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Editora Recanto das Letras editorarecantodasletras.com.br

Coordenadora editorial: Cassia Oliveira Revisão do texto: Maciel Salles

Diagramação: Michael Douglas 1ª edição – novembro de 2020

Todos os direitos reservados.

A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação de direitos autorais. (Lei 9.610/98) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Angélica Ilacqua CRB-8/7057

Borges, Fausto

Páginas sobre a fé cristã / Fausto Borges. –– São Paulo : Recanto das Letras, 2020.

39 p.

(5)

“Apenas quando encontramos o Deus vivo em Cristo sabemos o que a vida é. Não somos um produto sem sentido do acaso da evolução. Cada um de nós é resultado de um pensamento de Deus. Cada um de nós é desejado, cada um de nós é amado, cada um de nós é necessário.”

(Joseph Ratzinger)

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e ao meu afilhado Lucas.

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Sumário

Prefácio ... 7

O amor de Deus ... 8

Depressão ... 10

A felicidade ... 12

Sobre a oração ... 14

Todos os caminhos levam a Roma? ... 17

Um sermão do padre Antônio Viera ... 19

Por que ir à missa aos domingos? ... 20

O poder de Deus neste mundo ... 22

O desespero por adeptos ... 23

Disposição para aproveitar as próprias faltas ... 24

O corpo é o cárcere da alma? ... 26

O mal como problema ... 29

Milagres ... 31

A vida continua ... 34

Sobre o autor ... 37

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Prefácio

É sempre difícil escutar alguém, porém, quando algum tema nos encanta, começamos a escutar e ler quem sabe mais e melhor sobre o assunto. Na escolha dos autores, professores, palestrantes etc., o mínimo de empatia influencia. Desse modo, dá-se uma busca por leitura e escuta, mais para compreender do que para julgar. No meu caso, o gosto pela leitura veio a partir do maravilhar-se com o “tema” Deus, Cristo e a Igreja. O que partilho nestas páginas, alegro-me e sou grato por ter escutado, lido, vivenciado, ou por desejar vivenciar um dia.

Se este livro lhe trouxer algum benefício, mesmo que seja a

longo prazo, já valeu mais ainda escrevê-lo. O benefício maior é

o conhecimento de Cristo. Nosso Senhor diz: “O Pai dá teste-

munho de Mim” (Jo 8:18). Os teólogos se perguntam: “Como

Deus dá testemunho de Jesus?”, e respondem que quando alguém

passa a crer em Jesus como filho único de Deus, essa palavra está

se cumprindo. Essa é a finalidade destas páginas do meu segundo

livro; uma tentativa humilde de ajudar alguém a crer ou a com-

(9)

O amor de Deus

C erto dia, fiz uma confissão com um padre italiano, nosso pro- fessor de Bíblia. Antes de iniciar o ritual, perguntou, para minha surpresa, o que eu tinha vivenciado da fé a ponto de ingressar no seminário. A primeira coisa que veio em mente foi dizer que acreditava ter experimentado o amor incondicional de Deus por nós. Então, aquele homem muito inteligente, discipli- nado e sério, respondeu com ênfase: “Isso é muito importante para se introduzir na fé cristã”.

Até os dezoito anos, eu não levava Deus a sério. Se alguém perguntasse se acreditava em Deus ou não, respondia que sim, mas não pensava Nele. Mas isso mudou. Lembro bem do mo- mento em que coloquei um CD-palestra depois de chegar do trabalho. No CD, era um padre falando e cantando sobre o amor de Deus por nós, ele falava de modo inflamado. Lembro de ter chorado bastante. A partir de momentos como esse, meus pensamentos passaram paulatinamente a ter Deus, Jesus, Nossa Senhora, a Igreja, Anjo da Guarda e São José. São momentos fortes e decisivos que se tornam inesquecíveis.

Como foi importante meus pais colocarem aquele produto de

evangelização em nossa casa! O amor de Deus muda nossa vida

para sempre. Sobre isso, veja que catequese belíssima do padre

espanhol Francisco Fernandes Carvajal:

(10)

A própria conversão é fruto do amor de Deus, pois tudo nasce d’Aquele que nos ama sem medida. Nunca pode- remos imaginar quanto Deus nos ama. Uma das maiores maravilhas é o amor que Deus nos tem. Ama-nos com um amor pessoal e individual, a cada um em particular. Nun- ca deixou de amar-nos, de ajudar-nos, de proteger-nos, de comunicar-se conosco, nem sequer nos momentos de maior ingratidão da nossa parte ou quando cometí- amos os pecados mais graves. Talvez tenha sido nessas tristes circunstâncias que recebemos mais atenções de Deus, como Ele nos mostra nas parábolas em que quis revelar-nos de modo tão expressivo a sua misericórdia:

a ovelha perdida é a única que é levada aos ombros do bom pastor; a festa do pai de família é para o filho que dilapidou a herança, mas que soube voltar arrependido;

a dracma perdida é cuidadosamente procurada pela dona de casa até ser encontrada… Ao longo da nossa vida, a atenção de Deus e o seu amor por cada um de nós têm sido constantes. Ele teve presentes todas as circunstâncias e acontecimentos pelos quais tínhamos que passar. Está ao nosso lado em todas as situações e em cada momento.

Tantas vezes se fez encontrar por nós! Na alegria, na dor,

através de acontecimentos que a princípio nos pareciam

uma grande desgraça, num amigo, num colega de traba-

lho, no sacerdote que nos atendia…

(11)

Depressão

“Meu filho, se estiveres doente não te descuides de ti, mas ora ao Senhor. Em seguida dá lugar ao médico, pois ele foi criado por Deus; que ele não te deixe, pois sua arte te é necessária.”

(Extraído do livro Eclesiástico.)

O Ministério da Saúde do Brasil diz em seu site que depressão é uma doença. É necessário um tratamento com os profissionais da saúde. Oito anos atrás, fui diagnosticado com síndrome do pâni- co; três anos depois, com depressão em grau médio. Essa doença traz um sofrimento tão grande que todos nós que a enfrentamos podemos ter resistência em acreditar que mesmo um profissional da saúde mental, por mais que tenha estudado muito, consiga vislumbrar que dor é aquela. Suspeitamos que só Deus sabe o que passamos, mais ninguém. Entretanto, eles sabem, cada qual com sua medida. Por isso pode ocorrer outro extremo, ao constatarmos que o profissional da saúde nos ajudou tanto a superar aquela dor inexplicável, corremos o risco de por um tempo termos mais que gratidão, endeusar. Depois de medicado corretamente e passar por terapia, voltei aos poucos às atividades do dia a dia.

O orgulho ferido dificulta o sucesso no tratamento, aliás, orgu-

lho ferido nunca tem efeito positivo. É melhor gastar energia para

ficar bem do que se esforçar para mostrar aos outros que estamos

(12)

bem quando na realidade estamos mal. Penso que nosso Senhor falou sobre isso com a expressão “sepulcro caiado” (Mt 23:27).

Buscar um bom médico não diminui a nossa fé e nem o poder de Deus. Penso que o mesmo pode ser dito em relação aos me- dicamentos. Medicação e bons médicos são os meios terrenos de Deus para nos curar e libertar. Se não entendemos ou aceitamos os meios terrenos dos quais Deus se utiliza para nos sarar, como entenderemos os meios celestes? (Jo 3:12.)

Sem meus pais, irmãos e amigos, seria muito, mas muito mais difícil. Sofreram comigo. Nós cristãos temos a figura do Cireneu para ensinar que na vida precisamos da família e dos amigos para superarmos momentos de sofrimento (Mc 15:21). Por fim, se te- nho algum mérito na recuperação da minha saúde é este: busquei ajuda, quis ficar bom. Essa continua sendo minha consciência.

Gratidão a Deus, família, amigos e profissionais da saúde.

O Dr. Roque Savioli escreveu um livro onde partilha a

atualização de seus conhecimentos sobre ansiedade e depressão. É

uma novena para enfrentar esses dois males. Inspirado nos relatos de

seus pacientes e uma passagem bíblica. Ele deixa claro que a novena é

algo místico que remete a nosso Senhor, porém, não deve substituir

o tratamento médico ou psicológico. O livro é recomendado a todos

que estão tratando de ansiedade e depressão, ou passando por um

momento de luto (acesse https://loja.cancaonova.com/livro-novena-

pela-cura-da-ansiedade-e-depress-o).

(13)

A felicidade

E m minha busca de entendimento sobre o que é a felicidade para a fé cristã, constatei que muitos pensadores cristãos entendem que a felicidade neste mundo é algo paradoxal, uma categoria multifa- cetada. Grandes teólogos vivos ensinam isso. O que significa? Que a aparência pode enganar. A felicidade é uma segurança interior dada por Deus. Isso serve para um brasileiro, ruandês, estaduni- dense, etc. É universal. Um ser humano feliz neste mundo possui várias faces, a segurança que a graça divina lhe dá o sustenta. Pode estar chorando, contente, mas sua segurança está em Deus. Sendo perseguido, lutando por justiça, caluniado por ser cristão, etc.

(Mt 5:1-12). Mas no fundo no fundo, não é uma tristeza, ale- gria, por assim dizer, invencível. Sua fé em Deus diz: Deus me ama para sempre, o fim de tudo é o encontro com Ele, e tudo de algum modo está submisso a Ele.

Quem manda na história da humanidade e no cosmos é

Deus. Essa fé dá segurança interior à pessoa, que possibilita viver

com dignidade às faces e aparências. Nesse sentindo, é difícil ser

feliz, porque teremos que renunciar o desejo de sermos seguros

sem Deus. O pensamento mórbido de querer estar sempre feliz

mais atrapalha do que ajuda. É melhor preencher o dia com afaze-

res nobres, daí quem sabe não nos encontraremos mais contentes.

(14)

Existe, também, o conselho de não procrastinar a felicidade, que remete ao famoso carpem diem, ou seja, viva intensamente o agora, seja feliz hoje. Porém, a fé cristã alerta sobre o porquê de viver bem e intensamente o agora, o hoje. Se a resposta for

“amanhã não sei se estarei vivo” ou “porque iremos morrer”, a

fé diz que são respostas insuficientes, o fundamento do carpem

diem deve ser o amor a Deus.

(15)

Sobre a oração

R ezar é falar com Deus, conversar com Ele, sobre o que nos acontece, sobre o que passa em nossa vida. Sem oração, não conseguiremos perseverar na fé cristã, ou seja, irá desfalecer o que de mais precioso possuímos, nos retaliaremos. Uma comparação:

a vela não pode acender por si mesma, é preciso vir alguém e acendê-la. Nem pode apagar-se sozinha. O mesmo podemos dizer em relação à fé. Não podemos ter fé e nem perseverar nela sem o auxílio divino.

Por isso, diz-se que o próprio Deus nos faz Nele crer (con- sulte O filósofo e a teologia, de Étienne Gilson). O que podemos em relação a fé, é optar de livre e espontânea vontade por endu- recer o coração e dar as costas a Deus, desse modo, ferindo-nos para nossa própria tristeza (Mt 19:22). Fé é um dom e também um ato humano. Na humildade, o menor sinal é suficiente para optar por crer.

É de proveito um parágrafo sobre a importância da perseve-

rança humilde na oração. A Bíblia fala de um homem paralítico

que durante trinta e seis anos teve esperança de ser tocado por

Deus e andar (Jo 5:1-9). Jesus chegou até ele e perguntou se

mesmo depois de tantos anos queria ficar curado, o paralítico

respondeu que sim, mostrando uma perseverança humilde in-

crível. O milagre aconteceu! Em certas situações, talvez Deus

nos peça uma perseverança humilde de trinta e seis anos, porém,

(16)

durante esses anos outras graças, não menos importantes, nos são concedidas e que nem sabíamos necessitar.

O que fazer para aprendermos a rezar com mais autenticidade?

A Igreja sempre ensinou que figuras do Antigo Testamento, os Salmos, mas principalmente a contemplação da relação de Jesus com o Pai do céu, nos inspiram a fazer orações mais autênticas. Por isso, muitos cristãos motivam a oração do Rosário. Nessa oração, o centro são os principais episódios da vida de nosso Senhor. O lugar de Nossa Senhora é de intercessão e auxílio na contemplação.

O Rosário é uma oração cristocêntrica e cristológica.

Uma questão que pode nos fazer desistir da oração é enten- der que quando estamos sofrendo, Deus não fala conosco, não interfere em nossas vidas. Ficamos sujeitos ao desespero. Deus nos visita, porém, precisamos estar atentos, fazer silêncio interior e externo. Um dos obstáculos para perceber Deus em nossas vidas é o barulho. Deus não vem de modo ruidoso. Fazemos parte de uma geração que gosta demais do barulho. Nos últimos dois séculos esse problema foi pouco estudado. Em nossos dias, quem vem escrevendo de modo orientador sobre a importância do silêncio é o guineense Robert Sarah, com dois ótimos livros.

Outra questão que gostaria de partilhar com você é sobre

estar adiando o dedicar os quinze minutos do dia para ficar a sós

com Deus. Adiamos por imaginar que chegaremos em algum

momento a uma condição de elevada humildade e fé, e aí sim será

(17)

Páginas sobre a fé cristã

de voz baixa, curtas, podem nos fazer muito bem, quando não for possível fazer uma oração mais longa e retirada. Abaixo, cito apenas seis jaculatórias, mas existem dezenas:

• Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio agora e sempre, amém.

• Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo, para sempre seja nosso Deus louvado.

• Não me deixe cair em tentação, livrai-me do mal, Senhor.

• Santa Maria Mãe de Deus, rogai por mim (nós).

• Meu Anjo da guarda, rogai por mim.

• São José rogai por mim (nós).

Por fim, leia com atenção essa catequese profunda, esclare- cedora de Bento XVI sobre a relação da humanidade com o ato de orar:

Desde que a humanidade existe, as pessoas rezam. Sem- pre e em toda parte têm tido consciência de não estarem sós no mundo, de que há Alguém que as escuta. Sempre têm tido consciência de precisarem de um Outro que é maior do que elas, e de que precisam esforçar-se por alcançá-lo se quiserem que a sua vida seja o que deve ser.

Mas o rosto de Deus sempre esteve velado, e só Jesus nos mostrou a sua verdadeira face: quem o vê, vê o Pai.

(Jo 14:9).

(18)

Todos os caminhos levam a Roma?

A expressão “todos os caminhos levam a Roma” indicava que todas as estradas que se encontrassem pelo caminho eventualmente levariam até a cidade de Roma, pois o Império Romano tinha mais de 80 mil quilômetros de estrada. A Cidade do Vaticano é a sede da Igreja Católica, dentro da cidade de Roma, capital da Itália. É um Estado eclesiástico governado pelo bispo de Roma, o papa.

Explicado isso, partilho com você que existe um entendi- mento de que no Brasil não poucas pessoas têm obstáculos com a Igreja Católica Apostólica Romana. Acreditam em Deus, em Jesus, porém, encontram dificuldades com a Igreja ou as igrejas.

Se você tem essa dificuldade, paciência, oração e pessoas que po- dem te ajudar, são, por assim dizer, bons remédios. Para mim, a fé em Deus, em Cristo e na Igreja Católica continua sendo algo tranquilo em meu interior. Sou católico por tradição e opção.

Anos atrás, li um livro-testemunho do casal estadunidense

Scott e Kimberly Hahn. Essa leitura me ajudou a entender um

pouco mais sobre pessoas que sofrem por não terem tranquilidade

no coração quanto à igreja que frequentam ou foram batizadas.

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Páginas sobre a fé cristã

Kimberley por exemplo, descobriu que a Igreja Católica era a única confissão cristã a continuar não concordando com a contracepção. Essa doutrina aberta à vida iniciou seu processo de conversão. De maneira alguma a Bíblia trata de modo direto novas questões morais e éticas, daí a necessidade de uma Igreja inspirada pelo Espírito Santo para nos orientar em Cristo Je- sus. Essa é a consciência que a Igreja Católica tem de si mesma (consulte Constituição dogmática; Lumen Gentiun; Sobre a Igreja).

Então, sim! Creio que todos os caminhos de algum modo nos levam a Roma, à Igreja.

A Igreja Católica tem como fonte da revelação a Bíblia, a tradição e o magistério. Todas são frutos da Providência de Deus, da fidelidade e trabalho dos fiéis cristãos. Em boa medida, essas fontes da revelação dependem umas das outras, por isso dizemos não sermos uma religião do livro, mas sim da palavra de Deus que se encarnou, Jesus Cristo. Muitos voltam para a Igreja Católica quando por primeiro começam a se incomodar com o biblismo, quis diz: “só a Escritura Sagrada basta”. Então, descobrem que a Bíblia não é um “produto” suspenso no ar, trata-se de um

“produto” da Igreja que durante o século IV bateu o martelo e decidiu quais livros eram totalmente inspirados por Deus, sepa- rando dos não totalmente inspirados. Os totalmente inspirados formam a Bíblia.

Voltando ao livro-testemunho, de Scott, dos vários relatos, recordo bem do parágrafo que diz como nós católicos não temos ideia da dificuldade que é para um presbiteriano pegar um terço e rezar. Daí fica mais fácil entender por que não é correto ensinar que o discurso sobre Deus das igrejas cristãs é sempre o mesmo.

Um contato maior com a leitura nos faz ver que existem “coisas”

em comum entre as igrejas, mas também diferenças gritantes.

(20)

Um sermão do padre Antônio Viera

U m dos atributos que Deus diz ter é a humildade (Mt 11:19).

O que é ou significa ser humilde? Anos atrás, li um livro que continha vários sermões do padre Antônio Viera. Um ensinava sobre a humildade. Inesquecível. Fez uma comparação muito in- teligente: Observe os galhos, folhas e raízes de uma árvore diante da tempestade. Quem está no alto “sofre” diante da ventania.

Folhas e galhos de um lado para o outro estão em uma pior. Po- rém, embaixo, estão as raízes “tranquilas” diante da tempestade.

Sem humildade, principalmente quando surgem as dificulda-

des, sofremos bastante. Humildade é saber quem de fato somos,

nossa real condição, nem mais nem menos, a verdade. A virtude

da humildade, assim como as outras, não é barulhenta. Desse

modo, não faremos barulho interno e externo ao encontrarmos

pessoas mais inteligentes, mais bonitas, ricas, mais gente boa,

com mais fé, competência, etc. Diante das vitórias ou derrotas,

saberemos dizer “não foi tão ruim assim”, ou “não foi esse su-

cesso todo que imagino”. Nenhuma virtude é barulhenta nem

(21)

Por que ir à missa aos domingos?

“Se o batismo é a porta de entrada para a Igreja, a eucaristia é a fonte e o ápice da vida da Igreja, é o sacramento central, o Santíssimo Sacramento. É o maior dos milagres de Jesus Cristo.”

(Santo Tomás de Aquino)

C reio em dois motivos. O primeiro é: “Jesus pão vivo descido do céu” (Jo 6:51). Outro é o acontecimento que se deu no primeiro dia após o sábado, a ressurreição de Cristo (Lc 24:1).

Na missa, Jesus se dá como alimento no pão da palavra e no pão da eucaristia. É o mesmo Jesus, muda o modo de presença. Em Jesus habita a segunda pessoa da Santíssima Trindade, portanto, a matéria se submete a Ele, nesse caso a matéria do pão e do vinho.

Na missa, depois da consagração, a hóstia continua com gosto, cheiro e aparência de pão, mas não é mais pão e sim o corpo e sangue de Cristo. Mudou a substância e permaneceram os acidentes. A missa é Deus conosco.

Existe um hino atribuído a Santo Tomás de Aquino sobre a eucaristia rico em piedade e devoção. Vale a pena ler a composição:

Adoro-Vos com devoção, Deus escondido, que sob estas apa- rências estais presente. A Vós se submete meu coração por

inteiro, e ao contemplar-Vos se rende totalmente.

(22)

A vista, o tato, o gosto sobre Vós se enganam, mas basta o ouvido para crer com firmeza. Creio em tudo o que disse o Filho de Deus; nada mais verdadeiro que esta palavra de verdade. Na Cruz estava oculta a divindade, mas aqui se esconde também a humanidade; creio, porém, e confesso

uma e outra, e peço o que pediu o ladrão arrependido.

Não vejo as chagas, como Tomé as viu, mas confesso que sois o meu Deus. Fazei que eu creia mais e mais em Vós,

que em Vós espere, que Vos ame.

Ó memorial da morte do Senhor! Ó Pão vivo que dais a vida ao homem! Que a minha alma sempre de Vós viva,

que sempre lhe seja doce o vosso sabor.

Bom pelicano, Senhor Jesus! Limpai-me a mim, imundo, com o vosso Sangue, Sangue do qual uma só gota pode

salvar do pecado o mundo inteiro.

Jesus, a quem agora contemplo escondido, rogo-Vos se cum- pra o que tanto desejo: que ao contemplar-Vos face a face,

seja eu feliz vendo a vossa glória. Amém!

A eucaristia da missa aos domingos é a mesma celebrada em

outro dia da semana, porém, o domingo recorda a ressurreição

de Cristo. Esse acontecimento supera o descanso misterioso de

Deus (Gn 2:2), e a grande libertação de seu povo da escravidão

(23)

O poder de Deus neste mundo

T alvez você já tenha se deparado com acontecimentos dolorosos, e depois disso começou a reconhecer que temos dificuldade para entender o modo de Deus usar seu poder neste mundo. É melhor do que sair dizendo bobagens sobre Deus. Não consigo dizer que uma pessoa, ao morrer no carro esmagada por uma patrol motoniveladora, foi porque chegou a hora, Deus quis, permitiu. Prefiro dizer que também não sei, ou que sei muito pouco, e esse pouco talvez possa esperar para ser dito, mais ur- gente é conseguir sofrer e rezar junto.

Com a fé cristã, aos poucos vamos compreendendo melhor o que um dia nos pareceu só abandono. Alegria e tristeza fazem parte da nossa condição atual. Em certos níveis, não conseguimos entender e expressar o quanto estamos contentes ou descontentes.

Razão e linguagem humana não conseguem “dizer” tudo. Diz-se

que um grupo de adeptos da teoria de que só é real aquilo que

pode ser dito e compreendido se deparou com a perseguição de

um governo totalitário. Foi tão grande o sofrimento que come-

çaram a dizer uns aos outros: “Não sabemos entender e expressar

a dor que estamos sentindo”.

(24)

O desespero por adeptos

C atequese significa fazer ecoar a pessoa e a doutrina de Cristo Jesus. É um dos efeitos da fé sentir vontade de ajudar os que não acreditam e ajudar na perseverança os que já acreditam. Podemos fazer isso por meio da prece, testemunho e palavra. Geralmente isso se dá com espontaneidade e aproveitando ocasiões. O pro- blema é quando o cristão fica desesperado para que as pessoas tenham a mesma fé que ele ensina. A pessoa fica irritadiça e ríspida com quem opta por crer diferente, se compromete fi- nanceiramente sem prudência para falar de Jesus nos meios de comunicação, redes sociais, etc.

Certa vez, os discípulos de Jesus foram adiante preparar uma

hospedagem para Ele (Lc 9:51-56). Ocorreu que a comunidade

disse que não queria Jesus na cidade. Os discípulos ficaram furio-

sos com isso, e perguntaram a Cristo se poderiam pedir a Deus

que mandasse fogo sobre a cidade. Jesus respondeu que eles não

estavam entendendo sua mensagem. Evangelizar é preciso, mas

sem desespero e zelo amargo.

(25)

Disposição para aproveitar as próprias faltas

“O arrependimento de nossas faltas deve ter duas qualidades: a tranquilidade e a firmeza.”

(Francisco de Sales)

D o mal não pode vir um bem. Entretanto, dias difíceis, com muito sofrimento, podem ser tempo de voltar para a fé ou de crescer nela. Os antigos gostavam de dizer que esse é o modo de Deus zombar do mal, tirando bom proveito da situação má em si para a salvação dos que a Ele recorrem.

Hannah Arendt, em um de seus livros, destacou a fortaleza

e a fraqueza moral de homens e mulheres de destaque durante a

Primeira e a Segunda Guerra Mundial (Homens em tempos som-

brios). Guerra, como dizia Karol Wotjyla, “é sempre uma derrota

da humanidade”. Humanizar-se e progredir mesmo depois de

momentos difíceis, até de guerras mundiais, é possível porque,

sem cancelar a liberdade humana, nada escapa à Providência Di-

vina. O atual drama humano, Covid-19, o tempo irá nos ajudar

a saber mais sobre nossa força ou fraqueza moral nesse período

sombrio. Fraqueza moral é quando sabemos mentalmente o que

é certo, e mesmo assim fazemos o errado.

(26)

Um personagem das obras do russo Dostoiévski nos faz pen- sar sobre esse aspecto da fé cristã. Diante da condenação à prisão, o personagem exclama que todo santo dia batia no peito prome- tendo a si mesmo corrigir-se, porém todo santo dia cometia as mesmas mesquinharias, e agora compreendia que para se aprumar é preciso um golpe do destino, e que nunca poderia levantar-se da avareza por si mesmo. Perceba, ele está se apoiando na possível arte de aproveitar as próprias faltas. As causas da humanização não são os fracassos em si, mas a graça divina e a liberdade humana.

O missal romano diz que, ao coroar os méritos de alguém,

simultaneamente louvamos os dons de Deus. Nem tudo é graça,

mas por causa da Providência amorosa de Deus, tudo pode con-

correr para o bem daqueles que O amam (Rm 8:28).

(27)

O corpo é o cárcere da alma? 1

“O revoltado metafísico certamente não é um ateu, como se poderia pensar, e sim obrigatoriamente um blasfemo. Ele blasfema simplesmente em nome da ordem, denunciando Deus como pai da morte e o supremo escândalo.”

(Extraído do livro O homem revoltado, de Alberto Camus.)

O gnosticismo diz que o mundo no qual estamos é criação de um segundo deus, e o corpo no qual nossa alma habita também.

Esse deus menor é chamado de demiurgo maligno. Um modo de crer condenado como heresia após um período de prestígio entre os intelectuais cristãos. Visão dualista da vida. Diz-se que os persas também são responsáveis pela difusão desse dualismo.

Para a fé cristã católica existe um só Deus, uno e trino. Esse mundo e nosso corpo também são criações desse Deus-Trinda- de, o pecado original não estragou por completo essa criação.

Podemos ver a presença do gnosticismo em canções religiosas e seculares contemporâneas: “O que o corpo faz a alma perdoa”;

“Quero amar somente a Ti (Deus)”; “Encontrei em você (Deus), a razão para viver, o resto agora tanto faz”; “O meu lugar é o

1. Pergunta relacionada a Platão.

(28)

céu” etc. São bem executadas, cantadas, bom de ouvir, possui catequese cristã. Sei da licença poética que permite na arte uma linguagem incorreta. Mas não é irrazoável ver nessa linguagem uma influência da visão gnosticista, ou seja, que só Deus é bom, sua criação em nada presta.

Foi essa visão, segundo uma corrente de seus comentadores, que influenciou Nietzsche a ser ateu, ou no mínimo um crítico ferrenho da fé cristã que ele conheceu. Apelidou-nos de “negado- res da vida” e de “pessoas sem vontade de viver”. A visão gnóstica é uma rejeição do julgamento que Deus fez de sua própria criação no último dia do Gênesis, quando olhou para o cosmos “e viu que era bom” (Gn 1:31).

É dito, também, que a presença do gnosticismo pode ser

entendida e sentida nos regimes totalitários. O ser humano re-

voltado diz se rebelar contra o poder que nos colocou aqui e

prendeu-nos nessa vida triste que finda. Procura consertar a vida

por meio de uma solução descoberta por um especialista ou grupo

deles, prometendo a felicidade coletiva por meio de um morticí-

nio redentor. Dizendo de outro modo, a redenção da vida neste

mundo, para o gnóstico, cabe aos escolhidos pela história ou

esforçados intelectualmente. Diante disso, como não lembrar da

mitologia germânica (nazismo), da estatização total dos meios de

(29)

Páginas sobre a fé cristã

A resposta é: não! O corpo não é o cárcere da alma. Nossa fé diz que a vida neste mundo tem sentido porque Deus a criou com sentido. A origem, o começo e a preservação do mundo vêm de Deus. Portanto, podemos encontrar centelhas de Deus, marcas de Deus nos sentidos temporários, nas realidades intramundanas.

Então, o corpo e o mundo que nos cercam não são, na totalidade,

uma prisão da alma.

(30)

O mal como problema

A pergunta é clichê: se Deus existe, é bom, todo-poderoso, só sabe amar, por que o mal existe? Grosso modo, esse é o mal como problema. Uma ala de pensadores cristãos dá enfoque no uso errado do livre-arbítrio para ensinar sobre a questão. Significa que quando o ser humano optou por amar-se sem amar a Deus, o mal passou a fazer parte de sua condição, mas não a ponto de corrompê-lo por inteiro.

A pureza do ser humano estaria neste equilíbrio de relação:

amar-se a partir do amor a Deus. O ser humano, como uma

criatura feita à imagem de Deus, teve dificuldade de manter esse

equilíbrio relacional. Para outros pensadores, é importante tam-

bém levar em consideração um elemento externo, um instigador

sobrenatural. Um ser criado por Deus, ser espiritual que de livre

e espontânea vontade rebelou-se contra Deus de tal modo e con-

dição que não é mais possível uma reconciliação. Esse ser tenta

influenciar o ser humano a fazer o mesmo. A instigação primeira

com resposta positiva teve como resultado uma autossuficiência

(31)

Páginas sobre a fé cristã

uma ideia errônea de nós mesmos que desemboca em um amor- -próprio egoísta, frívolo.

Sem Deus, nossas concepções sobre nós mesmos ficam frá- geis no fundamento, e podemos tomar consciência disso com o tempo. Essa questão também aparece em Dostoiévski no famoso livro Os irmãos Karamazov. O personagem Aliócha pergunta ao amigo Kólia se ele acredita em Deus. Este responde que é pos- sível amar a humanidade mesmo sem acreditar em Deus. Para a fé cristã, é essa postura que permite que o mal possa ter acesso à condição humana e ao mundo que a cerca.

Bento XVI ensina:

O ser humano sabe que não pode responder sozinho à sua necessidade fundamental de compreender. Por mais que se tenha iludido e que ainda se iluda que é autos- suficiente, contudo ele faz a experiência de que não é suficiente a si mesmo. Tem necessidade de se abrir ao outro, a algo ou a alguém que possa doar-lhe quanto lhe falta, deve sair de si mesmo rumo Àquele que é capaz de satisfazer a amplidão e a profundidade do seu desejo.

Diante desse esclarecimento exortativo, recordo-me de uma canção que diz: “Se ouvires a voz de Deus, chamando sem cessar.

Se ouvires a voz do mundo, querendo te enganar. A decisão é

sua” (Pe. José Fernandes de Oliveira).

(32)

Milagres

“Nós falamos por meio de palavras, mas Deus fala por meio de palavras e de fatos.”

(Tomás de Aquino)

G eralmente, o materialista, no sentido radical do termo, entende que um dia irá conseguir explicar o que atualmente é crido como algo miraculoso. A cada fracasso, renova diante do altar do método científico a promessa de apalpar a verdade dos fatos, que os atrasados da evolução dizem ser milagre. Milagre é uma realização definitivamente impossível de ser alcançada pelo ser humano. Se a ciência pode ou puder trazer de volta à vida um morto, é impossível que o faça sem a mediação de aparelhos, me- dicações, etc. Qual é a diferença? Para Jesus, basta soltar a voz, por exemplo, “Lázaro, venha para fora. E o defunto saiu.” (Jo 11:43, 44). A diferença do milagre está no meio usado para realizá-lo.

A Igreja crê que algumas pessoas recebem o dom de realizar

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Páginas sobre a fé cristã

de modo velado que “Nele habita corporalmente toda plenitude da divindade” (Cl 2:9).

Aconteceu com o maestro Maurício Moreira, hoje com mais de 50 Anos. Ele conviveu com uma cegueira durante 14 anos.

Um dia, com dores agudas nos olhos, clamou à irmã Dulce por uma solução. No dia seguinte, voltou a enxergar. Oftalmologistas de Salvador e São Paulo examinaram pessoalmente o caso e não encontraram uma explicação para a cura.

Outra cura inexplicável foi a de Floribety Mora. Deu entra- da no hospital com um aneurisma cerebral grave, em maio de 2011. Um pouco depois de receber o diagnóstico, Floribety fez uma prece a João Paulo II pedindo a cura. Passados alguns dias de sua internação, os médicos confirmaram que o coágulo havia se dissolvido. O médico líder do caso nunca encontrou uma explicação para a súbita melhora da paciente.

Outra cura extraordinária foi em 18 de junho de 1947. Gem- ma de Giorgi nasceu sem as pupilas, cega de nascença. A avó da menina rezou muito a Deus e, quando Gemma tinha sete anos, foram até o padre Pio. Ao chegar à igreja, padre Pio estava distri- buindo a comunhão. De repente, padre Pio gritou: “Gemma, ve- nha cá”. A garotinha se aproximou e fez sua primeira comunhão.

Pouco depois, encontrou-a novamente e disse: “Nossa Senhora te abençoe, Gemma, e procura ser boa”. Nesse mesmo instante, a menina gritou! Ela estava enxergando. A igreja estava repleta de gente. A menina estava enxergando sem pupilas! O caso foi parar nas mãos de um renomado oftalmologista, que escreveu:

“Contrariando todas as leis da física, essa menina vê”.

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Muito comentadores bíblicos entendem que o problema de Tomé não foi querer ver. Querer ver é normal. O problema foi ele ter reduzido Deus e as “coisas” de Deus a matéria. Se ele dissesse:

“quero ver, mas se não me for concedido, ao menor sinal opto

por crer”, não teria sido exortado (Jo 20:27). Tomé, talvez por

um período, caiu na tentação de acreditar que só é real o que o

ser humano consegue ver com sua própria força. É uma tentação

bem contemporânea.

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A vida continua

“Faltando o fundamento divino e a esperança da vida eterna, a dignidade do homem é prejudicada de modo gravíssimo, como se vê hoje com frequência;

e os enigmas da vida e da morte, da culpa e da dor, continuam sem solução: assim, os homens muitas vezes são lançados ao desespero.”

(Gaudium et Spes)

L embro que durante o tempo de seminarista havia sábados e domingos dedicados à dimensão pastoral. Grosso modo, ela serve para vislumbrar e experenciar em alguma medida como é o cotidiano de um padre. Fui enviado a um povoado da cidade de Novo Triunfo, era Semana Santa, e preparando uma curta fala sobre o domingo de Páscoa, me deparei com uma passagem bíblica que fortificou minha fé e até hoje a guardo no coração:

“Comemos e bebemos com Ele depois que Ele ressuscitou den- tre os mortos” (Atos 10:41). Se Deus existe e nós cremos, qual o problema para Ele ressuscitar Jesus? Nenhum! O amor requer infinidade, Jesus amou a Deus, Deus ama seu Filho Único.

O apóstolo também diz: “Se Cristo não ressuscitou dentre os

mortos, é vã nossa fé e pregação” (1Cor 15:14). Sem a ressurrei-

ção de Cristo, pensar é começar a ser atormentado. Sim, somos

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um ser para a morte, como dizia Heidegger, vamos passar por essa experiência, mas ela não tem a última palavra. Cremos que por nossa esperança-desejo e misericórdia de Deus nessa hora (morte), Deus nos chamará para junto Dele.

Quando um médico diz que se conforma com a morte de seu paciente, mas está indignado por não saber a causa, ele está sendo totalmente sincero? Observe que desejar ser imortal é di- ferente de desejar que a vida continue. Não se conformar com o findar faz parte da nossa condição, porém, podemos nos fechar, teorizando que se trata de um defeito ou atraso evolutivo. Apesar dessa suspeita, a inconformidade continua a nos caracterizar. A fé ensina que existe uma lembrança de Deus em nós, desse modo, é natural desejar que a vida continue. As religiões que acreditam na continuação da vida diferem umas das outras no que se refere ao modo, como e quando se dará a ressurreição.

Penso que a ressurreição de Jesus é o grande socorro de Deus

para com a humanidade. O texto sagrado diz que Jesus pediu

a Deus em oração o livramento do sofrimento da morte e foi

atendido (Hb 5:7). Como assim? Jesus foi crucificado, morreu

e foi sepultado! Como assim foi atendido? A fé cristã ensina que

Deus atendeu ao pedido de Jesus em um grau muitíssimo elevado,

ressuscitando-O dentre os mortos. Está vivo e não pode morrer

mais. Lázaro foi ressuscitado por Jesus, mas voltaria a morrer

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Páginas sobre a fé cristã

Ainda com Dostoiévski, Raskólnikov de Crime e castigo, em

momento delicadíssimo, mesmo se deixando tocar pelo texto

sagrado sobre a ressurreição de Lázaro, não conseguiu ficar to-

talmente livre do medo do futuro. Por quê? Pelo motivo de que

a vida neste mundo, mesmo com fé, não está imune ao perigo,

entretanto, no mundo recriado por Deus, sim. Desse modo, a

ressurreição de Lázaro aponta para a ressurreição de Cristo Jesus,

uma nova condição humana onde não haverá sofrimento, dor e

morte do modo como conhecemos.

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Sobre o autor

F austo Costa Borges é graduado em Filosofia pela FAERPI –

Faculdade Entre Rios do Piauí; pós-graduado em Filosofia

Contemporânea pela FCFS – Faculdade Católica de Feira de

Santana; e graduado em História pela UniCesumar na meto-

dologia de ensino a distância. Atualmente, é professor na rede

municipal de Ribeira do Pombal.

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Este livro foi produzido pela Editora Recanto das Letras

em novembro de 2020.

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