• Nenhum resultado encontrado

O DESENVOLVIMENTO DOS GRUPOS DE PROMOÇÃO À SAÚDE E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "O DESENVOLVIMENTO DOS GRUPOS DE PROMOÇÃO À SAÚDE E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE"

Copied!
21
0
0

Texto

(1)

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE ESCOLA MULTICAMPI DE CIÊNCIAS MÉDICAS RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO BÁSICA

Vanessa Freires Maia

O DESENVOLVIMENTO DOS GRUPOS DE PROMOÇÃO À SAÚDE E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

CAICÓ - RN 2021

(2)

Vanessa Freires Maia

O DESENVOLVIMENTO DOS GRUPOS DE PROMOÇÃO À SAÚDE E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Trabalho de Conclusão de Residência apresentado à Escola Multicampi de Ciências Médicas como requisito parcial para obtenção de Título de Especialista em Atenção Básica.

Orientadora: Ms. Marinna Maria de Andrade Costa.

CAICÓ - RN 2021

(3)

Vanessa Freires Maia

O DESENVOLVIMENTO DOS GRUPOS DE PROMOÇÃO À SAÚDE E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Trabalho de Conclusão de Residência apresentado à Escola Multicampi de Ciências Médicas como requisito parcial para obtenção de Título de Especialista em Atenção Básica.

Orientadora: Ms. Marinna Maria de Andrade Costa.

Aprovado em: ___/____/____ Conceito: _______

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________ Enfª Ms. Marinna Maria de Andrade Costa - Orientador

___________________________________________________ Profª Ms. Bruna Teixeira Ávila - Examinador

____________________________________________________ Enfª Ms. Lorena Santos Dantas Saraiva - Examinador

(4)

RESUMO

Diante da necessidade de se possibilitar acesso à saúde e atenção integral de todos em um panorama mundial, o conceito ampliado de saúde vem sendo objeto de importantes debates e progressos. A criação do Sistema Único de Saúde e a implantação de políticas e programas de fortalecimento das ações de prevenção e promoção à saúde buscam contemplar as necessidades de saúde brasileiras, numa perspectiva de Redes de Atenção em Saúde. Nesse contexto, a Atenção Básica ou Atenção Primária à Saúde atua com estratégias de prevenção, promoção e reabilitação em saúde, é composta de múltiplos atores e tem o intuito de fortalecer o conceito ampliado em saúde. Assim, nas ações de promoção à saúde desenvolvidas na Atenção Primária à Saúde ressalta-se o deressalta-senvolvimento de grupos de promoção à saúde. Esressalta-se estudo objetiva identificar como ressalta-se dá

a operacionalização dos grupos de promoção à saúde e as principais contribuições e desafios para

a Atenção Primária à Saúde. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada nas bases de dados LILACS, SCIELO e Pubmed, em julho de 2020. Os artigos foram selecionados mediante critérios de inclusão e exclusão, o que contabilizou como amostra final o total de 08 estudos. Constatou-se que a maioria dos estudos foi desenvolvido de forma multidisciplinar, entre o período de 2015-2018, prevalentes na região nordeste do Brasil, com público alvo sendo gestantes, idosos e mulheres entre 40 e 55 anos; porém poucas pesquisas trouxeram como era a logística e a organização das equipes de saúde para o desenvolvimento dos grupos. Como contribuições destacam-se a potencial de melhoria na qualidade de vida das pessoas, a criação de espaços interativos e de trocas de experiência; os desafios encontrados são relacionados a necessidade de capacitação profissional e apoio da gestão em saúde para oportunizar melhor operacionalização. Conclui-se que os grupos são importantes estratégias para consolidação da promoção à saúde no Brasil, como forma de resposta as necessidades de saúde ainda vigentes na atualidade.

PALAVRAS-CHAVE: Promoção da saúde. Atenção Primária à Saúde. Prática de grupo

ABSTRACT

In view of the need to provide access to health care and comprehensive care for all in a worldwide panorama, the expanded concept of health has been the subject of important debates and progress. The creation of the Unified Health System and the implementation of policies and programs to strengthen health prevention and promotion actions seek to address Brazilian health needs, in a perspective of Health Care Networks. In this context, Basic Care or Primary health Care works with strategies for prevention, promotion and rehabilitation in health, is composed of multiple actors and aims to strengthen the expanded concept in health. Thus, in the health promotion actions

(5)

developed in Primary Health Care, the development of health promotion groups is emphasized. This study aims to identify how the health promotion groups operate and the main contributions and challenges for Primary Health Care. This is an integrative literature review carried out in the LILACS, SCIELO and Pubmed databases, in July 2020. The articles were selected according to inclusion and exclusion criteria, which accounted as a final sample the total of 08 studies. It was found that most studies were carried out in a multidisciplinary way, between the period 2015-2018, prevalent in the northeast region of Brazil, with a target audience being pregnant women, the elderly and women between 40 and 55 years old; however, little research has brought about the logistics and organization of health teams for the development of groups. As contributions, highlight the potential for improving people's quality of life, the creation of interactive spaces and the exchange of experiences; the challenges encountered are related to the need for professional training and support from health management to enable better operationalization. It is concluded that the groups are important strategies for consolidating health promotion in Brazil, as a way of responding to the health needs still in force today.

(6)

INTRODUÇÃO

Com o intuito de medir esforços coletivos de governos, trabalhadores da saúde e população no geral, a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários realizada no ano de 1978 ratifica a necessidade de promover saúde para todas as pessoas mediante a formulação da Declaração de Alma-Ata. É visto que a saúde é um complexo de bem-estar que leva em consideração aspectos físicos, sociais e mentais e que as desigualdades sociais presentes entre países desenvolvidos e em desenvolvimento constitui motivo de discussão de todas as nações1.

Destaca-se ainda no documento a importância dos cuidados primários de saúde estes, por sua vez, são baseados nas necessidades de saúde da população e garantem serviços de proteção, cura e de reabilitação e são o primeiro ponto de contato da comunidade com os sistemas de saúde. Assim, enfatiza-se que a promoção e proteção da saúde dos povos são cruciais para o desenvolvimento econômico e social, para melhores condições de vida e manutenção da paz mundial1.

Dessa maneira, na busca de tornar a saúde acessível a todos, a década de 70 também foi marcada pelo início e progressão de um movimento conhecido como Movimento de Reforma Sanitária (MRS), que dentre as suas diversas causas, lutava justamente pela democratização da saúde2. O movimento impulsionou as discussões da VIII Conferência Nacional de Saúde, no ano de 1986, em volta da necessidade do estabelecimento da saúde como direito de todos, o que posteriormente foi acordado na Constituição Federal de 1988 e serviu de base para a criação do Sistema Único de Saúde (SUS)3.

Entende-se que o SUS ainda encontra várias dificuldades para a manutenção de suas bases ideológicas, dentre as quais, destaca-se a necessidade do fortalecimento da atual proposta de modelo de atenção à saúde, que tem como foco a promoção da saúde e a integração dos serviços, como resposta às transformações demográficas e epidemiológicas brasileiras. Compreende-se, assim, que o modelo de atenção voltado apenas para o adoecimento não é o suficiente para atender às atuais necessidades de saúde3.

Desta maneira, entre os níveis de Atenção à Saúde no Brasil, a Atenção Primária à Saúde (APS) ou Atenção Básica (AB) é o centro regulador da atenção em saúde e é formada por um conjunto de ações de individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção e reabilitação em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido. No entanto, na organização da AB, há a existência de muitos desafios como, por exemplo, a dissociação das práticas de assistência e promoção à saúde4.

(7)

Ressalta-se que após o MRS já se observa importantes avanços quanto à descaracterização do modelo que atuava apenas perante ao adoecimento, e não o indivíduo em sua complexidade, como preconiza o conceito de saúde ampliado. No entanto, ainda são evidenciados nas realidades dos serviços de saúde dificuldades na implementação do conceito ampliado e que existem algumas estratégias como os grupos desenvolvidos com usuários5.

Para Seminotti6, os grupos consistem em um sistema no qual há processos de construção e desconstrução nas formas de se relacionar, pensar e viver, de forma que existe o estabelecimento de relações de horizontalidade que permitem aprender e ensinar ao mesmo passo que se solidificam conceitos e práticas de saúde.

Diante dessa perspectiva, os grupos de promoção à saúde estimulam o desenvolvimento da independência, corresponsabilidade e fortalecem as singularidades dos sujeitos. No entanto, para isso, os grupos requerem uma organização de forma que haja planejamento, objetivos e metodologia de acordo com o perfil do público em questão, dentre outros aspectos7.

Assim, conforme preconizado pelas políticas de saúde, os grupos realizados nas Unidades de Saúde consistem em importantes ferramentas de estímulo à autonomia e protagonismo dos indivíduos, criando assim, espaços de contribuições coletivas e que todos os que participam têm a aprender e contribuir. Apresentam, então, a potencialidade de facilitar o acesso dos usuários, fortalecer o vínculo e a prevenção e promoção em saúde8.

Diante do exposto e do conhecimento de que os grupos de promoção à saúde são ferramentas estratégicas no SUS, surge os seguintes questionamentos: Na realidade dos serviços, como são realizados os grupos de Promoção à Saúde? Quais os impactos e desafios dessas práticas para o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde?

(8)

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de uma Revisão Integrativa de Literatura (RIL), que consiste em um método de pesquisa no qual se realiza um apanhado das principais informações de determinados estudos disponíveis sobre uma temática. Essa síntese das pesquisas disponíveis em bases de dados

possibilita o embasamento científico necessário à realização de práticas na área da saúde9. Com

vista aos importantes impactos que esse tipo de pesquisa acarreta, torna-se essencial a realização de método rigoroso de revisão, com análise minuciosa e disponibilização dos resultados de forma assertiva10.

Assim, esse método de estudo é dividido em seis etapas, sequenciais: elaboração da pergunta norteadora; busca ou amostragem na literatura; coleta de dados; análise crítica dos

estudos incluídos; discussão dos resultados; apresentação da revisão integrativa9.

Desta maneira, a coleta de dados desse estudo ocorreu no mês de julho de 2020, nas bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e PubMed, utilizando os descritores em português: Promoção da Saúde, Atenção Primária à Saúde e Prática de grupo na base de dados LILACS e os mesmos descritores em língua inglesa: Health Promotion, Primay Health Care, Group Practice nas bases SCIELO e PUBMED, utilizou-se entre os termos o conector booleano AND.

Os critérios de inclusão utilizados são: artigos na íntegra; disponíveis gratuitamente; nos idiomas português, inglês ou espanhol; que respondessem ao objetivo proposto e que tivessem

sido publicados no período entre 2015 a 2019, período esse que é referente aos últimos 5 anos do

início da pesquisa. Como critérios de exclusão: artigos repetidos nas bases de dados; editoriais; estudos de revisão integrativa, de literatura ou sistemática; estudos de casos e teses.

A pesquisa e seleção dos estudos foi realizada da seguinte maneira: primeiramente foi feito o cruzamento dos descritores nas bases de dados; o segundo passo foi filtrar a busca segundo os idiomas selecionados e o período de publicação e posteriormente foi realizada a leitura do título e resumo dos estudos encontrados. Assim, encontrou-se os seguintes resultados:

Tabela 1 - Quantitativo de artigos encontrados nas bases de dados

Bases de dados

Quantitativo de artigos após cruzar descritores

Quantitativo de artigos após aplicação dos critérios de

inclusão/exclusão

Quantitativo de artigos após leitura do

título e resumo

Lilacs 97 43 08

Scielo 36 10 00

Pubmed 21 02 00

Total 154 55 08

(9)

Os oito artigos selecionados foram submetidos a verificação dos seguintes aspectos metodológicos: título, autor (es), ano de publicação, periódico de publicação, objetivo, população do estudo, desenho da pesquisa, e principais resultados.

Posteriormente, os trabalhos foram comparados e agrupados por similaridade de conteúdo, sob a forma de categorias, assim especificadas: o papel da educação em saúde nos grupos de promoção à saúde; estratégias educativas usadas nos grupos de promoção à saúde; contribuições e desafios dos grupos de promoção à saúde para a Atenção Primária à Saúde.

(10)

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após análise dos artigos, identificou-se que dos 08 artigos selecionados, 02 (25%) foram publicados no ano de 2018, 02 (25%) em 2017, 02 (25%) em 2016, 02 (25%) em 2015, verificou-se ainda que 05 (62,5%) dos estudos eram multidisciplinares, com autores atuantes nas verificou-seguintes áreas: enfermagem e odontologia 01 (12,5), enfermagem e fonoaudiologia 01 (12,5), nutrição e medicina 01 (12,5), terapia ocupacional, medicina e ciência sociais 01 (12,5); além disso 03 artigos (37, 5) foram publicados na área de enfermagem.

Metade dos estudos 04 (50%) foram desenvolvidos na região do Nordeste do Brasil, 02 (25%) na região Sul, 02 (25%) na região Sudeste (25%). Foi identificado ainda que 04 estudos (50%) tiveram como população gestantes, em diferentes perspectivas, 02 estudos (25%) a população foi composta por idosos de ambos os sexos, e 02 estudos (25%) a população foi

composta, em sua maioria, por mulheres entre 40 e 55 anos.

Observa-se que a literatura, no geral, apresenta estudos nos quais os grupos são desenvolvidos com determinados tipos de públicos, como mulheres e idosos, o que mostra a necessidade de se ampliar e se pensar em estratégias de abrangência aos demais públicos; ou ressalta que há poucos estudos ainda que descrevem essas vivências ou ainda mostram que os grupos podem ser, de certa forma, uma extensão das práticas assistenciais realizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), em relação ao público-alvo.

É interessante observar estudos que trazem que esse público é justamente o que mais procura assistência em saúde nas UBS. Por exemplo, estudo desenvolvido por Levorato11, obteve

como resultado que as mulheres procuram mais os serviços de saúde quando comparadas aos homens, da mesma forma que a população idosa quando comparada à população adulta. Essa realidade, em relação ao perfil de procura nos serviços de saúde e nos grupos, ressalta a necessidade de se pensar e fortalecer estratégias de vínculo e acesso, que consiga contemplar de forma qualificada os diferentes sexos/faixas etárias. Além disso, é importante que mais estudos tragam experiências exitosas na realização de grupos com os distintos públicos.

Quadro 1. Caracterização dos estudos analisados Artig o Autores/A no/ Periódico Título Objetivo do Estudo Resultados Metodologia empregada A1 SILVA, et al (2017), Revista Brasileira em Grupo operativo com primigestas: uma estratégia de promoção à saúde. Promover ações de educação em saúde por meio de grupo operativo com primigestas

acompanhadas pela

Espaço de exposição de medos e incertezas sobre vários aspectos relacionados à gestação. Os autores enfatizaram a importância da ambiência, do uso de Pesquisa- ação com abordagem qualitativa/

(11)

Promoção à Saúde

Estratégia Saúde da Família

metodologias ativas e do respeito ao saber popular nesses encontros. A2 MATOS, et al (2017), Revista Cuidado é Fundament al Grupos de gestantes: espaço para humanização do parto e nascimento. Conhecer o aporte dos grupos de gestantes na construção de conhecimento acerca do processo de parturição.

Da análise das transcrições emergiram as temáticas: Trabalho de parto e parto sob a ótica de mulheres que participaram dos grupos de gestantes; e Humanização do parto e Nascimento: Conhecimento x Vivência. Estudo descritivo-exploratório com abordagem qualitativa A3 GALVAN ESE, et al (2017), Cadernos de Saúde Pública Contribuições e desafios das práticas

corporais e meditativas à promoção da saúde na rede pública de atenção primária do Município de São Paulo, Brasil. Analisar as contribuições e desafios das práticas

corporais e meditativas à promoção da saúde em um contexto da atenção primária em saúde no Sistema Único de Saúde (SUS)

A adoção das práticas corporais e meditativas possibilitou o estímulo a compreensão da interligação corpo-mente existe e assim, melhoria na consciência corporal e qualidade de dos usuários. Porém, ainda há desfragmentação do cuidado,

quando o cuidado

biologicista é realizadas isoladamente das práticas

integrativas e complementares. Pesquisa qualitativa, observação participante A4 QUEIROZ , et al (2017), Revista Gaúcha de Enfermage m Grupo de gestantes adolescentes: contribuições para o cuidado no pré-natal. Descrever as mudanças no cuidado de enfermagem no pré-natal após a implementação do grupo de gestantes adolescentes norteado pelas expectativas e experiências de adolescentes grávidas. O grupo de gestantes adolescentes possibilitou espaço de convivência e vínculo entre as próprias gestantes e com os profissionais de saúde. Constitui-se como espaço de fala, independência e estímulo ao autocuidado. Estudo descritivo, com abordagem qualitativa A5 FREITAS, et al (2015), Revista Brasileira de Promoção à Saúde Motivação de usuários de uma estratégia de saúde da família em grupos de saúde Identificar os motivos de adesão e permanência dos participantes de grupos de Promoção da Saúde Os participantes buscam os grupos como forma de melhorar a saúde física, mental e social. O apoio dos demais participantes e profissionais estimula a permanência nos grupos.

Estudo descritivo-exploratório, com abordagem quantitativa A6 HENRIQU ES, et al (2015), Revista Brasileira de Promoção à Saúde Grupo de gestantes: contribuições e potencialidades na complementaridade da assistência pré-natal Verificar as contribuições e potencialidades de um grupo de gestantes enquanto subsídio complementar à assistência pré-natal Os encontros foram considerados como importantes na obtenção de conhecimentos e trocas de experiência, favorecendo a maior segurança diante da maternidade. Estudo exploratório, com abordagem qualitativa BOBBO, et al (2018), Saúde, dor e atividades de vida diária entre idosos

Avaliar a presença de dor crônica em idosos atendidos em

As pessoas que faziam parte do grupo possuíam uma percepção mais ativa sobre

Estudo transversal,

(12)

A7 Ciência e Saúde Coletiva praticantes de Lian Gong e sedentários uma unidade de atenção primária do interior do estado de São Paulo, comparando os praticantes da ginástica chinesa (Lian Gong) e os idosos sedentários

sua saúde, faziam uso de menos medicamentos, têm menos dificuldades nas atividades da vida diária, apesar de também sentirem dores osteomusculares, como o grupo sedentário. com abordagem comparativa A8 CRUZ, et al (2018), Revista de Atenção Primária à Saúde Educação popular como orientadora de grupos de promoção à saúde de pessoas com diabetes e hipertensão na Atenção Básica: caminhos e aprendizados com base em uma experiência. Sistematizar a experiência de um grupo comunitário com foco na promoção da saúde de pessoas que vivem com HAS e DM, desenvolvido no contexto da AB pela abordagem da educação popular (EP). Identificou-se modificações no grupo de hiperdia, que até então era realizado com enfoque apenas em consultas e verificação de sinais vitais, e passou a ser desenvolvido como espaço de convivência, e trocas de conhecimentos baseadas na educação popular em saúde. Pesquisa qualitativa, caracterizando -se como “sistematizaçã o de experiência”

Fonte: elaboração própria.

Além destas informações, constatou-se dos estudos analisados apenas 02 (25%) relataram os profissionais do serviço que atuavam nos encontros dos grupos: 01 (12,5%) a enfermeira da ESF guiava os momentos em grupo, 01 (12,5%) a equipe composta pelo médico, odontólogo, enfermeira, ACS que participavam de atividades do tradicional grupo de ‘hiperdia’. Percebeu-se ainda que incluindo estes estudos citados, apenas mais 01 estudo descreveu a periodicidade dos encontros grupais: uma vez ao mês, 3 vezes na semana e 02 vezes ao mês. Nesse sentido, encontrou-se dificuldade na concepção de como se dava a operacionalização desses grupos na realidade dos serviços.

É interessante destacar que há características que devem estar claras no desenvolvimento de grupos, já que são espaços amplos com indivíduos que almejam uma ou algumas finalidades, enfatiza-se a necessidade de ter os objetivos definidos, os dias, o tempo e a organização da operabilidade necessária a atingir esses objetivos12.

Nesse sentido, Seminotti6 desenvolveu protocolo de observação para realização de grupos

conhecido como “Pluirivox - A saúde tecida em múltiplas vozes de grupalidade” no qual descreveu que para se realizar um determinado tipo de grupo é necessário uma pessoa facilitadora e uma pessoa observadora e, além disso, é importante seguir alguns passos conforme descrito no ANEXO A.

O papel da educação em saúde nos grupos de promoção à saúde

Diante dos resultados encontrados é perceptível a relação direta da educação em saúde nos grupos de promoção à saúde, sendo discutido de diversas formas temas relacionados à gestação,

(13)

qualidade de vida, direitos sociais, e que no geral, fazem parte das necessidades e realidades de vida dos participantes.

Assim, há duas perspectivas da educação em saúde nos grupos: uma relacionada a discussão de informações científicas, baseadas em estudos, protocolos e etc e outra relacionada à experiência, na qual as atividades desenvolvidas de cunho educativo retomam conceitos e

proporcionam uma inter-relação entre agentes atuantes nos grupos (usuários, profissionais)13.

Ressalta-se, desta maneira, que a educação em saúde consiste, nesses espaços, em uma

prática libertadora, pois tem o poder de proporcionar a responsabilização das práticas em saúde, a aquisição de novos conhecimentos e o empoderamento dos usuários14,15.

É importante, assim, tomar a concepção de que ensinar não é conceder, doar informações, mas dar espaço para que as pessoas construam conhecimentos; e que assim, é importante o respeito à autonomia dos indivíduos e a percepção de que, nas práticas educativas todos têm o

poder de ensinar, dividir conhecimentos, ao mesmo tempo que aprender16.

Com essa perspectiva, é essencial a percepção de que as práticas de educação em saúde devem ser realizadas de forma a proporcionar o compartilhamento de experiências, não havendo

apenas um transmissor e agentes receptores de informações17.

Diante disso, a realidade dos grupos descritos por A1, A2, A4, A5, A8 são desenvolvidos com intuito de construção e compartilhamento do conhecimento, de forma mútua, entre os participantes do grupo. De acordo com A6, busca-se associar o conhecimento científico, normalmente trazido pelos profissionais de saúde, ao saber dos participantes, suas experiências e concepções. Além disso, é possível associar a teoria à prática de cuidado, o que fortalece o autocuidado e a autonomia das pessoas.

Diante das contribuições da educação em saúde na promoção à saúde os estudos analisados enfatizam a necessidade de fortalecimento dessas práticas na realidade dos serviços. Infelizmente

na realidade das atividades educativas ainda é comum apenas o repasse de informações, em

momentos pontuais e de forma desfragmentada da assistência em saúde, sem levar em consideração a participação efetiva do usuário nos momentos de planejamento e formação de conhecimentos18.

Porém, nos estudos mencionados evidencia-se que por mais que apresentassem diversas dificuldades para execução dos grupos, como por exemplo, espaço limitado nas Unidades de Saúde, falta de tempo nas agendas, dificuldade de apoio dos membros da equipe e gestão para a realização dos grupos, foi visto a necessidade de construir conhecimentos de forma coletiva, levando em consideração os saberes prévios dos participantes.

(14)

Com relação a isso, uma outra perspectiva apresentada foi em relação à Educação Popular em Saúde (EPS), como importante ferramenta na construção de vínculos e conhecimentos.

Sabe-se que a EPS representa um contexto histórico de transformações, que marca a busca pela

ressignificação da saúde, não sendo apenas uma prática reiterativa e mecanizada, mas um espaço de aproximação com a realidade do outro e seu contexto social. A saúde, desta forma, tem seus conceitos construídos com base no diálogo e na representação dos conhecimentos não apenas científicos19.

Deste modo, A8 apresentou justamente o conhecimento popular em saúde como sendo um aliado na realização de grupo de promoção à saúde, na construção de saberes e na compreensão das práticas e orientações em saúde. No estudo, é retratado o processo de introdução da EPS e o seu papel transformador em um grupo que tradicionalmente era realizado como forma de grupo de ‘hiperdia’, caracterizando suas ações em práticas de atendimentos médico, renovação de receitas e verificação de sinais vitais.

Na realidade do A3, destaca-se a realização das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) como forma de estratégia diante das necessidades de saúde do grupo, ao possibilitarem a concepção das diversas formas não medicamentosas de alívio, melhora de sintomas, consciência corporal e de equilíbrio do corpo e mente.

Estratégias educativas utilizadas nos grupos de promoção à saúde

Nos estudos analisados, boa parte não havia descrito a metodologia utilizada nos momentos grupais, visto dos diferentes objetivos desses trabalhos. Porém, principalmente os estudos que eram desenvolvidos com gestantes, como A1, A4, buscou-se utilizar de metodologias ativas, como encenação, uso de bonecas para simulação com o intuito de sanar as principais dúvidas das gestantes, como em relação à amamentação e cuidados com recém-nascido.

Em A1, buscava-se iniciar o encontro com uso de técnica de respiração, relaxamento e automassagem. Refere ainda, assim como nos estudos A3 e A4, que buscava-se utilizar atividades lúdicas, com dramatização, uso de música e metodologias ativas no geral. Percebeu-se que as mulheres se sentiam confortáveis para exporem suas opiniões, elucidar dúvidas que, por vezes, não eram cessadas nas consultas de pré-natal.

Já no A8, foi aos poucos introduzido o uso de estratégias educativas como, uso de vídeos, rodas de conversa e dinâmicas de grupo com atividades lúdicas. Nesse intuito, de acordo com Oliveira20, na realidade de experiência com uso de metodologias ativas, em forma de oficina, com uso de música e atividades em forma de dinâmica possibilitou momentos de integração, reflexão, estimulo a práticas de autocuidado e promoveu um espaço terapêutico para os usuários.

(15)

Destaca-se que o uso de metodologias ativas e participativas contribuiu na formação de vínculos entre os participantes, pois os momentos dos grupos passaram a ser vistos como oportunidades para relaxamento, descontração e aprendizado associando teoria à prática.

Em outra experiência descrita por Vincha21 é caracterizado o uso de recursos educativos para o desenvolvimento de temas relacionados à alimentação e nutrição, no contexto de grupos de promoção à saúde. Nesta vivência, além das tradicionais palestras, foram utilizados recursos audiovisuais, como fotos, vídeos e figuras de alimentos; oficinas de produção de alimentos; dinâmicas com uso de jogos, brincadeiras; rodas de conversas e práticas corporais, como alongamento e caminhada. Isso leva à percepção de que as atividades educativas nesses espaços coletivos consistem em ferramentas essenciais para o estímulo a mudanças de vida ou permanência de hábitos saudáveis.

Compreende-se, desta forma, que é necessário que diferentes metodologias sejam utilizadas na realidade dos grupos, de acordo com o perfil e as necessidades de saúde que a Unidade de Saúde esteja inserida; já que nas experiências retratadas mostra-se grande contribuição do uso de metodologias ativas, das práticas integrativas e complementares e do conhecimento popular em saúde.

Contribuições e desafios dos grupos de promoção à saúde para a Atenção Primária à Saúde A promoção à saúde é compreendida como uma possibilidade de fomentar mudanças no processo de saúde-doença, nos condicionantes e determinantes de saúde, na medida em que busca descaracterizar a saúde como algo individual e fragmentado e busca fortalecer estratégias de se pensar e agir de forma articulada e integrada. Para isso, torna-se necessário o envolvimento intersetorial - como saúde, educação, meio ambiente – já que o desenvolvimento de ambientes saudáveis perpassa as diversas necessidades humanas como direito ao lazer, trabalho, moradia, proteção do meio ambiente, educação, dentre outros. Além disso é importante o estímulo ao

controle social e envolvimento do conhecimento popular nas práticas de saúde15.

Desse modo, tornou-se prioridade cuidar dos modos de vida da população e minimizar a suscetibilidade às vulnerabilidades, à morte prematura e ao adoecimento crônico da população,

por exemplo22. Como ferramenta importante nesse contexto, os grupos de promoção à saúde

impulsionam a adoção de hábitos mais saudáveis, a melhoria da autoestima, a redução do estresse, a socialização, dentre outras melhorias na qualidade de vida, conforme descrito por A5. Corroborando com essa experiência, A1, A4, A6 também apresentam a percepção de que os grupos se caracterizam como espaços de convivência, amizades e estímulo às mudanças nos estilos de vida.

(16)

Idosos ativos referem mais satisfação com a própria vida e saúde, menos uso de medicamentos, menos limitações na realização de Atividades da Vida Diária (A7). Compreende-se, assim, que há um acompanhamento mais efetivo de suas doenças e agravos, além do fortalecimento do vínculo com as equipes de saúde.

Com interface no campo materno-infantil, por exemplo, possibilitam subsidio a melhoria da qualidade do pré-natal ofertado às gestantes, pois há espaço de complementação das informações repassadas nas consultas sobre a gestação, parto e puerpério, de forma prática e mais detalhada, conforme experiência relatada por A6.

Diante da necessidade de reestruturação do modelo de atenção à saúde ainda vigente, alguns grupos conseguem trabalhar a articulação corpo-mente e a capacidade de lhe dar com situações e problemas mediante o uso das PICS, momentos de oferta de informações e atividades de cultura e cidadania, conforme descrito por A3.

No entanto, mesmo diante de várias contribuições do grupo, ainda são prevalentes alguns

desafios, como por exemplo, dificuldade do uso de referencial metodológico adequado, e ser um espaço de troca de saberes e não apenas de transmissão unilateral por parte do profissional (A1).

De acordo com A8, as práticas biologicistas ainda são frequentes e enraizadas na sociedade, por vezes, há apenas o repasse de informações sobre doenças e medicamentos. Ademais, torna-se necessário o maior apoio da gestão para o desenvolvimento desses grupos, no que se refere inclusive a incentivos para que os profissionais participem. É essencial também reuniões de planejamento e capacitação para estes profissionais atuarem nesse espaço.

Diante da realidade evidenciada, é imprescindível a capacitação dos profissionais para que seja possível o desenvolvimento dos grupos de promoção à saúde, além da participação multiprofissional, não apenas exclusivo de uma categoria profissional, e o envolvimento da gestão no apoio às equipes de saúde da família e no processo de planejamento dessas atividades, baseado nas necessidades da comunidade e ainda a avaliação constante das práticas grupais executadas23.

Compreende-se que esta visão biologicista retratada ainda é prevalente na sociedade e na realidade do serviço de saúde, o que dificulta ainda mais o desenvolvimento de práticas de promoção à saúde. Torna-se um desafio a desconstrução deste conceito e de que é necessário

(17)

CONCLUSÃO

Conclui-se que os grupos de promoção à saúde são importantes estratégias de execução da PNPS, e mais abrangentemente, de consolidação das bases ideológicas da RSB e de manutenção do SUS, com universalidade, integralidade e equidade, diante das necessidades de saúde da população brasileira.

Evidencia-se que os grupos são realizados pelas próprias equipes de saúde, por vezes em espaço físico limitado, com falta de tempo por parte dos profissionais para o planejamento e execução das atividades, e na maioria das vezes sem o apoio da gestão para realizá-los; de forma que há carência de materiais, capacitações e o próprio incentivo para a atuação multiprofissional nesses espaços.

No entanto, mostrou-se que além das dificuldades, as equipes utilizam várias ferramentas de educação em saúde e buscam associar o conhecimento popular ao científico, o que possibilita uma boa adesão da comunidade, além de espaços de convivência e bem-estar.

Assim, os grupos de promoção à saúde quando desenvolvidos com metodologias adequadas, de acordo com a realidade do público em questão, com a participação efetiva de múltiplos atores, possibilitam transformações sociais nos determinantes e condicionantes de saúde e consequentemente, na realidade de vida das pessoas. Necessita-se enfraquecer o modelo biologicista prevalente ainda na formação dos profissionais e na realidade dos serviços, oferta da capacitação e incentivo por parte da gestão, além do desenvolvimento de mais estudos que subsidiem a oferta dos grupos de promoção à saúde.

(18)

REFERÊNCIAS

1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto Promoção da Saúde. As Cartas da Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2002. 56 p. 2. Osmo A, Schaiber LB. O Campo da Saúde Coletiva no Brasil: definições em sua

constituição. Saúde Soc. 2015; 24 (1): 2005-2018.

3. Paim J, Travassos C, Celia A,et al. O Sistema de Saúde Brasileiro: história, avanços e desafios. The Lancet. 2011; 11-31.

4. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para organização da Atenção Básica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União. 22 set 2017.

5. Schenker M, Costa DH. Avanços e desafios da atenção à saúde da pessoa idosa com doenças crônicas na Atenção Primária à Saúde. Ciên. Saúde Colet. 2019; 24 (4):1369-1380.

6. Seminotti N. O pequeno grupo como um sistema complexo: uma estratégia inovadora para a produção de saúde na atenção básica. 1.ed. Porto Alegra. Rede Unida; 2016. 7. Sangioni LA, Patias ND, Pfitscher MA. Psicologia e o Grupo Operativo na Atenção

Básica em Saúde. SPAGESP; 2020. 21(2): 23-40.

8. Menezes KKP, Avelino PR. Grupos operativos na Atenção Primária à Saúde como prática de discussão e educação: uma revisão. Cad. Saúde Coletiva.2016; 24 (1):124-130.

9. Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein (São Paulo). 2010; 8 (1):102-106.

10. Soares CB, Hoga LA, Peduzzi M, et al. (2014). Integrative review: Concepts and methods used in Nursing. Esc Enferm USP.2014; 48(2):335-345.

11. Levorato CD, Mello LM, Silva AS, et al. Fatores associados à procura por serviços de saúde numa perspectiva relacional de gênero. Ciênc saúde coletiva; 2014. 19(4): 1263-1274.

12. Zimerman D. A importância dos grupos na saúde, cultura e diversidade. Vínculo. 2007; 4(4):1-16.

13. Melo LP. É como uma família: significados atribuídos a grupos de educação em saúde sobre diabetes por profissionais de saúde. Ciênc saúde coletiva; 2016. 21(8): 2497-2505. 14. Janini JP, Bessier D, Vargas AB. Educação em saúde e promoção da saúde: impacto na

(19)

15. Buss PM, Hartz ZMA, Pinto LF. Promoção da saúde e qualidade de vida: uma perspectiva histórica ao longo dos últimos 40 anos (1980-2020). Ciên saúde coletiva; 2020. 25(12): 4723-4735.

16. Freire P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. Edit Ega; 2011.

17. Bottan ER, Tremea JP, Gomes P, et al. Educação em saúde: concepções e práticas de cirurgiões-dentistas da Estratégia de Saúde da Família. Unimontes; 2016. 14(2): 25-35. 18. Costa DW, Parreira BDM, Borges FA, et al. Educação em saúde e o empoderamento do

usuário da estratégia saúde da família. Enferm UFPE online; 2016. 10(1): 96-102. 19. Falkenberg MB, Mendes TPL, Moraes EP, et al . Educação em saúde e educação na

saúde: conceitos e implicações para a saúde coletiva. Ciênc saúde coletiva; 2014. 19(3): 847-852.

20. Oliveira FA, Barros LSF, Aguiar FLPF, et al. Estratégias educativas para promoção da saúde de idosos de um centro de convivência. Conexão UEPG; 2017. 13(3): 500-511. 21. Vincha KRR, Vieira VL, Guerra LDS, et al. “ Então não tenho como dimensionar”: um retrato

de grupos educativos em saúde na cidade de São Paulo, Brasil. Cad Saúde Pública; 2017. 33(9): 1-12.

22. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. Brasília : Ministério da Saúde, 2010.

23. Andrade ACV, Schwalm MT, Ceretta LB, et al. Planejamento das ações educativas pela equipe multiprofissional da Estratégia Saúde da Família. Mundo Saúde; 2013. 37(4): 439-449.

24. Randow R, Campos KFC, Roquete FF, et al. A periferização das práticas integrativas e complementares na Atenção Primária à Saúde: desafio da implantação do Lian Gong como prática de promoção à saúde; 2016. Bras. Promoç. Saúde; 2016. 29(supl): 111-117.

(20)

ANEXO A

PLURIVOX – A saúde tecida em Múltiplas Vozes da Grupalidade Grupos como Estratégia de Cuidado na AB - Protocolo de

Observação

Desenvolvido por Nédio Seminotti

A. Princípios orientadores para coordenação/facilitação de grupos na UBS

I. Conceber a atividade de grupo como um dispositivo/ método ou tecnologia leve de educação em saúde.

II. Disponibilizar o conhecimento, a experiência e a motivação dos trabalhadores da UBS para realizar atividades de grupo como um dispositivo/método ou tecnologia leve de acesso à saúde e bem-estar dos usuários e trabalhadores.

III. Reconhecer e legitimar o conhecimento e os recursos técnicos e os comuns ou populares dos trabalhadores para coordenar/facilitar grupos.

IV. Estabelecer diálogos (dialógica) entre o conhecimento acadêmico e o popular na busca de um modo particular e contextual para sistematizar um conhecimento que respalde a atividade de grupo, na UBS específica.

B. Competências básicas de responsabilidade da pessoa que coordena, facilita, conduz ou ‘toca um grupo’ na UBS, com qualquer objetivo

I. Tarefas indispensáveis para o início do grupo:

1. Apresentar-se e esclarecer aos usuários os objetivos do grupo e os benefícios que terão vindo a ele, pedir que se apresentem e digam o que esperam do grupo, definir as regras de convivência no grupo e redefini-las quando necessário.

A facilitação, durante o andamento do grupo, fez ( ); não fez ( .. ); quando fez...; como fez *.

II. Tarefas indispensáveis no desenvolvimento de todas as sessões de grupo:

2. Estimular a conversação entre todos usuários (mas respeitar o que querem ficar em silêncio) e desestimular a comunicação deles somente com quem facilita o grupo.

A facilitação, durante o andamento do grupo, fez ( ); não fez ( ); quando fez...; como fez. 3. Estimular e favorecer a conversação e oferecer outras formas de expressão do pensamento e sentimento (usar dinâmicas de grupo, corta e cola, movimentos corporais, jogos, música, dança, por exemplo);

A facilitação, durante o andamento do grupo, fez ( ); não fez ( ); quando fez...; como fez. 4. Propor e falar ao grupo sobre temas específicos, mas deixar espaço para que conversem e

(21)

A facilitação, durante o andamento do grupo, fez ( ); não fez ( ); quando fez...; como fez. 5. Estimular os participantes do grupo para que compartilhem problemas/soluções semelhantes

aos comunicados por outros e, se possível, sugiram soluções;

A facilitação, durante o andamento do grupo, fez ( ); não fez ( ); quando fez...; como fez. 6. Esclarecer e assegurar-se do sentido e compreensão do que foi comunicado pelo/s usuário/s e o sentido e compreensão atribuídos pelos ouvintes, de forma a garantir o processo de aprendizagem;

A facilitação, durante o andamento do grupo, fez ( ); não fez ( ); quando fez...; como fez. 7. Manter o grupo vivo: integrar os usuários; construir vínculos de confiança entre usuários e com os trabalhadores; dar atenção individual; manter um número de pelo menos 8 pessoas e no máximo 15.

A facilitação, durante o andamento do grupo, fez ( ); não fez ( ); quando fez...; como fez. III. Tarefas indispensáveis no encerramento/avaliação das sessões de grupo:

8. Comunicar a compreensão genérica que a coordenação/ facilitação teve sobre o que foi posto em discussão pelos participantes no grupo, de modo que sirva de ajuda a todos, e corrigir distorções e mal-entendidos, quando houver;

A facilitação, durante o andamento do grupo, fez ( ); não fez ( ); quando fez...; como fez 9. Observar se a aprendizagem desenvolvida pelos participantes do grupo produz hábitos de vida mais saudáveis e, se for o caso, estimular o compartilhamento da mudança de hábitos; A facilitação, durante o andamento do grupo, fez ( ); não fez ( ); quando fez...; como fez 10. Indicar as atividades para a sessão seguintes e qual são as tarefas de responsabilidade dos

usuários (se houver) para ela;

A facilitação, durante o andamento do grupo, fez ( ); não fez ( ); quando fez...; como fez

Além do que registrei gostaria de dizer que:

...

* Todas as respostas são dadas por quem faz o papel de observador. Nome do observador:

Data

Referências

Documentos relacionados

Este projeto de intervenção visa realizar a busca ativa de crianças com constipação intestinal crônica, cadastradas na Estratégia de Saúde da Família (ESF)

o “Especialidade médica voltada para o diagnóstico e tratamento das doenças dos sistemas de órgãos internos dos adultos” (sinônimo de clinica geral e medicina interna) (DeCS,

Quadro 1- Categorização dos artigos selecionados, com autor, ano de publicação, título, objetivos do estudo, tipo de estudo e resultados, que contemplam o tema

Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica: equipe multiprofissional e interdisciplinar complementar às equipes que atuam na Atenção Básica, atuando de maneira

O procedimento pode ser associado à IPE e está indicado para doentes com capacidade funcional 0, 1 ou 2 (escala de Zubrod), com tumor ocupando menos de 50% do volume hepático, com

 fechado e identificado, de modo a não causar problemas para o trabalhador da coleta e nem para o meio ambiente;.  encaminhado normalmente para a

Para tanto, é fundamental recorrer ao pensamento dialético e, portanto, à história para compreender a formação sócio espacial que contextualizada à dimensão da assistência

Os motivos para isso são vários: não gostar de competir, não gostar de política, não gostar das pessoas, sentir pouca acessibilidade e receptividade nos grupos que estão