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NEOPLASIA AVANÇADA DE VESÍCULA BILIAR: ABORDAGEM CIRÚRGICA

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Academic year: 2021

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NEOPLASIA AVANÇADA DE VESÍCULA

BILIAR: ABORDAGEM CIRÚRGICA

Bastos, J.L.A1; Carvalho, W.S.F2; Tavares, L.P.3; Ferracini, I.C.F4; Freitas V.F.5; Matos, R.M.6

1Departamento de Anestesiologia e Cirurgia, Orientador da Liga Acadêmica de Cirurgia,

Faculdade de Medicina da Bahia-UFBA, Salvador, Brasil

2Estudante de Medicina,Faculdade de Medicina da Bahia-UFBA, Salvador, Brasil 3Estudante de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública., Salvador, Brasil 4Estudante de Medicina, Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador, Brasil 5Estudante de Medicina, Faculdade de Medicina da Bahia-UFBA, Salvador, Brasil 6Estudante de Medicina, Faculdade de Medicina da Bahia-UFBA, Salvador, Brasil

Liga Acadêmica de Cirurgia Universidade Federal da Bahia

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• INTRODUÇÃO: Neoplasia das vias biliares e vesícula é considerada rara, é a neoplasia maligna mais comum da árvore biliar e o quinto carcinoma mais frequente do trato gastrintestinal, o tipo mais comum é o adenocarcinoma, que apresenta comportamento biológico agressivo. Os sinais e sintomas geralmente se expressam no estagio tardio da doença, sendo os mais comuns: dor abdominal, principalmente em hipocôndrio direito, náusea, vômito e icterícia. Dentre os fatores de risco, destaca-se a litíase biliar. O diagnóstico precoce e ressecção completa do tumor, com ressecção ampla do tecido neoplásico com margens livres além do não comprometimento de linfonodos e órgãos adjacentes, representam a principal expectativa de cura.

• OBJETIVOS: Relatar casos de adenocarcinoma da vesícula biliar estágios III e IV, destacando semelhanças e diferenças nas suas apresentações clínica e histopatológica.

• MÉTODOS: Análise retrospectiva através de estudo dos prontuários em um hospital particular e um hospital público de Salvador, BA com diagnóstico no período de junho de 2010 a maio de 2015 . Foram inclusos no estudo apenas casos de adenocarcinoma de vesícula biliar e vias biliares em estado avançado confirmados por anatomia patológica, nos quais os prontuários estavam devidamente preenchidos e o tratamento envolveu abordagem cirúrgica. Sexo e idade não foram

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• RESULTADOS: Foram encontrados oito casos, dois do sexo masculino e seis do sexo feminino, com faixa etária de 46 a 78 anos.

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• RESULTADOS: Segundo a literatura, a ressecção com intenção curativa ocorre em 20 a 40% dos casos 6,7,9,11. Em nosso presente estudo os 8 casos foram tratados cirurgicamente com ressecção da vesícula biliar. Com exceção dos pacientes 3 e 5, nos demais foram realizados também a ressecção de segmentos lesionados do fígado. Metade dos casos de neoplasia avançada de nossa amostra revelou presença de colelitíase, entrando em concordância com os vários estudos que relatam a colelitíase sendo fator de risco primário para a neoplasia. A

A média do segmento dos pacientes foi de dois anos, variando de um a três, excluindo o paciente 2 que foi diagnosticado em maio de 2015. Dentre os pacientes incluídos em nosso estudo, somente dois vieram a óbito. Ocorreram três recorrências: um caso de neoplasia isolada em segmento I do figado e dois casos de tumoração em hilo hepático. Ocorreu uma intercorrência de fístula bíleo cutânea de parênquima hepático e dois óbitos foram relatados: um por complicações de ACVi e outro por complicações da recorrência com tumoração em hilo hepático.

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• CONCLUSÃO: Em ambos os sexos o adenocarcinoma de vesícula biliar apresentou-se clinicamente de diversas formas e com diferentes graus de comprometimento. O prognóstico do câncer de vesícula biliar é limitado devido a alta proporção do tumor em estágio avançado no momento do

diagnóstico14. Pawlik et al afirmam que o prognóstico da cirurgia para adenocarcinoma pode variar

drásticamente, com taxas em torno de 10% a 90% de sobrevida em 5 anos. Devido ao diagnóstico recente, nossos pacientes ainda estão em acompanhamento, não nos permitindo comparar com os

resultados de sobrevida presentes na literatura. O adenocarcinoma da vesícula biliar pode

apresentar diferentes padrões e grau de comprometimento tornando-se necessário um tratamento individualizado ao paciente.

REFERÊNCIAS:1- Torres OJM. Proaci Semcad9: Câncer Da Vesícula Biliar

2- Pawlik TM, Choti MA. Biology Dictates Prognosis Following Resection of Gallbladder Carcinoma: Sometimes Less is More. Ann Surg Oncol. 2009;16:787- 88.

3- Pais-Costa SR, FARAH JFM, Artigiani-Neto R, Franco MIF, Martins SJ, Goldenberg A. Adenocarcinoma Da Vesícula Biliar: Avaliação Dos Fatores Prognósticos Em 100 Casos Ressecados No Brasil. ABCD Arq Bras Cir Dig. 2012;25(1):13-19. 4- Ishak G, Ribeiro FS, Costa DS, Bahia LAC, Dias EM, Assumpção PP. Câncer de vesícula biliar: experiência de 10 anos em um hospital de referência da Amazônia. Rev. Col. Bras. Cir. 2011; 38(2): 100-04.

5- Medinca-Franco H, Ramos-Gallardo G, Orozco-Zepeda H, Mercado-Díaz MA. Factores pronósticos en cáncer de vesicular. Rev Invest Clin 2005; 57 (5): 662-65. 6- Torres OJM, Macedo EL, Nunes PMS, Picciani ERG, Barbosa Jr JB, Dietz UA. Câncer da vesícula biliar. Rev Bras Med 2000; 57:602-14.

7- Donohue JH, Nagorney DM, Grant CS, et al. Carcinoma of the gallbladder. Arch Surg; 1990; 125: 237-41.

8- Torres OJM, Caldas LRA, Azevedo RP, Palacio RL, Rodrigues MLS, Lopes JAC. Colelitíase e câncer de vesícula biliar. Rev Col Bras Cir 2002;29: 88-91. 9- Tazuma S, Kajiyma G. Carcinogenesis of malignant lesions of the gallbladder. Langenbeck’s Arch Surg 2001; 386:224–9.

10- Reid KM, Medina AR, Donohue JH. Diagnosis and surgical management of gallbladder cancer: A review. J Gastrointest Surg 2007;11:671–81 11- Zhu AX, Hong TS, Hezel AF, Kooby DA. Current management of gallbladder carcinoma. The Oncologist 2010; 15: 161-81.

12- Csendes A, Becerra M, Rojas J, Medina E. Number and size of stones in patients with asymptomatic and symptomatic gallstones and gallbladder carcinoma: a prospective study of 592 cases. J Gastrointest Surg 2000; 4:481-5.

13- Higuchi R, Ota T, Araida T, Kajiyama H, Yazawa T, Furukawa T, Yoshikawa T, Takasaki K, Yamamoto M.Surgical Approaches to Advanced Gallbladder Cancer A 40-Year Single-Institution Study of Prognostic Factors and Resectability.Ann Surg Oncol. 2014; 21:4308– 16.

14- Gourgiotis S, Kocher HM, Solaini L, Yarollahi A, Tsiambas E, Salemis NS. Gallbladder Cancer. The American Journal of Surgery. 2008; 196, 252–64. 15- Carriaga MT, Henson DE. Liver, gallbladder, extrahepatic bile ducts, and pâncreas. Câncer suplemente. 1995; 75, No 1.

16- W. A. Zatonski, A. B. Lowenfels, P. Boyle, P. Maisonneuve, H. B. Bueno de Mesquita, P. Ghadirian, M. Jain, K. Przewozniak, P. Baghurst, C. J. Moerman, A. Simard, G. R. Howe, A. J. McMichael, C. C. Hsieh, A. M. Walker. Epidemiologic Aspects of Gallbladder Cancer: a Case–Control Study of the SEARCH Program of the International Agency for Research on Cancer. Journal of the National Cancer Institute, 1997; 89, No 15.

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