Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
Centro de Ciências Jurídicas – CCJ
Departamento de Direito – DIR
PLANO DE ENSINO
I – IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA
Nome
Negociação e mediação
Curso
BACHARELADO EM DIREITO
Código
DIR 5176
N° horas-aula
36 h/a
Ano
2017
Período
1º semestre letivo.
Dias e horários Diurno e Noturno – segundas-feiras
Professor
Dr. Paulo Roney Ávila Fagúndez Blog: http://pauloroneyafagundez.zip.net
II – EMENTA
Conceitos e princípios da negociação e da mediação. Aspectos sociais, políticos e econômicos da negociação e da mediação. Relações interpessoais e inter-organizacionais. Negociação como atividade cotidiana. Táticas e estratégias de negociação. Habilidades de relacionamento e tecnologia da negociação. Mediação, jurisdição e jurisconstrução. Mediação, conciliação e transação. Papel e ética do mediador.
III – OBJETIVOS
Geral
Estudar a teoria dos conflitos e técnicas de negociação e mediação. Desenvolver competências para uso dessas técnicas. Discutir a gradativa inserção dessas técnicas no processo judicial brasileiro. Introduzir o tema da arbitragem.Específicos
Identificar e analisar conceitos iniciais da disciplina, para possibilitar o adequado aprendizado de seu conteúdo; estudar a teoria dos conflitos
estudar técnicas de comunicação e de negociação
colocar essas técnicas em prática por meio de exercícios e debates em sala estudar técnicas de mediação
estudar a modificação de paradigma no processo judicial e a tendência de aproximação das partes na solução dos conflitos
IV – CONTEÚDO
UNIDADE 1 – Composição de conflitos1 Teoria dos conflitos
2 Resolução extrajudicial de conflitos: Negociação, Conciliação, Mediação e Arbitragem UNIDADE 2 - Negociação 1 Técnicas de comunicação 2 Técnicas de negociação 3 Prática simulada UNIDADE 3 – Mediação 1 O mediador 2 O Procedimento de Medição 3 Habilidades na comunicação 4 Técnicas de mediação
UNIDADE 4 – Acesso à Justiça e participação: mudança de paradigma na composição judicial de conflitos 1 Mudança de paradigma
2 Princípios e fundamentos
3 A tutela jurídica brasileira – o marco constitucional UNIDADE 5 – Introdução à arbitragem
1 Conceito de arbitragem
2 Princípios fundamentais e validade da arbitragem 3 Introdução à lei brasileira de arbitragem
V – FONTES
Bibliografia
básica
ABREU, Pedro Manoel. Processo e democracia: o processo jurisdicional como um locus da democracia participativa e da cidadania inclusiva no estado democrático de direito. São Paulo: Conceito Editorial, 2011.
BARRAL,W. A arbitragem e seus mitos. Florianópolis: OAB/SC, 2000.
FAGÚNDEZ, Paulo Roney Ávila Fagúndez. Direito e holismo. São Paulo: LTr, 2000. __________. O direito e a hipercomplexidade. São Paulo: LTr, 2003.
__________.Direito e Taoísmo. São Paulo: LTr, 2005.
__________. A psicanálise, a ciência e o sujeito do direito. Florianópolis: Revista Sequência, n.52, jul. 2006, p. 243-256.
__________,As medidas de urgência ambiental e a necessidade de mudança de cultura no campo processual. Porto, Portugal: Universidade Lusíada, 2011.
__________.O modelo restaurativo, o sistema multiportas e a advocacia pública:novos paradigmas para a ciência jurídica. Tese. Congresso Nacional de Procuradores de Estado. EGGER, Ildemar. O papel do Mediador. Publicado na Internet no endereço:
http://www.egger.com.br/ie/mediacao.htm
FISHER, R., URY, W., PATTON, B. Como chegar ao sim. 2. ed. Rio de Janeiro: Imago, 2005.
KRISHNAMURTI, Jiddu. Sobre conflitos. São Paulo: Cultrix, 1996.
VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas. São Paulo: Método, 2008.
WARAT, Luis Alberto. O ofício do mediador. Florianópolis: Habitus, 2001.
Bibliografia
complementar
ANDRADE, Rui Otávio B. de; ALYRIO, Rovigati Danilo; MACEDO, Marcelo Alvaro da Silva. Princípios da negociação. São Paulo: Atlas, 2004.
ÁLVAREZ, Gladys Stella. La mediación y el acceso a justicia. Buenos Aires> Rubinzal-Culzoni Editores, 2003.
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CALCATERRA, Rubén A. Mediación estratégica. Barcelona: Gedisa, 2002.
CALMON, Petrônio. Fundamentos da mediação e da conciliação. Rio de Janeiro: Forense, 2007.
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VI – AVALIAÇÃO
Instrumentos de
avaliação
1 Provas:
Para fins da avaliação semestral serão desenvolvidos seminários diários, com prática simulada, que serão apresentados por grupos com temas previamente sorteados, e ainda os alunos deverão elaborar um caderno com os requisitos a serem expostos na primeira aula. Ademais, deverão ser elaborados três relatórios de audiência, conforme formulário a ser fornecido.
A distribuição dos conteúdos (unidades) entre as provas poderá ser modificada ocorrendo alteração do cronograma de aulas.
2 Simulação de negociação:
Será feito exercício em grupo de prática simulada de negociação, com peso 3. 3 Participação
Nota de 0 a 10, com peso 1 (10%) na nota final. Essa nota leva em consideração a assiduidade e pontualidade, a postura e seriedade do aluno dentro da sala de aula, a leitura dos textos-base e a participação nos debates, exercícios em grupo e aulas expositivas dialogadas.
4 Frequência
Será exigida a presença mínima em 75% das aulas, na forma da legislação vigente. 5 Recuperação:
Haverá, ao final do semestre, uma prova final de recuperação, sobre toda a matéria ministrada no respectivo período letivo. Essa prova é obrigatória para os alunos que apresentarem média inferior a 6 (seis). Para ter direito à prova de recuperação é necessário ter média igual ou superior a 3 (três), bem como possuir frequência às aulas de no mínimo 75%. Alunos com média inferior a 3 (três) e/ou frequência insuficiente não terão direito à prova de recuperação, estando automaticamente reprovados.
Revisão das
avaliações
Os alunos que desejarem apresentar pedido de reconsideração ao professor, da correção efetuada em suas provas e trabalhos, deverão fazê-lo no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, contadas da respectiva devolução. O pedido de revisão ao Departamento deverá ser feito no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da publicação das notas pelo Departamento. Os pedidos de reconsideração e de revisão deverão ser, necessariamente, por escrito e motivados.
Critérios para
aprovação
A avaliação será feita pelo sistema de notas de 0 (zero) a 10 (dez), não podendo as notas finais (médias) serem fracionadas aquém ou além de 0,5 (meio ponto). Será atribuída nota 0 (zero) ao aluno que não comparecer às provas ou não apresentar os trabalhos na forma solicitada e nos prazos estabelecidos.
Serão atribuídas ao aluno duas notas parciais, oriundas das duas provas escritas previstas neste Plano de Ensino e dos trabalhos realizados (quando for o caso) em cada bimestre. Nos casos previstos no item 4 dos instrumentos de avaliação (prova de substituição), a nota da prova oral, versando sobre todo o conteúdo do semestre, substituirá as notas das provas escritas não realizadas.
Será considerado aprovado o aluno que obtiver média aritmética final igual ou superior a 6 (seis), considerando para o cálculo:
nota 1 = 10,0 pontos; nota 2 = 10,0 pontos.
A nota final dos alunos que realizarem prova final de recuperação será obtida pelo cálculo da média aritmética entre a nota da prova final e a média aritmética das duas provas bimestrais. Será considerado aprovado o aluno que alcançar nota 6 (seis) ou superior a 6 (seis).