Exerc´ıcios Resolvidos de Teoria Eletromagn´etica
Jason Alfredo Carlson Gallas
Professor Titular de F´ısica Te´oricaDoutor em F´ısica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Instituto de F´ısica
Mat´eria para a PRIMEIRA prova. Numerac¸˜ao conforme a quarta edic¸˜ao do livro “Fundamentos de F´ısica”, Halliday, Resnick e Walker.
Esta e outras listas encontram-se em: http://www.if.ufrgs.br/ jgallas clicando-se em ‘ENSINO’
Conte ´udo
23 Carga El´etrica 2
23.1 Quest˜oes . . . 2
23.2 Problemas e Exerc´ıcios . . . 3
23.2.1 Lei de Coulomb . . . 3
23.2.2 A Carga ´e Quantizada . . . 8
23.2.3 A Carga ´e Conservada . . . 10
23.2.4 As Constantes da F´ısica: Um Aparte . . . 10
Coment´arios/Sugest˜oes e Erros: favor enviar para jgallas @ if.ufrgs.br (lista1.tex)
23
Carga El´etrica
23.1
Quest˜oes
Q 23-1Sendo dadas duas esferas de metal montadas em supor-te port´atil de masupor-terial isolansupor-te, invensupor-te um modo de car-reg´a-las com quantidades de cargas iguais e de sinais opostos. Vocˆe pode usar uma barra de vidro ativada com seda, mas ela n˜ao pode tocar as esferas. ´E necess´ario que as esferas sejam do mesmo tamanho, para o m´etodo funcionar?
Um m´etodo simples ´e usar induc¸˜ao el´etrost´atica: ao aproximarmos a barra de vidro de qualquer uma das es-feras quando ambas estiverem em contato iremos indu-zir (i) na esfera mais pr ´oxima, uma mesma carga igual e oposta `a carga da barra e, (ii) na esfera mais afastada, uma carga igual e de mesmo sinal que a da barra. Se separarmos ent˜ao as duas esferas, cada uma delas ir´a fi-car com fi-cargas de mesma magnitude por´em com sinais opostos. Este processo n˜ao depende do raio das esfe-ras. Note, entretanto, que a densidade de cargas sobre a superf´ıcie de cada esfera ap´os a separac¸˜ao obviamente depende do raio das esferas.
Q 23-2
Na quest˜ao anterior, descubra um modo de carregar as esferas com quantidades de carga iguais e de mesmo si-nal. Novamente, ´e necess´ario que as esferas tenham o mesmo tamanho para o m´etodo a ser usado?
O enunciado do problema anterior n˜ao permite que toquemos com o bast˜ao nas esferas. Portanto, repeti-mos a induc¸˜ao eletrost´atica descrita no exerc´ıcio ante-rior. Por´em, mantendo sempre a barra pr ´oxima de uma das esferas, removemos a outra, tratando de neutralizar a carga sobre ela (por exemplo, aterrando-a). Se afas-tarmos o bast˜ao da esfera e a colocarmos novamente em contato com a esfera cuja carga foi neutralizada, iremos permitir que a carga possa redistribuir-se homogenea-mente sobre ambas as esferas. Deste modo garantimos que o sinal das cargas em ambas esferas ´e o mesmo. Pa-ra que a magnitude das cargas seja tamb´em idˆentica ´e necess´ario que as esferas tenham o mesmo raio. ´E que a densidade superficial comum `as duas esferas quando em contato ir´a sofrer alterac¸˜oes diferentes em cada esfera, ap´os elas serem separadas, caso os raios sejam diferen-tes.
Q 23-3
Uma barra carregada atrai fragmentos de cortic¸a que, as-sim que a tocam, s˜ao violentamente repelidos. Explique a causa disto.
Como os dois corpos atraem-se inicialmente, deduzi-mos que eles possuem quantidades de cargas com sinais diferentes. Ao tocarem-se a quantidade de cargas menor ´e equilibrada pelas cargas de sinal oposto. Como a carga que sobra reparte-se entre os dois corpos, estes passam a repelir-se por possuirem, ent˜ao, cargas de mesmo sinal.
Note que afirmar existir repuls˜ao ap´os os corpos tocarem-se equivale a afirmar ser diferente a quantida-de quantida-de cargas existente inicialmente em cada corpo.
Q 23-4
As experiˆencias descritas na Secc¸˜ao 23-2 poderiam ser explicadas postulando-se quatro tipos de carga, a saber, a do vidro, a da seda, a do pl´astico e a da pele do animal. Qual ´e o argumento contra isto?
´
E f´acil verificar experimentalmente que os quatro ti-pos ‘novos’ de carga n˜ao poderiam ser diferentes umas das outras. Isto porque ´e poss´ıvel separar-se os quatro tipos de carga em dois pares de duas cargas que s˜ao in-distingu´ıveis um do outro, experimentalmente.
Q 23-6
Um isolante carregado pode ser descarregado passando-o lpassando-ogpassando-o acima de uma chama. Explique ppassando-or quˆe?
´
E que a alta temperatura acima da chama ioniza o ar, tornando-o condutor, permitindo o fluxo de cargas.
Q 23-9
Por que as experiˆencias em eletrost´atica n˜ao funcionam bem em dias ´umidos?
Em dias ´umidos existe um excesso de vapor de ´agua no ar. Conforme ser´a estudado no Cap´ıtulo 24, a mol´ecula de ´agua, , pertence `a classe de mol´eculas
que possui o que se chama de ‘momento de dipolo el´etrico’, isto ´e, nestas mol´eculas o centro das cargas positivas n˜ao coincide com o centro das cargas nega-tivas. Este desequil´ıbrio faz com que tais mol´eculas sejam el´etricamente ativas, podendo ser atraidas por superf´ıcies carregadas, tanto positiva quanto negativa-mente. Ao colidirem com superf´ıcies carregadas, as
mol´eculas agem no sentido de neutralizar parte da car-ga na superf´ıcie, provocando deste modo efeitos inde-sej´aveis para os experimentos de eletrost´atica. Isto por-que n˜ao se tem mais certeza sobre qual a quantidade de carga que realmente se encontra sobre a superf´ıcie.
Q 23-13
Uma pessoa em p´e sobre um banco isolado toca um con-dutor tamb´em isolado, mas carregado. Haver´a descarga completa do condutor?
N˜ao. Haver´a apenas uma redistribuic¸˜ao da carga entre o condutor e a pessoa.
Q 23-14
(a) Uma barra de vidro positivamente carregada atrai um objeto suspenso. Podemos concluir que o objeto est´a carregado negativamente? (b) A mesma barra carregada positivamente repele o objeto suspenso. Podemos con-cluir que o objeto est´a positivamente carregado?
(a) N˜ao. Poder´ıamos estar lidando com um objeto neutro por´em met´alico, sobre o qual seria poss´ıvel in-duzir uma carga, que passaria ent˜ao a ser atraido pela barra. (b) Sim, pois n˜ao se pode induzir carga de mes-mo sinal.
Q 23-16
Teria feito alguma diferenc¸a significativa se Benjamin Franklin tivesse chamado os el´etrons de positivos e os pr ´otons de negativos?
N˜ao. Tais nomes s˜ao apenas uma quest˜ao de convenc¸˜ao.
Na terceira edic¸˜ao do livro, afirmava-se que Fran-klin, al´em de ‘positivo’ e ‘negativo’, haveria introdu-zido tamb´em as denominac¸˜oes ‘bateria’ e ‘carga’. Na quarta edic¸˜ao a coisa j´a mudou de figura... Eu tenho a impress˜ao que ‘positivo’ e ‘negativo’ devem ser ante-riores a Franklin mas n˜ao consegui localizar referˆencias adequadas. O qu´ımico francˆes Charles Franc¸ois de Cis-ternay Du Fay (1698-1739), descobriu a existˆencia de dois “tipos de eletricidade”: vitrea (do vidro) e resinosa (da resina).
Por´em, a quem ser´a que devemos os nomes de cargas “positivas” e “negativas”? Oferec¸o uma garrafa de boa champanha a quem por primeiro me mostrar a soluc¸˜ao deste puzzle!
Q 23-17
A Lei de Coulomb prevˆe que a forc¸a exercida por uma carga puntiforme sobre outra ´e proporcional ao produto
das duas cargas. Como vocˆe poderia testar este fato no laborat ´orio?
Estudando de que modo varia a forc¸a necess´aria para levar-se cargas de distintos valores at´e uma distˆancia ,
constante, de uma outra carga fixa no espac¸o.
Q 23-18
Um el´etron (carga ) gira ao redor de um n´ucleo
(carga ) de um ´atomo de h´elio. Qual das
part´ıculas exerce maior forc¸a sobre a outra?
Se realmente vocˆe n˜ao souber a resposta correta, ou faz eentende o Exerc´ıcio E 23-2 ou tranca o curso bem r´apido!
Q 23-15 extra A forc¸a el´etrica que uma carga exerce sobre outra se altera ao aproximarmos delas outras car-gas?
A forc¸a entre duas cargas quaisquer depende ´unica e exclusivamente das grandezas que aparecem na ex-press˜ao matem´atica da lei de Coulomb. Portanto, ´e f´acil concluir-se que a forc¸a pre-existente entre um par de car-gas jamais poder´a depender da aproximac¸˜ao de uma ou mais cargas. Observe, entretanto, que a ‘novidade’ que resulta da aproximac¸˜ao de cargas extras ´e que a forc¸a resultante sobre cada carga pre-existente poder´a alterar-se, podendo tal resultante ser facilmente determinada com o princ´ıpio de superposic¸˜ao.
23.2
Problemas e Exerc´ıcios
23.2.1 Lei de CoulombE 23-1
Qual seria a forc¸a eletrost´atica entre duas cargas de
Coulomb separadas por uma distˆancia de (a) m e (b)
km se tal configurac¸˜ao pudesse ser estabelecida?
(a) !"$#&%!'% %)( *+,-" N. (b). / !"$#0%-'1% 2 %436587( *9,-: N. E 23-2
Uma carga puntiforme de <;9=>-9?A@ C dista ! cm
de uma segunda carga puntiforme de BDCEF-G?H@ C.
Calcular o m´odulo da forc¸a eletrost´atica que atua sobre cada carga.
De acordo com a terceira Lei de Newton, a forc¸a que uma carga I
%
exerce sobre outra carga I$ ´e igual em
m´odulo e de sentido contr´ario `a forc¸a que a carga I$
exerce sobre a cargaI
%
. O valor desta forc¸a ´e dado pela Eq. 23-4. Conforme a convenc¸˜ao do livro, usamos aqui os m´odulos das cargas. Portanto
JKML 3 I % I N O9,- " # ;,-9?A@$#$)DC,-G?H@$# 8!,- ? # 9 N E 23-3
Qual deve ser a distˆancia entre duas cargas puntiformes
I
%
PQ R C eI$S T JVU
R C para que o m´odulo da forc¸a
eletrost´atica entre elas seja deCG
U N? W ! " #$OQ,- ?A@ #X JGU ! ?H@ # CG U Y J metros E 23-4
Na descarga de um relˆampago t´ıpico, uma corrente de
GDCZ![ Amp`eres flui durante<R s. Que quantidade
de carga ´e transferida pelo relˆampago? [Note: Amp`ere ´e a unidade de corrente no SI; est´a definida na Secc¸˜ao 28-2 do livro; mas o cap´ıtulo 28-23 fornece meios de resolver o problema proposto.] Usamos a Eq. (23-3): \I P]^_` TO9C,- [ #Xa,- ?A@ #b c9DC C
Tal carga ´e grande ou pequena? Compare com as car-gas dadas nos Exemplos resolvidos do livro.
E 23-5
Duas part´ıculas igualmente carregadas, mantidas a uma distˆancia ;dP!G?A: m uma da outra, s˜ao largadas a
partir do repouso. O m´odulo da acelerac¸˜ao inicial da primeira part´ıcula ´e de
U
m/s
e o da segunda ´e de9
m/s
. Sabendo-se que a massa da primeira part´ıcula va-leQ9;e*-9?Af Kg, quais s˜ao: (a) a massa da segunda
part´ıcula? (b) o m´odulo da carga comum?
(a) Usando a terceira lei de Newton temos g %$h9% g h , de modo que geS Pg % hG% h Q9; ! ?Hf U J ,- ?Hf kg
(b) Como temos cI !i JKHj 3 N #k Fg % h % segue que Il NBm JKHj 3 g % h % ;9D+ ! ?A: W Q9;,- ?Hf #X U # ,- " U n ! ? %o% C E 23-7
Duas esferas condutoras idˆenticas e isoladas, e ,
pos-suem quantidades iguais de carga e est˜ao separadas por uma distˆancia grande comparada com seus diˆametros (Fig. 23-13a). A forc¸a eletrost´atica que atua sobre a es-fera devida a esfera ´e p . Suponha agora que uma
terceira esfera idˆentica; , dotada de um suporte
isolan-te e inicialmenisolan-te descarregada, toque primeiro a esfera
(Fig. 23-13b), depois a esfera (Fig.. 23-13c) e, em
seguida, seja afastada (Fig. 23-13d). Em termos de p ,
qual ´e a forc¸aprq que atua agora sobre a esfera ?
Chamemos de I a carga inicial sobre as esferas e . Ap´os ser tocada pela esfera; , a esfera ret´em uma
carga igual aI
i
. Ap´os ser tocada pela esfera; , a esfera ir´a ficar com uma carga igual a ISsI
i # i ;I i J . Portanto, teremos em m´odulo
q ctvu I Mw u ;I J w ; txI ; vy
ondet ´e uma constante (que envolve JKHj
3
bem como a distˆancia fixa entre as esferas e , mas que n˜ao vem ao
caso aqui) e.z{tI
representa o m´odulo dep .
P 23-8
Trˆes part´ıculas carregadas, localizadas sobre uma linha reta, est˜ao separadas pela distˆancia (como mostra a
Fig. 23-14). As cargas I
%
eI$ s˜ao mantidas fixas. A
carga I
:
, que est´a livre para mover-se, encontra-se em equil´ıbrio (nenhuma forc¸a eletrost´atica l´ıquida atua so-bre ela). DetermineI
%
em termos deI .
Chame de}| a forc¸a sobreI
:
devida a cargaI$|.
Ob-servando a figura, podemos ver que como I
:
est´a em equil´ıbrio devemos ter
% c . As forc¸as % e tˆem
m´odulos iguais mas sentidos opostos, logo,I
%
eI tem
sinais opostos. Abreviando-se ~
i JKML 3 #, temos ent˜ao % ~ I % I : OV#
} ~ I I :
Substituindo estes valores na equac¸˜ao
% 0} , obte-mos I % J
I$. Como as cargas devem ter sinais
opostos, podemos escreverI
%
J
I$ , que ´e a resposta
procurada.
Observe que o sinal da cargaI- permanece totalmente
arbitr´ario.
P 23-10
Na Fig. 23-15, quais s˜ao as componentes horizontal e vertical da forc¸a eletrost´atica resultante que atua sobre a carga do v´ertice esquerdo inferior do quadrado, sendo
IB ,-9?Af C e
h
{CG cm?
Primeiro, escolhemos um sistema de coordenadas com a origem coincidente com a carga no canto esquer-do, com o eixo horizontal e eixo vertical, como de
costume. A forc¸a exercida pela carga<I na cargaI
´e p % JKML 3 a<I#$aI# h )#
A forc¸a exercida por I sobreI ´e
pr JKML 3 ) I#$aI# m h # u m w JKML 3 I h u m m w
Finalmente, a forc¸a exercida porSI sobreI ´e
p : JKML 3 8SI#XI# h ) # JKML 3 J I # h #
Portanto, a magnitude da componente horizontal da forc¸a resultante ´e dada por
} % S}< : JKML 3 I h u S m J w O9,- " # B,-G?Hf C,- ? u m J w U Ny
enquanto que a magnitude da componente vertical ´e da-da por ^ % r>} > : JKML 3 I h u r m w 9 J Q N P 23-12
Duas esferas condutoras idˆenticas, mantidas fixas, atraem-se com uma forc¸a eletrost´atica de m´odulo igual a9n- N quando separadas por uma distˆancia deC9
cm. As esferas s˜ao ent˜ao ligadas por um fio condutor fino. Quando o fio ´e removido, as esferas se repelem com uma forc¸a eletrost´atica de m´odulo igual a9;Q N.
Quais eram as cargas iniciais das esferas?
SejamI
%
eI as cargas originais que desejamos
cal-cular, separadas duma distˆanciaN
. Escolhamos um sis-tema de coordenadas de modo que a forc¸a sobre I ´e
positiva se ela for repelida porI
%
. Neste caso a magni-tude da forc¸a ‘inicial’ sobreI$ ´e
| . JKML 3 I % I N y
onde o sinal negativo indica que as esferas se atraem. Em outras palavras, o sinal negativo indica que o pro-duto I % I- JKML 3 N
| ´e negativo, pois a forc¸a |, O
|b
\#, ´e forc¸a de atrac¸˜ao.
Como as esferas s˜ao idˆenticas, ap´os o fio haver sido co-nectado ambas ter˜ao uma mesma carga sobre elas, de valorI
%
I$!#
i
. Neste caso a forc¸a de repuls˜ao ‘final’
´e dada por
+ JKML 3 I % >I$-# J N
Das duas express˜oes acima tiramos a soma e o produto deI % eI$ , ou seja I % I$ JKML 3 N | C# 9n-# ! " ;,- ? % C e I % >I NG J JKML 3 #8 C# W J O9;Q\# ! " ,- ?H@ C
Conhecendo-se a soma e o produto de dois n´umeros, conhecemos na verdade os coeficientes da equac¸˜ao do segundo grau que define estes n´umeros, ou seja,
I % #$E,I--#k * FI % I-!#)>I % I-
Dito de outra forma, se substituirmos I$< .&;,- ? % # i I % a#
na equac¸˜ao da soma acima temos duas possibilidades:
I % ;,-9? % I % {,+ ! ?H@ y O \# ou I % ;,-9? % I % ¡+ ! ?H@ \ \#
Considerando-se a Eq. , temos
I % Z,- ?H@ I % ; ! ? % P9y
de onde tiramos as duas soluc¸˜oes
I % S,-9?A@bc¢ a ! ?A@ # J O; ! ? % # O sinal fornece-nos I % B,- ?A@ C e I$< . ;,- ?H@ C y
enquanto que o sinal fornece-nos
I % ;,- ?A@ C e I TB,- ?H@ C y
onde usamos a Eq. (*) acima para calcularI a partir de
I
%
.
Repetindo-se a an´alise a partir da Eq. \ percebemos
que existe outro par de soluc¸˜oes poss´ıvel, uma vez que revertendo-se os sinais das cargas, as forc¸as permane-cem as mesmas: I % BB,- ?A@ C e I$S c;,- ?H@ C y ou I % P;,- ?A@ C e I .BB,- ?H@ C P 23-15
Duas cargas puntiformes livres <I e
J
I est˜ao a uma
distˆancia£ uma da outra. Uma terceira carga ´e, ent˜ao,
colocada de tal modo que todo o sistema fica em equil´ıbrio. (a) Determine a posic¸˜ao, o m´odulo e o sinal da terceira carga. (b) Mostre que o equil´ıbrio ´e inst´avel.
(a) A terceira carga deve estar situada sobre a linha que une a carga<I com a carga
J
I . Somente
quan-do a terceira carga estiver situada nesta posic¸˜ao, ser´a poss´ıvel obter uma resultante nula, pois, em qualquer outra situac¸˜ao, as forc¸as ser˜ao de atrac¸˜ao (caso a ter-ceira carga seja negativa) ou de repuls˜ao (caso a terter-ceira
carga seja positiva). Por outro lado, a terceira carga deve sernegativapois, se ela fosse positiva, as cargas<I
e
J
I n˜ao poderiam ficar em equil´ıbrio, pois as forc¸as
sobre elas seriam somente repulsivas. Vamos designar a terceira carga porS¤ , sendo¤ maior que zero. Seja
a distˆancia entre<I eS¤ . Para que a carga S¤ esteja
em equil´ıbrio, o m´odulo da forc¸a que <I exerce sobre S¤ deve ser igual ao m´odulo da forc¸a que
J I exerce sobre S¤ . Portanto, JKML 3 I¤ JKML 3 J I#8¤ O£ H# ou seja O£ H# J
As soluc¸˜oes da equac¸˜ao do segundo grau s˜ao £ e
£
i
; , sendo que apenas esta ´ultima soluc¸˜ao ´e fisicamente
aceit´avel.
Para determinar o m´odulo de ¤ , use a condic¸˜ao de
equil´ıbrio duas cargas do sistema. Por exemplo, para que a carga<I esteja em equil´ıbrio, o m´odulo da forc¸a
queS¤ exerce sobre<I deve igualar a m´odulo da forc¸a
de J I sobre<I : JKML 3 I¤ JKML 3 J I#)I £
Dai tiramos que ¤¥
J I i £ que, para ¦ £ i ; ,
fornece o valor procurado:
¤
J
IV
(b) O equil´ıbrio ´e inst´avel; esta conclus˜ao pode ser pro-vada analiticamente ou, de modo mais simples, pode ser verificada acompanhando-se o seguinte racioc´ınio. Um pequeno deslocamento da carga S¤ de sua posic¸˜ao de
equil´ıbrio (para a esquerda ou para a direita) produz uma forc¸a resultante orientada para esquerda ou para a direi-ta.
P 23-16
(a) Que cargas positivas iguais teriam de ser colocadas na Terra e na Lua para neutralizar a atrac¸˜ao gravitacio-nal entre elas? ´E necess´ario conhecer a distˆancia entre a Terra e a Lua para resolver este problema? Explique. (b) Quantos quilogramas de hidrogˆenio seriam necess´arios para fornecer a carga positiva calculada no item (a)?
(a) A igualdade das forc¸as envolvidas fornece a se-guinte express˜ao:§0¨Z©}¨Zª N JKML 3 I N y
onde
¨Z©
´e a massa da Terra e
¨Zª
a massa da Lua. Por-tanto, usando-se as constantes fornecidas no Apˆendice C, temos I& ¢ § JKML 3 ¨©^¨Zª cC9 U ,- % : C
Como foi poss´ıvel eliminarN
entre os dois membros da equac¸˜ao inicial, vemos claramente n˜ao ser necess´ario conhecer-se o valor deN
.
(b) Um ´atomo de hidrogˆenio contribui com uma carga positiva de QdP-9?
%
" C. Portanto, o n´umero « de
´atomos de hidrogˆenio necess´arios para se igualar a car-ga do item (a) ´e dado por
«¬ C9 U ,- % : Q ! ? % " P;9DC ! : C
Portanto, a massa de hidrogˆenio necess´aria ´e simples-mente
¨
¦«ge® , ondege® ´e a massa de um ´atomo
de hidrogˆenio (em kilogramas) [veja o valor da unidade de massa unificada no Apˆendice B, p´ag. 321]¨
;9DC,- : #$) U #X)QQ\CB,- ? f # CG !¯ Kg P 23-18
Uma carga¤ ´e dividida em duas partesI e¤.I , que
s˜ao, a seguir, afastadas por uma certa distˆancia entre si. Qual deve ser o valor de I em termos de ¤ , de
mo-do que a repuls˜ao eletrost´atica entre as duas cargas seja m´axima?
A magnitude da repuls˜ao entreI e¤{,I ´e
JKML 3 O¤{,I#8I N
A condic¸˜ao para que seja m´axima em relac¸˜ao aI ´e que
sejam satisfeitassimultaneamenteas equac¸˜oes
° ° I Py e ° ° I {±
A primeira condic¸˜ao produz
° ° I JKML 3 N ° ° I}² ¤BIS,I ³ ¤cZI JKML 3 N P9y
cuja soluc¸˜ao ´eI& P¤
i
.
Como a segunda derivada ´e sempre menor que zero, a soluc¸˜ao encontrada, I¬ l¤
i
, produzir´a a forc¸a
m´axima.
Observe que a resposta do problema ´eIB c¤
i
e n˜ao ¤ cI .
P 23-19
Duas pequenas esferas condutoras de massa g est˜ao
suspensas por um fio de seda de comprimento£ e
pos-suem a mesma cargaI , conforme ´e mostrado na figura
abaixo. Considerando que o ˆangulo´ ´e t˜ao pequeno que µ6¶·
´ possa ser substituida por sen ´ : (a) mostre que
para esta aproximac¸˜ao no equil´ıbrio teremos:
= u I £ KML 3 gE¸ w %¹ : y
onde ´e a distˆancia entre as esferas. (b) Sendo£> .!
cm,gº - g eE {CG cm, quanto valeI ?
(a) Chamando de» a tens˜ao em cada um dos fios e
de o m´odulo da forc¸a eletrost´atica que atua sobre cada
uma das bolas temos, para que haja equil´ıbrio:
» sen´ »º¼X½¾9´ gE¸A
Dividindo membro a membro as duas relac¸˜oes anterio-res, encontramos: µ6¶· ´ gE¸
Como ´ ´e um ˆangulo pequeno, podemos usar a
aproximac¸˜ao g¸ µ6¶· ´ Y sen´ i £
Por outro lado, a forc¸a eletrost´atica de repuls˜ao entre as cargas ´e dada por
JKML 3 I
Igualando-se as duas express˜oes para e resolvendo
para , encontramos que
E ¿u KML 3 I £ gE¸ w %¹ :
(b) As duas cargas possuem o mesmo sinal. Portanto, da express˜ao acima para , obtemos
IB À W : KML 3 g¸ £ G J ! ?HÁ J ,- ?A" C J nC
P 23-20
No problema anterior, cujas esferas s˜ao condutoras (a) O que acontecer´a ap´os uma delas ser descarregada? Ex-plique sua resposta. (b) Calcule a nova separac¸˜ao de equil´ıbrio das bolas.
(a) Quando uma das bolas for descarregada n˜ao po-der´a mais haver repuls˜ao Coulombiana entre as bolas e, consequentemente, as bolas cair˜ao sob ac¸˜ao do campo gravitacional at´e se tocarem. Ao entrarem em contato, a cargaI que estava originalmente numa das bolas ir´a se
repartir igualmente entre ambas bolas que, ent˜ao, por es-tarem novamente ambas carregadas, passar˜ao a repelir-se at´e atingir uma nova repelir-separac¸˜ao de equil´ıbrio, digamos
1q.
(b) A nova separac¸˜ao de equil´ıbrioAq pode ser calculada
usando-seIÂqA *I i : q Ãu IÂqÄ# £ KML 3 g¸ w %8¹ : u J w %8¹ : Å -Æ ¯ cm Ç ÈÉ Ê u I £ KML 3 gE¸ w %¹ : u J w %8¹ : e9C m ;9n<,- ? m ;9n cm ´
E poss´ıvel determinar o valor da tens˜ao no fio de se-da?
P 23-21
A Fig. 23-17 mostra uma longa barra n˜ao condutora, de massa desprez´ıvel e comprimento£ , presa por um
pi-no pi-no seu centro e equilibrada com um pesoË a uma
distˆancia de sua extremidade esquerda. Nas
extremi-dades esquerda e direita da barra s˜ao colocadas peque-nas esferas condutoras com cargas positivasI eI ,
res-pectivamente. A uma distˆanciaÌ diretamente abaixo de
cada uma dessas cargas est´a fixada uma esfera com uma carga positiva¤ . (a) Determine a distˆancia quando a
barra est´a horizontal e equilibrada. (b) Qual valor deve-ria terÌ para que a barra n˜ao exercesse nenhuma forc¸a
sobre o mancal na situac¸˜ao horizontal e equilibrada?
(a) Como a barra esta em equil´ıbrio, a forc¸a l´ıquida sobre ela ´e zero e o torque em relac¸˜ao a qualquer ponto tamb´em ´e zero. Para resolver o problema, vamos escre-ver a express˜ao para o torque l´ıquido no mancal, iguala-la a zero e resolver para .
A carga ¤ `a esquerda exerce uma forc¸a para cima
de magnitude 8 i9Í JKHj 3XÎ #$I¤ i Ì #, localizada a uma distˆancia £ i
do mancal. Considere seu torque como
sendo, por exemplo, positivo. O peso exerce uma forc¸a para baixo de magnitude Ë , a uma distˆanciae£
i
a partir do mancal. Pela convenc¸˜ao acima, seu torque tamb´em ´e positivo. A carga ¤ `a direita exerce uma
forc¸a para cima de magnitude ) iGÍ JKHj 3 Î #XOI¤ i Ì #, a uma distˆancia£ i
do mancal. Seu torque ´e negativo.
Para que n˜ao haja rotac¸˜ao, os torque sacima devem anular-se, ou seja JKHj 3 I¤ Ì £ ËÏu- £ w JKHj 3 I¤ Ì £ c9
Portanto, resolvendo-se para , obtemos
E £ uÐ JKHj 3 I¤ ËÌ w
(b) A forc¸a l´ıquida na barra anula-se. Denotando-se por
« a magnitude da forc¸a para cima exercida pelo mancal,
ent˜ao Ë¥ JKHj 3 I¤ Ì JKHj 3 I¤ Ì P9
Quando a barra n˜ao exerc¸e nenhuma forc¸a, temos«Ñ . Neste caso, a express˜ao acima, fornece-nos
facilmen-te que Ì W JKHj 3 ;I¤ Ë
Observe que ´e essencial usar sempre um valor po-sitivo para o brac¸o de alavanca, para n˜ao se inverter o sentido do torque. Neste problema, o brac¸o de alavanca positivo ´e£
i
, e n˜ao£
i
, !
23.2.2 A Carga ´e Quantizada
E 23-24
Qual ´e a carga total em Coulombs deU
C kg de el´etrons?
A massa do el´etron ´eg Ò9n+-9?A: % kg de
ma-neira que a quantidade de el´etrons em
¨ U C kg ´e «Ï ¨ g U C ! ?A: % P; ! : % el´etrons
Portanto, a carga total ´e
IB «.Ó &9D;,- : % #$)Q ! ? % " # B; ! % : C
E 23-26
O m´odulo da forc¸a eletrost´atica entre dois ´ıons idˆenticos que est˜ao separados por uma distˆancia deCG-G? %43
m vale;9
U
-G?H" N. (a) Qual a carga de cada ´ıon? (b)
Quantos el´etrons est˜ao “faltando” em cada ´ıon (o que d´a ao ´ıon sua carga n˜ao equilibrada)?
(a) Da Lei de Coulomb temos:
I N ¢ JKML 3 #)T {P;+,- ? % " C
(b) Cada el´etron faltante produz uma carga positiva de
QxZ!G? % " C. Usando a Eq. 23-10,I+ .ÔM ,
encontra-mos o seguinte n´umeroÔ de el´etrons que faltam:
Ô¡ ;9D,-9? % " Q+,- ? % " P el´etrons E 23-27
Duas pequenas gotas esf´ericas de ´agua possuem cargas idˆenticas deBxZ- ?
%
@ C, e est˜ao separadas, centro
a centro, de cm. (a) Qual ´e o m´odulo da forc¸a
ele-trost´atica que atua entre elas? (b) Quantos el´etrons em excesso existem em cada gota, dando a ela a sua carga n˜ao equilibrada?
(a) Aplicando diretamente a lei de Coulomb encon-tramos, em magnitude, O !"$#$)&,-9? % @$# )B,- ? # ,- ? % " N
(b)A quantidade« de el´etrons em excesso em cada gota
´e «Ï I !G? % @ Q,- ? % " cQCG P 23-31
Pelo filamento de uma lˆampada de! W, operando em
um circuito de! V, passa uma corrente (suposta
cons-tante) de9; A. Quanto tempo ´e necess´ario para que
mol de el´etrons passe pela lˆampada?
De acordo com a Eq. 23-3, a corrente constante que passa pela lˆampada ´e] {ÕI
i
Õ+_, ondeÕI ´e a
quantida-de quantida-de carga que passa atrav´es da lˆampada num intervalo
Õ+_ .
A carga ÕI correspondente a mol de el´etrons nada
mais ´e do queÕ+I c«Ö, , onde«Ö cQ\;,-
: ´e
o n´umero de Avogadro. Portanto
Õ+_b « Ö ] Q\;+ ! :-#X8Q,-G? % "!# 9; D+ !¯ segundos +,- ¯ J eQ=Q .; dias P 23-34
Na estrtura cristalina do composto ×BØ!×Ù (cloreto de
c´esio), os ´ıons CsÚ formam os v´ertices de um cubo e
um ´ıon de Cl? est´a no centro do cubo (Fig. 23-18). O
comprimento das arestas do cubo ´e de9
J
nm. Em
ca-da ´ıon CsÚ falta um el´etron (e assim cada um tem uma
carga de < ), e o ´ıon Cl? tem um el´etron em excesso
(e assim uma carga ). (a) Qual ´e o m´odulo da forc¸a
eletrost´atica l´ıquida exercida sobre o ´ıon Cl? pelos oito
´ıons CsÚ nos v´ertices do cubo? (b) Quando est´a
faltan-do um faltan-dos ´ıons CsÚ , dizemos que o cristal apresenta um
defeito; neste caso, qual ser´a a forc¸a eletrost´atica l´ıquida exercida sobre o ´ıon Cl? pelos sete ´ıons CsÚ
remanes-centes?
(a) A forc¸a l´ıquida sobre o ´ıon Cl? ´e claramente
ze-ro pois as forc¸as individuais atrativas exercidas por cada um dos ´ıons de CsÚ cancelam-se aos pares, por estarem
dispostas simetricamente (diametralmente opostas) em relac¸˜ao ao centro do cubo.
(b) Em vez de remover um ´ıon de c´esio, podemos po-demos superpor uma carga na posic¸˜ao de tal ´ıon.
Isto neutraliza o ´ıon local e, para efeitos eletrost´aticos, ´e equivalente a remover o ´ıon original. Deste modo ve-mos que a ´unica forc¸a n˜ao balanceada passa a ser a forc¸a exercida pela carga adicionada.
Chamando de
h
a aresta do cubo, temos que a diagonal do cubo ´e dada porm
;
h
. Portanto a distˆancia entre os ´ıons ´e m ; i # h e a magnitude da forc¸a JKHj 3 ; i J # h ! " # 8Q,-G? % "-# O; i J #XO9 J + ! ?H" # ,- ?H" N
P 23-35 Sabemos que, dentro das limitac¸˜oes impos-tas pelas medidas, os m´odulos da carga negativa do el´etron e da carga positiva do pr ´oton s˜ao iguais. Su-ponha, entretanto, que estes m´odulos diferissem entre
s´ı por9-VÛ . Com que forc¸a duas pequenas moedas
de cobre, colocadas a m uma da outra, se repeliriam?
O que podemos concluir? (Sugest˜ao: Veja o Exemplo 23-3.)
Como sugerido no problema, supomos que a moeda ´e a mesma do exemplo 23-3, que possui uma carga tanto positiva quanto negativa igual dada porI /;
U
,- ¯
C. Se houvesse uma diferenc¸a (desequil´ıbrio) de cargas, uma das cargas seria maior do que a outra, ter´ıamos para tal carga um valor
I-ÜÀ FÝGI& 8- ?1[ #$)! ? #X); U !¯$#Ð *9n-; U y ondeÝ c99ÂÛT {9= T! ?H@ . Portanto
a magnitude da forc¸a entre as moedas seria igual a
I Ü JKML 3 N !"$#$9n-; U # )# U ! Á N
Como tal forc¸a seria facilmente observ´avel, concluimos que uma eventual diferenc¸a entre a magnitude das car-gas positiva e negativa na moeda somente poderia ocor-rer com um percentual bem menor que9Û .
Note que sabendo-se o valor da menor forc¸a poss´ıvel de se medir no laborat ´orio ´e possivel estabelecer qual o li-mite percentual m´aximo de erro que temos hoje em dia na determinac¸˜ao das cargas. De qualquer modo, tal limi-te ´e MUITO pequeno, ou seja, uma eventual assimetria entre o valor das cargas parece n˜ao existir na pr´atica, pois teria conseq ¨uˆencias observ´aveis, devido ao gran-de n´umero gran-de cargas presente nos corpos macrosc´opicos (que est˜ao em equil´ıbrio).
23.2.3 A Carga ´e Conservada E 23-37
No decaimento beta uma part´ıcula fundamental se trans-forma em outra part´ıcula, emitindo ou um el´etron ou um p´ositron. (a) Quando um pr ´oton sofre decaimen-to beta transformando-se num nˆeutron, que part´ıcula ´e emitida? (b) Quando um nˆeutron sofre decaimento be-ta transformando-se num pr ´oton, qual das part´ıculas ´e emitida?
(a) Como existe conservac¸˜ao de carga no decaimento, a part´ıcula emitida precisa ser um p´ositron.
(b) Analogamente, a part´ıcula emitida ´e um el´etron.
As reac¸˜oes completas de decaimento beta aqui men-cionados s˜ao, na verdade, as seguintes:
ÞEß Ô Ú àGy Ô ßºÞ > ? >à9y
onde à representa uma part´ıcula elementar chamada
neutrino. Interessados, podem ler mais sobre Decai-mento Beta na Secc¸˜ao 47-5 do livro texto.
E 23-38
Usando o Apˆendice D, identifique á nas seguintes
reac¸˜oes nucleares: â\# %ãs%ä ß áÃZÔ`å oæ-# % ×Fs% ß áå oç-# % ¯ «ã % ß [ ¡Ðá¡
Como nenhuma das reac¸˜oes acima inclui decaimen-to beta, a quantidade de pr ´odecaimen-tons, de neutrons e de el´etrons ´e conservada. Os n´umeros atˆomicos (pr ´otons e de el´etrons) e as massas molares (pr ´otons + nˆeutrons) est˜ao no Apˆendice D.
(a)% H tem
pr ´oton, el´etron e nˆeutrons enquanto que
o" Be tem J pr ´otons,J el´etrons e + J ãC nˆeutrons. Portanto á tem J èC pr ´otons, B J el´etrons e C<S J
nˆeutrons. Um dos nˆeutrons ´e liberado na reac¸˜ao. Assim sendo,á deve ser o boro," B, com massa
molar igual aC
J
P g/mol.
(b)%
C temQ pr ´otons,Q el´etrons eSQ& PQ nˆeutrons
enquanto que o% H tem
pr ´oton, el´etron e nˆeutrons.
Portantoá temQ<{&
U
pr ´otons,QP
U
el´etrons eQPe ãQ nˆeutrons e, consequentemente, deve ser o
nitrogˆenio,%: N, que tem massa molar
U QB T-; g/mol. (c)% ¯ N tem U pr ´otons,U el´etrons eCé U * nˆeutrons,
o% H tem pr ´oton, el´etron e nˆeutrons e o[ He tem pr ´otons, el´etrons e J > nˆeutrons. Portantoá tem U { + ÀQ pr ´otons,Q el´etrons esB ÀQ
nˆeutrons, devendo ser o carbono,%
C, com massa molar deQS>Q& g/mol.
23.2.4 As Constantes da F´ısica: Um Aparte E 23-41
(a) Combine as quantidades Ì ,
§
eê para formar uma
grandeza com dimens˜ao de comprimento. (Sugest˜ao: combine o “tempo de Planck” com a velocidade da luz, conforme Exemplo 23-7.) (b) Calcule este “comprimen-to de Planck” num´ericamente.
(a) Usando-se o Apˆendice A, fica f´acil ver que as trˆes contantes dadas tem as seguintes dimens˜oes:
Íë Î ¬ì Ì Kví îØ c«ºg¿Ø kgg Ø [ § ] g=: Ø kgy [ê ] g Ø Portanto, o produtoÍë Î Í § Î n˜ao cont´em kg: Íë Î Í § Î g ¯ Ø :
Atrav´es de divis˜ao do produto acima por uma potˆencia apropriada deÍ
ê
Î
podemos obter eliminar facilmente ou
g ouØ do produto, ou seja, Íë Î Í § Î Í ê Î ¯ g ¯ Ø : Ø ¯ g ¯ PØ y Íë Î Í § Î Í ê Î : g ¯ Ø : Ø!: g : Fg Portantoï Planck /¢ ë § i ê : .
(b) O valor num´erico pedido ´e, uma vez que ë
Ì i O K #, ï Planck W Ì § K ê : .Q9,- ?A: ¯ m P 23-42
(a) Combine as grandezas Ì ,
§
e ê para formar uma
grandeza com dimens˜ao de massa. N˜ao inclua nenhum fator adimensional. (Sugest˜ao: Considere as unidades
Ìy
§
eê como ´e mostrado no Exemplo 23-7.) (b)
Calcu-le esta “massa de Planck” numericamente.
A resposta pode ser encontrada fazendo-se uma an´alise dimensional das constantes dadas e de func¸˜oes simples obtidas a partir delas:
g Planck W ë ê § W Q9Q;,- ?A:[ e;,- Á K Q9Q U ,- ? %% 9 U ! ?AÁ kg
Pode-se verificar que esta resposta est´a correta fazendo-se agora o ‘inverso’ da an´alifazendo-se dimensional que foi usa-da para estabelece-la, usando-se o conveniente resumo dado no Apˆendice A: Íë Î Í ê Î Í § Î îeØ Üð Ü 5 ð ( kg .î Ø kg g P«g Ø kg g kg g Ø Ø kg g kg
Portanto, extraindo-se a raiz quadrada deste radicando vemos que, realmente, a combinac¸˜ao das constantes aci-ma tem dimens˜ao de aci-massa.
E se usassemosÌ em vez de
ë
?... Em outras palavras, qual das duas constantes devemos tomar?