e serviço é responsável pela execução das tarefas atribuídas

Presidente Divisão de gestão administra va e financeira Divisão de planeamento, urbanismo e ordenamento do território Divisão de obras e serviços municipais Divisão de desenvolvimento social e qualidade de vida Gabinete de apoio à presidência Serviço municipal de proteção civil Serviço de estratégia e desenvolvimento Gabinete sanitário e de veterinária Gabinete de informática e telecomunicações

(27)

Sabugal, assim como as que lhe sejam superiormente solicitadas.

Assim, serão sumariamente descritas as competências de cada um deles:

Gabinete de Apoio à Presidência

O Gabinete de Apoio à Presidência (GAP) é a estrutura de apoio direto ao presidente e vereadores ao qual compete colher e tratar os elementos para a elaboração de propostas a submeter aos outros órgãos do município, reuniões, marcação de contactos com entidades externas, marcação de entrevistas, organizar a documentação e correspondência assim como encaminhar todo o expediente.

É também da competência do GAP coordenar e dinamizar as relações institucionais do município com entidades e organizações internacionais, públicas e privadas, mobilizando parcerias e cooperação nacionais/internacionais.

Serviço Municipal de Proteção Civil

Cabe ao Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) a coordenação das operações de prevenção, socorro e assistência em situações de catástrofe calamidades públicas, assim como a promoção de formação, sensibilização e informação das populações neste domínio.

Em caso de catástrofe, cabe a este serviço o realojamento, e acompanhamento das populações em articulação com os serviços competentes da Divisão Sócio Cultural e Qualidade de Vida.

Serviço de Estratégia e Desenvolvimento [SED] Art.º 10

OServiço de Estratégia e Desenvolvimento (SED) funciona na dependência direta do Presidente da Câmara e tem como missão apoiar o executivo na definição e estabelecimento da missão, visão e da estratégia da Autarquia.

(28)

É da competência deste serviço promover junto da população, a

imagem do município e dos seus Serviços, turística e culturalmente, bem como proceder à análise das sugestões e reclamações dos munícipes e encaminhá-las para as entidades competentes.

Compete também ao SED a gestão de incentivos externos para o setor público direcionados para o desenvolvimento concelhio (Fundos estruturais do Quadro Financeiro Europeu e outros) e impulsionar a diversificação, modernização e revitalização do tecido económico existente nos setores agrícola, florestal, pecuário, industrial, comércio, serviços e outros.

Gabinete Sanitário e de Veterinária

O Gabinete Sanitário e de Veterinária (GSV) tem como missão e competências assegurar todas as ações e necessidades técnicas e científicas nos domínios da saúde e bem-estar animal, da saúde pública veterinária, da segurança da cadeia alimentar de origem animal, da inspeção higio-sanitária, do controlo de higiene da produção, da transformação e da alimentação animal e dos controlos veterinários de animais.

Com Autoridade Sanitária Veterinária Concelhia, compete-lhe ainda assegurar a vacinação dos canídeos, inspecionar e fiscalizar aviários, matadouros, veículos de transporte de produtos alimentares e outros locais, e o pessoal que neles trabalha.

Gabinete de Informática e Telecomunicações

Sob a direta dependência do Presidente da Câmara, compete ao Gabinete de Informática e Telecomunicações (GIT) proceder aos trâmites tendentes ao desenvolvimento do processo respeitante à uniformização dos serviços, designadamente:

Conceber e desenvolver a arquitetura e implementação dos sistemas da informação;

(29)

Organizar e manter disponíveis os recursos informacionais;

Definir e desenvolver as medidas necessárias à segurança e integridade da informação;

Planear e desenvolver projetos de infraestruturas tecnológicas; Instalar componentes hardware e software;

Gerir e coordenar os espaços internet; E outros.

Divisão de Planeamento, Urbanismo e Ordenamento do Território

A Divisão de Planeamento, Urbanismo e Ordenamento do Território (DPOUT) funciona na direta dependência do Presidente da Câmara e compete-lhe executar ou acompanhar a execução dos Planos Municipais de Ordenamento do Território, assegurar a preservação do património histórico e arqueológico, gestão do Balcão Único, assegurar a gestão do cemitério municipal, conferir mapas de cobranças das taxas de mercados, feiras e passar as respetivas guias de receita, proceder ao envio mensal dos dados relativos às licenças de construção, emitir horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais e de serviços, entre outros.

Divisão de Obras e Serviços Municipais

Compete à Divisão de Obras e Serviços Municipais (DOSM), manter em condições de operacionalidade o parque de máquinas e viaturas da câmara municipal, cuidar da higiene das ruas, praças e logradouros, jardins ou qualquer outro espaço público, executar o Plano de Controlo de Qualidade da Água, assegurar os sistemas de abastecimento da mesma, bem como a manutenção dos serviços de saneamento e de

(30)

limpeza de fossas. É também da competência desta divisão

manter em bom funcionamento a rede elétrica dos edifícios camarários entre outras.

Divisão de Desenvolvimento Social e Qualidade de Vida

A Divisão de Desenvolvimento Social e Qualidade de Vida (DDSQV) tem como missão a promoção de atividades pró ativas que visem a implementação de ações/projetos com especial destaque para o alcance da qualidade de vida dos munícipes como:

O desenvolvimento do sistema educativo;

A inserção social e formação cívica, académica e profissional da população; Organizar, manter e desenvolver a rede de transportes escolares e assegurar a

sua gestão;

Colaboração com o projeto CLA da Universidade Aberta; Coordenação e funcionamento da Universidade Sénior;

Parceria e funcionamento da Comissão de Proteção de crianças e jovens em risco;

Garantir o funcionamento do Banco Municipal de Voluntariado; Entre outros.

(31)

Na dependência direta do Presidente da Câmara funciona a

Divisão de Gestão Administrativa e Financeira (DGAF) a qual tem como missão garantir a prestação dos serviços de suporte que assegurem o regular funcionamento do município a nível administrativo, financeiro e de gestão de recursos humanos. Esta divisão tem competência a nível de acessória jurídica, processos de contraordenação e outros do foro contencioso e notariado; abastecimento de água e saneamento; expediente geral e arquivo; Mercado Municipal e Central de Camionagem, Recursos Humanos e Financeiro.

Devido ao facto do estágio ter sido feito nesta divisão, mais especificamente a nível financeiro, a estagiária irá descrever com mais detalhe quais as suas competências nesta área. Sendo elas:

Assegurar a elaboração dos projetos do Orçamento e das Grandes Opções do Plano do Município;

Acompanhar a execução financeira dos documentos previsionais do Município; Organizar a conta de gerência e os outros documentos de prestação de contas do

Município;

Desenvolver todas as ações necessárias ao registo contabilístico das operações orçamentais e dos factos patrimoniais decorrentes da atividade desenvolvida pelo Município;

Assegurar o suporte informativo necessário ao conhecimento, por parte dos serviços municipais, das informações resultantes dos registos contabilísticos efetuados;

Desenvolver as ações necessárias ao cumprimento das obrigações de natureza contributiva e fiscal decorrente da atividade do Município;

Assegurar a gestão do relacionamento financeiro do Município com entidades externas, através da análise sistemática das respetivas contas correntes e desenvolvimento das ações necessárias à liquidação dos respetivos saldos;

Efetuar o recebimento das diferentes receitas municipais e a conferência dos correspondentes documentos de quitação;

Efetuar o pagamento das despesas municipais e a conferência dos correspondentes documentos comprovativos;

(32)

Realizar depósitos, transferências e levantamentos, segundo

princípios de segurança e critérios de rentabilização dos valores movimentados; Assegurar a verificação dos fundos, montantes e documentos, em qualquer momento,

à sua guarda, pelos responsáveis designados para o efeito;

Proceder ao registo dos movimentos inerentes aos pagamentos e recebimentos efetuados;

Preparar as informações técnicas necessárias para a fixação da taxa de incidência do Imposto Municipal sobre Imóveis, da participação do Município no Imposto Sobre o Rendimento de Pessoa Singular, da derrama e do Imposto Sobre o Rendimento de Pessoa Coletiva, nos termos da lei;

Assegurar a articulação com as estruturas da Administração Central do Estado no lançamento, liquidação e cobrança dos impostos cuja receita esteja por lei confiada ao Município;

Organizar e manter atualizado o cadastro e inventário dos bens imóveis do Município e promover todos os registos relativos aos mesmos;

Assegurar os procedimentos administrativos relativos à gestão do património imóvel, apoiando as negociações a efetuar e assegurar os procedimentos necessários à aquisição, oneração e alienação de bens imóveis;

Assegurar as ações e procedimentos relativos a processos de expropriação, bem como instruir e acompanhar os processos de declaração de utilidade pública;

Assegurar os procedimentos administrativos e a permanente atualização dos registos dos bens imóveis, bem como os procedimentos relativos à cedência, alienação ou aquisição dos referidos bens;

Controlar o cumprimento, pelas partes envolvidas, de todos os contratos, acordos e protocolos com incidência patrimonial celebrados pelo Município;

Manter atualizado o inventário valorizado do património móvel existente e a sua afetação aos diversos serviços;

Estabelecer e fiscalizar o sistema de responsabilização sectorial pelos bens patrimoniais afetos a cada serviço;

Estabelecer os critérios de amortização de património afeto aos serviços, na perspetiva de imputação de custos a cada unidade orgânica;

(33)

Proceder às operações de abate e alienação de bens patrimoniais, quando deteriorados ou inúteis;

Assegurar o controlo, em articulação com as demais unidades orgânicas, da execução dos contratos em que o Município seja parte;

(34)

Capí

tulo

III

Está

gio

na

DG

AF

Capítulo III

Estágio no DGAF

(35)

3.1. Legislação Aplicável

O início do estágio na CMS foi efetuado com uma familiarização e conhecimento da legislação que diz respeito ao regime financeiro vigente na DGAF, bem como os diplomas legais. Embora o estágio tenha decorrido em 2013, houve um cuidado da estagiária em atualizar a legislação para 2014. Dos documentos estudados, destacam-se:

Lei nº 2/2007, de 15 de setembro, revogada e substituída pela Lei 73/2013, de

3 de setembro ou Lei das Finanças Locais (LFL) que entrou em vigor a 01 de

janeiro de 2014

Artigo 1.º - Objeto

1 - A presente lei estabelece o regime financeiro das autarquias locais e das entidades intermunicipais. (

De acordo com o n.º 1 e 2 do Artigo 6.º deste diploma legal, os Municípios possuem património e finanças próprios, cuja gestão compete aos respetivos órgãos. O n.º 2 do mesmo artigo assenta na autonomia financeira das autarquias locais, nomeadamente, em exercer os poderes tributários que legalmente lhes estejam atribuídos, liquidar, arrecadar, cobrar e dispor das receitas que por lei lhes sejam destinadas.

Esta Lei contém a Retificação n.º 46-B/2013, de 01/11. Deste diploma destacam-se os seguintes Artigos:

Definição de Autarquias Locais alínea a) do artigo nº 2; Deliberação da derrama municipal nº 1 do artigo 41º; Regras orçamentais artigo 40º ao 47º (Capítulo IV); Orçamentos anuais nº 1 do artigo 41º;

Informação a constar num orçamento nº 1 do artigo 46º;

Contabilidade, prestação de contas e auditorias Artigo 74.º ao 80.º (Capítulo IV).

(36)

Lei nº 159/99, de 14 de setembro e Lei nº 169/99, de 18

de setembro, foi alterada e republicada pela Lei nº 5-A/2012, de 11 de fevereiro, ambas foram revogadas e substituídas pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.

Estabelece o regime jurídico das autarquias locais, aprova o estatuto das entidades intermunicipais, estabelece o regime jurídico da transferência de competências do Estado para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais e aprova o regime jurídico do associativismo autárquico.

Esta lei contém as duas seguintes retificações: Nº46-C/2013_01-11-2013; Nº50-A/2013_11-11-2013.

As informações referentes aos Municípios evidenciam-se a partir no Título II, Capítulo III:

Competências da Assembleia Municipal nº 1 e nº 2 do Artigo 25º; Competências da Câmara Municipal Artigo 33º.

Lei nº 8/2012, de 21 de fevereiro, designada de LCPA

Artigo 1.º - Objeto

A presente lei estabelece as regras aplicáveis à assunção de compromissos e aos pagamentos em atraso das entidades públicas.

Desta lei destacam-se o Artigo 3.º com D

o Artigo 5.º referente à Assunção de Compromissos e o Artigo 9.º referente a Pagamentos.

Decreto de Lei 127/2012, de 21 de junho

O presente diploma visa estabelecer, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 14.º da Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro os procedimentos necessários à aplicação da mesma e à operacionalização da prestação de informação.

(37)

Lei do Orçamento de Estado 2013

O Orçamento de Estado é o instrumento de gestão previsional para elementos económicos (previsão da atividade financeira, nomeadamente a receita e despesa), políticos (autorização para a realização dessa atividade) e jurídicos (controlo legislativo dos poderes das administrações públicas no domínio financeiro) para um determinado período. Este é elaborado pelo Ministério das Finanças e aprovado pelo Governo e posteriormente apresentado à Assembleia da República. As suas principais funções são:

Adaptação das despesas às receitas; Limitação das despesas;

Exposição do plano financeiro do Estado. E permite:

Gestão eficiente e racional dos dinheiros públicos; Definição de políticas financeiras, económicas e sociais. Decreto de Lei nº 54-A/99, de 22 de fevereiro

O presente diploma aprova o Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL), o qual consubstancia a reforma da administração financeira e das contas públicas no sector da administração autárquica. Este diploma contém as seguintes alterações:

Lei n.º 60-A/2005, de 30/12 DL n.º 84-A/2002, de 05/04 DL n.º 315/2000, de 02/12 Lei n.º 162/99, de 14/09

(38)

patrimonial, e de custos numa contabilidade pública moderna, que constitua um instrumento fundamental de apoio à

A perspetiva patrimonial implicou a necessidade de inventariar todos os bens móveis, imóveis, e veículos, independentemente do seu domínio (público ou privado), e de os atualizar anualmente, através do cálculo das respetivas depreciações (Portaria nº 671/2000, de 17 de abril, que aprova o Cadastro e Inventário dos Bens do Estado CIBE);

O ponto 2.9 do POCAL prevê ainda a obrigatoriedade de ter um Sistema de Controlo órgão executivo aprova e mantém seu acompanhamento e avaliação

As autarquias passaram a ter a obrigatoriedade de apresentar diversos documentos previsionais (as Grandes Opções do Plano e Orçamento ponto 2.3 do POCAL) e de Prestação de Contas (Balanço, Demonstração de Resultados, Mapas de Execução Orçamental, Anexos às Demonstrações Financeiras, e Relatório de Gestão ponto 2, n.º 2 do POCAL).

3.2. Software Utilizado

O Software utilizado na DGAF é da responsabilidade da Associação Informática da Região Centro (AIRC), através dos seus produtos Enterprise Resource Planning (ERP). A AIRC é uma unidade empresarial do Setor das Sociedades não Financeiras Públicas, fundada por 30 municípios da região centro, cuja principal atividade é a produção de software e fornecimento de produtos e serviços, preferencialmente dirigidos à administração pública local. Assim sendo, os programas utilizados pela DGAF são:

(39)

SCA (Sistema de Contabilidade Autárquica)

A principal funcionalidade do SCA é proporcionar aos utilizadores o total controlo de todas as necessidades contabilísticas abrangendo as vertentes gerais, contabilísticas, patrimoniais, orçamentais e de custo.

Para além das capacidades de processamento contabilístico que constam no POCAL este sistema satisfaz todas as necessidades contabilísticas tais como:

Integra a contabilidade orçamental, patrimonial e de custos;

Cumpre com os princípios orçamentais e regras previsionais, facilitando e disponibilizando informações importantes para a execução orçamental;

Distribuiu os custos por bens, serviços, funções e centros de responsabilidade.

OAD (Obras por Administração Direta)

O OAD é utilizado para efetuar o cálculo de custos por hora de mão-de-obra direta, e máquinas e viaturas; somatórios das horas aplicadas a bens ou serviços por funcionário ou por máquina ou viatura; determinar os custos reais de máquinas ou viaturas; reporte das horas mensais em falta tendo em consideração as horas previstas e realizadas; entre outros.

As principais funções são:

Registo de pedidos pelo serviço requisitante e respetiva autorização pelo responsável de serviço.

Geração automática de pedidos de cabimento ao SCA. Elaboração e emissão de requisições externas na seção de compras, com vista a satisfazer as requisições internas cabimentadas.

Abertura de concursos com base na requisição interna e em conformidade com o tipo de procedimento.

Possibilidade de efetuar a adjudicação dos contratos criados e integração com os contratos gerais do SCA.

(40)

O apuramento de custos é efetuado por bem ou serviço e

função, de materiais, mão-de-obra, máquinas e viaturas e, outros custos. Os materiais em stock são imputados automaticamente aquando da saída de armazém. Esta aplicação é imprescindível à operacionalização da Contabilidade de Custos (CC), devido ao facto dos registos diários de horas de mão-de-obra, máquinas e viaturas serem imputados a bens ou serviços para posterior reconciliação na CC.

GES (Gestão de Stock)

Sendo a gestão de stocks e o aprovisionamento vitais para o bom funcionamento de qualquer organização, o GES assegura a gestão de todos os movimentos de stocks, através da disponibilização de ferramentas que permitem, entre muitas outras operações, efetuar a gestão administrativa de stocks, gestão de armazéns e a gestão económica de stocks, com controlo, em tempo-real, do stock existente e respondendo eficazmente às necessidades de movimentação de stocks.

Este software permite:

Geração automática de pedidos de cabimento ao SCA. Elaboração e emissão de requisições externas na seção de compras, com vista a satisfazer as requisições internas cabimentadas.

Abertura de concursos com base na requisição interna e em conformidade com o tipo de procedimento com integração com a aplicação Gestão de Contratação Pública.

Possibilidade de efetuar a adjudicação de contratos e integração com os contratos gerais do SCA.

Emissão de guias de entrada de armazém; guias de saída de armazém e guias de transporte.

Atualização permanente das existências, compras, consumos e regularizações de existências e procedimentos para inventário de fim de ano.

(41)

TAX (Taxas e Licenças)

O TAX é destinado à gestão e ao processo de licenciamento de vários âmbitos e competências da organização.

Este tem como objetivo desmaterializar e centralizar a gestão dos processos de licenciamento, simplificando o desempenho na execução das tarefas inerentes às funções de:

Faturação e Guias de Receita (Imposto Único de Circulação, Imposto Municipal sobre Imóveis, Energias Renováveis, entre outros);

Gestão de Cemitérios; Gestão da Habitação Social; Máquinas de Diversão; Mercados e Feiras;

Publicidade e Ocupação da Via Pública.

SGF (Sistema de Gestão de Faturação)

Este programa foi implementado na DGAF à cerca de ano e meio, para onde foi transposta a tabela de taxas do município.

É através do Sistema de Gestão de Faturação (SGF) que são controladas todas as faturas emitidas (exceto do Serviço de Águas) e é feita toda a gestão integrada da receita do município e habilitado para responder eficazmente às alterações legislativas decorrentes da publicação dos Decretos-Lei n.º 197/2012 e n.º 198/2012, nomeadamente a obrigatoriedade de comunicar à Autoridade Tributária e Aduaneira, por transmissãoeletrónica de dados, os elementos das faturas emitidas.

SGD (Sistema de Gestão Documental)

O Sistema de Gestão Documental (SGD) permite gerir todo o ciclo de vida da informação do município. Promove a desmaterialização e simplificação de processos. Este possibilita:

(42)

Captura por digitalização de todos os documentos recebidos, bem como o seu tratamento e consequente registo.

Movimentação e distribuição de documentos de acordo com fluxos definidos, promovendo a uniformização e controle dos processos de trabalho;

Com suporte nos mecanismos de certificação do Cartão de Cidadão, permite a assinatura digital de documentos e de despachos associados a etapas dos processos.

Pesquisa de documentos através de diversos critérios e dos metadados associados ao próprio documento e processo.

Produção automática de documentos com base em modelos pré-definidos, assinatura digital e transformação em Portable Document Format (PDF). Totalmente integrada com as aplicações do ERP AIRC. Registo e classificação

automática dos documentos produzidos pelas restantes aplicações do sistema de informação.

SIC (Sistema de Inventário e Cadastro Patrimonial)

Cabe a este programa a gestão do imobilizado, compreendendo todos os bens com continuidade, permanência e que não se destinam a ser vendidos ou transformados no decurso normal das operações da organização, quer sejam sua propriedade, quer estejam em regime de locação financeira. Este disponibiliza um conjunto de tipos de fichas (móveis; viaturas; livros e documentos e património histórico artístico e cultural; imóveis de domínio público ou privado e capital arbóreo; imobilizado incorpóreo; partes de capital e títulos. No processo de inventariação além do registo da informação mínima exigida pelo POCAL é possível efetuar a reconciliação contabilística dos documentos de aquisição, avaliação ou outros. Permite também:

Amortizações do exercício; desanexações e anexações de Imóveis; desagregação de bens móveis; transferências de local/serviço/responsável; proveitos diferidos do exercício e extraordinários; abates e alienações e outras

(43)

Execução periódica de reconciliações automáticas das

operações de inventário, quer de natureza contabilística quer física;

Processamento mensal ou anual das amortizações do exercício e proveitos diferidos;

Registo dos documentos dos bens gerados no SIC ou noutras áreas como Pedidos de Abate; Autos de Abate; Pedidos de Transferência e Autos de Transferência.

3.3. Contabilidade Pública

A administração pública divide-se em quatro setores principais: Administração Central;

Segurança Social;

Administração Regional; Administração Local.

É na Administração Local que se inserem as autarquias locais (Municípios e Freguesias).

Em termos nacionais e internacionais a contabilidade é composta por duas vertentes: Empresarial - Utiliza o Sistema de Normalização Contabilística (SNC) desde

2010, contrariamente à vertente Pública que utiliza o outros planos de acordo com a especificidade de cada organismo, que no caso das autarquias utiliza o Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL);

Pública - Fornece bens e serviços (ativos) ao menor custo e não têm como objetivo a angariação de lucros.

Relativamente aos orçamentos, no sector público são disponibilizados publicamente, pois é um ótimo método de comunicar com os cidadãos.

Os orçamentos Municipais contêm, entre outros, o relatório onde consta a apresentação e respetiva fundamentação da política orçamental proposta; mapa das despesas e receitas; mapa constituído pelas medidas estipuladas para orientar a execução orçamental Local.

(44)

Nos orçamentos a receita corrente deve ser pelo menos igual à

despesa corrente e um dos seus princípios fundamentais é a anualidade. Consideram-se dívidas dos Municípios as locações financeiras, empréstimos e as dividas a fornecedores.

As Autarquias Locais são obrigadas a prestar contas à Direção Geral das Autarquias Locais (DGAL), através do Sistema Integrado de Informação das Autarquias locais (SIIAL), ao Instituto Nacional de Estatística, Tribunal de Contas e à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional anualmente, trimestralmente e mensalmente.

3.4. Principais diferenças entre o POCAL e o SNC

3.4.1.

Enquadramento

Dada a particularidade da Instituição onde decorreu o estágio curricular, Autarquia Local (município de direito público), por lei está sujeita ao regime de contabilidade pública e o sistema contabilístico utilizado é o POCAL, que compreende as considerações técnicas, os princípios e regras contabilísticas, o plano de contas, método contabilístico, os modelos das Demonstrações Financeiras (Anexo I), a utilizar, entre outros e que difere da contabilidade empresarial que utiliza o SNC (Anexo II), método contabilístico estudado durante o percurso escolar. Neste sentido, nos pontos seguintes vamos abordar as respetivas diferenças entre os dois métodos. Dado a extensão das contas do POCAL e SNC, optou-se por presentar os planos de contas em anexo (Anexo III e IV respetivamente). As principais diferenças referem-se à conta 0 referente às contas do controlo orçamental e de ordem que existe no POCAL e que não constam nas contas do SNC e na termologia identificadora do Código de Contas, uma vez que o POCAL é dirigido para as especificidades e natureza da entidade (Município) - contabilidade pública e o SNC é utilizado no setor empresarial. Outro aspeto a referir é no que diz respeito aos conceitos utilizados por ambos os sistemas contabilísticos, conforme mencionado no Quadro 1.

(45)

Fonte: Anexos III e IV

Quadro 1 - Diferenças entre Termologia utilizada pelo POCAL e SNC

POCAL SNC

Conceitos Amortização Depreciação

Início da

amortização/depreciação Entrada em Funcionamento

Quando disponível para utilização

Métodos de Amort./Deprec. Quotas Constantes

Método da linha reta (quotas constantes)

Método do saldo decrescente (quotas decrescentes)

Conta 51 Património Capital

Amortizações/Deprecia acumuladas 481 Amortiz. Acum. De investimentos em imóveis 482 Amortiz. Acum. De imobilizado corpóreo 483 Amortiz. Acum. De imob. Incorpóreo 485 Amortiz. Acum. De bens

de domínio público 489 Perdas por imparidade

acumuladas

428 Propriedades de investimento 438 Ativos Fixos Tangíveis

448 Ativos Intangíveis 429 Perdas por imparidade

acumuladas

439 Perdas por imparidade acumuladas

449 Perdas por imparidade acumuladas

459 Perdas por imparidade acumuladas

469 Perdas por imparidade acumuladas

Vendas e prestações de serviços 71 Vendas 71 Vendas

72 Prestação de serviços Trabalhos para a própria

entidade

75 Trabalhos para a própria entidade

74 Trabalhos para a própria entidade

74 Transferências e Subsídios

obtidos 75 Subsídios à exploração

Custos/Gastos com o pessoal 64 Custos com o pessoal 63 Gastos com o pessoal

Juros obtidos 781 Juros obtidos 791 Juros obtidos

Resultados operacionais 81 Resultados operacionais

-Proveitos/Ganhos 7 Proveitos e ganhos 7 Rendimentos

Custos/Gastos 6 Custos e perdas 6 Gastos

RAI 811 Resultados antes de

impostos

Resultados líquidos 88 Resultado líquido do

exercício

818 Resultado líquido do período

(46)

3.4.2.

Métodos Contabilísticos

Como foi referido anteriormente o Serviço de Contabilidade e Património utiliza o POCAL para a classificação dos factos patrimónios.

A estrutura organizacional do POCAL é constituída por: Contabilidade Orçamental;

Contabilidade Patrimonial; Contabilidade de Custos.

O POCAL é composto por dois regimes: completo e simplificado.

A principal diferença entre os dois regimes tem por base o tipo de preparação contabilística.

As autarquias que se integram no regime simplificado apenas aplicam contabilidade orçamental. Como é o caso de grande parte das juntas de freguesia que apenas apresentam receitas e despesas, excluindo as localidades de grande dimensão e não apresentam balanços, nem demonstrações de resultados.

No regime completo, inserem-se as autarquias que contêm contabilidade orçamental, patrimonial e de custos, como é o caso dos Municípios, inclusive o Município do Sabugal.

Relativamente à Demonstração de Resultados (DR), no regime completo, também se apresentam em separado os custos/perdas e os proveitos/ganhos.

As entidades devem proceder à prestação de contas aos múltiplos utentes de informação financeira e para tal têm de proceder à elaboração e preenchimento das demonstrações financeiras, das quais fazem parte o balanço e a DR as quais apresentem a situação da entidade, no ponto de vista financeiro, económico e orçamental evidenciando uma imagem verdadeira e apropriada da posição financeira e dos resultados.

(47)

A Demonstração de Resultados evidencia os proveitos e os custos, tomando possível a comparabilidade entre essas duas grandezas, consequentemente fornece a informação sobre a formação de resultados, quer em valor, quer na sua natureza, ou seja, quanto a empresa ganhou ou perdeu, dando, assim a ideia do lucro ou prejuízo e que tipo de resultados obteve e quais os de maior peso. Quer isto dizer que, é através do DR que nos é fornecida a situação económica da empresa.

3.4.3.

Princípios Orçamentais e Contabilísticos

Os Princípios orçamentais que devem ser seguidos para elaboração e execução dos orçamentos das autarquias são:

Princípio da independência: a elaboração, execução e aprovação do orçamento das autarquias é independente do Orçamento de Estado;

Princípio da anualidade: os valores que constam no orçamento são anuais; Princípio da unidade: o orçamento das autarquias locais é único;

Princípio da universalidade: no orçamento constam as despesas e as receitas, não excluindo as dos serviços municipalizados que se encontram no orçamento anexo. P ro n p io s O am e n ta is Políticos Contabilis cos Económicos P ri n p io s C o n ta b ili st ic o s Quanto à períodização Quanto à Legalidade Quanto ao controlo de Gestão

(48)

Princípio do equilíbrio corrente: as despesas correntes

devem ser iguais às receitas correntes. Ou seja, o valor das receitas tem que cobrir o valor das despesas.

Princípio da especificação: no orçamento, as despesas e as receitas previstas devem estar descriminadas.

Princípio da não consignação: o produto de quaisquer receitas não pode ser afeto à cobertura de determinadas despesas, salvo quando essa afetação for permitida pela lei.

Princípio da não compensação: não se dá entrada de um valor líquido, é necessário registar a receita e a despesa.

Os Princípios Contabilísticos que devem ser seguidos pelas autarquias são:

Princípio da entidade contabilística: constitui entidade contabilista todos os entes públicos que se encontrem obrigados a utilizar o recente plano.

Princípio da continuidade: a entidade desenvolve a sua atividade continuamente, com duração ilimitada.

Princípio da consistência: a entidade não altera as suas políticas contabilísticas de um exercício para o outro. Se tal se suceder, deve constar em anexo nas demonstrações financeiras (DF´s).

Princípios da especialização: nas demonstrações financeiras, devem constar os proveitos e os custos.

Princípios do custo histórico: os registos contabilísticos devem basear-se em custos de aquisição ou de produção.

Princípio da prudência: É possível integrar nas contas um grau de precaução. Princípio da materialidade: as Demonstrações Financeiras evidenciam os

elementos relevantes que possam de alguma forma, afetar as avaliações ou decisões dos órgãos das autarquias.

Princípio da não compensação: os valores do ativo e do passivo têm que ser apresentados em separado.

(49)

3.5. Lançamentos Contabilisticos

3.5.1.

Conceitos de Despesas e Receitas Públicas

Uma despesa pública é autorizada pelo poder legislativo através do orçamento público e tem como intuito satisfazer necessidades públicas através da aquisição de bens ou serviços, dividindo-se em dois tipos: Pública Corrente e de Capital, tratando-se de custos referentes a serviços prestados à sociedade e custos de investimentos, respetivamente.

As despesas correntes são efetuadas para garantir o normal funcionamento da administração pública, como é o exemplo dos salários dos funcionários públicos, material necessário para o s

As despesas de capital relacionam-se com todas as aquisições que têm como objetivo as aquisições de investimento, ou seja tudo aquilo que permaneça com períodos superiores a um ano.

A receita pública é todo o valor adquirido pelo Estado, para fazer face às despesas,

Tal como as despesas, as receitas, dividem-se em dois grupos:

As receitas correntes são impostas pelas leis, tendo os cidadãos que se sujeitar às mesmas, como é o exemplo do Imposto sobre Valor Acrescentado e a taxa sobre o tabaco.

As receitas de capital são compostas por duas vertentes:

Patrimoniais ou Voluntárias são as vendas do património do Estado,

contendo os preços fixados de forma contratual;

Creditícias relacionam-se com os empréstimos.

Em termos de movimentos contabilísticos, as receitas classificam-se em: Receita Virtual;

Receita Eventual.

O que as difere é a necessidade de na receita virtual ser obrigatória a movimentação das contas de recibos para cobrança. No caso da receita eventual é necessário quando

(50)

se efetua a cobrança a indicação do documento de emissão. O seu lançamento inclui uma movimentação à Contabilidade Patrimonial e à Contabilidade Orçamental.

Na receita virtual para além da movimentação utilizada na receita eventual realiza-se também uma movimentação às contas de responsabilidade.

Para se realizar o lançamento da receita é necessário retirar o mapa do programa TAX - Taxas e Licenças Guias.

Esta contabilização é feita no SCA conforme a Figura 12.

3.5.2.

Contabilização da Despesa

Neste ponto irei abordar a minha ligação com a prática, ou seja com o registo de alguns factos patrimoniais. Esta fase prática tem por base as atividades diárias da entidade. Na descrição desta fase, explícito as diversas fases de uma despesa. Desde a chegada da fatura ao seu pagamento. As despesas são compostas por 5 fases, 2 referentes à contabilidade orçamental e 3 à contabilidade patrimonial conforme se apresenta na Figura 13.

Figura 13 - Fases de Processamento da Despesa

Cabimento Compromisso Documento da en dade credora Ordem de Pagamento Pagamento

(51)

Na contabilidade orçamental consta o cabimento e o compromisso.

O cabimento é um ato administrativo de verificação, registo e cativo do valor do encargo a assumir, ou seja, consiste em afetar uma despesa a uma rubrica do orçamento.

O compromisso é definido da seguinte forma, segundo a lei n.º 73/2013 de 3 de setembro:

As obrigações de efetuar pagamentos a terceiros em contrapartida do fornecimento de bens e serviços ou da satisfação de outras condições, considerando-se os compromissos assumidos quando é executada uma ação formal pela entidade, como sejam a emissão de ordem de compra, nota de encomenda ou documento equivalente, ou a assinatura de um contrato, acordo ou protocolo, podendo também ter um carácter permanente e estar associados a pagamentos durante um período indeterminado de tempo, nomeadamente salários, rendas eletricidade ou pagamentos de prestações diversas.

O Cabimento e o Compromisso são documentos internos (requisição interna).

Na vertente da contabilidade patrimonial constam 3 fases: o documento da entidade credora, ordem de pagamento e o pagamento.

A emissão da ordem de pagamento não corresponde a qualquer registo contabilístico. O documento da entidade credora corresponde à receção e lançamento do documento enviado pelo fornecedor. Obrigação fatura (documento produzido por terceiros) ou documento equivalente Folha de remunerações.

A ordem de pagamento é devidamente autorizada e com a indicação do meio de pagamento usado, sendo o pagamento a entrega do devido valor ao credor contra documento de despesa. Liquidação/Autorização de pagamento Ordem de pagamento, devidamente autorizada e Pagamento Ordem de pagamento, com indicação do meio de pagamento usado.

(52)

Apresenta-se na Figura 14 o Circuito Documental implementado no Município do Sabugal.

Figura 14 - Circuito Documental

Fonte: Elaboração própria

Nos seguintes exemplos práticos descreve-se os lançamentos contabilísticos referentes ao processo da despesa no POCAL e a correspondência destes lançamentos no SNC.

Despesas de Comunicação

Quadro 2 - Lançamento de Cabimento de Despesa de Comunicação

Aprovisionamento Recepciona e verifica requisição/contrato Contabilidade Lançamento em conferencia (SCA) Expediente Digitalizar no SGD Aprovisionamento Envia aos serviços para

conferencia/validação (SGD) Serviços Conferem/validam Aprovisionamento Reencaminha (SGD)/Entrega Contabilidade

Não Confere:Regulariza lançamento da

conferencia

Confere:Transferir p/ o credor (SCA)

O documento fica na situação de pendente a

aguardar autorização para pagamento

Descrição

Código de Contas POCAL Código de

Contas SNC Valor Débito Crédito Cabimento da Despesa de Comunicação 0230102020209 Despesas dotação disponível Aquisição de bens e serviços - comunicações Não se aplica 0260102020209 Cabimentos Câmara Municipal Aquisição de bens e serviços Comunicações

(53)

Fonte: Anexo V

Fonte: Anexo V

Quadro 3 Lançamento do Cabimento de uma Despesa de Comunicação

Quadro 4 - Lançamento do Documento da En dade Credora (Fatura)

2

As Autarquias Locais, não são sujeitos passivos de imposto quando realizam operações no exercício dos seus poderes de autoridade conforme o nº 2 do artigo 2º do código do IVA. Essas operações vêm descritas no Oficio-Circulado n.º 174229 de 20/11/1991 dos Serviços de Administração do Iva.

Descrição

Código de Contas

POCAL Código de Contas

SNC Valor Débito Crédito Compromisso da Despesa de Comunicação 0260102020209 Cabimentos Câmara Municipal Aquisição de bens e serviços

Comunicações Não se aplica

0270102020209 Compromissos Câmara Municipal - Comunicações Descrição Código de Contas POCAL Código de Contas SNC Valor

Débito Crédito Débito Crédito

Despesa de Comunicação 62222 Comunicações 622222 Comunicações 6262 Serviços diversos- Comunicação 68122 Impostos indiretos 2211001219 Vodafone Portugal, Comunicações Pessoais, SA 2211 Fornecedores gerais 25210102020209 Credores pela execução do orçamento-Aquisição de bens e serviços - comunicações 2529 Reflexão de credores pela execução do orçamento

Referências

Documentos relacionados

Gerais – Secção de Educação Ensino e Ação social – DECD - Elaboração de notificações da Ordenação final (25) + notificações após exclusão em AC (3) +

Nesta etapa serão executados os serviços da superestrutura do 3º pavimento, das alvenarias de todo o prédio, da cobertura e o acabamento final, inclusive com

Contrato em elaboração que será celebrado e executado pela empresa GTG Engenharia Consultoria & Locação de Equipamentos Ltda.. Construção de um prédio destinado

O objetivo desta obra é para viabilizar o reajuste do coordenograma da subestação e o aumento de demanda de energia elétrica nos referidos Campi, sendo no Campus Santo Antônio devido

Organismo está retendo base devido a um distúrbio metabólico primário (alcalose metabólica) Organismo está retendo base (renal) para compensar distúrbio respiratório

Para a soja e feijoeiro cultivados em sucessão, no Cambissolo, solo mais arenoso, quando adubado com a fonte de P de menor solubilidade (FRA), o cultivo prévio das

CAMPEONATO DISTRITAL FUTSAL JUNIORES - 2ª DIVISÃO Gramidense Infante F.C. Fonte Moura Olímpicos da Madalena G.D.C. Monte Pedras Rio Ave FC CAMPEONATO DISTRITAL FUTSAL JUVENIS -

Seguindo esta linha de raciocínio, este trabalho tem por objetivo a implementação computacional, com o desenvolvimento de uma formulação para problemas dinâmicos de impacto