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Repositório Institucional UFC: Telefone celular: um estudo econômico

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Academic year: 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO EXECUTIVO

CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

DÁVILA DE SOUSA MOREIRA

TELEFONE CELULAR: UM ESTUDO ECONÔMICO

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade

___________________________________________________________________________________ M837t Moreira, Dávila de Sousa.

Telefone celular: um estudo econômico / Dávila de Sousa Moreira. – 2014. 31 f. : il.; enc. ; 30 cm.

Monografia (Graduação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado Executivo, Curso de Ciências Econômicas, Fortaleza, 2014.

Orientação: Profa. Dra. Eveline Barbosa Silva Carvalho.

1. Telefonia celular. 2. Elasticidade (Economia). I. Título.

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DÁVILA DE SOUSA MOREIRA

TELEFONE CELULAR: UM ESTUDO ECONÔMICO

Monografia apresentada à Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado Executivo, como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel em Ciências Econômicas.

Orientadora: Profa. Dra. Eveline Barbosa

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TELEFONE CELULAR: UM ESTUDO ECONÔMICO

Esta monografia foi submetida à Coordenação do Curso de Ciências Econômicas, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Bacharel em Ciências Econômicas, outorgado pela Universidade Federal do Ceará – UFC, e encontra-se à disposição dos interessados na Biblioteca da referida Universidade.

A citação de qualquer trecho desta monografia é permitida, desde que feita de acordo com as normas de ética científica.

Data da aprovação: ____/____/____

________________________________________________ ___________ Profa. Dra. Eveline Barbosa Nota Professora Orientadora

________________________________________________ ___________ Professor Fabio Maia Sobral Nota Membro da Banca Examinadora

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6 AGRADECIMENTOS

A Deus, pela minha vida e pela oportunidade de estar sempre em constante aprendizado.

A professora Eveline Barbosa, pelos conhecimentos a mim transmitidos, paciência e pelo incentivo.

Ao professor Fabio Sobral pelo apoio e ajuda na construção do tema desse trabalho.

Ao professor Marcelo de Castro Callado pela orientação e auxílio nos momentos mais difíceis que tive na faculdade.

A professora Jacqueline Franco Cavalcante por ter se disponibilizado a participar da banca examinadora.

A minha mãe, Maria da Conceição de Sousa Moreira, por me proporcionar oportunidades de crescimento pessoal e profissional. É um exemplo de mulher forte e determinada.

A meu pai, Dário Moreira Leite, por todos os anos que investiu e acreditou nos meus estudos.

Ao meu irmão, Dário Moreira Leite Filho, pelo carinho e disponibilidade de sempre me ajudar, principalmente quando mais preciso.

A meu amor, Tiago de Oliveira Vale, pela compreensão e incentivo durante os meus anos de faculdade.

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“Assim, o trabalho que modifica o homem e a natureza, também produz novas tecnologias capazes de transformar as relações sociais e o processo produtivo.”

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8 RESUMO

O telefone celular é o objeto de estudo desse trabalho. Está cada vez mais presente na vida das pessoas e possui grande influência na vida dos agentes econômicos. Apesar de saber que o ciclo de vida dos celulares está cada vez menor devido à obsolescência programada, supõe-se que o celular é algo muito importante na vida dos indivíduos por facilitar a comunicação dos mesmos. Os dados estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE, 2013) para os últimos anos revelam que o número de brasileiros que possuem aparelhos celulares está aumentando para a sociedade brasileira em geral. Verificou-se que o estado brasileiro que possui a maior quantidade de celulares em serviço em 2011 foi São Paulo e no Brasil a elasticidade-renda mostrou que o celular é um bem superior. A demanda das pessoas por celulares movimenta uma série de mercados dado que elas desejam que seus aparelhos possuam cada vez mais funcionalidades como, por exemplo, jogos e acesso à internet. Observando pelo lado da oferta a moda influência bastante e muitos brasileiros tendem a comprar celulares de acordo com o que está mais valorizado no momento.

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9 ABSTRACT

The mobile phone is the object of study of this work. Is increasingly present in people's lives and has great influence in the lives of economic agents. Despite knowing that the life cycle of mobile phones is dwindling due to planned obsolescence, it is assumed that the cell is something very important in the lives of individuals by facilitating communication thereof. Statistical data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE, 2013) for recent years show that the number of Brazilians who have mobile devices is increasing for Brazilian society in general. It was found that the Brazilian state with the largest number of mobile service in 2011 was Sao Paulo in Brazil and the income elasticity showed that the cell is a greater good. The demand of the people for a number of cell moves markets since they want their devices have more features such as games and internet access. Looking at the supply side fashion influence a lot and many Brazilians tend to buy cell according to what is most valued at the time.

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10 LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS

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11 SUMÁRIO

LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS... 09

1. INTRODUÇÃO... 11

2. O CELULAR E A SUA INFLUÊNCIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA... 14

2.1. Visão Geral da Evolução dos Aparelhos Celulares... 14

2.2. Estatísticas de Consumo de Celulares no Brasil... 16

3. A INDÚSTRIA DOS TELEFONES CELULARES... 19

3.1. Demanda por Produtos e Serviços dos Mercados de Celulares... 19

3.2. Oferta de Produtos e Serviços nos Mercados de Celulares... 22

4. METODOLOGIA... 23

4.1 Tipologia da Pesquisa... 23

4.2 Coleta de Dados... 23

5. ANÁLISE DOS RESULTADOS... 26

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS... 28

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1. INTRODUÇÃO

O celular foi criado a partir da ideia de tornar a comunicação mais eficiente e fácil através da utilização de telefones sem fio. Os primeiros estudos em laboratório começaram no ano de 1947, mas a primeira ligação realizada de um aparelho celular só foi feita em 1973.

É perceptível que esse aparelho a cada dia influencia mais a vida das famílias em geral, enquanto consumidoras e que as disputas entre as operadoras de telefonia celular do Brasil estão cada vez mais acirradas apresentando constantemente na mídia suas ofertas e promoções.

O mais interessante é que o telefone celular é utilizado pelas mais variadas faixas etárias, se tornando assim um componente caracterizador de um estilo de vida contemporâneo, objeto de desejo e um dos grandes ícones do desenvolvimento da tecnologia moderna deixando de ser apenas um meio de comunicação para ser um símbolo social.

Analisando o consumo de celulares podemos verificar que existe uma oferta e uma demanda. E, além disso, que existe uma realidade onde agentes econômicos realizam tomadas de decisões bastante influenciadas pelas propagandas exibidas através dos meios de comunicação.

Dessa forma pretende-se analisar o comportamento da sociedade brasileira em relação ao consumo de celulares utilizando a teoria microeconômica para denotar as preferências dos indivíduos. Também será utilizado o conceito de elasticidade a fim de verificar a sensibilidade dos brasileiros na compra de celulares.

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Dentre os objetivos dessa pesquisa, destacam-se: analisar a compra de celulares no Brasil, investigar a diversidade de mercados de celulares, constituídos de grandes e médias empresas e analisar os agentes econômicos do ponto de vista da demanda e oferta.

As hipóteses desse trabalho incluem constatar se: o celular é um bem superior no Brasil e a venda de celulares constitui uma indústria que movimenta uma grande diversidade de mercados e volume de dinheiro.

O trabalho foi dividido em seções a fim de facilitar a compreensão do estudo, tendo na primeira seção esta introdução com uma apresentação geral dos objetivos, hipóteses e a metodologia da pesquisa. A segunda seção está dividida em duas subseções, na qual a primeira traz em seu conteúdo um panorama da evolução dos aparelhos celulares, com um retorno ao passado que demonstra a importância desse aparelho principalmente atualmente. A segunda subseção traz dados estatísticos sobre o consumo de celulares no Brasil nos anos de 1999 e 2011 que será o norte do objeto de estudo nesse trabalho.

A indústria dos celulares será o foco da análise na terceira seção desse trabalho, que está dividida também em duas subseções. Na primeira parte da seção três é feita uma análise da ótica da demanda, que é representada pelo consumo de telefones celulares dos brasileiros. A próxima subseção mostra um pouco o mercado sob a ótica da oferta, ou seja, vários mercados concentrados diretamente no setor de comércio e serviços que ofertam diferentes modelos com cada vez mais novas funcionalidades.

A quarta seção a metodologia utilizada no trabalho e está dividida em duas subseções, na qual a primeira traz a tipologia da pesquisa, ou seja, qual a abordagem utilizada no trabalho. A segunda subseção mostra como foi realizada a coleta dos dados.

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2. O CELULAR E A SUA INFLUÊNCIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA

2.1. Visão Geral da Evolução dos Aparelhos Celulares

Há aproximadamente 30 anos o mundo globalizado assistiu ao surgimento de um fenômeno social e cultural que ainda influencia fortemente a cultura contemporânea: a utilização de telefones celulares, que conquistam grande importância no cotidiano de um número cada vez maior de indivíduos, em todas as partes do planeta.

No livro O Mundo dos Bens (2004, publicado originalmente em inglês em 1978)

a antropóloga Mary Douglas e o economista Baron Isherwood refletem sobre o caráter simbólico dos bens e das atividades de consumo e chegam à conclusão que muito além da função utilitária, os bens possuem significados e são utilizados para constituir parte do próprio indivíduo.

Os celulares evoluíram muito ao longo do tempo e continuam evoluindo, dado o dinamismo do avanço tecnológico. Hoje existem em diversos modelos e além de realizar ligações muitos possuem diferentes funcionalidades como, por exemplo, filmar, reproduzir arquivos de áudio ou acessar a internet.

Assim, nesse trabalho considera-se a definição de telefone celular como sendo “um telefone portátil usado em comunicações móveis terrestres, em que a conexão entre os usuários é feita através de rádio e intermediada por uma central específica” (HOUAISS, 2009).

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No Brasil, a cidade do Rio de Janeiro foi a primeira a operar comercialmente o serviço de telefonia móvel celular. No início dos anos 90 ocorreu à expansão para suprir a demanda reprimida pelos serviços de telefonia fixa e a partir do final da década de 90 o crescimento ocorreu pela forte popularização deste serviço através do modo pré-pago, no qual o assinante não paga pela assinatura básica do serviço e sim pelo tempo de uso na forma de créditos de minutos de conversação (NASCIMENTO, 2000).

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17 2.2. Estatísticas de Consumo de Celulares no Brasil

Segundo o IBGE, o número de telefones celulares em serviço no Brasil foi crescente nos últimos anos e aumentou de 11.999.900 no ano de 1999 para 242.231.000 no ano de 2011 como mostra o gráfico 1.

Gráfico 1 – Telefones celulares em serviço no Brasil (1999 – 2011)

Fonte: Elaboração própria proveniente dos dados do IBGE (2001 – 2013)

Na publicação denominada Brasil em números (2013), realizada pelo IBGE, o

jornalista Washington José de Souza Filho considera que o uso do telefone celular “funciona como uma forma de contato direto” e, além disso, afirma que:

0 50000000 100000000 150000000 200000000 250000000 300000000 Ano 1999 Ano 2002 Ano 2005 Ano 2008 Ano 2011

Celulares em Serviço no Brasil

Celulares em Serviço no Brasil

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Tabela 1: Telefones Celulares em Serviço, Renda Domiciliar Per Capita Média e Elasticidade-renda, segundo as unidades da Federação (1999/2011)

Unidades da Federação

Celular (Em 1000 unidades) Renda domiciliar per capita média (Em reais)

Elasticidade-renda (ε)

1999 2011 Variação 1999 2011 Variação

Brasil 12000 242231 19 669,78 891,10 0,33 58,06

Rondônia 125 2054 15 706,66 775,38 0,10 158,29

Acre 33 814 24 703,66 652,68 -0,07 -330,84

Amazonas 205 3920 18 434,40 588,15 0,35 51,10

Roraima 19 480 25 693,29 823,75 0,19 130,37

Pará 367 7915 21 463,93 567,46 0,22 92,16

Amapá 24 844 34 485,73 606,17 0,25 138,98

Tocantins 39 1638 41 365,02 687,25 0,88 46,69

Maranhão 139 5314 37 296,52 433,70 0,46 80,47

Piauí 51 3329 64 302,37 509,40 0,68 93,13

Ceará 251 9340 36 349,63 548,21 0,57 63,89

Rio Grande do

Norte 107 4030 37 427,41 645,56 0,51 72,18

Paraíba 103 4230 40 504,91 621,02 0,23 174,76

Pernambuco 340 10917 31 404,53 549,75 0,36 86,66

Alagoas 99 3451 34 343,47 449,42 0,31 109,76

Sergipe 81 2473 29 438,93 675,09 0,54 54,61

Bahia 575 15857 27 369,40 596,92 0,62 43,15

Minas Gerais 1050 23804 22 585,41 882,05 0,51 42,77

Espírito Santo 277 4306 15 632,21 920,31 0,46 31,94

Rio de Janeiro 1300 21713 16 913,91 1090,95 0,19 81,06

São Paulo 4267 59551 13 964,11 1158,34 0,20 64,32

Paraná 580 13189 22 704,89 1038,84 0,47 45,89

Santa Catarina 515 7699 14 746,74 1176,09 0,57 24,27 Rio Grande do

Sul 532 14116 26 832,78 1083,56 0,30 84,73

Mato Grosso do

Sul 137 3450 24 608,75 1020,94 0,68 35,85

Mato Grosso 158 4004 24 600,52 930,46 0,55 44,36

Goiás 267 8141 30 589,07 907,52 0,54 54,59

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Entre as localidades pesquisadas pelo IBGE (2001 - 2013), o estado de São Paulo é o que registra o maior número de telefones celulares em serviços em 2011, com 24,58% do total da população e o estado de Roraima é o que registra o menor número com 0,20% do total da população.

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3. A INDÚSTRIA DOS TELEFONES CELULARES

3.1. Demanda por Produtos e Serviços dos Mercados de Celulares

A demanda das pessoas por celulares movimenta uma série de mercados. Como foi visto na seção anterior, na sociedade brasileira está cada vez maior o número de pessoas que possuem celulares. O telefone celular na atualidade possui cada vez mais funcionalidades, no que diz respeito a mensagens, fotografias, filmagens, jogos, internet, dentre muitas outras. Quando se trata de celulares existem diferentes modelos para diferentes tipos de consumidores. Mas obviamente a renda do indivíduo (a) é um dos fatores muito importante na tomada de decisão.

Para melhor compreensão, cabe falar agora no conceito de utilidade do consumidor. Segundo a teoria microeconômica, o consumidor atribui uma determinada utilidade aos bens que consome. A utilidade do consumidor em economia não pode ser quantificada, contudo pode ser mensurada, o que não será o foco desta pesquisa. Neste trabalho o interesse é que se entenda que os consumidores atribuem utilidade a seus bens de consumo. Em teoria, há um limite para gastos levando-se em consideração que o individuo (a) não pode gastar um valor superior ao da sua renda disponível, ou seja, os consumidores estão sujeito a uma restrição orçamentária que é dada em função da sua renda e dos preços dos bens. Obviamente, na prática, é verificado que essa hipótese é relaxada dado que existe um sistema financeiro onde as pessoas tomam empréstimos, utilizam cartões de crédito dentre outros, ou seja, antecipam seu consumo futuro. Eventualmente, há consumidores que gastam apenas o que sua renda permite consumir, e há outros que não se importam em se endividar uma vez que levam em consideração o celular como um bem muito importante em suas vidas.

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como um serviço que não possui substituto perfeito, eventualmente outros podem pensar nos jogos para celulares como substituto perfeito, abrindo mão de consumir o acesso à internet em prol de possuir um jogo no celular. Dada a renda, o serviço de acesso à internet pode ter comportamento de bem de luxo (ε > 1), levando-se em conta que no Brasil o telefone celular é um bem superior, como foi mostrado na seção anterior, assim pode-se assumir que o acesso à internet para celular também é. São muitas possibilidades de classificação, dependendo do consumidor, mas nesse trabalho pretende-se fazer uma discussão sobre a possibilidade do acesso à internet para celular ser classificado como um bem posicional, tendo em vista a sociedade moderna de consumo.

O conceito de bens posicionais foi criado pelo economista Fred Hirsch em 1976, Os bens posicionais satisfazem o (a) indivíduo (a) através da sua posição relativa aos demais. A utilidade do consumidor é dada em função da sua posição ao consumir determinado bem, em comparação a substitutos.

Como descreve Barreiros (2009), bens posicionais são produtos e serviços que conferem status ao indivíduo. Partindo da hipótese de que telefone celular é algo muito importante, pode-se inferir que o acesso à internet também é. Assim sendo, o consumidor está disposto a pagar mais para ter acesso a este serviço, eventualmente porque a utilidade atribuída pelo consumidor está ligada à situação melhor em que ele estará dado o “status” conferido pelo consumo do mesmo.

Segundo Fonseca (2006), há um experimento feito em sala de aula em diversos países em que se propõe aos alunos o que seria melhor, uma situação onde ele ganha 100 e os demais ganham 50 ou uma situação em que ele ganha 150 e os outros indivíduos ganham 300. A resposta é que a maioria das pessoas prefere ganhar menos numa situação em que ganham o dobro dos demais. Dessa forma o autor afirma que “A posição relativa conta mais do que o nível absoluto de renda”.

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Para alguns pode ser considerado um gasto irracional, mas para muitos é considerado um bem posicional, pois confere satisfação ao indivíduo pela posição relativa aos demais.

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23 3.2. Oferta de Produtos e Serviços nos Mercados de Celulares

Observando pelo lado da oferta, na Indústria de Telefones Celulares verifica-se a existência de vários mercados concentrados diretamente no setor de comércio e serviços. São diferentes modelos e cada vez mais surgem novas funcionalidades. Nesse contexto a moda influência bastante e muitas pessoas tendem a comprar celulares de acordo com o que está mais valorizado no momento.

São tendências de cores e tamanhos que aparecem nas revistas, televisão e na mídia em geral. Por exemplo, segundo Nunes (2013), já chegou ao Brasil a tecnologia 3G e dessa forma foram disponibilizados telefones celulares diferenciados com modelos que mudam o perfil do usuário que passa a utilizar Smartphones demandando maior

velocidade de conexão para transmissão, realizando upload e download de dados e

arquivos de vídeos nas redes sociais. Essas novidades tecnológicas despertam o interesse de muitos consumidores e de certa maneira acabam incentivando as constantes inovações nos telefones celulares.

Além disso, existem as opções de linhas móveis pós-pagas e pré-pagas. Quando o consumidor opta por uma linha pós-paga ele paga uma conta telefônica no final do mês, já se escolher uma linha pré-paga compra uma carga de crédito e fala até consumi-la por completo, efetuando nova recarga de acordo com sua necessidade e conveniência, possibilitando assim, controle de sua conta de telefone celular sem atrapalhar o seu orçamento.

Oliveira (2012) verificando a receita bruta do celular no Brasil, levando em conta que esse indicador mede a receita total decorrente das atividades-fim da organização, afirma que no ano de 2011 foi calculada em R$ 82,5 bilhões apresentando um crescimento de 12,9% em relação a 2010, quando foi de R$ 73 bilhões.

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4. METODOLOGIA

Esta parte aborda a metodologia da pesquisa, que compreende a tipologia da pesquisa, os métodos e as técnicas utilizadas na coleta e a análise e tratamento dos dados.

4.1. Tipologia da Pesquisa

O trabalho utilizou uma abordagem baseada em métodos quantitativos de pesquisa, que, de acordo com Richardson (1999), se caracteriza pelo emprego da quantificação, quer seja através de processos de coletas de dados ou de um instrumental da análise escolhida.

Foram utilizados dados secundários tendo como fonte a pesquisa Brasil em Números realizada anualmente pelo IBGE e a base de dados macroeconômicos,

financeiros e regionais do Brasil chamada IPEADATA. A partir dessas informações foram elaborados os dados da elasticidade-renda dos estados brasileiros.

O IBGE utiliza uma amostra probabilística de domicílios, estratificada, conglomerada para cada região metropolitana e planejada de forma a garantir a representatividade dos resultados para os níveis geográficos em que a pesquisa é produzida. E o IPEA utiliza as informações de diversos institutos inclusive do IBGE para compor a sua base de dados.

4.2. Coleta dos dados

A coleta dos dados foi realizada durante os meses de abril, maio e junho de 2014. Durante esse período foram realizados estudos na página eletrônica IPEADATA e das informações contidas na pesquisa Brasil em Números dos anos de 1999 e 2011

disponível em formato eletrônico na página eletrônica do IBGE.

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Para obter a elasticidade-renda, foi preciso calcular a variação nas quantidades de telefones celulares em serviço e a variação nas rendas domiciliares per capita média dos estados para os anos limítrofes de 1999 e 2011, utilizando os dados brutos do IBGE (2001 – 2013) e IPEA (2013). A variação na quantidade de telefones celulares em serviço foi calculada utilizando a seguinte fórmula:

∆Q = (Q2 – Q1) / Q1

Onde:

∆Q = Variação na Quantidade de Telefones Celulares em Serviço

Q1 = Quantidade de Telefones Celulares em Serviço no ano de 1999

Q2 = Quantidade de Telefones Celulares em Serviço no ano de 2011

O cálculo da taxa de variação na renda é análogo:

∆R = (R2 – R1) / R1 Onde:

∆R = Variação na Renda Domiciliar Per Capita Média dos Estados

R1 = Renda Domiciliar Per Capita Média do estado em 1999

R2 = Renda Domiciliar Per Capita Média do estado em 2011

A metodologia do cálculo da elasticidade-renda dos estados brasileiros é detalhada a seguir.

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Onde:

ε = Elasticidade-renda da demanda

∆Q = Variação na Quantidade de Telefones Celulares em Serviço

∆R = Variação na Renda Domiciliar Per Capita Média dos Estados

R = Renda Domiciliar Per Capita Média dos Estados nos anos de 1999 e 2011

Q = Quantidade de Telefones Celulares em Serviço nos anos de 1999 e 2011

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5. ANÁLISE DOS RESULTADOS

O objetivo dessa seção é analisar os resultados obtidos com base na pesquisa sobre a quantidade de telefones celulares em serviço, a renda domiciliar per capita média e a elasticidade-renda da demanda por celulares no Brasil.

Nesse estudo, foi realizada uma análise da elasticidade-renda dos estados brasileiros. A elasticidade é uma medida muito utilizada pelos economistas por ser genérica e independer de unidades (VARIAN, 2006). A elasticidade-renda é uma medida de sensibilidade que descreve como a demanda reage quando a renda varia, e é representada pela letra grega épsilon (ε).

De acordo com a elasticidade-renda, os bens de consumo podem ser classificados da seguinte forma:

 ε < 0 = Bem inferior (Bem cujo consumo tende a cair à medida que a renda aumenta);

 0 < ε < 1 = Bem normal (Bem cujo aumento na renda provoca aumento na demanda);

 ε > 1 = Bem superior ou bem de luxo (Bem cujo consumo aumenta mais de 1% quando a renda aumenta 1%).

Utilizou-se a elasticidade-renda dos estados brasileiros, nesse trabalho, com o intuito de verificar se o celular no Brasil tem comportamento de um bem superior, ou seja, se o aumento na quantidade de telefones celulares em serviço é mais que proporcional ao aumento da renda.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesse trabalho buscou-se analisar o telefone celular utilizando a teoria econômica para evidenciar aspectos diversos desse aparelho atualmente importante e que tem bastante influência na vida dos indivíduos.

Verificou-se que no Brasil o número de aparelhos celulares em serviço está aumentando. A elasticidade-renda mostrou que no Brasil o telefone celular tem comportamento de bem superior na maioria dos estados. O único estado onde a elasticidade teve comportamento diferente dos demais estados e da média nacional teve variação negativa da renda domiciliar per capita média, que afeta o comportamento da elasticidade.

Apesar da importância do tema, verificou-se que existem poucos trabalhos na área da Economia abordando o celular. Este é um objeto de estudo comum na área de outras ciências sociais, tais quais Sociologia e Psicologia, contudo em Economia há escassez de literatura sobre esse tema. A Economia é uma ciência social e existem algumas áreas que mesmo nos dias de hoje são pouco exploradas pelos pesquisadores. Tendo o telefone celular como temática, há possibilidade de futuras pesquisas utilizando a teoria econômica, já que sempre pode haver novas situações, novos padrões, novos dados, novas preferências dos consumidores, etc.

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7. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

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(década de 70). Revista Eletrônica História em Reflexão, v. 3, n.5, 2009. Disponível em:

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http://www.idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/entenda-o-que-e-obsolescencia-programada. Acesso em 06 de maio de 2014.

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Imagem

Gráfico 1  –  Telefones celulares em serviço no Brasil (1999  –  2011)  Fonte: Elaboração própria proveniente dos dados do IBGE (2001 – 2013)

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