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EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM SUSTENTABILIDADE: HORTA ORGÂNICA

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Academic year: 2021

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM SUSTENTABILIDADE:

HORTA ORGÂNICA

Josenilda Mª Oliveira FAGUNDES da Silva¹; Ramon Oliveira FAGUNDES da Silva¹; Jonildo Rodrigues OLIVEIRA¹; Rossemberg CARDOSO Barbosa²

1. Alunos do Curso de Licenciatura em Biologia da UVA/UNAVIDA. nildinhabr@hotmail.com 2. Orientador. Biólogo. Professor de Biologia da UVA/UNAVIDA. rcbvet@gmail.com

RESUMO: Alternativas sustentáveis relacionadas a produção de alimentos saudáveis, economia de água, aproveitamento de pequenos espaços e baixo custo configura-se como uma proposta ecológica viável e necessária nos dias atuais. Aprender a respeitar a natureza, preservando, reutilizando e reaproveitando parte dos resíduos sólidos produzidos no dia-a-dia e incentivar uma prática ecologicamente correta, desde os primeiros anos, para formar o cidadão consciente, é uma tarefa urgente. Desta forma este trabalho objetivou desenvolver uma horta orgânica sustentável com o intuito de despertar nos alunos a vontade de preservar o meio ambiente com atitudes simples. O projeto teve início a partir da apresentação, por meio de palestras aos alunos e a toda comunidade escolar, com informações relativas à importância e desenvolvimento da horta orgânica na escola. Em seguida, realizou-se a capacitação dos estudantes por meio de aulas teóricas e práticas sobre o meio ambiente, reciclagem, horta orgânica e água, durante o processo de ensino e aprendizagem como recursos pedagógicos, foram usados; textos, filmes e palestras. O projeto foi executado utilizando-se garrafas PETs cortadas, onde foi colocada terra fértil e em seguida feito o plantio das hortaliças. As garrafas foram dispostas em um muro de 16m2, configurando numa horta vertical. Baseado nos resultados pode-se concluir que a experiência do plantio de hortaliças em jardineiras de garrafas pets possibilitou um olhar diferente sobre Educação ambiental, uma conscientização melhor sobre o descarte e o reuso de materiais que seriam jogados, possibilitando ainda que a experiência seja multiplicada, valorizando os conhecimentos adquiridos e adotando hábitos saudáveis e uma melhor qualidade de vida.

Palavras-Chave: Conscientização ambiental. Sustentabilidade. Horta orgânica.

ABSTRACT: Sustainable alternatives related to healthy food production, saving water, taking advantage of small spaces and low cost appears as a viable and necessary ecological proposal in this day and age. Learning to respect nature, preserving, reusing and taking advantage of the waste arising in every day situations and encouraging an environmentally friendly practice since the early years, to form conscious citizens, is an urgent task. Therefore this study aimed to develop a sustainable organic garden with the idea of awakening in the students a desire to preserve the environment with simple actions. The project started from presentations, through lectures to students and the entire school community, with information on the importance and development an organic garden at the school. Shortly after, the students were trained through theoretical and practical lessons on the environment, recycling, organic gardens and water, during the process of teaching and learning as teaching resources, texts, films and lectures were used. The project was executed using cut plastic soda bottles, where fertile soil was placed and then greenery was planted. The bottles were placed in a 16m2 wall, forming a vertical garden. Based on the results it can be concluded that the experience of vegetable planting in planters of plastic bottles allowed a different look on environmental education, a better awareness of the disposal and reuse of materials that would be thrown away, allowing the experience to be multiplied, valuing the acquired knowledge and adopting healthy habits and a better quality of life.

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INTRODUÇÃO

Uma sociedade só pode ser considerada sustentável se ela mesma, por seu trabalho e produção, torna-se mais e mais autônoma, se seus cidadãos forem socialmente participativos, cultivarem um cuidado consciente para a conservação e regeneração da natureza. (BOFF, 2012).

Já nos primórdios da humanidade eram utilizadas várias técnicas nas lavouras para plantar e colher seus alimentos. “Com o avanço dessas técnicas tornou-se comum á compra de alimentos e posterior abandono do hábito de cultivo de hortaliças em ambientes domésticos, visto que essas passaram a ser produzidas e comercializadas em larga escala“ (WANDERLEY, 1996).

A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não forma l, Lei Nacional, artigo 2º (SEABRA, 2009).

A escola, no decorrer de sua história, tem sido um caminho viável para a transformação educacional e desenvolvimento de posturas críticas frente à realidade dos discentes. Qualquer estratégia educacional ou recurso didático que desenvolva, nos alunos, o senso crítico, torna-se relevante.

Pode-se dizer que é de fundamental necessidade as transformações e conscientizações para superar as injustiças ambientais e a desigualdade social existente no Brasil. Por esta razão, percebe-se a necessidade de buscar mudanças que interfiram no comportamento do homem em relação à natureza através da educação ambiental, a qual deve está presente na educação da população, e a escola é sem dúvidas uma grande facilitadora na busca de novos conhecimentos, criando assim valores e atitudes entre o homem e o meio ambiente.

Portanto, desenvolveu-se um trabalho de uma horta orgânica sustentável com o intuito de multiplicar; incentivar a prática de uma horta de forma sustentável, para uma melhor conscientização dos alunos, bem como, despertar neles a vontade de conhecer mais sobre o assunto e incentivar a prática desses conhecimentos que os levem a ter um olhar diferente sobre o meio ambiente. Estimula-se reutilização de materiais recicláveis, possibilitando uma melhor interação homem/natureza. Sendo relevante, para tanto, o conceito contemporâneo de Educação Ambiental. Segundo DIAS (2004), “a educação ambiental é um processo por meio

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www.revistascire.com.br do qual, as pessoas aprendem como funciona o ambiente, como dependemos deles, como o afetamos e como promovemos a sua sustentabilidade”.

METODOLOGIA

O desenvolvimento do projeto ocorreu na Escola Municipal Gerivaldo Luna de Oliveira, localizada no bairro do Jardim continental, na cidade de Campina Grande/PB. O projeto foi coordenado por Josenilda Maria Oliveira Fagundes da Silva, bióloga, com o apoio técnico de Ramon Fagundes da Silva, estudante de licenciatura em Biologia e monitor do projeto mais educação e Jonildo Rodrigues Oliveira, estudante, professor e escritor. O desenvolvimento do projeto deu-se no período compreendido entre março de 2013 a junho de 2014. Sendo os participantes do projeto 100 alunos do programa Mais Educação, alunos do 2º ao 5º ano do ensino fundamental, sendo 60 do sexo masculino e 40 do sexo feminino com idades de 08 a 13 anos.

O projeto teve início a partir da apresentação, por meio de palestras aos alunos e a toda comunidade escolar, com informações relativas à importância e desenvolvimento da horta orgânica na escola. Em seguida, realizou-se a capacitação dos estudantes por meio de aulas teóricas e práticas sobre o meio ambiente, reciclagem, horta orgânica e água, durante o processo de ensino e aprendizagem como recursos pedagógicos, foram usados: textos, filmes e palestras. O local para o desenvolvimento do projeto foi um muro que possui 8 m de comprimento por 2 m de altura, ou seja, 16 m² como observado na Figura 1. Para a escolha desta área buscou-se um espaço contendo as seguintes características: presença de iluminação natural durante o período da manhã, fornecimento de água, ser um local protegido de animais ou depósitos de lixo.

As garrafas PETs, foram cortadas e reutilizadas para confecção das jardineiras e dispostas verticalmente em colunas de três garrafas, chegando à altura de um metro e meio, facilitando o manejo da horta, por parte dos alunos, já que os alunos tem entre 1,20 á 1.65 de altura, com uma distância de 30 cm lateralmente e 50 cm verticalmente e fixadas na parede utilizando-se grampos. Foi utilizada terra, adubo orgânico (estrume bovino), sementes de hortaliças típicas da região tais como; alface (vários tipos), coentro, cebolinha, rúcula, rabanete, salsa. Começou-se a preparação do espaço físico, caiando-se as paredes a serem usadas. Após o corte das garrafas pets os participantes do projeto prepararam a terra com

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www.revistascire.com.br estrume na proporção de quatro partes de terra e duas de estrume, misturando-as eencheram as jardineiras com a mistura foi irrigada todos os dias, e após uma semana foram colocadas as sementes das hortaliças, direto nas jardineiras as quais foram irrigadas uma vez ao dia com apenas 4 litros de água, para toda horta. A disposição vertical das jardineiras favoreceu o máximo aproveitamento da água. Os estudantes desenvolveram o manejo tais como; regar (de segunda a sexta-feira, uma vez por dia no período da tarde), retirar as ervas daninhas, fazer podasda horta, (duas vezes por semana) no período da tarde.

Figura 1: Horta vertical construídas com garrafas PETs.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As hortaliças nasceram e desenvolveram no tempo adequado para cada tipo de hortaliça utilizado no projeto como observado na Figura 2. Após chegarem no tempo de colheita elas foram colhidas pelos próprios alunos e usadas na merenda escolar.

Baseado no questionário investigativo sobre o projeto pode-se dizer que 60% dos alunos gostaram e fez em casa o plantio com pelo menos um tipo de hortaliça com o reuso de materiais que seriam descartados no meio ambiente.

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Figura 2. Produto proveniente da horta.

Ao mesmo tempo em que contribui para suprir a necessidade humana de se alimentar de modo saudável, a horta vertical orgânica contribui também para retirada de resíduos poluentes do meio ambiente e consumo consciente da água que é um recurso natural imprescindível para a subsistência do homem e dos seres vivos e progresso da humanidade.

Aprender a respeitar a natureza, preservando, reciclando e reaproveitando parte dos resíduos sólidos produzidos pela população e incentivar essa prática desde os primeiros anos. para formar cidadãos conscientes e integrados com o meio onde vivem é a base para um futuro promissor com responsabilidade. Postura que GOLEMAN (2009) chama de “inteligência ecológica”, ou seja, um agir crítico em relação aos recursos naturais.

CONCLUSÕES

Baseado nos resultados obtidos pode-se concluir que os objetivos propostos foram atingidos, já que despertou nos alunos o interesse de produzir a horta orgânica nas suas residências.

A experiência do plantio de hortaliças em jardineiras de garrafas pets possibilitou um olhar diferente sobre Educação ambiental, uma conscientização melhor sobre o descarte e o reuso de materiais que seriam jogados.

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REFERÊNCIAS

BALBACH, A. Hortaliças na medicina doméstica. 2007. Disponível em:

<http://pt.shvoong.com/books/491750-hortali%C3%A7as-na-medicina-dom%C3%A9stica/> Acesso em: 05 de junho de 2014.

BOFF, L. Sustentabildade o que é o que não é. Petrópolis-RJ: Vozes, 2012. Anual. ISBN 978-85-326-4298-1

CAMPANHOLA, C.;VALARINI, P. J. A Agricultura Orgânica e seu potencial para o pequeno agricultor. Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, v.18, n.3, p.69-101, set./dez. 2001.

DIAS,G.F. Fundamentos da Educação Ambiental.Brasilia:Universal. 2004.14-48p.

GOLEMAN, D. Inteligência ecológica: O impacto do que consumimos e as mudanças que

podem melhorar o planeta. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2009.

PEREIRA, A. C.; SILVA, G. Z. da e CARBONARI, M. E. E. Sustentabilidade social e meio

ambiente. São Paulo: Saraiva, 2011. 216p. Anual. ISBN978-85-02-15141-0.

TALAMONI, J. L.B.; SAMPAIO, A. C. Educação ambiental: da prática pedagógica á

cidadania. (Org.). São Paulo: Escrituras Editora, 2003.

PENTEADO, S. R. Introdução à agricultura orgânica. Viçosa, MG: Aprenda Fácil, 2003. SEABROOK, P. Manual prático e completo de horticultura. [S.l.]: Círculo do Livro, 1989. 117p.

TRANI, P. E.; PASSOS, A. F.; MELO, A. M. T. de; BOVI, O. A.; PIMENTEL, E. C.

Hortaliças e plantas medicinais: manual prático. Campinas: Instituto Agronômico, 2007.

p. 72 (Série APTA, Boletim Técnico IAC, 199).

WANDERLEY, M. de N. Raízes Histórico do Campesiano Brasieliro . XX Encontro Anual

da ANPOCS. GT 17. Processos Sociais Agrários. CAXAMBU, MG. OUTUBRO DE 1996.

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