• Nenhum resultado encontrado

Ü PRIMEIRO LIVRO DAS CRÔNICAS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Ü PRIMEIRO LIVRO DAS CRÔNICAS"

Copied!
108
0
0

Texto

(1)
(2)
(3)

o

PRIMEIRO LIVRO DAS

CRÔNICAS

INTRODUÇÃO

Esta introdução é referente tanto ao livro de 1 Crônicas quanto ao de 2 Crônicas, uma vez que ambos compõem uma obra integrada.

I. Título - Como os livros dos Reis, os dois livros das Crônicas originalmente for-mavam uma só obra, conhecida em hebraico como dihre hayyamim, "acontecimentos dos dias". Esse título parece ser uma abreviação de sefer dihre hayyamim, literalmente, "livro dos acontecimentos dos cotidianos", um diário mantido nas cortes orientais para o regis-tro dos acontecimentos diários (ver 2Rs 14:18, 28; 15:6, 21, 31; 1Cr 27:24; Ne 12:23; cf. Et 6:1, 2). Os tradutores da LXX dividiram o livro eni duas partes chamadas para leipome-non a e h, literalmente, "primeira e segunda partes de assuntos omitidos". Esse título dado pelos tradutores gregos indica que consideravam o livro como um tipo de suplemento dos livros de Samuel e Reis, escrito com o propósito de fornecer detalhes omitidos nos rela-tos anteriores. O título em português, "Crônicas", é derivado do termo Chronicon, empre-gado por Jerônimo para representar de forma adequada a designação hebraica do livro. Esse termo, na forma plural de Chronica ou Chronicorum liher, "Crônicas" ou "Livro das Crônicas", foi empregado em algumas edições da Vulgata, de onde foi tirado, pelos tradu-tores, para o português.

Uma nota massorética ao final do texto hebraico indica que 1 e 2 Crônicas eram origi-nalmente um só livro. Ela declara que 1 Crônicas 27:25 é o versículo central do livro. Além disso, Josefo, Orígenes, Jerônimo e o Talmude consideravam o livro como um só. A divisão da LXX em dois livros foi adotada pela Vulgata e passou, dessa forma, a outras versões e às edições modernas da Bíblia hebraica.

2. Autoria-Um exame atento do texto hebraico dos livros das Crônicas, de Esdras e Neemias indica que esses três livros estão estreitamente relacionados entre si quanto à lingua-gem, ao estilo e ao ponto de vista geral. Essas semelhanças podem sugerir a mesma autoria. O fato de Crônicas terminar no meio de uma frase inacabada, a qual se completa nos pri-meiros versículos de Esdras, é motivo para que alguns considerem isso uma indicação de que ambos os livros originalmente formavam um único volume, sem divisão alguma (2Cr 36:22, 23; cf. Ed 1:1-3). De fato não há uma interrupção real na narrativa entre 2 Crônicas 36 e Esdras 1. Pode ser que, quando se fez a interrupção, dividindo-se o volume original em dois, os versículos finais de Crônicas tenham sido repetidos como os primeiros versos de Esdras. No entanto, outros veem a possibilidade de que os primeiros poucos versículos v• de Esdras foram acrescentados a Crônicas a fim de que o livro não terminasse na nota da destruição de Jerusalém. Antigos escritores judeus em geral concordam que Crônicas foi escrito por Esdras.

(4)

COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA

Há muitos indícios de uma relação estrita entre os livros de Esdras e Neemias. Os anti-gos não os separaram em dois livros como se apresentam hoje. O Talmude e os pais cris-tãos Orígenes e Jerônimo consideravam Esdras-Neemias como um volume único. Parece que ao longo dos livros das Crônicas, de Esdras e Neemias é possível observar uma autoria única, e por isso os eruditos modernos, em geral, os consideram obras de um mesmo autor. Dado que o tom e o espírito da obra indicam que os livros são produto de um sacerdote ligado ao templo de Jerusalém durante a última metade do 5° século a.C., parece bastante provável que Esdras, sacerdote e escriba (ver Ne 12:26), tenha sido o autor. Tanto Esdras (Ed 7: 1-21) como Neemias (Ne 2:1; 5: 14) mencionam Artaxerxes, em cujo tempo Esdras se sobressaiu. É evidente que esse era o Artaxerxes I (465-423 a.C.; ver p. 45, 48). Se Esdras foi o autor de Crônicas-Esdras-Neemias, os livros das Crônicas atuais devem ser datados da última parte do 5° século a.C.

Evidências internas também apontam para o fato de que o livro foi escrito ou ao menos completado no período persa, cerca de 400 a.C. Os valores monetários são calculados em "daricos" ou dracmas (lCr 29:7), moedas que se crê terem sido introduzidas por Dario I (522-486 a.C.). A genealogia da família de Davi é apresentada, incluindo várias gera-ções além de Zorobabel (lCr 3:19-24), que voltou para a Judeia durante o reinado de Ciro (539-530 a.C. ver Ed 1:1, 2; 2:2). Porém, é possível que esses nomes tenham sido acres-centados mais tarde (ver com. de 1Cr 3:19). Com base na média da descendência dos reis hebreus, uma geração seria de aproximadamente 23 anos. Segundo esse cálculo, seis gera-ções depois de Zorobabel se estenderiam até quase 400 a.C. Visto que talvez Crônicas estivesse unido a Esdras e a Neemias, o tempo em que o cronista viveu também pode ser inferido a partir da evidência interna desses livros. A lista dos sumos sacerdotes apre-sentada em Neemias 12:10, 11, 22 e 23 estende-se a Jônatas, Joanã e Jadua. A partir dos papiros elefantinos, sabe-se que Jônatas foi sumo sacerdote pelo menos em 410. Assim a evidência aponta para o final do 5° século a.C., ou cerca de 400, como o período da con-clusão das Crônicas.

O autor das Crônicas, repetidas vezes, se refere a um volume de história geral hebraica: "o Livro da História dos Reis de Judá e Israel" (ver 2Cr 16:11; 25:26; 28:26; cf. 35:27; 36:8). Esse livro parece ter sido uma compilação final das duas histórias mencionadas com tanta frequência em Reis: "o Livro da História dos Reis de Israel" (lRs 15:31; 16:5, 14, 20, 27; 22:39; 2Rs 10:34; 14:28; 15:21, 26) e "o Livro da História dos Reis de Judá" (lRs 14:29; 15:7, 23; 2Rs 8:23; 12:19; 15:6, 36; 16:19). Esse Livro dos Reis de Judá e Israel parece ter sido um volume completo com todos os registros dos reis, visto que continha um relato dos atos, "tanto os primeiros como os últimos" (ver 2Cr 16:11; 25:26; 28:26; 35:27). Além disso, ele com frequência se refere a obras históricas de abrangência mais limitada, que tratam de indivíduos ou temas em particular. Dentre esses estão "histó-ria do rei Davi" (lCr 27:24), "crônicas, registrados por Samuel, o vidente", "crônicas do profeta Natã", "crônicas de Gade, o vidente" (ver 1Cr 29:29), "Profecia de Aías, o silo-nita", "Visões de Ido, o vidente, acerca de Jeroboão, filho de Nebate" (2Cr 9:29), "Livro ;§~o-da História de Semaías, o profeta", o livro de "Ido, o vidente, no registro das

genealo-gias" (2Cr 12:15), "Livro da História do Profeta Ido" (2Cr 13:22), "Crônicas registradas por Jeú, filho de Hanani" (2Cr 20:34), "Livro da História dos Reis" (2Cr 24:27), "atos de Uzias" escrito pelo "profeta Isaías" (2Cr 26:22), "Visão do Profeta Isaías" (2Cr 32:32) e "História dos Videntes" (2Cr 33:19).

(5)

Essa lista de obras de referência evidencia que havia uma grande quantidade de fon-tes documentais disponível. Há indícios de que, nos dias de Esdras e Neemias, tais fontes estavam à disposição. Caso seja confiável a declaração de 2 Macabeus 2:13, Neemias fun-dou uma biblioteca na qual "reuniu os livros referentes aos reis e aos escritos dos profetas, os escritos de Davi e as cartas dos reis sobre as oferendas" (BJ).

3. Contexto histórico-Os livros das Crônicas consistem basicamente de um regis-tro resumido do povo de Deus desde a criação até o período persa. A principal ênfase está na história de Davi e seus sucessores na nação de Judá. Se Crônicas-Esdras-Neemias eram originalmente uma só obra, escrita por Esdras, que voltou para a Judeia durante o reinado de Artaxerxes I (465-423), o contexto histórico dos livros das Crônicas, no que se refere ao tempo em que foram escritos, seria o mesmo dos livros de Esdras e Neemias. Contudo, os livros das Crônicas não tratam do período no qual foram completados e só parecem se estender até tal tempo em breves dados genealógicos. Esdras e Neemias tra -tam desse período (para informações do contexto histórico desse período, ver a Introdução dos livros de Esdras e Neemias neste Comentário; para uma breve discussão do princi-pal período histórico, abrangido por Crônicas, ver as Introduções dos livros de Samuel e Reis, no vol. 2).

4. Tema-Crônicas começa com um esboço genealógico da história antiga desde Adão até o tempo de Davi. A história da criação, o jardim do Éden, a queda, os primeiros pa triar-cas, o dilúvio, os patriarcas posteriores, a permanência no Egito, o êxodo, o período de juí-zes e o reinado de Saul são passados por alto. O escritor acrescentou pouco ou nada ao material já encontrado no Pentateuco e em outros livros, como Josué e Juízes. Sobre esse período antigo, ele apresenta apenas uma série de dados genealógicos, intercalados com bre-ves informações biográficas ou históricas (lCr 4:9, lO, 38-43; 5:9, lO, 16-26; 6:31, 32, 48, 49, 54-81; 7:21-24; 9:17-34). Em primeiro lugar, o autor descreve as gerações desde Adão até Jacó. A essa genealogia segue um estudo das 12 tribos, com ênfase em Judá, a tribo de Davi, e Levi, a tribo dos sacerdotes. Depois, o horizonte se reduz de todo o Israel ao reino do sul, Benjamim e Judá, e à cidade de Jerusalém. Esse material introdutório abrange os primeiros nove capítulos do primeiro livro das Crônicas.

A segunda e principal parte do livro começa com um breve relato da morte de Saul (lCr lO). Em seguida, sobre Davi (lCr ll-29) e seus sucessores na linhagem de Judá até Zedequias, a destruição de Jerusalém e o cativeiro babilônico (2Cr l-36). Parece que a ter-ceira seção da obra original abrangia o retorno do cativeiro e o restabelecimento de Jerusalém como o centro religioso da comunidade judaica restaurada (Esdras-Neemias).

Dá-se ênfase considerável ao reinado de Davi, a fase áurea da história de Israel. Contudo, omitem-se muitas informações com respeito a Davi, como seu reinado em Hebrom, seu pecado contra Urias, a revolta de Absalão e casos semelhantes. .q::=,

O reinado de Salomão (2Cr 1-9) é apresentado de forma mais breve, embora com mais extensão que qualquer reinado subsequente. Dá-se muita ênfase ao templo e a seus servi-ços. Eventos relacionados à construção do templo ocupam, de longe, a maior parte do relato do reinado de Salomão (cap. 2-7).

Muitos dos incidentes registrados em Reis relativos a esse reinado não são encontrados em Crônicas, tais como a tentativa de usurpação do trono por Adonias; a unção de Salomão (lRs 1, 2); seu casamento com a filha do faraó e a adoração nos lugares altos (lRs 3:1, 2); a decisão sobre a criança disputada por duas prostitutas (lRs 3:16-28); os oficiais de Salomão,

(6)

COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA

sua sabedoria e seus provérbios (1Rs 4); seu palácio (lRs 7:1-12); seus adversários e a adora-ção de deuses estrangeiros (1 Rs 11). Alguns dados sobre a construção do templo foram omi-tidos, outros são apresentados de forma mais sucinta, ou colocados nas mesmas palavras de Reis, ao passo que alguns são totalmente novos.

No restante da história, o registro é basicamente sobre Judá, não sobre Israel. Informações relacionadas a Israel são apresentadas apenas por acaso. Não há dados cronológicos dos reis de Israel e não se apresentam os sincronismos dos reis de Judá com respeito ao gover-nante contemporâneo em Israel, com uma exceção (2Cr 13: 1). Enquanto a história de Israel é ignorada quase por completo, a de Judá é apresentada principalmente a partir de um ponto de vista religioso, sendo que os acontecimentos ou fatos políticos, militares e pes-soais estão subordinados aos de interesse espiritual. O objetivo da narrativa é expor o pro-pósito de Deus nas experiências do povo escolhido e mostrar como a nação se desviou e como o templo sagrado com seus rituais foi finalmente destruído em resultado do pecado. Aos reinados dos bons reis de Judá, bons ao menos em uma parte de seus reinados (Josafá, Joás, Ezequias e Josias), é dada importância particular, e se enfatizam em especial os epi-sódios nos quais os governantes se envolveram em reformas religiosas e na restauração do templo e de seus rituais.

Portanto, é evidente que Crônicas não é um mero suplemento histórico dos livros dos Reis, mas uma obra distinta e independente, com propósito próprio e escrita a partir de um ponto de vista particular. Após os serviços no templo terem sido restabelecidos, após o retorno do exílio babilônico e Jerusalém ter sido restaurada, os judeus devotos, ao olharem para o futuro, sem dúvida tinham a esperança de que esses serviços jamais seriam interrompidos novamente. Eles criam que, sob a bênção divina, Israel devia, dali em diante, prosperar e avançar de glória em glória. Sem dúvida, o tempo era propício para relembrar ao povo seu passado a fim de que pudesse usufruir todos os gloriosos privilégios garantidos a ele nas promessas de Deus.

Desse modo, outra contribuição do cronista foi ter acrescentado novos materiais com respeito ao templo, seu ministério e seus festivais gloriosos. Contudo, o autor estava mais interessado na vida, do que nos rituais, no coração das pessoas do que no templo. Israel devia pautar sua vida segundo a santa lei de Deus, tendo atenção constante às recompensas e punições que resultariam da obediência e da transgressão, respectivamente. Havia uma nova ênfase na justiça, uma apresentação mais plena da estreita relação entre fidelidade e prosperidade e entre perversidade e adversidade.

Os reinados são apresentados de tal forma que o leitor pode entender claramente que a paz e a prosperidade dependem da obediência aos estatutos divinos e que a ruína e a deso-... ;; lação são o resultado da impiedade. Toda calamidade e êxito são atribuídos de forma direta à ação da Providência divina, pois o Senhor recompensa os justos e pune os que fazem o mal. "Assim, morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o SENHOR" (l C r 10: 13); "Ia Davi crescendo em poder cada vez mais, porque o SENHOR dos Exércitos era com ele" (11:9); 'Tudo isto desagradou a Deus, pelo que feriu a Israel" (21 :7); "prevaleceram os filhos de Judá, porque confiaram no SENHOR, Deus de seus pais" (2Cr 13:18; ver também 2Cr 16:7;

17:3, 5; 22:7; 25:20; 28:5, 6; 33:10, 11; 36:15-17).

Em Crônicas, Israel é apresentado como uma nação apóstata, que trilha o caminho da impiedade e da morte. Judá é apresentado como uma nação que prospera sob o domínio de reis justos e sofre os castigos da transgressão de reis que abandonam o Senhor.

(7)

Há algumas diferenças marcantes na maneira como os mesmos acontecimentos são apresentados em Reis e em Crônicas. Em Reis não se diz nada digno de elogio no relato de Roboão, mas em Crônicas apresenta-se um registro positivo, de modo que sua conduta pode ser contrastada com a conduta ímpia de Jeroboão (2Cr li: 13-17). Quando, mais tarde, Roboão "deixou a lei do SENHOR", relata-se que o ataque de Sisaque a Jerusalém aconteceu "porque tinham transgredido contra o SENHOR" (2Cr 12:1, 2).

No relato de Reis não se diz praticamente nada sobre Abias a não ser que "Andou em todos os pecados que seu pai havia cometido antes dele" e que "seu coração não foi perfeito para com o SENHOR" (IRs 15:3). Crônicas, todavia, menciona alguns atos positivos. Ele é apresentado repreendendo a Jeroboão por sua rebelião contra o Senhor e por estabelecer um falso sacerdócio em Israel. O registro declara que ele teve uma grande vitória sobre o reino do norte, por ter confiado no Senhor (2Cr 13:4-18).

Quanto a Asa, Crônicas registra uma grande vitória sobre Zerá, o etíope, ao passo que em Reis nada se diz a esse respeito. Além disso, relata que muitos de Israel foram para Judá quando viram que o Senhor estava com essa nação, e conta de uma grande reunião religiosa em que a aliança com Deus foi renovada (2Cr 14:9-15; 15:1-15).

Reis menciona o fato de que Josafá foi um bom governante, mas apresenta apenas um breve relato de seu reinado (IRs 22:41-51). Crônicas fala de um episódio no qual Josafá orou a Deus num momento de crise nacional e recebeu dEle uma vitória maravilhosa, quando as forças do inimigo se destruíram entre si (2Cr 20:1-30).

Reis apresenta apenas um breve relato do reinado ímpio de Jeorão (2Rs 8:16-24); em Crônicas há um relato dos juízos divinos contra ele por causa de sua má conduta (2Cr 21:8-19). Reis faz uma breve menção da morte de Acazias pelas mãos de Jeú (2Rs 9:27, 28); Crônicas tem um relato mais extenso que menciona o fato de que os maus conselheiros eram "para a sua perdição" e que isso vinha de Deus (2Cr 22:4-9).

Reis relata a morte de Joás pelas mãos de seus próprios servos (2Rs 12:20, 21). Crônicas acrescenta estes detalhes importantes: (I) após a morte de Joiada, "deixaram a Casa do SENHOR, Deus de seus pais, e serviram aos postes-ídolos e aos ídolos; e, por esta sua culpa, veio grande ira sobre Judá e Jerusalém"; (2) sob ordem do rei, o filho de Joiada foi morto por ousar relembrar ao povo que, por sua transgressão contra o Senhor, eles não podiam <li:Z prosperar, pois Ele os tinha abandonado como eles O abandonaram; (3) em consequência disso, uma grande hoste de Judá foi entregue nas mãos de uma pequena companhia de siros, "porque estes deixaram o SENHOR, Deus de seus pais"; e (4) Joás foi morto por seus servos, enquanto estava deitado no seu leito se recuperando das feridas resultantes desse confronto (2Cr 24:17-25).

Reis relata a vitória de Amazias contra Edom e a consequente derrota do rei nas mãos de Jeoás de Israel (2Rs 14:7-14), mas Crônicas acrescenta o detalhe revelador de que depois de Amazias ter voltado de sua vitória "trouxe consigo os deuses dos filhos de Seir, tomou-os por seus deuses, adorou-os e lhes queimou incenso", por isso "a ira do SENHOR se acendeu contra Amazias", e Deus determinou destruí-lo pelo que tinha feito (2Cr 25:14-16).

Com relação ao breve relato do reinado de Azarias (Uzias) como está em 2 Reis (15:1-7), faz-se menção de sua lepra, mas não da causa. Contudo, em Crônicas, há um relato bem mais longo do reinado de Azarias (2Cr 26:1-23), e a causa de sua lepra é declarada com cla-reza. Quando ficou forte "exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu trans-gressões contra o SENHOR, seu Deus, porque entrou no templo do SENHOR para queimar

(8)

COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA

incenso no altar do incenso" (v. 16), por isso foi repreendido pelos sacerdotes e, por sua trans-gressão, imediatamente ficou leproso "visto que o SENHOR o ferira" (v. 20).

O registro do reinado do bom rei Jotão em Reis também é breve (2Rs 15:32-38), mas o registro mais longo em Crônicas conta como ele foi vitorioso contra os amonitas, que se tor-naram seus tributários, e como ele "se foi tornando mais poderoso, porque dirigia os seus caminhos segundo a vontade do SENHOR, seu Deus" (2Cr 27:5, 6).

De acordo com Reis, Acaz foi atacado pelos reis de Israel e da Síria, ao que tudo indica, sem sérias consequências, por ter buscado a ajuda de Tiglate-Pileser, que tomou Damasco e matou seu rei (2Rs 16:1-9). Porém, de acordo com Crônicas, por causa da idolatria de Acaz, o Senhor "o entregou nas mãos do rei dos siros", que o feriu e levou uma grande multidão de cativos, e ele também foi "entregue nas mãos do rei de Israel, o qual lhe infligiu grande derrota", levando cativos "duzentos mil: mulheres, filhos e filhas" junto com muito despojo; e, quando recorreu a Tiglate-Pileser, foi e "o pôs em aperto, em vez de fortalecê-lo", pois "o SENHOR humilhou aJudá por causa de Acaz [ ... ] porque este permitira que Judá caísse em dissolução, e ele, de todo, se entregou à transgressão contra o SENHOR" (2Cr 28:3-20).

Reis dá um relato extenso do reinado do bom rei Ezequias (2Rs 18 a 20), mas Crônicas amplia grandemente o registro dos atos de Ezequias, com um relato detalhado da purifica-ção do templo, da restaurapurifica-ção de seus serviços e do convite feito ao povo de todo o Israel para celebrar a Páscoa em Jerusalém, que foi aceito por muitos das tribos do norte de Aser, Manassés e Zebulom. Crônicas conta que a celebração da Páscoa foi seguida da destruição de imagens, postes-ídolos e lugares altos, não somente em toda Judá e Benjamim, mas tam-bém em Efraim e Manassés, e da restauração de várias ofertas, oblações e serviços sacer-dotais (2Cr 29-31).

Reis descreve em detalhes as iniquidades de Manassés (2Rs 21:1-18), mas Crônicas men-ciona não apenas suas iniquidades, mas o fato de ter sido aprisionado com ganchos pelo rei ~>da Assíria para ser levado com cadeias para Babilônia, onde em sua aflição "suplicou

deve-ras ao SENHOR, seu Deus, e muito se humilhou perante o Deus de seus pais". O Senhor ouviu sua súplica e permitiu que retornasse a Jerusalém, onde "tirou da Casa do SENHOR os deuses estranhos", "restaurou o altar do SENHOR, sacrificou sobre ele ofertas pacíficas e de ações de graças e ordenou aJudá que servisse ao SENHOR, Deus de Israel" (2Cr 33: ll-16).

Sobre Amom, o registro de Reis declara que ele "fez o que era mau perante o SENHOR, como fizera Manassés, seu pai" (2Rs 21:20), ao passo que Crônicas acrescenta que ele "não se humilhou perante o SENHOR, como Manassés, seu pai, se humilhara" (2Cr 33:23).

Reis relata com alguns detalhes como Josias restaurou o culto a Yahweh e que tomou medidas para instituir uma reforma geral, concluindo o relato de seu reinado com uma decla-ração de como morreu nas mãos do rei egípcio Neco (2Rs 22, 23:1-30). Crônicas tem um registro um pouco mais longo das tentativas de restauração e reforma e, quanto ao seu con-fronto com Neco, acrescenta o detalhe de que Neco tentou dissuadir Josias de seu propó-sito de lutar contra ele, mas Josias, "não dando ouvidos às palavras que Neco lhe falara da parte de Deus" (2Cr 35:21), morreu em batalha (cap. 34, 35).

Reis trata até certo ponto dos reinados dos últimos quatro reis ímpios de Judá e da queda de Jerusalém (2Rs 23:30-37; 24:1-20; 25:1-30), e dá apenas uma breve declaração quanto ao fato de que foi "por causa da ira do SENHoR" que Jerusalém e Judá foram rejeitados de Sua presença (2Rs 24:20). Já Crônicas dá apenas um relato muito breve desses quatro últimos reinados (2Cr 36: 1-13), mas apresenta as razões específicas para a queda de Judá, visto que

(9)

os sacerdotes e o povo "aumentavam mais e mais as transgressões, segundo todas as abomi-nações dos gentios; e contaminaram a casa que o SENHOR tinha santificado em Jerusalém", zombando dos mensageiros de Deus e desprezando Seu profetas, "até que subiu a ira do SENHOR contra o seu povo, e não houve remédio algum" (2Cr 36: 14-16).

Em todo o livro, o cronista exalta os profetas e sua obra. Há informações adicionais com respeito a alguns dos profetas importantes que não se encontram em nenhuma outra parte do Antigo Testamento. Também há informações sobre profetas que não são mencionados em nenhum outro lugar da Bíblia. Esses mensageiros divinos são retratados dando adver-tências e exortações em ocasiões críticas. Assim, Semaías informa Roboão que a invasão de Sisaque se deve ao fato de que o povo abandonou o Senhor (2Cr 12:5); Azarias encoraja Asa (15:1-8); Hanani repreende Asa por ter pedido a ajuda da Síria (16:7-10); Jeú reprova Josafá por ter se unido a Acabe (19:2); Jaaziel encoraja Josafá em seu confronto com as for-ças de Moabe, Amom e do monte Sei r (20: 14-17); Eliézer reprova Josafá por ter se unido a Acazias (20:37); Zacarias informa o povo nos dias de Joás que não pode haver prosperi-dade por causa da transgressão (24:20); e Obede protesta contra Israel nos dias de Peca e Acaz (28:9-11).

A partir dessas observações, pode-se ver que o registro de Crônicas não é mera histó-ria, mas também um sermão, que o cronista não é só um narrador, mas também um prega-dor. Quando seu registro de algum acontecimento difere do registro em Reis, não é prova de que haja alguma divergência básica entre os dois relatos, e sim uma diferença quanto à ênfase. O cronista demonstra uma disposição para moralizar. Ele relata para ensinar lições ou apresentar uma advertência. Concluiu sua obra após a nação de Judá ter sido destruída e levada cativa e Jerusalém ter sido reconstruída e os serviços do templo, restaurados. -41~ Sem dúvida, era seu desejo sincero que o pecado não se apoderasse outra vez da nação e a levasse à ruína. Mas esse era exatamente o perigo que a ameaçava. O pecado estava se manifestando de novo (Ed 9:1-15; 10:1-19; Ne 5:1-13; Ne 13:3-11, 15-30), e havia o perigo de que a ira de Deus novamente visitasse Seu povo. Isso ele tentaria impedir de todos os meios. Uma suposição razoável é a de que o grande livro de Crônicas-Esdras-Neemias foi escrito com o objetivo de evitar uma segunda apostasia e desolação de Judá.

Gerações de comentaristas bíblicos têm, ao longo dos anos, se surpreendido com algu-mas das enormes cifras encontradas nos livros das Crônicas. Por exemplo, 1 Crônicas 22:14 declara que Davi dedicou "100 mil talentos de ouro e um milhão de talentos de prata" para a construção do templo por seu filho Salomão. A essa soma devem-se acrescentar outras contribuições enormes de Davi e dos nobres de Israel para o mesmo propósito (lCr 29:3-7). Um cálculo em valores monetários atuais mostra que 100 mil talentos de ouro equivale-riam a uma quantia irreal, que dificilmente pode ser considerada correta, tendo-se em vista o fato de que a quantidade total de ouro conhecida antigamente no mundo seria menor do que a informada em Crônicas.

Por essa razão, eruditos modernos têm declarado que o cronista exagerou e que as informações são incorretas. Esse veredito, contudo, não pode ser sustentado, dado que a Arqueologia demonstra a confiabilidade histórica do autor. Por isso, deve-se buscar outra explicação para solucionar as dificuldades apresentadas por algumas cifras extremamente altas nos livros das Crônicas.

Crônicas foi escrito, ou pelo menos concluído, no final do 5o século a.C., como se pode deduzir das listas genealógicas encontradas no livro, que chegam à época de Neemias.

(10)

COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA

É

provável que tenha sido o último dos livros escritos da Bíblia, conforme indica sua posição no final da Bíblia hebraica (Antigo Testamento). No seu preparo, foram usados docum en-tos oficiais escritos por profetas e outros escritores inspirados, como "crônicas do profeta Natã", "crônicas de Gade, o vidente" ou "histórias do rei Davi" (lCr 29:29; 27:24). Esses foram redigidos na escrita hebraica pré-exílica, ao passo que Crônicas foi escrito na forma aramaica quadrada, que passou a ser usada após o exílio. Essa escrita, que, segundo a tra -dição judaica, foi introduzida por Esdras, permanece em uso de forma modificada como a escrita hebraica atual.

Todo número em qualquer manuscrito bíblico hebraico conhecido é escrito por extenso; numerais não são usados. Porém, numerais eram usados em inscrições hebraicas antigas, bem como em documentos fenícios, aramaicos, nabateus, palmirenos, egípcios e babil ôni-cos. Devido à escassez de documentos hebraicos antigos não se tem conhecimento suficiente do uso de numerais pelos autores da Bíblia hebraica. Quando Mark Lidzbarski publicou seu manual sobre epigrafia norte semítica, em 1898, declarou que os hebreus aparentemente não usavam numerais, mas escreviam as cifras por extenso. Ele baseou sua afirmação na inscrição de Siloé e na Pedra Moabita, nas quais os números são escritos por extenso. Essas eram as únicas inscrições hebraicas conhecidas naquela época que continham números, e uma delas, a Pedra Moabita, nem mesmo era uma verdadeira inscrição hebraica, embora a diferença entre a escrita e a língua moabita e a hebraica seja muito tênue.

No entanto, foram descobertas muitas óstralw [gr. plural de óstralwn; óstraco, em portu-guês], ou fragmentos de cerâmica antiga, com inscrições de Samaria, Laquis e Tell Qasile, as

2!

;.

quais contêm números, alguns deles escritos por extenso, outros, representados por num

e-rais. Também foram achados os papiros aramaicos de Elefantina (ver p. 65-71), que mos -tram uso amplo de números e também contêm cifras escritas por extenso.

Nesses documentos, os números que representam cifras abaixo de "dez" são traços verti -cais dispostos em grupos de três, escritos da direita para a esquerda, dos quais o último é em geral mais longo: /11/11 =6;

/1/11/11 =

8. O número "dez" é representado por um sím -bolo em forma de meia lua,..-,, e o "vinte" é uma combinação de dois "dez", ~· O maior numeral seguinte, ~, expressa "cem", contudo, "mil" nos papiros elefantinos (nenhuma inscrição hebraica palestina contém um número tão alto) é sempre escrito por extenso na forma 'lph, na maior parte das vezes abreviada como lph. Em alguns casos, um ou mais tra-ços verticais diante do lph indicam a quantidade de milhares: l lph= 1.000;

/ll

lph=

3.000. Porém, o traço vertical diante do lph também é usado nesses documentos para representar a letra hebraica waw, que é a conjunção "e". Dessa forma, pode não ter sido fácil determinar em todos os casos se o traço indicava a conjunção "e" ou apenas "um" milhar.

Embora não exista material suficiente para dar exemplos claros de como os números foram lidos de forma equivocada, o que há disponível mostra que documentos antigos (onde em alguns casos os números eram expressos em numerais e, em outros, escritos por extenso) podem facilmente gerar confusão. Se os documentos usados pelo cronista ao escrever seus livros continham alguns números expressos em numerais e outros por extenso, é possível ver como alguns deles podem ter sido confundidos. Por exemplo, um documento que con-tivesse o número~ 'lph, "100 mil", poderia ser confundido com "cem mil", enquanto que o autor queria transmitir a ideia ele "cem [e] mil" (l.lOO).

Também surge o questionamento quanto a se o escritor ele Crônicas, ao apresentar cifras tão altas, tinha a intenção de que fossem consideradas como números exatos e literais.

(11)

Aqueles que já viveram no Oriente sabem como é comum empregar uma expressão como "mil vezes mil", querendo com isso dizer apenas um número muito alto. Os que usam núme-ros nesse sentido ficariam muito surpresos ao encontrar pessoas não familiarizadas com tal uso interpretando-os de forma literal. Essas expressões do cronista como "bronze e ferro em tal abundância, que nem foram pesados" (lCr 22:14) e "era inumerável a gente que vinha com ele" (2Cr 12:3) não devem ser interpretados de forma literal, mas segundo a inten-ção original. Portanto, seria um erro interpretar os números em Crônicas ao pé da letra e dar-lhes o sentido com que poderiam ser usados por um historiador moderno se esse não era o espírito nem a intenção do cronista.

Todo leitor atento ficará impressionado com a predileção do escritor de Crônicas por dados genealógicos e estatísticos. Listas de nomes são apresentadas repetidamente, incluindo os oficiais do templo e do palácio, administradores civis, oficiais do exército e outros. Dentre essas estão as seguintes:

1 Crônicas 11:26-47 Valentes do exército de Davi 1 Crônicas 12:1-I4 Os que foram a Davi, em Ziclague

I Crônicas 14:4-7 Filhos de Davi

1 Crônicas I5: 5-24 Levitas cujo ofício relacionava-se à arca 1 Crônicas I8: 15-I7 Principais oficiais do governo de Davi

I Crônicas 23:6-24 Levitas encarregados do ministério da Casa do Senhor 1 Crônicas 24:1-31 Vinte e quatro divisões dos filhos de Arão

I Crônicas 25: I-3I Vinte e quatro turnos de músicos

1 Crônicas 26:1-32 Porteiros e oficiais do templo I Crônicas 27:1-34 Capitães e mordomos de Davi

2 Crônicas ll:S-10 Cidades de defesa de Roboão

2 Crônicas I7:7-I8 Levitas e capitães de Josafá 2 Crônicas 23: I Capitães de Joiada

2 Crônicas 28: I2 Líderes de Efraim 2 Crônicas 29:I2-I4 Principais levitas 2 Crônicas 3I: 12-1 5 Guardiães das ofertas

2 Crônicas 34:12 Dirigentes dos obreiros que consertavam o templo

2 Crônicas 35:9 Principais dos levitas

Em Esdras e Neemias encontram-se dados estatísticos semelhantes:

Esdras I :9-1I Tabela dos utensílios que voltaram de Babilônia Esdras 2:2-65 Números dos que voltaram de Babilônia

Esdras 2:66, 67 Números dos cavalos, mulos e camelos Esdras 4:9, lO Povos levados a Samaria por Osnapar Esdras 7: 1-6 Genealogia de Esdras

(12)

COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA Esdras 8:1-14 Lista dos que voltaram com Esdras Esdras 8: 16-19 Filhos de Leví que voltaram com Esdras

Esdras 8:20 Servidores do templo que voltaram com Esdras

Esdras 8:26, 27, 33, 34 Ouro e prata ofertados

Esdras 10: 18-44 Nomes dos que tinham se casado com estrangeiras

Neemias 3:1-32 Nomes dos que construíram o muro

Neemias 7:6-73 Número dos que voltaram com Zorobabel

Neemias 8:4 Nomes dos que estavam junto a Esdras

Neemias 8:7 Nomes dos que ensinavam a lei

Neemias 10:1-27 Nomes dos que selaram a aliança Neemias 11:3-24 Nomes dos que habitaram em Jerusalém Neemias 12:1-42 Listas de sacerdotes e levitas

As várias listas de dados genealógicos e estatísticos de Crônicas-Esdras-Neemias podem ser um indício de que esses três livros têm um mesmo autor. Se esse for o caso, o autor, sem dúvida, foi Esdras, escriba e sacerdote (ver Ed 7:6, 10-12; Ne 8:1, 4, 9, 13; Ne 12:26, 36).

5. Esboço de 1 e 2 Crônicas. I. Tabelas genealógicas, ICr 1-9:44.

A. De Adão a Israel e Edom, 1:1-2:2. I. Os patriarcas de Adão a Noé, I: 1-4. 2. Os descendentes de Noé, I :4-54. a. Os descendentes de J afê, I: 5-7. b. Os descendentes de Cam, I :8-16. c. Os descendentes de Sem, 1:17-54. (l)DeSemaAbraão, 1:17-27. (2) Os descendentes de Abraão, 1:28-2:2. (a) Os filhos de Ismael, I :28-31.

(b) Os filhos de Abraão e Quetura, 1:32, 33. (c) Os descendentes de !saque, 1:34-2:2. I) Os descendentes de Esaú, 1:34-54. 2) Os filhos de Israel, 2:1, 2. B. Os descendentes de Israel, 2:3-7:40. I. A posteridade de Judá, 2:3-4:23. a. De Judá a Jessé, 2:3-12.

b. Os filhos e netos de Jessé, 2:13-17. c. Os filhos de Calebe, 2:18-20. d. Os descendentes de Hezrom, 2:21-41. e. Os descendentes de Calebe, 2:42-55. f. A posteridade de Davi, 3: l-24.

(I) Os filhos de Davi, 3: 1-9.

(2) A linhagem real de Salomão a Zedequias, 3:10-16. (3) Os filhos de Jeconias, 3:17-24.

(13)

g. Clãs deJudá, 4:1-23.

(I) Os descendentes de Judá, 4: I.

(2) Os descendentes de Hur, 4:2-4. (3) Os descendentes deAsur, 4:5-7. (4) Os filhos de Coz, 4:8. (S) Jabez e sua oração, 4:9, 10. ( 6) Os filhos de Quelube, 4: li, 12. (7) Os filhos de Quenaz, 4:13-15. (8) Os filhos de Calebe e outros, 4: I 5-20. (9) Os filhos de Selá, 4:21-23.

2. A posteridade de Simeão, 4:24-43. a. Os filhos de Simeão, 4:24-27. b. As habitações dos simeonitas, 4:28-33. c. A emigração dos simeonitas, 4:34-43.

(I) Os príncipes de Simeão, 4:34-38. (2) A conquista em Gedor, 4:39-43. 3. A posteridade de Rúben, 5:1-10. 4. A posteridade de Gade, 5:11-17.

S. As conquistas dos filhos de Rúben, Gade e Manassés, 5:18-22. 6. A herança da meia tribo de Manassés, 5:23-26.

7. A posteridade de Levi, 6:1-81.

a. A família de Arão traçada desde Levi até o cativeiro babilônico, 6: 1-15. b. Os três ramos de Levi, 6:16-48.

c. Os descendentes sacerdotais de Arão, 6:49-53. d. As cidades dos levitas, 6:54-81.

8. Os clãs de lssacar, 7:1-5. 9. Os clãs de Benjamim, 7:6-12. 10. Os filhos de Naftali, 7:13.

1 I. A posteridade de Manassés, 7:14-19. 12. A posteridade de Efraim, 7:20-29. 13. A posteridade de Aser, 7:30-40. C. Genealogias de Benjamim, 8:1-40.

1. Gerações de homens importantes que habitaram em Jerusalém, 8:1-28. 2. As famílias de Gibeão e a casa real de Saul, 8:29-40.

D. Genealogia dos habitantes de Jerusalém, 9:1-34.

E. Os habitantes de Gibeão; os ancestrais e descendentes de Saul, 9:35-44. li. História dos reis de Jerusalém, I Cr IO:I-2Cr 36:23.

A. A morte de Saul, I Crônicas 10:1-14.

I. Saul é morto no monte Gilboa, I 0: 1-7. 2. Os filisteus triunfam sobre Saul, 10:8-10. 3. A sepultura de Saul em Jabes-Gileade, lO: li, 12.

4. A morte de Saul como resultado da transgressão, I 0:13, 14. B. Davi, lCr 11:1-29:30.

l. A unção em Hebrom, 11:1-3. 2. A conquista de Jerusalém, li :4-9.

(14)

COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA 3. Registro dos valentes de Davi, 11:10-12:40.

4. A arca é levada de Quiriate-Jearim, 13:1-14. 5. A casa e a família de Davi, 14:1-7.

6. As vitórias de Davi contra os filisteus, 14:8-17. 7. A arca é levada a Jerusalém, 15:1-16:43. 8. Davi se propõe a construir o templo, 17:1-27. 9. As guerras de Davi, 18:1-20:8.

10. Davi realiza o censo do povo, 21:1-30.

11. Os preparativos de Davi para o reinado de Salomão, 22:1-29:25. a. Preparativos dos materiais, 22:1-5.

b. Instruções a Salomão, 22:6-19.

c. Salomão é feito rei pela primeira vez, 23:1. d. Divisões dos levitas, 23:2-32.

e. Divisões dos sacerdotes, 24: 1-19. f. Divisões dos outros levitas, 24:20-31. g. Divisões dos cantores, 25:1-31.

h. Divisões dos porteiros e outros oficiais, 26:1-32. i. Capitães e administradores, 27:1-34.

j. Instruções finais com respeito ao templo, 28:1-21. k. Ofertas para o templo, 29:1-21.

I. Salomão é feito rei pela segunda vez, 29:22-25. 12. A morte de Davi, 29:26-30.

C. Salomão, 2 Cr l:l-9:31.

I. Salomão oferece sacrifícios em Gibeão, 1 1-6. 2. Salomão escolhe a sabedoria, 1:7-12. 3. Os carros e a riqueza de Salomão, 1: 13-1 7. 4. O templo, 2:1-7:22.

a. Os preparativos de Salomão para a construção do templo, 2:1-18. b. O local e a data da construção, 3:1, 2.

c. O pórtico e a lugar santo, 3:3-7. d. O lugar santíssimo, 3:8-14.

e. As colunas de bronze do pórtico, 3: 15-1 7. f. Os objetos de bronze e ouro, 4:1-22. g. O templo é completado, 5: I. h. A consagração do templo, 5:2-7:22.

(1) A arca é levada ao templo, 5:2-10. (2) A manifestação da glória de Deus, 5:11-14. (3) A oração de consagração de Salomão, 6:1-42. (4) Desce fogo do céu, 7:1-3.

(5) Os sacrifícios e a festa, 7:4-11.

(6) A mensagem de Deus a Salomão, 7:12-22. 5. As obras públicas de Salomão, 8:1-6.

6. Os servos e oficiais de Salomão, 8:7-10. 7. A casa da filha do faraó, 8:11.

8. Ofertas e deveres sacerdotais, 8: 12-16.

(15)

9. Os navios de Salomão, 8:17, 18.

1 O. A visita da rainha de Sabá, 9: 1-12. 11. O ouro e a glória de Salomão, 9:13-28. 12. O fim do reinado de Salomão, 9:29-31. D. Os reis de Judá, 2 Cr 10:1~36:21.

l. Roboão, 10:1~12:16.

a. A revolta das dez tribos, 10:1~11 :4.

b. O fortalecimento das defesas de Judá, 11:5-12.

c. A deserção dos sacerdotes e levitas de Israel a Roboão, 11 13-17. d. A família de H.oboão, 11:18-23.

e. A invasão de Sisaque, 12:1-12.

f. O fim do reinado de Roboão, 12:13-16.

2. Abias, 13:1-22.

a. A guerra entre Abias e Jeroboão, 13:1-20.

b. A família de Abias e seu registro, 13:21, 22. 3. Asa, 14:1~16:14.

a. Esforços contra a idolatria, 14:1-5. b. Medidas para fortalecer o reino, 14:6-8.

c. Vitória sobre Zerá, o etíope, 14:9-15. d. A profecia de Azarias, 15: l-7.

e. As reformas de Asa, 15:8-19.

f. Guerra com Baasa, 16:1-6.

g. Hanani repreende a Asa e é aprisionado, 16:7 -I O.

h. O fim do reinado de Asa, 16:11-14. 4.Josafá, 17:1~21:3.

a. A prosperidade e as boas obras de Josafá, 17:1-12. b. Os capitães e o exército de Josafá, J 7:13-19. c. Aliança com Acabe e guerra contra a Síria, 18:1-34. d. Jeú repreende a Josafá, 19:1-3.

e. Instruções de Josafá aos juízes e sacerdotes, 19:4-11. f. Amam, Moabe e os do monte Sei r são derrotados, 20: 1-30. g. Um resumo do reinado de Josafá, 20:31~21:3.

5. Jeorão, 21:4-20.

a. Jeorão mata seus irmãos, 21:4.

b. A má conduta de Jeorão e a revolta de Edom e Libna, 21:5-11.

c. Juízos divinos contra Jeorão por causa de seus maus caminhos, 21 12-20.

6. Acazias, 22:1-9. 7. Atalia, 22: I 0~23:21.

a. Ata lia usurpa o trono, 22: I 0-12.

b. Joiada destrona Atalia e entroniza Joás, 23:1-21.

8. Joás, 24:1-27.

a. A reforma do templo, 24:1-14.

b. A morte de Joiada e a apostasia nacional, 24:15-22. c. A invasão dos siros e o assassinato de Joás, 24:23-27.

(16)

COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA 9. Amazias, 25:1-28.

a. O bom começo de Amazias, 25:1-4. b. Vitória sobre Edom, 25:5-13.

c. A desastrosa derrota de Amazias por Jeoás, de Israel, 25:14-24. d. O fim do reinado de Amazias, 25:25-28.

10. Uzias, 26:1-23.

a. As boas obras de Uzias, 26:1-5. b. Proezas militares de Uzias, 26:6-15. c. A presunção de Uzias e sua lepra, 26:16-23. 11. Jotão, 27:1-9.

12.Acaz, 28:1-27.

a. A iniquidade de Acaz, 28:1-4.

b. Acaz é entregue nas mãos da Síria e de Israel, 28:5-8. c. Os cativos de Israel são libertados, 28:9-15.

d. O pedido de ajuda de Acaz à Assíria, 28: 16-21. e. A idolatria é encorajada e o templo é fechado, 28:22-27. J 3. Ezequias, 29:1-32:33.

a. Ezequias manda purificar e abrir o templo, 29:1-36. b. Israel e Judá são convidados para a Páscoa, 30:1-12. c. A celebração da P~scoa, 30:13-27.

d. A reforma religiosa de Ezequias, 31: 1-21. e. A invasão de Senaqueribe, 32: 1-23.

f. Doença, orgulho, prosperidade e morte de Ezequias, 32:24-33. 14. Manassés, 33:1-20.

a. i\ilanassés encoraja a idolatria, 33: J -10. b. Seu cativeiro e arrependimento, 33:11-20. 15. Amom, 33:21-25. 16. Josias, 34:1-35:27. a. Reforma religiosa, 34:1-7. b. A restauração do templo, 34:8-13. c. O Livro da Lei é encontrado, 34:14-19. d. A profecia de 1-tulda, 34:20-28.

e. A leitura da lei e a renovação da aliança, 34:29-33. f. A Páscoa é celebrada, 35:1-19. g. A morte de Josias, 35:20-27. 17. Jeoacaz, 36:1-4. 18. Jeoaquim, 36:5-8. 19. Joaquim, 36:9, 10. 20. Zedequias e a queda de Judá, 36: J 1-21. a. Pecado e rebelião, 36:1 J-13.

b. Transgressão dos governantes e do povo, 36: 14-16. c. O cativeiro em Babilônia, 36:17-21.

~._ E. Epílogo; Ciro põe fim ao cativeiro, 36:22, 23.

(17)

CAPÍTULO

1

1 Descendentes de Adão até Noé. 5 Os filhos de ]afé. 8 Os filhos de Cam. 17 Os filhos de Sem. 24 Descendentes de Sem até Abraão. 29 Os filhos de Ismael.

32 Os filhos de Quetura. 34 A posteridade de Abraão por meio de Esaú. 43 Os reis de Edom. 51 Os príncipes de Edom. 1 Adão, Sete, Enos,

2 Cainã, Maalalel, Jarede, 3 Enoque, Metusalém, Lameque, 4 Noé, Sem, Cam e Jafé.

5 Os filhos de Jafé foram: Comer, Magogue, Madai, Javã, Tuba!, Meseque e Tiras.

6 Os filhos de Comer: Asquenaz, Rifate e Togarma.

7 Os filhos de Javã: Elisá, Társis, Quitim e Rodanim.

8 Os filhos de Cam: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã.

9 Os filhos de Cuxe: Sebá, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá; os filhos de Raamá: Sabá e Dedã. 10 Cuxe gerou a Ninrode, que começou a ser poderoso na terra.

11 Mizraim gerou a Ludim, a Anamim, a Leabim, a Naftuim,

12 a Patrusim, a Casluim (de quem desce n-dem os filisteus) e a Caftorim.

13 Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, a Hete,

14 aos jebuseus, aos amorreus, aos girgaseus, 15 aos heveus, aos arqueus, aos sineus, 16 aos arvadeus, aos zemareus e aos hamateus.

17 Os filhos de Sem: Elão, Assur, Arfaxade, Lude, Arã, Uz, Hul, Ceter e Meseque.

18 Arfaxade gerou a Selá, e Selá gerou a Héber.

19 A Héber nasceram dois filhos: o nome de um foi Pelegue, porquanto, nos seus dias, se repartiu a terra; e o nome de seu irmão era Joctã.

20 Joctã gerou a Almodá, a Salefe, a Haza r-Mavé, a Jerá,

21 a Hadorão, a Uzal, a Dicla, 22 a Ebal, a Abimael, a Sabá,

23 a Ofir, a Havilá e a Jobabe; todos estes eram filhos de Joctã.

24 Sem, Arfaxade, Selá, 25 Héber, Pelegue, Reú, 26 Serugue, Naor, Tera 27 e Abrão, que é Abraão.

28 Os filhos de Abraão: !saque e Ismael. 29 São estas as suas gerações: o primogênito de Ismael foi Nebaiote, depois Quedar, Adbeel, Mibsão,

30 Misma, Dumá, Massá, Hadade, Temá, 31 Jetur, Nafis e Quedemá; estes foram os filhos de Ismael.

32 Quanto aos filhos de Quetura, concubi-na de Abraão, esta deu à luz a Zinrã, a Jocsã, a Medã, a Midiã, a lsbaque e a Sua. Os filhos de Jocsã: Sabá e Dedã.

33 Os filhos de Midiã: Efa, Éfer, Enoque, Abida e Elda; todos estes foram filhos de Quetura.

34 Abraão, pois, gerou a lsaque. Os filhos de !saque: Esaú e Israel.

35 Os filhos de Esaú: Elifaz, Reuel, Jeús, Jalão e Coré.

36 Os filhos de Elifaz: Temã, Ornar, Zefi, Caetã, Quenaz, Timna e Amaleque.

37 Os filhos de Reuel: Naate, Zerá, Samá e l\llizá.

38 Os filhos de Seir: Lotã, Sobal, Zibeão, Aná, Diso, Eser e Disã.

39 Os filhos de Lotã: Hori e Homã; e a irmã de Lotã foi Timna.

121

40 Os filhos de Sobal eram Aliã, Manaate, Ebal, Sefô e Onã. Os filhos de Zibeão: Aías e Aná. 41 O filho de Aná: Disom. Os filhos de Disom: Hanrão, Esbã, Itrã e Querã.

(18)

1:1 COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA 43 São estes os reis que reinaram na terra de

Edom, antes que houvesse rei sobre os filhos de Israel: Bela, filho de Beor, e o nome da sua cidade era Dinabá.

44 Morreu Bela, e em seu lugar reinou Joba-be, filho de Zera, de Bozra.

45 Morreu Jobabe, e em seu lugar reinou Husão, da terra dos temanitas.

46 Morreu Husão, e em seu lugar reinou Ha-~"' dade, filho de Bedade; este feriu a Midiã no

cam-po de Moabe; o nome da sua cidade era Avite. 47 Morreu Hadade, e em seu lugar reinou Samlá, de Masreca.

48 Morreu Samlá, e em seu lugar reinou Saul, de Reobote, junto ao Eufrates.

1. Adão, Sete, Enos. O livro das Crônicas se inicia de forma abrupta com uma lista de nomes, começando com o primeiro homem, Adão. Não se declara o propósito dessa lista, mas o objetivo era evi-dentemente traçar a história do povo de Deus desde o início até a queda de Israel e Judá e a restauração após o exílio babilônico. As dez gerações desde Adão até Noé são alis-tadas nos v. 1 a 4. Os nomes são os mesmos que estão em Gênesis 5. Contudo, o registro está bem abreviado, tendo sido apresentado da forma mais reduzida possível.

5. Os filhos de Jafé. Os v. 5 a 23 são um resumo das informações genealógicas conti-das em Gênesis 10. O relato é comprimido dentro de limites mais estreitos. Omite prin-cipalmente as observações introdutórias e finais e passa por alto as referências ao reino de Ninrode em Babel, bem como a disper-são dos descendentes de Sem e de Cam (ver Gn 10:5, 8-12, 18-20).

Gomer. Ver com. de Gn 10:2; Ez 38:6. É provável que os descendentes de Comer possam ser identificados com os cimérios conhecidos dos gregos, mencionados por Homero (Odisseia, xi.12-19) como habitan-tes do norte; eles são mencionados também

49 Morreu Saul, e em seu lugar reinou Baal -Hanã, filho de Acbor.

50 Morreu Baal-Hanã, e em seu lugar rei -nou Hadade; o nome da sua cidade era Paú, e o de sua mulher era Meetabel, filha de Matrede, filha de Me-Zaabe.

51 Morreu Hadade. São estes os nomes dos príncipes de Edom: o príncipe Timna, o prínci-pe Alva, o prínciprínci-pe Jetete,

52 o príncipe Oolibama, o príncipe Elá, o príncipe Pinom,

53 o príncipe Quenaz, o príncipe Temã, o príncipe Mibzar,

54 o príncipe Magdiel, o príncipe Irão; são estes os príncipes de Edom.

por Heródoto (iv.ll-13) como os primeiros habitantes do que atualmente é o sul da Rússia que foram expulsos pelos citas. Os cimérios foram para a Ásia Menor e, por um tempo, ameaçaram o império assírio, mas foram derrotados por Esar-Hadom. Segundo Assurbanípal, Guggu (Giges), rei da Lídia, derrotou os cimérios, que estavam atormen-tando seu país, mas foi, mais tarde, derrotado pelos mesmos cimérios. Aliates, o bisneto de Giges, que guerreou com Ciáxares, o medo, mais tarde expulsou os cimérios da Ásia (Heródoto, i.l5, 16).

Magogue. Este foi o progenitor de um povo que saiu do norte (Ez 38: 15). Josefo iden-tificou Magogue com os citas (Antiguidades, i.6.1; ver o vol. 4, p. 704, 705, paginação late -ral; ver também com. de Gn 10:2).

Madai. Progenitor dos medos (ver com. de Gn 10:2).

Javã. Foi o progenitor dos jônicos ou gre-gos (ver com. de Gn 10:2; ver também Is 66:19; Ez 27:13; cf. Dn 8:21; 10:20; 11:2; Zc 9:13).

(19)

também com Társis, Javã e Meseque (Ez 27:12, 13) comercializando com Tiro. Tubal e Meseque talvez possam ser identifi-cados com Tahal e Muslú, mencionados com frequência em inscrições assírias, e com os

moschoi (muskis) e tiharenoi (tibarenos) de Heródoto (ííi.94; víí.78; ver também com. de Gn 10:2).

Tiras. Provavelmente foi o progenitor dos tirrenos, que povoaram a costa do mar Egeu (Heródoto, i.57, 94; ver também com. de Gn 10:2).

6. Asquenaz. Foi o progenitor de um povo que viveu ao sudeste do lago Urmia (ver com. de Jr 51:27; ver também com. de Gn 10:3.).

7. Elisá. O patriarca dos habitantes de "ilhas" ou costas (possivelmente Sicília, sul da Itália ou Sardenha) que forneciam azul e púrpura no seu comércio com Tiro (Ez 27:7). Essas tinturas eram obtidas de certos tipos ~~de mariscos (ver também com. de Gn 10:4). Társis. O nome é agora comumente identificado com Tartessos, na Espanha (ver com. de Gn 10:4; ver também 1Rs 10:22; 22:49; 1Cr 7:10; SI 48:7; Is 2:16; 23:1, 14; 60:9; 66:19; Jr 10:9; Ez 27:12, 25; Jn 1:3).

Quitim. Provavelmente, a ilha de Chipre (ver com. de Gn 10:4; ver também Nm 24:24; Ez 27:6).

Rodanim. É provável que seus descen-dentes fossem os habitantes da ilha grega de Rodes (ver com. de Gn 10:4).

8. Cuxe. Os cuxitas habitavam a Núbia, agora parte do Sudão, chamado de Etiópia no mundo antigo (ver com. de Gn 10:6).

Mizraim. Nome hebraico para a terra ou os povos do Egito (ver com. de Gn 10:6). Pute. Talvez deva ser identificado com os habitantes da terra de Pute (ver com. de Gn 10:6; cf. Jr 46:9; Ez 27:10; 30:5; 38:5; Na 3:9).

Canaã. Há muitas evidências de uma relação antiga entre Canaã e o Egito (ver com. de Gn 10:6).

9. Os filhos de Cuxe. Estes estavam no sudoeste da Arábia (ver com. de Gn 10:7). 10. Cuxe gerou a Ninrode. Miqueias 5:6 fala da Assíria como "a terra de Ninrode". Os habitantes primitivos da Mesopotâmia eram provavelmente descendentes de Cam (ver com. de Gn 10:8-11).

11. Ludim. Este povo, relacionado com os egípcios (ver Jr 46:9; Ez 30:5), pode ter sido os lídios (ver com. de Gn 10:13).

12. Patrusim. É provável que fossem os habitantes de Patros ou alto Egito (ver com. de Gn 10:14; cf. Is 11:11; Jr 44:1, 15; Ez 29:14; 30:14).

Caftorim. Um povo que saiu de Caftor (Dt 2:23), identificada em geral com Creta. Alguns creem que a frase anterior: "de quem descendem os filisteus", provavel-mente, foi colocada no lugar errado e, sem dúvida, deveria estar aqui, pois Caftor é mencionada repetidas vezes como o antigo lar dos filisteus (]r 47:4; Am 9:7; vertam-bém vol. 2, p. 17; ver também com. de Gn 10:14).

13. Sidom, seu primogênito. Sidom foi a cidade mais famosa da Fenícia. Mesmo após Tiro ter se tornado a mais importante, os fenícios ainda eram chamados de sidônios (Dt 3:9; Js 13:6; lRs 11:5; 16:31; Ver também com. de Gn 10:15).

Hete. O pai dos heteus (ver com. de Gn 10:15; ver também vol. 1, p. 109, 136, 137; vol. 2, p. 14, 15).

14. Jebuseus. Os habitantes de Jebus, ou Jerusalém (1Cr 11:4, 5; ver com. de Gn 10:16; também vol. 2, p. 19, 20).

(20)

1:16 COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA que podem ter sido horeus ou hurritas (ver

com. de Js 9:3).

Aos arqueus, aos sineus. Habitantes de duas cidades fenícias (ver com. de Gn 10:17).

16. Arvadeus. Arvade ficava numa ilha próxima à costa fenícia (ver com. de Gn 10:18).

Zemareus. O povo de Simarra, prova

-velmente uma cidade da costa fenícia, não identificada (ver com. de Gn 10:18).

Hamateus. Uma cidade importante

cor-tada pelo rio Orontes (ver com. de Gn 10:18;

ver também vol. 2, p. 70).

17. Filhos de Sem. Entre eles estão a lis-tadas várias nações importantes.

Elão. Este era um país famoso da região

montanhosa ao leste de Babilônia (ver com. de Gn 10:22). Sua capital, Susã, era uma das capitais do império persa na época de Ester (ver com. de Ester 1:2).

Assur. Assíria (ver com. de Gn 10:22). Arfaxade. Ancestral de Abraão (v. 24-27). Não se sabe o local exato ocupado por Arfaxade, mas é provável que tenha sido Arrapachitis (ver com. de Gn 10:22).

Lude. Na Alta Mesopotâmia (ver com.

de Gn 10:22).

Arã. Os arameus, chamados algumas vezes de siros, eram um povo muito impor-tante cuja língua foi basimpor-tante usada na Ásia ocidental (Is 36:11), tanto no comércio como na diplomacia (ver com. de Gn 10:22; ver p. 65-71; ver também vol. 1, p. 5, 6; vol. 2, p. 54-56).

Uz. Ver Gn 36:28; 1Cr 1:42; Jó 1:1; 0~> Jr 25:20; Lm 4:21. Sua localização é incerta (ver com. de Gn 10:23). Jó habitou a terra de Uz (Jó 1:1).

Meseque. Ou, Más (Gn 10:23).

18. Arfaxade gerou a Selá. Os v. 18

a 23 seguem Gênesis 10:24 a 29 quase que exatamente. Entre Arfaxade e Selá, a LXX acrescenta Cainã, em Gênesis 10:24; 11:12 e 13. Esse nome não se encontra no

atual texto hebraico de Gênesis, mas está na genealogia de Cristo (Lc 3:36).

Até aqui foram alistados 14 "filhos de Jafé", 30 "filhos de Cam" e 26 "filhos de Sem", um total de 70 nessa série.

24. Sem, Arfaxade, Selá. Os v. 24 a 27

sintetizam a genealogia de Gênesis 11: 1 O a 26. Nos v. 28 a 42 há uma segunda série de

tribos ou povos, que descendem de Abraão

por meio de Ismael, dos filhos de Quetura e de !saque. Na série anterior, os filhos de Jafé e Cam foram alistados em primeiro lugar, antes dos descendentes de Sem. Portanto, agora, os filhos de Ismael e de Quetura são alistados primeiramente, antes dos de !saque. Dos filhos de !saque, Esaú precede Israel, visto que o cronista tem o propósito de chegar até Israel como o clímax de sua apresentação.

29. Nebaiote. Ver Gn 25:13; 28:9; 36:3;

Is 60:7.

Quedar. Ver Gn 25:13; Is 21:16; 42:11;

60:7; ]r 2:10; 49:28; Ez 27:21. Provavelmente, a tribo de Kidri nas inscrições de Assurbanípal, que habitava o território ao leste de Edom.

Adbeel. Possivelmente uma tribo que

estava próxima da fronteira egípcia (ver com. de Gn 25:13).

30. Hadade. Ou, Hadar (Gn 25:15,

KJV). Provavelmente Hadade esteja correto (ver 1Rs 11:14).

32. Quetura, concubina de Abraão. Em Gênesis 25: l é dito que Abraão casou-se com Quetura, uma observação condizen-te com o que é dito sobre ela em Gênesis 25:6 e neste versículo de Crônicas. A ntiga-mente, uma concubina não era uma compa-nheira ilegítima, mas uma esposa de classe inferior.

Midiã. Ver com. de Gn 25:2.

Dedã. Gênesis 25:3 acrescenta os

nomes de Assurim, Letusim e Leumim como filhos de Dedã.

35. Os filhos de Esaú. Esta lista (~.

35-37) está de acordo com Gênesis 36:10 a 14,

(21)

mas aqui é apresentada de forma bastante abreviada.

36. Temã. Também é o nome de uma

região da Idumeia ou Edom (Jr 49:7, 20; Ez 25:13; Am 1:12; Hc 3:3). Temã era o lar de Elifaz, amigo de Jó (Jó 2:11).

Timna e Amaleque. De acordo com

Gênesis 36:12 Timna era concubina de Elifaz e foi ela que deu à luz um filho cujo nome era Amaleque.

38. Os filhos de Seir. Não há

rela-ção aparente entre essa série e a anterior. Em Gênesis 36:20, Seir é qualificado como "o horeu". Em Josué 7:9, a frase "e todos os moradores da terra" parece indicar os habi-tantes nativos. Os "horeus", ou hurritas, foram os primeiros a habitar a terra antes dos invasores semitas (Dt 2:22; ver com. de Gn 36:20).

39. Homã. Ou, Hemã (Gn 36:22, AA,

KJV). A diferença se deve ao fato de que em Gênesis usa-se um y, ao passo que aqui há um w. As duas letras são tão semelhantes no hebraico, que podem ser facilmente tro-cadas. Portanto, pela mesma razão, Oba! de Gênesis 10:28 é referido como Ebal no v. 22 deste capítulo. Variações desse tipo são inú-meras. Por exemplo, há Zefi (v. 36) e Aliã (v. 40) no lugar de Zefô (Gn 36:11) e Alvã (Gn 36:23).

41. Hanrão. Do heb. Chamran. O nome

ocorre em Gênesis 36:26 como chemda. No hebraico consonantal a diferença é de ape-nas uma letra, um r em Crônicas que toma o lugar de um d em Gênesis. No hebraico, essas duas letras são muito similares e podem ser trocadas facilmente.

42. Jaacã. Ou, Acã (Gn 36:27). A

dife-rença, neste caso, provavelmente resultou do fato de que em Gênesis o nome Acã

é precedido pela conjunção e , que no hebraico é expressa simplesmente colo-cando-se a letra w como prefixo de uma palavra. Esse w que assume o lugar da con-junção "e" pode ter sido interpretado por algum escriba como um y.

As inúmeras variações nas formas de muitos nomes em Crônicas, ainda que se devam, em parte, a confusões de uma letra por outra em listas escritas a mão, não são todas necessariamente erros de tr anscri-ção. Às vezes, não só se davam nomes dife-rentes a uma mesma pessoa, mas parece·~

que havia diferentes formas de se esc re-ver em nomes antigos, como também se pode observar em registros extrabíbli-cos. O rei persa conhecido pelos judeus como 'Ahashwerosh, (na ARA, Assuero, segundo a forma latina), e, pelos gregos, como Xerxes, era conhecido na Pérsia como Khshayarsha, e seu nome era escrito em documentos de outras partes de seu império como Achshiyarshu, Achshirnarshu, Hislúyarshu, etc. Os egípcios, o chama- -vam de Chsharsha, Chshayarsha, etc. Além disso, o pai de Xerxes, a quem c ha-mamos Dario (forma latina), era Dareios para os gregos, Daryavesh para os judeus, Tariyarnaush para os de Susã, Dariymnush para os babilônios e Darayavaush para os persas. Às vezes, a mesma pessoa era cha-mada de diferentes nomes sem qualquer relação entre si; o usurpador que se fez passar por Bárdia, o irmão de Cambises e cujo nome verdadeiro era Gaumata, era chamado Esmérdis pelos escritores gregos.

125

43. São estes os reis. As listas de an

(22)

2:1 COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA

CAPÍTULO

2

1 Os filhos de Ismel. 3 Os descendentes de ]udá por meio de Tamar. 13 Os filhos de ]essé. 18 A posteridade de Calebe,filho de Hezrom. 21 A posteridade de Hezrom por

meio da filha de Maquir. 25 A posteridade de Jerameel. 34 A posteridade de Sesã. 42 Outro ramo da posteridade de Calebe. 50 Os descendentes de Hur. São estes os filhos de Israel: Rúben,

Simeão, Levi, Judá, Issacar, Zebulom,

2 Dã, José, Benjamim, Naftah, Gade e Aser. 3 Os filhos de Judá: Er, Onã e Selá; estes três lhe nasceram de Bate-Sua, a cananeia. Er, o primogênito de Judá, foi mau aos olhos do SENHOR, pelo que o matou.

4 Porém Tamar, nora de Judá, lhe deu à luz a Perez e a Zera. Todos os filhos de Judá foram cinco.

5 Os filhos de Perez: Hezrom e Hamul. 6 Os filhos de Zera: Zinri, Etã, Hemã, Calco! e Dara, cinco ao todo.

7 Os filhos de Carmi: Acar, o perturbador de Israel, que pecou na coisa condenada.

8 O filho de Etã: Azarias.

9 Os filhos de Hezrom, que lhe nasceram: Jerameel, Rão e Quelubai.

lO Rão gerou a Aminadabe; Aminadabe gerou a Naassom, príncipe dos filhos de Judá;

11 Naassom gerou a Salma, e Salma gerou a Boaz;

12 Boaz gerou a Obede, e Obede gerou a Jessé;

13 Jessé gerou a Eliabe, seu primogênito, a Abinadabe, o segundo, a Simeia, o terceiro,

14 a Natanael, o quarto, a Radai, o quinto, 15 a Ozém, o sexto, e a Davi, o sétimo. 16 As irmãs destes foram Zeruia e Abigail. Os filhos de Zeruia foram três: Abisai, Joabe e Asa e!.

17 Abigail deu à luz a Amasa; e o pai de Amasa foi }éter, o ismaelita.

18 Calebe, filho de Hezrom, gerou filhos de Azuba, sua mulher, e de Jeriote; foram estes os filhos desta: Jeser, Sobabe e Ardom.

19 Morreu Azuba; e Calebe tomou para si a Efrata, da qual lhe nasceu Hur.

20 Hur gerou a Uri, e Uri gerou a Bezalel.

21 Então, Hezrom coabitou com a filha de Maquir, pai de Gileade; tinha ele sessenta anos quando a tomou, e ela deu à luz a Segube.

22 Segube gerou a Jair, que teve vinte e três cidades na terra de Gileade.

23 Gesur e Arã tomaram as aldeias de Jair, juntamente com Quenate e suas aldeias, a saber, sessenta lugares; todos estes foram filhos de Maquir, pai de Gileade. -<~8

24 Depois da morte de Hezrom, em Calebe -Efrata, Abia, mulher de Hezrom, lhe deu a Azur, pai de Tecoa.

25 Os filhos de Jerameel, primogênito de Hezrom, foram: Rão, o primogênito, Buna, Orém, Ozém e Aías.

26 Teve Jerameel outra mulher, cujo nome era Atara; esta foi a mãe de Onã.

27 Os filhos de Rão, primogênito de Jerameel, foram: Maaz, Jamim e Equer.

28 Foram os filhos de Onã: Samai e Jada; e os filhos de Samai: Nadabe e Abisur.

29 A mulher de Abisur chamava-se Abiail e lhe deu a Abã e a Molide.

30 Os filhos de Nadabe: Selede e Apaim; e Selede morreu sem filhos.

31 O filho de Apaim: lsi; o filho de lsi: Sesã. E o filho de Sesã: Alai.

32 Os filhos de Jada, irmão de Samai, foram: ]éter e Jônatas; e Jéter morreu sem filhos.

33 Os filhos de Jônatas: Pelete e Zaza; estes foram os filhos de Jerameel.

34 Sesã não teve filhos, mas filhas; e tinha Sesã um servo egípcio, cujo nome era Jara.

35 Deu, pois, Sesã sua filha por mulher a Jara, a quem ela deu à luz Atai.

(23)

39 Azarias gerou a Heles, e Heles, a Eleasa. 40 Eleasa gerou a Sismai, e Sismai, a Salum. 41 Salum gerou a Jecamias, e Jecamias, a Elisama.

42 O primogênito de Calebe, irmão de Jerameel, foi Maressa, que foi o pai de Zife; o filho de Maressa foi Abi-Hebrom.

43 Os filhos de Hebrom: Coré, Tapua, Requém e Sema.

44 Sema gerou a Raão, pai de Jorqueão; e Requém gerou a Samai.

45 O filho de Samai foi Maom; e Maom foi o pai de Bete-Zur.

46 Efá, a concubina de Calebe, deu à luz a

Harã, a Mosa e a Gazez; e Harã gerou a Gazez.

47 Os filhos de Jadai: Regém, Jotão, Gesã, Pelete, Efá e Saafe.

48 De Maaca, concubina, gerou Calebe a Seber e a Tiraná;

1. Os filhos de Israel. Com exceção de Dã, os filhos de Jacó são alistados na sequê n-cia em que ocorrem em Gênesis 35:23 a 26 e em Êxodo !: 1 a 4, omitindo-se José. A ordem está como se segue: primeiramente, os seis filhos de Lia, a primeira esposa; depois, fora de ordem, Dã; em seguida, os dois filhos de Raquel, a segunda esposa; e depois o outro filho de Bila, a primeira concubina; e por último, os dois filhos de Zilpa, a segunda concubina. Em vez de ocorrer na ordem em que seu nome seria alistado como o primeiro filho de Bila, Dã é apresentado depois dos seis filhos de Lia. Essa é a posição que seu nome ocupa entre os filhos de Jacó quando a bênção profética foi pronunciada por ele antes de morrer (Gn 49:16; ver Gn 46:8-25; Nm 1:5-15, 20-47; 13:4-15; 26:5-48; Dt 33:6-24 para conferir outras listas em que ocor-rem esses nomes).

~.. 3. Os filhos de Judá. Os nomes dados nesta passagem estão em harmonia com os de Gênesis 38, embora o relato aqui esteja bem resumido.

49 Maaca deu à luz também a Saafe, pai de Madmana, e a Seva, pai de Macbena e de Gibeá; e Acsa foi filha de Calebe.

50 Estes foram os filhos de Calebe. Os fi -lhos de Hur, primogênito de Efrata, foram: Sobal, pai de Quiriate-Jearim,

51 Salma, pai dos belemitas, e Harefe, pai de Bete-Gader.

52 Os filhos de Sobal, pai de Quiriate-Jearim, foram: Haroé e Hazi-Hamenuote.

53 As famílias de Quiriate-Jearim foram: os itritas, os puteus, os sumateus e os misraeus; destes procederam os zoratitas e os estaoleus.

54 Os filhos de Salma: Belém e os netofati-tas, Atrote-Bete-Joabe e Hazi-Hamanaate, zoreu.

55 As famílias dos escribas que habitavam

em Jabez foram os tiratitas, os simeatitas e os

sucatitas; são estes os queneus, que vieram de Hamate, pai da casa de Recabe.

Er, o primogênito. Comparar com Gn 38:7.

Pelo que o matou. A inclusão desta declaração do relato original (ver Gn 38:7) está em harmonia com o propósito do cro-nista de apresentar um relato que mostra as terríveis consequências do pecado e as recompensas da retidão.

6. Os filhos de Zera. Daqui em diante, apresentam-se informações que não ocorrem antes no registro bíblico.

Zinri. Em Josué 7:1, este nome

ocorre como Zabdi, na genealogia de Acã. No hebraico, o m é facilmente confundido com o h, e o r com o d, por isso zmr e zbd parecem quase idênticos (sobre essas letras hebraicas, ver Guia de Transliteração na p. xxi).

7. Os filhos de Carmi. Carmi, pai de Acã, era filho de Zabdi (Js 7:1) ou Zinri (v. 6), mas o cronista omitiu essa informação nesta passagem.

(24)

2:9 COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA detalhes são passados por alto; e, em razão

disso, às vezes, chegam-se a conclusões incorretas. Sendo assim, Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zera, era um zeraíta (Js 7:18), mas, emJosué 7:24, ele é simplesmente mencionado como o filho de Zera. O uso de palavras como "filho" na Bíblia deve ser entendido com base no que o escritor queria dizer na língua original, que em geral é diferente do emprego moderno (ver vol. 1, p. 159, 160, 165).

O emprego da palavra "filho" no lugar de "neto" é comum na Bíblia. Por exem-plo, Jeú, filho de Josafá, filho de Ninsi (2Rs 9:2, 14) é chamado "o filho de Ninsi" (lRs 19:16). Outros exemplos típicos são Azarias (lRs 4:2; cf. 1Cr 6:8-10) e Quis (lSm 9:1; 14:51; cf. 1Cr 8:33; 9:39). Atalia é um exemplo de uma neta chamada de filha (2Rs 8:18, 26). Também há casos em que os filhos de uma filha são chama-dos de filhos (Gn 31:43, 55; 1Cr 2:21-23). O termo "filho" também se aplica, como no caso de Acã (ver com. do v. 7), a de s-cendentes mais distantes: Esdras é cha-mado de filho de Seraías (Ed 7:1), mas Seraías morreu 130 anos antes de Esdras ter começado sua obra em Jerusalém (ver 1Cr 6:14; 2Rs 25:18-21). A genea-logia de Esdras (Ed 7:1-5), como tantas outras, omite nomes. Em outras listas, até mesmo "gerou" pode significar "foi ante-passado de", como por exemplo, na lista das 14 gerações em Mateus (1:1-17; ver vol. 1, p. 159, 160). Frases como "filho de Davi" e "filho de Abraão" são mais exemplos de "filho", que significa apenas "descendente". Outras expressões hebrai-cas de parentesco também têm significado amplo. Jacó e Labão, na realidade sobrinho e tio, e também Ló e Abraão, são chama-dos de irmãos (Gn 13:8; 14:14, ARC; ver com. de Gn 29:12). A dúvida se Hobabe é sogro ou cunhado de Moisés (para essa discussão, ver com. de Nm 10:29; Jz 4: 11)

resulta do emprego de determinada pala-vra do hebraico que tem um sentido de parentesco por casamento, mas sem especificá-lo. Da mesma forma, "prima" (ARC) em Lucas 1:36, traduz uma pala-vra grega que significa apenas "parenta" (ARA). Não é possível esclarecer as rela-ções familiares exatas de todas as genea-logias da Bíblia, nem é importante fazê-lo. O leitor moderno que busca exatidão lite-ral deve evitar rotular como discrepâncias algo que, com uma pesquisa mais atenta, pode ser provado como mero hábito antigo de se usar uma palavra num sentido mais geral do que é comum atualmente.

O perturbador. Talvez aqui haja um jogo de palavras. "Acar" vem do heb. 'ahar, que, segundo alguns estudiosos, significa "perturbar"; segundo outros, "converter em tabu", "expulsar da relação [social]". Josué se dirigiu a Acã com a pergunta: "Por que nos conturbaste?" (Js 7:25). Acã foi morto num lugar chamado "vale de Acor [perturbação]" (Js 7:24, 26).

9. Os filhos de Hezrom. O clã de Hezrom era evidentemente importante den-tre os descendentes de Judá, pois os v. 9 a 55 deste capítulo são dedicados aos descenden-tes de Hezrom.

Jerameel. Embora Jerameel seja men-cionado com frequência nesta genealogia (v. 9, 25-27, 33, 42), seu nome não ocorre em nenhum outro lugar do AT exceto quando seus descendentes, os jerameelitas, são cita-dos em 1 Samuel 27:10 e 30:29 como habi-tantes do sul de Judá. Mencionam-se duas outras pessoas com este nome (1Cr 24:29;

Jr 36:26). <~~Si

Rão. Jerameel também teve um filho

com este nome (lCr 2:25). Contudo, o Rão citado aqui (Rt 4:19; Mt 1:3; Lc 3:33) era filho de Hezrom.

Quelubai. Provavelmente, um termo que designava o clã de Calebe, filho de Hezrom (v. 18).

Referências

Documentos relacionados

A relação entre esta geração e a produção cultural brasileira vem sendo investigada por Marcelo Ridenti, autor de obras importantes sobre o tema, tais como o recente

Paralelamente às ações desenvolvidas junto á empresa privada, ações externas deve ser implantadas para garantir o ingresso efetivo de pessoas deficiente no mercado

Colégio de Aplicação da Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia Endereço: Adutora São Pedro, 40 - Campus Educação Física - Bairro Aparecida..

EBERT,LEONIE RFV Holzhausen u.U.e.V... RV

lindeiros precisam subir dois quilômetros até o trevo próxi- mo à PRF, passar pelo pedágio, ir a Marialva ou Maringá e, na volta, precisam dirigir dez qui- lômetros a mais

2.6 A relação dos candidatos que efetuaram o pagamento da taxa de inscrição e o horário que o candidato deverá se apresentar para a realização da prova remota, incluindo o tempo

O Presidente da Comissão Permanente de Licitações do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul, no uso de suas atribuições legais, torna público o resultado

Sabemo-lo porque testámos o sistema de arrumação enchendo as prateleiras com sacos de cimento, para garantir que conseguem suportar quase tudo o que possa imaginar.. Quer seja