RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2008
LABORATÓRIO DE INTEGRAÇÃO E TESTES
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO 3
1.1 – DESCRIÇÃO DO LIT 3
1.2 – MISSÃO, OBJETIVOS E METAS 4
1.3 – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E DE DIVISÃO DE TRABALHO 5
1.4 – HISTÓRICO 6
2 – ATUAÇÃO DO LIT 11
2.1 – MARCOS RELEVANTES 11
2.2 – SÍNTESE DAS ATIVIDADES REALIZADAS 16
• Programas Espaciais 16
• Setor Produtivo 17
• Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento Tecnológico 20
• Suporte Tecnológico para o LIT e outras Áreas do INPE 22
• Capacitação e Divulgação das Atividades do LIT 23
3 – GESTÃO E INDICADORES 25
3.1 – GESTÃO 25
3.2 – INDICADORES 26
3.3 – AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 27
4 – PLANOS FUTUROS 28
4.1 – PERSPECTIVAS E NECESSIDADES 28
4.2 – COMPETÊNCIA 30
4.3 – COMENTÁRIOS GERAIS 31
APÊNDICES
APÊNDICE A - RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS 32
APÊNDICE B - RECURSOS HUMANOS 37
APÊNDICE C - RELAÇÃO DE CLIENTES EXTERNOS EM 2008 42
Figura 1.1 – Áreas de atuação do LIT.
1.1 – DESCRIÇÃO DO LIT
O Laboratório de Integração e Testes é o único do gênero no Hemisfério Sul. Ele é dotado de infraestrutura física e de recursos humanos especializados, capacitados para a realização de atividades de montagem, integração e testes de satélites e seus subsistemas. O LIT atende aos programas espaciais brasileiros e aos que o Brasil desenvolve em parceria com outros países.
O LIT também presta serviços de treinamento, consultoria, ensaios e desenvolvimento a clientes externos industriais, bem como realiza serviços para outras áreas do INPE. O LIT possui 20.000 m
2de área construída, com diversos laboratórios que qualificam desde componentes até sistemas complexos. Estes laboratórios participam de diversos processos dentro do ciclo de vida de um produto espacial, tais como: montagem, integração, lançamento e análise de falhas operacionais (caso ocorram). As áreas de atuação do LIT estão ilustradas na Figura 1.1 a seguir.
1 – INTRODUÇÃO
Este relatório tem como objetivo apresentar as principais atividades realizadas pelo Laboratório de Integração e Testes (LIT) ao longo do ano de 2008. A meta é apresentar a essência das atividades realizadas para as autoridades de diferentes níveis hierárquicos do governo, para o Diretor, Coordenadores gerais e demais chefias do INPE, assim como ampliar o leque de divulgação para a sociedade brasileira.
Informações mais específicas sobre as atividades do LIT, e
outras que complementam este relatório, podem ser obtidas acessando
o site www.lit.inpe.br.
1.2 – MISSÃO, OBJETIVOS E METAS
O LIT tem por Missão:
• Contribuir para a progressiva autonomia do País em áreas estratégicas.
• Prover suporte técnico para os esforços do setor produtivo nacional em desenvolver sua competitividade no mercado internacional.
• Criar ambiente necessário para a promoção de programas espaciais nacionais e em cooperação com outros países, provendo serviços de alta qualidade, baixo custo e nos prazos corretos.
O LIT tem por Objetivos:
• Dotar o País de infraestrutura e capacitação tecnológica necessárias à consecução do Programa Espacial Brasileiro.
• Prover os meios, desenvolver e executar as atividades de montagem, integração e testes (funcionais e de qualificação) de sistemas espaciais, assim como qualificação e análise de falhas de componentes para uso espacial.
• Participar em programas de cooperação internacional no setor espacial, contribuindo com a capacitação tecnológica nas áreas de montagem, integração e testes de sistemas espaciais e de qualificação e análise de falhas de componentes.
• Disponibilizar a capacitação laboratorial para desenvolvimento e implementação de métodos e processos de qualificação de produtos e serviços, sob demanda do setor produtivo nacional.
O LIT tem por Metas:
• Montar, integrar e testar todos os modelos dos satélites previstos no Programa Espacial Brasileiro.
• Realizar atividades de qualificação e análise de falhas de componentes para aplicação espacial utilizados no Programa Espacial Brasileiro ou em programas de cooperação internacional.
• Participar em programas de cooperação internacional, viabilizando as tarefas de montagem, integração e testes de sistemas espaciais.
• Realizar trabalhos de qualificação de produtos industriais de alta tecnologia.
• Conduzir projetos de pesquisa e desenvolvimento em parceria com empresas nacionais, objetivando aperfeiçoamento tecnológico de produtos e processos.
• Desenvolver técnicas, dispositivos e metodologias de testes. Atualizar, adaptar e otimizar a infraestrutura existente para atender às exigências de novos programas.
• Obter credenciamento nacional e internacional de todas as atividades principais
realizadas pelo LIT.
Chefia
SQC – Setor de Qualificação e Confiabilidade de
Componentes
SMS – Setor de Desenvolvimento, Operação e Manutenção
de Sistemas SQS – Setor de
Qualificação de Sistemas SIT – Setor de
Montagem, Integração e Testes
Recursos Humanos Secretaria
Documentação Técnica
Garantia da Qualidade
Convênios e
Contratos Apoio Logístico
Planejamento, Análise e Custos Pesquisa e
Desenvolvimento
Módulo EGSE
Módulo MGSE Módulo SW
Módulo SAE
Módulo Ensaios Dinâmicos
Módulo Ensaios Vácuo-Térmicos
Módulo Medidas de Contaminação
Módulo Medidas de Propriedades de Massa
Módulo Ensaios EMI-EMC
Módulo Medidas de Antenas
Módulo Aquisição de Dados
Módulo Testes Elétricos
Módulo Ensaios Ambientais
Módulo Análise de Falhas
Módulo Manutenção de Instrumentos do INPE
Módulo Manutenção de Sistemas Computacionais
Módulo Manutenção de Sistemas
Módulo Desenvolvimento
de Hardware
Módulo Desenvolvimento
de Software
Módulo Desenvolvimento de
Processos
Módulo Manutenção, Operação e Segurança
Predial
Módulo Pintura Espacial
Módulo Qualificação SMT – Setor de
Metrologia
Módulo Metrologia Mecânica
Módulo Metrologia Física
Módulo Metrologia Elétrica, Tempo e
Frequência
Figura 1.2 – Estrutura organizacional do LIT.
1.3 – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E DE DIVISÃO DE TRABALHO
A estrutura organizacional do LIT é apresentada na Figura 1.2. Ela está baseada em suas áreas de competência, que estão organizadas em torno de cinco Setores.
Os Setores, por sua vez, são decompostos em Módulos, que também refletem áreas de competência internas aos Setores. O LIT conta com um total de 26 Módulos.
Em complemento aos Setores e seus Módulos, estão a Chefia e seis grupos de assessoramento.
As atividades realizadas pelo LIT se inserem na Estrutura de Divisão de Trabalho (EDT) do INPE. Nela encontram-se tanto as atividades diretamente ligadas ao Programa Espacial Brasileiro, quanto as associadas à manutenção e melhoria da operacionalidade do Laboratório, à prestação geral de serviços às demais Coordenadorias-Gerais do INPE e à indústria, conforme segue na Tabela 1.1.
Somente a atividade ATLIT recebe recursos orçamentários através do INPE. As demais atividades da EDT recebem recursos indiretos através das ações propostas no planejamento anual do Instituto. As atividades do LIT, realizadas no contexto do Programa Espacial Brasileiro, enquadram-se na estrutura de ações de trabalho do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE).
japoneses. O ano de 1987 caracterizou-se como um relevante marco na evolução do LIT, quando, com a conclusão da obra civil, muitos sistemas de testes foram progressivamente instalados e colocados em operação.
No biênio de 1988 e 1989 foi atingido um regime de plena operacionalidade do LIT, graças à instalação dos últimos meios de testes planejados e, com isso, além da realização de todas as atividades requisitadas pelo satélite SCD-1 da MECB, conseguiu-se dar um grande impulso ao atendimento de solicitações de serviços de ensaios provindas de diversos setores industriais do País.
SCD-1
MECB 1.4 – HISTÓRICO
A seguir, são apresentadas as atividades marcantes que vêm construindo a história do LIT.
As décadas de 70 e 80
O LIT foi inaugurado em 2 de dezembro de 1987 pelo então Presidente da República José Sarney, sendo resultado da decisão tomada no final da década de 70 para a consecução da Missão Espacial Completa Brasileira (MECB). Nesse contexto, em 1979 já estava aprovada a ideia de se implantar uma infraestrutura capaz de assegurar as tarefas de montagem, integração e testes de satélites no Brasil.
O estudo detalhado da concepção do LIT foi finalizado em 1982, seguindo-se as etapas de projeto (1983-1984) e construção civil (1984-1987). De modo concomitante, as tarefas de especificação, aquisição e acompanhamento da fabricação dos principais equipamentos puderam transcorrer de forma coordenada e segura, contando com a assessoria técnica da organização francesa INTESPACE.
O LIT sempre deu ênfase ao treinamento sistemático da sua equipe técnica, fundamentado em cursos e estágios técnicos viabilizados nos principais laboratórios europeus, norte-americanos e
ATLIT Atividades de Coordenação do Laboratório de Integração e Testes ATSQC Atividades do Setor de Qualificação e Confiabilidade de Componentes
ATSIT Atividades do Setor de Montagem, Integração e Testes ATSQS Atividades do Setor de Qualificação de Sistemas ATSMT Atividades do Setor de Metrologia
ATSMS Atividades do Setor de Desenvolvimento, Operação e Manutenção de Sis- temas
PJIND Projetos Industriais e de Transferência de Tecnologia
Tabela 1.1 – Atividades do LIT – EDT
A década de 90
Desde 1990 o Laboratório tem mantido seu ritmo normal de trabalho. No entanto, surgiram várias demandas relevantes, que exigiram sucessivos aumentos de capacitação, com o envolvimento do LIT numa diversidade de projetos, tais como:
• BRASILSAT B1 e B2 (satélites geoestacionários de comunicação adquiridos pela Embratel nos anos 80).
• CBERS-1, 2 e 2B (satélites de sensoriamento remoto desenvolvidos em cooperação com a China).
• SAC-B e SAC-C (satélites científicos desenvolvidos pela Argentina).
• SACI-1 e 2 (satélites científicos desenvolvidos pelo INPE).
• VLS (veículo lançador em desenvolvimento no CTA).
• SCD-1, SCD-2, SCD-2A (satélites de coleta de dados desenvolvidos pelo INPE).
• HSB (carga útil meteorológica desenvolvida para equipar um satélite da NASA).
• SATEC (satélite tecnológico universitário).
O LIT também participou de projetos que atingiram graus variados de desenvolvimento, mas não foram completados. Dentre eles podem ser citados os satélites SCD-3 e SSR do Programa MECB, o experimento CIMEX, que seria embarcado no Ônibus Espacial, mas não foi completado, assim como a participação brasileira na Estação Espacial Internacional (ISS), atividade encerrada ainda em suas fases iniciais. Finalmente, também houve participação no desenvolvimento do satélite FBM, uma parceria entre o Brasil e a França, que também foi encerrada antes do término do projeto.
Em relação à infraestrutura, foi concluído o projeto visando a adequação do LIT para a qualificação de sistemas espaciais de grande porte. O novo projeto arquitetônico incorporou uma Câmara Acústica Reverberante e uma nova Câmara Blindada Anecóica.
De 2000 a 2008
De 2000 a 2005 o marco mais relevante foi a aquisição da Câmara Acústica Reverberante, dando início à construção propriamente dita do chamado Projeto de Expansão do LIT. Este projeto foi articulado através da Lei de Informática, que viabilizou a injeção de recursos de empresas da área tecnológica com
interesses na infraestrutura a ser implantada no LIT.
O projeto de expansão também contou com o aporte de recursos do Programa CBERS. Nessa época, foi realizada a integração e os testes no LIT do modelo de vôo do satélite CBERS-2, o primeiro satélite acima de uma tonelada (1600 kg), completamente testado e integrado no LIT.
Em 20 de dezembro de 2002 foi inaugurada a Câmara Acústica Reverberante do LIT, que lhe permitiu completar a matriz de testes de uma carga útil espacial.
Em agosto de 2003 estava programado o lançamento do SATEC, também testado e integrado no LIT. O lançamento não aconteceu porque houve o acidente que destruiu o terceiro protótipo do VLS (produzido pelo CTA) ainda na torre de lançamento. Ainda em 2003, houve o lançamento com sucesso do CBERS-2, em outubro, na China.
Entre 2001 e 2003 o LIT teve aprovados recursos dos fundos setoriais Verde-Amarelo e FUNTTEL e aporte de recursos oriundos de empresa privada que viabilizaram a conclusão de sua segunda Câmara Blindada Anecóica (CBA2), e a aquisição da instrumentação necessária para a operação dessa nova infraestrutura.
A continuação do Projeto de Expansão do LIT permitiu a conclusão do Auditório de 300 lugares, a conclusão do Atrium e do Circuito de Visitas, os testes de aceitação e instalações elétricas da CBA 2 e a aquisição de instrumentação para testes de interferência e compatibilidade eletromagnéticas (EMI/EMC).
Em 19 de março de 2004, o LIT entregou à Administração do INPE as infraestruturas viárias, de paisagismo e de garagem adjacentes às novas instalações do LIT. Nesse período, outros marcos significativos foram atingidos: a meta do milésimo cliente, a reunião com a equipe CONAE/INVAP/NASA para a definição da qualificação do SAC-D/AQUARIUS no LIT, o treinamento de medidas SAR (Specific Absorption Rate – para atender à demanda da indústria de telefones celulares), a conclusão do projeto e início das obras para a instalação da Câmara de Simulação Espacial de 6m x 8m x 7,5m no LIT, meio de teste adquirido com recursos do Programa CBERS.
Em 2006 há que se destacar o início da instalação da Câmara VácuoTérmica de grande porte no LIT, a aquisição e instalação da mesa giratória e de parte do sistema de detecção e combate a incêndio na CBA2 com recursos oriundos do MCT/TIB, a aquisição e troca dos absorvedores de microondas e da porta da Câmara Semiaberta do Laboratório de Antenas, e o início das atividades relativas à integração e testes do modelo de vôo do CBERS-2B.
Também em 2006 coube ao LIT conduzir os
testes de qualificação dos experimentos que voariam
com o astronauta brasileiro Marcos Pontes para a Estação Espacial Internacional (ISS), no período de 30 de março a 9 de abril do mesmo ano, na denominada Missão Centenário.
Em 2007, destacam-se: o início da fase operacional da CBA2, cuja inauguração contou com a presença do Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva em 13 de março; a conclusão das atividades de montagem, integração e testes (MIT) do satélite CBERS-2B, com o lançamento ocorrido com sucesso em 19 de setembro de 2007; o início da instalação da Câmara de Simulação Espacial; e a obtenção do credenciamento, junto ao INMETRO, em áreas como calibração de sensores (temperatura, umidade, vácuo e vibração, grandezas elétricas e em rádiofrequência), EMI/EMC/Antenas e Telecomunicações.
Em 2008, a partir da aceitação e do início da operação da Câmara de Simulação Espacial e das demais instalações implantadas durante o Projeto de Expansão, o LIT tornou-se capaz de realizar todos os ensaios previstos na Matriz de Testes de satélites de até duas toneladas. Foram realizados também os ensaios do modelo estrutural e testes na maquete radioelétrica do CBERS-3 e 4, assim como os ensaios do modelo estrutural e testes da maquete radioelétrica do satélite argentino SAC-D/Aquarius. Na China, parte da equipe de MIT realizou testes elétricos no modelo de engenharia dos satélites CBERS-3 e 4.
Ainda em 2008, foi iniciada, com o apoio da Finep, a substituição da Câmara Blindada Anecóica CBA1, ferramenta muito importante na prestação de serviços à industria e que carecia de modernização.
Este é o primeiro grande item de infraestrutura do LIT que deve ser integralmente substituído por uma versão tecnologicamente atualizada. Além da substituição a ser completada em 2009, também foi firmado, ao final de 2008, convênio com a Finep para a modernização de sua instrumentação.
No âmbito administrativo, além de ajustes
no modelo de gestão do Laboratório, em setembro
foi substituído o seu Chefe. Nessa ocasião, o Diretor
do INPE, em solenidade, que contou com a presença
dos funcionários do LIT e de convidados, agradeceu
ao Chefe anterior, Dr. Clóvis Solano Pereira, e
reafirmou a competência com que ele havia liderado,
como responsável pelo LIT, as fases de concepção,
construção, implementação, operacionalização e
expansão do Laboratório.
A Tabela 1.2 e a Figura 1.3 têm o propósito de identificar historicamente, em ordem cronológica, os satélites e cargas úteis desenvolvidos com a participação do LIT, assim como seus respectivos lançamentos ao espaço.
PROGRAMAS ESPACIAIS MISSÃO DO SATÉLITE
DATA DE LANÇAMENTO
CONTROLE DE ATITUDE
MASSA (kg)
PARTICIPAÇÃO DO LIT
Hxh
(Homem X hora)
PARCEIROS TECNOLÓGICOS
Coleta de Dados
SCD1 02/93 SCD2A 11/97
SCD2 10/98
Rotação e Bobinas Magnéticas
115
EGSE, MGSE, AIT, Componentes
e Campanha de Lançamento
>200000 INPE
Telecomunicações B1 08/94 B2 03/95
Rotação 1052 AIT e Campanha
de Lançamento 42150 HUGUES E EMBRATEL
Científico 11/96 3 eixos 189 Componentes e
Testes Ambientais 8656 CONAE e INVAP
Científico SACI-1 10/99
SACI-2 12/99
Rotação e Bobinas Magnéticas
58
80 Testes Ambientais 20722 INPE
Sensoriamento
Remoto e Científico 11/00 3 eixos 450 Testes Ambientais 13369 CONAE e INVAP
Sensoriamento
Remoto FM1 10/99 3 eixos 1400
EGSE, AIT, Componentes e
Campanha de Lançamento
114525 INPE e CAST
Sensoriamento
Remoto FM2 10/2003 3 eixos 1400
EGSE, MGSE, AIT, Componentes
e Campanha de Lançamento
148290 INPE e CAST
Sensoriamento
Remoto FM2B
09/2007 3 eixos 1440
EGSE, MGSE, AIT, Componentes
e Campanha de Lançamento
84836 INPE/CAST
Experimento em Sensoriamento Remoto embarcado
no satélite AQUA
05/2002 3 eixos
(EOS – PM) 51 Componentes e
Testes Ambientais 3497 INPE e MATRA MARCONI
Tecnológico 08/2003 Rotação 67 EGSE, AIT e
Campanha de
Lançamento 6791 INPE
SCD-1
BRASILSAT
SAC-B
SACI-2 SACI-1
SAC-C
CBERS
HSB
SATEC
Tabela 1.2 – Programas espaciais com a participação do LIT.
Figura1.3 – Cronologia dos Lançamentos de Satélites desenvolvidos com a participação do LIT.
2 – A ATUAÇÃO DO LIT
Durante o ano de 2008 diversos marcos importantes foram atingidos pelo LIT, e os que mais se destacaram são apresentados a seguir por meio de fotos e ilustrações.
2.1 – Marcos Relevantes
• Instalação e aceitação da Câmara de Simulação Espacial para satélites de grande porte.
Figura 2.1 – Montagem do Trilho da Porta Principal da Câmara de Simulação Espacial.
Figura 2.2 – Montagem de Acessórios no Interior da Câmara de Simulação Espacial.
Figura 2.3 – Pintura do Modelo Estrutural dos CBERS-3 e 4.
Figura 2.4 – Montagem da Instrumentação para Ensaios do Modelo Estrutural dos CBERS-3 e 4.
• Ensaios do modelo estrutural e elétrico dos satélites CBERS-3 e 4.
Figura 2.6 – Ensaio de Vibração do Modelo Estrutural dos CBERS-3 e 4.
Figura 2.5 – Medida de Momento de Inércia do Modelo Estrutural dos CBERS-3 e 4.
Figura 2.8 – Integração do Módulo de Potência do Modelo Elétrico dos CBERS-3 e 4
(Atividade desenvolvida na China).
Figura 2.7 – Sala de Controle dos Testes Elétricos do Modelo Elétrico dos CBERS-3 e 4
(Atividade desenvolvida na China).
Atividades no satélite CBERS-3 e 4 na China.
•
• Ensaios da Maquete Radioelétrica dos CBERS 3 e 4.
Figura 2.9 – Maquete Radioelétrica dos CBERS-3 e 4 na Câmara Anecóica do Laboratório de Antenas.
Figura 2.10 – Ensaio de Vibração do Painel Solar do Modelo Estrutural do Satélite SAC-D.
Figura 2.11 – Teste de Abertura do Painel Solar do SAC-D.
Ensaios do Modelo Estrutural do satélite argentino SAC-D/Aquarius.
•
Figura 2.13 – Modelo Estrutural do SAC-D/Aquarius em Teste na Câmara Acústica.
Figura 2.14 – Análise de Contaminação Química utilizando Espectrofotômetro na Faixa do Infravermelho.
Figura 2.15 – Ensaio de Vibração para Simulação de Transporte do Sistema Radar M 60 (Protótipo).
Testes para o Setor Produtivo.
•
Figura 2.12 – Ensaio de Vibração do Modelo Estrutural do
SAC-D/Aquarius.
• Início da troca da Câmara Blindada Anecóica CBA1, aquisição de espectrofotômetro na região do Ultravioleta e Visível, aquisição de contadores de partículas em meio aéreo para monitoramento das áreas limpas do LIT, atendimento em indústrias, etc.
• Desenvolvimento de novos projetos de P&D para o setor produtivo e início da operação de módulos do sistema interno de TI para a integração da gestão denominado e-LIT, em particular os aplicativos: recebimento de equipamentos; arquivo de documentos externos; segurança para o módulo de RH.
Figura 2.17 – Telas Funcionais e de Entrada do Sistema e-LIT.
Figura 2.16 – Testes de compatibilidade eletromagnética
no desempenho funcional do veículo.
2.2 – Sínteses das Atividades Realizadas
A seguir são apresentadas, de forma sucinta, as atividades realizadas pelo Laboratório ao longo de 2008 para atender aos seguintes setores ou necessidades:
• Programas Espaciais
• Setor Produtivo (Clientes Externos)
• Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento Tecnológico
• Suporte Tecnológico para o LIT e outras áreas do INPE
• Capacitação e Divulgação das atividades do LIT
• Programas Espaciais
Historicamente, a carga de trabalho (medida em Homens-hora – Hxh) para outras áreas do INPE, clientes externos e programas espaciais era semelhante. A partir de 2002, após a campanha de MIT do satélite CBERS-2 no LIT, observou-se uma grande diminuição da demanda de serviços do LIT para programas espaciais, havendo recuperação a partir de 2005.
A seguir, é apresentada a evolução da carga de trabalho do LIT dedicada aos diversos programas espaciais, nos últimos dez anos.
Apresenta-se, a seguir, a evolução da carga de trabalho para os diferentes tipos de atividade do LIT para os programas espaciais.
Figura 2.19 – Programas Espaciais no LIT – Distribuição por Categoria de Serviços em Hxh até 2008.
Figura 2.18 – Programas Espaciais no LIT – Cargas Horárias por Programa em Hxh até 2008.
Em 2008, as atividades relativas aos programas espaciais tiveram um desempenho equivalente a mais de 54.000 Homens-hora, considerando as atividades realizadas no LIT e na China pela equipe de MIT.
No LIT, foram realizados os ensaios da maquete radioelétrica dos satélites CBERS-3 e 4, assim como os ensaios do modelo estrutural e da maquete radioelétrica do satélite argentino SAC-D/Aquarius.
Na China, parte da equipe de MIT participou da integração e testes elétricos do modelo elétrico dos satélites CBERS 3 e 4, com ênfase na integração do sistema de testes, na preparação de procedimentos para a integração e testes elétricos, na realização de testes elétricos dos subsistemas, assim como nos testes elétricos relativos à Fase A1 – Integração do Módulo de Potência. Estas atividades não foram integralmente concluídas em 2008, devendo prosseguir em 2009.
• Setor Produtivo
O envolvimento do LIT com o setor produtivo teve início após o término de sua implantação (1989) e início da fase operacional e necessitou de maturação e de muita interação com os diferentes segmentos do mercado. A Lei de Informática e os incentivos fiscais governamentais auxiliaram muito na ampliação das parcerias com a iniciativa privada. O entendimento do funcionamento dos novos fundos setoriais e, principalmente, com a conclusão da expansão do Laboratório, foi possível oferecer serviços cada vez mais específicos.
Com laboratórios acreditados junto ao INMETRO, foram firmados convênios, principalmente na área de Interferência e Compatibilidade Eletromagnéticas (EMI/
EMC), fortalecendo a parceria com novos clientes. A seguir, é vista a série histórica dos últimos dez anos da quantidade de serviços executados para diferentes empresas.
Figura 2.20 – Histórico da Quantidade de Serviços Executados pelo LIT para
Clientes Externos.
Em 2008, apesar do início da crise internacional, a demanda manteve-se crescente em relação aos anos anteriores e teve um desempenho de mais de 68.000 Homens-hora dedicados a atividades para clientes externos.
Figura 2.21 – Categorias e Quantidade de Serviços Executados pelo LIT para Clientes Externos ao longo de 2008.
Para uma avaliação relativa entre as diversas áreas que atuam na prestação de serviços externos do LIT, é mostrada a seguir uma relação baseada em Homens-horas trabalhados, nos últimos dez anos.
Figura 2.22 – Relação de Hxh das Diferentes Áreas de Atuação do LIT até 2008.
Para uma melhor identificação do porte e do tipo de empresas que utilizam o LIT para qualificar seus produtos, serão apresentados, em particular, os serviços realizados pelo Laboratório de EMI/EMC/
Telecomunicações (Interferência e Compatibilidade Eletromagnéticas) por representar a maximização, quando se consideram os parâmetros: número de solicitações, número de Homens-hora trabalhados e o faturamento.
Figura 2.23 – Quantidade de Diferentes Tipos de Equipamentos Testados no LIT em EMI/EMC/
Telecomunicações em 2008.
Figura 2.24 – Empresas que mais Solicitaram Testes de EMI/EMC/Telecomunicações no LIT em 2008.
Nesta área o LIT atendeu a empresas de diversos setores, conforme mostrado a seguir:
Figura 2.25 – Testes de EMI/EMC/Telecomunicações Realizados no LIT em 2008 para diferentes Setores Industriais.
• Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento Tecnológico
O Laboratório de Integração e Testes apresenta um grande potencial para a realização de trabalhos de pesquisa aplicada, desenvolvimento e inovação, quando se considera sua infraestrutura. Os projetos são, em princípio, sempre alinhados aos objetivos diretos do LIT.
As áreas que mais contribuem com P&DI são: Térmica; Aquisição de Dados; Eletrônica, seja com hardware e/ou software; Engenharia de Sistemas e Montagem, Integração e Testes. Dos desenvolvimentos de software realizados este ano destacam-se os módulos PAC (comercial), DOC (documentação), RH (recursos humanos) e SEC (secretariado) do sistema e-LIT. Alguns desenvolvimentos são realizados em parceria com as empresas que necessitam qualificar seus produtos.
Muitos projetos desenvolvidos pelas áreas do LIT permitem que artigos sejam publicados em meios de divulgação própria. No entanto, muitos documentos e relatórios elaborados visam somente à publicação interna.
A evolução do número de publicações por servidores e colaboradores do LIT é mostrada nos gráficos que se seguem, nas Figuras 2.26 e 2.27.
O gráfico da Figura 2.26 revela uma nítida predominância nas publicações internacionais de congressos
em relação às nacionais. As Figuras 2.27 e 2.28 mostram o as publicações do LIT por modalidade e as Publicações
Científicas (Periódicos e Congressos) do LIT, nos últimos dez anos.
Figura 2.26 – Total de Publicações para Divulgação Técnico-Científica por Modalidade do LIT até 2008.
Figura 2.27 – Publicações do LIT por Modalidade até 2008.
Figura 2.28 – Publicações Científicas (Periódicos e Congressos) do LIT até 2008.
• Suporte tecnológico para o LIT e outras áreas do INPE
A Figura 2.29 ilustra a carga de trabalho em Homens-hora, dos últimos dez anos, executada pelo Laboratório em suas diversas macroatividades, exceto os programas espaciais e o atendimento dos clientes externos, incluindo o suporte tecnológico para outras áreas do INPE. O gráfico engloba as atividades de gerenciamento do Projeto de Expansão do LIT, o desenvolvimento de sistemas de informação para integração dos processos internos ao LIT e o desenvolvimento de sistemas de automação de ensaios.
Para as demais áreas do INPE, a carga de trabalho apresentada é dos serviços que o LIT tradicionalmente presta em:
Calibração de instrumentos eletrônicos
•
Manutenção de instrumentos eletrônicos
•
Manutenção de sistemas computacionais (somente até julho/2007)
•
Qualificação de vestimentas, componentes e suprimentos mecânicos e elétricos
•
Figura 2.29 – Carga de Trabalho do Laboratório em Suporte Tecnológico para o LIT e outras Áreas do INPE (Hxh).
• Capacitação e divulgação das atividades do LIT
O LIT se preocupa constantemente em manter sua equipe atualizada, assim como em oferecer parte da sua competência às empresas que trabalham em áreas afins e também àquelas que necessitam realizar testes no Laboratório.
Anualmente o LIT tem oferecido aos seus colaboradores cursos de português e de inglês, objetivando não só melhorar a comunicação como também a qualidade da documentação técnica.
As Tabelas 2.1 e 2.2 refletem as atividades desenvolvidas para a capacitação, considerando os congressos e os seminários, assim como os treinamentos para seus colaboradores e clientes externos.
Tabela 2.1 – Participação do LIT em Eventos Nacionais e Internacionais.
EVENTO: Programas
EVENTO: IEEE International Symposium on Antennas and Propagation LOCAL: San Diego, CA.
PAÍS: E.U.A
EVENTO: Programa CBERS LOCAL: CAST /Beijing PAÍS: China
EVENTO: Treinamento: “X-ray basics 2D, q|a basics, demo inspection-modules, user inspection- modules,
x- ray basics CT”
LOCAL: Wunstorf PAÍS: Alemanha
EVENTO: Workshop: “Novas Tecnologias de Interconexão e Controle da Integridade do Sinal em PCIs de Alta Velocidade”
LOCAL: São Paulo PAÍS: Brasil
EVENTO: Curso de Extensometria LOCAL: São Paulo
PAÍS: Brasil
EVENTO: Treinamento: Impedance Measure Basics and Operation of E4980A & 4285A LOCAL: São José dos Campos- LIT
PAÍS: Brasil
EVENTO: INCOSE 2008, Simpósio Internacional do INCOSE (International Council on Systems En- gineering)
LOCAL: Utrecht PAÍS: Holanda
EVENTO: IAC 2008, 59º Congresso Internacional do IAF (International Astronautical Federation) LOCAL: Glasgow
PAÍS: Escócia
EVENTO: Preliminary Design Review – PDR do satélite argentino SAOCOM LOCAL: Buenos Aires
PAÍS: Argentina
Tabela 2.2 – Treinamentos e Capacitações Ministrados no LIT.
CURSOS - 2008 INSTRUTOR DATA LIT EXTERNOS
Curso de Inglês Cleuza Mello De 01 de março a 30 de novembro 45
Curso de Inglês Dermot Cahalane De 01 de março a 30 de novembro 31
Curso de Português: Aprender e Praticar Gramática
Maria do Carmo Silva Soares De 22 de fevereiro a 11 de julho de 2008
15 Curso de Leitura, Compreensão e Interpretação
de Textos Maria do Carmo Silva Soares De 05 de setembro a 05 de
dezembro de 2008 24
Curso de Normas Aeronáuticas - Mectron Robert Ternes De 17 a 20 de março 2 18
PPI - Project Performance International - Curso
de Engenharia de Sistemas Roberto Hallingan De 17 a 20 de março 1 8
PPI - Project Performance International - Curso de Engenharia de Sistemas
Roberto Hallingan De 24 a 28 de março 2 5
Curso de EMI/EMC Benjamim Galvão De 13 a 14 de março 5 22
Circuito Impresso Roberto Menna e Edson Camilo De 27 a 28 de março 3 23
Incertezas de Medição Ricardo Sutério De 10 a 11 de abril 7 8
Projetos de RF Wilton Fleming De 24 a 25 de abril 2 7
Radioenlaces e Propagação Wilton Fleming e Hélcio Aranha De 08 a 09 de maio 4 10
Antenas Benjamim Galvão e Hélcio Aranha De 15 a 16 de maio 1 14
Introdução à TV Digital Márcio Mathias De 29 a 30 de maio 4 11
TV a Cabo (CATV) Hélcio Aranha De 26 a 27 de junho 7 7
Curso de Labview Luiz Alexandre da Silva e Rovilson Emílio
da Silva De 14 a 18 de julho 1 4
Curso de Labview Luiz Alexandre da Silva e Rovilson Emílio
da Silva De 21 a 25 de julho 7
Curso de Labview Luiz Alexandre da Silva e Rovilson Emílio
da Silva De 04 a 08 de agosto 7
Curso de Comunicações Ópticas Márcio Mathias De 13 a 14 de agosto 2 3
EMI/EMC Benjamim Galvão De 21 a 22 de agosto 3 37
Curso “Control System Operation” - Térmica Jordi Rodriguez De 28 de julho a 05 de agosto 21
Curso “CSE - LN2 OPERATION MODE” - Térmica Calvin Winter 19 de agosto 9
Curso de Implantação da Norma NBR ISO/
IEC 17025: 2005 Requisitos Gerais para Competência de Laboratórios de Calibração e Ensaios”
Ricardo Sutério De 22 de agosto de 2008 16
Circuito Impresso Roberto Menna e Edson Camilo De 11 a 12 de setembro 1 29
Curso de Certificação em Controle de Descargas Eletrostáticas - ESD
Antonio Carlos Teixeira de Souza De 15 a 16 de setembro 26 Curso de Certificação em Controle de Descargas
Eletrostáticas - ESD Antonio Carlos Teixeira de Souza 24 de setembro 14
Projetos de RF Wilton Fleming De 25 a 26 de setembro 5 7
Antenas Benjamim Galvão e Hélcio Aranha De 02 a 03 de outubro 6 15
Curso de Labview Luiz Alexandre Silva e Rovilson Emílio
Silva De 06 a 10 de outubro 7
Introdução à TV Digital Márcio Mathias De 09 a 10 de outubro 4 6
Curso de EMC em Sistemas Eletrônicos Roberto Menna Barreto De 16 a 17 de outubro 2 6
Curso de SolidWorks – CAD3D - Somente aos
sábados 1º turma Dilmar Vieira dos Santos De 20 de setembro a 18 de outubro 19
Radioenlaces e Propagação Wilton Fleming e Hélcio Aranha De 23 a 24 de outubro 5 14
Curso de Recertificação em Soldagem Manual de Acordo com Norma NASA-STD-8739.3 e IPC 7711
Antonio Carlos Teixeira de Souza De 29 a 31 de outubro 4 Curso de Recertificação em Soldagem Manual
de Acordo com Norma NASA-STD-8739.3 e IPC 7711
Antonio Carlos Teixeira de Souza De 03 a 07 de novembro 6 Curso de Recertificação em Soldagem Manual
de Acordo com Norma NASA-STD-8739.3 e IPC 7711
Antonio Carlos Teixeira de Souza De 17 a 21 de novembro 6 Curso de EMC em Equipamentos Digitais Benjamim Galvão, Roberto Menna
Barreto e Lester Amaral Júnior De 06 a 07 de novembro 2
Curso de TV a Cabo - CATV Hélcio Aranha De 13 a 14 de novembro 3 21
Curso de SolidWorks – CAD3D - Somente aos sábados 2º turma
Dilmar Vieira dos Santos De 01 de novembro a 06 de dezembro
16
O LIT, compreendendo a importância da divulgação das atividades desenvolvidas pelos seus laboratórios e para facilitar o contato com os diferentes perfis de visitantes da sociedade em geral, elaborou um circuito específico para as diferentes visitas. Para cada perfil há acompanhantes que se preocupam em demonstrar a necessidade de o País estar constantemente atualizado em relação às atividades espaciais e ao desenvolvimento tecnológico das empresas nacionais. A tabela 2.3 a seguir mostra a quantidade de visitantes para diferentes segmentos da sociedade que estiveram no LIT.
Tabela 2.3 – Visitas Recebidas pelo LIT em 2008.
3 – GESTÃO E INDICADORES
Nesta Seção são apresentados o conceito de gestão vigente no Laboratório, os indicadores solicitados pela Coordenadoria de Planejamento Estratégico e Avaliação do INPE (CPA), assim como uma avaliação dos resultados.
3.1 – Gestão
Como unidade do INPE, o LIT atende ao novo modelo de gestão implantado após o estabelecimento do Plano Diretor para o período 2007-2011.
O modelo de gestão do INPE está estruturado em torno de quatro perspectivas: Estratégia; Ação;
Competência; Potência:
• A Estratégia está associada aos objetivos e resultados estratégicos e ao alinhamento com o Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI) e o Plano Plurianual (PPA) 2008-2011.
• A Ação está associada à Estrutura de Divisão de Trabalho (EDT), aos bancos de dados que organizam a Previsão de Despesas (PPD) e à Distribuição Orçamentária (PDO) do Instituto.
• A Competência está associada à gestão estratégica dos recursos humanos da organização para o cumprimento de suas metas.
• A Potência está associada à cadeia que vai do planejamento aos resultados.
Mais detalhes sobre o modelo vigente podem ser encontrados no Portal de Planejamento Colaborativo (<www.inpe.br/planejamento>).
O atual modelo de gestão busca a unicidade de objetivos e metas dentro da variedade de áreas que constituem o INPE. Este equilíbrio é alcançado por meio de uma política de autonomia, responsabilização e transparência, com o aprimoramento contínuo da qualidade de informações de avaliação.
Sob o ponto de vista orçamentário, a gestão do INPE é feita por objetivos – parte-se dos Objetivos e Ações Estratégicas do Plano Diretor e constrói-se a distribuição orçamentária interna para os Programas Internos e Unidades Organizacionais. Cada Programa Interno elabora um Plano de Gestão de Programa (PGP) e cada Unidade Organizacional produz um Plano de Gestão da Unidade (PGU). Cada Plano de Gestão organiza de forma sistemática os objetivos anuais e plurianuais, seu cronograma de implantação e as necessidades orçamentárias associadas.
Programas Internos e Unidades Organizacionais atuam em simbiose: os Programas dispõem dos recursos e as Áreas, dos meios. O LIT é um provedor de meios por excelência e recebe recursos de Programas Internos que deles necessitam.
Em relação à gestão de recursos orçamentários, o LIT tem acesso a diferentes fontes, tais como:
• Orçamento federal (Tesouro), por meio da ação específica pactuada e alinhada com o PACTI, o PPA 2008-2011 e o Plano Diretor do INPE, que é materializada por meio da Ação “Funcionamento e Atualização do LIT” (Ação 2253) do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), um dos programas governamentais que integram a Lei de Orçamento Anual (LOA) do Governo
TIPOS DE GRUPOS NÚMERO DE PESSOAS
Empresas 126
Militar 195
Governo 229
Imprensa 2
Escolas Públicas 2.631
Escolas Privadas 2.717
Outras (inpeanos de outras unidades etc.) 701
TOTAL DE PESSOAS ATENDIDAS EM 2008 6.601
bolsistas e terceirizados.
As peculiaridades em relação ao pessoal, principalmente aos não-servidores, estão sintetizadas no Apêndice B, que também mostra gráficos e tabelas para ilustrar as competências técnicas de seus profissionais.
3.2 – Indicadores
O MCT solicita à Direção do INPE, e esta ao LIT, indicadores que auxiliam a compor os indicadores gerais do INPE no Relatório Anual de Atividades. Para uma melhor compreensão dos valores obtidos por estes indicadores, é apresentada a seguir a definição de cada um dos atualmente utilizados.
a) Indicador de Produtos e Serviços de Testes e Ensaios (NPS)
Indica o número de testes e ensaios no ano (NPS) fornecidos à indústria, e externos ao Instituto, mediante contrato de venda ou prestação de serviços.
b) Indicador de Processos e Técnicas Desenvolvidos (NPTD)
Indica o número de processos e técnicas desenvolvidas, objetivando a realização de uma atividade técnica inerente à competência de atuação do Laboratório.
c) Indicador de Pedidos de Patentes (NP) Indica o número de patentes, autor(es) e descrição.
d) Indicador de Divulgação Científica e Tecnológica (NDCT)
Neste indicador são considerados: palestras, conferências, cursos ministrados, artigos em jornal de notícias, visitas técnicas recebidas, treinamentos oferecidos e premiações.
e) Indicador de Atividade em Tecnologia Industrial Básica Aeroespacial (IATAE)
Este indicador expressa o percentual do tempo do Laboratório dedicado a atividades de natureza eminentemente aeroespacial. Ele é calculado por meio da seguinte expressão:
IATAE = [NAER / (NAER + NDIFAER)] * 100%
Na expressão acima, NAER mede o número de Homens-hora dedicados às atividades na área Federal.
• Outras Ações do PNAE que financiam os Programas Internos do INPE.
• Convênios estabelecidos para a realização de atividades de Pesquisa e Desenvolvimento com organizações externas.
• Projetos de modernização com recursos dos Fundos Setoriais geridos pela FINEP.
• Prestação de serviços de natureza industrial.
Dentre as várias fontes citadas, a única que possui recursos assegurados é a da Ação para o Funcionamento e Atualização do LIT, que na Estrutura de Divisão de Trabalho (EDT) do INPE converte-se em ATLIT, já mencionada anteriormente. Ainda assim, esta fonte está sujeita às flutuações naturais do Orçamento da União.
As demais atividades previstas na EDT estão acopladas a Ações previstas no PPA do INPE e, portanto, suas necessidades financeiras não estão garantidas, por estarem subordinadas a outros projetos.
O aporte desses recursos depende da convergência de objetivos entre os Programas Internos e o LIT. Os resultados alcançados pelas diferentes áreas são medidos sob as perspectivas tanto do cumprimento das metas quanto da capacidade das áreas de executar o orçamento alocado.
O sistema implantado impõe uma lógica de gestão que é coerente, porém incapaz de dotar a organização de agilidade para atender a necessidades orçamentárias imprevistas ou demandas por recursos humanos de curto prazo.
Para contornar situações emergenciais quando, por exemplo, se tem compromissos contratuais com a prestação de serviços para clientes externos, o LIT necessita de flexibilidade para poder adquirir partes, materiais, insumos e serviços especializados, assim como para a contratação da mão-de-obra necessária para manter a operacionalidade do Laboratório. Esta flexibilidade é alcançada com os recursos auferidos por meio da prestação de serviços de natureza industrial.
Em resumo, os Programas Internos remuneram o Laboratório pelas demandas de médio e longo prazo, típicas das atividades de integração e testes de satélites. Eles também contribuem para os grandes investimentos requeridos pelo Laboratório.
Por outro lado, os recursos próprios atendem às necessidades imediatas e de curto prazo, mantendo com isso a prontidão do LIT. O Apêndice A traz dados detalhados sobre os recursos orçamentários do LIT ao longo de 2008.
Sob o ponto de vista de recursos humanos, o
LIT também lida com uma força de trabalho variada,
que é dividida em três grandes grupos: servidores
públicos; colaboradores contratados pelo regime CLT;
Tabela 3.1 – Indicadores de Desempenho de 2004 a 2008 do LIT.
3.3 – Avaliação dos Resultados
Podem ser construídas correlações do indicador NPS com o RPT e entre o NPS e IATAE com o NPTD, conforme descrito a seguir.
Um maior número de solicitações (NPS), ainda mais se for com valor agregado maior, gera um volume maior de recursos financeiros (RPT). Havendo mais solicitações (NPS) e mais Homens-horas trabalhados em atividades espaciais (IATAE), é natural haver um maior número de documentos técnicos (NPTD).
O número de patentes (NP) advém de desenvolvimentos, via de regra, voltados para fins de produção. No caso do LIT, os desenvolvimentos realizados têm como prioridade atender às necessidades de testes e ensaios que utilizam normas nacionais e internacionais, daí a inexistência de eventos registrados.
órgãos públicos, sejam em relação às necessidades financeiras ou em relação à pouca agilidade para aquisição de peças de manutenção, o LIT tem mantido um índice satisfatório no cumprimento dos prazos (ICC) para seus clientes internos e externos.
Dos valores mostrados na Tabela 3.1, os indicadores NPS, IATAE e RPT apresentaram variações importantes, principalmente a partir de 2007, em função de dois fatores marcantes:
• Inauguração da Câmara Blindada Anecóica CBA2, que permitiu aumentar o leque de opções e de testes específicos (com maior valor agregado).
• Lançamento do satélite CBERS-2B e o início das atividades de montagem, integração e testes dos satélites CBERS-3 e 4, com atividades na China e no Brasil (LIT).
Aeroespacial (atividades de montagem e integração, e atividades de tecnologia industrial básica na área aeroespacial), no ano. Por outro lado, NDIFAER mede o número de Homens-hora dedicados aos setores industriais diferentes do setor aeroespacial, no ano. Essas atividades incluem as atividades de metrologia e qualificação de componentes, produtos e processos.
f) Indicador de Cumprimento de Cronogramas (ICC)
Este indicador avalia a eficiência com que o Laboratório cumpre seus cronogramas. Consiste na razão entre os prazos efetivamente realizados e os prazos planejados para a realização do trabalho. Os prazos são ponderados pelo número de Homens-hora investidos em cada um dos serviços.
O indicador é avaliado pela seguinte expressão:
ICC = (Soma (Pp / Pr) * Whh) / (Soma Whh)
Na expressão tem-se: Pp = Prazo planejado; Pr = Prazo real; Whh = Homens-hora gastos no serviço (note que se Pr é menor ou igual a Pp o cronograma foi cumprido).
g) Indicador de Receitas Próprias (Fundos, Fomentos e Serviços Prestados) (RPT)
Este indicador mede o quanto foi arrecadado pelo Laboratório no ano a partir de fontes outras que não aquelas apropriadas por meio da Lei de Orçamento Anual (LOA). Para o caso de Fundos e Fomentos, o indicador registra o título do projeto/atividade, sua descrição, o período de vigência, o gestor, a agência cedente e o valor em Reais. Para o caso das prestação de serviços, é informado, de forma global, o valor faturado no ano.
Da definição de cada indicador são apresentados, a seguir, os valores destes indicadores de 2004 a 2008 para permitir uma melhor compreensão da avaliação dos resultados obtidos, comentados na Seção 3.3.
INDICADOR ANO
2004 2005 2006 2007 2008
NPS 2471 2116 2257 2561 3325
NPTD 6 26 52 90 48
NP 0 0 0 0 0
NDCT 18 25 49 38 57
IATAE 17% 25% 44% 43% 44%
ICC 0,98 0,98 0,98 0,98 0,97
RPT (Milhões de US$) 1,6 1,8 2,1 4,2 5,6
LIT. Este caminho foi perseguido, e o relacionamento com o setor produtivo cresceu de forma exponencial nessas duas décadas.
Durante todos esses anos, o LIT manteve uma proximidade com órgãos internacionais relacionados com trabalhos afins. Em particular, a continuidade da consultoria da INTESPACE, ao longo dos anos, teve uma importância fundamental em todos os momentos de definição do Laboratório. As perspectivas do Laboratório serão positivas se a curto e em longo prazo forem mantidas as premissas que nortearam a sua construção.
Como perspectivas de curto prazo, podem ser citadas as seguintes atividades:
• Participar dos testes ambientais, estruturais, e da integração dos satélites CBERS-3 e CBERS-4 e de seus subsistemas, equipamentos e componentes.
• Continuar prestando serviços à indústria, através de contratos, convênios ou por solicitação individual, assim como implementar Projetos de Transferência Tecnológica para empresas.
• Obter Acreditações junto ao INMETRO para as áreas de Vibração, Térmica e de Testes de Componentes Eletrônicos e manter as Acreditações já obtidas.
• Participar das atividades de teste da fase de desenvolvimento e qualificação da Plataforma Multimissão (PMM).
• Estruturar atividades de P&D em componentes eletrônicos para o Programa de Tecnologias Críticas.
• Implementar outros itens de manutenção e modernização da infraestrutura (modernização de pontes rolantes, de sistemas de combate a incêndios, de sistemas de controle de câmaras térmicas, e de metrologia e calibração etc.).
Para as atividades relativas aos programas espaciais a serem desenvolvidas a médio e em longo prazo tem-se:
• Participar dos testes ambientais, estruturais e da integração do satélite Amazônia-1 e de seus subsistemas, equipamentos e componentes (até 2011).
• Participar dos testes ambientais, estruturais e da integração do satélite Lattes-1 e de seus subsistemas, equipamentos e componentes (até 2012).
O que se pode afirmar, não por estes poucos indicadores apresentados, mas através de uma avaliação mais global, ainda que empírica, é que os resultados alcançados pelo LIT neste ano foram satisfatórios.
4 – PLANOS FUTUROS
A seguir são apresentadas as perspectivas e as necessidades futuras, objetivando manter atualizadas a infraestrutura operacional e técnica do Laboratório, assim como as competências nele estabelecidas.
Ao final desta Seção são apresentadas algumas considerações num contexto mais abrangente.
4.1 – Perspectivas e Necessidades
Antes de abordar as perspectivas e necessidades atuais e futuras, é preciso, através de breve histórico, reforçar os princípios que nortearam a construção do Laboratório.
O LIT, desde a sua concepção, manteve uma visão contínua de futuro. A formação de seus profissionais, por exemplo, foi feita em laboratórios de renome no exterior, em programas de satélites de grande porte, tais como os da série BRASILSAT (Telecomunicações) e o ERS1 (Sensoriamento Remoto). Foi através desses treinamentos que a equipe adquiriu experiência nas atividades de Montagem, Integração e Testes, participando dos ensaios funcionais de qualificação dos modelos de voo e na operação de grandes sistemas de testes ambientais.
O projeto do Laboratório previu o crescimento de sua infraestrutura com racionalidade, de tal maneira que as novas instalações que fossem surgindo não viessem a provocar grandes mudanças físicas. Um exemplo disso foi a instalação do vibrador eletrodinâmico de 160 kN, em 1991.
Os programas BRASILSAT, SAC B/C e CBERS exigiram a acomodação de um grande número de técnicos nas dependências do LIT, o que gerou a necessidade de novas instalações. Isso ocorreu gradualmente sem causar impactos no projeto original.
Também com uma visão antecipada, o LIT buscou expandir suas instalações para satélites de maior porte (de até 2.000 kg), através de parcerias com o setor produtivo, a fim de complementar os recursos do tesouro necessários para a expansão.
• Perspectivas
A missão do Laboratório foi estabelecida de
tal forma a contemplar o apoio ao desenvolvimento
industrial do País, sendo esta uma das premissas do
1 Informações adicionais sobre as metas e o acompanhamento das atividades