29 de Julho de 2013
Construção
1. (PT) - Diário Económico, 29/07/2013, Canal do Panamá elege Sines para porto europeu de destino
prioritário
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2. (PT) - i, 29/07/2013, Sector penalizado pela pouca procura e excesso de oferta
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3. (PT) - Jornal de Negócios, 29/07/2013, Atlântico, Baixo Tejo e Litoral Oeste já estão em arbitragem
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Tiragem: 18238
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 28
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29-07-2013
Canal do Panamá elege
Sines para porto europeu
de destino prioritário
Nuno Miguel Silva
nuno.silva@economico.pt
A Autoridade do Canal do Pana-má (ACP) e a Administração do Porto de Sines (APS) celebraram há cerca de um ano um acordo de cooperação mútua, que privile-gia o porto alentejano no conjun-to dos concorrentes europeus como destino do aumento de cargas que a ampliação do canal, prevista para 2014, irá propor-cionar. O Diário Económico sabe que esse será um dos temas em destaque durante a visita de Es-tado que o presidente do Pana-má, Ricardo Martinelli Berrocal, irá iniciar hoje a Portugal, em resposta a um convite que lhe foi dirigido por Aníbal Cavaco Silva. “O porto de Sines foi incor-porado por Bruxelas, pela União Europeia, como parte do corre-dor ibérico de infra-estruturas portuárias. É um porto de águas profundas, o que lhe permite ter capacidade para receber os na-vios ‘pós-panamax’, que irão atravessar o Canal do Panamá depois de concluída a sua
am-Portos
Visita estatal do presidente do Panamá a Portugal servirá para aprofundar pormenores
da aliança assinada há cerca de um ano e apresentar oportunidades para as empresas nacionais.
pliação, o que deverá acontecer até ao final de 2014 (ver info-grafia). E o porto de Sines é o que está mais próximo na Euro-pa, encontrando-se quase em linha recta com o Canal do Pa-namá”, justifica Federico Richa Humbert, embaixador do Pana-má em Portugal, em entrevista ao Diário Económico, em rela-ção ao protocolo firmado entre a ACP e a APS.
“Este acordo entre a ACP e a APS visou preparar o futuro e garantir uma forma de Sines beneficiar da duplicação do Ca-nal”, acrescenta Federico Richa Humbert. Além deste ponto alto, o embaixador do Panamá em Portugal destaca outras áreas de possível cooperação económica que irão ser tratadas durante esta visita de Estado (ver texto ao lado).
“Actualmente, o porto de Si-nes, através do Terminal de Contentores (TXXI), utiliza já o Canal do Panamá para semanal-mente movimentar contentores para a costa americana do Pací-fico, designadamente para o
México, Estados Unidos e Ca-nadá, com recurso a navios de cerca de 5.000 TEU (unidade de medida padrão que correspon-de a um contentor correspon-de 20 pés)”, destacou João Franco, presi-dente da APS, em declarações ao Diário Económico .
“Após o alargamento do Ca-nal do Panamá e a construção das novas eclusas, aumentará a capacidade do canal de modo a permitir o seu atravessamento por navios de contentores até 12.000 TEU. Com a finalização destas obras de aumento de ca-pacidade, prevê-se um incre-mento do tráfego de navios en-tre a Europa e o continente americano, assim como uma consequente reorganização destas rotas marítimas, apre-sentando Portugal [Sines] uma posição privilegiada como pri-meiro porto de águas profundas da fachada ibero-atlântica a ser tocado”, defende João Franco.
O presidente do porto de Si-nes destaca ainda que a conces-sionária do terminal de conten-tores do porto, a PSA de Singa-pura, adquiriu um novo termi-nal de contentores no Catermi-nal do Panamá, do lado do Oceano Pa-cífico, perto da cidade do Pana-má, uma infra-estrutura que será “estrategicamente com-plementar do porto de Sines”.
“Assim, o protocolo celebra-do entre a APS e a Autoridade Portuária do Panamá, que visa estabelecer uma aliança de coo-peração entre ambas as entida-des entida-destinada a promover o co-mércio internacional por via marítima, designadamente pela rota directa entre a Europa e a costa oeste da América, reforça os laços comerciais entre as duas entidades e será uma mais-valia no futuro”, resume João Franco. O porto de Sines, o maior de Portugal em termos de tonela-gem movimentada, tem estado a bater recordes consecutivos de mercadorias manuseadas desde o início deste ano. Segundo os úl-timos dados disponíveis, refe-rentes ao primeiro semestre des-te ano, só em condes-tentores já fo-ram movimentados 422 mil TEUS no porto alentejano, um cresci-mento d e 62,1% face ao primeiro semestre do ano passado.■
CANAL DO PANAMÁ APROXIMA-SE
O Canal do Panamá
não só se aproxima
a passos largos
da comemoração do
centenário de existência –
foi inaugurado a 7 de
Janeiro de 1914 – como
se prepara para duplicar
a capacidade de
movimentação de navios.
A conclusão dessa obra,
avaliada em cerca de 5,5
mil milhões de euros,
em que participaram
engenheiros portugueses
da Somague, permitirá a
passagem de navios com
capacidade de 4.500 TEUS
para cerca de 12 mil TEUS.
Com uma taxa de
passagem superior, muito
superior à portagem mais
barata de sempre no Canal
do Panamá, paga pelo
futuro magnata
norte--americano Richard
Halliburton, que
atravessou a nado o canal
entre 14 e 23 de Agosto
de 1928 e pagou uma
portagem de 36 cêntimos
de balboa (moeda local).
NOVAS OPORTUNIDADES DE
Pestana estuda hotel
na ‘cidade velha’
O Grupo Pestana está há anos a estudar a aquisição de um edifício na área antiga da cidade do Pana-má (“caso antiguo”), para explora-ção de uma nova unidade da sua cadeia hoteleira. “No Panamá, es-tamos a analisar algumas oportu-nidades de administração hotelei-ra. Temos recebido algunscontac-Infografia: Mário Malhão | mario.malhao@economico.pt
Ricardo Martinelli Berrocal, presidente do Panamá, inicia hoje uma visita de Estado a Portugal com acento tónico nas oportunidades que o seu país tem para as empresas portuguesas. João Franco, presidente da APS – Administração do Porto de Sines, destaca as vantagens da parceria entre o porto que dirige e a Autoridade do Canal do Panamá.
País: Portugal
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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29-07-2013
Energia, turismo, construção e infra-estruturas são áreas a explorar pelas empresas nacionais.
Federico Richa Humbert, embai-xador do Panamá em Portugal, explica as razões da visita de Esta-do que o seu presidente faz ao nosso País a partir de hoje e revela as áreas de negócio que poderão interessar às empresas nacionais naquele país da América Central. Qual o relevo da visita a Portugal do presidente do Panamá? A visita de Estado do presidente do Panamá a Portugal é uma res-posta a um convite efectuado pelo presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva. É também a expres-são da vontade própria do presi-dente do Panamá de estabelecer contactos privilegiados com em-presas portuguesas que queiram aproveitar oportunidades de ne-gócios no Panamá. E é também uma visita que visa ajudar Portu-gal numa altura de crise, em que os portugueses poderão aprovei-tar a nossa boa conjuntura econó-mica para combater os efeitos dessa crise. Irá haver, a pedido do próprio presidente do Panamá, um encontro com diversos em-presários portugueses, um fórum empresarial, no Hotel Lapa Pala-ce, na próxima terça-feira. Como qualifica as relações actuais entre os dois países?
O conhecimento entre os dois países é diminuto. Até há uns anos, o que se conhecia de Portu-gal no Panamá era a Virgem de Fátima e o vinho do Porto. E o que se conhecia em Portugal so-bre o Panamá resumia-se ao Ca-nal do Panamá. Já nos últimos anos, o conhecimento mútuo entre Portugal e o Panamá tem vindo a registar um crescimento geométrico. É agora preciso que as boas relações diplomáticas entre os dois países se estendam ao campo económico. De que forma é que o Panamá pode ajudar Portugal neste mo-mento de crise?
O Panamá registou um cresci-mento económico de 10,7% no em 2012. Nos últimos dez anos, o PIB do Panamá cresceu a uma média de 8% ao ano. A economia do nosso país está a viver um bom momento, existe um período de bonança económica e, por isso, estamos a registar a afluência de interesses de investimentos es-trangeiros. É de sublinhar que neste momento estão sediados ou
radicados no Panamá 192 empre-sas ou grupos multinancionais. O Panamá é hoje em dia um verda-deiro ‘hub’. Essas oportunidades existem também para as empre-sas portugueempre-sas.
Em que áreas?
Nas energias, na construção e nas infra-estruturas, no turismo, na cortiça, na educação. Por exem-plo, o ministério da Educação do Panamá já adquiriu 95 mil com-putadores “Magalhães” e poderá fazer novas encomendas. Quais são os atractivos do Panamá para as empresas portuguesas? O Panamá não é um paraíso fiscal. É um país que está a atrair investi-mento e, tactica e estrategicamen-te, um placa do comércio mundial. Pelo Canal do Panamá passa cerca de 5% do comércio mundial, por-que o país está afortunadamente localizado entre o Norte e o Sul da América e entre o Extremo Oriente e a Europa. Temos a zona Manufac-turera de Howard, com condições especiais para instalar unidades fa-bris. Temos 3,5 milhões de habi-tantes, mas os nosso potenciais consumidores são incomparavel-mente mais, desde a América do Norte até à América do Sul. Temos grandes vantagens económicas e fiscais e muitos concursos públicos a surgir. Só no sector portuário, es-tão previstos investimentos de cer-ca de cinco mil milhões de euros. Além do acordo com o porto de Sines existe mais algum entre en-tidades dos dois países? Temos também um acordo em vi-gor entre a Escola Náutica infante D. Henrique e a Universidade Náutica Internacional do Panama, com sede na Cidade do Panamá. O Panamá tem registados mais de 25% da frota mundial de navios existente, com mais de 350 mi-lhões de tonelagem e cerca de 100 mil navios.■N.M.S.
“Temos grandes
vantagens fiscais
e económicas”
ENTREVISTA
FEDERICO RICHA HUMBERT
Embaixador do Panamá em Portugal
Jose Miguel Gomez / Reuters
DA COMEMORAÇÃO DO CENTENÁRIO
Federico Richa Humbert Embaixador do Panamá em Portugal
O embaixador do Panamá diz que o presidente do seu país, na sua visita de Estado a Portugal, insistiu em encontrar-se com responsáveis de empresas como a TAP, EDP, Galp Energia, Mota-Engil, Efacec, Vecofabril, Aqualogus e LIDE.
NEGÓCIO PARA EMPRESAS PORTUGUESAS NO PANAMÁ
TAP negoceia ‘code
share’ com COPA
Há vários anos que se especula sobre a possibilidade de a TAP efectuar voos regulares entre Lis-boa e a Cidade do Panamá. As últi-mas informações apontam para a existência de negociações entre a TAP e a COPA (companhia área panamiana) para um ‘code share’, com escala intermédia em Miami. tos de empresários porque amar-ca Pestana começa a ser conheci-da na América do Sul nos países onde ainda não estamos. Estes empresários reconhecem o nosso potencial como importadores de turistas com base na força comer-cial e da marca que já é reconheci-da”, admitiu ao Diário Económico Luís Araújo, administrador do Grupo Pestana responsável pela área da América Hispânica. D.L.
“No âmbito do funcionamento normal da Star Alliance – a que ambas companhias pertencem – é sempre possível haver contactos informais com vista à procura de eventuais acordos comerciais”, disse ao Diário Económico fonte oficial da TAP. A mesma fonte da transportadora aérea portuguesa acrescentou que “neste caso, de momento não há nada de concre-to nem está calendarizado”. C.S.
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