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PRÁTICA PEDAGÓGICA I ESTÁGIO EM ENSINO DA LINGUAGEM ORAL E DA LINGUAGEM ESCRITA TEXTO 1 EXERCITANDO TEXTO 2

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Academic year: 2021

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Texto

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TÓPICO 02: OUTRAS PROPOSTAS: POR QUE NÃO?!

A seguir, proporemos uma série de práticas pedagógicas que você, caro acadêmico, poderá se inspirar para elaborar seus planos de aula quando for atuar como professor.

P

RÁTICA PEDAGÓGICA

I

Leia o texto a seguir, usando o conhecimento que você tem sobre as personagens para imaginar a situação que é aí narrada:

T

EXTO

1

Certo dia, Mônica estava, como de costume, correndo atrás do Cebolinha, tentando bater nele com seu famoso coelho Sansão. No meio da perseguição, Cebolinha parou, de repente, e, virando-se para sua perseguidora, sugeriu que resolvessem as diferenças de um jeito inteligente.

Mônica, que no início parecia estar achando estranha a atitude de Cebolinha, resolveu aceitar a sugestão. Respondeu que estava tudo bem e perguntou como seria esse jeito.

Cebolinha sugeriu que usassem um tabuleiro de xadrez.

Mônica aceitou prontamente a sugestão. Só que, ao invés de resolver as divergências disputando um jogo de xadrez, como imaginara Cebolinha, passou a persegui-lo usando o tabuleiro como arma, no lugar do tradicional coelho Sansão.

E

XERCITANDO

Então? Conseguiu criar na mente as imagens dessa história? Que tipos de informação você usou para isso? Somente as do texto ou também as que estavam na sua mente? Justifique sua resposta.

Leia agora a tirinha correspondente à narrativa:

T

EXTO

2

E

XERCITANDO

O que você constatou? A situação visualizada nos quadrinhos está de acordo com a que você imaginou?

E

STÁGIO EM

E

NSINO DA

L

INGUAGEM

O

RAL E DA

L

INGUAGEM

E

SCRITA

(2)

Você deve ter percebido que, na história em quadrinhos, o texto escrito é menos extenso, não é? Por que será que isso acontece?

Para que essas diferenças fiquem mais claras, vamos agora fazer uma brincadeira: vamos copiar o que está escrito nos balões fora dos quadrinhos. Veja:

- Pelaí, Mônica! Vamos lesolver as nossas difelenças dum jeito inteligente!

- Tudo bem! Como?

- Que tal com um tabuleilo de xadlez?

Se a história fosse contada somente através desse texto, sem a presença dos quadrinhos, daria para entender? Por quê?

E se você e um(a) amigo(a) dramatizassem a situação para os colegas, usando esse diálogo, eles conseguiriam entender? Por quê?

T

EXTO

3

Certo dia Mônica chegou em casa com um presente para sua mãe. Ao abrir o presente, a mãe de Mônica, percebendo que se tratava de um vestido, ficou muito feliz. Elogiou o vestido, dizendo que ele era uma coisa linda, que era da cor que ela gostava.

Mas, ao tentar provar o vestido, constatou que este ficava curto para ela. Disse que era uma pena e perguntou a Mônica o que faria. Mônica, toda animada, respondeu sem titubear que a mãe devia lhe emprestar o vestido.

E

XERCITANDO

A partir da história que acabou de ler, crie o diálogo que você imagina ter havido entre a Mônica e a mãe dela. Ensaie com seu grupo e apresente para a turma.

A sequência de questões acima não esgota as possibilidades de exploração das relações entre fala e escrita. A atividade enfatizou o problema da suficiência de dados na passagem de um gênero a outro. Nesse aspecto, faz-se necessário discutir com os alunos em qual dos gêneros as informações necessitam ser mais explicitadas por meios linguísticos e em qual deles essas informações podem ser menos explicitadas.

Logicamente, esses questionamentos devem sempre ser respondidos com base nas características dos textos e das situações discursivas. Além disso, devem sempre levar a uma reflexão sobre os "porquês" do fenômeno. Suponhamos que os alunos constatem que as histórias em quadrinhos necessitam de um menor volume de informações veiculadas por meios linguísticos, você, diante disso, terá o gancho para discutir sobre a adequação

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da língua aos propósitos comunicativos. O ideal será que os alunos descubram por que isso acontece.

Segue, portanto, a história em quadrinhos que gerou o texto 3.

T

EXTO

4

P

RÁTICA PEDAGÓGICA

II

Leia a crônica abaixo e depois faça o que se pede:

T

RAGÉDIA BRASILEIRA

Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.

Conheceu Maria Elvira na Lapa – prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.

Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... dava tudo quanto ela queria.

Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.

Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso: mudou de casa.

Viveram três anos assim.

Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.

Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bonsucesso, Vila Isabel, Rua Marquês do Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos...

Por fim, na Rua da Constituição onde Misael privado de sentidos e de inteligência, matou-a com seis tiros e a polícia foi encontrá-la caída, em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.

(Manuel Bandeira. In Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1973, p.146-147)

E

XERCITANDO

1. Imagine que você foi intimado a prestar um depoimento acerca do ocorrido e reconte o fato narrado por Manuel Bandeira como se você fosse um dos personagens abaixo, preste seu depoimento com marcas que

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evidenciem seu ponto de vista em relação ao ocorrido, seu grau de instrução e atividade profissional desenvolvida.

a) A mãe da Maria Elvira, uma mulher sem instrução formal que era sustentada por Maria Elvira, sua única filha.

b) A mãe de Maria Elvira, uma mulher viúva, com nível médio concluído, que não concordava com a vida que a filha levava.

c) Um colega de trabalho de Misael, pós-graduado em direito.

d) A mãe de Misael, mulher com pouca instrução que nunca aprovou a ligação dele com Maria Elvira.

e) Uma vizinha fofoqueira, com baixa escolaridade.

f) A empregada do casal, uma jovem que cursava pré-vestibular no período noturno.

g) Uma ex-colega de trabalho de Maria Elvira, sem instrução formal. h) Um dos possíveis namorados da vítima, rapaz sem muita instrução, pertencente a um grupo no qual predomina o uso de gírias.

2. Faça uma análise das diferentes estruturas linguísticas presentes em seu depoimento, condicionadas pelas características da personagem escolhida com relação a:

a)Construção dos períodos, b)Ordenação das informações, c)Vocabulário,

d)Repetições, e)Entonação, f)Gesticulação

P

RÁTICA PEDAGÓGICA

III

O

PEQUENO PRÍNCIPE

C

APÍTULO

XXI (

FRAGMENTO

)

E foi então que apareceu a raposa: - Bom dia, disse a raposa.

- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.

- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...

- Quem és tu? Perguntou o principezinho. Tu és bem bonita... - Sou uma raposa, disse a raposa.

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- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste... - Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.

- Ah! Desculpa, disse o principezinho. Após uma reflexão, acrescentou: - Que quer dizer "cativar"?

- Tu não és daqui?, disse a raposa. Que procuras?

- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"? - Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?

- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?

- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..." - Criar laços?

- Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. Eu serei para ti única no mundo...

- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...

- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra... - Oh! Não foi na Terra, disse o principezinho.

A raposa pareceu intrigada: - Num outro planeta? - Sim.

- Há caçadores nesse planeta? - Não.

- Que bom! E galinhas? - Também não.

- Nada é perfeito, suspirou a raposa.

(Antoine de Saint Exupéry, O pequeno príncipe. Petrópolis: Editora Serrana, 8A. Edição, 1990 p. 68-69)

(6)

E

XERCITANDO

Sugestão de atividade em sala

• Leia para seus alunos o trecho do capítulo XXI do livro O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, retirado de uma edição de 1990, da Editora Serrana, localizada em Petrópolis/ RJ.

• Escreva-o no quadro e peça a eles para copiarem com atenção especial para a disposição das informações, a mudança de linha, os parágrafos, a pontuação, o uso de maiúsculas...

• Após a cópia peça a eles que assinalem todas as partes que eles acham que deveriam ser cortadas na apresentação de um diálogo oral entre a raposa e o principezinho.

• Selecione dois deles para dramatizarem em sala, depois de ensaiar em casa, o papel da raposa e o do príncipe. Os demais alunos deverão conferir se as partes que achavam que seriam cortadas realmente foram eliminadas e apresentar uma justificativa para a alteração.

• Após a apresentação das justificativas, discuta com eles a dependência do contexto e sobre a função das partes que se tornaram desnecessárias, tais como: as intervenções do narrador, a indicação de quem está falando, os pensamentos e gestos das personagens...

A

TIVIDADE DE

P

ORTFÓLIO

Selecione um livro didático de Língua Portuguesa, para o ensino médio, com o qual você esteja familiarizado e analise as atividades de produção oral e de produção escrita nele propostas. Sua análise deve contemplar:

1. Descrição do livro (título, autor, cidade e ano de produção, editora, série ou ano a que se destina e outras informações que julgue relevantes).

2. Descrição da atividade proposta: o que é apresentado e o que é solicitado ao aluno.

3. Análise da atividade de oralidade e de escrita levando em conta: gênero textual, condições de produção: constituição de autoria, instauração de audiência e propósito discursivo.

4. Após a análise geral do livro, selecione uma atividade de oralidade (se houver) e uma de escrita e apresente suas sugestões sobre como o professor poderá auxiliar no desenvolvimento das atividades selecionadas.

Redija sua análise, de forma sucinta, com no máximo duas laudas em Word, fonte 12 Times New Roman, espaço 1,5, justificado e poste no portfólio desta disciplina de estágio.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: primeiro e segundo ciclos:Língua Portuguesa- Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

_______. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos:Língua Portuguesa - Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

CÂMARA Jr. Joaquim Mattoso. Manual de expressão oral e escrita. Petrópolis: Vozes, 2000.

CASTILHO ,Ataliba Teixeira de, A língua falada no ensino de português. Editora Contexto. São Paulo 1998.

FÁVERO, Leonor Lopes, ANDRADE., Maria Lúcia C.V.O. & AQUINO, Zilda G.O. Oralidade e escrita: perspectivas para o ensino de língua materna. São Paulo:Cortez, 2000.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Análise da conversação. São Paulo: Ática, 2001

________________________. Da fala para a escrita: atividades de retextualização.São Paulo: Cortez, 2000.

MILANEZ Vânia. Pedagogia do oral: condições e perspectivas para sua aplicação no português. Campinas:Sama, 1993.

MONTEIRO, Rosemeire Selma. Contribuições psicolingüísticas para o ensino da Língua Portuguesa In: Revista de Letras vol. 19. Fortaleza: UFC, 2000

PRETI, Dino (org). Fala e escrita em questão - projetos paralelos NURC. São Paulo: Humanitas - FFLCH/USP, 2000

___________. Sociolingüística: os níveis da fala. São Paulo: Edusp, 2000.

RAMOS, Jânia M. O Espaço da Oralidade na Sala de Aula. São Paulo:Martins Fontes,1997.

SAINT-EXUPERY, Antoine. O pequeno príncipe.

Petrópolis/RJ:Serrana, 8a. edição, 1990.

SIGNORINI, Inês (org).Investigando a Relação Oral/Escrito Campinas: Mercado de Letras,2001.

Referências Básicas:

KATO, Mary Aizawa. No mundo da escrita. São Paulo: Ática, 1986. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2001.

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Referências Complementares:

BIBER, Douglas. Variation across speech and writing. Cambridge: Cambridge University Press, 1988.

RUBIN, Ann. Theorical taxonomy of the differences between oral and written language. Illinois: University of Illinois, 1978.

F

ONTES DAS

I

MAGENS

Responsável: Prof.ª Rosemeire Selma Monteiro Plantin Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual

Referências

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Doutor e Mestre em Direito Civil pela Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.. Ex-professor visitante do Mestrado em Direito da Faculdade de Direito