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Escassez de médicos

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Academic year: 2020

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(2) Escassez de Médicos1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas. Coordenação: Marcelo Cortes Neri marcelo.neri@fgv.br. Equipe do CPS: Luisa Carvalhaes Coutinho de Melo Samanta dos Reis Sacramento André Luiz Neri Carolina Marques Bastos Célio Mayone Pontes Ana Lucia Salomão Calçada (Administrativo). 1. Agradecemos a excelente assistência de Gabriel Buchmann, Ana Andari e Celso Fonseca.. 1.

(3) Sumário Executivo O número de médicos atuando no Brasil tem aumentado nos últimos anos. O número de habitantes por médico cai de 893 em 1990 para 595 em 2005, ou seja, aumentou o contingente de doutores no Brasil. Daí conclui-se que a escassez de médicos caiu? Não necessariamente, pois mudanças de demanda e tecnológicas podem mais de compensar as tendências de incremento de oferta observadas. Este trabalho demonstra que do ponto de vista do mercado de trabalho e dos usuários dos serviços de saúde há falta de médicos. Em primeiro lugar, dados da POF demonstram o impacto das despesas médicas privadas no orçamento familiar complementadas pelas evidencias do suplemento de saúde da PNAD acerca da baixa qualidade percebida dos serviços médicos, em particular no que tange a população de baixa renda. Complementarmente, os dados do Censo 2000, os médicos ocupam a liderança da escassez em todos os principais indicadores trabalhistas, como taxa de ocupação, salário e jornada de trabalho. De lá para cá a pesquisa mostra pelas últimas PNADs disponíveis que houve aumento relativo do nível de pressão de demanda a partir de variáveis associadas à inserção das variáveis “médicos no mercado de trabalho”. A pesquisa demonstra que as respostas acerca da pergunta se faltam médicos além de contemplar várias respostas afirmativas a nível nacional a assimétrica distribuição espacial de médicos não se dá apenas entre estados, mas no interior dos mesmos. Estados como o do Rio de Janeiro e do Espírito Santo se destacam por abrigarem cidades ao mesmo tempo com as maiores e com as menores razões de médicos por habitantes. O estudo analisa movimentos pendulares dos médicos - médicos que moram em um município e trabalham em outro - assim como a migração destes profissionais entre estados e municípios, inclusive aqueles que migraram depois de estudar, procurando subsidiar o debate em torno da iniciativa federal de ampliar o quadro permanente de médicos em cada região com base em incentivos concedidos a recém-formandos em Universidades Federais. A pesquisa aborda a perspectiva do lado dos pacientes, acerca dos serviços prestados pelos médicos enfocando o movimento de pacientes que migram de um município a outro em busca de atendimento médico. A pesquisa dá uma especial atenção ao impacto da incidência de doenças sobre o bem estar subjetivo e material dos doentes. É feita uma análise do acesso e da qualidade percebidos do atendimento de saúde. Os resultados demonstram que a população mais pobre não apenas é a que fica mais doente, como também aquela que lida pior com a doença, uma vez que tem menos acesso tanto a políticas preventivas quanto a tratamento de qualidade2. Além disso, procuramos, através de pesquisas de orçamentos familiares, medir os impactos dos choques de saúde sobre a saúde financeira das famílias. 2 *Este tipo de questão está sendo aprofundada na nossa linha de pesquisa sobre saúde e saneamento básico desenvolvida para o Instituto Trata Brasil (vide www.fgv.br/cps/tratabrasil e www.fgv.br/cps/tratabrasil2 ). 2.

(4) Toda informação é sobre o trabalho dos médicos e em relação ao serviço prestado à população geral, tanto para o Brasil quanto para o estado do Rio de Janeiro, como forma de auxiliar ações relativas à epidemia de dengue em curso. Além da análise e interpretação próprias, a pesquisa disponibiliza sistemas de provisão de informação interativos e amigáveis voltados aos cidadãos comuns, com informações inéditas e com produtos em linguagem acessível, tais como panoramas geradores de tabulações ao gosto do usuário e simuladores de probabilidades desenvolvidos a partir de modelos estatísticos estimados, além de mapas e rankings para municípios brasileiros. O sítio da pesquisa permite a cada um traçar o panorama da extensão, causas e conseqüências da falta de serviços de saúde e de médicos na sua localidade, respondendo questões básicas do tipo: "Quem são?", "Onde vivem?", "Onde trabalham?", "Quanto ganham?" e "Quanto trabalham?", entre outras. Rankings Internacionais – Um primeiro critério para se analisar a falta de médicos é analisar a relação de número de médicos por 100 mil habitantes ou, como adotamos aqui por razão de simplicidade de exposição, o número de habitantes por médico. Começando por um ranking de 174 paises da ONU o Brasil aparece em 84o lugar entre 174 paises em termos de número de habitantes por médico, com um médico para cada 870 habitantes logo abaixo do Peru e acima da Algéria. O líder do ranking é Cuba, com um médico para cada 169 habitantes e o último são Malawi, Nigéria e Tanzânia com um médico para cada 50 mil habitantes. Ranking de Médicos por Habitante entre Paises Médico por Habitantes. País Topo do Ranking Cuba Saint Lucia Belarus Belgium Estonia Greece Russian Federation Italy Rwanda Base do Ranking Benin Chad Togo Burundi Ethiopia Mozambique Sierra Leone Malawi Niger Tanzania (United Republic of). Fonte: Human Development Report. 3. 169 193 220 223 223 228 235 238 20000 25000 25000 25000 33333 33333 33333 33333 50000 50000 50000.

(5) Habitantes por Médico. IDH e Presença de Médicos no Mundo - Talvez não seja por coincidência que paises com mais médicos apresentem um IDH mais alto. A geração de médicos necessita de um bom sistema educacional e, além disso, médicos geram saúde e expectativa de vida, outro componente do IDH. E, como este estudo demonstra no contexto brasileiro, médicos geram renda, sendo a carreira universitária que apresenta os maiores salários, taxa de ocupação e jornada de trabalho. Apresentamos uma análise de correlação simples de regressão de IDH e presença de médicos no mundo. Escolhemos um ajuste logaritmo por se ajustar melhor ‘as séries.. 4.

(6) IDH X Habitantes por Médico 1,00 Belgica Cuba Brasil. 0,90 0,80. y = -0,1003Ln(x) + 1,4534. 0,70 India. 0,60. Nigeria. 0,50 0,40 0,30 0. 10000. 20000. 30000. 40000. 50000. Fonte: Human Development Report. Detalhamos também a relação entre os componentes do IDH, como expectativa de vida e PIB per capita, de um lado, e o IDH de outro. A relação entre expectativa de vida e o IDH parece mais forte que entre o PIB e o IDH. Ranking entre Estados Analisando os dados, apresentamos abaixo ranking dos estados brasileiros baseados nos dados do Datasus de 2005. Os líderes são o Distrito Federal (292 habitantes por médico), seguido de perto pelo Rio de Janeiro (292 habitantes por médico) e mais de longe por São Paulo e Rio Grande do Sul, com 448 e 445, respectivamente. Os últimos do ranking dos estados brasileiros são Maranhão (1786 habitantes por médico), Pará (1351) e Piauí (1282). Ou seja, os dois extremos do ranking estadual do Brasil, chamado de Belíndia por Bacha em referencia a alta desigualdade, estão próximos da Bélgica (223) e Índia (1667). O Brasil aparece em uma posição intermediária. No período de 1990 a 2005, o número de habitantes por médico, segundo os dados do Datasus, cai de 893 para 595, o que equivaleria a uma melhora de 22 posições no último ranking estático internacional.. 5.

(7) 2005 Ranking. Unidade da Federação. 2005 1990 2005 HAB/MED HAB/MED Ranking 595 893 292 472 299 389 448 667 495 714 575 862 613 1010 654 1087 654 1282 719 1176 746 1250 769 1176 847 1351 877 1299 877 1235 885 1449 935 1852 943 4545 1031 2128 1031 1563 1087 2128 1111 1639 1220 3846 1235 3846 1250 2778 1282 2174 1351 1961 1786 2857. TOTAL 1 Distrito Federal 2 Rio de Janeiro 3 São Paulo 4 Rio Grande do Sul 5 Espírito Santo 6 Minas Gerais 7 Paraná 8 Santa Catarina 9 Goiás 10 Mato Grosso do Sul 11 Pernambuco 12 Rio Grande do Norte 13 Paraíba 14 Alagoas 15 Sergipe 16 Mato Grosso 17 Roraima 18 Tocantins 19 Bahia 20 Amazonas 21 Ceará 22 Amapá 23 Acre 24 Rondônia 25 Piauí 26 Pará 27 Maranhão Fonte: Ministério da Saúde - CGRH-SUS/SIRH. 1990 Ranking 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27. 893 2 1 3 4 5 6 7 12 9 11 8 14 13 10 15 18 27 21 16 20 17 26 25 23 22 19 24. A Geografia da Medicina Apresentamos abaixo um zoom de mapas refletindo a distribuição espacial relativa de médicos na mesma escala que vão do nível nacional ao local carioca. Os extremos de habitantes pó médico abaixo: Habitantes por Médico Esfera Mundo. Mínimo 169 Cuba Distrito UF 56 Federal Niterói mun. Br e Rio (+ 250 mil Hab) 93 RAs Cariocas 49 Lagoa. máximo 50.000. Tanzania. 342. Maranhão. 6.878 4.926. Belfort Roxo Pavuna. Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE e Human Development Report. 6.

(8) Habitantes por Médico. 7.

(9) Habitantes por Médico. Rankings Municipais - Habitantes por Médico Discutimos os rankings dos municípios com mais de 250 mil habitantes para dar mais precisão as estimativas, uma vez que a existência de médicos pode ser considerada um evento raro (embora apresentemos também os resultados para os municípios com mais de 100 mil e mais de 200 mil habitantes). Os resultados são surpreendentes à luz daqueles do Rio de Janeiro, em direção ao qual as atenções do país se voltam por força da epidemia de dengue. Entre todos municípios brasileiros, Niterói é também disparado o primeiro no pais (um médico para cada 93,55 habitantes). Vitoria é o segundo, com 133 médicos por habitantes, seguido de Porto Alegre, Florianópolis e Ribeirão Preto. A menor estatística entre as cidades com mais de 250 mil habitantes é Belfort Roxo também situada no Estado do Rio de Janeiro (um médico para cada 6.879 habitantes) acompanhado de perto de outros municípios fluminenses como São João do Meriti e Duque de Caxias (com um médico para cada 2.832 e 2.841 habitantes, respectivamente). No caso do Espírito Santo, que tem o segundo município do país com menor número de habitantes por médico (Vitória, com 133) também apresenta o penúltimo desta classe de municípios (Serra, com 3.863 habitantes por médico). Este resultado demonstra que o problema de distribuição espacial de médicos não se dá apenas entre estados, mas também no interior dos estados. O estudo analisa movimentos pendulares dos médicos que moram em um município e trabalham em outro, que se revela de importância neste caso.. 8.

(10) Ranking municípios brasileiros com mais de 250 mil hab. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10. Topo do RJ ES RS SC SP MG SP RJ SP PE. Ranking Niterói Vitória Porto Alegre Florianópolis Ribeirão Preto Belo Horizonte Santos Rio de Janeiro Campinas Recife. 75 76 77 78 79 80 81. Base do RJ ES SP SP GO ES RJ. Ranking São João de Meriti Cariacica Carapicuíba Itaquaquecetuba Aparecida de Goiânia Serra Belford Roxo. Habitantes por médico. 93,55 133,07 134,04 156,06 186,46 201,14 208,62 217,38 218,96 227,54. 2832,42 2978,53 3218,38 3344,31 3770,82 3862,30 6878,54. Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE. Movimentos Pendulares dos Médicos (Casa-Trabalho-Casa) Em seguida fizemos um zoom para captarmos um tipo de deslocamento dos médicos fluminenses algumas vezes necessário para esses profissionais, o de casa ao trabalho entre diferentes municípios. Ou seja, os médicos também são profissionais que em geral trabalham em localidades diferentes da de residência. No estado do Rio de Janeiro, 88% dos médicos trabalham no mesmo município em que residem. Dos que se deslocam, grande parte trabalham no município do Rio de Janeiro (44,97% dos que se deslocam), seguido de Niterói (6,6%) e São Gonçalo (6,13%). A tabela a seguir sintetiza a perda dos médicos do municípios de residência função destes movimentos pendulares casa-trabalho-casa que são detalhados nas tabelas mais detalhadas a seguir:. 9.

(11) Médicos Residentes no Estado do Rio de Janeiro. Perda Líquida de Médicos por Movimentos Pendulares Residencia-Trabalho - % Rio de Janeiro. Pontos de Porcentagem. Variação Percentual. 8,01 4,70. 11,77 38,00. 0,37 0,26 0,28. 16,09 14,21 15,73. -0,04. -2,76. Volta Redonda. 0,10. 7,63. Nova Friburgo. 0,05. 5,62. Teresópolis. 0,22. 24,72. -0,33. -45,21. Niterói Nova Iguaçu Petrópolis Campos dos Goytacazes São Gonçalo. Duque de Caxias. Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE. Os municípios com mais médicos do Rio de Janeiro tendem a perder em termos líquidos profissionais de saúde. No caso do Rio de Janeiro a queda é de 11,77% dos seus médicos (ou 8 pontos de porcentagem da composição estadual). Niterói a líder brasileira em médicos por habitantes perde 38% de seus médicos durante o dia (ou 4,7 pontos de porcentagem da composição estadual). Isto significa que a taxa real de habitantes por profissionais que ali trabalham em Niterói é de 129 habitantes por médico e não os 93 as estatística calculada em cima dos médicos residentes. De qualquer forma, como o número dos outros municípios a com a maior presença de médicos é 42% acima a começar por Vitória (133). De fato quando se aplica procedimento semelhante aos municípios capixabas não se observa inversão da posição de liderança do ranking de Niterói pois Vitória perde em termos líquidos 1,78% de seus médicos em movimentos casa-trabalho-casa. Serra que ocupa a posição logo a seguir do ranking das cidades com mais de 250 mil habitantes também pouco muda função de movimentos pendulares perda líquida de 0,93% de seus médicos. O município capixaba que se destaca é Vila Velha onde nada menos que 46,2% de seus médicos trabalham em outros municípios. A proporção de Belfort Roxo na população médica do estado praticamente dobra (sobre 85%) quando passamos do critério de município de residência para o município que trabalha praticamente igualando a escassez absoluta de médicos do município de Serra no Espírito do Santo.. IDH e Presença de Médicos Talvez não por coincidência Niterói, a líder nacional dos médicos, apresente o segundo IDH do país. Como dissemos para ter médicos há que se ter um bom sistema educacional, médicos geram expectativa de vida, outro componente do IDH. E como este estudo demonstra medicina é a carreira universitária que apresenta as maiores rendas.. 10.

(12) Médicos x IDH. Estado do Rio de Janeiro. 1 0.9 0.8 0.7 0.6. Niterói IDH = 16.231Med/Hab + 0.7432 R2 = 0.4207. Varre-Sai. 0.5 0.000. 0.002. 0.004. 0.006. 0.008. 0.010. 0.012. 0.014. Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE. Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo.. Resultado menos marcado é encontrado quando levamos em conta o salário-hora do medico. As localidades onde os médicos ganham mais por cada hora trabalhada também tendem a apresentar maior IDH. Médicos Sem Fronteiras Segundo o Censo Demográfico, a crônica falta de médicos em determinadas localidades ocorre apesar do fato desses profissionais possuírem altas taxas de deslocamento para outros estados e municípios. Os gráficos a seguir mostram que os médicos são os que mais migram para outras localidades, apenas 73,62% deles são nativos dos Estados que residem atualmente. Quando olhamos em nível municipal esse percentual e ainda menor (apenas 43,63%). A tabela a seguir ilustra que o grande estado fornecedor de médicos para outra região é Minas Gerais. Panorama – Nativo do Estado (%). 80.99 79.96. 79.94 77.66 76.41. 73.62. Medicina. Engenharia Civil. Direito. Administração. Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE. 11. Ciências Econômicas. Comunicação Social. www.fgv.br/cps.

(13) Panorama – Nativo do Município (%). 56.54 49.02. 53.21. 51.47. 48.41. 43.63. Medicina. Engenharia Civil. Direito. Administração. Ciências Econômicas. Comunicação Social. www.fgv.br/cps. Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE. RETRATO DE MIGRAÇÃO DOS MÉDICOS Por Origem de Nascimento Total Topo do Ranking UF de nascimento NATIVO MINAS GERAIS SÃO PAULO RIO DE JANEIRO RIO GRANDE DO SUL PARANÁ. População. População %. Amostra. Total. Total. Salário. Horas semanais. 263831. 26915. 100.00. 5655.1. 50.06. 192472. 19600. 72.95. 5524.8. 49.88. 10287 8531. 1037 896. 3.90 3.23. 6234.4 6152.1. 51.50 51.20. 7160. 734. 2.71. 6128.9. 48.88. 4611. 495. 1.75. 5744.4. 51.14. 3650 3151. 375 317. 1.38 1.19. 6441.0 6072.0. 53.10 47.64. PERNAMBUCO Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE. 12.

(14) Indicadores de Escassez Trabalhistas Procuram-se Médicos - Em seção do corpo principal do trabalho analisamos, através do Censo 2000, os egressos da carreira universitária de medicina, o que nos propiciará enfocar a taxa de ocupação e atividade além de uma maior abertura espacial dos dados. Entre 31 carreiras universitárias de graduação comparadas, os médicos são os que apresentam, ao mesmo tempo, a maior taxa de ocupação (90% deles estão empregados), a maior média salarial (R$ 6270) e a maior jornada de trabalho (50 horas semanais). Se incluímos outros níveis educacionais, como os pré-universitários e os de Pós-graduação chegamos a 85 carreiras escolares. Neste ranking ampliado os indivíduos com Mestrado ou Doutorado em medicina ocupam as posições de destaque nos três rankings, perdendo apenas no quesito salário para os doutores ou mestres em administração, e liderando os demais. Entre as cinco carreiras universitárias com maior taxa de ocupação no mercado de trabalho, cinco são na área médica. Todos esses indicadores econômicos são fortes indícios de que faltam médicos, o que será confirmado por dados da última PNAD disponível. Trabalhamos agora com a última PNAD disponível enfocando a profissão ativa de médico no mercado de trabalho de 2006. Senão vejamos: Médicos em Atividade - No ranking de todas as profissões com alguma densidade amostral (aqui arbitradas como populações acima de 75 mil indivíduos ativos) os médicos figuram em 2006 com a quarta ocupação em carga de trabalho semanal, com$ 50,32 horas, sendo apenas superados por dirigentes de empresas maiores e condutores de veículos particulares e de transporte de mercadorias, estes com 51,5 horas semanais. No extremo oposto do ranking encontramos músicos e cantores populares e vendedores a domicílios com menos de 24 horas semanais cada. Entre 2002 e 2006 houve expressivo aumento da jornada de trabalho de no ranking das horas dos doutores. 2006 Horas Trabalhadas. Horas. 2002 Posição ranking. Total 40.31 Ocupações Condutores de veículos sobre rodas (distribuidor de mercadorias) 51,52 Dirigentes de empresas - empregadores com mais de 5 empregados50,83 Condutores de veículos sobre rodas (transporte particular) 50,32 Médicos 50,14 Trabalhadores elementares de serviços de manutenção 49,58 Gerentes de produção e operações 49,54 Trabalhadores da mecanização agropecuária 48,37 Magarefes e afins 48,18 Condutores de veículos sobre rodas (transporte coletivo) 47,74 Repositores e remarcadores do comércio 47,74 Guardas e vigias 47,15 Cabos e soldados da polícia militar 47,11 Trabalhadores de terraplenagem e fundações 47,02 Fiscais e cobradores dos transportes públicos 46,85 Eletricistas-eletrônicos de manutenção veicular (aérea, terrestre e naval) 46,83 Condutores e operadores polivalentes 46,62 Vigilantes e guardas de segurança 46,43 Enfermeiros de nível superior e afins 46,20 Camareiros, roupeiros e afins 46,17 Mantenedores de carroçarias de veículos 46,16. Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE 2006. 13. Horas. Posição ranking. 41,25 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20. 53,20 51,61 52,37 47,53 49,26 50,39 50,07 47,76 48,56 48,15 47,70 47,87 47,08 48,55 47,60 48,11 48,08 46,73. 1 3 2 17 6 4 5 14 7 10 15 13 18 8 16 11 12. 20.

(15) Os médicos são conhecidos por possuírem mais de um emprego o que pode implicar em perdas adicionais no transporte de ida e de volta ao trabalho. De fato, os médicos ocupam com uma boa folga o topo do ranking daqueles com mais de um emprego: 47,91% deles possuem mais de um emprego contra 25,08% do professores de disciplinas no ensino médio. Nas oito primeiras posições do ranking de múltipla inserção trabalhista figuram profissionais das áreas médica e de ensino. Entre 2002 e 2006 houve ligeira redução da parcela de médicos com mais de um emprego mas a posição no ranking dos médicos neste quesito fica inalterada. 2006 % Mais de 1 Emprego - População por Ocupação. R$. Total. 2002 Posição ranking. 4,99%. R$. Posição ranking. 4,70%. Médicos 47,91% 1 48,87% Professores (com formação de nível superior) de disciplinas da educação geral do ensino médio 25,08% 2 28,57% Cirurgiões-dentistas 25,07% 3 32,98% Professores do ensino superior 24,57% 4 24,48% Professores (com formação de nível superior) de disciplinas da educação geral de 5a à23,17% 8a séries do ensino 5 fundamental 24,17% Professores (com formação de nível superior) de disciplinas da educação geral de 1a à22,84% 4a séries do ensino 6 fundamental 21,13% Enfermeiros de nível superior e afins 22,30% 7 Fisioterapeutas e afins 20,13% 8 Diretores de áreas de produção e operações 20,07% 9 13,40% Técnicos esportivos 18,93% 10 13,97% Moleiros 17,44% 11 Programadores, avaliadores e orientadores de ensino 17,32% 12 16,45% Psicólogos e psicanalistas 15,97% 13 Músicos e cantores populares 14,80% 14 Técnicos e auxiliares de enfermagem 13,41% 15 12,06% Produtores agrícolas 13,15% 16 12,04% Professores (com formação de nível médio) no ensino fundamental 12,18% 17 15,31% Instrutores e professores de escolas livres 12,02% 18 12,87% Dirigentes das áreas de apoio da administração pública 11,88% 19 9,37% Professores (com formação de nível médio) na educação infantil 11,47% 20 8,67%. 1 3 2 4 5 6. 10 9 7. 13 14 8 11 18 20. Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE 2006. Finalmente, o último indicador de escassez econômica é o maior salário médio percebido no mercado resultado da labuta em todos os trabalhos. Mais uma vez os médicos ocupam a liderança do ranking com um rendimento total do trabalho da ordem de R$ 6.192 o que guarda um diferencial de mais de 50% em relação ao segundo colocado os dirigentes de áreas de apoio (R$ 3980) das maiores empresas (R$ 3962). Ao contrário dos outros indicadores as posições mais altas de remuneração são acompanhadas de outras profissões associadas a posse de diploma universitário como engenheiros civis, dentistas, professores de nível superior, contadores e advogados. Na cauda inferior da distribuição de salários se situam trabalhadores agrícolas com salários de R$ 113 ao mês seguidos de trabalhadores artesanais e da agropecuária.. Entre 2002 e 2006 houve aumento do rendimento de todos os trabalhos, com a média variando de R$ 5.616 para R$ 6.192, o que corresponde a um ganho de 10,2% superior aos 4,6% do conjunto de ocupados.. 14.

(16) 2006 R$. Salário. 2002 Posição ranking. Total 777.06 Ocupações Médicos 6191,50 Diretores de áreas de apoio 4103,10 Dirigentes de empresas - empregadores com mais de 5 empregados3980,60 Engenheiros civis e afins 3862,30 Cirurgiões-dentistas 3681,90 Professores do ensino superior 3476,00 Contadores e auditores 3207,50 Advogados 2864,60 Analistas de sistemas 2857,80 Serventuários da justiça e afins 2726,60 Administradores 2719,00 Gerentes de áreas de apoio 2324,10 Dirigentes das áreas de apoio da administração pública 2277,30 Diretores de áreas de produção e operações 2176,10 Gerentes de produção e operações 2076,10 Psicólogos e psicanalistas 2050,50 Enfermeiros de nível superior e afins 2020,70 Arquitetos 1993,40 Caixas de banco e operadores de câmbio 1690,20 Técnicos em contabilidade 1681,40. Posição ranking. R$ 742,411735. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20. 5616,39 4224,26 3938,51 3457,13 3661,45 3004,49 2904,47 3406,18 2485,67 2328,55 2443,68 2095,75 2107,38 1788,20 1485,73. 1 2 3 5 4 7 8 6 9 11 10 13 12. 16 20. Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE 2006. Retratos dos Médicos em Atividade Traçamos aqui um panorama dos médicos em atividade hoje no país, através dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Privilegiamos o uso dos dados da PNAD por serem mais atuais, e por contemplar maior variedade de informações. Com intuito de atingir maior precisão das estimativas, empilhamos os dados em dois períodos distintos (1995 a 1999 e 2001 a 2006). Apresentamos um perfil dos médicos em atividade no país com informações extraídas do panorama. Panorama (link) Migração – Mais da metade dos médicos em atividade são migrantes de outros municípios. A proporção de nativos entre os médicos sofre queda de 4,6 pontos de percentagem na comparação entre períodos em questão, enquanto todos os outros status migratórios crescem. Á exceção daqueles que migraram a menos tempo, a renda média dos médicos que se deslocam de suas terras nativas, é maior, chega a R$ 7192 para aqueles com mais de 10 anos de migração (R$ 5576 para os nativos). PNAD Médicos - População População Total Categoria Nasceu neste Município Migrou UF - Menos de 4 anos Migrou UF - De 5 a 9 anos Migrou UF - Mais de 10 anos Migrou Municipio ou Ignorado. População 1995 a 1999 2001 a 2006 47,03% 42,42% 6,94% 7,19% 4,52% 4,53% 22,42% 23,82% 19,09% 22,04%. Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.. 15. Renda Total 2001 a 2006 5575,97 5024,98 6408,29 7192,46 6589,57. Jornada 2001 a 2006 47,77 48,21 51,7 49,4 48,65.

(17) Sexo - Como segunda clivagem analisada, observamos no período entre 2001 e 2006 que a proporção de médicos, supera a de médicas (respectivamente, 54,62% e 45,38%). Analisando diferenças de rendas, observamos que a média de renda dos homens (R$ 7521) é muito mais elevada a das mulheres (R$ 4572), assim como a jornada de trabalho (média de 52,12 horas de trabalho semanais para eles contra 44,28 para elas).. PNAD Médicos - População População Total Categoria Homem Mulher. População 1995 a 1999 2001 a 2006 53,88% 54,62% 46,12% 45,38%. Renda Total 2001 a 2006 7520,97 4571,69. Jornada 2001 a 2006 52,12 44,28. Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.. Idade – A remuneração média dos médicos brasileiros possui trajetória crescente de acordo com a idade, atingindo R$ 8338 para aqueles entre 55 e 59 anos, que apesar dos altos salários não são os que mais trabalham. O pico de jornada é de 51,9 horas exercido por aqueles entre 36 e 39 anos.. PNAD Médicos - População População Total Categoria 20 a 24 25 a 29 30 a 35 36 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 ou Mais. População 1995 a 1999 2001 a 2006 2,21% 2,10% 13,71% 14,21% 21,42% 17,69% 13,48% 10,98% 16,86% 13,80% 14,28% 12,24% 8,37% 13,02% 3,89% 8,48% 5,71% 7,45%. Renda Total 2001 a 2006 1534,13 3044,48 5318,58 6382,69 6615,29 7218,88 7431,71 8338,25 8127,75. Jornada 2001 a 2006 40,63 48,74 48,01 51,86 49,44 49,15 49,47 48,65 42,73. Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.. Posição na Família - Quanto à posição dentro da família, os dados nos dizem que 58,75% são chefes da família.. Posição na Ocupação – A proporção de médicos funcionários públicos cresceu ao longo do tempo (passou de 41,87% para 44,78% no período). Por outro lado, os médicos contapróprias, segundo grupo mais representativo, sofreu queda de participação, cai quase 5 pontos de percentagem entre os dois períodos (de 22,23% para 17,32%). Já os empregadores, com aumentos de participação, apresentam maiores renda (R$ 9813) e jornada (50,4 horas).. 16.

(18) PNAD Médicos - População População Total Categoria Empregado Agrícola Empregado com carteira Empregado sem carteira Conta-própria Empregador Funcionário público Não-remunerado. População 1995 a 1999 2001 a 2006 0,05% 0,00% 14,66% 11,46% 6,92% 9,47% 22,23% 17,32% 13,63% 16,06% 41,87% 44,78% 0,61% 0,91%. Renda Total 2001 a 2006 0 5741,3 5483,74 6158,83 9812,84 5261,56 729,06. Jornada 2001 a 2006 0 47,28 49,44 43,54 50,36 50,12 42,75. Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.. Contribuição Previdenciária – Houve aumento significativo da proporção de contribuintes para previdência (de 18,59% para 29,22%), os contribuintes possuem os maiores salários (R$ 7826) e jornada (52,6 horas). PNAD Médicos - População População Total Categoria Sim Não. População 1995 a 1999 2001 a 2006 18,59% 29,22% 81,41% 70,78%. Renda Total 2001 a 2006 7826,49 5503,72. Jornada 2001 a 2006 52,58 46,9. Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.. Tamanho de Cidade – Como já era esperado, é nítida a escassez de médicos em áreas rurais. Com apenas 0,32% dos médicos brasileiros, é bastante inferior às demais (56,7% nas áreas metropolitanas e 49,08% nas urbanas). Por outro lado, quando olhamos em termos de renda, são os médicos metropolitanos os que ganham (R$ 5507) e trabalham menos (46,5 horas). PNAD Médicos - População População Total Categoria Metrópole Urbana Rural. População 1995 a 1999 2001 a 2006 56,70% 50,60% 42,32% 49,08% 0,98% 0,32%. Renda Total 2001 a 2006 5507,17 6868,29 7795,68. Jornada 2001 a 2006 46,5 50,68 49,59. Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.. Regiões – Assim como na análise por tamanho de cidade, os dados regionais brasileiros corroboram o princípio de escassez relativa. Na região Norte, onde a proporção de médicos é de apenas 2,81%, encontramos os maiores salários (R$ 7054), apesar da jornada ser a menor (46,7 horas).. 17.

(19) PNAD Médicos - População População Total Categoria Norte Nordeste Sudeste Sul Centro. População 1995 a 1999 2001 a 2006 2,77% 2,81% 17,00% 15,69% 60,90% 58,77% 13,35% 16,04% 5,97% 6,69%. Renda Total 2001 a 2006 7053,67 5959,02 5910,5 6865,41 7094,09. Jornada 2001 a 2006 46,74 48,32 48,54 49,15 48,69. Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.. Regiões Metropolitanas - Analisando apenas áreas metropolitanas, as maiores médias de renda são encontrados em Porto Alegre (5212), no Distrito Federal (R$ 6513) e Fortaleza (R$ 6375). No extremo oposto, Rio de Janeiro (R$ 4484) e Recife (R$ 4821) são as metrópoles onde os médicos ganham menos. Em termos de horas trabalhadas, a menor jornada é encontrada no Ro de Janeiro (43,6 horas) e a maior em Fortaleza (49,3 horas). Importante ressaltar que a jornada de trabalho dos médicos é menor em todas as Regiões Metropolitanas, quando comparadas ao total. PNAD Médicos - População População Total Categoria Pará Ceará Pernambuco Bahia Minas Gerais Rio de Janeiro São Paulo Paraná Rio Grande do Sul Distrito Federal. População 1995 a 1999 2001 a 2006 1,01% 1,09% 1,56% 2,01% 3,00% 3,08% 3,28% 2,64% 4,63% 3,92% 14,18% 13,44% 20,63% 15,27% 2,09% 2,47% 4,20% 4,56% 2,13% 2,12%. Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.. 18. Renda Total 2001 a 2006 5286,2 6374,83 4820,54 6148,81 5754,01 4484,1 5747,61 5567,38 6768,29 6513,26. Jornada 2001 a 2006 46,24 49,27 47,21 46,39 46,76 43,56 48,53 48,75 45,96 45,27.

(20) Serviços Médicos na Perspectiva dos Clientes Vistos pelas Pessoas e pelos Pacientes Dados nacionais mostram que aqueles que estiveram doentes, são os que possuem o pior acesso a serviços de prevenção. Cerca de 22,3% dos que estiveram acamados possuem plano de saúde contra 24,86% da população como um todo. A qualidade percebida de todos serviços médicos como plano de saúde, hospitalização e serviços de saúde rotineiros é pior para quem esteve mais exposto as doenças (aproximado pela pergunta de quem ficou acamado nos últimos 15 dias). População Total Dificulda de de Andar Estado Esteve Populaçã de Saúde - 100m Média acamado o Média Categoria Total Esteve acamado. 100 100. 3,99 3,16. 4,93 4,69. 4,08 100. Tem Plano. Plano Média. 24,86 22,37. 4,05 3,98. Esteve Hospitaliz Procurou Serviço Hospitaliz ado Serviço de Saúde ado Média de Saúde Média 7,03 29,25. 4,13 4,07. 14,78 65,86. 4,06 3,95. Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Suplemento de Saúde da PNAD.. Sem prevenção Analisando o acesso e a qualidade dos serviços de saúde, todos os indicadores indicam menor acesso e qualidade de acesso dos mais pobres. A pesquisa revela que a medicina voltada para os grupos de menor educação é menos preventiva e mais curativa. Os universitários são os que possuem maior acesso a serviços de prevenção, 56,08% possuem plano de saúde, enquanto nos analfabetos o percentual é de 11,53%. Apesar do baixo acesso a plano de saúde observado entre os analfabetos: estes são os que procuram mais atendimento em casos de emergência, 7,27% estiveram hospitalizados nos últimos 12 meses contra 6,77% dos universitários, o que gera gargalos no sistema público de saúde. Não prevenir fica mais caro para todos: governo inclusive. Anos de Estudo Dificulda de de Estado Andar Populaçã de Saúde - 100m Esteve o Média Média acamado Categoria Sem instrução ou menos de 1 ano 1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 11 anos 12 anos ou mais. 100 100 100 100 100. 3,92 3,94 3,97 4,04 4,18. 4,92 4,92 4,93 4,94 4,95. 4,39 4,12 4,12 4,01 3,44. Tem Plano. Plano Média. 11,53 16,04 21,89 31,56 56,08. 3,96 4,01 4,02 4,05 4,12. Esteve Hospitaliz Procurou Serviço Hospitaliz ado Serviço de Saúde ado Média de Saúde Média. 7,27 7,36 7,01 6,77 6,77. 4,05 4,09 4,13 4,16 4,3. 13,06 13,85 14,94 15,35 17,6. 3,99 4,02 4,04 4,08 4,23. Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Suplemento de Saúde da PNAD.. Impacto financeiro privado dos choques na saúde Este elemento representa o gasto efetivo com serviços privados de saúde, não só excluindo a provisão pública de saúde, mas ainda não refletindo a demanda por saúde privada, uma vez que há fatores que restringem o acesso (distância, tempo de espera, tempo, custo privado do tratamento que pode ser monitorado com pesquisas sobre auto-percepção individual). O consumo efetivo (uso dos serviços) também não necessariamente equivale às necessidades dos serviços de saúde, pois com ou sem necessidade uma pessoa pode 19.

(21) consumir serviços de saúde. Ter ativos de saúde (planos de saúde) pode levar a um uso desnecessário dos serviços de saúde (exames, procedimentos médicos, consultas, internações). A estratégia aqui é usar a última pesquisa de gastos por consumo disponível para o Brasil (POF 2003). Infelizmente, o suplemento especial da PNAD 2003 perdeu a informação detalhada sobre despesas médicas, que as versões de 1981 e 1998 apresentavam. Uma possibilidade alternativa aqui é usara última pesquisa de gastos por consumo disponível para o Brasil (POF). A idéia é construir indicadores descritivos agregados que mensurem a extensão e natureza que o impacto dos choques de saúde tem sobre a situação financeira do domicílio de grupos sócio-econômicos diferentes. POF 2003 apresentar maiores níveis de detalhes do orçamento dos indivíduos e domicílios. A idéia é mensurar os diferentes níveis de agregação do consumo de diferentes itens de saúde e identificar seu impacto nas finanças dos consumidores. Isto inclui uma lista de gastos individuais relacionados aos serviços de saúde e aos gastos com remédio no nível do domicílio. A natureza dos gastos, por exemplo com remédios, fornece informações sobre a origem do impacto financeiro relacionado à saúde sobre indivíduos e domicílios. No entanto, nós acreditamos que vale a pena olhar de perto a relação entre o fornecimento privado e público de saúde, aproveitando os detalhes oferecidos pela POF 2003. Saúde financeira A pesquisa ainda analisa o impacto das doenças sobre a saúde financeira das famílias. No caso dos analfabetos 47,96% deles tiveram despesas privadas de saúde que consumiram 20,4% do salário dos doentes pobres em remédios e serviços médicos. No caso das pessoas com o nível universitário 34,6% incorreram em despesas de saúde o que equivale a 9,4% dos seus orçamentos. Paradoxalmente quem pode menos, paga relativamente mais do seu próprio bolso. Despesas Médicas Rio versus Brasil Isolando o Estado do Rio de Janeiro e ap4nas as despesas com serviços médicos que é o objeto de estudo aqui não vemos grandes diferenças do impacto das despesas de serviços médicos no orçamentos. Corresponde a 15,8% da renda de trabalho dos brasileiros e 15,47% no caso dos fluminenses, considerando apenas os que tiveram a despesa (75,9% no caso do Brasil e 73,5% no caso do Rio). 20.

(22) Escassez de Médicos Texto principal Milton Friedman e Simon Kuznets, dois dos maiores economistas que a história conheceu, escreveram em 1945 o livro Income from Independent Professional Practice - um dos primeiros estudos baseados na teoria de capital humano – no qual calculam a taxa de retorno à educação de médicos e dentistas. Segundo eles, o alto retorno recebido pelos médicos do seu investimento em educação se devia a restrições de entrada impostas pela Associação Americana de Medicina. Na mesma linha, podemos argumentar que no caso brasileiro talvez a relativa escassez de médicos se deva a restrições à entrada na profissão. Entretanto, essa restrição se daria num momento anterior, o da formação acadêmica, imposta pela escassez de vagas em cursos superiores de medicina, que por sua vez se deve a combinação de baixo investimento em educação básica e ao alto custo relativo ‘a implantação de tais cursos.. Procuram-se Médicos No momento em que é anunciada a criação a força nacional de saúde, que permitirá utilizar médicos de outros estados em eventuais crises de saúde, pesquisa do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (CPS/IBRE/FGV) demonstra que os profissionais formados em Medicina são os mais raros no mercado brasileiro. Entre 31 carreiras universitárias de graduação comparadas, os médicos são os que apresentam, ao mesmo tempo, a maior taxa de ocupação (90% deles estão empregados), a maior média salarial (R$ 6.270) e a maior jornada de trabalho de 50 horas semanais. Se incluirmos outros níveis educacionais, como os pré-universitários e os de Pós-graduação, chegamos a 85 carreiras escolares. Neste ranking ampliado, indivíduos com Mestrado ou Doutorado em medicina ocupam as posições de destaque nos três quesitos, perdendo apenas no quesito salário para os doutores ou mestres em administração, e liderando os demais. Entre as cinco carreiras universitárias com maior taxa de ocupação no mercado de trabalho, cinco são na área médica. Todos esses indicadores econômicos são fortes indícios de que faltam médicos, o que será confirmado por dados da última PNAD disponível.. 21.

(23) Onde há menor Escassez Econômica de Médicos Na busca de médicos pelas as capitais brasileiras, encontramos a menor jornada de trabalho em Porto Alegre, o menor salário em João Pessoa, e a menor taxa de ocupação em Florianópolis. Rankings Internacionais Outro critério para se analisar a falta dos médicos é analisar a relação de número de médicos por 100 mil habitantes ou, como adotamos aqui por razão de simplicidade de exposição, o número de habitantes por médico. Começando por um ranking de 174 paises da ONU, verificamos que o Brasil aparece em 84o lugar em termos de número de habitantes por médico, com um médico para cada 870 habitantes, logo abaixo do Peru e acima da Algéria. O líder do ranking é Cuba, com um médico para cada 169 habitantes, e os últimos são Malawi, Nigéria e Tanzânia, com um médico para cada 50 mil habitantes.. IDH e Presença de Médicos no Mundo Talvez não seja por coincidência que paises com mais médicos apresentem um IDH mais alto. A geração de médicos necessita de um bom sistema educacional e, além disso, médicos geram saúde e expectativa de vida, outro componente do IDH. E, como este estudo demonstra no contexto brasileiro, médicos geram renda, sendo a carreira universitária que apresenta os maiores salários, taxa de ocupação e jornada de trabalho. IDH X Habitantes por Médico 1,00 Belgica Cuba Brasil. 0,90 0,80. y = -0,1003Ln(x) + 1,4534. 0,70 India. 0,60. Nigeria. 0,50 0,40 0,30 0. 10000. 20000. 30000. 40000. 50000. Fonte: Human Development Report. Detalhamos a seguir a relação entre os componentes do IDH, como expectativa de vida e PIB per capita, de um lado, e o IDH de outro. A relação entre expectativa de vida e o IDH parece mais forte que entre o PIB e o IDH.. 22.

(24) Expectativa de Vida (anos) X Habitantes por Médico 85,00 80,00 75,00 70,00 65,00 60,00 55,00 50,00 45,00 40,00 35,00. y = -5,8692Ln(x) + 109,96. Belgica Cuba Brasil India. Nigeria. 0. 10000. 20000. 30000. 40000. 50000. Fonte: Human Development Report. PIB per capita X Habitantes por Médico 40000 Belgica. 35000. y = -4470Ln(x) + 43131. 30000 25000 20000 15000 Cuba Brasil India. 10000 5000. Nigeria. 0 0. 10000. 20000. 30000. 40000. 50000. Fonte: Human Development Report. Ranking entre Estados Analisando os dados, apresentamos abaixo ranking dos estados brasileiros baseados nos dados do Datasus de 2005. Os líderes são o Distrito Federal (292 habitantes por médico), seguido de perto pelo Rio de Janeiro (292 habitantes por médico) e mais de longe por São Paulo e Rio Grande do Sul, com 448 e 445, respectivamente. Os últimos do ranking dos estados brasileiros são Maranhão (1786 habitantes por médico), Pará (1351) e Piauí (1282). Ou seja, os dois extremos do ranking estadual do Brasil, chamado de Belíndia por Bacha em referencia a alta desigualdade, estão próximos da Bélgica (223) e Índia (1667). O Brasil aparece em uma posição intermediária. No período de 1990 a 2005, o número de habitantes por médico, segundo os dados do Datasus, cai de 893 para 595, o que equivaleria a uma melhora de 22 posições no último ranking estático internacional.. 23.

(25) 2005 Ranking. Unidade da Federação. 2005 1990 2005 HAB/MED HAB/MED Ranking 595 893 292 472 299 389 448 667 495 714 575 862 613 1010 654 1087 654 1282 719 1176 746 1250 769 1176 847 1351 877 1299 877 1235 885 1449 935 1852 943 4545 1031 2128 1031 1563 1087 2128 1111 1639 1220 3846 1235 3846 1250 2778 1282 2174 1351 1961 1786 2857. TOTAL 1 Distrito Federal 2 Rio de Janeiro 3 São Paulo 4 Rio Grande do Sul 5 Espírito Santo 6 Minas Gerais 7 Paraná 8 Santa Catarina 9 Goiás 10 Mato Grosso do Sul 11 Pernambuco 12 Rio Grande do Norte 13 Paraíba 14 Alagoas 15 Sergipe 16 Mato Grosso 17 Roraima 18 Tocantins 19 Bahia 20 Amazonas 21 Ceará 22 Amapá 23 Acre 24 Rondônia 25 Piauí 26 Pará 27 Maranhão Fonte: Ministério da Saúde - CGRH-SUS/SIRH. 1990 Ranking 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27. 893 2 1 3 4 5 6 7 12 9 11 8 14 13 10 15 18 27 21 16 20 17 26 25 23 22 19 24. A Geografia da Medicina Apresentamos abaixo um zoom de mapas refletindo a distribuição espacial relativa de médicos na mesma escala que vão do nível global ao local fluminense e carioca, passando pelas esferas estaduais e municipais. Habitantes por Médico Esfera Mundo UF. Mínimo 169,20 Cuba Distrito 56,00 Federal. mun. Br e Rio (+ 250 mil 93,55 Hab) RAs Cariocas 49,21. Maximo 50000,00 Tanzania 342,00. Maranhão. Niterói. 6878. Belfort Roxo. Lagoa. 4926,70. Pavuna. Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE e Human Development Report. 24.

(26) Rankings Municipais Discutimos os rankings dos municípios com mais de 250 mil habitantes para dar mais precisão as estimativas, uma vez que a existência de médicos pode ser considerada um evento raro (embora apresentemos também os resultados para os municípios com mais de 100 mil e mais de 200 mil habitantes). Os resultados são surpreendentes à luz daqueles do Rio de Janeiro, em direção ao qual as atenções do país se voltam por força da epidemia de dengue. Entre todos municípios brasileiros, Niterói é também disparado o primeiro no pais (um médico para cada 93,55 habitantes). Vitória é o segundo, com 133 médicos por habitantes, seguido de Porto Alegre, Florianópolis e Ribeirão Preto. A menor estatística entre as cidades com mais de 250 mil habitantes é Belfort Roxo também situada no Estado do Rio de Janeiro (um médico para cada 6.879 habitantes) acompanhado de perto de outros municípios fluminenses como São João do Meriti e Duque de Caxias (com um médico para cada 2.832 e 2.841 habitantes, respectivamente). No caso do Espírito Santo, que tem o segundo município do país com menor número de habitantes por médico (Vitória, com 133) também apresenta o penúltimo desta classe de municípios (Serra, com 3.863 habitantes por médico). Este resultado demonstra que o problema de distribuição espacial de médicos não se dá apenas entre estados, mas também no interior dos estados. O estudo analisa movimentos pendulares dos médicos que moram em um município e trabalham em outro, que se revela de importância neste caso.. 25.

(27) Ranking municípios brasileiros com mais de 250 mil hab 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43. RJ ES RS SC SP MG SP RJ SP PE SP GO SP PB AL PR SE SP DF RS SP PA RS BA MG RN MG ES SP RJ PR MT PB MG SP PI MS CE SP PR SP SP RJ. Niterói Vitória Porto Alegre Florianópolis Ribeirão Preto Belo Horizonte Santos Rio de Janeiro Campinas Recife São José do Rio Preto Goiânia Jundiaí João Pessoa Maceió Curitiba Aracaju São Paulo Brasília Pelotas São José dos Campos Belém Caxias do Sul Salvador Uberaba Natal Juiz de Fora Vila Velha Sorocaba Petrópolis Londrina Cuiabá Campina Grande Uberlândia Santo André Teresina Campo Grande Fortaleza Moji das Cruzes Maringá São Bernardo do Campo Piracicaba Campos dos Goytacazes. médicos/ habitantes 0,010690 0,007515 0,007461 0,006408 0,005363 0,004972 0,004793 0,004600 0,004567 0,004395 0,003971 0,003898 0,003855 0,003667 0,003533 0,003451 0,003253 0,003229 0,003151 0,003061 0,003007 0,002983 0,002974 0,002970 0,002962 0,002943 0,002818 0,002701 0,002685 0,002513 0,002439 0,002316 0,002310 0,002201 0,002151 0,002072 0,002038 0,002007 0,001965 0,001940 0,001934 0,001832 0,001762. 26. população total do município 462884 272126 1321886 285281 478637 2154161 407647 5613897 962996 1388193 360860 1073490 296994 594968 806167 1618279 451027 10009231 2016497 318895 524806 1.200.355 357044 2331612 254520 699339 458417 325482 477927 282182 438704 460263 356337 502416 631727 703796 665206 2139372 347542 292299 742887 324211 401214. habitantes por médico 93,55 133,07 134,04 156,06 186,46 201,14 208,62 217,38 218,96 227,54 251,82 256,57 259,38 272,67 283,06 289,75 307,45 309,73 317,41 326,74 332,58 335,20 336,20 336,65 337,56 339,81 354,81 370,29 372,51 398,00 410,00 431,77 432,97 454,26 464,85 482,71 490,56 498,34 508,85 515,52 516,97 545,81 567,49.

(28) Ranking (Continuação) municípios brasileiros com mais de 250 mil hab 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81. SC MG MA AM SP RO BA PE SP RJ AP PE SP GO PR BA RS BA PR AC SP SP PE PA RJ MG SP MG RJ SP SP RJ ES SP SP GO ES RJ. Joinville Montes Claros São Luís Manaus Bauru Porto Velho Vitória da Conquista Olinda Franca Nova Iguaçu Macapá Jaboatão dos Guararapes Limeira Anápolis Foz do Iguaçu Feira de Santana Canoas Ilhéus Ponta Grossa Rio Branco Osasco Guarulhos Paulista Ananindeua São Gonçalo Contagem Diadema Betim Duque de Caxias Mauá São Vicente São João de Meriti Cariacica Carapicuíba Itaquaquecetuba Aparecida de Goiânia Serra Belford Roxo. médicos/ habitantes. população total do município. 0,001760 0,001710 0,001669 0,001611 0,001602 0,001393 0,001229 0,001201 0,001150 0,001084 0,001078 0,001052 0,001011 0,001001 0,000981 0,000946 0,000928 0,000900 0,000803 0,000754 0,000743 0,000740 0,000727 0,000669 0,000664 0,000615 0,000493 0,000471 0,000403 0,000389 0,000377 0,000353 0,000336 0,000311 0,000299 0,000265 0,000259 0,000145. 437487 290609 855442 1.285.841 320316 314.525 257190 356418 297352 873583 267140 567728 250267 287611 268188 489291 297270 258917 272668 269.180 671159 1134819 253149 419.754 880561 529805 338845 318694 756738 385178 289153 441858 324660 366895 284266 343145 312846 433348. habitantes por médico 568,16 584,73 599,05 620,88 624,40 718,09 813,89 832,75 869,45 922,47 927,57 950,97 989,20 998,65 1019,73 1056,78 1077,07 1111,23 1245,06 1326,01 1345,01 1350,98 1375,81 1493,79 1505,23 1625,17 2029,01 2124,63 2481,11 2567,85 2652,78 2832,42 2978,53 3218,38 3344,31 3770,82 3862,30 6878,54. Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE. Nas tabelas a seguir avaliamos o número de habitantes por médico no interior dos municípios que ocupam as posições extremas do ranking acima. Em Itaipu (Niterói) o número de habitantes por médicos é de 86. Por outro lado, em Parque São José (Belford Roxo) são 9736 habitantes por médico.. 27.

(29) Habitantes por Médico Niterói Itaipu Niterói. Hab / Med 86 96. Horas Salário semanais 51.79 4762.2 3498.6 49.26. Belford Roxo Hab / Horas Med Salário semanais 1973 2081.0 41.49 Areia Branca Jardim Redentor Lote XV Nova Aurora 9734 3991.4 48.00 Parque São José Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE. Apresentamos abaixo as mesmas evidências para o município do Rio de Janeiro. No topo do ranking está a Lagoa, com 49 habitantes por cada médico. Informações de outros distritos/subdistritos no Rio de Janeiro estão disponíveis no anexo. Município do Rio de Janeiro Lagoa Botafogo Barra da Tijuca Copacabana Tijuca Vila Isabel Santa Teresa Ilha do Governador Méier Jacarepaguá Rio Comprido Inhaúma Irajá Madureira Penha Ramos Campo Grande Centro Realengo Portuária São Cristovão Anchieta Bangu Cidade de Deus Santa Cruz Guaratiba Pavuna Complexo do Alemão Ilha de Paquetá Jacarezinho Maré Rocinha. Hab / Med 49 57 58 64 71 83 175 210 222 325 341 570 585 940 1098 1184 1285 1349 1504 1599 1810 2118 2748 3456 4511 4819 4927 -. Salário 5232.9 4015.4 5166.5 3568.7 3520.9 3620.5 3324.2 3306.6 2997.8 3311.1 2749.6 2556.8 2901.9 2166.5 2285.4 2872.1 2812.9 1783.6 2517.6 1694.0 2084.4 2867.9 1919.5 399.14 2522.8 1563.7 1345.6. Horas semanais 47.42 46.47 51.08 45.61 48.69 49.36 42.40 51.07 47.73 51.01 42.91 47.96 48.54 47.67 43.14 48.77 50.02 38.78 50.36 31.12 46.29 47.20 46.73 45.00 53.80 33.14 52.84. Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE. 28.

(30) Movimentos Pendulares Residência-Trabalho Em seguida fizemos um zoom para captamos um tipo de deslocamento dos médicos fluminenses algumas vezes necessário para esses profissionais, o de casa ao trabalho ente diferentes municípios. Ou seja, os médicos também são profissionais que em geral trabalham em localidades diferentes a de residência. No estado do Rio de Janeiro, 81, 88% dos médicos trabalham no mesmo município em que residem. Dos que se deslocam, grande parte trabalham no município do Rio de Janeiro (44,97% dos que se deslocam), seguido de Niterói (6,6%) e São Gonçalo (6,13%). A tabela a seguir sintetiza a perda dos médicos dos municípios de residência função destes movimentos pendulares casa-trabalho-casa que são detalhados nas tabelas mais detalhadas a seguir: Médicos Residentes no Estado do Rio de Janeiro Perda Líquida de Médicos por Movimentos Pendulares Residência-Trabalho - %. Pontos de Porcentagem 8,01 4,70 0,37 0,26 0,28 -0,04 0,10 0,05 0,22 -0,33. Rio de Janeiro Niterói Nova Iguaçu Petrópolis Campos dos Goytacazes São Gonçalo Volta Redonda Nova Friburgo Teresópolis Duque de Caxias. Variação Percentual 11,77 38,00 16,09 14,21 15,73 -2,76 7,63 5,62 24,72 -45,21. Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE. Os municípios com mais médicos do Rio de Janeiro tendem a perder em termos líquidos profissionais de saúde. No caso do Rio de Janeiro a queda é de 11,77% dos seus médicos (ou 8 pontos de porcentagem da composição estadual). Niterói a líder brasileira em médicos por habitantes perde 38% de seus médicos durante o dia (ou 4,7 pontos de porcentagem da composição estadual). Isto significa que a taxa real de habitantes por profissionais que ali trabalham em Niterói é de 129 habitantes por médico e não os 93 as estatística calculada em cima dos médicos residentes. De qualquer forma, como o número dos outros municípios a com a maior presença de médicos é 42% acima a começar por Vitória (133). De fato quando se aplica procedimento semelhante aos municípios capixabas não se observa inversão da posição de liderança do ranking de Niterói pois Vitória perde em termos líquidos 1,78% de seus médicos em movimentos casa-trabalho-casa. Serra que ocupa a posição logo a seguir do ranking das cidades com mais de 250 mil habitantes também pouco muda função de movimentos pendulares perda líquida de 0,93% de seus médicos. O município capixaba que se destaca é Vila Velha onde nada menos que 46,2% de seus médicos trabalham em outros municípios. A proporção de Belfort Roxo na população médica do estado praticamente dobra (sobre 85%) quando passamos do critério de município de residência para o município que trabalha praticamente igualando a escassez absoluta de médicos do município de Serra no Espírito do Santo.. 29.

(31) Médicos Residentes no Estado do Rio de Janeiro MUNICÍPIO E UF OU PAÍS MUNICÍPIO DE RESIDÊNCIA ESTRANGEIRO QUE % TRABALHA OU ESTUDA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57. RIO DE JANEIRO NITEROI NOVA IGUACU PETROPOLIS CAMPOS DOS GOYTACAZES SAO GONCALO VOLTA REDONDA DUQUE DE CAXIAS NOVA FRIBURGO TERESOPOLIS CABO FRIO MACAE RESENDE BARRA MANSA SAO JOAO DE MERITI ANGRA DOS REIS ITABORAI ITAPERUNA BARRA DO PIRAI BELFORD ROXO ARARUAMA NILOPOLIS TRES RIOS VALENCA ARMACAO DOS BUZIOS RIO BONITO SAO PAULO MAGE SANTO ANTONIO DE PADUA MARICA RIO DAS OSTRAS SAQUAREMA PARACAMBI CANTAGALO VASSOURAS RIO DE JANEIRO - SEM ESPECIFICACAO BOM JESUS DO ITABAPOANA PARAIBA DO SUL ITAGUAI ITATIAIA PIRAI SEROPEDICA NATIVIDADE SAO JOSE DO VALE DO RIO PRETO SAO PEDRO DA ALDEIA BRASILIA BELO HORIZONTE MIGUEL PEREIRA OLINDA CARMO GUAPIMIRIM JAPERI MIRACEMA PINHEIRAL PORTO REAL QUEIMADOS SÃO PAULO - SEM ESPECIFICACAO. 60,04 7,67 1,93 1,57 1,50 1,49 1,21 1,06 0,84 0,67 0,66 0,62 0,55 0,45 0,45 0,31 0,30 0,27 0,26 0,26 0,20 0,20 0,20 0,18 0,16 0,16 0,16 0,15 0,14 0,13 0,12 0,12 0,11 0,10 0,10 0,09 0,09 0,08 0,07 0,07 0,07 0,07 0,06 0,06 0,06 0,06 0,05 0,05 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57. 30. Rio de Janeiro Niterói Nova Iguaçu Petrópolis Campos dos Goytacazes São Gonçalo Volta Redonda Nova Friburgo Teresópolis Duque de Caxias Cabo Frio Barra Mansa Macaé Resende São João de Meriti Itaperuna Valença Barra do Piraí Angra dos Reis Itaboraí Saquarema Três Rios Maricá Araruama Magé Rio Bonito Rio das Ostras Nilópolis Santo Antônio de Pádua Vassouras Itatiaia Armação dos Búzios Belford Roxo Bom Jesus do Itabapoana Itaguaí Seropédica Paraíba do Sul Guapimirim Queimados Miguel Pereira Piraí Rio Claro Cantagalo Iguaba Grande Natividade Cordeiro Engenheiro Paulo de Frontin Japeri Parati São Fidélis Arraial do Cabo Carmo Miracema Paracambi São Pedro da Aldeia Italva Porciúncula. % 68,05 12,37 2,3 1,83 1,78 1,45 1,31 0,89 0,89 0,73 0,65 0,56 0,55 0,55 0,36 0,32 0,32 0,31 0,25 0,25 0,24 0,24 0,23 0,2 0,19 0,17 0,17 0,16 0,16 0,16 0,15 0,14 0,14 0,13 0,13 0,12 0,11 0,09 0,09 0,08 0,07 0,07 0,06 0,06 0,06 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,03 0,03.

(32) Médicos Residentes no Estado do Espírito Santo. MUNICÍPIO E UF OU PAÍS ESTRANGEIRO QUE TRABALHA OU ESTUDA 1 2 3. VITORIA. MUNICÍPIO DE RESIDÊNCIA. %. %. 47,01 11,38 4,12. VILA VELHA COLATINA. 1 2 3. SAO MATEUS. 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48. CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM SERRA LINHARES GUARAPARI RIO DE JANEIRO SAO PAULO ARACRUZ BELO HORIZONTE MUNIZ FREIRE IUNA VENDA NOVA DO IMIGRANTE FUNDAO ANCHIETA SANTA MARIA DE JETIBA NOVA VENECIA BOA ESPERANCA IBATIBA ICONHA GUACUI PIUMA BRASILIA PEDRO CANARIO AFONSO CLAUDIO SAO GABRIEL DA PALHA PANCAS PINHEIROS ALEGRE BARRA DE SAO FRANCISCO ECOPORANGA APIACA BAIXO GUANDU RIO BANANAL MACAE MIMOSO DO SUL MONTANHA SANTA TERESA NITEROI BOM JESUS DO NORTE. RIO NOVO DO SUL VIANA JERONIMO MONTEIRO LARANJA DA TERRA. Vila Velha São Mateus. 47,86 21,15 3,92. Cachoeiro de Itapemirim. CARIACICA. ITAPEMIRIM. Vitória. 3,92 3,38 3,36 2,12 1,93 1,28 1,18 1,04 1,00 0,70 0,69 0,60 0,52 0,51 0,47 0,46 0,42 0,41 0,35 0,30 0,28 0,27 0,27 0,26 0,25 0,25 0,24 0,24 0,23 0,23 0,22 0,21 0,21 0,21 0,21 0,20 0,19 0,19 0,19 0,15 0,15 0,15 0,15 0,14 0,14. 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48. Colatina Cariacica Linhares Serra Guarapari Iúna Aracruz Nova Venécia Venda Nova do Imigrante São Gabriel da Palha Guaçuí Piúma Santa Maria de Jetibá Alegre Montanha Fundão Anchieta Muniz Freire Domingos Martins Pedro Canário Afonso Cláudio Pancas Barra de São Francisco Apiacá Baixo Guandu Mimoso do Sul Santa Teresa Iconha Bom Jesus do Norte Marataízes Rio Novo do Sul Viana Jerônimo Monteiro Laranja da Terra Presidente Kennedy Alfredo Chaves Boa Esperança Mantenópolis Vargem Alta Itaguaçu Itarana Ibiraçu Conceição do Castelo João Neiva. Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE. 31. 3,86 3,67 2,45 2,36 2,14 1,38 1,29 0,62 0,57 0,52 0,50 0,49 0,49 0,46 0,45 0,43 0,42 0,37 0,34 0,31 0,26 0,25 0,24 0,23 0,21 0,21 0,20 0,19 0,16 0,15 0,15 0,15 0,15 0,14 0,14 0,13 0,12 0,12 0,12 0,12 0,11 0,11 0,10 0,09 0,09.

(33) IDH e Presença de Médicos Talvez não por coincidência Niterói, a líder nacional dos médicos, apresente o segundo IDH do país. Gerar médicos necessita de um bom sistema educacional, médicos geram saúde e expectativa de vida, outro componente do IDH. E como este estudo demonstra médicos geram renda é a carreira universitária que apresenta as maiores rendas, taxa de ocupação e jornada de trabalho. Médicos x IDH. Estado do Rio de Janeiro. 1 0.9 0.8 0.7 0.6. Niterói IDH = 16.231Med/Hab + 0.7432 R2 = 0.4207. Varre-Sai. 0.5 0.000. 0.002. 0.004. 0.006. 0.008. 0.010. 0.012. 0.014. Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE. Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo.. Resultado menos marcado é encontrado quando levamos em conta o salário-hora do medico. As localidades onde os médicos ganham mais por cada hora trabalhada também tendem a apresentar maior IDH. Salário-Hora dos Médicos x IDH. Estado do Rio de Janeiro IDH = 16.231 SalHor + 0.7432. 1. R 2 = 0.4207. 0.9 0.8. Cordeiro. 0.7 0.6 0.5 0.0. 5.0. 10.0 15.0 20.0 25.0 30.0 35.0 40.0 45.0 50.0 55.0 60.0. Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE. Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo.. 32.

(34) Ranking municipais trabalhistas dos médicos por estado . http://www3.fgv.br/ibrecps/medicos/rankings/ocupados.htm http://www3.fgv.br/ibrecps/medicos/rankings/salhora.htm http://www3.fgv.br/ibrecps/medicos/rankings/salario.htm http://www3.fgv.br/ibrecps/medicos/rankings/hora.htm. Quando ampliamos a amostra e analisamos municípios com mais de 100 mil habitantes, o topo do ranking se mantém, mas na cauda despontam municípios em áreas mais distantes como Colombo (18535 médicos por habitantes).. Médicos Sem Fronteiras A crônica falta de médicos em determinadas localidades ocorre apesar do fato desses profissionais possuírem altas taxas de deslocamento para outros estados e municípios. Os gráficos a seguir mostram que os médicos são os que mais migram para outras localidades, apenas 73,62% deles são nativos dos Estados que residem atualmente. Quando olhamos em nível municipal esse percentual e ainda menor (apenas 43,63%). Panorama – Nativo do Estado (%) 80.99 79.96. 79.94 77.66 76.41. 73.62. Medicina. Engenharia Civil. Direito. Administração. Ciências Econômicas. Comunicação Social. www.fgv.br/cps. Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE. 33.

(35) Panorama – Nativo do Município (%). 56.54 49.02. 51.47. 53.21 48.41. 43.63. Medicina. Engenharia Civil. Direito. Administração. Ciências Econômicas. Comunicação Social. www.fgv.br/cps. Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE. As tabelas a seguir ilustram que o grande estado fornecedor de nativos para exercerem o ofício médico em outros estados é Minas Gerais e o maior estágio anterior de migração dos médicos é São Paulo.. RETRATO DE MIGRAÇÃO DOS MÉDICOS Por Origem de Nascimento. População. Amostra. População %. Salário. Horas semanais. total. 263831. 26915. 100.00. 5655.1. 50.06. UF de nascimento. 192472. 19600. 72.95. 5524.8. 49.88. 10287 8531 7160 4611 3650 3151 2859 2713 2329 2215 2153 1920. 1037 896 734 495 375 317 287 276 225 225 214 202. 3.90 3.23 2.71 1.75 1.38 1.19 1.08 1.03 0.88 0.84 0.82 0.73. 6234.4 6152.1 6128.9 5744.4 6441.0 6072.0 8207.1 5369.0 5712.4 6206.5 8565.2 6113.1. 51.50 51.20 48.88 51.14 53.10 47.64 50.25 48.93 50.94 51.52 50.20 48.73. NATIVO MINAS GERAIS SÃO PAULO RIO DE JANEIRO RIO GRANDE DO SUL PARANÁ PERNAMBUCO PARAÍBA BAHIA PARÁ GOIÁS CEARÁ SANTA CATARINA. 34.

(36) ESPÍRITO SANTO. 1694. 172. 0.64. 5865.8. 52.33. ALAGOAS. 1448. 150. 0.55. 6060.0. 49.77. MARANHÃO. 1358 1191 1178 1065 903 883 748 675 651 613 511 507 473 410 343 310 305 301 280 249 233 214 200. 138 118 129 107 93 82 77 70 69 62 51 54 49 42 35 32 33 28 31 33 22 22 20. 0.51 0.45 0.45 0.40 0.34 0.33 0.28 0.26 0.25 0.23 0.19 0.19 0.18 0.16 0.13 0.12 0.12 0.11 0.11 0.09 0.09 0.08 0.08. 5265.0 5816.0 4550.5 5106.0 5394.0 6207.4 5621.7 4828.5 4915.0 4256.6 4625.0 7827.2 5813.4 3809.1 3792.1 4449.7 6861.2 2816.7 5489.9 2926.5 4800.0 4411.5 4631.7. 49.94 48.38 53.54 50.37 52.27 52.11 51.52 48.19 46.46 50.04 49.92 47.13 48.41 52.33 54.33 52.41 47.06 49.02 48.23 41.88 49.49 55.30 47.87. PIAUÍ BOLÍVIA RIO GRANDE DO NORTE PORTUGAL SERGIPE MATO GROSSO DO SUL ARGENTINA AMAZONAS PERU COLOMBIA ITÁLIA MATO GROSSO DISTRITO FEDERAL JAPÃO ALEMANHA ESPANHA CHILE URUGUAI CUBA PARAGUAI CHINA ACRE. Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo Demográfico/IBGE. 35.

(37) RETRATO DE MIGRAÇÃO DOS MÉDICOS Por Residência Anterior. População. Amostra. População %. Salário. Horas semanais. 263831 231535 5314. 26915 23584 545. 100.00 87.76 2.01. 5655.1 5757.0 5680.5. 50.06 49.79 50.89. RIO DE JANEIRO. 3980. 413. 1.51. 5298.6. 52.56. MINAS GERAIS. 2842. 290. 1.08. 5063.5. 53.26. Ignorado. 2173. 229. 0.82. 5002.9. 51.55. RIO GRANDE DO SUL. 1663. 176. 0.63. 4638.1. 55.18. PARANÁ. 1430. 150. 0.54. 4856.0. 54.10. PARÁ. 1107. 109. 0.42. 4788.9. 56.97. GOIÁS. 1083. 110. 0.41. 4777.5. 50.29. BAHIA. Total NATIVO SÃO PAULO. 1077. 107. 0.41. 4898.9. 50.65. DISTRITO FEDERAL. 974. 98. 0.37. 4852.1. 53.53. PERNAMBUCO. 880. 91. 0.33. 5098.9. 46.90. ESPÍRITO SANTO. 755. 77. 0.29. 4650.7. 56.28. SANTA CATARINA. 674. 71. 0.26. 3707.4. 52.03. PARAÍBA. 656. 68. 0.25. 4237.3. 48.27. CEARÁ. 604. 61. 0.23. 3072.3. 47.77. ESTADOS UNIDOS. 595. 58. 0.23. 6833.2. 50.33. ALAGOAS. 552. 61. 0.21. 3921.5. 48.82. PIAUÍ. 427. 43. 0.16. 5049.9. 53.01. AMAZONAS. 416. 42. 0.16. 5020.4. 51.53. MARANHÃO. 393. 38. 0.15. 4336.3. 52.05. MATO GROSSO. 378. 45. 0.14. 5365.6. 53.14. MATO GROSSO DO SUL. 354. 38. 0.13. 5359.3. 51.95. COLOMBIA. 334. 32. 0.13. 3973.3. 45.98. RIO GRANDE DO NORTE. 311. 31. 0.12. 3779.9. 55.80. ARGENTINA. 297. 32. 0.11. 3703.5. 47.56. SERGIPE. 270. 25. 0.10. 5152.5. 56.00. RONDÔNIA. 269. 28. 0.10. 3242.7. 46.67. BOLÍVIA. 229. 25. 0.09. 2563.3. 53.10. GRÃ-BRETANHA. 180. 17. 0.07. 6391.0. 43.53. 175 18 0.07 4775.0 174 24 0.07 2883.6 FRANÇA 173 17 0.07 4655.9 Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo Demográfico/IBGE. 54.71 41.09 58.67. ALEMANHA CUBA. 36.

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