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Prof. José Maria Aula 05. Aula 05 Pontuação. Língua Portuguesa p/ TJ GO Prof. José Maria C. Torres. 1 de 210

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(1)

Aula 05 – Pontuação

Língua Portuguesa p/ TJ GO

Prof. José Maria C. Torres

(2)

Sumário

PONTUAÇÃO ... 3

AORDEM DIRETA ... 4

PONTO FINAL ... 7

Frases Fragmentadas ... 7

Frases Siamesas ... 8

Frases Centopeicas ... 9

VÍRGULA ... 11

Período Simples ... 11

Período Composto ... 21

PONTO E VÍRGULA ... 31

DOIS PONTOS ... 32

OUTROS SINAIS DE PONTUAÇÃO ... 33

Usa-se o travessão ... ... 33

Usam-se os parênteses ... ... 34

Usam-se as aspas ... ... 34

QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR ... 35

LISTA DE QUESTÕES ... 138

GABARITO ... 204

RESUMO DIRECIONADO ... 205

(3)

Olá, meus amigos!

Depois de uma verdadeira batalha na análise sintática, é chegada a hora de pôr todo o conhecimento aprendido em prática. A pontuação, assunto desta aula, é a aplicação mais direta que podemos dar à Sintaxe.

O emprego dos sinais de pontuação, em especial o uso da vírgula, é assunto presente em qualquer prova, tenham certeza disso!

Portanto, mantenhamo-nos firmes porque vem muita informação importante nas próximas páginas.

Uma excelente aula a todos! Bom proveito!

(4)

Pontuação

Queridos alunos, estudamos de ponta a ponta o período simples e o composto, esmiuçando cada uma das funções sintáticas, cada uma das orações subordinadas, cada uma das orações coordenadas. Tudo foi visto passo a passo. Tenho certeza de que vocês se tornaram ninjas na análise sintática, certo? Não exagera, professor!

Moçada, brincadeiras à parte, todo o esforço da análise sintática não é em vão. Além de muitas questões demandarem diretamente a identificação das funções sintáticas, o conhecimento destas é essencialíssimo para que saibamos corretamente pontuar um texto! É isso mesmo, moçada! Para dominar pontuação, o pré- requisito é a Sintaxe!

Antes de partir para a teoria, lembra a primeira aula que você teve na vida sobre vírgula? Naquela época, a tia ou tio pedia para você ler o texto em voz alta e, ao perceber uma pausa na respiração, você deveria fazer uso da vírgula. E se eu disser que essa foi uma das maiores mentiras já contadas para vocês? Calma! Não estou chamando a saudosa tia ou o saudoso tio que nos dava aula na alfabetização de mentiroso! Quer dizer, estou sim, mas, nesse caso, trata-se de uma mentira no bom sentido. Não havia como nossos queridos alfabetizadores recorrerem à análise sintática para nos explicar, na nossa plena infância, todas as artimanhas sintáticas que justificavam o emprego da vírgula. Dessa forma, eles recorriam a essa simplificação, fazendo isso de caso pensado. Portanto, não fique com raiva do tio ou da tia que teve a nobilíssima missão de alfabetizá-lo.

Toda essa viagem eu fiz, moçada, para dizer uma coisa bem simples: NUNCA, eu disse NUNCA, utilize o critério da pausa oral para justificar o emprego de uma vírgula. JAMAIS! A pausa oral, entenda, é completamente distinta da pausa escrita. A primeira é regida pela entonação que queremos dar a nossa voz; já a segunda é regida pela... SINTAXE.

A Ordem Direta

Como já afirmamos, o que rege a pontuação de um texto é a Sintaxe. Toda e qualquer justificativa para inserir pausas num texto deve ter sustentação sintática, portanto. Entenda por pausa tudo aquilo que representa uma obstrução ao fluxo natural de termos numa frase. Essa pausa pode ser representada pelo ponto final, pela vírgula, pelo ponto e vírgula, pelos dois-pontos, etc.

Tudo bem, professor, mas o que seria esse fluxo natural de termos numa frase? É isso, moçada, que define o conceito da ORDEM DIRETA. Vamos pensar da seguinte forma: a você foi dada a tarefa de construir uma frase, ok? Qual seria o 1º termo em que você pensaria? E o 2º? E depois?

Intuitivamente, é o SUJEITO o primeiro termo que imaginamos numa frase. Imediatamente após o sujeito, inserimos o VERBO. Se este solicitar, não há motivos para postergar a entrada do COMPLEMENTO VERBAL(OBJETO DIRETO OU INDIRETO). Dessa forma, podemos definir o fluxo natural de termos numa frase, ou, em outras palavras, a ordem direta, da seguinte forma:

OD = S + V + CV + ...

OD = Ordem Direta; S = Sujeito; V = Verbo; CV = Complemento Verbal

(5)

O que vem após o complemento verbal, vamos definir como “resto”, ok? Não que não seja importante, mas a frase já se farta com a presença dos três elementos sintáticos acima citados: sujeito, verbo e complemento. Uma frase já se satisfaz se dermos a ela um sujeito, um verbo e um complemento.

Tá, professor! Mas o que isso tem a ver com pontuação?

Galerinha, tem tudo a ver! Observe as seguintes frases:

O petróleo vem subindo de preço devido à sua escassez.

O professor conversou com seus alunos durante toda a aula.

Entregue este recado ao gerente o quanto antes possível.

Identifiquemos os termos sintáticos nessas construções frasais.

Observe que, em todas as frases, a sequência natural dos termos (S + V + CV + ...) é obedecida. Na última frase, o sujeito não se apresenta de forma explícita, mas é possível identificá-lo por meio da forma verbal de Imperativo “Entregue” (Sujeito = Você). Temos, portanto, três frases na ordem direta.

O que implica uma frase ser construída na ordem direta? Como a sequência S + V + CV é própria e natural numa frase, não faria o menor sentido inserir uma pausa (uma vírgula, por exemplo) entre S e V, ou entre V e CV. De forma facultativa (opcional), até podemos inserir uma pausa isolando o adjunto adverbial, dando destaque a esse termo.

(6)

Em suma, não há necessidade de pausa quando a oração estiver em sua ORDEM DIRETA.

E o que acontece quando quebramos a ordem direta? Dentre os vários termos que podem ser deslocados dentro de nossas construções frasais, podemos citar o adjunto adverbial. Veremos, ao longo da teoria, todos os termos que podem quebrar a ordem direta, mas, por enquanto, concentremo-nos nos adjuntos adverbais.

Vejamos outras possibilidades de construção para as frases anteriores:

Observe que, ao deslocar ou intercalar o adjunto adverbial na frase, surgem as necessidades de pausa. Na primeira frase, por exemplo, a sequência natural S+V+CV é quebrada pela inserção do adjunto adverbial de causa “devido à sua escassez” entre sujeito e verbo. Já na segunda frase, há a quebra da ordem direta com a inserção do adjunto adverbial “o quanto antes possível” entre verbo e complementos. Por fim, na terceira frase, quebra-se a sequência natural, ao iniciar a frase não por sujeito, mas sim por um adjunto adverbial de tempo.

Todas essas “quebras” da ordem direta exigirão vírgulas.

Em suma, haverá necessidade de pausa quando ocorrer a quebra da ORDEM DIRETA em uma oração.

Moçada, esse é o princípio básico da pontuação. Se eu tivesse cinco minutos para explicar para um candidato como se empregam as vírgulas, diria exatamente isto: Meus queridos alunos, empreguem vírgulas para demarcar a quebra da ordem direta, ok? Boa prova!

O que farei na sequência é desdobrar esse princípio geral, detalhando minuciosamente as justificativas para emprego dos sinais de pontuação:o ponto final, a vírgula, o ponto e vírgula, os dois-pontos, o ponto de interrogação, o de exclamação, os parênteses, as reticências, as aspas e o travessão.

O ponto de exclamação e o de interrogação são de uso subjetivo. O primeiro indica uma reação, enquanto que o segundo está presente nas interrogativas diretas. O uso desses sinais fica a cargo do autor do texto, conforme sua intenção de comunicação.

Os demais sinais são de emprego técnico, regidos por regras específicas. A seguir, detalharemos o emprego dos sinais de pontuação, dando destaque ao uso da vírgula.

(7)

Ponto Final

É um dos sinais que marcam fim de período e o que assinala a pausa de máxima duração. É muito importante que saibamos demarcar o final de uma frase.

A incapacidade de reconhecer o que seja uma frase leva à produção de frases fragmentadas, siamesas e

“centopeicas”.

Conhecer esses problemas de redação pode ajudá-los a identificar incorreções gramaticais ou problemas relacionados à clareza nas famosas questões de reescrita de frases.

Frases Fragmentadas

Este erro de escrita - um dos mais primários - consiste em pontuar uma oração subordinada ou uma simples locução como se fosse uma frase completa.

Observe as construções a seguir:

Eu estava tentando arranjar disposição para estudar. Quando percebi que minha prova já estava próxima.

O professor ficou chocado com a resposta do aluno. Com a fisionomia bem assustada.

A primeira frase de ambas as construções é completa, pois se trata de um enunciado completo, com sujeito e predicado. Já a segunda parte de ambas as construções não se constitui como frase, pois representa termos subordinados, sem os respectivos termos principais. Trata-se de um “pedaço” de frase, ou seja, uma frase fragmentada.

Para que evitemos esse tipo de erro, devemos observar as seguintes condições:

 No caso de um período simples, é necessário haver um sujeito e um predicado. Nas orações sem sujeito (com verbos impessoais), há somente predicado.

 A frase não deve iniciar com um pronome relativo (que, qual, onde, cujo, onde, quando, quanto), uma vez que esses pronomes sempre retomam um termo antecedente.

 Se a frase for introduzida por uma conjunção subordinativa (embora, porque, já que, visto que, se, quando, enquanto, conforme etc.) deve haver, no período, uma oração principal à qual esteja subordinada a primeira oração.

 Se o verbo iniciar por uma das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio), também deve haver, no período, uma oração principal que complete o sentido da oração subordinada reduzida.

Vamos corrigir as frases?

Eu estava tentando arranjar disposição para estudar, quando percebi que minha prova já estava próxima.

O professor, com a fisionomia bem assustada, ficou chocado com a resposta do aluno.

(8)

Frases Siamesas

Outro erro primário são as frases siamesas – duas frases completas, escritas como se fossem uma só. Esse erro nasce, como o anterior, da incapacidade de determinar o que seja exatamente uma frase completa.

Enquanto as frases fragmentadas separam o que não deveria ser separado, as frases siamesas (assim denominadas por sua analogia com irmãos xifópagos) unem o que não deveria ser unido. Ou seja, frases distintas, que possuem enunciado completo, são apresentadas como se fossem uma só, por não haver elemento de ligação entre elas, como sinais de pontuação ou conectivos.

Na sua forma mais grosseira, as duas frases simples são reunidas sem nenhum sinal entre elas:

ERRADO: O engenheiro ficou desanimado teria de refazer todos os cálculos da obra.

ERRADO: Gostou bastante de ler o PDF havia muitas questões comentadas detalhadamente.

Se colocarmos uma vírgula entre as frases, apenas atenuamos a gravidade do erro:

ERRADO: O engenheiro ficou desanimado, teria de refazer todos os cálculos da obra.

ERRADO: Gostou bastante de ler o PDF, havia muitas questões comentadas detalhadamente.

Há diversas maneiras de corrigir esse problema:

 Separar as frases por ponto ou ponto-e-vírgula:

CORRETO: O engenheiro ficou desanimado; teria de refazer todos os cálculos da obra.

CORRETO: O engenheiro ficou desanimado. Teria de refazer todos os cálculos da obra.

CORRETO: Gostou bastante de ler o PDF. Havia muitas questões comentadas detalhadamente.

 Ligar as frases com uma conjunção coordenativa:

CORRETO: O engenheiro ficou desanimado, pois teria de refazer todos os cálculos da obra.

CORRETO: O engenheiro teria de refazer todos os cálculos da obra, por isso ficou desanimado.

CORRETO: Gostou bastante de ler o PDF, pois havia muitas questões comentadas detalhadamente.

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 Transformar uma das frases em oração subordinada:

CORRETO: Como teria de refazer todos os cálculos da obra, o engenheiro ficou desanimado.

CORRETO: Gostou bastante de ler o PDF, na medida em que havia muitas questões comentadas detalhadamente.

Frases Centopeicas

Assim como a centopeia tem muitas patas, a frase centopeica apresenta muitas orações, resultando num período longo demais, cansativo, confuso. Uma só oração principal apresenta inúmeras orações subordinadas, o que torna difícil a leitura do texto, que se torna mais suscetível a falhas.

Mas professor, o que seriam períodos curtos? Não há uma regra, moçada, mas o fato é que o período deve ser desmembrado em outros mais curtos, dando um melhor entendimento à informação. Sugere-se que um período seja composto por no máximo 3 ou 4 orações. Veja bem, é só uma sugestão, não se trata de uma regra.

Vejamos um exemplo:

Contrariando a ideia de que adolescente só pensa em “rock”, é rebelde por índole, desconhece a realidade socioeconômica de seu país e só dá seu voto de confiança aos modismos internacionais, a nova Constituição Brasileira resolve apostar, ainda que de forma inibida, na capacidade da juventude e no seu potencial de discernimento, dando-lhe o direito de votar, o que, para uns, é um passo precipitado dos constituintes, pois, aos dezesseis anos, nenhum jovem possui senso político à altura de opinar sobre questões que afligem o seu país, e, para outros (talvez para a maioria), a decisão demonstra a valorização de ideias novas, de credibilidade a um público que, apesar da pouca idade, tem visão crítica das mazelas mais graves da sociedade em que vive.

Veja o tamanho dessa frase! Trata-se de um período gigantesco, composto por 15 orações (observe as formas verbais destacadas)! Se analisarmos bem, está tudo correto do ponto de vista gramatical, mas a redação poderia ser mais clara, com frases menores, de mais fácil leitura.

Observe como a “quebra” da frase centopeica em menores torna a leitura mais agradável.

Contrariando a ideia de que adolescente só pensa em “rock”, é rebelde por índole, desconhece a realidade socioeconômica de seu país e só dá seu voto de confiança aos modismos internacionais, a nova Constituição Brasileira resolve apostar, ainda que de forma inibida, na capacidade da juventude e no seu potencial de discernimento, dando-lhe o direito de votar. Para uns, é um passo precipitado dos constituintes, pois, aos dezesseis anos, nenhum jovem possui senso político à altura de opinar sobre questões que afligem o seu país. Já para outros (talvez para a maioria), a decisão demonstra a valorização de ideias novas, de credibilidade a um público que, apesar da pouca idade, tem visão crítica das mazelas mais graves da sociedade em que vive.

Frases de tamanho menor tornam a redação menos suscetível a erros.

(10)

Caiu em prova!

Texto

O Brasil, durante a maior parte da sua história, manteve uma cultura familista e pró-natalista. Por cerca de 450 anos, o incentivo à fecundidade elevada era justificado em função da prevalência de altas taxas de mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da expansão da ocupação territorial e do crescimento do mercado interno.

Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue o item seguinte.

A substituição do ponto empregado logo após “pró-natalista” por vírgula, com a devida alteração da letra inicial maiúscula para minúscula, manteria a correção do texto.

( ) CERTO ( ) ERRADO RESOLUÇÃO:

Ao substituirmos o ponto final pela vírgula, teremos como resultado a produção de uma frase siamesa: duas construções frasais inadvertidamente unidas numa única frase.

É necessário o ponto final para isolar cada uma das frases produzidas.

Resposta: ERRADO

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Vírgula

A vírgula é o sinal que indica uma pequena pausa na leitura. É o sinal de pontuação que mais gera dúvida entre os alunos e o alvo preferencial de 99,7% das questões. Seu uso não pode, de forma alguma, ser pautado pela pausa oral. Por favor, gente, não adotem esse critério de pontuar com base nas pausas da respiração. Se assim fosse, cada um pontuaria de um jeito, não havendo um padrão único.

Mais uma vez repito: o critério deve ser sintático!

Vamos esmiuçar detalhadamente o emprego da vírgula, aproveitando a oportunidade para revisar análise sintática, ok?

Período Simples

Quando estudamos Sintaxe, iniciamos pela Sintaxe do Período Simples (Oração), lembra? Adotemos essa mesma sequência no estudo das vírgulas: comecemos mapeando o emprego desse sinal na oração e, posteriormente, avancemos rumo ao período composto, pode ser?

Quando NÃO SE EMPREGA vírgula?

Já na largada, digo para vocês que, mais importante do que empregar as vírgulas, é saber quando NÃO USAR!

Fique atento quando enunciados pedem para você assinalar a opção em que a vírgula foi empregada incorretamente ou quando enunciados de CERTO ou ERRADO afirmam que houve erro no emprego da vírgula.

Ora, quando surge esse papinho, é sinal de que separamos aquilo que não pode ser separado, resultando no erro de pontuação.

Há certos pares, moçada, que a Gramática uniu e o homem não há de separar! Rs.

Professor, e que pares seriam esses?

1) Não se empregam vírgulas para isolar SUJEITO & VERBO

Queridos, sejamos bem enfáticos! NUNCA poderá haver vírgula entre sujeito e verbo! Esse é um dos maiores crimes cometidos contra a norma culta. Mesmo que a frase seja de grande extensão, não podemos separar o sujeito do seu respectivo verbo, sob hipótese alguma. Veja o exemplo a seguir

Caiu em prova!

Texto 1A1AAA

O ano de 2017 foi o mais seguro da história da aviação comercial, de acordo com a organização holandesa Aviation Safety Network (ASN).

A pontuação empregada no texto 1A1AAA permaneceria correta se fosse inserida vírgula logo após “2017”.

( ) CERTO ( ) ERRADO

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RESOLUÇÃO:

Marque ERRADO com força no gabarito!

A vírgula proposta irá separar o sujeito “O ano de 2017” do respectivo verbo “foi”. IMPOSSÍVEL! NUNCA!

Resposta: ERRADO

Caiu em prova!

Está plenamente correta a pontuação da seguinte frase:

d) Existe realmente quem ache um privilégio frequentar os bares, cuja principal atração, é a música incrivelmente ruidosa?

RESOLUÇÃO:

Analisando apenas a letra D, percebemos o crime: há uma vírgula entre o sujeito “principal atração” e seu respectivo verbo “é”. IMPOSSÍVEL! NUNCA!

IMPORTANTE

Mesmo se o sujeito estiver deslocado na oração, ele não será isolado por vírgula de seu predicado.

Exemplos:

Foi admitida pelo juiz a denúncia do Ministério Público contra o acusado.

(Sem chance haver uma vírgula após “juiz”, pois esta separaria o predicado “Foi admitida pelo juiz” do sujeito

“a denúncia do Ministério Público contra o acusado”.)

O fato de não haver vírgula entre sujeito e verbo se estende às orações substantivas SUBJETIVAS – os sujeitos oracionais -, que não podem ser isoladas da principal em hipótese alguma.

Quem estuda, passa! (ERRADO) Quem estuda passa! (CERTO)

Não separe o sujeito oracional “Quem estuda” do seu verbo “passa”.

Aparentemente, o único gramático que abre uma concessão é Luiz Sacconi, que afirma ser facultativa a vírgula entre sujeitos oracionais iniciados por “Quem” e seus respetivos verbos. Na visão do nobre gramático, as duas construções anteriores estariam corretas. Não é essa, contudo, a visão que predomina nas bancas, ok? Saiba que existe uma concessão, mas continue batendo na tecla de que é crime isolar sujeito – oracional ou não – do verbo por vírgula.

(13)

2) Não se empregam vírgulas para isolar VERBO & COMPLEMENTOS

Não se separam por vírgulas verbo e complementos verbais – objeto direto ou indireto, oracionais ou não.

Estende-se essa proibição de uso de vírgula entre verbo de ligação e predicativos do sujeito, assim como entre locução verbal na voz passiva e agentes da passiva.

Caiu em prova!

É plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:

b) O escritor Machado de Assis, notadamente um mestre da ironia, já comparou o fenômeno da traição amorosa, com a naturalidade de uma pedra que cai.

RESOLUÇÃO:

Analisando apenas a letra B, percebemos o crime: há uma vírgula isolando o verbo “comparou” do seu objeto indireto “com a naturalidade de uma pedra que cai”. IMPOSSÍVEL! NUNCA!

Caiu em prova!

O acréscimo de uma vírgula mantém a passagem do texto reescrita de acordo com a norma-padrão em:

a) A história de Apolinária, nos ajuda a colocar problemas novos [...]

c) [...] a olaria foi fechada para se transformar, em uma nova escola: os Educandos Artífices.

RESOLUÇÃO:

Analisando apenas as letras A e C, percebemos os crimes: na letra A, há uma vírgula isolando o sujeito “A história de Apolinária” do seu verbo “nos ajuda a colocar”. Já na letra C, há uma vírgula isolando o verbo de ligação “se transformar” do seu predicativo “em uma nova escola”.

OBSERVAÇÃO

Se o complemento verbal – objeto direto ou indireto – vier deslocado, é facultativo o emprego da vírgula.

Exemplos:

Muitos exercícios sobre o assunto os professores da disciplina resolveram. (CERTO) Muitos exercícios sobre o assunto, os professores da disciplina resolveram. (CERTO)

(14)

3) Não se empregam vírgulas para isolar NOME & ADJUNTOS ADNOMINAIS ou COMPLEMENTOS NOMINAIS

Caiu em prova!

Está plenamente adequada a pontuação do seguinte período:

a) Tivesse vivido muito menos Eric Hobsbawm, esse grande historiador moderno talvez não pudesse com a mesma autoridade dar seu testemunho, sobre esse período histórico que batizou como Era dos extremos.

RESOLUÇÃO:

Analisando apenas a letra A, percebemos o crime: a vírgula após “testemunho” separa o nome “testemunho”

do seu complemento nominal “sobre esse período histórico...”.

Caiu em prova!

A frase que permanece correta com o acréscimo de uma vírgula após o termo sublinhado é:

b) Todos os brasileiros devem se preocupar com o problema da fabricação de equipamentos para piratear sinal de TV por assinatura.

c) Ninguém sabe quando os tais 'gatonets' deixarão de existir em nosso país nem mesmo se todos os responsáveis serão punidos.

e) Autoridades poderão multar os responsáveis pela pirataria de sinal de TV e também colocá-los na prisão.

RESOLUÇÃO:

Analisando apenas as letras B, C e E, percebemos os crimes: na letra B, se pusermos uma vírgula após

“brasileiros”, isolaremos o sujeito “Todos os brasileiros” da sua forma verbal “devem se preocupar”. Já na letra C, se pusermos uma vírgula após “sabe”, isolaremos o verbo “sabe” do objeto direto oracional “quando os tais

‘gatonets’ deixarão...”. Por fim, na letra E, se pusermos uma vírgula após “sinal”, isolaremos o nome “sinal” do adjunto adnominal “de TV”.

(15)

Quando SE EMPREGA vírgula?

Ah, professor! O senhor está mais preocupado em não usar vírgula! Eu quero saber quando se usa, ora?

Calma, jovem! Eu te falei que tão importante quanto usar é quando não se deve usar. Mas atendendo ao seu pedido, vamos lá!

1) Emprega-se vírgula para isolar VOCATIVOS.

Exemplos:

Professor, o senhor poderia nos tirar uma dúvida?

O senhor poderia nos tirar uma dúvida, professor?

O senhor, professor, poderia nos tirar uma dúvida?

2) Emprega-se vírgula para isolar APOSTOS EXPLICATIVOS.

Exemplos:

O Brasil, uma das economias mais importantes da América do Sul, vive uma crise política sem precedentes.

O Direção Concursos – o melhor preparatório para concursos do Brasil – está de portas abertas!

A Língua Portuguesa, a mais fascinante das línguas, é crucial em qualquer prova de concurso.

IMPORTANTE!

O aposto de caráter explicativo pode ser isolado por vírgulas, travessões ou parênteses.São muito comuns questões perguntando se é possível substituir vírgulas por travessões. Tratando-se de apostos explicativos ou orações adjetivas explicativas – veremos adiante -, é possível sim fazer essa troca.

Caiu em prova!

Como se pode imaginar, não foi o latim clássico, dos grandes escritores romanos e latinos e falado pelas classes romanas mais abastadas, que penetrou na Península Ibérica e nos demais espaços conquistados pelo Império Romano.

A correção do texto seria mantida se as vírgulas que isolam o trecho “dos grandes escritores romanos e latinos e falado pelas classes romanas mais abastadas” (R. 2 e 3) fossem substituídas por travessões.

( ) CERTO ( ) ERRADO RESOLUÇÃO:

Observemos o seguinte trecho:

(16)

Como se pode imaginar, não foi o latim clássico, dos grandes escritores romanos e latinos e falado pelas classes romanas mais abastadas, que penetrou na Península Ibérica e nos demais espaços conquistados pelo Império Romano.

O trecho isolado por vírgulas é sintaticamente um aposto explicativo, uma informação adicional referente associada expressão nominal “latim clássico”.

O aposto explicativo pode ser isolado por vírgulas, travessões ou parênteses.

O item está CERTO, portanto!

3) Emprega-se vírgula para isolar PREDICATIVOS DESLOCADOS.

Exemplos:

Atordoado, o aluno saiu de sala.

O funcionário, emocionado, discursou na premiação de final de ano.

Indignado, o Ministro falou à imprensa e se disse alvo de perseguições.

IMPORTANTE! IMPORTANTE! IMPORTANTE!

4) Emprega-se vírgula para isolar ADJUNTOS ADVERBIAIS DESLOCADOS.

Aqui vamos com muita calma! Esse emprego de vírgula é de longe o mais demandado.

Quando estava, no início da aula, explicando para você o significado da ordem direta, o que falei sobre os adjuntos adverbiais? Você lembra?

Falei, queridos, que a posição natural de um adjunto adverbial é no final da oração, após os complementos. Estando nessa posição, o emprego de vírgulas é facultativo (opcional).

No entanto, se os adjuntos adverbiais estiverem deslocados da ordem direta, as vírgulas passam a ser obrigatórias.

(17)

Sumarizando:

Sempre é correto o emprego de vírgulas isolando adjuntos adverbiais. No entanto, se estes estiverem deslocados da ordem direta – no início ou no meio da oração -, as vírgulas deixam de ser apenas corretas e passam ser OBRIGATÓRIAS!

IMPORTANTE!

É possível omitir as vírgulas de adjuntos adverbiais de pequena extensão, mesmo quando estes estão deslocados da ordem direta.

Muita calma nessa hora! O que seriam adjuntos adverbiais de pequena extensão?Existe uma tendência entre os principais gramáticos de considerar de pequena extensão o adjunto adverbial formado por até 2(duas) palavras. Esse é o posicionamento adotado pelas bancas de uma forma geral!

Exemplos:

O professor respondeu o e-mail com rapidez.(CERTO) O professor respondeu o e-mail, com rapidez. (CERTO) O professor respondeu com rapidezo e-mail. (CERTO) O professor respondeu, com rapidez, o e-mail. (CERTO)

Note que o adjunto adverbial “com rapidez” é de pequena extensão – formado por 2(duas) palavras. Dessa forma, são opcionais as vírgulas isolando o adjunto de pequena extensão, mesmo estando deslocado da ordem direta.

(18)

Caiu em prova!

Saiu a mais nova lista de coisas que devem ou não ser feitas, moda que parece ter contagiado o planeta. Desta vez, Arthur Frommer e Holly Hugues elencam os 500 locais que precisamos visitar antes que desapareçam (500 places to see before they disappear).

Seria incorreta a eliminação da vírgula empregada logo após a expressão “Desta vez” (R.2), pois seu uso é obrigatório naquele contexto.

( ) CERTO ( ) ERRADO Resolução:

Sabemos que adjuntos adverbiais deslocados da ordem direta são isolados por vírgula.

Acontece que é possível omitir as vírgulas de adjuntos adverbias de pequena extensão, MESMO QUANDO DESLOCADOS DA ORDEM DIRETA.

E o que faz um adjunto adverbial ser de pequena extensão?

É consensual que adjuntos adverbiais formados por ATÉ DUAS PALAVRAS são considerados de pequena extensão.

Há controvérsias quanto a adjuntos adverbiais formados por 3 palavras. Algumas gramáticas consideram de pequena extensão; outras, não! Em provas discursivas, recomenda-se o emprego das vírgulas, fugindo, assim, de polêmicas. Em provas objetivas, as bancas não costumam causar celeumas nesse sentido.

Resumindo: até 2 termos, o adjunto adverbial é consensualmente de pequena extensão: formado por 3 termos, não há consenso; formado por 4 ou mais termos, consensualmente o adjunto adverbial NÃO é mais de pequena extensão.

Analisemos o item:

A expressão “Desta vez” tem valor temporal. É tempo é uma ideia adverbial, assim como lugar, causa, finalidade, condição, etc. Trata-se sintaticamente de um adjunto adverbial temporal deslocado. Como é de pequena extensão, a vírgula após “vezes” não é obrigatória.

O item, portanto, está ERRADO!

(19)

OBSERVAÇÕES:

Muitas questões perguntam acerca da possibilidade de substituição das vírgulas por travessões. Vimos que isso é possível quando se tem um aposto explicativo. Com adjuntos adverbiais, isso só é possível se estes estiverem intercalados. Não é possível substituir a vírgula por travessão se o adjunto adverbial iniciar a frase. Vejamos:

I – O Brasil, a 8ª maior economia do mundo, vive uma crise sem precedentes.

II – O Brasil, devido aos altos índices de criminalidade, afugenta turistas internacionais.

Na frase I, as vírgulas isolam um aposto explicativo. Elas podem ser substituídas por duplo travessão, portanto, mantendo-se a correção gramatical e o sentido original.

Já na frase II, as vírgulas isolam um adjunto adverbial de causa intercalado. Nesse caso, é possível substituir as vírgulas por um duplo travessão.

Caiu em prova!

No fragmento “Em graus diferentes, todos fazemos parte dessa aventura, todos podemos compartilhar (...)”

(R. 18 e 19) as vírgulas poderiam ser substituídas por travessões, sem prejuízo gramatical para o texto.

( ) CERTO ( ) ERRADO Resolução:

A vírgula após “diferentes” isola adjunto adverbial deslocado da ordem direta no início da frase. Não é possível, assim, o emprego de travessão nesse caso.

Já a vírgula após “aventura” isola as orações coordenadas assindéticas “todos fazemos parte dessa aventura” e

“todos podemos compartilhar...”. Não é possível o emprego de travessão, pois o sinal de pontuação utilizado para indicar essa separação são as vírgulas.

O item, portanto, está ERRADO!

(20)

5) Emprega-se vírgula para separar TERMOS EM ENUMERAÇÃO.

Essa vírgula talvez tenha sido a primeira ensinada a vocês na época de colégio.

Muitas vezes, as questões sofisticam essa justificativa com os seguintes dizeres: “separam-se por vírgulas os termos coordenados entre si”, “separam-se por vírgulas os termos de mesma função morfossintática”,

“separam-se por vírgulas termos em justaposição”, “separam-se por vírgulas termos em sequência enumerativa”, etc.

São várias maneiras de dizer a mesma coisa. Portanto, ao visualizar algumas dessas justificativas, associe- as a frases do tipo:

Estudamos Português, Matemática, Constitucional, Administrativo e Penal.

Só não se põe vírgula antes do “e” final da enumeração. Caso a conjunção “e” seja omitida, emprega-se no seu lugar a vírgula:

Estudamos Português, Matemática, Constitucional, Administrativo, Penal.

6) Emprega-se vírgula para sinalizar a ELIPSE de uma forma verbal anteriormente citada.

A elipse é uma figura de construção que consiste na omissão de algum termo.

Quando esse termo é um verbo anteriormente já citado, sua elipse tem que ser paga com uma vírgula.

Observe as frases a seguir:

O Brasil é um grande exportador de soja para todo o mundo. Já o Chile, de vinhos (é um grande exportador).

Adoro estudar Português por PDFs. Já minha irmã, por videoaulas.

(adora estudar Português).

(21)

7) Emprega-se vírgula para separar PALAVRAS E EXPRESSÕES INTERPOSITIVAS de caráter explicativo, retificador, exemplificativo: isto é, ou seja, a saber, aliás, ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, data vênia, assim, então, porém, etc.

Exemplos:

Elas gritavam. Eu, porém, nem me importava.

Eles gastaram R$ 500,00, isto é, tudo o que tinham.

Quer dizer que você, então, não foi mais à Eslováquia?

O ditador era muito respeitado, ou antes, muito temido.

Ficamos, assim, livres da vergonha de sermos chamados de trogloditas.

Período Composto

Vimos os critérios para pontuar uma oração, correto? Vamos estender o raciocínio para o período composto, analisando as situações em que precisamos separar orações subordinadas e coordenadas por vírgulas.

Período Composto por Subordinação

1) Não se separa por meio de vírgula a oração principal da ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA. A exceção é a substantiva apositiva, que se separa da principal por vírgulas, dois pontos ou travessões.

Da mesma forma que não separamos sujeito e verbo, verbo e complementos, nome e complementos, não separamos as orações principais das subordinadas que desempenham para estas a função de sujeito, complemento, predicativo, etc.

Exemplos:

Não se imaginava que a propaganda seria tão agressiva.

Or. Principal Or. Sub. Substantiva Subjetiva É evidente que o culpado é o mordomo.

Or. Principal Or. Sub. Substantiva Subjetiva

Todos nós temos um grande sonho: que chegue o esperado dia do exame final.

Or. Principal Or. Sub. Substantiva Apositiva

(22)

OBSERVAÇÕES

Não se põe vírgula após a conjunção integrante, a não ser que haja algum termo intercalado posicionado após o conector.

Exemplos:

Comentaram com os alunos que, seria necessária uma nova data para realização da prova. (ERRADO) Comentaram com os alunos que, devido às fortes chuvas,seria necessária uma nova data para realização da prova. (CERTO)

2) Emprega-se vírgula para isolar a oração principal da ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA.

Também é possível isolar a adjetiva explicativa por travessões ou por parênteses. As restritivas, por sua vez, não são isoladas por vírgulas da oração principal.

É muito importante estar a par da mudança de sentido resultado da transformação de uma oração adjetiva restritiva em explicativa, por meio do acréscimo das vírgulas.

Caiu em prova!

Os sentidos originais do texto seriam preservados caso se inserisse uma vírgula imediatamente após “norte- americanos” (R.9).

( ) CERTO ( ) ERRADO RESOLUÇÃO:

Observemos o seguinte trecho:

... um dos últimos estádios norte-americanos que mantêm sua construção original, diz o Atlanta Journal Constitution.

A oração em destaque, introduzida pelo pronome relativo “que”, é adjetiva restritiva. Dá-se a entender, dessa forma, que apenas alguns estádios norte-americanos mantêm sua construção original.

Se fizermos a alteração proposta, inserindo a vírgula após “norte-americanos”, teremos uma oração adjetiva explicativa. Dá-se a entender, dessa forma, que todos os estádios norte-americanos mantêm sua construção original.

Ocorre, portanto, mudança de sentido com a alteração proposta.

O item, portanto, está ERRADO.

(23)

Vírgulas Obrigatórias

3) Emprega-se vírgula para isolar a oração principal da ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL. Se esta estiver deslocada – ou no início, ou no meio da frase -, a vírgula será OBRIGATÓRIA.

Exemplos:

O professor repetiu a explicação dada ( , ) porque muitos alunos tiveram de faltar à aula anterior.

Tendo em vista que muitos alunos tiveram de faltar à aula anterior, o professor repetiu a explicação dada.

IMPORTANTE!

CUIDADO! É possível omitir as vírgulas dos adjuntos adverbiais de pequena extensão, mesmo quando deslocados. ISSO NÃO VALE PARA ORAÇÕES ADVERBIAIS, OK? Isso significa que uma oração adverbial, independentemente de sua extensão, deve ser isolada por vírgulas quando deslocada da ordem direta.

Exemplos:

Para passar, é preciso estudar.

Quando chegar, ligue-me imediatamente.

Para as subordinadas reduzidas, valem as mesmas normas das demais orações subordinadas.

Exemplo:

Terminada a aula, compareça à coordenação, por favor!

Or. Sub. Adv. Temporal Reduzida de Particípio

Estudando dia e noite para o concurso, conquistou o 1º lugar.

Or. Sub. Adv. Causal Reduzida de Gerúndio

Vírgulas Obrigatórias

Vírgula Facultativa

Vírgula Obrigatória

(24)

Período Composto por Coordenação

1) Empregam-se vírgulas para separar ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS.

Exemplos:

Pegou o recado, leu-o, disparou para a rua.

Chegou cedo, pegou o melhor lugar, divertiu-se com a apresentação.

IMPORTANTE!

As questões irão justificar as vírgulas acima das seguintes formas: “... as vírgulas empregadas isolam orações assindéticas”; “... as vírgulas empregadas isolam termos em enumeração”; “... as vírgulas empregadas isolam termos equivalentes do ponto de vista sintático”, etc.

Trata-se de formas diferentes de dizer a mesma coisa, ok?

2) Empregam-se vírgulas para separar ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ADVERSATIVAS, EXPLICATIVAS e CONCLUSIVAS.

Exemplos:

A beleza empolga a vista, mas o mérito conquista a alma.

Or. Coordenada Sindética Adversativa Não chore, que será pior.

Or. Coordenada Sindética Explicativa

O lago está na minha fazenda, portanto me pertence.

Or. Coordenada Sindética Conclusiva IMPORTANTE!

As conjunções adversativas e conclusivas serão isoladas por vírgulas quando deslocadas na oração.

Vale ressaltar que a conjunção adversativa “mas” não pode ser deslocada.

Exemplos:

CORRETO:O funcionário era o profissional que mais dominava o assunto na repartição, porém cometeu um erro bobo.

CORRETO:O funcionário era o profissional que mais dominava o assunto na repartição. Porém, cometeu um erro bobo.

CORRETO:O funcionário era o profissional que mais dominava o assunto na repartição. Cometeu, porém, um erro bobo.

(25)

CORRETO:Eu e minha esposa vamos ter de mudar de cidade, portanto teremos que pedir demissão das empresas em que trabalhamos.

CORRETO: Eu e minha esposa vamos ter de mudar de cidade. Portanto,teremos que pedir demissão das empresas em que trabalhamos.

CORRETO:Eu e minha esposa vamos ter de mudar de cidade. Teremos, portanto, que pedir demissão das empresas em que trabalhamos.

3) Empregam-se vírgulas para separar ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ALTERNATIVAS introduzidas por OU...OU, ORA...ORA, QUER...QUER, SEJA...SEJA.

Exemplos:

Ele se mostra um viciado em trabalho. Em sua rotina diária, ou está no chão de fábrica inspecionando a operação, ou está em viagens fechando novos negócios.

Ora ele reclama do excesso de trabalho, ora da falta de oportunidades.

Seja por falta de vocação, seja por falta de iniciativa, o funcionário não se sentia à vontade com aquela função.

OBSERVAÇÃO:

Antes da conjunção OU, a vírgula é facultativa:

Faremos uma minuciosa revisão nos termos de contrato ( , ) ou simplesmente procederemos à rescisão.

4) Não se emprega vírgula para separar ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ADITIVAS introduzidas pelas conjunções E e NEM.

Exemplos:

Ele não atendeu o telefone nem deixou qualquer recado com a secretária.

Ele trabalha durante o dia e estuda para concursos à noite.

Vírgula Facultativa

(26)

IMPORTANTE!!!

Grande parte dos gramáticos entende que é facultativa a vírgula antes do E aditivo quando conecta orações com diferentes sujeitos.Fique ligado! Essa concessão se dá apenas no caso de os sujeitos das orações conectadas por essa conjunção serem diferentes! Se os sujeitos forem os mesmos, não há desculpa para inserir vírgula – ela passa a ser proibitiva.

Veja os exemplos a seguir:

Quantas vezes uma vírgula modifica uma sentença (,) e uma palavra pode destruir uma grande e velha amizade!

Note que o sujeito da primeira oração é “uma vírgula”. Já o sujeito da segunda oração é “uma palavra”. Como os sujeitos das orações ligadas pelo E aditivo são distintos, é facultativa a presença da vírgula antes dessa conjunção.

O professor explicou toda a teoria no quadro e resolveu uma série de exercícios.

Note que o sujeito da primeira e da segunda oração é o mesmo: “O professor”. Como os sujeitos das orações ligadas pelo E aditivo são iguais, não há desculpa para se empregar vírgula antes dessa conjunção. Ela é proibitiva!

Alguns gramáticos admitem o emprego da vírgula antes do E aditivo, quando se quer dar valor enfático (de destaque) à oração por ele introduzida. Não é uma necessidade sintática, mas sim um recurso de estilo.

Veja o exemplo a seguir:

Ele terminou a prova em menos de 1 hora, e saiu de sala sorrindo.

Digo, e repito: não existe vitória sem dor.

E qual postura adoto em prova, professor? Vejamos o direcionamento da questão: se ela disser que é obrigatória a vírgula antes do E aditivo, assinalemos ERRADO, pois o sujeito das duas orações é o mesmo; se ela disser que o emprego da vírgula se dá por razões de ênfase, assinalemos CERTO.

Vírgula Facultativa

Vírgula Proibitiva

(27)

Emprega-se vírgula antes de E com valor adversativo, conclusivo ou consecutivo.Alguns gramáticos, no entanto, relativizam essa necessidade. As bancas, de uma forma geral, sinalizam que é obrigatória a vírgula antes de E adversativo.

Jogou os noventa minutos, e não acertou um passe sequer.

(Trata-se de um E com valor adversativo. De uma forma geral, as bancas consideram essa vírgula obrigatória, já que a oração introduzida é uma coordenada sindética adversativa.)

Cometeu um crime grave, e foi severamente punido.

(Trata-se de um E com valor conclusivo/consecutivo. É possível relativizar a necessidade dessa vírgula, pois a oração introduzida tem valor consecutivo.)

A vírgula é obrigatória quando há repetição da conjunção no início de cada oração (figura conhecida pelo nome de polissíndeto) e no início de cada um dos termos coordenados.

Exemplos:

Nem ele, nem você, nem euseremos convocados para a seleção.

E cantou, e dançou, e bebeu, e se divertiu de um jeito, que caiu tonto de cansado.

É muito importante entender que a vírgula requerida pelas conjunções é sempre antes.Havendo uma vírgula após, esta se deve sem dúvida a algum termo deslocado na oração introduzida pela conjunção.

Como assim, professor?

Observe a frase:

A Prefeitura anunciou que não multaria motoristas que cometessem a infração nos primeiros meses de validade das novas regras, mas,a partir de janeiro, todos teriam que se adaptar às novas exigências.

Note que a conjunção “mas” está entre vírgulas. Mas entenda que a vírgula requerida pelo “mas” é a que está posicionada antes. A vírgula que está posicionada após foi requerida não pelo “mas”, mas sim pelo adjunto adverbial deslocado da ordem direta na 2ª oração “a partir de janeiro”.

(28)

Galera, chegamos ao final de um minucioso detalhamento do emprego da vírgula. Vamos pôr em prática todo esse conhecimento? Que tal pontuar de ponta a ponta o texto a seguir e justificar cada um dos usos?

Durante boa parte do século XX a mulher ocupou posições subalternas restritas basicamente a afazeres domésticos.

Isso começou a mudar no período entre as duas grandes guerras quando ela passou a desempenhar funções até então exercidas pelos homens que se encontravam em campos de batalha.

Diante desse contexto movimentos feministas ganharam bastante força principalmente na década de 60. O principal alvo a ser combatido era o machismo sentimento que ainda persiste quando de forma preconceituosa afirma-se que a mulher não tem habilidade para certas tarefas como gerir negócios e até mesmo conduzir veículos.

Pensemos um pouquinho e analisemos período a período:

1º período: Durante boa parte do século XX, a mulher ocupou posições subalternas, restritas (,)basicamente(,)a afazeres domésticos.

 Emprega-se vírgula após “século XX”. Ela deve ser empregada para isolar um adjunto adverbial deslocado da ordem direta na 1ª oração - Durante boa parte do século XX.

 Seria interessante uma vírgula após “subalternas”, haja vista que o termo “restritas basicamente a afazeres domésticos” tem valor explicativo.

 São facultativas as vírgulas isolando o adjunto adverbial de pequena extensão “basicamente”.

2º período: Isso começou a mudar (,)no período entre as duas grandes guerras (,)quando ela passou a desempenhar funções (,) até então (,) exercidas pelos homens que se encontravam em campos de batalha.

 As vírgulas isolando “no período entre as duas grandes guerras” são facultativas, pois se trata de um adjunto adverbial posicionado no final da 1ª oração.

 A vírgula antes de “quando” é facultativa, pois ela isola uma oração adverbial temporal posicionada no final do período.

 São facultativas as vírgulas isolando o adjunto adverbial de pequena extensão “até então”.

 Mantendo a coerência do discurso, não deveria haver vírgula após “homens”, pois faz mais sentido considerar restritiva a oração adjetiva “que se encontravam em campos de batalha”.

3º período: Diante desse contexto, movimentos feministas ganharam bastante força (,)principalmente (,)na década de 60.

 Emprega-se vírgula após “contexto”. Ela deve ser empregada para isolar um adjunto adverbial deslocado da ordem direta na 1ª oração – Diante desse contexto.

 São facultativas as vírgulas após “força” e “principalmente”, haja vista que se trata de adjuntos adverbiais posicionados no final da oração, não deslocados.

4º período: O principal alvo a ser combatido era o machismo, sentimento que ainda persiste quando, de forma preconceituosa, afirma-se que a mulher não tem habilidade para certas tarefas, como gerir negócios e (,) até mesmo(,) conduzir veículos.

(29)

 Não pode haver vírgula após “combatido”, sob pena de se isolar sujeito – O principal alvo a ser combatido e verbo - era.

 Emprega-se vírgula após “machismo”, para isolar o aposto explicativo “sentimento que ainda persiste...”.

 Empregam-se vírgulas para isolar o adjunto adverbial deslocado da ordem direta “de forma preconceituosa”. Emprega-se vírgula após “tarefas”, para separar a enumeração introduzida pelo “como”.

(30)

Emprego da Vírgula

NÃO SE EMPREGA VÍRGULA...

... PARA ISOLAR SUJEITO E VERBO

Exemplo: O principal objetivo, é a aprovação.

... PARA ISOLAR VERBO E COMPLEMENTOS

Exemplo: Vamos estudar, Português.

... PARA ISOLAR NOME E COMPLEMENTOS

Exemplo: Não havia dúvidas, sobre sua honestidade.

... PARA ISOLAR VERBO DE LIGAÇÃO E PREDICATIVOS.

Exemplo: Ele ficou, atordoado com a notícia.

... PARA SEPARAR LOCUÇÕES DE VOZ PASSIVA E AGENTE DA PASSIVA.

Exemplo: Foi aprovado, pela diretoria.

... PARA SEPARAR ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS DA PRINCIPAL (EXCETO AS APOSITIVAS)

Exemplo: Precisamos, que você nos apoie.

... PARA ISOLAR ORAÇÕES ADJETIVAS RESTRITIVAS.

... PARA SEPARAR ORAÇÕES COORDENADAS ADITIVAS INTRODUZIDAS POR "E" E "NEM"

Exemplo: Ele não estuda, nem trabalha.

EMPREGA-SE VÍRGULA...

... PARA SEPARAR VOCATIVOS

Exemplo: Paulo, atenda o telefone!

... PARA SEPARAR APOSTO EXPLICATIVO OU ORAÇÕES ADJETIVAS EXPLICATIVAS (ISOLADAS TAMBÉM POR TRAVESSÕES OU

PARÊNTESES)

Exemplo: A Língua Portuguesa, a mais fascinante disciplina, é chave em muitos concursos. ... PARA SEPARAR ADJUNTOS ADVERBIAIS OU ORAÇÕES

ADVERBIAIS DESLOCADAS DA ORDEM DIRETA

Exemplo: Durante esta semana, muitas reclamações houve.

... PARA ISOLAR ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS

Exemplo: Fiz as contas, analisei os balanços, decidi pelo investimento.

... PARA SEPARAR ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ADVERSATIVAS, EXPLICATIVAS OU CONCLUSIVAS

Exemplo: Tivemos várias crises, mas conseguimos superá-las.

... PARA SEPARAR COORDENADAS SINDÉTICAS ALERNATIVAS INTRODUZIDAS POR OU...OU, ORA... ORA, QUER.. QUER,

SEJA...SEJA,...

Exemplo: Ora ele está bem, ora está mal-humorado.

... PARA SINALIZAR ELIPSE DE VERBO.

Exemplo: Ele gosta de futebol; ela, de vôlei.

... PARA SEPARAR TERMOS COORDENADOS ENTRE SI, EM ENUMERAÇÃO, DE MESMA FUNÇÃO.

Exemplo: Ele estudou Português, Matemática, Raciocínio Lógico e Estatística.

... PARA ISOLAR EXPRESSÕES INTERPOSITIVAS DE ENUMERAÇÃO, EXPLICAÇÃO, RETIFICAÇÃO, ETC.

Exemplo: Estude Português, ou melhor, estude muito Português.

A VÍRGULA É FACULTATIVA...

... ANTES DE ADJUNTOS ADVERBIAIS EM FINAL DE ORAÇÃO OU ORAÇÕES ADVERBIAIS EM FINAL DE PERÍODO.

Exemplo: Resolvi muitos exercícios (,)durante a preparação.

... ANTES DA CONJUNÇÃO "OU"

Exemplo: Eu estudarei Português (,)ou Matemática nesse feriado.

ANTES DE "E" ADITIVO QUANDO ESTE CONECTA ORAÇÕES DE DIFERENTES SUJEITOS.

Exemplo: João trabalha à tarde e sua esposa fica em casa com os filhos.

(31)

Ponto e Vírgula

O sinal de ponto e vírgula consiste numa pausa maior do que a da vírgula e menor do que a do ponto final.

Essa descrição, obviamente, não deixa claras as situações de uso de tal sinal de pontuação. Por isso, faz-se necessário enumerá-las. Vamos a elas?

1) Emprega-se ponto e vírgula para separar TERMOS EM ENUMERAÇAO DE GRANDE EXTENSÃO, geralmente trechos oracionais com termos já isolados por vírgulas.

Exemplo:

Para termos um país melhor, é preciso investir em segurança pública, visando a combater o crime de forma mais preventiva do que repressiva

;

em saúde pública, dando à população um melhor bem-estar e contribuindo com sua produtividade

;

em educação de ponta, qualificando a mão de obra para o concorrido mercado de trabalho do século XXI

;

por fim, em mobilidade urbana, tornando mais confortável e prático o sagrado direito de ir e vir do cidadão.

2) Emprega-se ponto e vírgula no lugar de CONJUNÇÕES COORDENATIVAS.

Exemplo:

Dormiu muito tarde ontem; chegou atrasado ao trabalho.

(Dormiu muito tarde ontem, por isso chegou atrasado ao trabalho.) Dedicava-se bastante aos estudos; queria mudar de vida.

(Dedicava-se bastante aos estudos, pois queria mudar de vida.)

3) Emprega-se ponto e vírgula para separar ORAÇÕES COORDENADAS, quando se deseja ENFATIZAR UMA COMPARAÇÃO OU UM CONTRASTE.

Exemplos:

Vocês, sem exceção, basearam-se em hipóteses

;

eu, porém, apoiei-me em fatos.

Os dois primeiros anos do seu rumoroso governo foram pautados pela exibição de suas façanhas atléticas e política

;

o terceiro (e último) foi consumido por denúncias e patifarias.

(32)

IMPORTANTE

Seria equívoco empregar simplesmente uma vírgula no lugar do ponto e vírgula, pois a pausa maior não pode dar lugar a uma pausa menor sem que haja qualquer adaptação adicional, como uma conexão por conjunção.

Algumas alternativas se apresentam ao uso do ponto-e-vírgula. Vejamos:

Vocês, sem exceção, basearam-se em hipóteses. Eu, porém, apoiei-me em fatos.

Os dois primeiros anos do seu rumoroso governo foram pautados pela exibição de suas façanhas atléticas e política. Já o terceiro (e último) foi consumido por denúncias e patifarias.

A pausa menor pode dar espaço para uma pausa maior, com as devidas alterações. Isso significa que o ponto e vírgula pode ceder espaço para o ponto final.

Dois Pontos

1) Emprega-se o sinal de dois pontos antes ou depois de uma ENUMERAÇÃO.

Exemplos:

Neste clube pratica-se: futebol, natação, voleibol, tênis e basquetebol.

Futebol, tênis, basquetebol, natação: são as modalidades praticadas no clube.

2) Emprega-se o sinal de dois pontos para introduzir CITAÇÕES.

Exemplo:

Perguntaram a um sábio: “A quem queres mais, a teu irmão ou a teu amigo?”. E o sábio respondeu:

“Quero a meu irmão, quando é meu amigo”.

3) Emprega-se o sinal de dois pontos para introduzir EXPLICAÇÕES.

Exemplos:

Fiquei curioso: circulara o boato da renúncia do presidente.

= Fiquei curioso, pois circulara o boato da renúncia do presidente.

Estava muito preocupado com seu filho: há dias não recebia notícias dele.

= Estava muito preocupado com seu filho, pois há dias não recebia notícias dele.

Ponto Final

Ponto Final

(33)

4) Emprega-se o sinal de dois pontos para introduzir um APOSTO ou uma ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA.

Exemplos:

Só há um vencedor na política: aquele com mais dinheiro.

O resultado esperado é um só: que todos estejam aptos ao fim do treinamento.

5) Emprega-se o sinal de dois pontos para isolar VOCATIVOS em correspondências.

Exemplos:

Prezados Condôminos:

Informo que a taxa de condomínio sofrerá reajustes.

...

Outros sinais de pontuação

Usa-se o travessão ...

...para introduzir a fala de um personagem.

Exemplo:

O filho perguntou:

- Pai, quando começarão as aulas?

... para isolar expressões de caráter explicativo, como o aposto explicativo e a oração adjetiva explicativa.

Exemplo:

O Curso Direção – a nova sensação na preparação para concursos – fará diversos eventos ao vivo gratuitos.

IMPORTANTE!

Após os travessões, é possível empregar vírgulas. Caso o trecho entrecortado pelos travessões exija vírgulas, elas podem ser empregadas normalmente.

Exemplo:

Estudei vorazmente Português – a disciplina-chave em concursos -

,

mas ainda sinto que devo aprimorar.

(34)

Usam-se os parênteses ...

... para isolar comentários de caráter explicativo, reflexivo ou opinativo.

Exemplo:

Vivemos uma época de restrições às liberdades individuais (e, por acaso, já fomos livres um dia?) Usam-se as aspas ...

... para isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares.

Exemplo:

Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.

... para indicar uma citação textual.

Exemplo:

Houve um presidente que costumava falar frequentemente “Nunca antes na história deste país...”.

... para indicar sentido irônico.

Exemplo:

Todas as mulheres adorariam ter a “feiura” da Gisele Bündchen.

(35)

Questões comentadas pelo professor

1.

FCC – BANRISUL - 2019 Atente para as seguintes frases:

I. Há muito tempo valorizam-se os fotógrafos, que suplantaram os maus pintores.

II. Desde o século passado, pintores e fotógrafos disputam a fidelidade ao real.

III. Dentro de poucos dias, farei uma visita à sua exposição de fotos.

A supressão da vírgula altera o sentido do que está em a) I, II e III.

b) I e II, apenas.

c) I e III, apenas.

d) II e III, apenas.

e) I, apenas.

RESOLUÇÃO:

Em I, a oração “que suplantaram os pintores” é adjetiva explicativa. Dá-se a entender na redação original que todos os fotógrafos suplantaram os maus pintores. Se suprimirmos a vírgula, a oração se converte em adjetiva restritiva, dando a entender que somente alguns fotógrafos suplantaram os maus pintores. Ocorre, portanto, alteração de sentido com a mudança proposta.

Em II, a ausência da vírgula torna errada a frase, haja vista que o elemento “Desde o século passado” é adjunto adverbial de tempo deslocado, requerendo, assim, o emprego da vírgula. No entanto, o sentido não sofre alterações.

Em III, ocorre o mesmo. A ausência da vírgula necessária para isolar o elemento adverbial deslocado não implica alterações no sentido original.

Resposta: E

2.

FCC – SEFAZ/GO - 2018

Os sinais de pontuação estão empregados corretamente em:

a) Será descredenciada a empresa que após ter sido notificada, descumprir as exigências estabelecidas na legislação tributária relativa à certificação requerida, para a industrialização ou comercialização de produtos de origem animal.

b) Para efetuar o cadastro de beneficiário, o cidadão deverá preencher o formulário disponível no site da secretaria, por meio do qual também encaminhará cópia dos documentos solicitados para análise pelo profissional responsável.

(36)

c) O contribuinte que fabrica ou comercializa água mineral, natural ou artificial fica obrigado a utilizar o selo fiscal de controle nos lacres de água envasada em vasilhame retornável – independentemente, da unidade da federação de origem.

d) Ao produtor contratado será exigido disponibilizar à secretaria, acesso a um sistema digital que possibilite, a realização de pedidos, homologações, consultas ao status dos pedidos em análise – como condição para a continuidade do contrato.

e) O sistema de controle de informação conforme estabelecido em contrato, precisa assegurar: sigilo, integridade, autenticidade e disponibilidade dos dados, para viabilizar a execução das ações de fiscalização e monitoramento dos processos.

RESOLUÇÃO:

ALTERNATIVA A – ERRADO - É necessário isolar por vírgulas a oração adverbial deslocado da ordem direta “após ter sido notificada”. Além disso, está errada a vírgula após “requerida”, uma vez que esta separa o nome de seu complemento nominal.

O correto seria: “Será descredenciada a empresa que, após ter sido notificada, descumprir as exigências estabelecidas na legislação tributária relativa à certificação requerida para a industrialização ou comercialização de produtos de origem animal.”.

ALTERNATIVA B – CERTO – A vírgula após “beneficiário” se faz necessária para isolar a oração adverbial final deslocada da ordem direta “Para efetuar o cadastro do beneficiário”. Já a vírgula após “secretaria” isola a oração adjetiva explicativa “por meio do qual também encaminhará...”.

ALTERNATIVA C – ERRADO – Deve-se empregar vírgula após “artificial”, para isolar o aposto explicativo

“natural ou artificial”. Além disso, deve-se suprimir a vírgula após “independentemente”, pois esta isola nome e complemento nominal.

O correto seria: “O contribuinte que fabrica ou comercializa água mineral, natural ou artificial, fica obrigado a utilizar o selo fiscal de controle nos lacres de água envasada em vasilhame retornável – independentemente da unidade da federação de origem.”.

ALTERNATIVA D – ERRADO – Deve-se suprimir a vírgula após “secretaria”, pois esta isola o verbo

“disponibilizar” do objeto direto “acesso a um sistema digital...”. Além disso, deve-se suprimir a vírgula após

“possibilite”, pois esta isola verbo e complemento.

O correto seria: “Ao produtor contratado será exigido disponibilizar à secretaria acesso a um sistema digital que possibilite a realização de pedidos, homologações, consultas ao status dos pedidos em análise – como condição para a continuidade do contrato.”

ALTERNATIVA E – ERRADO – Deve-se isolar por vírgulas o adjunto adverbial deslocado da ordem direta “conforme estabelecido em contrato”.

O correto seria: “O sistema de controle de informação, conforme estabelecido em contrato, precisa assegurar: sigilo, integridade, autenticidade e disponibilidade dos dados, para viabilizar a execução das ações de fiscalização e monitoramento dos processos.”.

Resposta: B

(37)

3.

FCC - CLDF/2018

Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:

a) Ao comentar, em termos incisivos a relação entre cultura e Constituição o autor do texto, faz ver a partir de seguras ponderações, que o Estado tendo tarefas sociais de fundamental importância, não deve ainda assim determinar quais sejam, as diversas manifestações culturais em nosso país.

b) Ao comentar, em termos incisivos, a relação entre cultura e Constituição, o autor do texto faz ver, a partir de seguras ponderações, que o Estado, tendo tarefas sociais de fundamental importância, não deve, ainda assim, determinar quais sejam as diversas manifestações culturais em nosso país.

c) Ao comentar em termos incisivos, a relação entre cultura e Constituição, o autor do texto faz ver a partir de seguras ponderações, que o Estado tendo tarefas sociais de fundamental importância, não deve ainda assim determinar quais sejam, as diversas manifestações culturais em nosso país.

d) Ao comentar em termos incisivos a relação, entre cultura e Constituição, o autor do texto faz ver, a partir de seguras ponderações que o Estado, tendo tarefas sociais, de fundamental importância, não deve ainda assim, determinar quais sejam as diversas manifestações culturais em nosso país.

e) Ao comentar em termos incisivos, a relação entre cultura e Constituição o autor do texto faz ver, a partir de seguras ponderações que o Estado, tendo tarefas sociais de fundamental importância não deve, ainda assim, determinar quais sejam, as diversas manifestações culturais em nosso país.

RESOLUÇÃO:

A pontuação do trecho em destaque deve obedecer aos seguintes critérios:

i) É necessário isolar entre vírgulas o adjunto adverbial deslocado da ordem direta “em termos incisivos”.

ii) Deve-se empregar vírgula após “Constituição”, para isolar a oração adverbial deslocada da ordem direta “Ao comentar, em termos incisivos, ... Constituição”.

iii) É necessário isolar entre vírgulas o adjunto adverbial deslocado da ordem direta “a partir de seguras ponderações”.

iv) Deve-se isolar por vírgulas, travessões ou parênteses a oração adjetiva explicativa reduzida “tendo tarefas sociais de fundamental importância”.

v) É necessário isolar por vírgulas a locução conjuntiva concessiva intercalada “ainda assim”.

ALTERNATIVA A – ERRADA – Os erros são os seguintes: i) O trecho “em termos incisivos” não está isolado entre vírgulas. ii) Faltou a vírgula após “Constituição”; iii) Separa-se equivocamente por vírgula o sujeito “o autor do texto” e a forma verbal “faz”. iv) O trecho “a partir de seguras ponderações” não está isolado entre vírgulas; v) Faltou vírgula após “Estado”; vi) Faltaram vírgulas isolando “ainda assim”; vi) Está equivocada a vírgula após

“sejam”.

ALTERNATIVA B – CERTA

ALTERNATIVA C – ERRADA – Os erros são os seguintes: i) O trecho “em termos incisivos” não está isolado entre vírgulas. ii) O trecho “a partir de seguras ponderações” não está isolado entre vírgulas; iii) Faltou vírgula após

“Estado”; iv) Faltaram vírgulas isolando “ainda assim”; v) Está equivocada a vírgula após “sejam”.

Referências

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