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Amor pela presença. Para entendermos melhor como a presença de Deus é descrita nas Escrituras, fazemos a divisão em três níveis: 1.

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Academic year: 2021

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Texto

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Amor pela

presença

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Como seres humanos, somos criados para ter relacionamentos. Imaginemos, no entanto, que em nosso círculo de amizades ou familiar as pessoas queiram nossa companhia somente por causa dos benefícios que temos para dar. Certamente, não ficaríamos felizes, uma vez que um relacionamento saudável inclui tanto darmos quanto recebermos suporte. Isso nos ajuda a compreender que queremos ser amados não pelo que temos, e sim por quem somos. Assim também acontece com Deus. Repetidamente, nós procuramos pela Sua presença apenas em momentos de conflito, necessidade e desespero. Porém, apesar d’Ele ser compassivo e pronto para nos socorrer, veremos, nesta aula, que Ele deseja ter um relacionamento ainda mais profundo conosco. Desse modo, estudaremos um princípio fundamental no Reino do Céu, definido não somente pela nossa busca pelo Deus abençoador, mas também pelo nosso amor a um Deus paterno.

Jesus deixou claro que Seu maior interesse era contemplar a presença do Pai quando, pelas madrugadas, afastava-Se de todos para orar:

Porém o que se dizia a seu respeito cada vez mais se divulgava, e grandes multidões afluíam para o ouvirem e serem curadas de suas enfermidades.

Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava. (Lucas 5.15-16)

Esse texto relata o avivamento que Cristo estava levando às cidades de Israel. No entanto, nenhum dos milagres e maravilhas que aconteceram substituiu a importância que Ele dava à presença do Pai. Jesus sabia que, para continuar manifestando a cultura do Reino, precisava ter uma vida de oração em secreto como fundamento.

Portanto, não são as conferências, os cultos ou os louvores que nos mostrarão, de fato, quem o Senhor é. Ele tem um lugar de intimidade preparado para nós, longe das luzes e multidões, onde poderemos conhecê-lo face a face.

Para entendermos melhor como a presença de Deus é descrita nas Escrituras, fazemos a divisão em três níveis:

1. Onipresença

Como lemos no livro de Salmos, a presença de Deus está em todos os lugares. Logo – mesmo que queiramos –, fugir dela é algo impossível:

Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá. (Salmos 139.7-10)

2. Presença interior

Pela Nova Aliança, o mesmo Espírito que desceu sobre Jesus no evangelho de Marcos 1.10, capacitando-O com poder, é o mesmo que veio sobre nós, como lemos em Atos 2. A Palavra diz que se crermos n’Ele, do nosso interior fluirão rios de águas vivas:

EDUARDO NUNES ---

Amor pela presença

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Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. (João 7.38)

Percebemos Sua presença em nós quando fomos transformados em um Novo Homem. Nisso, incluímos os momentos quando somos usados pelo Espírito para influenciar outras pessoas com o estilo de vida do Céu. Assim, mesmo que não sintamos nenhum frio na barriga ou arrepio sobrenatural, podemos ter convicção de que Sua presença está constantemente fluindo de nós.

3. Presença manifesta

Voltando à referência de Atos 2, naquele exato momento, quando os discípulos estavam reunidos, veio, do céu, a presença manifesta de Deus; e como um forte vento, encheu a todos, de maneira que podiam ver como se línguas de fogo repousassem sobre cada um naquele lugar. No Velho Testamento, encontramos, também, referências à presença manifesta. Uma delas podemos achar na história de Salomão, quando edificou o templo e ofereceu sacrifícios ao Senhor:

Tendo Salomão acabado de orar, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do Senhor encheu a casa. Os sacerdotes não podiam entrar na Casa do Senhor, porque a glória do Senhor tinha enchido a Casa do Senhor.

Todos os filhos de Israel, vendo descer o fogo e a glória do Senhor sobre a casa, se encurvaram com o rosto em terra sobre o pavimento, e adoraram, e louvaram o Senhor, porque é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre. (2 Crônicas 7.1-3)

Em nossos dias, a presença de Deus pode se apresentar de inúmeras formas. Muitas pessoas já presenciaram pó de prata e ouro surgindo em suas mãos, um forte calor queimando no peito ou até mesmo visões abertas. Para experimentarmos essas coisas, tudo o que precisamos fazer é nos abrirmos para que o Espírito Santo manifeste-Se da maneira como Ele quiser.

Entretanto, o amor pela presença não é algo que surge em nós instantaneamente. Nosso Mestre ensinou que precisamos de tempo para cultivá-lo:

Depois, subiu ao monte e chamou os que ele mesmo quis, e vieram para junto dele. Então, designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar e a exercer a autoridade de expelir demônios. (Marcos 3.13-15)

Pela leitura desse versículo, compreendemos que, antes dos discípulos serem enviados para pregar o Reino e manifestar milagres, Jesus os levou a um lugar de relacionamento em secreto no monte. Portanto, uma conduta que reflete o caráter de Cristo não pode ser desenvolvida senão pela prática diária da intimidade com Deus.

Diante disso, compreendemos que o segredo do sucesso no chamado de tantos homens nas Escrituras estava no amor que tinham pelo Senhor. Vemos esse princípio claramente na vida do rei Davi:

Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração;

e, se estourar contra mim a guerra, ainda assim terei confiança. Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha

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No momento em que lemos todo o capítulo 27 do livro de Salmos, notamos que Davi passava por difíceis situações de guerras com seus inimigos. Porém isso não foi suficiente para desviar seu coração do Senhor. Ele continuou queimando em desejo de estar na presença de Deus, contemplar quem Ele era e meditar nas Suas palavras. Da mesma forma, nós devemos ser intencionais em amar Sua presença, mesmo quando estamos cercados por problemas, visto que, nesses instantes, conheceremos quem Ele é mais profundamente.

Como consequência pela sua busca à presença, Davi foi capaz de vencer obstáculos, porque estava constantemente renovando sua mente. Logo, embora o Novo Nascimento tenha o papel de nos justificar, não é por ele que seremos santificados. A transformação do nosso interior acontece quando aprendemos a contemplar a glória de Deus:

E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. (2 Coríntios 3.18)

Assim, é quando desfrutamos de tempo com o Senhor que somos restaurados na Sua imagem e semelhança, descrita desde a Criação (Gênesis 1.26). Além disso, é n’Ele que desfrutamos de uma vida abundante. Em cada versículo do Salmo 23, encontramos atributos da Sua presença que nos tornam preparados para o dia a dia, como:

Versículo 1 – Provisão

O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.

Versículo 2 – Descanso

Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso.

Versículo 3 – Direção

Refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.

Versículo 4 – Proteção

Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.

Versículo 5 – Capacitação

Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda.

Versículo 6 – Bondade e Misericórdia

Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre.

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Poderíamos descrever, ainda, incontáveis outros benefícios que só desfrutaremos se desenvolvermos um lugar secreto e individual de relacionamento com Deus. Prova disso foi Moisés quando procurava falar com o Senhor.

Ele não se encontrava entre a multidão, mas erguia uma tenda longe do acampamento (Êxodo 33.7). Uma vez na tenda, Deus, com presença manifesta, lhe falava face a face, como a um amigo. Nesse momento, todo o povo mantinha distância, menos Josué:

Falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo; então, voltava Moisés para o arraial, porém o moço Josué, seu servidor, filho de Num, não se apartava da tenda. (Êxodo 33.11)

Quando observamos a postura de Josué, discípulo de Moisés, percebemos que ele não se contentava em ficar longe da presença de Deus, como fazia todo o restante de Israel. Na verdade, ele não se contentou em ouvir as direções do Senhor de maneira terceirizada, mas buscou pelo contato direto. Portanto, embora os cultos, pregações e discipulados tenham uma grande participação no nosso crescimento, nada disso pode nos impedir de conhecer a vontade do Pai diretamente pela Sua voz. Uma vez que Jesus Se tornou nosso intermediador, não temos mais a necessidade de que outras pessoas façam a ponte entre nós e Deus. Dessa forma, podemos estar, constantemente, na Sua presença, seja em casa, na universidade ou no trabalho, assim como Moisés fazia quando entrava na tenda.

Por fim, também notamos a importância que Moisés dava a Deus quando afirmou que nenhuma promessa poderia substituir Sua presença em Israel. Para ele, ainda que toda a terra prometida fosse conquistada, aquela nação seria como todas as demais, porque o Senhor era o maior diferencial que tinham:

Então, lhe disse Moisés: Se a tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar. Pois como se há de saber que achamos graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Não é, porventura, em andares conosco, de maneira que somos separados, eu e o teu povo, de todos os povos da terra? (Êxodo 33.15-16)

Do mesmo modo acontece hoje. Nós usamos as mesmas roupas, falamos os mesmos idiomas, andamos em carros iguais e temos ainda tantas outras semelhanças com as pessoas ao nosso redor. No entanto, se amamos a presença de Deus, então nos tornamos diferentes. Pelo Seu Espírito, somos capazes de levar boas novas para todas as outras nações da Terra. Embora as circunstâncias, frequentemente, digam o contrário, a Palavra afirma que estamos cercados por um Pai onipresente, temos Suas águas fluindo de nosso interior e somos autorizados por Cristo a manifestar o ambiente celestial nesse mundo.

Sobre aquilo que você aprendeu nesta aula, responda às perguntas abaixo:

1. O que mais o impressionou nesta aula?

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2. De que forma o amor pela presença de Deus interfere em suas atitudes diárias?

3. Qual é o problema em buscarmos pela presença de Deus apenas quando precisamos de ajuda?

4. Como sabemos que não fomos abandonados pelo Senhor se nem sempre vemos Sua presença manifesta?

5. Como a vida de Jesus nos ensina a amar Sua presença?

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6. O que mais lhe impede de cultivar a presença de Deus no secreto?

7. Como a leitura da Palavra pode lhe ajudar a vencer os empecilhos da resposta anterior?

8. O que você pode fazer para que seus parentes e amigos alcancem um novo nível de amor pela presença de Deus?

DESAFIO PESSOAL: Ao fim desta aula, procure um lugar onde possa estar sozinho com o Senhor. Nesse momento, evite fazer pedidos e interceder por outras pessoas. É importante que toda sua atenção esteja voltada para a presença de Deus. Se desejar, escolha uma música de soaking para ouvir enquanto desfruta de Sua companhia.

Referências

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