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INAL DEE STÁGIO DO 6º

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(1)

 

Lisboa, 16 de Junho de 2014

Filipa Jorge Teixeira

2009171

RELATÓRIO FINAL

DE ESTÁGIO DO 6º ANO

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA

ANO LETIVO 2013/2014

Faculdade de Cências Médicas

(2)

Ao meu avô, por ser a base de tudo o que sou,

À minha mãe, avó e irmã pelo apoio incondicional durante todo este percurso,

Aos meus amigos pelo companheirismo,

Aos professores e tutores, cujo incansável empenho no ensino me permitiu crescer na minha formação e compreender a importância da formação interpares,

(3)

Í

NDICE

I – INTRODUÇÃO

1

II – CORPO DE TRABALHO

A – Estágio de Ginecologia-Obstetrícia

2

B – Estágio de Saúde Mental

2

C – Estágio de Medicina Geral e Familiar

3

D – Estágio de Pediatria

3

E – Estágio de Cirurgia Geral

4

F – Estágio de Medicina Interna

5

III – OUTRAS ATIVIDADES

7

IV – REFLEXÃO CRÍTICA FINAL

8

(4)

I – I

NTRODUÇÃO

… Os métodos do cientista de pouco serviriam se este não tivesse à sua disposição um imenso repositório de conhecimentos e experiências anteriores. Neste repositório nada, provavelmente, será inteiramente correto; mas é-o o suficiente para que o cientista aí encontre pontos de partida para o trabalho do futuro. A Ciência é um corpo sempre crescente de conhecimentos, composto de sequências, de reflexões e de

ideias - mas, mais ainda, de experiências e atos de uma grande corrente de pensadores e trabalhadores…” J.D. Bernal

O 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina é considerado um estágio profissionalizante

que engloba o exercício orientado e programado da Medicina, por diversas áreas médicas e

cirúrgicas, integrando o aluno nas equipas médicas e na prática clínica.

De modo a que este ano fosse de facto um ano de formação para a minha futura profissão de

médica propus-me os seguintes objetivos, transversais a todas as especialidades:

✦ Desenvolver os meus conhecimentos teóricos e práticos nas várias especialidades;

✦ Desenvolver a compreensão do que significa ser médico, da identidade e responsabilidade

profissional, e dos valores e atitudes que os médicos devem cultivar;

✦ Adquirir as capacidades necessárias ao trabalho em equipa;

✦ Desenvolver a capacidade de comunicação com doentes, colegas e outros profissionais;

✦ Respeitar os valores, preocupações e direitos das pessoas;

✦ Identificar as aptidões de comunicação interpessoal necessárias a estabelecer uma relação

médico-doente que permitam providenciar cuidados de saúde de qualidade;

✦ Desenvolver a sensibilidade particular para a abordagem de doentes em fim de vida, e das

situações de obstinação terapêutica.

Este relatório final é referente ao 6º ano profissionalizante do ano letivo de 2013/2014,

segundo o modelo proposto e aprovado pelo Conselho Pedagógico e Científico da FCM. Constitui

um elemento de discussão da Prova Pública Final e pretende fazer uma síntese de todos os

elementos considerados representativos do estágio final do 6º ano e uma reflexão crítica final.

O relatório encontra-se estruturado em quatro capítulos: Introdução, Corpo de Trabalho,

Outras Atividades e Reflexão Crítica Final. A descrição dos estágios parcelares visa rever e

analisa-los sucintamente, encontrando-se dividida em seis secções organizadas por ordem

cronológica. Em Anexo encontram-se os certificados das atividades extra-curriculares que realizei

ao longo deste ano letivo.

(5)

II – C

ORPO DE

T

RABALHO

1. Estágio de Ginecologia-Obstetrícia(quatro semanas: 16/9/2013 a 11/10/2013)

Regente: Prof. Doutora Fátima Serrano Tutora: Drª. Sofia Alegra Local: Hospital Cuf Descobertas

O estágio está organizado de modo a que os alunos tenham a oportunidade de contatar com

as várias áreas desta especialidade, pelo que somos distribuídos por consultas de obstetrícia,

ginecologia, senologia, uroginecologia e trombofilias, ecografias ginecológica e obstétrica,

colposcopias, bloco operatório, serviço de urgência e bloco de partos. No último dia de estágio

todos os alunos são submetidos a um exame oral referente ao Relatório Parcelar do Estágio.

Nas consultas pude realizar o exame objetivo da grávida, pesquisa do foco fetal,

preenchimento do boletim de grávidez e exame ginecológico. Assisti a um total de 64 consultas e

realizei 20 citologias cervicais. Na consulta de Uroginecologia, pude praticar a avaliação do

prolapso e sua caracterização/classificação com o POP-Q test e realização de teste de esforço.

No bloco de partos pude participar como 2ª ajudante em 15 CST e 5 PTE realizados pela

minha tutora e no bloco operatório tendo em conta que a Dra Sofia Alegra está a cargo da

unidade de Uroginecologia, assisti e participei como 3ª ajudante em 6 cirurgias desta área.

Destaco ainda a realização de duas histeroscopias e a formação em Ecografia Fetal em que

pela primeira vez pude realmente observar e compreender a evolução fetal ao longo da gestação.

Um aspeto de grande relevância para mim neste estágio é que pelo facto de ser um hospital

privado é feito o acompanhamento de grávidas de baixo risco durante toda a gestação, e

realizam-se consultas de rotina de ginecologia de mulheres sem patologia. O que no sistema

público se divide entre Hospital/Centro de saúde. Sendo que, conhecimento do decorrer da

gestação de baixo risco e o acompanhamento de rotina da mulher saudável é essencial para no

futuro estarmos atentos para a deteção dos casos em que surge patologia.

2. Estágio de Saúde Mental(quatro semanas: 14/10/2013 a 8/11/2013)

Regente: Prof. Doutor Miguel Xavier Tutor: Dr. Joaquim Gago

Local: Equipa de Saúde Mental Comunitária de Oeiras (E.S.M.C)

Nos dois primeiros dias do estágio assisti aos seminários lecionados pelo Prof. Doutor Miguel

Xavier, onde foram discutidos casos clínicos de modo preparar os alunos para identificar/resolver

(6)

Na componente prática do estágio acompanhei o Dr. Joaquim Gago nas consultas externas

da E.S.M.C de Oeiras. Esta unidade é composta por psiquiatras, psicólogos, enfermeiros,

terapeutas ocupacionais e assistentes sociais, que prestam de forma integrada cuidados de

ambulatório (consultas, psicoterapias, intervenções domiciliárias, etc). Assisti a um total de 39

consultas, sendo as patologias que observei mais frequentemente, Esquizofrenia, Depressão

Major, Perturbações da personalidade e Doença bipolar. Durante as consultas, tive a

oportunidade de interagir com os doentes e esclarecer algumas dúvidas relativamente à história

do doente, diagnóstico e intervenção terapêutica. Acompanhei ainda o Dr. Joaquim Gago no

serviço de urgência, onde pude observar um grupo heterogéneo de doentes, em estado “agudo

das suas patologias.

Durante três dias estive no internamento do Serviço de Psiquiatria de adultos do Hospital

Egas Moniz, onde pude entrevistar um doente e assisti à reunião da equipa do internamento.

A vivência da doença e do seu estigma para o doente com patologia psiquiátrica reflete-se no

seu dia-a-dia de uma forma tão marcante como provavelmente em nenhuma outra área da

medicina. A reabilitação destes doentes tem como pedra basilar o reconhecimento das

capacidades e competências destas pessoas e a aprendizagem de como viver com a sua doença.

Durante o estágio tive a oportunidade de realmente me formar no sentido de perder o estigma em

relação a estes doentes e perceber o que é necessário para a sua integração na comunidade.

Para tal foi essencial a minha participação nas atividades da unidade de reabiltação psicossocial o

Farol do Búgio integrada no projeto da E.S.M.C, e ter assistido à apresentação do programa

Recovery e do projeto da “Rádio Autora a Outra Voz”.

Como objeto de avaliação realizei uma história clínica de um caso de Esquizofrenia paranóide

e realizei também a tradução da 9ª sessão do livro “Psycoeducation Manual for Bipolar Disorder”.

3. Estágio de Medicina Geral e Familiar(quatro semanas: 11/11/2013 a 6/12/2013)

Regente Prof. Doutora Isabel Santos Tutores: Dr. Sampaio Duarte e Dr. Rui Fontes

Local: Unidade de Saúde da Lagoa (Centro de Saúde de Ponta Delgada, Açores)

Durante o estágio acompanhei os meus tutores nas consultas de Saúde Materna, Saúde

Infantil, Planeamento Familiar, Saúde de adultos, Diabetes e Domícilios. Foi-me concedida a

(7)

consultas de forma autónoma, e assisti a um total de 40 consultas.

Realizei dois rastreios para avaliação do risco diabético, o que me permitiu num curto espaço

de tempo, não só conhecer uma grande amostra da população desta região, conhecer os seus

hábitos alimentares e rotinas, bem como treinar as capacidades de intervenção no estilo de vida.

No final do estágio realizei o Diário do Exercício Orientado que gostaria de realçar como um

exercício de avaliação prático, sucinto e com utilidade clínica e académica para os alunos.

A região da Lagoa na ilha de São Miguel corresponde a um ambiente rural, com uma

população com caracteristicas demográficas bastantes diferentes da realidade que já vivenciei em

Portugal Continental. É uma população bastante jovem, com uma alta taxa de abandono escolar e

alta taxa de natalidade, encontrando-se a esperança média de vida ao redor dos 70 anos. Este

contexto social traduziu-se numa enorme diversidade de situações e estratos sociais observados,

o que se reflete em espetros variáveis de manifestação das queixas e vivência da dolência. A

unidade de saúde da Lagoa não está ainda organizada segundo o plano das USF, tendo uma

dinâmica diária bastante diferente da que experienciei no 5º ano na USF da Amadora. Pelo que a

realização deste estágio foi uma experiência bastante enriquecedora a nível académico e pessoal.

De todos os estágios que realizei, foi neste que senti maior dificuldade no cumprimento dos

meus objetivos. Em meio hospitalar somos “formatados” segundo uma abordagem mais “sucinta”

do doente, o que dificulta a nossa inserção na prestação de cuidados de saúde primários. A

comunicação médico-doente, a hierarquização dos problemas de saúde, e a aplicação de um

plano terapêutico eficaz apesar de que teoricamente deveriam ser encarados do mesmo modo em

ambos os ambientes, contudo essa realidade não se constata, o que dificulta a nossa inserção no

ambiente comunitário num espaço de tempo tão limitado.

4. Estágio de Pediatria(quatro semanas: 9/12/2013 a 17/01/2014)

Regente: Prof. Doutor Luis Varandas Tutora: Drª. Paula Kjöllerstrom Local: Hospital de Dona Estefânia

Neste estágio pude integrar-me na equipa médica do serviço de Hematologia Pediátrica. Na

Enfermaria participei na avaliação e elaboração dos diários clínicos dos doentes internados

incluindo os doentes em isolamento por aplasia medular. Na Consulta e Hospital de dia participei

(8)

terapêutica. Para mim a grande mais valia deste estágio foi familiarizar-me com patologias com as

quais pouco contatei durante o curso, bem como estruturar o diagnóstico diferencial destas

patologias baseada nos dados na anamnese e exame objetivo, auxiliado pelos ECD’s.

Por outro lado, no Serviço de Urgência foi possível renovar os conhecimentos teóricos

adquiridos previamente e sentir-me útil ao aplicá-los no diagnóstico e terapêutica das crianças

com patologia do foro da Pediatria geral.

Durante dois dias frequentei ainda o Serviço de Cardiologia Pediátrica, onde um dia contatei

com os doentes da enfermaria e no dia seguinte observei duas intervenções valvulares na sala de

intervenção hemodinamica.

A atividade formativa do estágio abrangeu aulas teórico-práticas de Imunoalergologia

lecionadas pela Drª. Paula Leiria Pinto, sessões clínicas, reuniões da Sessão de orientação e

formação de internos e alunos (Projeto Sofia), e Seminários onde apresentei um trabalho sobre

Parâmetros laboratoriais na avaliação das Anemias.

Como objeto de avaliação realizei ainda uma história clínica de um caso de Síndrome torácico

agudo. Uma nota de entrada de um caso de Púpura trombocitopénica imune e uma nota de alta de um caso de Crise vaso-oclusiva.

5. Estágio de Cirurgia Geral(oito semanas: 27/1/2014 a 21/3/2014)

Regente: Prof. Doutor Rui Maio Tutora: Drª. Catarina Caseiro Local: Hospital de Vila Franca de Xira

O estágio foi repartido por três áreas diferentes: seis semanas no Serviço de Cirurgia Geral,

uma semana no Serviço de Ortopedia e uma semana no Serviço de Urologia.

No Serviço de Cirurgia Geral, acompanhei diariamente a atividade da Drª. Catarina Caseiro e

da sua equipa médica, que se dedica maioritariamente à cirurgia colo-retal. Na Enfermaria e

Consulta externa contatei com casos das principais síndromes cirúrgicas, participei na avaliação e

elaboração dos diários clínicos dos doentes e pude discutir ativamente com a minha tutora todos

os doentes. No Bloco operatório adquiri competências para preparação individual para a

participação em atos cirúrgicos e partipei em atos operatórios como 2º ajudante, em 4 cirurgias.

Na Pequena cirurgia e Serviço de urgência pude praticar as técnicas de pequena cirurgia mais

comuns e conhecer as técnicas de anestesia e de assépsia necessárias para o efeito, tendo

(9)

realizado 15 procedimentos de Pequena cirurgia. No contexto da consulta externa e do serviço de

urgência pude ainda adquirir competências para a avaliação e distinção das situações clínicas

com indicação cirúrgica eletiva/urgente.

Os estágios nos Serviços de Ortopedia de Urologia, permitiram-me complementar a minha

formação em ambas as especialidades, cujo contato anterior no curso foi bastante limitado.

A atividade formativa compreendeu sessões teórico-práticas e o Mini-congresso, que

decorreu no último dia de estágio no Hospital Beatriz Ângelo. Neste foram apresentados casos

clínicos acompanhados pelos alunos durante o estágio, com uma pequena revisão bibliográfica

sobre a patologia em causa. Com o meu grupo apresentei um caso sobre “Pé Diabético”. Como

objeto de avaliação realizei ainda uma história clínica de um caso de Pancreatite Aguda.

6. Estágio de Medicina Interna (oito semanas: 24/3/2014 a 23/5/2014)

Regente: Prof. Doutor Fernando Nolasco Tutora: Drª. Helena Nunes Local: Hospital de Santo António dos Capuchos

Se o sexto ano é um ano profissionalizante, sem dúvida que este estágio foi de todos onde

atingi com maior rigor os objetivos gerais de uma formação profissionalizante. Fui integrada na

equipa dirigida pela Drª. Madalena Lisboa, tendo diariamente na enfermaria a meu cargo três

doentes. A responsabilidade de avaliar os doentes, requisitar os ECD’s e prôpor as medidas

terapêuticas, discutindo-os com a equipa médica permitiu-me evoluir bastante.

Acompanhei a Drª. Helena Nunes na consulta externa de Risco Cardiovascular, onde contatei

com doentes com múltiplas co-morbilidades e fatores de risco cardiovasculares. Realizei 5

consultas de forma autónoma, o que me permitiu melhorar as minhas competências na

abordagem sistematizada da investigação e tratamento das patologias em questão.

No serviço de Urgência acompanhei a Drª. Helena Nunes na observação de doentes na sala

de Reanimação e nas Salas de Observação, discutindo hipóteses diagnósticas e atitudes

terapêuticas dos doentes em estado clínico agudo. No Balcão de Atendimento Geral tive a

oportunidade de avaliar os doentes autonomamente sob a supervisão do Dr. Vítor Freitas.

Assisti também à apresentação das sessões clínicas do Serviço e às reuniões de serviço, no

qual se discutiam os doentes da Enfermaria. A atividade formativa compreendeu aulas

teórico-práticas lecionadas na FCM e no HSFX. Como objeto de avaliação realizei a apresentação de um

(10)

caso clínico sobre Síndrome de Heyde e uma história clínica de um caso de Neutropénia Febril.

III – ATIVIDADES EXTRA-CURRICULARES

Revisão teórica acerca das Infeções do Trato Urinário Nosocomiais e elaboração do formulário para preenchimento médico nos Serviços do CHLC, sob a orientação da Dr.ª

Helena Estrada. (consultar Anexos)

Em conjunto com os meus colegas, Ana Carolina Pedroso e Vicente Campos, tivemos a

oportunidade de colaborar com o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Coordenação Local -

Programa de Prevenção e Controlo de Infecções e de Resistência aos Antimicrobianos do CHLC,

que é responsável por implementar uma abordagem estruturada, multidisciplinar e multiprofissional

para a prevenção e controlo de infeção adquirida durante o internamento hospitalar.

No âmbito deste projeto, está a ser realizado um estudo epidemiológico prospetivo das

infeções nosocomiais da corrente sanguínea, pelo que nos propusemos a dar continuidade

complementando-o com o estudo da vigilância das infeções do trato urinário nosocomiais. Este

formulário será um ferramenta para este estudo que apresenta fundamentalmente dois objetivos

principais:

- determinar a taxa de prevalência das infeções urinárias nos serviços do CHCL;

- determinar quais os agentes patogénicos mais envolvidos nestas infeções, e o seu respetivo perfil de resistência aos agentes antimicrobianos.

Sessões de Formação e Congressos

International Forum on Innovation in Mental Health. Fundação Calouste Gulbenkian 3 e 4 Outubro de 2013;

• Sessão de apresentação da Iniciativa Nacional de Promoção da Orientação para o

Recovery, FCM 23.10.2014;

• Sessão de Formação em Imagiologia de Urgência, pelo Dr. Hugo Rio Tinto. FCM 10.3.2014; • Hipertensão arterial e Insuficiência Cardíaca – Estado da Arte em 2014. FML 11.4.2014;

• Sessão de Formação – Prevenção e controlo de infeções nosocomiais, pela Drª. Helena

(11)

IV – REFLEXÃO CRÍTICA FINAL

O final do 6º ano representa não só o final do estágio profissionalizante, mas também o fim de

um percurso de educação científica e profissional. No entanto, a nossa formação e aprendizagem

são contínuas para a vida. Poucas profissões têm este percurso de exigência, e a nossa

sociedade, cada vez mais, exige competência profissional dos médicos. Mas a “educação de um

Médico requer cultura, sem o que a sua compreensão do indivíduo doente será sempre limitada;

(…) impõe sentido ético e moral e interesse pelo próximo, sem o que não poderá apreender e

viver o espírito de serviço que deve ser o paradigma da sua profissão.”1

Posto isto, sendo este o ano que precede o início da prática clínica mais autónoma, é fulcral

que os estágios cumpram o objetivo a que se propõem, o de “profissionalizar” os alunos –

estimulando no futuro médico o raciocínio clínico, orientado e estruturado, e a capacidade de

decidir e de interagir com a multiplicidade de elementos que pautam o quotidiano dos prestadores

de cuidados de saúde. Como tal, assumi como príncipio a priori deste ano, o tomar uma atitude

participativa, crítica e interventiva durante todos os estágios.

Relativamente aos objetivos que deliniei, e atingi com satisfação, destaco as competências

para a observação e interrogatório do doente, pedido de ECDs, elaboração de relatórios clínicos,

aptidões de comunicação interpessoal, reconhecimento e preocupação com as várias dimensões

da pessoa a quem presto cuidados de saúde e capacidade de trabalho em equipa. De um modo

geral, considero que as minhas dificuldades se prendem com a interpretação de exames de

imagem, proposta de terapêutica, compreensão da responsabilidade profissional e,

principalmente, a abordagem do doente em fim de vida, uma realidade cada vez mais frequente

devido ao envelhecimento da população.

Avaliando a nossa formação médica, penso que seria crucial que a aprendizagem médica

fosse reforçada a nível de centros de saúde, domícilio dos doentes, centros de saúde mental

comunitários, etc, onde encontramos pessoas saudáveis, doentes com patologias mais frequentes

e que têm um menor “peso institucional” para o doente.

E assim chego ao final do início do meu percurso, com o privilégio e satisfação de sentir que a

1

(12)

profissão que escolhi exercer me completa e fascina em todas as suas vertentes!

V – A

NEXOS

(13)

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO (ITU)     FORMULÁRIO INDIVIDUAL  Nome:_____________________________  Unid.Func.:_________________________  Nº Processo________________________   Data de admissão no CHLC: ___/___/_____  Data de saída do hospital:       ____/___/_____  Nº de episódio de ITU neste internamento:  Identificação:       

(Colar Vinheta de internamento)        

     

       

   1º          2º         3º  ou mais   

  Alta 

  Transferência 

Data de saída 

 (da UF)  _______/ _____/ _______ 

Resultado do internamento  (da UF)   

  Morte 

Origem da ITU 

       Comunidade        Nosocomial        Associada a cateter urinário   (presente na altura da ITU ou  até pelo menos 3 dias antes) 

Motivo de colocação do cateter urinário  Dias de cateterização

  Retenção urinária     ≤ 7 dias 

  Medição da diurese     > 7 dias e ≤ 15 dias 

  Ulcera sagrada ou perineal     >15 dias e ≤ 30 dias 

  Outro. Qual?_______________________     > 30 dias 

  Desconhecido     Desconhecido 

Tipo de infecção 

      Cistite          Pielonefrite         Bacteriémia          Outra ____________________         Outros factores de risco 

  Sexo    F       M             Antibioterapia prévia recente (≤ 15 dias) 

  Diabetes mellitus       Internamento prévio recente (≤ 15 dias) 

  Alteração anatómica/funcional do trato urinário:      SIDA (CD4 <200) 

   Uropatia obstrutiva (litiase, tumor, hipertrofia 

prostática, bexiga neurogénica)          Neoplasia hematológica 

   Doença poliquistica renal      Outra neoplasia (metastizada) 

   Refluxo vesico‐ureteral       Quimioterapia (<1 mês) 

   Resíduo pós‐miccional      Radioterapia (<1 mês) 

     Insuficiência renal crónica (clearance creatinina 

<50ml/min)      Neutropénia (< 500 neutrófilos /mm

    Procedimento urinário recente (<30 dias )      Corticoterapia  (prednisolona > 20mg/dia ou equivalente 

nos 15 dias prévios ao episódio de ITU) 

        Outros imunossupressores (ex: interferões, tacrolimos) 

DATA DA ITU _________/__________/___________           Sem isolamento microbiológico      

Se o mesmo cateter está presente há > 15 dias a colheita de urocultura foi feita após a sua substituição?        S             N  

Microrganismos              NT ( Nº de frasco da UC):  __________________       

Microrganismo 1:   Microrganismo 2:  

(14)

      Resistências dos Microrganismos aos antibióticos testados na hemocultura  Preencher com o(s) microrganismo (s) isolados na urocultura e respectivo TSA        * Os microrganismos com sensibilidade intermédia aos antibióticos são assinalados como resistentes com (I)           Registo do TSA            

Microrganismo 1  Microrganismo 2  Microrganismo 3 

     

Antibióticos 

R*  R*  R* 

Ampicilina  AMP             

Aminopenicilinas  Amoxicilina/Ac. 

Clavulânico  AMX             

Benzilpenicilinas  Penicilina  PEN             

Cefalotina  CEP             

Cefepima  FEP             

Cefotaxima  CTX             

Ceftriaxone  CRO             

Ceftazidima  CAZ             

Cefalosporinas 

Cefoxitina  FOX             

  Cefuroxime   CFX             

Isoxazolipenicilinas  Meticilina/Oxacilina  MET/OXA              

Ureidopenicilinas  Piperacilina‐Tazobactam  TZP             

Imipenem  IPM             

Carbapenemos 

Meropenem  MEM             

Amicacina  AMK             

Gentamicina  GEN             

Gentamicina (AC)  GEH             

Aminoglicosídeos 

Tobramicina  TOB             

Vancomicina  VAN             

Glicopéptidos 

Teicoplanina  TEC             

Quinolonas  Ciprofloxacina  CIP             

Lincosamidas  Clindamicina  CLI             

Macrólidos  Eritromicina   ERI             

Sulfonamidas  Co‐trimoxazol   SXT             

Polimixina  Colistina   COL             

Glicilciclinas  Tigeciclina  TIG             

Outros  Linezolide  LNZ             

Fluconazol   FLU             

Anfotericina B  ATB             

Antifúngicos 

Voriconazol  VCZ             

Marcadores   Positivo  Negativo  Positivo  Negativo  Positivo  Negativo 

Produtora de  β‐lactamases de espectro alargado  ESBL             

(15)

      VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO (ITU)  Instruções de preenchimento  Definição  Infecção de um órgão do aparelho urinário cursando 

com sinais e sintomas que incluem febre (>380C) “de 

novo” ou em agravamento, arrepios, 

dor/hipersensibilidade nos flancos, ângulos costo‐ vertebrais ou região supra‐púbica, disúria, 

polaquiúria, urgência miccional, hematúria e 

urocultura com isolamento microbiológico, sem  identificação de outra causa.  Adquirida na comunidade – quadro clínico iniciado no  ambulatório ou nas primeiras 48 horas de  internamento hospitalar.  Nosocomial – quadro clínico iniciado depois das  primeiras 48 horas de internamento hospitalar.  Origem da ITU  Para qualquer dos tipos (comunidade ou nosocomial)  assinalar se está associada a cateter urinário: presença  de cateter urinário na altura da ITU ou até pelo menos  3 dias antes.  Cistite – infecção da bexiga com queixas urinárias  baixas – dor hipogástrica, disúria, polaquiúria,  urgência miccional, hematúria e febre geralmente até 

aos 380C. 

Pielonefrite – infecção renal cursando com febre 

>380C, dor nos flancos ou ângulos costo‐vertebrais, 

(16)

A Plataforma para a Saúde Mental da Gulbenkian, em parceria com a

World Health Organization e Faculdade de Ciências Médicas da Universidade

Nova de Lisboa organizaram no dia 3 e 4 Outubro de 2013, o International Forum on Innovation in Mental Health.

(17)

Apresentação Iniciativa Nacional de Promoção da Orientação para o

Recovery, dirigida pela psicóloga Dra. Marta Ferraz, a sessão foi dividida em duas partes, inicialmente foi apresentado o programa Recovery, que desde Junho de 2013 está a ser implementado em Portugal, e na segunda parte

decorreu uma palestra dada por Lynn Legere, diretora do programa Life Long Learning & Peer Support no Transformation Centre de Boston, MA.

(18)

Sessão de Formação em Imagiologia de Urgência, pelo Dr. Hugo Rio Tinto.

(19)

Hipertensão arterial e Insuficiência Cardíaca – Estado da Arte em 2014.

(20)

Ação de Formação sobre Prevenção e Controlo de Infeções Nosocomiais

e Resistências Bacterianas – Dra. Helena Estrada.

Referências

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