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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE ANGICOS CURSO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE ANGICOS

CURSO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

ALEXSANDRA KLEYCE DA SILVA GÓIS

USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PELOS

TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM OBRAS DO MUNICÍPIO DE CAICÓ-RN: UM ESTUDO DESCRITIVO E QUALITATIVO.

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ALEXSANDRA KLEYCE DA SILVA GÓIS

USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PELOS

TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM OBRAS DO MUNICÍPIO DE CAICÓ-RN: UM ESTUDO DESCRITIVO E QUALITATIVO.

Monografia apresentada à Universidade Federal Rural do Semiárido – UFERSA, Campus Angicos, para obtenção do título de Bacharela Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia.

Orientadora: Profa. Dra. Enai Taveira da Cunha

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© Todos os direitos estão reservados a Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O conteúdo desta obra é de inteira

responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis que regulamentam a Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei n° 9.279/1996 e Direitos Autorais: Lei n°

9.610/1998. O conteúdo desta obra tomar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva ata. A mesma poderá servir de base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a) sejam devidamente citados e mencionados os seus créditos bibliográficos.

O serviço de Geração Automática de Ficha Catalográfica para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC´s) foi desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.

G573u Góis, Alexsandra kleyce da Silva.

USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PELOS TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM OBRAS DO MUNICÍPIO DE CAICÓ-RN: UM ESTUDO DESCRITIVO E QUALITATIVO. / Alexsandra kleyce da Silva Góis. -2020.

43 f. : il.

Orientadora: Profa. Dra. Enai Taveira da Cunha Cunha.

Monografia (graduação) - Universidade Federal Rural do Semi-árido, Curso de Ciência e

Tecnologia, 2020.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a Deus, pela minha existência, pela minha família, pelos meus amigos, pelo o dom da vida e pela força e coragem durante toda a minha graduação.

Especialmente a minha mãe, Maria das Vitórias da Silva, que me apoiou em todos os momentos da minha graduação, por todo amor, amizade, dedicação e apoio pelo o tempo que passei distante, por sempre ter me guiado para o melhor caminho da vida.

A todos os meus familiares que, de alguma forma, me incentivaram e contribuíram para eu chegar onde estou. Em especial a meu pai, Giulliano Lira Góis, que sempre me apoiou, me incentivou e mesmo distante se fez presente nessa longa jornada. Aos meus pais de coração Emanoel Edson e Josielma Medeiros, por sempre me apoiarem e nunca me deixarem desistir, por não medirem esforços para me ajudar, por todo amor e carinho que me proporcionaram. Agradeço também aos meus tios, Thiago, Raimunda, Maria, Dasvirgens, Adriana e meus primos, Ruan, Emerson, Everton e em especial a Ruane, pela força, motivação e conselhos. Aos meus irmãos, Alexsandro Kleyton, Alexsander Cleidson, Alessandra Maria, Alessandro Cleison, Maria Alice e Emanoel Lukas, por todo amor, por compreensão, pela atenção que sempre tiveram comigo e por serem meus grandes amigos e meus irmãos distantes Igor, Ana, Giulliane e Clara.

Agradeço muito a maior dadiva que Deus me concedeu, Wesley Artur, meu namorado, por me apoiar, me incentivar, por ser companheiro, por ser amigo, por ter me ajudando muito, tanto na parte emocional quanto na construção desse trabalho, por todo carinho e amor que tem me proporcionando.

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A Professora Enai Taveira da Cunha, orientadora, pela contribuição concedida no aprimoramento deste trabalho, por ter me orientado, por compartilhar comigo seus conhecimentos e pela disponibilidade de tempo e dedicação.

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“Você precisa fazer aquilo que pensa que não

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RESUMO

A construção civil é um dos setores onde mais ocorrem acidentes de trabalho devido à falta de informações, de capacitação e de treinamento quanto ao uso correto dos equipamentos de proteção individual. Nesta perspectiva, este trabalho foi feito com o intuito de fazer um levantamento bibliográfico sobre os acidentes de trabalho e os tipos de equipamentos de proteção individual utilizado na construção civil, de acordo com a norma regulamentadora que trata sobre o uso dos equipamentos de proteção individual, NR – 6. Além disso, foi feita uma pesquisa de campo para verificar o cumprimento da norma em construções civis dos bairros Boa Passagem e Serrote Branco do município de Caicó no estado do Rio Grande do Norte. De acordo com os resultados obtidos verificou-se que maior parte dos empregadores da construção civil das obras pesquisados fornecem os equipamentos de proteção individual aos seus trabalhadores, porém necessita pôr em pratica todas imposições da NR – 6 quanto ao treinamento para o uso correto e fiscalização, de forma que essas ações possam minimizar e até evitar possíveis acidentes no local de trabalho. Conclui-se que todos os funcionários destas obras usam equipamentos quando são fornecidos e alguns dos outros funcionários fazem uso por conta própria e que todos apresentam consciência da importância do uso dos equipamentos de proteção individual.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Trabalhador da construção civil usando capacete para proteção da cabeça. ... 15 Figura 2- Trabalhador da construção civil utilizando óculos para proteção dos olhos. ... 16 Figura 3- Trabalhador da construção civil usando circum-auricular para proteção auditiva. .. 18 Figura 4- Trabalhador da construção civil utilizando respirador. ... 18 Figura 5- Trabalhador da construção civil utilizando luvas para proteção para membros

superiores. ... 20 Figura 6- Trabalhador da construção civil usando bota para proteção dos membros inferiores.

... 21 Figura 7- Trabalhador da construção civil usando cinturão para trabalho em alturas. ... 22 Figura 8 - Trabalhador da construção civil trabalhando em alturas sem o EPI necessário para

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Percentual dos trabalhadores da construção civil de Caicó que recebem os EPI's 26 Gráfico 2 - Principais tipos de EPI’s fornecidos ... 27 Gráfico 3 - Tipos de EPI's adquirido por conta própria. ... 28 Gráfico 4 - Trabalhadores da construção civil do município de Caicó-RN vítimas de acidentes

do trabalho. ... 30 Gráfico 5 - Trabalhadores da construção civil do município de Caicó-RN que ficaram com

sequelas depois do acidente de trabalho. ... 31 Gráfico 6 - Trabalhadores da construção civil de Caicó que recebem treinamento para o uso

correto dos EPI's. ... 32 Gráfico 7 - Fiscalização por parte dos empregadores da construção civil do município de

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AEAT Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho ANAMT Associação Nacional de Medicina do Trabalho CA Certificado de Aprovação

CLT Consolidação das Leis do Trabalho EPC’s Equipamentos de Proteção Coletiva EPI’s Equipamentos de Proteção Individual INSS Instituto Nacional de Seguridade Social MTE Ministério do Trabalho e Emprego NR-6 Norma Regulamentadora N°6

OIT Organização Internacional do Trabalho OMS Organização Mundial da Saúde

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 10

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 12

2.1 Segurança do trabalho na construção civil ... 12

2.2 Acidentes do trabalho na construção civil ... 12

2.3 Equipamentos de proteção individual (EPI’s) ... 14

2.4 Tipos de EPI’s utilizados na construção civil ... 14

2.4.1 EPI’s para proteção da cabeça ... 15

2.4.2 EPI’s para proteção dos olhos e face ... 16

2.4.3 EPI’s para proteção auditiva ... 17

2.4.4 EPI’s para proteção respiratória ... 18

2.4.5 EPI’s para proteção dos membros superiores ... 19

2.4.6 EPI’s para proteção dos membros inferiores ... 20

2.4.7 EPI’s para proteção contra quedas com diferença de nível ... 21

2.5 Orientação e treinamento para a utilização dos EPI’s... 22

2.6 Importância da utilização dos EPI’s pelos trabalhadores da construção civil ... 23

3 MATERIAIS E MÉTODOS ... 25

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 26

4.1 Resultados da pesquisa de campo ... 26

4.1.1 Fornecimento dos EPI’s pelos empregadores da construção civil de Caicó ... 26

4.1.2 Principais EPI’s fornecidos pelos empregadores da construção civil de Caicó-RN 27 4.1.3 Utilização dos EPI’s pelos trabalhadores da construção civil de Caicó ... 28

4.1.4 Trabalhadores da construção civil de Caicó vítimas de acidentes no seu ambiente de trabalho ... 29

4.1.5 Treinamento para utilização dos EPI’s na construção civil de Caicó. ... 31

4.1.6 Fiscalização da utilização dos EPI’s por parte da empresa de construção do município de Caicó-RN. ... 33

4.1.7 Estado de conservação dos equipamentos fornecidos por parte dos empregadores 35 5 CONCLUSÃO ... 36

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1 INTRODUÇÃO

De acordo com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT) o setor da construção civil merece todo cuidado e atenção em relação à segurança, por ser uma das áreas que mais apresenta riscos à saúde e integridade física para os trabalhadores. Existem inúmeros tipos de riscos presentes nas obras, tais como: quedas em desníveis; exposição a animais peçonhentos; alergias; cortes; esmagamentos e mutilações provocados por quedas de materiais; entre outros.

Diante de tantos riscos presentes na construção civil, é obrigatório a utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI’s) pelos trabalhadores da construção civil para prevenir acidentes e amenizar sequelas de acidentes que venham acontecer. Na norma regulamentadora - NR 6, foram listados EPI’s que devem ser utilizados diariamente durante a obra como capacete, óculos, protetor facial, máscaras, protetor auditivo, vestimentas, luvas, botas, vestimenta de corpo inteiro, cintos de segurança e outros.

Ainda neste contexto a ocorrência dos acidentes de trabalhos também são constantemente ocasionados pela falta de informações, de capacitação e de treinamento dos empregados por parte da empresa, além da ausência ou uso incorreto dos EPIs. Portanto, a NR 6 aponta algumas medidas e critérios para garantir que o trabalhador exerça suas atividades com responsabilidade e segurança sabendo quais equipamentos deve usar.

Devido ao setor da construção civil ser uma das áreas em que mais ocorrem acidentes de trabalho, existe a necessidade de estudar algumas das causas desses acidentes quanto ao uso dos EPI’s pelos trabalhadores. Neste cenário, surgiu a preocupação de verificar o cumprimento da NR 6, nas construções civis em dois bairros do município de Caicó-RN, observando uso dos equipamentos de proteção individual pelos trabalhadores, avaliando a consciência sobre a importância da utilização dos EPIs e averiguar a orientação e treinamento quanto ao uso adequado dos equipamentos.

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doenças de trabalho e conscientizar os trabalhadores da importância do uso de equipamentos de proteção, para reduzir acidentes de trabalho.

O objetivo geral deste trabalho é realizar um levantamento em dois bairros do município de Caicó para identificar o cumprimento da Norma Regulamentadora – NR 6, na qual trata sobre o uso dos equipamentos de proteção individual, destinados a proteção da saúde e integridade física do trabalhador. A partir do objetivo geral, tem-se os seguintes objetivos específicos:

 Verificar o fornecimento dos EPI’s, as imposições com relação ao uso e a fiscalização por parte da empresa;

 Avaliar a conscientização dos trabalhadores sobra a importância da utilização dos EPI’s e os riscos de acidentes;

 Identificar a existência de treinamento para utilização dos EPI’s disponibilizados pela empresa.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Segundo Peixoto (2010), a segurança do trabalho é definida como sendo um conjunto de ações aplicadas para minimizar os acidentes de trabalho, as doenças ocupacionais, além de proteger a integridade e a capacidade de trabalho dos colaboradores. Assim, a segurança do trabalho é uma conscientização dos empregadores e empregados em relação aos acidentes ocorridos no local de trabalho.

De acordo com Filgueira (2015), no Brasil, milhões de trabalhadores sofrem acidentes ou adoecem anualmente em decorrência do seu trabalho. Os casos apurados pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) têm totalizado mais de 700 mil infortúnios a cada ano, porém esse indicador ainda está muito distante do número efetivo de vítimas.

Ainda com esse autor, os indicadores oficiais disponíveis, afirmam que o setor da construção civil é a atividade econômica que mais mata trabalhadores no Brasil, além ser historicamente um dos setores mais problemáticos da economia brasileira em termos de saúde e segurança do trabalho, os indicadores apontam para uma piora desse setor em termos absolutos e proporcionais.

No Brasil, a segurança do trabalho é definida por normas e leis, baseando-se na Constituição Federal, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), nas Normas Regulamentadoras e em outras leis complementares como decretos, portarias e convenções internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ainda que a segurança do trabalho seja definida por normas e leis. Filgueira (2015), afirma a resistência empresarial contra as normas de segurança do trabalho, seja na evolução das prescrições normativas, seja no cumprimento das disposições vigentes. Todos os anos, os itens das Normas Regulamentadoras mais elementares são aqueles mais flagrados sendo descumpridos pelas empresas.

2.2 ACIDENTES DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

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“Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.”

É considerado também acidente do trabalho, de acordo com a lei 8.213, quando ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa de acordo com as seguintes situações:

 Doenças profissionais ou do trabalho: são aquelas adquiridas em determinadas áreas de atividade e que são resultantes das condições em que o trabalho é realizado.

 Qualquer tipo de lesão, quando ocorre: no local e horário de trabalho; fora do local da empresa, mas em função do trabalho.

Com isso, é possível notar que o conceito de acidente do trabalho não é limitado apenas ao local do trabalho, mas também aos ocorridos em função da empresa.

Segundo Peixoto (2010), acidente do trabalho de acordo com o conceito prevencionista é qualquer acontecimento não programado, inesperado que interfere e/ou interrompe o processo normal de uma atividade, trazendo como consequência isolada ou simultânea, danos materiais e/ou lesões aos trabalhadores. É possível observar que esta definição de acidente do trabalho leva em consideração além da lesão física, a perda de tempo e os danos materiais ou simultaneamente as três coisas, tanto para empregador quanto para os colaboradores.

De acordo com Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), a construção civil é uma das áreas com maior risco de acidentes de trabalho, além de registrar maior número de acidentes, é o primeiro do país em incapacidade permanente, o segundo em mortes e o quinto em afastamentos com mais de 15 dias.

O Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho (AEAT) aponta que em 2017, no setor da construção civil, ocorreram 30.025 de acidentes no brasil. O número de afastamentos do emprego por mais de 15 dias por conta das atividades profissionais foi de 11.894 na construção civil. Os dados presentes no AEAT se referem apenas ao mercado formal, não considerando a informalidade, onde os acidentes acontecem e não são registrados.

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pois existem procedimentos e equipamentos que, se adotados, evitariam grande parte desses números de acidentes e mortes.

2.3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI’S)

Os equipamentos de proteção individual tem o seu uso regulamentado, pelo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), através da Norma Regulamentadora N° 6, da Portaria n° 3.214, de 08 de junho de 1978. De acordo com a Norma Regulamentadora NR – 6, Equipamento de Proteção Individual (EPI) é todo dispositivo ou produto de uso individual pelo colaborador com intuito de proteger contra riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho, ou seja, todos os equipamentos de uso individual designado a proteger a saúde e integridade física dos trabalhadores.

Ainda de acordo com a NR – 6, os equipamentos devem ser fornecidos gratuitamente pelo empregador que também tem a obrigação de fiscalizar a utilização por parte dos seus funcionários e de promover ações que conscientizem os seus trabalhadores da importância do uso dos EPI’s. E além disso, os EPI’s só podem ser colocados à venda ou utilizados quando apresentarem o Certificado de Aprovação (CA), expedido pelo o MTE, na qual atesta que os equipamentos passou por uma série de testes validando sua segurança.

Franz (2006) considera o EPI como um instrumento de uso pessoal cuja finalidade é neutralizar a ação de certos acontecimentos que podem causar lesão ao trabalhador. Enquanto Rocha (2006), afirma que EPI conferem proteção a cada profissional individualmente, esta proteção se concentra para a cabeça, para o tronco, para os membros superiores, inferiores, à pele e ao aparelho respiratório do indivíduo, além de ressaltar que os equipamentos de proteção individual é o último recurso de proteção ao trabalhador.

Cardoso (2012) define EPI como sendo um ferramenta de uso pessoal na qual tem como objetivo de proteger os trabalhadores contra possíveis danos à saúde, causados pelas condições de trabalho a qual estão expostos todos os dias.

2.4 TIPOS DE EPI’S UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

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Segundo Falkoski (2017) a segurança ao trabalhador deve ser realizada em todas as etapas da obra, evitando acidentes com o impacto de objetos, quedas, produtos químicos, biológicos e ergonômicos, ou seja, para evitar acidentes a todo momento foram elencados os principais EPI’s que deverão ser utilizados diariamente.

Na NR-6 destaca-se os vários tipos de EPI’s, cada um com sua finalidade e modo de usar especifico. Os EPI’s estão divididos por grupos principais de proteção, sendo eles: da cabeça o que cita como equipamento de proteção capacete, capuz e balaclava; dos olhos e da face óculos, protetor facial, máscaras; do aparelho auditivo como protetor auditivo; do aparelho respiratório sendo respiradores de purificador de ar, de adução de ar e o de fuga; do tronco que são as vestimentas adequada aos riscos presentes; dos membros superiores tais como luvas, creme protetor, manga braçadeira e dedeira; dos membros inferiores como calça, meia e calçados; do corpo inteiro como macacão, conjunto e vestimentas; e por último contra quedas com diferença de nível sendo dispositivo de trava queda e cinto de segurança.

Antes determinar quais tipos de EPI’s devem ser utilizados é necessário fazer uma Análise de Risco de Tarefa (ART) para que então possa verificar qual o EPI mais adequado para utilização na hora de exercer sua função. Em obras civis os equipamentos mais utilizados são capacetes, luvas, botas e cintos. Além desses outros EPI’s deveriam ser utilizados.

2.4.1 EPI’s para proteção da cabeça

Conforme a NR-6 para proteção da cabeça estão os seguintes equipamentos: capacete, capuz ou balaclava. Sendo utilizados em obras de pequeno porte contra impactos de objetos sobre o crânio, como mostra a Figura 1.

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Disponível em: https://www.angare.com/blog/por-que-usar-epi-na-construcao-civil/amp

Severo (2017) aponta que a proteção para cabeça deve ser realizada com o uso de capacete, balaclava ou capuz protegendo o crânio contra impactos. Os EPI’s de proteção para cabeça devem se encaixar corretamente na cabeça para amortecer os impactos e rebater objetos em queda para não ocasionar lesões no pescoço do indivíduo e ainda ser resistente a perfuração.

2.4.2 EPI’s para proteção dos olhos e face

A proteção dos olhos é realizada de acordo com a NR-6, com o uso de óculos (Figura 2) contra luminosidade intensa, radiação ultravioleta e infravermelha além do uso de óculos de tela para proteção limitada dos olhos contra impactos de partículas volantes.

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Disponível em: https://www.angare.com/blog/por-que-usar-epi-na-construcao-civil/amp

Ramos (2009) destaca que o uso dos óculos de proteção dos olhos é utilizado principalmente para evitar perfurações dos olhos através de corpos estranhos como em corte de arames e cabos, na utilização de chave de boca e talhadeiras, no uso da furadeiras, retiradas de pregos e de agentes agressivos que possam prejudicar sua visão, etc.

Pinto (2012) afirma que nas atividades da construção civil, destaca-se o uso do protetor fácil para proteção da face contra a radiação ultravioleta, a máscara de solda, a máscara contra poeiras, a máscara semifacial contra filtro para vapores orgânicos, e os óculos. Então, de acordo com a NR-6, esses dispositivos correspondem aos equipamentos responsáveis pela a proteção dos olhos e da face contra partículas volantes, radiações, luminosidade e riscos de origem térmica.

2.4.3 EPI’s para proteção auditiva

A proteção auditiva (Figura 3) de acordo com a NR-6 é fragmentada em três tipos, circum-auricular, semi-auricular e inserção. Esses equipamentos são usados para proteger o aparelho auditivo contra as pressões sonoras em níveis elevados estabelecido na NR-15.

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Figura 3- Trabalhador da construção civil usando circum-auricular para proteção auditiva.

Fonte: Autoria Própria (2019)

2.4.4 EPI’s para proteção respiratória

A NR-6 ressalta que para proteção respiratória é feita através de respirador purificador de ar não motorizado ou motorizado, respirador de adução de ar e respirador de fuga (Vê Figura 4), utilizado para proteger as vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos, gases, vapores ou material particulado e etc.

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Disponível em: https://www.prometalepis.com.br/blog/40-o-uso-do-respirador-e-a-silicose/

Na construção civil a poeira é uma das grandes dificuldades enfrentadas no local de trabalho pelos colaboradores sendo assim prejudicando a respiração do funcionário. Outra dificuldade presente no setor da construção civil é na utilização de serra mármore para cortar paredes que gera uma névoa de pó com isso se faz necessário a utilização da proteção respiratória para evitar possíveis doenças respiratórias.

2.4.5 EPI’s para proteção dos membros superiores

Os EPI’s utilizados para proteção dos membros superiores são luvas, creme protetor, manga, braçadeira e dedeira de acordo com a NR-6. As luvas protegem as mãos contra agentes cortantes e perfurantes, choques elétricos, agentes térmicos, agentes biológicos e químicos e outros. Vale destacar que esta proteção acontece conforme o tipo de luva.

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Figura 5- Trabalhador da construção civil utilizando luvas para proteção para membros superiores.

Fonte: Autoria Própria (2019)

De acordo com o Rocha (2012) a proteção das mãos ocorre conforme o tipo de luva escolhido para o uso do trabalhador. Para o trabalhador se proteger contra arranhões, queimaduras e abrasões a luva de ser do tipo cano curto toda em vaqueta, com dedos, reforço externo na palma, punho sanfonado e elástico ajustável no dorso, existe outros tipos de luvas disponíveis para os funcionários da construção civil como borracha, couro, neoprene e de cloreto de polivinila (PVC).

2.4.6 EPI’s para proteção dos membros inferiores

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Figura 6- Trabalhador da construção civil usando bota para proteção dos membros inferiores.

Fonte: Autoria Própria (2019)

2.4.7 EPI’s para proteção contra quedas com diferença de nível

Conforme Barbosa Filho (2011) diversas situações do cotidiano expõem trabalhadores a quedas de alturas superiores a dois metros, por isso se faz necessário a utilização dos equipamentos de proteção contra quedas com diferença de nível. Essa proteção é prevista na NR-6 que destaca como equipamentos de proteção o cinturão (Figura 7) com dispositivo de trava-queda e o cinturão com talabarte utilizado para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal.

Ainda de acordo com o autor Barbosa Filho (2011) alerta que durante o trabalho em alturas e a utilização do cinturão devem ser rigorosamente inspecionadas a cada uso, como verificando se as tiras do cinto estão livres de cortes, rasgos, as condições das costuras, fios soltos e além de verificar os mosquetões e se o cinto possui dois talabartes.

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Figura 7- Trabalhador da construção civil usando cinturão para trabalho em alturas.

Fonte: Autoria Própria (2019)

Vale salientar que Barbosa Filho (2011) destacar que a proteção do trabalhador contra quedas de altura não é apenas dos cintos de segurança mas também dos pontos de fixação do cinto de segurança seja em cabo guia no prédio, em uma viga ou outro, o percurso de deslocamento e seus meios protetivos e a vistoria rigorosa de outros equipamentos que possam comprometer a atuação segura em altura.

2.5 ORIENTAÇÃO E TREINAMENTO PARA A UTILIZAÇÃO DOS EPI’S

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em cursos e palestras que incentivem a utilização correta dos EPI’s pelos funcionários, pois o uso correto trará resultados positivos para a segurança do colaborador e no local do trabalho. Dessa forma a orientação e treinamento é um processo muito importante para a utilização dos EPI’s no local de trabalho.

Ainda nesse contexto, Sousa et al., (2018) cita que a conscientização e treinamento são fatores importantes na segurança, pois capacitam os trabalhadores a desenvolver suas funções de acordo com os riscos inerentes no setor da construção civil, prevenindo acidentes de trabalho. O autor realça também que o treinamento deve ser realizado em linguagem acessível, expondo as atividades que serão desenvolvidas, os métodos que serão utilizados e os riscos que os trabalhadores estarão expostos e o que espera de cada funcionário.

Tosmann (2019) enfatiza a realização de campanha interna de prevenção de acidentes, destacando a importância de se respeitar o uso de EPI’s e equipamentos de proteção coletiva (EPC’s) em todo o ambiente de trabalho, ou seja, despertar no trabalhador a conscientização para o uso dos EPI’s. Com isso busca a compreensão dos colaboradores e amenizar os possíveis acidentes.

Vale salientar que é de responsabilidade do empregador controlar e disciplinar a utilização dos EPI’s oferecidos além de poder aplicar punições previstas em lei para os funcionários que se recursarem a fazer uso dos equipamentos, segundo Peixoto (2011).

2.6 IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS EPI’S PELOS TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Existem dois grandes obstáculos na área da construção civil para o desenvolvimento da segurança do trabalho de acordo com a legislação vigente que rege as normas de segurança do trabalho no seu ambiente de trabalho que são: O não fornecimento dos EPI’s por parte dos empregadores e a não utilização por parte dos funcionários quando estes são entregues, especialmente nas obras de pequeno porte pois é do tipo residencial de um só pavimento este tipo de obra é considerada de pequeno porte, devido à falta de fiscalização.

Baú (2013) menciona que, é de suma importância criar métodos e procedimentos para que todos envolvidos nas atividades da construção civil tenham consciência sobre a importância da utilização dos EPIs, trazendo pontos positivos para o setor como de financeiro, saúde ocupacional e diminuindo os riscos de acidentes de trabalho.

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Normalmente os acidentes ocasionados no ambiente de trabalho da construção civil poderiam ser evitados ou amenizados se os colaboradores estivem fazendo uso dos EPI’s no momento do acidente, ou seja, a utilização dos EPI’s é importante para evitar ou amenizar acidentes de trabalho.

Os EPI’s são usados para evitar assim acidentes com o impacto de objetos, quedas, ruídos, produtos químicos e biológicos. O ministério do trabalho impõe que os trabalhadores da construção civil estejam fazendo uso dos EPI’s, pois a legislação exige a proteção contra eventuais acidentes físicos no ambiente de trabalho.

Pinto (2012) menciona que, a utilização dos EPI’s é fundamental para segurança dos trabalhadores, pois o uso destes equipamentos visam proteger e reduzir os riscos existente no local de trabalho, além de amenizar sequelas que venham ocorrer no caso de acidentes, ressalta também que os EPI’s podem ser ferramentas determinantes para salvar vidas dos trabalhadores.

Ainda nesse contexto, é importante destacar que de acordo com a NR-6 os empregadores tem algumas obrigações as quais são fornecer gratuitamente os EPI’s, treinar os trabalhadores para o uso correto e fiscalizar a utilização por parte dos seus funcionários.

Na NR-6 ainda é exposto as obrigações dos trabalhadores quanto aos EPI’s que correspondem a usá-los, responsabiliza-se pela guarda e conservação dos EPI’s e comunicar ao empregador qualquer alteração no EPI’s que o torne improprio para o seu uso.

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

O presente trabalho foi realizado por duas etapas, sendo uma pesquisa bibliográfica exploratória, descritiva e explicativa e uma pesquisa de campo. A primeira etapa foi o levantamento bibliográfico sobre segurança do trabalho, acidentes do trabalho na construção civil, os Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s e a importância da utilização dos mesmos pelos trabalhadores da construção civil.

A segunda etapa foi a pesquisa de campo, na qual foi feito um levantamento de dados aplicando-se um formulário exposto no apêndice, aos trabalhadores da construção civil, tendo como intuito a verificação do cumprimento da NR – 6 pelos empregadores e como também pelos funcionários da construção civil em dois bairros do município de Caicó – RN.

Para a realização da pesquisa de campo foi utilizado como ferramenta de pesquisa um formulário contendo dezoito questões (Apêndice A) que averiguariam o cumprimento da NR – 6 na qual trata sobre o uso dos EPI’s pelos trabalhadores da construção civil no município de Caicó – RN. A aplicação desse formulário foi executada em 20 obras que estão sendo realizadas em dois bairros sendo obras públicas e privadas, Serrote Branco e Boa Passagem no município de Caicó e contou com 71 colaboradores no total.

A análise dos dados obtidos com a aplicação do formulário foi realizada através da determinação estatística simples no Software Microsoft Excel por meio de gráficos dos dados coletados e da leitura dos gráficos por meio da leitura estudada.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 RESULTADOS DA PESQUISA DE CAMPO

4.1.1 Fornecimento dos EPI’s pelos empregadores da construção civil de Caicó

Para verificar se os empregadores da construção civil do município de Caicó fornecem os equipamentos de proteção individual aos seus funcionários, os trabalhadores do setor da construção civil foram questionados em entrevista se é fornecido gratuitamente pelo o empregador os equipamentos de proteção individual.

Gráfico 1 - Percentual dos trabalhadores da construção civil de Caicó que recebem os EPI's

Fonte: Autoria própria (2019).

A partir dos dados, pode-se observar que 73% dos trabalhadores entrevistados da construção civil do município de Caicó-RN afirmaram receber os EPI’s gratuitamente dos seus empregadores, conforme gráfico 1. Dessa forma demonstra que a legislação está sendo cumprida por grande parte dos empregadores das construções visitadas. Com isso constatou-se também que 27% dos funcionários não recebem os EPI’s, de acordo com o gráfico 1, o que para os trabalhadores a falta da utilização desses equipamentos pode ocasionar problemas para saúde dos mesmos e custos para a empresa.

Vale destacar que de acordo com a legislação os empregadores devem fornecer gratuitamente aos seus funcionários os equipamentos de proteção individual adequado para o tipo de atividade que venha a ser desenvolvida no local de trabalho.

27%

73%

(31)

27

A falta do uso dos EPI’s pelos colaboradores pode causar doenças ocupacionais e até lesões nos acidentes ocorridos no seu local de trabalho e muitos desses acidentes podem ser fatais, ocasionando prejuízo ao empregador e seus funcionários.

Observou-se visualmente nas obras visitadas que alguns dos fatores que contribuem para os empregadores não fornecerem os EPI’s é pela tipologia das obras e a falta de fiscalização, algumas das obras de pequeno porte não forneciam os equipamentos necessários para proteção individual de cada trabalhador, porém nas obras de grande porte sempre são fornecidos os equipamentos de proteção individual adequados para cada colaborador de acordo com a atividade que fosse exercer no local de trabalho.

4.1.2 Principais EPI’s fornecidos pelos empregadores da construção civil de Caicó-RN

Através dos resultados do gráfico 2, na qual considera apenas os funcionários que recebem os equipamentos de proteção individual, pode-se notar que botas e luvas são fornecidos por grande parte dos empregadores e todos os entrevistados afirmaram fazer uso dos EPI’s quando era fornecidos. Pelo fato dos trabalhadores terem conhecimento da importância da utilização dos equipamentos para proteção dos membros inferiores, como as botas.

Gráfico 2 - Principais tipos de EPI’s fornecidos

Fonte: Autoria própria (2019)

(32)

28

Visto no gráfico 2, 52 dos funcionários que recebem os equipamentos de proteção individual fazem o uso do mesmo, e outros colaboradores que não recebem os equipamentos, utilizam por contra própria comprando os EPI’s de acordo com o gráfico 3.

Gráfico 3 - Tipos de EPI's adquirido por conta própria.

Fonte: Autoria própria (2019)

A utilização dos EPI’s para proteção contra quedas em diferença de nível, como no caso os cintos de segurança, é de suma importância pois protege contra quedas de alturas. De acordo com o gráfico 2, apenas 6 funcionários recebem e fazem uso desses equipamentos, ou seja, é um número muito baixo comparado com a quantidade de funcionários entrevistados que estão expostos a esse tipo de risco.

Um dos EPI’s que merece mais destaque é o para proteção da cabeça, no caso o capacete, que protege contra objetos e matérias que possa vir a cair na cabeça do colaborador, apenas 14 recebem e afirmam fazer uso quando acham necessário.

Fazendo uma análise das respostas dos trabalhadores, em relação aos outros EPI’s, por não existir uma fiscalização por parte dos empregadores, os funcionários não fazem uso dos EPI’s e nem cobram pelo fornecimento dos mesmos, o que acaba aumentando a probabilidade de acidentes.

4.1.3 Utilização dos EPI’s pelos trabalhadores da construção civil de Caicó

Observa-se, que dos 73% que recebem os EPI’s todos os funcionários fazem uso dos equipamentos, com isso demonstra que os colaboradores estão cumprindo com a sua obrigação, seguindo a legislação que determina ao seus funcionários a utilização dos equipamentos na execução de suas atividades no seu ambiente de trabalho.

(33)

29

Verificou-se que além do alto índice de fornecimento dos equipamentos de proteção individual por parte dos empregadores em Caicó – RN, que são fornecidos nas obras de pequeno porte apenas dois tipos de equipamentos sendo eles luvas e botas, apesar das obras serem de pequeno porte outros tipos de equipamentos deveriam ser fornecido tais como capacete e cinto de segurança, pois durante a aplicação do questionário notou-se que os trabalhadores ficam exposto a outros riscos (Figura 8), tais como trabalho em altura que necessita do cinto de segurança e impactos provenientes de queda de objetos na qual necessitaria do capacete para proteção da cabeça.

Figura 8 - Trabalhador da construção civil trabalhando em andaimes.

Fonte: Autoria própria (2019)

Nas obras de grande porte constatou-se que todos os equipamentos necessários para cada empregado são fornecidos de acordo com sua atividade que fosse desenvolvida no ambiente de trabalho.

4.1.4 Trabalhadores da construção civil de Caicó vítimas de acidentes no seu ambiente de trabalho

(34)

30

Gráfico 4 - Trabalhadores das obras visitadas do município de Caicó-RN vítimas de acidentes do trabalho.

Fonte: Autoria própria (2019)

No gráfico 5, é possível perceber que os funcionários que afirmaram terem sofrido acidentes, 67% não estavam fazendo uso dos EPI’s na hora do acidente e ficaram com sequelas, este fato demonstra a importância da utilização dos EPI’s para segurança dos trabalhadores.

8%

92%

(35)

31

Gráfico 5 - Trabalhadores das obras visitadas do município de Caicó-RN que ficaram com sequelas depois do acidente de trabalho.

Fonte: Autoria própria (2019)

Estes dados mostram, mais uma vez, o quanto é de suma importância a utilização dos EPI’s para prevenir acidentes de trabalho e amenizar sequelas provenientes do mesmo, se esses trabalhadores na hora do acidentes tivessem fazendo uso dos EPI’s talvez não tivessem ficado com sequelas ou as consequências poderiam ter sido amenizadas.

Por isso é essencial destacar que o fornecimento e a exigência do uso dos EPI’s é importante como forma de evitar e minimizar acidentes que venham ocorre no local de trabalho.

4.1.5 Treinamento para utilização dos EPI’s na construção civil de Caicó.

Apesar da maioria das empresas fornecerem os EPI’s aos seus funcionários, como observado no gráfico 1, de acordo com o gráfico 6, 66% dos trabalhadores não recebem treinamento para a utilização correta dos EPI’s o que é uma obrigação dos empregadores, podendo acarretar no uso incorreto dos EPI’s ocasionando acidentes, custos para empresa e graves consequências para o trabalhador.

Diante desses dados observa-se que os empregadores não estão cumprindo com suas obrigações de acordo com a lei a qual cita que os empregadores devem treinar e orientar os seus colaboradores para uso adequado dos EPI’s.

33%

67%

(36)

32

Sendo o treinamento fundamental para proteção dos contratados, pois possibilita que os funcionários utilizem de forma correta os EPI’s, garantindo uma segurança aos trabalhadores, além de ser um ato de viabilidade para o empregador pois ao reduzir acidentes de trabalho, diminui custos financeiros com novos funcionários e também acelera andamento das obras, devido que quando há acidentes nas obras existe uma necessidade de regularização da situação.

Gráfico 6 - Trabalhadores da construção civil de Caicó que recebem treinamento para o uso correto dos EPI's.

Fonte: Autoria própria (2019)

É importante destacar que somente o fornecimento dos EPI’s pelas empresas não é suficiente, as mesmas precisam treinar e orientar seus funcionários para o uso correto com intuito de promover a segurança para todos, esses treinamentos podem ser feitos à base de palestras, cursos e demonstração dos riscos presentes no local de trabalho, objetivando uma consciência aos seus trabalhadores para o uso adequado dos EPI’s.

(37)

33

Diante da falta de esclarecimento sobre esta temática os colaboradores não cobram de seus empregadores os seus direitos quanto ao fornecimento de todos os EPI’s necessários para garantir sua segurança no local de trabalho e nem quanto ao recebimento de treinamento e orientação do uso adequado dos EPI’s.

4.1.6 Fiscalização da utilização dos EPI’s por parte da empresa de construção do município de Caicó-RN.

Foi questionado apenas aos funcionários que recebem os EPI’s dos seus empregadores, se existia alguma fiscalização por parte dos empregadores, sobre o uso dos EPI’s, e os 27% dos colaboradores das construções civis de grande porte afirmaram que existia uma fiscalização e os outros 73% afirmaram que não existia nenhum tipo de fiscalização, conforme o gráfico 7.

Gráfico 7 - Fiscalização por parte dos empregadores da construção civil do município de Caicó-RN.

Fonte: Autoria própria (2019)

Deste modo, verifica-se mais uma irregularidade por parte da maioria dos empregadores das obras de acordo com a NR-6, pois o empregador além de fornecer os EPI’s tem a obrigação de fiscalizar se os seus funcionários estão fazendo uso do mesmo.

27%

73%

(38)

34

Além disso, os trabalhadores foram questionados se existia algum tipo de punição para quando não fizessem o uso dos EPI’s e todos responderam que não recebiam nenhuma punição e também não eram chamado atenção.

(39)

35

4.1.7 Estado de conservação dos equipamentos fornecidos por parte dos empregadores

Os trabalhadores que recebiam os EPI’s foram questionados sobre o estado de conservação dos equipamentos a qual era fornecido aos mesmos, todos os colaboradores afirmaram que os EPI’s estavam em ótimas condições e com certificado de aprovação.

Além disso, esses funcionários também foram questionados se o empregador fornecia local para guardar os EPI’s, todos afirmaram que sim, demonstrando que estes empregadores estão cumprindo alguns aspectos da lei, como visto em outros tópicos também.

Outro questionamento feito foi sobre a troca dos EPI’s quando os mesmos apresentavam alguma irregularidade ou não estavam mais em estado de uso, os funcionários das obras de grande porte afirmaram que era feita a troca, já os trabalhadores das obras de pequeno porte afirmaram não ser feito a troca. Comprovando mais uma vez que os empregadores das obras de pequeno porte não estão cumprindo com a lei, comprometendo a saúde e integridade física dos trabalhadores, pois os EPI’s que não tiverem em ótimo estado para uso acaba ajudando para que possíveis acidentes de trabalho venha a ocorrer.

(40)

36

5 CONCLUSÃO

O presente trabalho foi desenvolvido com o fim de verificar o cumprimento da NR – 6 por parte dos empregadores e trabalhadores da construção civil de dois bairros de Caicó-RN. De acordo com a NR – 6, tais acidentes podem ser amenizados com o uso correto dos EPI’s.

Conforme as respostas dos trabalhadores das obras visitadas da construção civil de Caicó-RN pode-se observar que a maioria dos funcionários destas construções recebem os equipamentos de proteção individual porém não recebem o treinamento para utilização e conscientização do uso correto dos EPI’s comprometendo a segurança e saúde dos trabalhadores, apesar do baixo índice de treinamento e fiscalização o número de acidentes de trabalho ocorridos nas obras visitadas não foram muitas.

Ainda de acordo com os dados obtidos constata-se que todos os trabalhadores usam os EPI’s quando são fornecidos e todos os entrevistados usam alguns tipos de EPI’s mesmo que seja por contra própria e que tem consciência sobra a importância da utilização correta dos EPI’s.

Ainda conforme os dados obtidos das obras visitadas, vale destacar que a tipologia das obras sejam de pequeno ou grande porte e até pública ou privada influencia na fiscalização e no cumprimento da NR – 6, além de poder afirmar que as obras de grande porte apresentam uma preocupação maior para seguir as normas de segurança do trabalho, pois a fiscalização ocorre com mais frequencia.

(41)

37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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(44)

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APÊNDICE A – FORMULÁRIO APLICADO PARA VERIFICAR O CUMPRIMENTO DA NR – 6.

Formulário

Este formulário tem como objetivo realizar uma pesquisa para verificar o cumprimento da NR 6 e a conscientização da entrega e uso dos EPI’s na Construção Civil em dois bairros localizados no Município de Caicó-RN.

1- O empregador fornece os Equipamentos de Proteção Individual? ( ) Não ( ) Sim

2- Caso a resposta anterior for sim, você faz uso desses equipamentos? ( ) Não ( ) Sim

3- Caso a resposta acima for não, por que você não utiliza os equipamentos?

4- Quais os EPI’s que são fornecidos pelo empregador? ( ) Capacete ( ) Protetor auditivo ( ) Bota ( ) Óculos

( ) Cinto de segurança ( ) Máscaras ( ) Luvas ( ) Vestimentas Outros:

5- Os equipamentos fornecidos estão em bom estado? ( ) Não ( ) Sim

6- Quando os EPI’s não estão em boas condições de uso são trocados? ( ) Não ( ) Sim

7- O empregador exige o uso do EPI’s? ( ) Não ( ) Sim

(45)

41

9- Você tem conhecimento que o empregador deve fornece esses equipamentos? ( ) Não ( ) Sim

10- Já sofreu algum acidente no seu local de trabalho? ( ) Não ( ) Sim

11- Caso a resposta anterior for sim, estava fazendo uso dos EPI’s no momento do acidente?

( ) Não ( ) Sim

12- Caso a resposta acima for não, o acidente deixou sequelas? ( ) Não ( ) Sim

13- Você tem consciência que se estivesse usando os EPI’s na hora do acidente as sequelas poderiam ser minimizadas ou não terem ocorridos?

( ) Não ( ) Sim

14- Existe algum técnico de segurança do trabalho na obra? ( ) Não ( ) Sim

15- Você já foi chamado atenção por não fazer o uso do EPI? ( ) Não ( ) Sim

Em caso da resposta ser sim, qual:

16- È feito um treinamento para vocês usarem o EPI? ( ) Não ( ) Sim

(46)

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Referências

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