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Os Farmacêuticos Hospitalares Durante a Pandemia COVID-19

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Os Farmacêuticos Hospitalares Durante

a Pandemia COVID-19

Hospital Pharmacists During the COVID-19 Pandemic

Helena Farinha1, João Rijo1

1. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, Hospital de Egas Moniz, Lisboa, Portugal Autor Correspondente/Corresponding Author:

Helena Farinha; mhmartins@chlo.min-saude.pt

Hospital de Egas Moniz – Serviços Farmacêuticos. Rua da Junqueira nº 126. 1349-019 Lisboa, Portugal Recebido/Received: 01/06/2020; Aceite/Accepted: 16/06/2020; Publicado/Published: 21/07/2020 DOI: https://doi.org/10.25756/rpf.v12i1-2.236

© Autor (es) (ou seu(s) empregador(es)) 2020. Reutilização permitida de acordo com CC BY-NC. Nenhuma reutilização comercial. © Author(s) (or their employer(s)) 2020. Re-use permitted under CC BY-NC. No commercial re-use.

Resumo

A pandemia COVID-19 determinou um cenário desafiante a todo o sistema de saúde e à sociedade no geral, impondo aos farmacêuticos hospitalares a necessidade de planearem e organizarem a resposta dos profis-sionais do serviço aos desafios colocados pela COVID-19.

Reestruturaram o serviço em resposta à COVID-19 e à necessidade de proteger as equipas, organizando--se para não comprometerem a atividade assistencial e de apoio à ação médica e, simultaneamente, da-rem uma resposta eficaz face à nova realidade, não descurando a componente de revisão e monitorização da utilização das tecnologias de saúde e a farmacovigilância ativa de fármacos usados no tratamento da COVID-19. Criaram planos de contingência em adaptação contínua face à evolução da pandemia; partici-param na preparação da resposta da instituição e na abordagem aos cuidados farmacoterapêuticos; reor-ganizaram circuitos e fluxos de distribuição; priorizaram processos; desenvolveram planos de recursos hu-manos, antecipando os riscos; treinaram as suas equipas; articularam planos de higienização; apetrecharam

novos serviços e adequaram e geriram stocks, antecipando as necessidades.

Com os doentes externos, encontraram soluções para mitigarem as suas deslocações ao hospital, como a cedência de medicação para períodos mais alargados quer para aqueles com meios de se deslocarem em se-gurança à Farmácia Hospitalar (ou os cuidadores/representantes), quer para os que recorreram à dispensa em proximidade via farmácias comunitárias ou diretamente no domicilio. Com a dispensa em proximidade cresceram as teleconsultas.

Esta reorganização foi feita cuidando das pessoas e trabalhando em equipa, todos focados na identificação das soluções mais adequadas em cada momento para os diferentes contextos hospitalares, incluindo para os doentes internados ou externos. Em cada momento, os farmacêuticos hospitalares saberão interpretar os cenários que se vão sucedendo e adaptar a ação, focando-se nos aspetos da melhoria contínua dos processos e dos cuidados ao doente.

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Introdução

A COVID-19 é a designação dada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para identificar a doença causada pelo novo coronavírus da síndrome

respi-ratória grave2, o vírus SARS-CoV-2,1 identificada

pela primeira vez em Wuhan, na província de Hubei, República Popular da China, a 1 de dezembro de 2019. A 31 de dezembro do mesmo ano, o gabinete da OMS da China informa sobre as mais de duas dezenas de casos de pneumonia atípica, de origem desconhecida, detetados na referida cidade chinesa. De acordo com o Hospital Municipal de Wuhan, os primeiros casos ocorreram entre 12 e 29 de dezembro, sem

identifica-ção clara do vírus.2

A 11 de março de 2020, a OMS declarou o surto uma

pandemia.2 Até 24 de maio de 2020, foram

confirma-dos pelo menos 5 288 392 casos da doença em mais de 188 países e territórios, morreram pelo menos 340 875

pessoas e 2 102 557 foram curadas.3

Portugal confirmou os seus dois primeiros casos de COVID-19 a 2 de março de 2020. A 14 de março, com 169 casos confirmados e 1704 suspeitos de infeção, Portugal entrou em fase de crescimento exponencial do número de pessoas contaminadas com COVID-19. A 15 de março, todos os museus e monumentos nacio-nais são encerrados e são anunciados limites à

circu-Abstract

The COVID-19 pandemic set a challenging scenario for the entire health system and society in general, im-posing on hospital pharmacists the need to plan and organize their staff response to the challenges posed by COVID-19.

In response to COVID-19 and the need to protect the teams they restructured the service, organizing them-selves in order not to compromise their assistance activity and, simultaneously, to provide an effective response to the new reality, not disregarding the health technologies review and monitoring as well as the active pharmacovigilance of drugs used to treat COVID-19. They created contingency plans in continuous adaptation to the evolution of the pandemic; participated in the preparation of the institution’s response and in the approach to the pharmacotherapeutic care; reorganized distribution circuits and flows; prior-itized processes; developed human resource plans, anticipating risks; trained their teams; articulated hy-giene plans; equipped new services and adapted and managed stocks, anticipating needs.

With outpatients, they found solutions to mitigate their travels to the hospital, such as the provision of medication for longer periods, either for those with the means to travel safely to the Hospital Pharmacy (or the caregivers /representatives), or for those who resorted to proximity dispensing services via community pharmacies or directly at home. Proximity services made hospital pharmacists teleconsultations service grew. This reorganization was done taking care of people and working as a team, all focused on identifying the most appropriate solutions, at each moment, for different hospital contexts, including for people hospitalized or outpatients. At each moment, hospital pharmacists will be able to interpret the scenarios that are happen-ing and adapt the action, focushappen-ing on aspects of continuous improvement of processes and patient care.

Keywords: COVID-19; Pharmacists; SARS-CoV-2; Pharmacy Service, Hospital.

lação da fronteira com Espanha, limitando-a à circula-ção de trabalhadores transfronteiriços e mercadorias. A 16 de março, Portugal tinha 331 casos confirmados e três recuperados, 2908 casos suspeitos e também a primeira morte. A 19 de março foi declarado o estado de emergên-cia em todo o país e notiemergên-ciada a segunda morte. A 5 de abril, Portugal registava 11 278 casos confirmados, 295 mortos e 75 recuperados. A 2 de Maio de 2020 foi feita a transição do estado de emergência, que vigorava no país desde o dia 19 de março, para o estado de calamidade. Nesta altura, o país contava com 25 190 casos totais

con-firmados e 1023 mortes.4

O impacto potencial devastador da COVID-19 tem motivado a adoção de diversas de medidas de saúde pública de prevenção e controlo, acompanhadas de medidas legislativas que, sendo necessárias, têm tam-bém um profundo impacto na economia e na socie-dade em geral. Destacam-se em particular as medidas de distanciamento social, uso de equipamento de pro-teção individual (EPI), a higienização frequente das mãos, o confinamento, o fecho de fronteiras e a limi-tação das deslocações internas, o encerramento de es-colas, estabelecimentos e locais públicos que agregam muita gente, entre outras.

Ao nível nacional, foram emanadas orientações estra-tégicas ao sector da Saúde face a esta ameaça, tendo

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sido desenhados níveis de alerta e reposta, integrando evidência técnica e científica, nacional e internacional. A fase de resposta incluiu três níveis e seis subníveis, de acordo com a avaliação de risco para COVID-19 e o seu

impacto,5 sendo que evolução epidemiológica da

infe-ção é que determinará a necessidade de ajustamento. Os hospitais desenharam os seus Planos de Contingência (PC), em conformidade com as reco-mendações publicadas pela OMS, pelo European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC) e pela Direção Geral da Saúde (DGS), com o obje-tivo de organizar a resposta para o caso de admis-são de um doente com possível suspeita de infeção pelo SARS-CoV-2 de modo a: (1) identificar pre-cocemente, (2) isolar o caso suspeito o mais rápido possível e (3) garantir uma comunicação rápida e eficaz com a entidade que valida os casos suspeitos (PC do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO), E.P.E. e Hospital de Egas Moniz (HEM)). Também, face à pouca evidência disponível sobre a abordagem terapêutica da COVID-19, elaboraram, em contexto multidisciplinar, protocolos terapêuticos para o tratamento desta infeção, baseando-se na me-lhor evidência científica existente e publicada à data, permitindo com isso modificar intervenções e ajustar ou abandonar outras, por motivos relacionados com benefícios, danos ou futilidade. Como é expectável, o grau de evidência e a força de recomendação dos tra-tamentos farmacológicos sugeridos em tais protoco-los apresenta a fragilidade prevista, dado o conheci-mento científico atual sobre a COVID-19 (Protocolo terapêutico do CHLO – SARS-CoV-2).

De igual modo, os serviços clínicos e os de apoio à ação médica como os Serviços Farmacêuticos Hospitalares (SFH), entre outros, elaboraram os seus PC com o objetivo de planear e organizar a resposta dos profissionais do serviço aos desafios colocados pela COVID-19. Estes PC foram sujeitos a atualiza-ções periódicas, refletindo a evolução do surto de SARS-CoV-2, as recomendações publicadas pela OMS, ECDC e pela DGS, bem como as regras apro-vadas pelos Conselhos de Administração (CA) dos hospitais (Plano de Contingência dos Serviços Farmacêuticos - CHLO, E.P.E.).

Este artigo pretende sumarizar um conjunto de ações de prevenção, controlo e resposta à COVID-19 reali-zadas pelos SFH, compartilhando práticas e experiên-cias que poderão ser úteis para os colegas que estão a enfrentar a mesma situação, constituindo também uma referência sobre a abordagem a uma pandemia que fica disponível para reflexão futura.

1. Caracterização do Hospital

e da atividade dos SFH

Os Centros Hospitalares prestam cuidados de saúde aos cidadãos no âmbito das responsabilidades e ca-pacidades dos hospitais que os integram, intervindo de acordo com as áreas de influência e redes de re-ferenciação e em articulação com as instituições que integram a rede de prestação de cuidados de saúde. Desenvolvem ainda atividades complementares de ensino pré e pós-graduado, formação e investigação. Particularizando, o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, integra os Hospitais de Egas Moniz, de anta Cruz e de São Francisco Xavier, dispondo de todas as valências de cuidados de saúde diferencia-dos. Os variados serviços clínicos agrupam-se em departamentos, nomeadamente Medicina, Coração, Neurociências, Psiquiatria e Saúde Mental, Cirur-gia, Cirurgia Plástica e da Cabeça e Pescoço, Mulher e Criança, Anestesiologia e Bloco Operatório, ima-giologia e Medicina Nuclear, Patologia e Medicina Laboratorial, outros serviços e unidades de ação mé-dica. É reconhecido, pelo Ministério da Saúde, como Centro de Referência em várias áreas e a sua área de influência direta corresponde às freguesias de São Francisco Xavier, Santa Maria de Belém, Ajuda, Alcântara e Santo Condestável, do concelho de Lisboa, e aos concelhos de Oeiras e Cascais, bem como

Amadora e Sintra.6 No seu conjunto, no final de 2018,

dispunha de aproximadamente 814 camas mais 28 berços e 4052 profissionais, dos quais, entre outros,

991 médicos, 1341 enfermeiros e 26 farmacêuticos.7

Estes últimos incluem uma Diretora e três Coordena-doras, uma por cada unidade hospitalar.

Os SFH constituem uma estrutura importante dos cuidados de saúde em meio hospitalar, fazendo parte do grupo de serviços de apoio à ação médica. Contri-bui para o seu funcionamento uma equipa constituí-da por farmacêuticos, técnicos superiores de diagnós-tico e terapêutica (TSDT), assistentes técnicos (AT)

e assistentes operacionais (AO).8

O conceito atual de farmácia hospitalar centra-se na existência de duas grandes áreas: atividades de supor-te e atividades clínicas. A primeira envolve todas as atividades de carácter mais “mecânico” (ex.: farmaco-tecnia, distribuição) que funcionam em suporte às ati-vidades clínicas. Naturalmente, o uso apropriado dos fármacos exige a sua distribuição segura, rigorosa e eficiente, pelo que a automatização de processos é es-sencial, apesar desta não ser o componente mais cru-cial para o seu uso apropriado. A maior contribuição do farmacêutico resulta da redistribuição das tarefas

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distributivas e deslocação para a tomada de decisões no

campo da farmacoterapia e sua monitorização.9 A

deslo-cação dos farmacêuticos hospitalares (FH) para as ativi-dades clínicas tem assentado no pressuposto da manu-tenção de serviços de apoio eficientes (informatização e automatização), garantindo a fiabilidade e qualidade dos processos e permitindo o desenvolvimento gra-dual de atividades clínicas no sentido de proporcionar maior valor ao doente, assente numa prática pela ex-celência.

Os processos chave e atividades de farmácia clí-nica encontram-se assinalados na Fig. 1, deven-do estar enquadradeven-dos nos processos de recursos, de suporte (concretamente as infraestruturas e equipamentos e o ambiente de trabalho) e natu-ralmente, nos processos de medição, análise e me-lhoria, avaliação de clientes internos e externos, controlo de documentos e registos, não confor-midades e ações corretivas, e auditorias internas (Sistema de Gestão da Qualidade, Serviços Farma-cêuticos CHLO, E.P.E.).

É objetivo global da atividade do farmacêutico oti-mizar os resultados de saúde, através do trabalho em equipa multidisciplinar, a fim de se alcançar o uso responsável do medicamento em todos os níveis de

cuidados.8

A equipa dos SFH, de acordo com as funções atribuí-das e capacidades, exerce a sua atividade tendo como objetivo essencial o cidadão em geral e o doente em particular. A sua missão consiste em garantir que o medicamento e outras tecnologias de saúde são efica-zes, seguras e custo-efetivas e estão disponíveis quan-do necessárias. Para isso:

Figura 1. Processos chave e atividades de farmácia clínica. Adaptado de 8, 10-12

• Emitem pareceres sobre a seleção e utilização

(pa-receres técnicos e validação de prescrições);

• Identificam necessidades e solicitam a aquisição;

• Garantem condições adequadas de armazenamento

e distribuição;

• Preparam formulações oficinais e magistrais;

• Ajustam posologias (farmacocinética clínica);

• Asseguram a monitorização, reconciliação e

vigilân-cia da utilização;

• Geram informação;

• Participam em ensaios clínicos e projetos de

inves-tigação;

• Fazem formação pré e pós-graduada;

• Apoiam comissões e grupos de trabalho.8

2. Planos de contingência

e resposta dos SFH

Os PC dos SFH têm por objetivo planear, organizar e preparar a resposta dos profissionais do serviço ao impacto da COVID-19 e, simultaneamente, reduzir a disseminação da infeção, através da promoção de medidas de saúde pública, individuais, coletivas e comunitárias. Por isso, visam antecipar impactos nas rotinas, ensaiando protocolos de atuação de acordo com diferentes estádios de evolução da epidemia e preconizam a interação transdisciplinar, adaptando o funcionamento e resposta dos SFH às necessidades

de cada instituição e à evolução da situação.13

Adicio-nalmente, pretendem garantir que as eventuais alte-rações produzidas no âmbito das atividades chave e a interação de processos dos SFH não afete a qualidade prevista, assegurado a sua missão.

Seleção de medicamentos e análises

de consumos PP SF 01

Aquisição ArmazenamentoRecepção e Distribuição de Medicamentos

Farmacotecnia

Ensaios Clínicos Farmacocinética Farmacovigilância Terapêutica Nutricional Acompanhamento e Revisão Farmacoterapêutica Informação de Medicamentos Consulta Farmacêutica Revisão e Reconciliação da Medicação PP SF 02 PP SF 03 PP SF 04 PP SF 05 PP SF 09 PP SF 07 PP SF 11 PP SF 10 PP SF 12 PP SF 08

QUALIDADE

QUALIDADE

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2.1. O que foi feito

Os FH tiveram de se adaptar a este período que vive-mos, reorganizando o seu serviço e dotando as suas equipas no sentido de darem a melhor e mais adequa-da resposta às contingências esperaadequa-das e não previs-tas, antecipando cenários e desenhando planos de atuação. Organizaram-se no sentido da manutenção da sua atividade assistencial e de apoio à ação médi-ca, priorizando processos e garantindo uma resposta e cobertura eficazes e seguras aos serviços clínicos, profissionais de saúde (PS) e doentes.

Para o efeito, num período de grande exigência as-sistencial, os FH desenvolveram esforços no sentido de não comprometerem a sua atividade assistencial aos doentes “não-COVID” (internamento, hospitais de dia, ambulatório) e, simultaneamente, darem uma resposta pronta, eficaz e segura face à nova realida-de que se instalou, não realida-descurando a componente realida-de revisão e monitorização da utilização das tecnologias de saúde no seu geral e, em particular, a farmacovi-gilância ativa de fármacos usados no tratamento da presente pandemia dada parca evidência disponível à data. Ainda sobre a evidência, como o conhecimento não se produz à velocidade desejada, os PS e em parti-cular o FH, em atividade assistencial ou no âmbito da sua participação em comissões técnicas, devem man-ter uma visão crítica face aos processos de decisão relativos às respostas terapêuticas para a COVID-19. Os FH tiveram necessidade de se antecipar e reestru-turar o serviço em resposta à COVID-19 e à necessida-de necessida-de proteger as equipas. Criaram-se PC em adapta-ção contínua face à evoluadapta-ção da pandemia (alinhados com a resposta da instituição e em articulação com o PPCIRA local e o CA); participaram com as equipas de saúde na avaliação da abordagem da resposta e dos cuidados fármaco-terapêuticos; reorganizaram cir-cuitos e fluxos de distribuição dentro e fora da farmá-cia; priorizaram a segurança dos processos, em parti-cular os relativos a atividades críticas; desenvolveram planos de recursos humanos, antecipando os riscos; formaram as suas equipas (que incluem TSDT, AT e AO); articularam planos de higienização; abriram e apetrecharam novos serviços; adequaram e geriram

stocks, antecipando as necessidades. Sobre este

últi-mo aspeto, globalmente, mesúlti-mo com o fecho de fron-teiras, a indústria farmacêutica conseguiu assegurar a procura, permitindo que os FH gerissem as suas existências sem grandes sobressaltos; no que toca à solução antissética de base alcoólica (SABA) para utilização pelos PS ou de produtos de desinfeção, a situação foi bem mais complexa dado o incremento

exponencial do seu consumo, pelo que ambos estes artigos sendo escassos, particularmente no início da pandemia, exigiram uma gestão mais apertada e mui-ta comunicação e articulação.

Figura 2. Preparação de álcool 70% e manipulação de SABA.

Não menos importante, foi a necessidade de se en-contrarem soluções seguras para os seus doentes em regime de ambulatório, reduzindo as idas ao hospital, nomeadamente pela cedência de medicação para pe-ríodos mais alargados quer para aqueles com meios de se deslocarem em segurança aos SFH ou os seus cui-dadores/representantes, quer para os que recorreram à dispensa em proximidade via farmácia comunitárias ou diretamente no domicílio. As situações de proxi-midade motivaram o crescimento das teleconsultas por via do contacto prévio com o doente, situação que merece um enquadramento em grupo de diagnóstico homogéneo (GDH) de consulta farmacêutica. A carga logística associada ao processo implicou um acrésci-mo significativo de trabalho ao FH, sendo necessário dotar os SFH de meios de apoio no sentido da susten-tabilidade do processo.

3. Ganhos, desafios e dificuldades

impostas pela pandemia

A pandemia COVID-19 impôs um cenário desafian-te aos PS, sisdesafian-tema de saúde e à sociedade no geral. Expôs vulnerabilidades, mas também mostrou que neste combate, para termos sucesso, todos sem exce-ção, somos necessários.

No que ao sector farmacêutico se aplica e em par-ticular aos FH e suas equipas, com mais ou menos dificuldade, foi evidente a grande capacidade de organização, que faz parte do ADN farmacêutico,

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Figura 3. Adaptação do setor de ambulatório: implementação de barreira física nos gabinetes de atendimento; definição de circuitos seguros de acesso aos SFH, medidas de higienização e distanciamento.

Tabela 1. Resumo da resposta farmacêutica hospitalar aos desafios da pandemia COVID-19. Exemplos de ações e medidas por área de atividade/processo.

Gestão do Serviço e equipa de Recursos Humanos (RH)

Processo Resposta perante a Pandemia COVID-19

• Elaboração de PC abrangentes (RH, medidas de proteção, atuação perante caso suspeito, circuitos, processos chave versus risco, procedimentos de segurança, entre outros) envol-vendo os profissionais do serviço;

• Elaboração de planos de rotação e substituição dos elementos da equipa; limitação de cir-culação dentro e fora da farmácia; teletrabalho; alargamento de horários (ex.: ambulatório); desfasamento de horários/turnos; equipa espelho, quando os RH o permitiram;

• Participação nos planos da instituição, integrando as equipas multidisciplinares, grupos de trabalho e por via das comissões técnicas;

• Avaliação do risco e definição de prioridades face aos variados processos dos SFH; • Avaliação da necessidade eventual de partilha de recursos entre os hospitais do mesmo centro e alertar para a possibilidade de alargamento dessa necessidade;

• Estabelecimento de planos de higienização (limpeza e desinfeção) periódica dos espaços e mobiliário dos SFH;

• Divulgação dos critérios de utilização de EPI, lavagem das mãos e promoção da respetiva formação sobre como se utilizam;

• Reorganização dos processos e circuitos dentro e fora do serviço, reduzindo as movimen-tações (PS, atividades distributivas, acesso para doentes);

• Limitação dos contatos dentro da farmácia e dos acessos de outros PS aos SFH; • Avaliação das modalidades de distribuição da medicação aos “serviços COVID-19”, privile-giando as que produzam menos impacto sobre a atividade assistencial e menor risco (ex.: dose unitária distribuída em sacos individuais por doente para as 24 horas, em detrimento da sua distribuição nos módulos de cassetes), uma vez que a informação sobre a transmis-sibilidade deste vírus via superfície e materiais é desconhecida;

• Alargamento do período de cedência de medicação aos doentes em regime de ambulató-rio, diminuído as suas deslocações; recurso a sistemas de proximidade sempre que neces-sário. Ambos mediante autorização do CA;

• Estabelecimento de vias de comunicação prioritárias com as equipas, incluindo para efei-tos de divulgação frequente de informação;

• Disponibilização nas redes sociais de canais de comunicação prioritários para doentes (email/telefone).

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Tabela 1. Resumo da resposta farmacêutica hospitalar aos desafios da pandemia COVID-19. Exemplos de ações e medidas por área de atividade/processo.

Seleção de Medicamentos

Processo Resposta perante a Pandemia COVID-19

• Manutenção da participação nas comissões técnicas do hospital (comissão de farmácia e terapêutica, entre outras), garantindo a desejada articulação periódica (recurso às tecnolo-gias digitais);

• Antecipação de necessidades no âmbito do tratamento da COVID-19, bem como da consti-tuição de protocolos de substiconsti-tuição de fármacos essenciais em caso de rutura;

• Monitorização da utilização off-label de medicamentos no contexto desta pandemia. Gestão de stocks e Aquisição das

tecno-logias de saúde

• Avaliação e adequação periódica das necessidades e dos indicadores de gestão habitual-mente utilizados para efeitos de pedido de compra que desencadeia o processo de reapro-visionamento, face a eventuais falhas, crescimentos de consumos ou opção por alternativas; • Articulação próxima com o Serviço de Gestão de Compras, no sentido da resolução eficien-te e segura de poeficien-tenciais dificuldades de reaprovisionamento;

• Participação no Reporte diário do nível de stock de determinados produtos no âmbito do ofício Circular Conjunto DGS/INFARMED/DGS nº 1/2020 – Reserva estratégica COVID-19 e da Circular Informativa DGS/INFARMED de 05/03/2020 - Orientação sobre o reforço imediato de stocks no Serviço Nacional de Saúde para COVID-19 de Medicamentos, Dispositivos Médicos e Equipamentos de Proteção Individual.

Receção e Armazenamento • Monitorização apertada da gestão material e administrativa do stock;

• Redução dos contatos com o exterior (limitação do acesso aos SFH pelos profissionais das transportadoras);

• Recurso a espaços alternativos de armazenamento.

Farmacotecnia • Articulação com os serviços clínicos no sentido da manutenção da resposta às necessidaes de preparação de estéreis (citotóxicos, nutrição parentérica, preparações oftálmicas, etc.) e não estéreis;

• Alargamento da formação e treino nesta área a outros elementos do serviço, acautelando a capacidade de resposta em caso de necessidade.

Distribuição • Distribuição individual em dose unitária – circuitos definidos; medidas de promoção da segurança, nomeadamente a garantia de que o módulo das cassetes não sai da zona limpa ou o envio de medicação por doente em saco individual; não aceitação de revertências ou atribuindo-as a zona de quarentena para posterior tratamento, conforme criticidade e impac-to económico estimado; higienização diária dos módulos de cassetes e carros de transporte; • Ajustamento e revisão dos armários de recurso, reduzindo as deslocações para efeitos de reposição por níveis;

• Definição de horários de recolha de pedidos programados aos SFH, minimizando as des-locações e acesso. Condicionamento da entrada de PS nos SFH para recolha de medicação, adaptando-se a área ao atendimento por postigo ou semelhante;

• Promoção da utilização da via eletrónica para pedidos de medicação;

• Distribuição de estupefacientes, psicotrópicos, benzodiazepinas e hemoderivados – pro-gramação da distribuição e dispensa; ajustaram-se os níveis de estupefacientes e psicotró-picos, aliviando-se a pressão assistencial e reduzindo-se as deslocações;

• Doentes em Regime de Ambulatório Hospitalar:

• no âmbito dos PC, os FH tomaram conhecimento das medidas que teriam de aplicar ao

doente e a si mesmos quando perante a identificação de um caso suspeito;

• foram afixados cartazes e disponibilizados aos doentes folhetos e outros suportes

re-lativos às medidas de prevenção do contágio e respetiva atuação em caso de suspeita de infeção;

ainda no âmbito dos PC, os SFH criaram linhas de linhas de apoio (email) e

disponibi-lizam contactos telefónicos preferenciais que se destinam a ajudar os doentes que levantam ai a sua medicação, através do esclarecimento de dúvidas (ex. doentes que necessitam de medicação; queiram agendar a dispensa da medicação; pretendam ser representados por

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Tabela 1. Resumo da resposta farmacêutica hospitalar aos desafios da pandemia COVID-19. Exemplos de ações e medidas por área de atividade/processo.

Processo Resposta perante a Pandemia COVID-19

Distribuição familiar, amigo ou outro; tenham dúvidas sobre como tomar os seus medicamentos; estejam a ter queixas novas ou agravamento das queixas anteriores relacionadas com o medica-mento; necessidade de acionar mecanismos de dispensa em proximidade, outras situações, relacionadas com o medicamento, que estão a preocupar os doentes já seguidos nos SFH); • foi alargado o período de cedência de medicação, mediante autorização superior (2/3 meses ou mais, conforme os casos), limitando a deslocação dos doentes ao hospital; • ajustaram-se e estenderam-se horários de atendimento e promoveu-se o agendamen-to para a dispensa de medicação, o que mitigou os tempos de espera. Adicionalmente, difundiram-se as teleconsultas farmacêuticas;

• na maioria dos SFH, utilizaram-se os circuitos de receituários sem papel, restringindo -se a receita em papel ao estritamente necessário;

• foram criadas medidas de segurança previstas, nomeadamente a definição de circui-tos seguros de acesso aos SFH, a criação de barreiras físicas (acrílicos/vidro com pequena abertura, postigos, etc.), aplicaram-se os planos de higienização, o uso de máscara (PS e doente), entre outros;

• as medidas a cima referidas permitiam a dispensa presencial em segurança para os doentes que tinham meios de se deslocarem aos SFH em segurança, tendo sido encontradas várias soluções para os doentes sem essa possibilidade, em articulação com os próprios e envolvendo diversos players (juntas de freguesia, Organizações Não Governamentais, asso-ciações de doentes, bombeiros, etc.) que se constituíram seus representantes;

• a modalidade a que designamos PharmaDrive e que corresponde à entrega direta da medicação no automóvel, constituiu outra alternativa disponibilizada ao doente/represen-tante mediante agendamento prévio;

• foi também possível a dispensa em proximidade, dando continuidade a projetos já existentes em alguns hospitais ou através da articulação com as farmácias comunitárias, via linha de apoio farmacêutico (LAF) da Ordem dos Farmacêuticos. O recurso à entrega direta no domicílio via contratualização do hospital com empresas do setor da distribuição e logís-tica farmacêulogís-tica foi também opção articulada com o doente;

• realizaram-se consultas telefónicas com os doentes que solicitaram a dispensa em proximidade (ou com os previamente sinalizados pelos SFH), acrescentando valor a todo o processo.

Ensaios Clínicos • Os FH asseguraram a continuidade da execução dos ensaios clínicos em curso, articulando com investigador principal e sujeito do ensaio, e monitor quando aplicável;

• Privilegiaram-se os contactos via telefone, email ou outro para efeitos de acompanhamen-to e moniacompanhamen-torização pelos moniacompanhamen-tores e para as reuniões de início de estudo;

• Promoveu-se a receção agendada do medicamento experimental e o início de novos en-saios foi, em alguns casos, protelado para a fase de retoma.

Atividades de farmácia clínica, incluindo farmacovigilância, terapia nutricional, farmacocinética e revisão e reconciliação fármaco-terapêutica

• Os FH procuraram manter as suas atividades de otimização, monitorização e vigilância da utilização de medicamentos e outras tecnologias de saúde, em contexto multidisciplinar, privilegiando o recurso às tecnologias de comunicação (telefone, teams, pastas partilhadas, etc.) com redução das deslocações entre serviços ao indispensável;

• Promoveu-se o envio por email dos relatórios em papel relativos às farmacocinética clíni-ca e pelo menos num centro estes deixaram de ser impressos e distribuídos aos serviços, mantendo-se arquivados no SClínico para consulta;

• A “visita médica”, consultas multidisciplinares de decisão e discussão de casos, sempre que possível, foram substituídas pelos “contactos digitais”; nas mantidas, aplicaram-se as regras de proteção previstas;

• O agendamento de consultas farmacêuticas presencias deu lugar às consultas telefónicas, onde se incluem as autopropostas e as referenciadas por médico.

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Tabela 1. Resumo da resposta farmacêutica hospitalar aos desafios da pandemia COVID-19. Exemplos de ações e medidas por área de atividade/processo.

Processo Resposta perante a Pandemia COVID-19

Informação de medicamentos e outras tecnologias de saúde e ações de formação

• Elaboração de informações (boletins, folhetos) relativos à utilização dos variados antissé-ticos e desinfetantes que foram sendo introduzidos;

• Informação passiva e ativa sobre as terapêuticas utilizadas no âmbito da COVID-19 e im-pacto na restante terapêutica;

• Desenvolvimento de ações de formação dirigidas (ex.: novos antisséticos e desinfetantes e modo de utilização, circuitos do doente COVID-19, higienização das mãos, posto de tra-balho, etc.);

• Acautelaram-se possíveis necessidades pela formação de elementos da equipa em áreas potencialmente críticas, acrescentando maior polivalência e capacidade de resposta em caso de necessidade de deslocação para áreas/atividades mais deficitárias.

Atividades de investigação • Elaboração e participação em estudos de utilização de medicamentos, com particular en-foque nos fármacos utilizados na COVID-19; Publicação de trabalhos.

Adaptado de 13,14

entrega, adaptação e resposta perante os desafios diá-rios que se apresentavam. Também a destacar o gran-de espírito gran-de solidariedagran-de, união e entreajuda in-terprofissional que muito tem contribuído para este combate, tal como as iniciativas de várias origens, incluindo as da sociedade civil e Ordens Profissionais. Alguns métodos, procedimentos e formas de trabalho manter-se-ão; as chamadas novas rotinas tenderão a manter-se, eventualmente mesmo depois de uma eventual vacina. O desafio presentemente colocado pela retoma progressiva da atividade programada dos hospitais, exige nova atualização dos PC e ajustamen-tos nos processos e procedimenajustamen-tos, mantendo-se a necessidade de prevenção da transmissibilidade atra-vés do cumprimento das medidas de proteção previs-tas em cada momento e cenário.

Figura 4. Circuito de triagem de doentes que se deslocam ao hospital (ex.: exames, SFH e consultas).

Este momento em que vivemos evidenciou também algumas fragilidades dos sistemas de apoio ao cida-dão. Diariamente reinventaram-se abordagens para garantir que o acesso ao medicamente e outros bens básicos se mantinha. Garantiu-se que os doentes mais graves tivessem a possibilidade de internamen-to e acesso às tecnologias hospitalares, para outros, em que há alguma estabilidade, tem sido possível a hospitalização domiciliária. Porém, de súbito, depa-ramo-nos com imensos doentes que se acompanham à distância (teleconsultas/ renovações terapêuticas/ diagnósticos rápidos/ dispensa de medicação em pro-ximidade) tudo no contexto do seu domicílio, lares ou instituições de cuidados primários. Deparamo--nos com algumas necessidades não satisfeitas, não havendo uma solução simples para as complexidades da gestão de uma gama tão variada de situações onde acrescem as comorbilidades, os problemas sociais e as dificuldades económicas, entre outros. Por isso, faz sentido uma abordagem transdisciplinar, como pa-drão de qualidade no cuidado.

Outro desafio já existente que se amplificou no pre-sente momento é o dos RH. A manutenção de servi-ços de apoio eficientes e o crescimento das atividades clínicas de forma sustentável requer RH em número adequado às atividades previstas e futuras, de for-ma a proporcionar o desenvolvimento de processos com qualidade, seguros, racionais e eficientes, no pressuposto de uma intervenção ativa visando a oti-mização das terapêuticas dos doentes e como tal do

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seu outcome. A alocação de recursos precisa refletir as

atividades desenvolvidas, a complexidade do cuida-do, o grau de informatização e mecanização, devendo atender as recomendações definidas e, em primeiro lugar, às necessidades dos nossos cidadãos no geral e em particular da pessoa com doença.

O capital humano é fundamental para que as organi-zações se mantenham competitivas e em constante crescimento. O investimento no desenvolvimento sus-tentado da formação pós-graduada/pré-carreira dos FH, a chamada residência farmacêutica, é condição de-terminante para a alocação de recursos operacionais de forma continua e equilibrada, logo sustentável.

Considerações Finais

Como se diz, as oportunidades geralmente surgem de todas as crises, e isso não foi uma exceção na presente crise pandémica, com iniciativas diversas nos campos da organização e da gestão, da saúde e da investigação. Ao nível dos SFH, a reestruturação interna para dar resposta às novas demandas determinadas pela COVID-19 teve de ser feita simultaneamente cuidan-do das pessoas e trabalhancuidan-do em equipa, focancuidan-do na identificação das soluções mais adequadas em cada momento para os diferentes contextos da dinâmica hospitalar, incluindo para os doentes em regime de internamento ou ambulatório.

Em cada momento, os FH continuarão a saber inter-pretar os cenários que se vão sucedendo e adaptar a ação, focando-se nos aspetos da melhoria continua dos processos e da utilização das tecnologias, logo dos cuidados ao doente, na redução de riscos e me-lhoria global na saúde, onde também se incluem os aspetos relativos à promoção da saúde e prevenção da doença. A atividade do FH do futuro foi estabelecida

no passado; hoje, o continuum de cuidados impõe novas

necessidades que precisam ser atendidas, a especiali-zação e a continuada integração em equipas clínicas é fundamental, sendo também importante manter a liderança na avaliação, monitorização e vigilância da utilização dos medicamentos e outras tecnologias de saúde.

O exercício da atividade farmacêutica tem como objetivo essencial o cidadão em geral e o doente em

particular,15 princípio que se podia aplicar a outras

profissões de saúde. Ainda que sendo essa a missão, importa reconhecer a dedicação e resistência dos PS no combate a este vírus que ameaça o nosso mundo, destacando também a orientação dos Colégios de Especialidade, a intervenção diligente das Ordens Profissionais, o apoio da sociedade civil, o empenho

das associações profissionais, a postura construti-va das associações de doentes, a solidariedade das equipas e, por último, mas não menos importante, a resiliência dos doentes que nos vêm ajudando neste caminho.

Responsabilidades Éticas

Conflitos de Interesse: Os autores declaram não

possuir conflitos de interesse.

Suporte Financeiro: O presente trabalho não foi

su-portado por nenhum subsídio ou bolsa.

Proveniência e Revisão por Pares: Não

comissiona-do; revisão externa por pares.

Ethical Disclosures

Conflicts of interest: The authors have no conflicts

of interest to declare.

Financial Support: This work has not received any

contribution grant or scholarship.

Provenance and Peer Review: Not commissioned;

externally peer reviewed.

Referências

1. Direção Geral da Saúde. COVID-19: Perguntas frequentes. [consultado Jun 2020] Disponível em: https://covid19.min-saude. pt/perguntas-frequentes/

2. World Health Organization, Regional Office for Europe. Coronavirus disease (COVID-19) pandemic [consultado Jun 2020] Disponível em: http://www.euro.who.int/en/health-topics/ health-emergencies/coronavirus-covid-19/novel-coronavirus-2019-ncov

3. Center for Systems Science and Engineering (CSSE). COVID-19 Dashboard. [consultado Jun 2020] Disponível em: https://www.arcgis.com/apps/opsdashboard/index.html#/ bda7594740fd40299423467b48e9ecf6

4. Direção Geral da Saúde. DGS-COVID-19 [consultado Jun 2020] Disponível em: https://covid19.min-saude.pt/

5. Direção Geral da Saúde. Plano Nacional de Preparação e Resposta para a doença por novo coronavírus (COVID 19). [consultado Jun 2020] Disponível em: https://www.dgs.pt/documentos-e- publicacoes/plano-nacional-de-preparacao-e-resposta-para-a-doenca-por-novo-coronavirus-covid-19-pdf.aspx

6. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Serviços Clínicos. [consultado Jun 2020] Disponível em: http://www.chlo.min-saude.pt/index.php/servicos-clinicos

7. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Relatório de Gestão e Contas 2018. [consultado Jun 2020] Disponível em: http:// www.chlo.min-saude.pt/images/documents/informacao_gestao/ RelatorioGestaoContas_2018.pdf

8. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Guia de Acolhimen-to Serviços Farmacêuticos [consultado Jun 2020] Disponível

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em: http://www.chlo.min-saude.pt/images/documents/Guia_ Informativo_e_Acolhimento_SF_2019_Out.pdf

9. Jané CC. Sistemas de Dispensación y Opciones de Futuro. Farm Hosp 1998; 22: 101-2.

10. Ministério da Saúde e Assistência. Decreto-Lei n.º 44 204, de 2 de fevereiro de 1962 Regulamento geral da Farmácia hospitalar. 11. Conselho do Colégio de Especialidade em Farmácia Hospita-lar. Manual de Boas Práticas de Farmácia HospitaHospita-lar. Lisboa: Or-dem dos Farmacêuticos; 2020.

12. Conselho Executivo da Farmácia Hospitalar. Manual da Far-mácia Hospitalar. Lisboa: CEFH; 2005.

13. Conselho do Colégio de Especialidade em Farmácia Hospita-lar. Plano de contingência da farmácia hospitalar no âmbito da pandemia covid-19. Lisboa: Ordem dos Farmacêuticos; 2020. 14. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Serviços Farmacêu-ticos [consultado Jun 2020] Disponível em: http://www.chlo. min-saude.pt/index.php/servicos-clinicos/45-outros-servicos-e--unidades-de-acao-medica/195-servicos-farmaceuticos

15. Assembleia da República. Diário da República n.º 173/2015, Sé-rie I de 2015-09-04 [consultado Jun 2020] Disponível em: https:// data.dre.pt/eli/lei/131/2015/09/04/p/dre/pt/html

Imagem

Figura 1. Processos chave e atividades de farmácia clínica. Adaptado de  8, 10-12
Figura 2. Preparação de álcool 70% e manipulação  de SABA.
Figura 3. Adaptação do setor de ambulatório: implementação de barreira física nos gabinetes de atendimento; definição  de circuitos seguros de acesso aos SFH, medidas de higienização e distanciamento.
Figura 4. Circuito de triagem de doentes que se deslocam  ao hospital (ex.: exames, SFH e consultas).

Referências

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