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LEISHMANIOSE (AULA 4)

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(1)

ESCOLA AGRÍCOLA DO PAJEÚ

ESCOLA AGRÍCOLA DO PAJEÚ

PARASITOLOGIA

PARASITOLOGIA

PROFESSOR RAFAEL QUESADO VIDAL PROFESSOR RAFAEL QUESADO VIDAL

ENFERMEIRO ENFERMEIRO

Curso Técnico de Enfermagem Curso Técnico de Enfermagem

SERRA TALHADA SERRA TALHADA

(2)

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Introdução.

Introdução.

 É uma doença de caráter zoonótico (doenças de animais transmitida É uma doença de caráter zoonótico (doenças de animais transmitida ao homem) que acomete o homem e diversas espécies de animais

ao homem) que acomete o homem e diversas espécies de animais

silvestres e domésticos, sendo conhecida no Brasil desde meados do

silvestres e domésticos, sendo conhecida no Brasil desde meados do

século XIX. Sua manifestação clínica é através de lesões cutâneas e

século XIX. Sua manifestação clínica é através de lesões cutâneas e

cutâneamucosa.

cutâneamucosa.

Importância.

Importância.

 Segundo a (OMS) a prevalência das diferentes formas de Segundo a (OMS) a prevalência das diferentes formas de Leishmaniose já ultrapassou 12 milhões de casos e pelo menos 350

Leishmaniose já ultrapassou 12 milhões de casos e pelo menos 350

milhões de pessoas vivem em locais de risco em todo o mundo.

milhões de pessoas vivem em locais de risco em todo o mundo.

Sendo que 600 mil casos novos são relatados todos os anos.

Sendo que 600 mil casos novos são relatados todos os anos.

 Devido a alta incidência da doenças, com lesões incapacitastes, Devido a alta incidência da doenças, com lesões incapacitastes, desfigurastes e algumas vezes fatais como no caso da L. Visceral,

desfigurastes e algumas vezes fatais como no caso da L. Visceral,

levaram a (OMS) a incluir esta doença dentre as seis mais

levaram a (OMS) a incluir esta doença dentre as seis mais

importantes do mundo.

(3)

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Aspecto biológico.

Aspecto biológico.

Agente etiológico:Agente etiológico: é uma doença causada por parasitos do gênero é uma doença causada por parasitos do gênero Leishmania Ross. Este é um protozoário que tem seu ciclo biológico

Leishmania Ross. Este é um protozoário que tem seu ciclo biológico

realizado em dois hospedeiros, um vertebrado e um invertebrado

realizado em dois hospedeiros, um vertebrado e um invertebrado

(heteroxeno).

(heteroxeno).

 O repasto ocorre a noite, durante o dia permanecem em lugares O repasto ocorre a noite, durante o dia permanecem em lugares tranqüilos (tocas, arvores, currais);

tranqüilos (tocas, arvores, currais);

 Os hospedeiros vertebrados incluem mamíferos (tatu, tamanduá, Os hospedeiros vertebrados incluem mamíferos (tatu, tamanduá, preguiça, gambá, cães e o homem.

preguiça, gambá, cães e o homem.

 Os Os hospedeiros hospedeiros invertebrados invertebrados incluem incluem insetos, insetos, família família psyshodidade, subfamília phlebotominae, gênero lutzomya.

psyshodidade, subfamília phlebotominae, gênero lutzomya.

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Ciclo biológico.

Ciclo biológico.

 As forma amastigotas são encontradas parasitando células do As forma amastigotas são encontradas parasitando células do sistema fagocitário (macrófagos) residentes da pele do hospedeiro

sistema fagocitário (macrófagos) residentes da pele do hospedeiro

vertebrado. Nessa células elas sobrevivem e se multiplicam.

vertebrado. Nessa células elas sobrevivem e se multiplicam.

 As formas promastigotas são encontradas no tubo digestivo dos As formas promastigotas são encontradas no tubo digestivo dos flebotomíneos.

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Ciclo no vetor.

Ciclo no vetor.

 A infecção do inseto ocorre quando a fêmea pica o vertebrado para A infecção do inseto ocorre quando a fêmea pica o vertebrado para exercer o repasto sanguíneo e juntamente com o sangue ingere

exercer o repasto sanguíneo e juntamente com o sangue ingere

macrófagos parasitados pelas amastigotas. Ao chegarem ao

macrófagos parasitados pelas amastigotas. Ao chegarem ao

estômago, os macrófagos se rompem liberando as amastigotas.

estômago, os macrófagos se rompem liberando as amastigotas.

Essas sofrem uma divisão binária e transformam-se em

Essas sofrem uma divisão binária e transformam-se em

promastigotas que se multiplicam, ficando livres. Em seguida

promastigotas que se multiplicam, ficando livres. Em seguida

migram para o intestino onde se colonizam e posteriormente

migram para o intestino onde se colonizam e posteriormente

migram para a faringe do inseto.

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Ciclo no vertebrado.

Ciclo no vertebrado.

 Durante o processo de alimentação do flebotomíneo é que ocorre a Durante o processo de alimentação do flebotomíneo é que ocorre a transmissão do parasita. Na tentativa de se alimentar, as formas

transmissão do parasita. Na tentativa de se alimentar, as formas

promastigotas são introduzidas no local da picada. Dentro de

promastigotas são introduzidas no local da picada. Dentro de

algumas horas as promastigotas serão fagocitadas pelos

algumas horas as promastigotas serão fagocitadas pelos

macrófagos. Rapidamente as promastigotas se transformam em

macrófagos. Rapidamente as promastigotas se transformam em

amastigotas que iram se multiplicar por divisão binária. Devido a

amastigotas que iram se multiplicar por divisão binária. Devido a

sua multiplicação, com o tempo a membrana do macrófago ira

sua multiplicação, com o tempo a membrana do macrófago ira

romper liberando as amastigotas que serão novamente fagocitadas,

romper liberando as amastigotas que serão novamente fagocitadas,

iniciando um novo ciclo.

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Mecanismo de

Mecanismo de

transmissão.

transmissão.

 Ocorre pela picada de insetos Ocorre pela picada de insetos hematófagos pertencentes ao

hematófagos pertencentes ao

gênero

gênero Lutzomyia, Lutzomyia, conhecido no conhecido no Brasil como birigui e

Brasil como birigui e

mosquito-palha. Ao exercer o

palha. Ao exercer o

hematofagismo, a fêmea do

hematofagismo, a fêmea do

flebotomíneo inocula as formas

flebotomíneo inocula as formas

promastigotas provenientes do

promastigotas provenientes do

seu trato digestivo.

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Período de incubação.

Período de incubação.

 Dura em média de duas semanas a três meses;Dura em média de duas semanas a três meses;

Evolução.

Evolução.

 Inicialmente a lesão pode regredir espontaneamente, pode Inicialmente a lesão pode regredir espontaneamente, pode permanecer estacionada ou evoluir para um nódulo dérmico

permanecer estacionada ou evoluir para um nódulo dérmico

chamado “histiocitoma,” localizado sempre no local da picada. Como

chamado “histiocitoma,” localizado sempre no local da picada. Como

resultado, forma-se no local uma reação inflamatória do tipo

resultado, forma-se no local uma reação inflamatória do tipo

tuberculóide. Ocorre necrose resultante da desintegração da

tuberculóide. Ocorre necrose resultante da desintegração da

epiderme que culmina com a formação de uma lesão

epiderme que culmina com a formação de uma lesão

úlcero-crostosa. Após a saída da crosta, forma-se uma típica ulcera

crostosa. Após a saída da crosta, forma-se uma típica ulcera

leishmaniótica de configuração circular, bordas altas, cujo fundo é

leishmaniótica de configuração circular, bordas altas, cujo fundo é

granuloso de cor vermelha intensa. Seguido-se o tratamento,

granuloso de cor vermelha intensa. Seguido-se o tratamento,

forma-se uma cicatriz com depressão na pele.

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Formas clínicas.

Formas clínicas.

 Leishmania Leishmania cutânea: cutânea: é é caracterizada pela formação de

caracterizada pela formação de

ulceras únicas ou múltiplas

ulceras únicas ou múltiplas

confinadas na derme, com

confinadas na derme, com

epiderme ulcerada. A

epiderme ulcerada. A

leishmania

cutânea-leishmania

cutânea-disseminada geralmente está

disseminada geralmente está

associada com pacientes

associada com pacientes

imunocomprometidos (AIDS).

imunocomprometidos (AIDS).

No Brasil as espécies que tem

No Brasil as espécies que tem

sido encontradas parasitando o

sido encontradas parasitando o

homem são: L. brasiliensis, L.

homem são: L. brasiliensis, L.

guyanesis, L. amazonensis, L.

guyanesis, L. amazonensis, L.

laisonsi.

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Formas clínicas.

Formas clínicas.

 Leishmania cutaneomucosa: a Leishmania cutaneomucosa: a forma clínica é conhecida como

forma clínica é conhecida como

nariz de anta, o agente

nariz de anta, o agente

etiológico é a L. brasiliensis.

etiológico é a L. brasiliensis.

 Um aspecto típico são suas Um aspecto típico são suas lesões secundarias que ocorrem

lesões secundarias que ocorrem

após anos envolvendo mucosas

após anos envolvendo mucosas

e cartilagens, os locais mais

e cartilagens, os locais mais

atingidos são o nariz, faringe,

atingidos são o nariz, faringe,

boca e laringe. Trata-se de um

boca e laringe. Trata-se de um

processo lento, de curso

processo lento, de curso

crônico.

(15)

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Formas clínicas.

Formas clínicas.

 Leishmania Leishmania cutânea cutânea difusa: difusa: caracteriza-se por lesões não

caracteriza-se por lesões não

ulceradas por toda a pele, essa

ulceradas por toda a pele, essa

forma é provocada no Brasil pela

forma é provocada no Brasil pela

L. amazonensis. Inicialmente há

L. amazonensis. Inicialmente há

formação de uma única ulcera,

formação de uma única ulcera,

entretanto 40% dos infectados

entretanto 40% dos infectados

acabam desenvolvendo a forma

acabam desenvolvendo a forma

disseminada. Isso ocorre

disseminada. Isso ocorre

provavelmente pela disseminação

provavelmente pela disseminação

de metástases através de vasos

de metástases através de vasos

linfáticos ou migração de linfócitos

linfáticos ou migração de linfócitos

parasitados. Não há resposta ao

parasitados. Não há resposta ao

tratamento convencional.

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Distribuição geográfica.

Distribuição geográfica.

 Distribuição de leishmania cutânea e cutâneamucosa causadas por Distribuição de leishmania cutânea e cutâneamucosa causadas por espécies do subgênero Vianna no Brasil.

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Distribuição geográfica.

Distribuição geográfica.

 Distribuição da leishmania cutânea e cutaneadifusa causada por Distribuição da leishmania cutânea e cutaneadifusa causada por espécie do gênero L. amazonensis.

(18)

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Diagnóstico.

Diagnóstico.

 Clínico: pode ser feito com base nas características da lesão que o Clínico: pode ser feito com base nas características da lesão que o paciente apresenta e com base nos dados epidemiológicos.

paciente apresenta e com base nos dados epidemiológicos.

 Laboratorial: através de exames diretos de esfregaços da biópsia da Laboratorial: através de exames diretos de esfregaços da biópsia da ferida e do exame histopatologico.

ferida e do exame histopatologico.

 Imunológicos: pode ser realizado o teste de Montenegro, Imunológicos: pode ser realizado o teste de Montenegro, inoculando-se 0,1 ml de antígenos na face interna do braço e depois

inoculando-se 0,1 ml de antígenos na face interna do braço e depois

espera-se 72 horas onde poderá surgir um nódulo ou pápula e em

espera-se 72 horas onde poderá surgir um nódulo ou pápula e em

reações muito intensas, até mesmo necrose local, confirmando a

reações muito intensas, até mesmo necrose local, confirmando a

positividade do teste.

(19)

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Tratamento.

Tratamento.

 Glucantime: dose de 17 mg/kg, via IM por dia, durante 10 dias. Em Glucantime: dose de 17 mg/kg, via IM por dia, durante 10 dias. Em seguida faz-se um intervalo de 10 dias e novamente inicia-se o

seguida faz-se um intervalo de 10 dias e novamente inicia-se o

tratamento por mais 10 dias. Recomenda-se a continuação das

tratamento por mais 10 dias. Recomenda-se a continuação das

séries de tratamento até a completa cicatrização da úlcera. Esta

séries de tratamento até a completa cicatrização da úlcera. Esta

medicação está contra-indicada em caso de paciente cardíacos e

medicação está contra-indicada em caso de paciente cardíacos e

grávidas (aborto).

grávidas (aborto).

 Para evitar contaminação secundária as feridas devem ser lavadas Para evitar contaminação secundária as feridas devem ser lavadas com água corrente e sabão e se possível compressas KMnO4

com água corrente e sabão e se possível compressas KMnO4

(permanganato de potássio).

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Profilaxia.

Profilaxia.

 Construção de casas a uma distância de 500 metros da mata;Construção de casas a uma distância de 500 metros da mata;

 Militares, pescadores, engenheiros, biólogos e outros profissionais Militares, pescadores, engenheiros, biólogos e outros profissionais que possa vir a passar determinado período na floresta, devem

que possa vir a passar determinado período na floresta, devem

tomar remédios de profilaxia (glucantime).

tomar remédios de profilaxia (glucantime).

(21)

LEISHMANIOSE VISCERAL

LEISHMANIOSE VISCERAL

AMERICANA

AMERICANA

Introdução.

Introdução.

A leishrnaniose visceral é uma doença causada por

parasitas do complexo

Leishmania donovani.

A doença

A doença

é crônica, grave, de alta letalidade se não tratada,

é crônica, grave, de alta letalidade se não tratada,

e apresenta aspectos clínicos e epidemiológicos.

e apresenta aspectos clínicos e epidemiológicos.

A leishmaniose visceral é endêmica em 62 países nos

A leishmaniose visceral é endêmica em 62 países nos

quatro continentes, cerca de 90% dos casos mundiais

quatro continentes, cerca de 90% dos casos mundiais

estão concentrados na India, Bangladesh, Nepal, Sudão

estão concentrados na India, Bangladesh, Nepal, Sudão

e Brasil.

e Brasil.

Os fatores de risco para o desenvolvimento da doença

Os fatores de risco para o desenvolvimento da doença

incluem

a

desnutrição,

o

uso

de

drogas

incluem

a

desnutrição,

o

uso

de

drogas

imunossupressoras e a co-infecção com HIV.

(22)

LEISHMANIOSE VISCERAL

LEISHMANIOSE VISCERAL

AMERICANA

AMERICANA

Agente etiológico.

Agente etiológico.

A leishmaniose visceral é causada, em todo o mundo,

A leishmaniose visceral é causada, em todo o mundo,

por parasitos do complexo

por parasitos do complexo

L. donovani que inclui três

L. donovani que inclui três

espécies

espécies

de

de

Leishmania :

Leishmania :

Leishmania (Leishmania) donovani;

Leishmania (Leishmania) donovani;

Leishmania (Leishmania) infantum;

Leishmania (Leishmania) infantum;

Leishmania (Leishmania) chagas.

Leishmania (Leishmania) chagas.

Nas Américas,

Nas Américas,

Leishmania (Leishmania) chagasi é a

Leishmania (Leishmania) chagasi é a

espécie responsável pelas formas clínicas da

espécie responsável pelas formas clínicas da

leishmaniose visceral.

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LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA

LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA

(24)

LEISHMANIOSE VISCERAL

LEISHMANIOSE VISCERAL

AMERICANA

AMERICANA

Ciclo biológico.

Ciclo biológico.

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LEISHMANIOSE VISCERAL

LEISHMANIOSE VISCERAL

AMERICANA

AMERICANA

Mecanismo de transmissão.

Mecanismo de transmissão.

O principal mecanismo de transmissão da

O principal mecanismo de transmissão da

L. chagasi nas

L. chagasi nas

condições naturais e de importância epidemiológica

condições naturais e de importância epidemiológica

universal ocorre normalmente através da picada da

universal ocorre normalmente através da picada da

fêmea de L.

fêmea de L.

chagasi;

chagasi;

Uso de drogas injetáveis;

Transfusão sanguínea;

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LEISHMANIOSE VISCERAL

LEISHMANIOSE VISCERAL

AMERICANA

AMERICANA

Patogenia.

Patogenia.

A L. chagasi é um parasito de células do SMF,

A L. chagasi é um parasito de células do SMF,

principalmente do baço, fígado, linfonodo e medula

principalmente do baço, fígado, linfonodo e medula

óssea. Entretanto, no curso da infecção outros órgãos e

óssea. Entretanto, no curso da infecção outros órgãos e

tecidos podem ser afetados, como intestino, sangue,

tecidos podem ser afetados, como intestino, sangue,

pulmões, rins e pele.

pulmões, rins e pele.

A pele é a porta de entrada para a infecção. A

A pele é a porta de entrada para a infecção. A

inoculação das formas infectantes é acompanhada da

inoculação das formas infectantes é acompanhada da

saliva do inseto vetor, que é rica em substâncias com

saliva do inseto vetor, que é rica em substâncias com

atividade inflamatória.

(27)

LEISHMANIOSE VISCERAL

LEISHMANIOSE VISCERAL

AMERICANA

AMERICANA

Patogenia.

Patogenia.

O processo pode evoluir para a cura espontânea ou, a

O processo pode evoluir para a cura espontânea ou, a

partir da pele, ocorrer a migração dos parasitos,

partir da pele, ocorrer a migração dos parasitos,

principalmente para os linfonodos, seguida da migração

principalmente para os linfonodos, seguida da migração

para as vísceras.

para as vísceras.

Nas vísceras, os parasitos induzem uma infiltração focal

Nas vísceras, os parasitos induzem uma infiltração focal

ou difusa de macrófagos não-parasitados, além de

ou difusa de macrófagos não-parasitados, além de

infiltrado de linfócitos e células plasmáticas.

infiltrado de linfócitos e células plasmáticas.

As alterações mais particulares são descritas nos tecidos

As alterações mais particulares são descritas nos tecidos

esplênico, hepático, sanguíneo, pulmonar e renal.

(28)

LEISHMANIOSE VISCERAL

LEISHMANIOSE VISCERAL

AMERICANA

AMERICANA

Patogenia.

Patogenia.

Alterações esplênicas.

Alterações esplênicas.

Esplenomegalia é o achado mais importante

Esplenomegalia é o achado mais importante

e freqüente

no calazar. Na fase inicial da doença, a esplenomegalia

pode

não ocorrer ou ser pouco acentuada. Porem na

doença crônica torna-se muito presente.

Alterações hepáticas.

Hepatomegalia é outra característica marcante no

Hepatomegalia é outra característica marcante no

calazar. O órgão mantém consistência firme e

calazar. O órgão mantém consistência firme e

ocasionalmente mostra congestão passiva.

(29)
(30)

LEISHMANIOSE VISCERAL

LEISHMANIOSE VISCERAL

AMERICANA

AMERICANA

Patogenia.

Patogenia.

Alteração no tecido hemocitopoético.

A medula óssea é em geral encontrada com hiperplasia

e densamente parasitada. A eritropoese é normal no

início do processo infeccioso. Durante as fases mais

adiantadas da infecção, ocorre desregulação da

hamatopoese, caracterizada pela diminuição da

produção celular.

A anemia assim como a leucocitose é o achado mais

frequente nos indivíduos doentes.

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LEISHMANIOSE VISCERAL

LEISHMANIOSE VISCERAL

AMERICANA

AMERICANA

Patogenia.

Patogenia.

Alterações renais.

Alterações renais.

A principal alteração que ocorre nos rins está

A principal alteração que ocorre nos rins está

relacionada com a presença de imunocomplexos

relacionada com a presença de imunocomplexos

circulantes. Em muitos casos ocorre glomerolonefrite.

circulantes. Em muitos casos ocorre glomerolonefrite.

Alterações pulmonares.

Alterações pulmonares.

Nos pulmões ocorre, com relativa frequência,

Nos pulmões ocorre, com relativa frequência,

pneumonite.

(32)

LEISHMANIOSE VISCERAL

LEISHMANIOSE VISCERAL

AMERICANA

AMERICANA

Quadro clínico.

Quadro clínico.

Forma assintomática.

Os indivíduos podem desenvolver sintomatologias pouco

Os indivíduos podem desenvolver sintomatologias pouco

específica que se manifestam por febre baixa recorrente,

específica que se manifestam por febre baixa recorrente,

tosse seca, diarréia, sudorese, prostração e apresentar

tosse seca, diarréia, sudorese, prostração e apresentar

cura espontânea ou manter o parasito, sem nenhuma

cura espontânea ou manter o parasito, sem nenhuma

evolução clínica por toda a vida.

evolução clínica por toda a vida.

O equilíbrio apresentado por estes indivíduos pode,

O equilíbrio apresentado por estes indivíduos pode,

entretanto, ser rompido pela desnutrição ou por um

entretanto, ser rompido pela desnutrição ou por um

estado imunessupressivo, como na AIDS ou decorrente

estado imunessupressivo, como na AIDS ou decorrente

do uso de fármacos pós-transplante.

(33)

LEISHMANIOSE VISCERAL

LEISHMANIOSE VISCERAL

AMERICANA

AMERICANA

Quadro clínico.

Quadro clínico.

Forma aguda.

Forma aguda.

Corresponde ao período inicial da doença. Observam-se

Corresponde ao período inicial da doença. Observam-se

febre alta, palidez de mucosas e hepatoesplenomegalia

febre alta, palidez de mucosas e hepatoesplenomegalia

discretas. A evolução em geral não ultrapassa dois

discretas. A evolução em geral não ultrapassa dois

meses. Muitas vezes o paciente apresenta tosse e

meses. Muitas vezes o paciente apresenta tosse e

diarréia.

diarréia.

O parasitismo é mais frequente no fígado e no baço e

O parasitismo é mais frequente no fígado e no baço e

em menor número na medula.

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LEISHMANIOSE VISCERAL

LEISHMANIOSE VISCERAL

AMERICANA

AMERICANA

Quadro clínico.

Quadro clínico.

Forma sintomática crônica ou calazar clássico.

Forma sintomática crônica ou calazar clássico.

Forma de evolução prolongada, caracterizada por febre

Forma de evolução prolongada, caracterizada por febre

irregular e associada ao contínuo agravamento dos

irregular e associada ao contínuo agravamento dos

sintomas. O emagrecimento é progressivo e conduz o

sintomas. O emagrecimento é progressivo e conduz o

paciente para desnutrição protéico-calórica, caquexia

paciente para desnutrição protéico-calórica, caquexia

acentuada, mesmo com apetite preservado. A

acentuada, mesmo com apetite preservado. A

hepatoesplenomegalia, associada à ascite determinam o

hepatoesplenomegalia, associada à ascite determinam o

aumento do abdome. É comum edema generalizado,

aumento do abdome. É comum edema generalizado,

dispnéia, cefaléia, dores musculares, perturbações

dispnéia, cefaléia, dores musculares, perturbações

digestivas, epistaxes e retardo da puberdade.

(35)

LEISHMANIOSE VISCERAL

LEISHMANIOSE VISCERAL

AMERICANA

AMERICANA

Quadro clínico.

Quadro clínico.

Uma vez que o calazar é uma doença de caráter

Uma vez que o calazar é uma doença de caráter

debilitante e imunodepressivo, as infecções bacterianas

debilitante e imunodepressivo, as infecções bacterianas

são especialmente importantes na determinação do

são especialmente importantes na determinação do

óbito. São infecções comuns:

óbito. São infecções comuns:

Pneumonia;

Pneumonia;

Tuberculose;

Tuberculose;

Diarréia e disenteria crônica;

Diarréia e disenteria crônica;

Otite média, gengivite.

Otite média, gengivite.

(36)

LEISHMANIOSE VISCERAL

LEISHMANIOSE VISCERAL

AMERICANA

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LEISHMANIOSE VISCERAL

LEISHMANIOSE VISCERAL

AMERICANA

AMERICANA

Diagnóstico.

Diagnóstico.

Pesquisa do parasita.

Pesquisa do parasita.

O diagnóstico parasitológico baseia-se na observação

O diagnóstico parasitológico baseia-se na observação

direta do parasito em preparações de material obtido de

direta do parasito em preparações de material obtido de

aspirado de medula óssea, baço, fígado e linfonodo,

aspirado de medula óssea, baço, fígado e linfonodo,

através de esfregaços em lâmina de vidro.

através de esfregaços em lâmina de vidro.

ELISA.

ELISA.

(38)

LEISHMANIOSE VISCERAL

LEISHMANIOSE VISCERAL

AMERICANA

AMERICANA

Tratamento.

Tratamento.

Quimioterapia.

Quimioterapia.

No Brasil, a droga de escolha é o Glucantimea, que é de

No Brasil, a droga de escolha é o Glucantimea, que é de

distribuição gratuita na rede de saúde pública.

distribuição gratuita na rede de saúde pública.

Tratamento inespecífico para os casos de desnutrição,

Tratamento inespecífico para os casos de desnutrição,

anemia, hemorragias e outras situações. E dar solução

anemia, hemorragias e outras situações. E dar solução

oportuna as infecções secundárias e/ou concomitantes.

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LEISHMANIOSE VISCERAL

LEISHMANIOSE VISCERAL

AMERICANA

AMERICANA

Reservatórios.

Reservatórios.

As raposas são reservatórios silvestres primitivos. A

As raposas são reservatórios silvestres primitivos. A

espécie descrita por Deane e Deane como D. vetulus é

espécie descrita por Deane e Deane como D. vetulus é

encontrada mais frequentemente nas Regiões Sudeste,

encontrada mais frequentemente nas Regiões Sudeste,

Centro-Oeste e Nordeste, onde é vista com freqüência,

Centro-Oeste e Nordeste, onde é vista com freqüência,

no peridomicílio de áreas rurais. A raça canina também é

no peridomicílio de áreas rurais. A raça canina também é

um importante fonte de elo domestico entre a cadeia de

um importante fonte de elo domestico entre a cadeia de

transmissão da doença.

(40)
(41)

LEISHMANIOSE VISCERAL

LEISHMANIOSE VISCERAL

AMERICANA

AMERICANA

Profilaxia.

Profilaxia.

A profilaxia do calazar humano, desde a década de

A profilaxia do calazar humano, desde a década de

1960, quando se estabeleceu o papel do cão como

1960, quando se estabeleceu o papel do cão como

reservatório doméstico e de

reservatório doméstico e de

Lutzumyia longipalpis como

Lutzumyia longipalpis como

vetor, tem

vetor, tem

como base a tríade:

como base a tríade:

diagnóstico e tratamento dos doentes;

diagnóstico e tratamento dos doentes;

eliminação dos cães com sorologia positiva;

eliminação dos cães com sorologia positiva;

combate às formas adultas do inseto vetor.

combate às formas adultas do inseto vetor.

(42)

REFERÊNCIA

REFERÊNCIA

NEVES D. P. Parasitologia Humana. 11ª edição. Editora

NEVES D. P. Parasitologia Humana. 11ª edição. Editora

Atheneu. 2004.

Atheneu. 2004.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. PROFAE. Parasitologia e

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Microbiologia. Módulo 1. Brasília – DF, 2003.

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