• Nenhum resultado encontrado

INFORMATIVO CEPEA - Setor Florestal. N o 237 Setembro 2021

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "INFORMATIVO CEPEA - Setor Florestal. N o 237 Setembro 2021"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

1

Setor Florestal

No 237 Setembro

2021

PREÇOS DE PRANCHAS DE ESSÊNCIAS NATIVAS TÊM ALTAS EXPRESSIVAS EM

CERTAS REGIÕES DE SÃO PAULO

(2)

2

EXPEDIENTE

ELABORAÇÃO

Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea- Esalq/USP) – Economia Florestal

SUPERVISÃO

Prof. Dr. Carlos José Caetano Bacha

DOUTORANDO EM ECONOMIA APLICADA Felipe José Gurgel do Amaral

EQUIPE DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO Dirceu Carriel

João Vitor de Souza Raimundo Maria Clara Georgette Marina Messias

CEPEA.

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte dessa publicação pode ser reproduzida ou transmitida sob nenhuma forma ou qualquer meio, sem permissão expressa por escrito. As informações deste Boletim são para uso acadêmico e não comercial e/ou financeiro.

Retransmissão por fax, e-mail ou outros meios, os quais resultem na criação de uma cópia adicional é ilegal.

CEPEA – CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA

Avenida Pádua Dias, 11 – 13400-970 – Piracicaba-SP Fones: (19) 3429-8815/3447-8604

www.cepea.esalq.usp E-mail: florestal@usp.br

Este boletim traz informações sobre os preços médios vigentes para os produtos florestais madeireiros em São Paulo e no Pará nos meses de agosto e setembro de 2021.

Em São Paulo, houve, no período analisado, algumas variações de preços de madeiras in natura e semiprocessadas de Eucalipto e Pinus em ambos sentidos (positivas e negativas). Essas variações ocorreram, em especial, nas regiões de Itapeva, Sorocaba, Marília e Bauru.

Entre as madeiras in natura, as principais alterações de preços foram: quedas nos preços médios do estéreo da tora em pé de Pinus para processamento em serraria, do estéreo da lenha em pé de Pinus, do estéreo em pé de Eucalipto para a produção de celulose e aumento no preço médio do estéreo da tora em pé de Eucalipto para processamento em serraria na região de Sorocaba; e diminuição no preço médio do estéreo da lenha em pé de Eucalipto na região de Itapeva.

Entre as madeiras semiprocessadas de Eucalipto e de Pinus, ocorreram em setembro, frente às suas cotações de agosto, as seguintes alterações: redução nos preços do metro cúbico do sarrafo de Pinus e do metro cúbico da prancha de Pinus na região de Bauru; queda de no preço médio do metro cúbico do Eucalipto tipo viga e alta no preço médio do metro cúbico da prancha de Pinus na região de Marília; alta nos preços médios do metro cúbico do Eucalipto tipo viga, do metro cúbico da prancha de

Eucalipto e do metro cúbico da prancha de Pinus e decréscimo no preço médio do metro cúbico do sarrafo de Pinus na região de Sorocaba.

No Estado de São Paulo houve em setembro, frente a agosto, fortes alterações nos preços do metro cúbico das pranchas de essências nativas. Destaque para o aumento nos preços do metro cúbico das pranchas de Angelim Pedra e de Ipê em Bauru.

No Estado do Pará, quando comparado o mês de setembro ao mês de agosto, houve variações nos preços do metro cúbico de algumas das pranchas e toras de essências nativas. Destaque para a elevação nos preços das toras de Angelim Vermelho, Angelim Pedra e Cumaru.

O preço médio lista em dólar da tonelada de celulose de fibra curta tipo seca no mercado doméstico em outubro de 2021 apresentou estabilidade em relação ao valor vigente no mês de setembro, permanecendo em US$ 1.140,00.

O preço em reais do papel offset em bobina se manteve estável no mesmo período, sendo este de R$ 5.555,42 por tonelada.

O valor total em dólar das exportações brasileiras de produtos florestais apresentou queda de 8,6% no mês de setembro de 2021 em comparação ao valor exportado no mês de agosto do mesmo ano. Esse desempenho foi resultado de uma redução nas exportações de madeiras e obras de madeira (6,7%) e de papel e celulose (9,6%) nesse período.

(3)

ESPÉCIE

A Araucária angustifolia, diversificação brasileira do gênero Araucariácea, é uma espécie nativa do Sul e Sudeste do Brasil, com grande ocorrência natural, no passado, no estado do Paraná. A espécie se encontra, atualmente, em risco de extinção, havendo apenas de 1% a 4% da mata original. A espécie se adapta em áreas com altas altitudes do Sul e Sudeste brasileiro, desenvolvendo-se, assim, em clima subtropical.

As árvores desta espécie podem crescer até 50 metros, com seus troncos chegando a até 2 metros de diâmetro à altura do peito humano. Sua característica principal é ter sua copa localizada unicamente no topo da árvore e com os galhos voltados para cima. Suas sementes são comestíveis e elas são conhecidas popularmente como pinhão. Em decorrência da espécie ser localizada em regiões com baixas temperaturas, a árvore não floresce, sendo ela considerada uma gimnosperma.

A araucária pode ser utilizada economicamente e ecologicamente na restauração das florestas ameaçadas. Sua madeira pode ser utilizada para a produção de lápis, ripas e caixas, por exemplo. E seus frutos podem ser comercializados. Durante as seis primeiras décadas do século XX, a espécie foi de grande importância para a indústria madeireira da região Sul, sendo motivo de desenvolvimento na região. Agora, ameaçada de extinção, órgãos como a EMBRAPA estão trabalhando para a preservação e clonagem em massa dos exemplares nativos ainda existentes, estimulando a produção e maximização das florestas. O pássaro Gralha-azul (Cyanocorax caeruleus) também é um agente que auxilia na proliferação das sementes, sendo, assim, um fator que influencia diretamente na

disseminação da espécie.

Referências:

GIBINSKI, R; KRUPEK, R. A. Influência de diferentes fatores sobre a predação de sementes de Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze. Acta Biológica Catarinense; Jan-Jun, 2016.

MANTOVANI, A; MORELLATO, L. P. C;

REIS, M. S. dos. Fenologia reprodutiva e produção de sementes em Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze. Revista Brasil. Bot., V.27, n.4, p.787-796, out.- dez.

2004.

SANTOS, V. S. dos. Araucária. Brasil Escola

- 2014. Disponível em:

https://brasilescola.uol.com.br/biologia/araucar ia.htm. Acesso em 02 de outubro de 2021.

WENDLING, I. Silvicultura clonal de araucária. EMBRAPA: Embrapa Florestas,

mai. 2017. Disponível em:

https://www.embrapa.br/busca-de-projetos/- /projeto/210376/silvicultura-clonal-de-

araucaria. Acesso em 02 de outubro de 2021.

Araucária

(Araucária angustifolia)

3

Fonte: Retirada do site Brasilescola. Disponível em:

https://brasilescola.uol.com.br/biologia/araucaria.ht m. Acesso em: 06 de outubro de 2021.

(4)

4

MERCADO INTERNO – ESTADO DE SP

As coletas de preços de madeiras in natura e semiprocessadas de Eucalipto e de Pinus, bem como dos preços de pranchas de essências nativas para o Estado de São Paulo, abrangem as regiões de Bauru, Campinas, Itapeva, Marília e Sorocaba.

No mês de setembro de 2021, quando comparado ao mês de agosto, os preços das madeiras in natura e semiprocessadas de eucalipto e de pinus apresentaram alterações em ambos sentidos (negativas e positivas), variando segundo o produto e a região considerados. Essas variações ocorreram, em especial, nas regiões de Itapeva, Sorocaba, Marília e Bauru.

Entre as madeiras in natura prevaleceram quedas de preços. Na região de Sorocaba ocorreram queda de 10% nos preços médios do estéreo da tora em pé de Pinus para processamento em serraria, redução de 10% no preço do estéreo da lenha em pé de Pinus e queda de 3% preço do estéreo em pé de Eucalipto para a produção de celulose. Nesta região, houve, também, aumento de 10% no preço médio do estéreo da tora em pé de Eucalipto para processamento em serraria. Na região de Itapeva houve diminuição de 10% no preço médio do estéreo da lenha em pé de Eucalipto e empilhada na fazenda.

Flutuações mistas de preços

ocorreram, principalmente, entre as madeiras semiprocessadas de Eucalipto e de Pinus. Na região de Bauru ocorreram em setembro, frente às suas cotações de agosto, redução de 2% nos preços do metro cúbico do sarrafo de Pinus e 1% do metro cúbico da prancha de Pinus. Na região de Marília houve queda de 10% no preço médio do metro cúbico do Eucalipto tipo viga e alta de 3% no preço médio do metro cúbico da prancha de Pinus, Na região de Sorocaba houve alta de 3% nos preços médios do metro cúbico do Eucalipto tipo viga, de 4,5% no preço médio do metro cúbico da prancha de Eucalipto, de 50% no preço do metro cúbico da prancha de Pinus e decréscimo de 9,9% no preço médio do metro cúbico do sarrafo de Pinus.

As diferenças entre os preços mínimos e médios apresentaram-se elevadas para alguns produtos no mês de setembro. Por exemplo, o diferencial dos preços mínimo e médio do metro cúbico da prancha de Pinus apresentou variação de 25% na região de Campinas; e as diferenças entre os preços mínimo e médio do metro cúbico da prancha de Eucalipto nas regiões de Bauru e Sorocaba foram, respectivamente, 90% e 45%.

(5)

5 Gráfico 1 - Preço médio do estéreo da tora em pé de pinus para processamento em serraria na região de Sorocaba/SP

Fonte: CEPEA

Gráfico 2 - Preço médio do metro cúbico da prancha de pinus na região de Sorocaba/SP

Fonte: CEPEA

58,00 60,00 62,00 64,00 66,00 68,00 70,00 72,00

jul/21 ago/21 set/21

Reais/st

Mês

0,00 200,00 400,00 600,00 800,00 1000,00 1200,00 1400,00

jul/21 ago/21 set/21

Reais por

Mês

(6)

6

MERCADO INTERNO – ESTADO DE SP

Em setembro de 2021 (quando comparado a agosto) aconteceram expressivas alterações nos preços de madeiras serradas de essências nativas em algumas regiões do Estado de São Paulo. A maioria dessas alterações foram positivas, mas houve também queda do preço das madeiras serradas de peroba em Marília, voltando seus valores a patamares condizentes com os vigentes em outras praças.

A região com maiores elevações de preços de madeiras serradas de espécies nativas foi Bauru, com os preços médios do metro cúbico das pranchas de Angelim Pedra

subindo 75%; de Ipê, 45,45%; de Angelim Vermelho, 40%; de Jatobá, 16,7%; de Maçaranduba, 16,7%; e de Peroba, 16,2%.

O preço médio do metro cúbico da prancha de Peroba na região de Sorocaba aumentou em 6,3%, enquanto na região de Marília este preço caiu em 31% em setembro frente a sua cotação de agosto.

Os preços médios do metro cúbico das pranchas de essências nativas comercializadas na região de Campinas não sofreram modificações em setembro quando comparados a seus valores vigentes em agosto.

Gráfico 3 –Preço médio do metro cúbico da prancha de Ipê na região de Bauru/SP

Fonte: CEPEA

0,00 2000,00 4000,00 6000,00 8000,00 10000,00 12000,00 14000,00 16000,00 18000,00

jul/21 ago/21 set/21

Reais por

Mês

(7)

7

MERCADO INTERNO – ESTADO DO PARÁ

Os preços do metro cúbico das pranchas e toras de essências nativas no Estado do Pará no mês de setembro, quando comparados aos vigentes em agosto de 2021, apresentaram variações importantes quando analisadas algumas espécies específicas.

No tocante às pranchas nativas, observa- se que os preços médios do metro cúbico das pranchas de Jatobá e Cumaru apresentaram altas de 3,13% e 1,2%, respectivamente. Por outro lado, o preço médio do metro cúbico da prancha de Maçaranduba registrou queda de 2,56%. Os preços médios do metro cúbico das demais pranchas se mantiveram constantes no

período considerado.

Salienta-se que as maiores altas relativas de preços no Estado do Pará foram registradas para algumas toras de essências nativas. Os preços médios do metro cúbico das toras de Angelim Pedra, de Angelim Vermelho e de Cumaru apresentaram consideráveis aumentos de 16,7%, 50% e 40%, respectivamente, em setembro frente aos preços vigentes no mês de agosto desse ano. Os preços médios do metro cúbico das toras de Jatobá e de Maçaranduba não apresentaram variações no período considerado.

Gráfico 4 –Preço médio do metro cúbico da prancha de Jatobá na região de Paragominas/PA

Fonte: CEPEA

Gráfico 5 –Preço médio do metro cúbico da prancha de Angelim Vermelho na região de Paragominas/PA

Fonte: CEPEA

3140,00 3160,00 3180,00 3200,00 3220,00 3240,00 3260,00 3280,00 3300,00 3320,00

jul/21 ago/21 set/21

Reais por m³

Mês

0,00 200,00 400,00 600,00 800,00 1000,00 1200,00 1400,00 1600,00 1800,00 2000,00

jul/21 ago/21 set/21

Reais por m³

Mês

(8)

8

MERCADO DOMÉSTICO PAPEL E CELULOSE

Tabela 1Preços médios no atacado da tonelada de celulose e papel em São Paulo em agosto e setembro de 2021

Fonte: CEPEA. Nota: os preços acima incluem frete e impostos e são para pagamento a vista. Preço lista para a celulose e preço com desconto para os papéis.

A = papel com gramatura igual ou superior a 70 g/m²

No mês de outubro de 2021, o preço lista em dólar da tonelada de celulose de fibra curta tipo seca, que é comercializada no mercado doméstico brasileiro, apresentou estabilidade em relação ao seu valor vigente no mês de setembro de 2021 (em ambos meses, este preço lista foi de US$ 1.140 por tonelada). Pratica- se, no Brasil, o mesmo preço lista

vigente na Europa.

Concomitantemente a isso, a taxa de câmbio apresentou aumento de

0,55% nos cinco primeiros dias do mês de outubro (R$ 5,279 por cada dólar) frente ao mesmo período do mês anterior (R$ 5,25 por cada dólar), implicando idêntico aumento no preço lista em reais deste produto.

Esses preços citados são, no entanto, sem desconto.

O preço médio em reais da tonelada do papel offset em bobina se manteve estável no período analisado na Tabela 1, sendo este de R$

5.555,42 por tonelada.

Mês Celulose de fibra curta – seca (preço lista em US$ por tonelada)

Papel offset em bobinaA(preço com desconto em R$ por

tonelada)

set/21

Mínimo 1140,00 5.555,42

Médio 1140,00 5.555,42

Máximo 1140,00 5.555,42

out21

Mínimo 1140,00 5.555,42

Médio 1140,00 5.555,42

Máximo 1140,00 5.555,42

(9)

9

MERCADO EXTERNO PRODUTOS FLORESTAIS

Tabela 2 Exportações brasileiras de produtos florestais manufaturados de junho, julho e agosto de 2021

Fonte: Comex Stat/MDIC.

O mês de setembro de 2021 ficou marcado pela queda no valor total exportado de produtos florestais pelo Brasil. O valor total das exportações de madeiras e de suas obras foi de US$ 385,29 milhões, o que representou queda de 6,7%

quando comparado ao valor exportado no mês de agosto de produtos similares (que foi de US$

413,16 milhões).

Já as exportações de celulose e papel totalizaram US$ 696,3 milhões em setembro de 2021, havendo queda de 9,6% frente ao exportado no

mês anterior (quando foram exportados US$ 769,93 milhões em celulose e papéis).

Com isso, as exportações totais dos produtos florestais nacionais totalizaram US$ 1.081,59 milhões em setembro de 2021, queda de 8,6%

quando comparado ao valor exportado no mês de agosto (que foi de US$ 1.183,09 milhões).

Item Produtos Mês

jun/21 jul/21 ago/21 Valor das

exportações (em milhões de dólares)

Celulose e outras pastas 567,14 594,95 610,27

Papel 166,06 160,06 159,66

Madeiras e obras de madeira 393,71 468,00 413,16 Preço médio do

produto embarcado (US$/t)

Celulose e outras pastas 424,42 420,74 452,84

Papel 892,99 933,88 976,04

Madeiras e obras de madeira 444,36 504,60 471,22 Quantidade

exportada (em mil toneladas)

Celulose e outras pastas 1336,26 1414,07 1347,63

Papel 185,96 171,39 163,58

Madeiras e obras de madeira 886,01 927,46 876,79

(10)

10

NOTÍCIAS

POLÍTICA FLORESTAL

Fonte: Retirado do site Portal da Indústria. Entenda por que regular o mercado de carbono é melhor para o Brasil. Disponível em: https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/sustentabilidade/mercado-de- carbono-perguntas-e-respostas/. Acesso em: 27 setembro de 2021.

Uma das maiores preocupações mundiais na atualidade são as alterações climáticas. Nesse contexto, a constituição de um mercado universal de carbono é um dos métodos para auxiliar os países a reduzirem as emissões de carbono e alcançarem a meta proposta no Acordo de Paris. Entretanto, ainda falta uma concordância geral para finalizar as regras de funcionamento deste mercado e, então, implementar o acordo. A perspectiva é que seja encontrada uma concordância entre as partes até a próxima Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP- 26), a qual ocorrerá de 31 de outubro a 12 de novembro de 2021 em Glasgow, na Escócia.

Nesse cenário, existem duas maneiras pelas quais podem ser feitas a precificação de gases poluentes. Uma é pela taxação de carbono emitido na atmosfera e a outra é através de mercados de carbono, que são voluntários ou regulados. O mais comum

mundialmente é o mercado regulado, no qual existe interação entre os setores envolvidos, que conseguem comprar e vender autorização de emissões de gases causadores do efeito estufa (conforme aplicações estabelecidas pelo governo).

Segundo parte dos industriais, essa seria a melhor opção para o Brasil. O país se comprometeu em diminuir suas emissões em 37% até 2025 e em 43% até 2030, com base nas emissões ocorridas em 2005.

Em contrapartida, a taxação não é uma boa medida a ser adotada pelo o país, pois elevaria os custos de produção. Se colocada esta taxação, alguns setores enfrentariam perdas de competitividade econômica. Além desse ponto, não é garantido que o dinheiro arrecadado através desse tributo realmente seja aplicado em prol da redução de emissões ou seja usado para desenvolver tecnologias de baixo carbono.

Quando o assunto é precificação de carbono, qual seria a melhor opção para o Brasil?

(11)

11

NOTÍCIAS

DESEMPENHO DO SETOR FLORESTAL

Em 2020, foi o início da pandemia da Covid19, a qual afetou diversos setores da economia. Nesse contexto, o setor florestal apresentou queda na comercialização de seus produtos, mas em janeiro de 2021 retomou ao patamar de antes da pandemia.

Além disso, a indústria de celulose em 2020 apresentou aumento de 6,4% na sua produção e de 6,1% nas suas exportações em relação aos valores alcançados em 2019.

As perspectivas futuras para o setor florestal é que sejam investidos 53,5 bilhões de reais até 2024 no Brasil.

Simultaneamente, espera-se que essa cadeia produtiva gere mais 14 mil empregos fixos. Desses investimentos, dois estarão localizados na Região Sul do país, em especial em Santa Catarina. Um deles será em Três Barras e o dinheiro será aplicado para aumentar a fábrica de embalagens da WestRock. E o outro investimento ocorrerá

em Lages, onde será instalada a nova unidade da Berneck, que produz painéis de madeiras.

A expectativa é que a partir de 2024 o setor florestal se desenvolva em outras regiões do país. Por exemplo, em Mato Grosso é esperado a construção de uma indústria de celulose, a qual permitirá a criação de 5 mil empregos.

Mas como nem tudo são flores, um desafio a ser superado é a discriminação que essa indústria sofre, pois ainda existem desmatamentos ilegais que prejudicam a imagem e evolução de todo o setor, pois a marca de “desmatadores” dificultam acesso a certos mercados financeiros que concedem empréstimos de longo prazo a taxas de juros mais baixas.

Fonte: Retirado do site Folha de São Paulo. Indústria florestal deve investir R$ 53,5 bilhões até 2024. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2021/05/industria-florestal-deve-investir-r-535-bilhoes-ate- 2024.shtml. Acesso em: 25 de setembro de 2021.

Indústria Florestal deve investir mais de R$ 50 bilhões no setor até 2024

(12)

12

ANÁLISE CONJUNTURAL SETOR FLORESTAL

O Brasil tem enfrentado uma das mais severas crises hídricas no presente ano.

Conforme o Ministério de Minas e Energia, de setembro de 2020 a maio de 2021, o volume de água nos rios atingiu o nível mais baixo em quase cem anos. A expectativa é esse cenário perdurar em 2022 nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. Além disso, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os focos de incêndio cresceram 12,73% em 2020, quando comparados ao ano anterior.

Os incêndios afetam negativamente o setor florestal, pois, além de destruir as florestas, os mesmos geram prejuízos financeiros às empresas florestais.

Consoante o Grupo Index, o prejuízo financeiro causado por incêndios ocorridos no Estado do Mato Grosso do Sul, em 2020, superou R$ 1 bilhão.

Diante desse contexto de crise hídrica gerada pelo período de seca, o setor florestal paranaense vem adotando políticas de

prevenção a incêndios. O clima bem definido no Estado do Paraná auxilia na prevenção.

As empresas realizam manejo com fogo e limpeza de divisas, prevendo a ocorrência de incêndios durante ou depois do inverno.

Ademais, a ocorrência dos incêndios é minimizada em razão da fiscalização com torres de incêndio e envio de equipes a campo, bem como devido à capacitação dos funcionários dessas empresas. Outros fatores que influenciam também são o canal de comunicação com a comunidade local e o networkingentre as empresas.

Salienta-se que o trabalho de prevenção contra incêndios florestais persiste ao longo do ano. As firmas contam com um plano de emergência para situações de risco, mas a fiscalização perdura durante os doze meses.

Adicionalmente, essas campanhas têm por finalidade alertar a população sobre a importância de evitar estragos oriundos do fogo.

Políticas de Prevenção a Incêndios no Paraná

Resumo elaborado como base no texto “Setor florestal paranaense atua preventivamente para evitar incêndios florestais”. Disponível em: https://iba.org/setor-florestal-paranaense-atua-preventivamente-para-evitar-incendios- florestais. Acesso em: 25 de setembro 2021.

Referências

Documentos relacionados

Figura 4 – Produção total de forragem em pastagens tendo como base o capim Tifton 85 inoculado com Azospirillum brasilense e fertilizado com doses de

Comitês de Inovação Comitê de Dourados Comitê de Gaspar Comitê de Jaguaré Comitê de LEM Comitê de Luziânia Comitê de Passo Fundo Comitê de Ponta Grossa Comitê de Rio

Para aguçar seu intelecto, para tomar-se mais observador, para aperfeiçoar-se no poder de concentração de espí­ rito, para obrigar-se â atençOo, para desenvolver o espírito

Em geral, ao apresentar sinônimos ou fazer definições de um termo recorremos ao uso de outros termos, ou seja, usamos sinônimos preexistentes (Cf. 4 Esta teoria

LVT APFCAN-Associação de Produtores Florestais dos Concelhos de Alcobaça e Nazaré SF 02-16B 2004 LVT APFCAN-Associação de Produtores Florestais dos Concelhos de Alcobaça e Nazaré

No livro básico de Reinos de Ferro RPG as munições são divididas em 4 tipos: leve, pesada, de carga e de escopeta. Além disso, elas podem ser revestidas de

1.15 Visando garantir a idoneidade da promoção, no caso de apresentação de mais de (i) 02 (duas) notas/cupons fiscais e/ou comprovantes de compras emitidos para a mesma pessoa,

25 – Conhecida como Marco Regulatório, a Lei n.º ______________ estabelece o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as organizações da