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Rev. Soc. Bras. Med. Trop. vol.37 número3

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Academic year: 2018

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2 8 9 Revista da Sociedade Br asileir a de Medicina Tr opical 3 7 ( 3 ) :2 8 9 , mai-jun, 2 0 0 4

Car los Catão Pr ates Loiola

NECROLÓGIO/OBTUARY

No dia 1 9 de março passado, em Porto Alegre, RS, faleceu o sanitar ista Car lo s Catão Pr ate s Lo io la, e m de c o r r ê nc ia de c omplic aç ões respiratórias, enquanto se preparava para ser submetido a um transplante de pulmão. Atualmente, exercia suas atividades como consultor nacional para doenças transmitidas por vetores, na Representação do Brasil da Organização Panamericana de Saúde.

Conheci o Catão em 1 9 7 9 , quando ainda servidor da Diretoria Re gio nal de Minas Ge r ais, da antiga Supe r inte ndê nc ia de Campanhas de Saúde Públic a ( SUCAM) . Desde aquele tempo, era já uma referênc ia téc nic a para a Divisão Nac ional de Malária, que utilizava seus c onhec imentos e sua experiênc ia no c ontrole da malária, para supervisões em diferentes estados do País, onde o programa loc al nec essitasse de apoio. Além de téc nic o c o mpe te nte , Catão e r a uma pe sso a e xtr e mame nte c o r dial, atenc iosa e gentil. Estas qualidades c ontribuíram muito para o seu êxito profissional. Toda sua c arreira foi dedic ada ao serviç o públic o, para o qual entrou, por c onc urso, em 1 9 6 6 , na extinta Campanha de Controle de Malária ( CEM) . Nesse mesmo ano foi aluno , na Esc o la Nac io nal de Saúde Púb lic a, do Cur so de Espec ializaç ão em Malária, requisito então exigido para inic iar suas funç ões de malariologista. Inic ialmente, foi designado para trabalhar no interior de Minas Gerais, no Distrito da CEM de Pirapora, onde permanec eu até ser transferido para a sede regional em Belo Horizonte. Foi um dos princ ipais responsáveis pela interrupç ão da transmissão da malária naquele estado. Co ntinuo u trabalhando no c o ntro le de endemias em Minas Gerais, após a c riaç ão da SUCAM, em 1 9 7 2 , que inc orporou entre outros órgãos a CEM, a Campanha de Erradic aç ão da Varíola e a de c ontrole de outras doenç as endêmic as. Em 1 9 8 1 ,

foi de signado Dir e to r Re gio nal de Minas Ge r ais pe lo Dr. Jo sé Fiusa Lima, e ntão Supe r inte nde nte da SUCAM. Em 1 9 8 6 , fo i transferido para a Superintendência da SUCAM em Brasília, onde desempenhou várias funções, desde assessor da Superintendência até às de coordenador do Projeto de Controle de Endemias do Nordeste, do Projeto de Controle da Malária na Amazônia, Gerente de Malária, entre outras. Partic ipou ativamente da c riaç ão da Fundação Nacional de Saúde.

Mineiro de Montes Claros, onde nasc eu em 1 º de janeiro de 1 9 4 2 , Catão era uma pesso a que sabia o uvir. Sua ausênc ia prematura deixa um vazio em seus inc ontáveis amigos e em andamento vários projetos que, como consultor da OPAS, apoiava c om dedic aç ão e entusiasmo, entre eles, o inquérito nac ional de infec ç ão c hagásic a, o projeto de avaliaç ão da efic ác ia da c ombinaç ão de lumefantrina e derivado da artemisinina no c ontrole da transmissão da malária e a Rede Amazônic a de Vigilânc ia da Resistênc ia às Drogas Antimaláric as. Era membro ainda do Comitê de Ac ompanhamento do Programa Nac ional de Controle da Malária e foi um dos maiores estimuladores do tão exitoso Plano de Intensific aç ão das Aç ões de Controle da Malária na Amazônia, entre 2 0 0 0 e 2 0 0 2 , partic ipando ativamente das suas reuniões periódic as de avaliaç ão.

Carlos Catão era profundamente religioso e vencia com sua fé as dificuldades impostas por sua doença nestes últimos anos. A respiração difícil e a baixa imunidade, resultante da medicação que tomava, não o impediam de freqüentar seu esc ritório na OPAS, onde recebia, quem o procurava, sempre com presteza, amabilidade, gentileza e atenç ão. Sua vida e sua obra são um exemplo de dedicação às causas mais sublimes da saúde pública brasileira.

Referências

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