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PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 3ª Turma GMAAB/wic/ct

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A C Ó R D Ã O 3ª Turma

GMAAB/wic/ct

RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DAS LEIS Nº 13.015/2014, Nº

13.105/2015 E 13.467/2017.

INDENIZAÇÃO PREVISTA NO ARTIGO 477 DA CLT. O entendimento jurisprudencial,

consubstanciado na Súmula 388 do TST, é o de que a massa falida não se sujeita às indenizações dos artigos 467 e 477 da CLT. Decorre da dicção desse verbete que as restrições nele impostas devem ser aplicadas apenas após a decretação de falência, não alcançando as empresas que tenham procedido à rescisão do contrato de trabalho em momento anterior, caso dos autos. Precedentes.

Estando a decisão regional em

consonância com a jurisprudência desta Corte Superior, incidem os óbices do artigo 896, § 7º, da CLT e da Súmula nº 333/TST ao seguimento do apelo. Recurso

de revista não conhecido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n° TST-RR-446-10.2017.5.09.0041, em que é Recorrente MASSA

FALIDA DE HOTEEL DEL REY LTDA. e são Recorridos MARLON INÁCIO DE OLIVEIRA

e GCS - ADMINISTRACAO DE HOTÉIS LTDA.

O TRT da 9ª Região negou provimento ao recurso ordinário da Massa Falida de Hotel Del Rey para manter a decisão pela qual fora deferido o pagamento da indenização prevista no artigo 477 da CLT. A Ré interpôs recurso de revista, admitido pelo Regional (decisão às págs. 252-254). Contrarrazões não foram deduzidas, sendo dispensada a intervenção do Ministério Público do Trabalho.

É o relatório.

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V O T O

1 - CONHECIMENTO

Satisfeitos os pressupostos de tempestividade, representação processual e preparo (certidão à pag. 252), passo ao exame dos intrínsecos do recurso de revista.

1.1 - INDENIZAÇÃO PREVISTA NO ARTIGO 477 DA CLT

Nas razões do recurso de revista, a Ré, Massa Falida de Hotel Del Rey, se insurge contra sua condenação ao pagamento da indenização do art. 477 da CLT. Afirma ser inaplicável a penalidade, dada a impossibilidade de o administrador judicial satisfazer qualquer crédito sem a respectiva autorização do juízo falimentar.

Aponta a violação dos artigos 5º e 83, da Lei nº 11.101/2005, além de contrariedade à Súmula nº 388 do TST.

A fim de atender ao artigo 896, §1º-A, I, da CLT, a parte destacou o seguinte excerto do acórdão do TRT quanto ao tema (págs. 244-248):

“Em que pese a massa falida não se sujeite à penalidade prevista no artigo 477 da CLT, nos termos da Súmula nº 388 do c. TST, ao tempo da demissão do Reclamante (03/03/2017 - sentença, fl. 167) a empresa (1ª Ré) não era falida.

A falência da 1ª Ré (Massa Falida de Hotel Del Rey Ltda.) somente foi decretada em 03/08/2017, como consta na sentença proferida pelo Juízo da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, de fls. 153-157.

Logo, no caso, correta a condenação ao pagamento da multa do art. 477 da CLT, tendo em vista que a rescisão contratual ocorreu em momento anterior à decretação da falência.

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Nesse mesmo sentido, cita-se a decisão proferida pelo Exmo. Des. Francisco Roberto Ermel, nos autos 0002264-73.2015.5.09.0006, publicada em 07/07/2017, cujo trecho transcreve-se:

"Com efeito, a Súmula 388 do C. TST afasta a condenação em multa do artigo 477 da CLT quando há decretação de falência do empregador:

"Súmula nº 388 do TST - MASSA FALIDA. ARTS. 467 E 477 DA CLT. INAPLICABILIDADE (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 201 e 314 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

A Massa Falida não se sujeita à penalidade do art. 467 e nem à multa do § 8º do art. 477, ambos da CLT. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 201 – DJ 11.08.2003 - e 314 - DJ 08.11.2000) "

A interpretação a ser dada à súmula acima transcrita é a de que se aplica apenas nos casos em que a rescisão contratual ocorre em data posterior à decretação da falência, tendo em vista que a empresa em tal condição não tem disponibilidade financeira para responder pelo pagamento das verbas rescisórias".

Esse é também o entendimento dominante no c. TST, conforme se depreende das ementas a seguir:

RECURSO DE REVISTA. PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014 E ANTERIOR À LEI 13.467/2017. 1. PRELIMINAR DE NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. 2. GRUPO ECONÔMICO. ART. 2º, §2º, DA CLT. RESPONSABILIDADE

SOLIDÁRIA. CONFIGURAÇÃO. 3. RESPONSABILIDADE

SOLIDÁRIA. SÓCIO RETIRANTE. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40 DO TST. CABIMENTO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO EM CASO DE ADMISSIBILIDADE PARCIAL DE RECURSO DE REVISTA PELO TRT DE ORIGEM. PRECLUSÃO. O Tribunal Pleno do TST, considerando o cancelamento da Súmula nº 285/TST e da Orientação Jurisprudencial nº 377/SBDI-1/TST, editou a Instrução Normativa nº 40/TST, que, em seu art. 1º, dispõe: "Admitido apenas parcialmente o recurso de revista, constitui ônus da parte impugnar, mediante agravo de instrumento, o capítulo denegatório da decisão, sob pena de preclusão". Na hipótese, o TRT de origem recebeu o recurso de revista interposto pela Recorrente apenas quanto ao tema "multas dos arts. 467 e 477, § 8º, da CLT", por vislumbrar possível contrariedade à Súmula 388/TST, tendo denegado o processamento

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do apelo no que concerne aos temas "preliminar de nulidade por negativa de prestação jurisdicional", "grupo econômico - responsabilidade solidária" e "sócio retirante – responsabilidade solidária". Assim, em razão da nova sistemática processual e da edição da Instrução Normativa nº 40/TST - já vigente quando da publicação da decisão do TRT que admitiu parcialmente o presente apelo -, cabia à Recorrente impugnar, mediante agravo de instrumento, o capítulo denegatório da decisão, sob pena de preclusão, ônus do qual não se desincumbiu. Portanto, o exame do cabimento do recurso de revista ater-se-á ao tema recebido pela Corte de origem. Recurso de revista não conhecido quanto aos temas. 4. M ULTAS DOS ARTS. 467 E 477, § 8º,

DA CLT. FALÊNCIA DECRETADA APÓS A RESCISÃO

CONTRATUAL. SÚMULA 388/TST. INAPLICABILIDADE. Não obstante o teor da Súmula 388 do TST - "Massa falida. Arts. 467 e 477 da CLT. Inaplicabilidade (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 201 e 314 da SDI-1) - Res. 129/2005 - DJ 20.04.05. A Massa Falida não se sujeita à penalidade do art. 467 e nem à multa do § 8º do art. 477, ambos da CLT. (ex-OJs no 201 – DJ 11.08.2003 e nº 314 - DJ 08.11.2000)" -, o entendimento prevalecente nesta Corte é de que ela deve ser interpretada no sentido de que a massa falida não pagará as referidas multas, desde que a rescisão contratual se dê após a falência, pois não teria sentido excluir o pagamento da multa se a dispensa do empregado ocorreu antes da quebra. No caso dos autos, é fato incontroverso que a Via Uno S.A. teve sua falência decretada em 24/03/2015, momento posterior à rescisão contratual, que ocorreu em 10/09/2014, sendo inaplicável, portanto, o disposto na Súmula 388/TST. Recurso de revista não conhecido no aspecto. (RR - 1240-62.2015.5.05.0251 , Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento: 07/03/2018, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 09/03/2018 - grifou-se)

I - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DA TAP MANUTENÇÃO E ENGENHARIA BRASIL S.A. - RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. EMPRESA QUE NÃO MAIS INTEGRA O GRUPO ECONÔMICO. INCIDENTE DE RECURSO DE REVISTA REPETITIVO. TEMA Nº 7. Constatada possível violação do art. 2º, § 2º, da CLT, merece provimento o agravo de instrumento para determinar o processamento do recurso de revista. II - RECURSO DE

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REVISTA DA TAP MANUTENÇÃO E ENGENHARIA BRASIL S.A. – RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. EMPRESA QUE NÃO MAIS INTEGRA O GRUPO ECONÔMICO. INCIDENTE DE RECURSO DE REVISTA REPETITIVO. TEMA Nº 7. O Tribunal Pleno do TST, no julgamento do Incidente de Recursos de Revista Repetitivos nos autos do processo n° TST-IRR-69700-28.2008.5.04.0008 (Tema nº 7), com acórdão publicado no dia 03/07/2017, firmou a seguinte tese jurídica: "Nos termos dos artigos 60, parágrafo único, e 141, II, da Lei nº 11.101/2005, a TAP Manutenção e Engenharia Brasil S.A. não poderá ser responsabilizada por obrigações de natureza trabalhista da Varig S.A., pelo fato de haver adquirido a Vem S.A., empresa que compunha grupo econômico com a segunda". Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento. III - RECURSO DE REVISTA DA VRG LINHAS AÉREAS S.A. –

COMPETÊNCIAMATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO.

RECUPERAÇÃO JUDICIAL DE EMPRESA. A competência da Justiça do Trabalho para processamento de ações de conhecimento em que figure como ré empresa em recuperação judicial é assegurada, nos termos do art. 114 da Constituição Federal, pelo art. 6º, § 2º, da Lei nº 11.101/2005, de acordo com o qual "As ações de natureza trabalhista, inclusive as impugnações a que se refere o art. 8º desta Lei, serão processadas perante a justiça especializada até a apuração do respectivo crédito, que será inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado em sentença". Recurso de revista de que não se conhece. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. ARREMATAÇÃO DE

EMPRESA EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL. SUCESSÃO

TRABALHISTA. INEXISTÊNCIA. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. Em face do julgamento proferido nos autos da ADI 3934/DF pelo STF, com eficácia erga omnes (Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 27/5/2009), no qual foi reconhecida a constitucionalidade do art. 60, parágrafo único, da Lei 11.101/2005, esta Corte firmou entendimento de que não há sucessão trabalhista em situações de alienação judicial prevista em plano de recuperação judicial de empresas, uma vez que, por força da expressa determinação legal, tal alienação é livre de qualquer ônus. Desse modo, a arrematante é parte ilegítima para figurar no polo passivo do processo, devendo ser excluída da lide. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento. IV - RECURSO DE REVISTA DA NORDESTE

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LINHAS AÉREAS REGIONAIS E DA VARIG (VIAÇÃO AÉREA RIO GRANDENSE S.A.) - IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO DA NORDESTE LINHAS AÉREAS REGIONAIS. AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO OUTORGANDO PODERES PARA O SUBSCRITOR DO RECURSO DE REVISTA. Quanto à primeira reclamada, verifica-se que não há procuração nos autos que habilite o subscritor do apelo em referência a representar a empresa em questão. Desta forma, não conheço do recurso de revista da Nordeste Linhas Aéreas Regionais, por irregularidade de representação. RESPONSABILIDADE DA VARIG (VIAÇÃO AÉREA RIO GRANDENSE S.A. - MASSA FALIDA). A segunda reclamada não interpôs recurso ordinário para questionar a imputação da sua responsabilidade pelas verbas trabalhistas, o que evidencia a conformação da parte em relação à sentença que lhe foi desfavorável e configuração da preclusão lógica. Recurso de revista de que não se conhece. MULTA DO ART. 477 DA CLT. RESCISÃO CONTRATUAL ANTERIOR À DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA. O entendimento desta Corte Superior é no sentido de que a Súmula 388 do TST não se aplica, por analogia, às empresas em recuperação judicial, mas apenas à massa falida e desde que a rescisão contratual tenha ocorrido após a decretação da falência. Recurso de revista de que não se conhece. (RR - 32800-41.2008.5.05.0033 , Relator Ministro: Márcio Eurico Vitral Amaro, Data de Julgamento: 25/10/2017, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 10/11/2017 - grifou-se).

Assim, não merece reparos a r. decisão de primeiro grau, no aspecto. Registra-se que, não tendo sido reconhecida a falência no momento do rompimento contratual, restam inaplicáveis, por consequência, as disposições da Lei nº 11.101/2005, no particular. Nesse sentido, o precedente: 45247-2015-084-09-00-4 (RO), julgado em 13/12/2017, de minha relatoria.”

Ao exame.

Cinge-se a controvérsia a saber se é devido o pagamento da indenização prevista no artigo 477 da CLT, nos casos de empresa que veio a falência após o encerramento do contrato de trabalho que está sendo discutido.

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Deve-se ressaltar, inicialmente, que a Corte Regional decidiu manter a condenação da ré ao pagamento da citada indenização, tendo em vista que não houve o cumprimento do prazo elencado no art. 477, §6º, da CLT, razão do deferimento do pagamento da multa do §8º, do mesmo artigo da Consolidação.

O entendimento jurisprudencial, consubstanciado na Súmula 388 desta Corte, é de que a massa falida, de fato, não se sujeita às indenizações dos artigos 467 e 477 da CLT:

MASSA FALIDA. ARTS. 467 E 477 DA CLT.

INAPLICABILIDADE.

A Massa Falida não se sujeita à penalidade do art. 467 e nem à multa do § 8º do art. 477, ambos da CLT.

Decorre da dicção desse verbete que as restrições nele impostas devem ser aplicadas apenas após a decretação de falência, não alcançando as empresas que tenham procedido à rescisão do contrato de trabalho em momento anterior, caso dos autos.

Nesse sentido, cito precedentes, inclusive desta 3ª Turma:

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. LEI 13.015/14. (...) INDENIZAÇÕES PREVISTAS NOS ARTS. 467 E 477 DA CLT. O entendimento jurisprudencial, consubstanciado na Súmula 388 do TST, é o de que a massa falida não se sujeita às indenizações dos artigos 467 e 477 da CLT. Decorre da dicção desse verbete que as restrições nele impostas devem ser aplicadas apenas após a decretação de falência, não alcançando as empresas que ainda se encontrem em recuperação judicial. Precedentes, inclusive desta 3ª Turma. Assim, a revisão do julgado em sede extraordinária é inviável, incidindo a hipótese prevista na Súmula 333 do TST. Ressalte-se que são inaplicáveis as disposições da Lei nº 13.467/2017 a situações jurídicas consolidadas anteriormente à sua vigência. (...) Agravo de

instrumento conhecido e desprovido.

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(TST-AIRR-10737-68.2016.5.18.0004, 3ª Turma, Relator Ministro Alexandre de Souza Agra Belmonte, DEJT 25/10/2019)

I - AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. LEI Nº 13.015/2014. VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014 E DA IN Nº 40 DO TST. ANTERIOR À LEI Nº 13.467/2017. RECLAMADA PAQUETÁ CALÇADOS LTDA. FALÊNCIA. MULTAS PREVISTAS NOS ARTS. 467 E 477, § 8º, DA CLT 1 - Atendidos os requisitos do art. 896, § 1º-A, da CLT. 2 - Segundo a diretriz inserta na Súmula nº 388 do TST, "a Massa Falida não se sujeita à penalidade do art. 467 e nem à multa do § 8º do art. 477, ambos da CLT". 3 - Todavia, o entendimento deste Tribunal Superior é de que as multas a que aludem os arts. 467 e 477, § 8º, da CLT não são devidas pela massa falida apenas quando a rescisão contratual ocorrer após a decretação da falência. 4 - No caso, realizou-se a rescisão contratual antes da decretação da falência ocorrida em março de 2015. Portanto, o reclamante tem direito ao pagamento das multas em epígrafe. Julgados. 5 - Agravo de instrumento a que se nega provimento. (TST-ARR - 3167-97.2014.5.05.0251, Relatora Ministra: Kátia Magalhães Arruda, 6ª

Turma, DEJT 28/9/2018)

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. RECURSO DE REVISTA REGIDO PELO CPC/2015 E PELA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40/2016 DO TST E INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. MASSA FALIDA. CONTRATO DE TRABALHO EXTINTO ANTES DA DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA. MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT DEVIDA. IMPOSSIBILIDADE DE EXTENSÃO AOS CODEVEDORES. Dispõe a Súmula nº 388 do TST que "a massa falida não se sujeita à penalidade do art. 467 e nem à multa do § 8º do art. 477, ambos da CLT". Contudo, o citado entendimento somente se aplica às hipóteses em que a decretação de falência ocorre antes da rescisão contratual, pois, nessa situação, a empresa não pode movimentar livremente suas finanças, havendo nítida restrição à sua disponibilidade patrimonial. Na hipótese, é incontroverso que a rescisão contratual da reclamante ocorreu em 10/9/2014, bem com que houve a homologação do Plano de Recuperação Judicial, que ocorreu em 24/11/2014, conforme é consabido nesta Corte

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superior, em razão dos inúmeros casos semelhantes aqui julgados. Ademais, o entendimento firmado na Súmula nº 388 do TST é aplicado somente à massa falida, e não a outros codevedores, ainda que solidários e componentes do mesmo grupo econômico, situação da ora agravante (precedentes envolvendo a mesma reclamada e idêntica matéria). Agravo de instrumento desprovido. (TST-AIRR - 1236-25.2015.5.05.0251, Relator Ministro: José Roberto Freire Pimenta, 2ª Turma, DEJT 21/9/2018)

RECURSO DE REVISTA. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. MULTAS DOS ARTS. 467 E 477, § 8º, DA CLT. As multas estatuídas pelos arts. 467 e 477, § 8º, da CLT são devidas, na medida em que a falência da reclamada foi decretada em 1º/8/2017, portanto posteriormente à dispensa do reclamante, que se deu em 3/4/2017, não tendo incidência a diretriz da Súmula n° 388 desta Corte Superior. Recurso de revista não conhecido. (TST-RR - 10831-18.2017.5.03.0030, Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, 8ª Turma, DEJT 24/8/2018)

RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DAS LEIS NOS 13.015/2014, 13.105/2015 E 13.467/2017. RITO SUMARÍSSIMO. MULTAS DOS ARTS. 467 E 477, § 8º, DA CLT. FALÊNCIA DECRETADA APÓS A RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. SÚMULA 388/TST. INAPLICABILIDADE. FALÊNCIA DECRETADA APÓS A RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. SÚMULA 388/TST. INAPLICABILIDADE. Inaplicável a Súmula 388/TST quando a rescisão contratual ocorreu em período anterior à decretação da falência. Precedentes. Recurso de revista não conhecido. (TST-RR - 11456-91.2016.5.03.0093, Relator Ministro: Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, 3ª Turma, DEJT 25/5/2018)

Estando a decisão regional em consonância com a jurisprudência desta Corte Superior, incidem os óbices do artigo 896, § 7º, da CLT e da Súmula nº 333/TST ao seguimento do apelo.

Diante do exposto, não conheço do recurso de revista.

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ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Terceira Turma do Tribunal

Superior do Trabalho, por unanimidade, não conhecer do recurso de revista.

Brasília, 9 de setembro de 2020.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)

ALEXANDRE AGRA BELMONTE

Ministro Relator

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